![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpwaAgOOrATzz8bZfdj2JNr-jjQIRTuLrKkQEZ-B4CFxqRZcrgb7z-pngKHvValf8_8Dvq3a1645KKlJs0A-g2gN2y5U3xjGchKVsWIx3_SVjlty9bmQBJ_-AMwSqqspbedoLERPnm8-UZ/s320/Florbela1.jpg)
Horas mortas... curvadas aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol postonte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
-Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPFFW8FDwVpJoqVXTwCC_c6mAfsG15DArua9An2pJQ9vZ5LX0iNJNp2RO1xyPGpBajUrprc7C_AXkS62n2m6dFJ9N9-0ZMqwncQmZxhRIwxrLfIZBgTk0urCnm0R_lu4szPULEkfVXX7Nz/s280/sobreiro.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário