![O presidente Jair Bolsonaro é acompanhado pelo general Ramos, durante a solenidade comemorativa do Dia do Exército na sede do Comando Militar do Sudeste, na zona sul de São Paulo, em 18 de abril de 2019. O presidente Jair Bolsonaro é acompanhado pelo general Ramos, durante a solenidade comemorativa do Dia do Exército na sede do Comando Militar do Sudeste, na zona sul de São Paulo, em 18 de abril de 2019.](https://cdnbr1.img.sputniknews.com/img/1488/99/14889905_0:0:2719:1472_1000x541_80_0_0_72bd89acb5ea23d28903356bfbd7d11a.jpg.webp)
Ex-ministro da Defesa diz que "já passou da hora" de o Congresso "assumir suas responsabilidades" e regulamentar a limitação à participação de militares da ativa em cargos no governo.
Nesta quarta-feira (7), em entrevista para o portal UOL, o ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que as Forças Armadas "estão sob ataque do seu comandante supremo [o presidente Jair Bolsonaro]", e que a prova disso seriam as exonerações de comandantes ocorridas no Exército, na Marinha e na Aeronáutica.
Para Jungmann, as "exonerações sem explicações razoáveis" aconteceram porque os comandantes são subordinados ao Ministério da Defesa, e Bolsonaro teria motivado as mesmas a partir do momento que os militares não aceitaram se envolver na política e endossar as hostilidades do presidente contra o Legislativo e o Judiciário.
O ex-ministro ainda declarou que os militares não aceitarão participar de "aventuras fora da Constituição" e disse que "é evidente o constrangimento" diante do envolvimento de oficiais nas denúncias que cercam o Ministério da Saúde.
Em sua interpretação, o ex-ministro acredita que "já passa da hora" de o Congresso "assumir suas responsabilidades" e regulamentar a limitação à participação de militares da ativa em cargos no governo.
Como exemplo, Jungmann citou o fato de não ter havido punição à participação do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, em palanque com Bolsonaro no Rio de Janeiro.
Sobre decreto número 10.727, recentemente editado pelo presidente, que liberou a participação de militares da ativa em cargos de natureza civil do governo federal, Jungmann também se posicionou contra.
Adicionalmente, o ex-ministro disse temer pelo quadro político em 2022, caso Bolsonaro não se reeleja e afirme que a eleição foi fraudada, pois um caos maior ainda pode se instalar no país.
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