Portugal prepara volta às aulas presenciais em meio a alerta da OMS sobre risco entre os mais jovens

COVID-19 no mundo
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Europa
Por Caroline Ribeiro

A OMS tem intensificado alertas sobre necessidade de mais precauções contra COVID-19 entre crianças e jovens. Enquanto isso, países europeus, como Portugal, tentam minimizar riscos para garantir volta às aulas presenciais.
O governo português já determinou o calendário do próximo ano letivo. As aulas vão recomeçar entre os dias 14 e 17 de setembro. Até lá, as autoridades trabalham para adaptar as escolas à nova realidade.
"Neste período de interrupção, as escolas prepararam um plano de contingência, onde definiram um conjunto de situações possíveis e as respostas que as escolas propõem para dar resposta à situação que provavelmente vamos ter em setembro", diz à Sputnik Brasil o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira.
O educador explica que as medidas propostas vão desde adequações ao espaço físico das escolas, como pequenas reformas e nova sinalização de percursos, até alterações na dinâmica de ensino, com reformulação de horários para intervalos e atividades extras. Tudo para evitar muito fluxo simultâneo de alunos nos mesmos ambientes.

Isso porque o Ministério da Educação quer que o ano letivo recomece de maneira normal, sem alteração nos números de alunos por turma e garantindo que os mais novos, até os 12 anos, tenham os turnos integrais. "Porque se não tiverem, eles têm que estar em casa. E estar em casa implica alguém para cuidar deles e assim os pais e mães não podem voltar a trabalhar", explica Manuel Pereira.

O educador reconhece que algumas diretrizes da Direção-Geral de Saúde, como a garantia de uma distância de um metro quadrado entre cada aluno dentro da sala de aula, são "de difícil aplicabilidade", mas demonstra confiança.

"Vamos tentar fazer cumprir todas as regras. Vamos ter dispensadores de álcool em gel em todas as salas, os alunos só entram com máscaras e em todas as pessoas que entram será feita a aferição da temperatura. A gente sabe que a situação é de crise, mas estamos a pedir mais assistentes operacionais para proceder à higienização dos espaços. Também, no caso dos alunos mais velhos, como situação extraordinária, se os processos de limpeza das próprias mesas puderem ser feitos pelos próprios alunos ao fim de cada aula, não é grave, é bom que eles participem", diz Pereira.
Professora dá aula para alunos do ensino médio em escola de Lisboa, em maio de 2020

Professora dá aula para alunos do ensino médio em escola de Lisboa, em maio de 2020
© Foto / AFP / Patricia de Melo Moreira
 
Recuperação de aprendizagem

Além da preocupação com as medidas de higiene, Portugal também quer garantir que o conteúdo da reta final do ano letivo anterior, afetado pelo isolamento durante o estado de emergência no país, tenha sido devidamente absorvido pelos alunos.

O ensino durante os meses de abril, maio e junho foi feito através de aulas on-line e também pela televisão, com a criação do programa Estudo em Casa, transmitido pela emissora pública do país, a RTP. Apenas os estudantes do ensino médio foram liberados, em maio, com o fim do estado de emergência, para ter as últimas aulas do ano presencialmente nas escolas.
"O Ministério da Educação fez chegar às escolas um guião [roteiro] com alguns exemplos para nós podermos aplicar na recuperação das aprendizagens. Poderemos ter que promover ainda mais a cooperação entre professores, um apoio ainda mais direto ao aluno que apresente mais dificuldade. É um trabalho que vai ser feito sobretudo nos primeiros dias do mês de setembro", diz à Sputnik Brasil o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima.
De acordo com o educador, o ensino à distância exigiu suporte para estudantes que não tinham como acompanhar as aulas. "Apesar de alguns alunos não terem computadores nem Internet, tentamos e conseguimos ajudar bastante. Reconheço que houve alunos no país para quem esse sistema não foi viável. Esse retorno às aulas presenciais, agora, vai fazer a diferença principalmente para eles", afirma Lima.

As orientações do governo também passam pela avaliação constante do número de casos da COVID-19 no país. "Vamos retomar com tudo presencial, mas de acordo com o evoluir da pandemia poderemos ter que transitar para um regime misto e, se agravar, voltar para casa", diz o educador.

Alertas da OMS

Na última sexta-feira (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou o pedido para que crianças a partir dos 12 anos usem máscaras e para que as mais novas utilizem sempre que haja avaliações de risco.

Outros países europeus, como Itália, Alemanha, Grécia e Turquia, começam a anunciar preparativos para o início do ano letivo, que também está marcado para meados de setembro.

VASCO DA GAMA NA 4ª FASE DA COPA DO BRASIL

O Vasco da Gama está na 4ª fase da Copa do Brasil. Na noite desta quarta-feira (26), o Cruzmaltino derrotou o Goiás, no Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia, por 2x1 no tempo normal e garantiu a classificação à próxima etapa da competição na disputa de pênaltis, ao vencer o Esmeraldino pelo placar de 3x2.

Se no empate em 0x0 contra o Grêmio, no último domingo (23), o Gigante da Colina fez uma partida sem brilho, nesta quarta a postura mudou. No primeiro tempo, com 10 minutos de jogo a equipe cruzmaltina já tinha 62% de posse de bola.Mas a primeira boa oportunidade da partida foi dos donos da casa. Aos 12, Victor Andrade fez bonita jogada pela ponta esquerda, driblando Yago Pikachu e chutando para boa defesa de Fernando Miguel. No rebote, a bola sobrou para Daniel Bessa na meia-lua. Ele ajeitou para Gilberto, que chutou e mais uma vez o goleiro vascaíno defendeu.

Aos 24, veio a primeira chance do Vasco. Também na ponta esquerda, Martín Benítez driblou dois marcadores do Goiás e passou para Talles Magno. O garoto ajeitou o corpo e chutou forte. A bola morreria no canto esquerdo de Tadeu, mas o arqueiro do time goiano espalmou lateralmente.

Aos 32, a posse de bola deu resultado, e o Vasco abriu o marcador. Em cruzamento de Henrique pelo lado esquerdo, a bola desviou em Keko, subiu, bateu na trave, em Tadeu e acabou entrando. Um a zero. E foi o primeiro gol do lateral na carreira. Revelado em 2013, contra o Goiás ele completou 164 partidas com a camisa cruzmaltina.

Mas a alegria vascaína durou apenas 11 minutos. Aos 43, após escanteio batido por Keko pelo lado direito, a bola resvalou em Talles Magno e acabou sobrando limpa para Rafael Vaz. De perna direita, ele acabou fazendo valer a ''lei do ex'' e mandou para o fundo das redes. Um a um.

Na segunda etapa, a atuação cruzmaltina foi ainda melhor, e o 2º gol veio rapidamente. Logo aos 4 minutos, Benítez recebeu de Talles e, da intermediária, chutou para o gol. A bola acabou desviando na zaga do Goiás e encobriu Tadeu, que nada pôde fazer. Dois a um.

Com o placar momentâneo, a decisão da vaga iria para os pênaltis. Porém, não dá para dizer que a partida não teve mais chances de gol.
Aos 11, após mais um cruzamento de Keko, Rafael Moura desviou de cabeça para uma defesaça de Fernando Miguel. Quase o empate do Goiás.

Depois disso, no entanto, foi o Vasco que esteve mais perto de chegar ao terceiro gol do que o Esmeraldino ao segundo. Aos 38, Guilherme Parede, que entrara no lugar de Vinícius, arrancou pelo meio e finalizou à direita de Tadeu, levando muito perigo ao goleiro goiano.
Aos 40, foi a vez de Carlinhos, que substituiu Fellipe Bastos, receber na entrada da área, pelo lado direito, e chutar forte para ótima defesa de Tadeu.

Depois disso, foi só esperar os pênaltis. E aí, brilhou a estrela de Fernando Miguel. Defendendo as cobranças de Rafael Moura e Marcinho, o goleiro vascaíno viu Germán Cano, Benítez e Bruno 
César marcarem e garantirem a classificação do Cruzmaltino à próxima fase da Copa do Brasil pelo placar de 3x2.



Ramon Menezes (Goiás 1 (2) x (3) 2 Vasco)

CRISTIANO RONALDO e sua MÃE

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Repórter: - Cristiano Ronaldo, Porquê sua mãe até hoje mora com você?? Porque não constrói uma casa pra ela?

Cristiano Ronaldo:
"Minha mãe me criou sacrificando sua vida por mim. Ela dormia com fome, para que à noite eu pudesse comer. Não tínhamos dinheiro para nada e ela trabalhava 7 dias por semana e fez plantão a noite como faxineira para comprar minha primeira chuteira para que eu pudesse ser jogador de futebol. Todo o meu sucesso é dedicado a ela.
E enquanto ela tiver vida sempre estará ao meu lado tendo tudo que 
puder proporcionar. Ela é meu refúgio e meu maior presente."

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SEBASTIÃO DA GAMA


Descrição

Sebastião Artur Cardoso da Gama foi um poeta e professor português. Wikipédia

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Nascimento: 10 de abril de 1924, Azeitão, Portugal
Falecimento: 7 de fevereiro de 1952, Lisboa, Portugal
Cônjuge: Joana Luísa da Gama (a 1952)
Formação: Universidade de Lisboa
Nome completo: Sebastião Artur Cardoso da Gama
Morte: 7 de fevereiro de 1952 (27 anos); Lisboa

'Atleta' Bolsonaro diz que jornalistas 'bundões' correm mais riscos diante da COVID-19

COVID-19 no mundo
Casos confirmados:
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Pacientes recuperados:
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Brasil
O presidente Jair Bolsonaro criticou a imprensa nesta segunda-feira (24) dizendo que jornalistas "fracos" têm menos chance de sobreviver à COVID-19.
"O pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega [a COVID-19] num bundão de vocês, a chance de sobreviver é bem menor", ​​declarou ele no evento "Brasil superando a COVID-19", realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.
Ao dizer que a imprensa "zomba" dele e o persegue, Bolsonaro referia-se às críticas recebidas ao afirmar que não teria problemas se estivesse infectado com a COVID-19 porque tinha um "histórico de atleta", além de ter chamado a doença de "gripezinha".
No domingo (23), Bolsonaro ameaçou um repórter do jornal O Globo que lhe perguntou sobre os supostos esquemas de corrupção em sua família, envolve o ex-assessor e amigo pessoal Fabrício Queiroz e a sua mulher, Michelle Bolsonaro, cuja conta recebeu depósitos do ex-PM.
"Isso me dá vontade de socar sua boca, seu canalha", vociferou o presidente.
Presidente Jair Bolsonaro exibe caixa do medicamento sulfato de hidroxicloroquina durante ato em Brasília
Presidente Jair Bolsonaro exibe caixa do medicamento sulfato de hidroxicloroquina durante ato em Brasília
© Folhapress / Mateus Bonomi / AGIF

Há semanas, a revista Crusoé divulgou que Queiroz depositou cerca de R$ 89 mil em cheques na conta da primeira-dama entre 2011 e 2016. O período coincide com o de uma investigação em que as autoridades suspeitam que o ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, fazia parte de um esquema para desviar dinheiro público do gabinete de Flávio quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.
"O sistema Globo vem me perseguindo há pelo menos 10 anos e eles não conseguiram provar nada contra mim", escreveu Jair Bolsonaro no Twitter, que também contra-atacou, acusando a emissora de suposta corrupção por conta da delação de um doleiro contra a família Marinho, que negou as acusações.
Centenas de milhares de internautas, políticos e personalidades culturais expressaram sua solidariedade ao jornalista agredido pelo presidente no domingo (23) e replicaram a pergunta que tirou o líder bolsonarista do sério: "Presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?".
No evento desta segunda-feira (24), o presidente também criticou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, a quem demitiu no início da pandemia, e defendeu o uso dos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina para pacientes com COVID-19 – ambos já descartados pela comunidade científica pela sua ineficácia contra a doença.
O Brasil soma mais de 115 mil mortes pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e mais de 3,6 milhões de casos confirmados, e nas últimas semanas morrem em média mil brasileiros todos os dias.
#SputnikExplica

A Sputnik Explica os motivos por trás da onda de protestos e greves que sacode a Bielorrússia desde as eleições presidenciais de 9 de agosto, que apontaram vitória do atual líder do país, Aleksandr Lukashenko, com mais de 80% dos votos.

Em 9 de agosto, a divulgação de resultados parciais das eleições bielorrussas gerou indignação na população local. Com mais de 80% dos votos, o líder do país, Aleksandr Lukashenko, esperava uma transição tranquila para mais um mandato no cargo mais alto da República da Bielorrússia.

Mas protestos massivos e greves de trabalhadores paralisaram a vida política e econômica do país. Convencida de que as eleições foram forjadas, a sociedade pede mudanças.

Por que depois de 26 anos no poder, a liderança de Lukashenko está sendo contestada justamente agora? Quais as opções que a Bielorrússia tem para sair da crise?

A Sputnik Brasil conversou com o economista e cientista político bielorrusso Dmitry Bolkunets para compreender a crise política bielorrussa.

Estagnação econômica

De acordo com Bolkunets, a revolta contra Lukashenko foi motivada por uma sucessão de erros cometidos pela sua administração.
"O primeiro fator é a estagnação econômica da República O salário médio das pessoas não muda há quinze anos", disse o economista.
"De acordo com as estatísticas oficiais, a Bielorrússia tem o índice de desemprego mais baixo do mundo. Mas a verdade é que mais de um milhão de bielorrussos trabalham fora do país", contou.
Manifestantes realizam protesto contra o resultado de eleições presidenciais, na capital da Bielorrússia, Minsk, 17 de agosto de 2020
Manifestantes realizam protesto contra o resultado de eleições presidenciais, na capital da Bielorrússia
© REUTERS . Vasily Fedosenko

Minsk, 17 de agosto de 2020

Segundo o economista, durante a campanha eleitoral, Lukashenko não teria sido "capaz de propor nenhum programa para desenvolvimento econômico do país".

Desgaste da imagem de Lukashenko

Bolkunets acredita que a resposta do presidente bielorrusso à pandemia do novo coronavírus, negando sucessivamente que o vírus fosse uma ameaça, gerou insatisfação na sociedade.
"Ele faz declarações grosseiras em relação à população ou a grupos sociais específicos, como médicos e agentes de saúde. Acho que as pessoas se cansaram", opinou Bolkunets.
Além disso, "nos últimos anos, Lukashenko passou a adotar uma mensagem severa antirrussa, injuriou ministros, e até pediu pra prender um alto funcionário de Moscou", ressaltou Bolkunets.
Forças especiais da Bielorrússia apresentam armas e equipamentos para presidente do país

Forças especiais da Bielorrússia apresentam armas e equipamentos para presidente do país
© AP Photo / Nikolai Petrov
Segundo o economista, "na sociedade bielorrussa existe um forte sentimento pró-Rússia, então quando Lukashenko faz esse tipo de coisa a popularidade dele cai".

Fraude eleitoral

Apesar dos fatores conjunturais, a crise política bielorrussa é causada, sobretudo, pelos resultados das eleições presidenciais de 9 de agosto, que muitos consideram forjados.
"As pessoas estão convencidas de que não houve eleições reais no país", disse Bolkunets.
Segundo ele, os dois principais candidatos da oposição foram presos antes da realização do pleito: o banqueiro Viktor Babariko, "que tinha conseguido angariar quase meio milhão de assinaturas para sua candidatura – um recorde no país", e o diplomata Pavel Latushko.
Nesse contexto, Svetlana Tikhanovskaya ascende como figura política de oposição de destaque.
Manifestação em apoio a Svetlana Tikhanovskaya na Bielorrússia
Manifestação em apoio a Svetlana Tikhanovskaya na Bielorrússia
© AP Photo / Dmitry Lovetsky

"Ela é a esposa de um blogueiro, até então pouco conhecido, que se chama Sergei Tikhanovsky", explicou Bolkunets. "Ele quis participar das eleições, mas foi preso. Então Svetlana concorreu no lugar dele."
"Ela não é uma política, ela é dona de casa que virou uma candidata de protesto", disse. "A sua aprovação reflete, na verdade, a reprovação de Lukashenko. Não votaram nela, mas na saída de Lukashenko."
Neste momento, Svetlana Tikhanovskaya se encontra na Lituânia, onde pode estar "sob a influência de outros atores que gostariam de influenciar a situação bielorrussa", acredita o economista.
"Mas precisamos lembrar que Svetlana tem um marido que está preso na Bielorrússia, então o campo de ação dela está restrito", notou Bolkunets.

Ajuda da Rússia?

Diante da forte crise política, Lukashenko solicitou apoio ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, conforme previsto em acordo da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, do qual Moscou e Minsk fazem parte.
"Durante a campanha eleitoral, Lukashenko acusou repetidamente a Rússia de interferir nas eleições", disse Bolkunets. "Mas, assim que começaram as manifestações, ele ligou para Putin para pedir ajuda."
Para o especialista, no entanto, a Rússia não deve fornecer a ajuda militar prevista no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva.
Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, encontra-se com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cidade russa de Sochi
Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, encontra-se com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cidade russa de Sochi
© Sputnik / Sergei Mamontov

"Não importa para a Rússia agora quem estará na liderança da Bielorrússia, o importante é que o líder tenha o apoio da maioria da população", acredita Bolkunets.

Para Moscou, uma "liderança que não tenha o apoio da elite bielorrussa ou legitimidade perante a sociedade poderá gerar uma situação perigosa".
Por isso, ele acredita que Moscou deverá fornecer "ajudas pontuais, em cumprimento aos tratados bilaterais".
Mas "fornecer ajuda para Lukashenko agora pode ter consequências ruins para a Rússia no futuro", uma vez que isso seria "malvisto por uma parte da sociedade bielorrussa, podendo inclusive provocar um sentimento antirrusso".
Além disso, caso a eventual ajuda seja "considerada pela sociedade internacional uma violação à soberania bielorrussa, isso pode vir a deflagrar sanções internacionais", lembrou o cientista político.

Saídas da crise

De acordo com Bolkunets, existem "três saídas possíveis da crise, todas previstas na Constituição da Bielorrússia".
A primeira seria a "renúncia voluntária de Lukashenko, que entregaria o poder para o primeiro-ministro". Sob nova liderança, o país poderia realizar novas eleições.
"Uma segunda opção é realizar uma reforma constitucional que redistribua a competência entre os poderes", disse Bolkunets. Posteriormente, novas eleições seriam convocadas sob a égide de uma nova constituição.
"O próprio Lukashenko propôs essa opção, mais sem estipular nenhum prazo para a realização de novas eleições."
 Mas a verdade é que a sociedade já não confia nele para liderar o processo", temendo que ele use "a transição para ganhar tempo para permanecer no poder por mais tempo", acredita Bolkunets.
Pessoas tocam instrumentos musicais em protestos na Bielorrússia
Pessoas tocam instrumentos musicais em protestos na Bielorrússia
© AP Photo / Dmitry Lovetsky

Por fim, o atual presidente pode apostar na manutenção do status quo, "na esperança de que os protestos diminuam e que as greves acabem".
No entanto, Bolkunets acredita que "mais cedo ou mais tarde", o período de liderança de Lukashenko deve chegar ao fim.
"Ele se encontra no período que se convencionou chamar de 'o outono do patriarca'. É a era na qual o sol se põe e nesse período a Bielorrússia já não poderá contar com ele", concluiu.
Desde o dia 9 de agosto, a Bielorrússia tem sido palco de uma onda de protestos e greves, desencadeados após a divulgação de resultados eleitorais, segundo os quais o atual presidente Aleksandr Lukashenko teria sido reeleito com 80,1% dos votos e a opositora Svetlana Tikhanovskaya teria obtido 10,12%.

PRESIDENTE JAIR BOLSONARO LEVANTA UM ANÃO PENSANDO SER UMA CRIANÇA

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, levantou um homem anão a pensar que era uma criança durante a inauguração de uma central termoelétrica, na cidade de Aracaju, no Brasil. Alertado pelos apoiantes, largou-o e afastou-se rapidamente.