O
blogueiro cearense Wellington Macedo é alvo de investigação por
incitação a atos violentos e financiamento de atos contra as
instituições e a democracia.
A
Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (3) o blogueiro cearense
Wellington Macedo de Souza. A ação foi autorizada pelo ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e atende a um pedido
da Procuradoria-Geral da República (PGR).
"A medida, cumprida em Brasília, tem o objetivo de aprofundar investigações em curso nos autos de inquérito que tramita naquela Corte", diz o comunicado da PF citado pelo portal G1.
Macedo divulgou vídeos convocando apoiadores do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) para um ato no feriado de 7 de setembro para
pedir a deposição de ministros do STF
e se apresentar como coordenador das manifestações. Em um dos vídeos, o
blogueiro contou com a participação do cantor Sérgio Reis.
Macedo já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito
do inquérito dos atos antidemocráticos. A ação investiga, além dele, o
cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) por
incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia. O mandado
de prisão foi cumprido em um hotel, em Brasília.
Atos contra STF
Em 20 de agosto, a PF visitou pelo menos quatro endereços em Brasília
e Rio de Janeiro ligados ao deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e
ao cantor Sérgio Reis.
Em nota, a PF afirmou que o objetivo das buscas consistiu na apuração
de um crime possível "de incitar a população, através das redes
sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia" e
várias instituições estatais do poder.
Otoni de Paula passou a ser investigado no ano passado pelos supostos
crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas
ao ministro Alexandre de Moraes. No vídeo, Otoni chamou Moraes de
"lixo", "tirano" e "canalha". Posteriormente, o deputado pediu desculpas
pela publicação do conteúdo.
O
aumento da coerção da China é uma ameaça muito maior para os EUA e seus
aliados do que o ataque terrorista de 11 de setembro, opina general
recém-aposentado James Michael Holmes.
O
general, que até o ano passado era comandante do Comando de Combate
Aéreo responsável pela rápida implantação das forças aéreas, espaciais,
cibernéticas e de inteligência, afirmou que o poder e as motivações da
China eram uma ameaça maior que nunca.
"11 de setembro não foi um evento existencial para os EUA, foi uma
tragédia terrível, mas como povo continuámos nosso caminho", disse.
"A ameaça colocada pela República Popular da China é uma ameaça muito maior do que aquela e representa, literalmente, uma ameaça existencial para os EUA", comentou Holmes ao jornal The Australian Financial Review.
Ele destacou que Pequim tem um arsenal nuclear
suficiente para destruir os EUA e, além disso, seu poder econômico está
a par com o de Washington e com projeções para o superar.
Veículos
militares chineses transportando o míssil balístico DF-17 durante o
desfile militar em homenagem aos 70 anos da criação da República Popular
da China
Em meados de agosto, o almirante norte-americano Charles A. Richard,
chefe do Comando Estratégico (STRATCOM, na sigla em inglês) dos EUA,
destacou a modernização nuclear chinesa.
Para o almirante, a modernização das forças convencionais e nucleares
da China é impressionante", alertando que Pequim vai se tornar, em
breve, uma nação "capaz de coerção".
"Só posso descrever o crescimento explosivo da China e a modernização
de suas forças convencionais e nucleares como impressionante", disse Richard durante o 24º Simpósio Anual de Defesa Espacial e de Mísseis.
Em maio, o comandante do STRATCOM apelou ao estabelecimento de um diálogo com a Rússia e a China
sobre a questão das armas nucleares, bem como para maior transparência e
confiança mútua a fim de mitigar os riscos que estão crescendo
rapidamente.
Departamento
de Defesa dos EUA acusou Pequim de minar o direito internacional após a
China reforçar a regulamentação para os navios estrangeiros que entram
em suas águas territoriais em meio a tensões no mar do Sul da China.
"Os
EUA permanecem firmes de que qualquer lei ou regulamentação de um
Estado costeiro não deve violar os direitos de navegação e de sobrevoo
de que se beneficiam todas as nações ao abrigo do direito
internacional", disse John Supple, um porta-voz do Pentágono, citado pelo jornal South China Morning Post.
"As reivindicações marítimas ilegais e
abrangentes no mar do Sul da China representam uma séria ameaça à
liberdade dos mares, incluindo as liberdades de navegação e sobrevoo,
comércio livre e comércio lícito sem entraves e os direitos e interesses
[das nações] do mar do Sul da China e de outras nações litorais."
A declaração do Pentágono surge depois que Pequim atualizou seus
regulamentos marítimos, exigindo que certos tipos de navios estrangeiros
comunicassem informações sobre o tipo de embarcação e carga
transportada ao entrarem nas águas territoriais da China.
As novas regras aplicam-se a submersíveis, navios nucleares e
embarcações que transportem cargas potencialmente perigosas, como
petróleo, gás liquefeito e outros produtos químicos tóxicos.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, instou as nações do Sudeste Asiático para ajudarem a pressionar Pequim durante sua turnê pela região na semana passada.
"Precisamos de encontrar formas de aumentar a pressão sobre Pequim
para cumprir a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e
desafiar sua intimidação e reivindicações marítimas excessivas", disse
Harris.
Esta foi a segunda vez em dois dias que Harris atacou a China.
Durante sua visita a Cingapura no dia anterior (24), a vice-presidente
acusou Pequim de coerção e intimidação e de fazer reivindicações ilegais
em grande parte do disputado mar do Sul da China.
Desde
o dia 22, milhares de indígenas estão acampados em Brasília protestando
contra o marco temporal. A Sputnik Brasil entrevistou analista para
saber o que pode acontecer com a comunidade indígena brasileira se essa
medida for aprovada.
Na
quinta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar se
demarcações de terras indígenas devem seguir o chamado "marco
temporal". Por esse critério, indígenas só podem reivindicar a
demarcação de terras que já eram ocupadas por eles antes da data de
promulgação da Constituição de 1988, segundo o G1.
A decisão pode definir o rumo de mais de 300 processos de demarcação
de terras indígenas que estão em aberto no país. Nesta semana, índios de
todo o Brasil acamparam na Esplanada dos Ministérios em protesto contra
o marco.
"Na realidade é um retrocesso. [...]
Infelizmente o movimento indígena tem pouquíssimos representantes no
Congresso, e isso mostra uma fragilidade e desvantagens para os povos
indígenas. Por outro lado, a sociedade brasileira também se mostra
apática em relação a esta pauta danosa aos ambientes e aos povos
indígenas", destacou Nelcioney José de Souza Araújo, professor de
geografia da Universidade Federal do Amazonas citado pelo Correio Brasiliense.
A Sputnik Brasil entrevistou Ricardo Cid Fernandes, professor de
antropologia do Departamento de Antropologia e programa de pós-graduação
de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Paraná para
entender mais sobre o assunto.
Indígena
protesta contra o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e contra o
marco temporal em Brasília, Brasil em 27 de agosto de 2021
Fernandes diz que a sociedade brasileira se mostra apática a questões indígenas porque há pouco conhecimento e interesse sobre a questão, além disso, o brasileiro concebe, até hoje, uma visão do indígena associada ao passado e a lugares remotos e distantes.
"O brasileiro não percebe a questão indígena como um problema seu", disse o professor.
O mesmo ainda ressalta que o assunto está mais em alta neste momento
porque vem sendo associado ao discurso ambientalista, que também está em
evidência no mundo todo.
Demarcação de terras indígenas
Fernandes elucida que a demarcação de terras para povos indígenas é
de extrema importância uma vez que se trata "de um direito fundamental, é
como um direito à vida".
"O direito ao território é a
compreensão da terra como local da história dos antepassados, local da
vida possível do presente, local onde os simbolismos estão associados,
local dos poderes da natureza. A garantia do direito territorial é
fundamental, a vida só é possível considerando o direito ao território."
O professor também salienta que as terras indígenas são as terras ambientalmente mais protegidas do Brasil, "a floresta está em pé onde os índios estão".
"No Sul do país, onde houve retomada de terras nos últimos 30, 40
anos, as terras recuperaram sua qualidade ambiental e contrastam
fortemente com o território de exploração da agricultura que são
desmatados. Os indígenas prestam serviço ambiental de extrema
importância que é o de manter a floresta em pé."
Indígenas participam de protesto em Brasília contra o marco temporal em Brasília, 26 de agosto de 2021
Marco temporal
Conforme citado anteriormente, na semana passada, o Supremo começou a julgar se demarcações
de terras indígenas devem seguir o chamado "marco temporal", critério
pelo qual índios só podem reivindicar a demarcação de terras que já eram
ocupadas por eles antes da data de promulgação da Constituição de 1988.
Segundo Fernandes, o cerne da
discussão acontece porque há dois tipos de interpretações diante da
demarcação de terras. De "um lado os índios afirmam e a história
comprova" que a presença indígena nas terras tradicionalmente ocupadas
foi impossibilitada por vários processos oriundos da colonização.
"Ocupar tradicionalmente uma terra para os indígenas não significa
estar permanentemente nela, significa reconhecer esse território, lutar
por ele e demonstrar os processos de violação que acontecem em seus
direitos territoriais."
Indígenas da etnia Xokleng participam de protesto em Brasília, 25 de agosto de 2021
Já a outra interpretação, entende que para uma terra ser considerada
tradicionalmente ocupada é preciso estar constantemente presente na
mesma.
"Em resumo, a discussão sobre o marco
temporal coloca em lados opostos os termos da Constituição, que definem
que os indígenas têm direito às terras tradicionalmente ocupadas, e de
outro lado, os instrumentos de aplicação dessa lei que são o decreto nº
1775 e a portaria nº 14, ambos de 1996, que são legislações que
organizam e normatizam o processo de demarcação de terras. Por um lado, a
Constituição garante terras tradicionalmente ocupadas, por outro, os
estudos são baseados na caracterização da ocupação permanente das
terras", explicou o professor.
Diante desse cenário, Fernandes afirma que há "um desencontro entre Constituição e legislação
infraconstitucional" e que esse desencontro é contornado através de
estudos que "acabam demonstrando que a ocupação permanente pelos
indígenas foi muitas vezes inviabilizada".
Povos
indígenas carregam um caixão improvisado durante protesto contra o
presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e pela demarcação de terras em
frente ao Palácio do Planalto em Brasília, 27 de agosto de 2021
"Terra tradicionalmente ocupada não significa terra permanentemente ocupada, e essa é a origem do problema", complementou.
O professor clarifica que quem defende o marco temporal considera que
não deve mais acontecer demarcações de terras indígenas no Brasil, ou
seja, apenas as terras ocupadas pelos indígenas até 1988 teriam seu
reconhecimento como pertencentes aos mesmos.
"Quem defende o marco temporal hoje
exclui de todo um processo de demarcação a maioria dos indígenas do
Brasil. [...] Se pensarmos nos últimos 100 anos, a ocupação de terras no
Sul, Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste foi muito intensa, e o relato
cotidiano de muitos indígenas envolve a reivindicação de terras que
foram expropriadas. [...] Há muitos casos documentados de grupos que foram violentados e exterminados
por todo Brasil, e esses processos não ocorreram apenas após a
Constituição, ocorreram ao longo de toda história da colonização."
Adicionalmente, Fernandes diz que uma das formas de reparar a
violência contra os indígenas é reconhecer seus direitos territoriais,
reconhecimento esse que o marco temporal não legitima.
O especialista também explica que o caso foi parar no STF
porque é um problema do Estado, a partir do momento que "as
procuradorias estaduais entram com uma ação contra a União. É o Estado
contra a Fundação Nacional do Índio [Funai], o Estado contra o
Ministério da Justiça que demarcou a terra, e por isso está no STF".
"Não podemos esquecer que a o território é tradicionalmente ocupado
por indígenas, mas a terra é um bem da União, quem dispõe da terra em
última estância é a União, os indígenas têm usufruto das terras, eles
não são proprietários. Toda terra indígena está escrita no Departamento
de Patrimônio da União", esclareceu o professor.
Criança
indígena é fotografada durante protesto no primeiro dia do julgamento
do STF contra caso histórico sobre os direitos à terra dos indígenas em
Brasília, 25 de agosto de 2021
Posição do governo federal
O professor afirma que o governo Bolsonaro é totalmente favorável ao marco temporal
porque "considera que já há muitas terras demarcadas, e que o
importante é o Brasil ter segurança jurídica, como eles dizem, terras
que não serão reivindicadas por indígenas para que possa se desenvolver o
agronegócio e a exploração de minas".
"A posição é favorável ao marco
temporal e ignora a luta e os massacres sofridos ao longo do século XX
pelos indígenas. [...] É um governo que não se posiciona perante a chave
da reparação histórica, mas sim perante uma chave desenvolvimentista."
Fernandes acredita que a chance da lei ser aprovada é grande, mas também enfatiza que a chance dos indígenas seguirem lutando é maior ainda.
"Se de certa forma eles sofreram
calados e pressionados no século XX, no século XXI eles já demonstraram
que encontraram parceiros e aliados, sabem operar com as mídias, sabem
operar dentro do sistema legal e pressionar politicamente. Esse será um
século mais indígena do que o XX, com certeza."
Esse fato pode ser evidenciado após cerca de mil lideranças indígenas
decidirem no sábado (28) continuarem acampadas em Brasília até o dia 2
de setembro, para esperar o julgamento do marco temporal pelo STF, segundo o G1.
O acampamento, chamado de "Luta pela Vida", está montado desde
domingo (22) e mostra que o índio de hoje não fica mais calado, e
manifesta sua luta através da resistência.
Indígenas
no acampamento Luta pela Vida durante manifestação em defesa dos povos
indígenas locais, em Brasília, 23 de agosto de 2021
Violência contra indígenas
Fernandes explica que a violência é um problema da colonização, pois
esse processo ocorre na base da truculência e agressividade, e quando se
trata de violência contra indígenas, mostra que "a colonização não é um fenômeno do passado, ela é um modo de ser que se reproduz constantemente".
"A violência em terras indígenas
precisa ser o assunto, ela não pode ser tratada como excepcionalidade ou
como uma circunstância especifica, não, ela é um assunto do cotidiano
das relações entre índios e não índios, entre os próprios indígenas,
entre instituições e as relações exploratórias dos madeireiros",
elucidou.
O professor também enfatiza que a violência envolvendo índios
"informa mais sobre a nossa sociedade do que sobre a sociedade indígena,
informa mais sobre o lugar que nós reservamos a essa população na nossa
sociedade" e que a dinâmica acontece de forma coletiva, por parte dos
indígenas, mas de forma individual por parte de um agente de violência.
Indígena torce um pano durante um protesto em Brasília, 25 de agosto de 2021
"O indígena sempre aparece como um direito coletivo, uma comunidade,
do outro lado é sempre um agente de violência, um mandante, um
fazendeiro com um projeto individual."
Fernandes também chama atenção para as
prisões de índios, uma vez que os dados sobre esses encarceramentos são
de difícil acesso. Como exemplo, o professor cita que os dados do
Departamento Penitenciário do estado do Paraná informam que não há
indígenas presos, quando se sabe que existe, pois ao entrarem no sistema
prisional eles perdem a sua condição indígena e viram "presos comuns".
"Há presos no estado do Paraná que nem falam português, mas não são
considerados índios. O problema da violência é um problema brasileiro
que os indígenas acabaram fazendo parte, infelizmente."
O que fazer para indígenas viverem em paz?
O especialista aponta que o direito à terra é fundamental, e estando com esse direito garantido, a "tranquilidade se instala".
Fernandes também evidencia que esse direito à terra não pode ser "ter só um espaço"
e vive-se ali de qualquer jeito. Essa terra tem que ser um território
com tamanho apropriado para que o mesmo conceba e autorize um projeto
indígena.
O professor afirma que ao olharmos para o mapa indígena do Brasil,
98% das terras estão concentradas na Amazônia, o restante, que somam
apenas 2%, estão divididas pelo país, ou seja, esses 2% mostram como são
pequenos esses territórios.
Indígenas
acendem velas e participam de protesto pela demarcação de terras e
contra o governo do presidente, Jair Bolsonaro, junto ao Congresso
Nacional em Brasília, 24 de agosto de 2021
"Há terras com 200 hectares onde vivem mil pessoas, há terras como
Dourados [MS] onde vivem 14 mil indígenas, terras superlotadas, além de
terras que foram extintas e os índios vivem na margem de estradas em
acampamentos em condições absolutamente marginais. Não há paz de
espírito nessa condição."
Fernandes complementa que o verdadeiro
direito à terra, é direito a uma terra que tenha uma qualidade
ambiental, que tenha referências com o sagrado, com os antepassados.
"Não adianta uma terra pequena com índios amontoados
sem condição de produzir, sem condição de se reproduzir
socioculturalmente, essa terra vai ser uma terra fonte de conflito. O
equilíbrio demográfico, sustentável e fundiário é fundamental para que a
paz de espírito se recoloque na questão indígena."
Comentário: há 250 anos com o avento da "Revolução industrial" começou o martírio psicológico e material dos nossos índios, dos nossos afrodescendentes e porque não dizer dos nossos irmãos portugueses. Eles são culpados por todas as desgraças deste país/continente! O separatismo liberal não dá trégua e através de sua rede de comunicações a qual ainda tem o controle absoluto, espalha pelo éter a ideia racista de que se o Brasil fosse colonizado por esta ou aquela etnia teria sido diferente. Ocorre que os paradigmas que nos apresentam sobre esta teoria/racista estão todos furados, pois o quadro político e econômico atual nos mostra justamente o contrário e o mundo aos poucos para desespero dos que defendem esta doutrina vai se libertando e o Brasil sem essa de direita ou esquerda, também está chegando lá, apesar do momento depressivo que atravessa. Basta que assumamos nossas raízes, hoje fortalecidas por outras raízes que tanto ajudam no crescimento da nossa "Economia e Cultura". Raízes de imigrantes que um dia aqui chegaram em busca de trabalho e que acabaram se apaixonando por esta "Terra de Cabral" e de seu marinheiro "Fernão de Sousa". A estes imigrantes, que vindos de todos os cantos do mundo encontraram na receptividade da lusofilia dos três povos formadores do Brasil o alento para suas novas vidas, o abraço querido do povo brasileiro!!!
Fernão da Cunha era um marinheiro da esquadra de Cabral. Embarcara em Lisboa com destino às Índias. Tinha muita esperança de ficar rico, mas, ao mesmo tempo, sentia muito medo. O almirante Vasco da Gama já havia feito essa viagem e voltara carregado de tesouros, mas, muitos dos seus homens não retornaram.
Durante a viagem, Fernão da Cunha sentia-se muito inseguro. Não fosse o trabalho duro, ele teria se apavorado em muitos momentos. O almirante Cabral não deixava ninguém ficar parado. Toda a marujada trabalhava em turnos de quatro horas, sem tempo para pensar. A rotina era de matar; manter o convés molhado, pois quando este secava a madeira rachava, cuidar das velas, dos mastros, das escadas, dos canhões, da munição, das ferramentas, dos animais a bordo... Quando acabavam, os marujos caíam desmaiados de cansaço, para acordar horas depois e começar tudo de novo. Dormia-se em qualquer canto do navio, já que as embarcações não possuíam cabines nem dormitórios para todos os marinheiros. Banheiros então nem se fala! A comida era terrível; carne salgada e bolachas, tudo cheio de bicho. A água era misturada com vinho para não fazer mal, pois água fresca não havia. Aliás, não havia alimento fresco nas viagens marítimas. Muitos marinheiros ficavam com escorbuto, devido à falta de vitamina C na alimentação. Mas, Fernando da Cunha não contraiu a doença. Tinha a certeza de que a medalha de santo, presenteada pela mãe antes da partida, era responsável por toda a sua boa saúde. Fernão acreditava em milagres. Até, porque seria um milagre conseguir chegar ao fim daquela viagem. O Fernão achava, que o navio fosse cair num abismo a qualquer momento. E quem garantiria que não haveria monstros no mar? Na região da linha do equador terrestre, a viagem tornou-se uma tortura; muito calor, pouca água para beber, nenhum vento. As naus pararam. O sol parecia cozinhar os miolos. Os navios não se moviam. Acreditando que ia morrer, Fernão da Cunha procurou o padre para se confessar. Este lhe dissera para não se preocupar, pois os que passassem pelo equador, já teriam pago todos os pecados de uma vida. Fernão já perdera as esperanças, quando surge um ventinho e as grandes naus se movimentaram vagarosamente. Mas Fernão espantou-se com o rumo tomado. Aí então, estas, navegavam no rumo sul para depois pegarem o rumo oeste. Será que o capitão enlouquecera, ou teria recebido instruções secretas do rei? O fato é que quase no fim de abril – Fernão da Cunha não sabia o dia exato – chegaram a uma terra desconhecida, que parecia um paraíso. Mar azul, areia branca, matas verdejantes. Os nativos nus os receberam bem, mas o comandante ficara decepcionado: os habitantes da terra não tinham ouro nem sabiam comercializar. Talvez servissem como escravos... Fernão da Cunha, ao contrário, ficou entusiasmado. Fora um dos que desceram à terra. Bebeu água fresca, comeu frutas estranhas e deliciosas. Andou descalço na areia fina da praia. Viu belas mulheres nuas, que sorriam para ele. Assistiu à missa sem prestar atenção às palavras do padre. Ficou olhando umas aves coloridas, que sobrevoavam o altar. Que lindas! Após alguns dias investigando os recursos da nova terra e seus nativos, o comandante Cabral, ordenou a todos, que voltassem para os navios. Fernão da Cunha, porém, disse aos amigos: - não vou! Quero ficar nesta terra. Não volto mais ao navio. Não volto mais para Portugal. Seus companheiros riram e o carregaram para um dos botes, que os levariam para as embarcações. Um deles disse: - vamos Fernão. Estás delirando. Vamos embora!... Outro companheiro completou: - Até parece que estás bêbado, homem de Deus!...
Após presidente
convocar apoiadores para um ato em apoio ao seu governo e impulsionar
uma escalada de tensões com STF, ex-presidente do Supremo afirma que
"tentar romper a ordem democrática com violência viola diversos ditames
legais".
Ontem
(28), durante o culto do Primeiro Encontro Fraternal de Líderes
Evangélicos em Goiânia, o presidente, Jair Bolsonaro, fez discurso no
qual convocou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a falarem
com "o povo brasileiro" nos atos programados para o dia 7 de setembro, conforme noticiado.
Hoje (29), o ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, publicou
um artigo na Folha de São Paulo com o alerta de que participar de
tentativa de golpe de Estado configura uma série de crimes graves.
No artigo, intitulado "Intervenção armada: crime inafiançável e imprescritível", o ex-presidente do STF diz que "tentar romper a ordem democrática com violência viola diversos ditames legais".
"No Brasil, como reação ao regime
autoritário instalado no passado ainda próximo, a Constituição de 1988
estabeleceu, no capítulo relativo aos direitos e garantias fundamentais,
que 'constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos
armados, civis e militares, contra a ordem constitucional e o Estado
democrático'", afirmou o ministro no artigo.
Lewandowski também alerta que militares e policiais possam ser punidos por participarem de uma tentativa de golpe, mesmo que estejam apenas cumprindo ordens de superiores.
PMs no ato de 7 de setembro
Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito Federal
querem impedir a presença de policiais militares na manifestação por
classificarem como ilegal a participação de PMs da ativa em atos
políticos, conforme noticiado.
Segundo o MP, pelo caráter coletivo da manifestação, a presença dos militares da ativa e da reserva contrariaria o regimento disciplinar.
Hoje (29), a Polícia Militar do
Distrito Federal indicou que não punirá oficiais da ativa que se
manifestem durante o ato do dia 7 de setembro, em postura contrária ao
previsto em lei federal que regulamenta a atividade da PM brasiliense,
de acordo com Congresso em Foco.
A corporação defendeu a não punição por acreditar que "os policiais
militares são cidadãos, e ao exercerem a sua cidadania, podem se
manifestar de maneira democrática, desde que não representem a
instituição".
Conhecer
a origem do nosso sobrenome e da nossa família é muito importante para
entendermos nossos laços afetivos e a origem dos nossos antepassados. Os
sobrenomes portugueses são extremamente populares no Brasil, por conta
da nossa colonização. Você sabia que cerca de 80% da população
brasileira possui pelo menos um ancestral de origem portuguesa? Por
isso, hoje nós vamos te contar quais são os nomes esobrenomes portugueses mais comuns e quais são os nomes portugueses mais utilizados no país europeu. Vamos lá?
Os 25 sobrenomes portugueses mais usados em Portugal
Os 25 sobrenomes portugueses mais usados em Portugal
Fizemos uma lista dos 25 sobrenomes portugueses mais comuns em Portugal. Confira:
Silva;
Santos;
Ferreira;
Pereira;
Oliveira;
Costa;
Rodrigues;
Martins;
Jesus;
Sousa;
Fernandes;
Gonçalves;
Gomes;
Lopes;
Marques;
Alves;
Almeida;
Ribeiro;
Pinto;
Carvalho;
Teixeira;
Moreira;
Correia;
Mendes;
Nunes.
Já entre as famílias mais importantes de Portugal (e que até pertenceram ao reino) estão os seguintes sobrenomes portugueses:
da Gama;
Vaz;
de Caminha;
Álvares;
Guimarães;
Bragança;
Braga;
Coimbra;
Sampaio;
Albuquerque;
Castro;
da Veiga.
Conheça também os nomes e sobrenomes espanhóis mais comuns.
Os 10 nomes portugueses mais comuns em Portugal
Nomes femininos comuns em Portugal
Já entre os nomes próprios femininos mais comuns em Portugal nos últimos 10 anos são:
Maria;
Leonor;
Matilde;
Beatriz;
Ana;
Mariana;
Madalena;
Catarina;
Carolina;
Francisca.
Nomes masculinos comuns em Portugal
Já entre os nomes masculinos, os mais comuns em Portugal nos últimos são:
João;
Santiago;
Martim;
Rodrigo;
Afonso;
Francisco;
Tiago;
Diogo;
Miguel;
Tomás.
Sobrenomes portugueses judeus
Já entre os sobrenomes mais comuns de origem judaica em Portugal estão:
Quer morar em Portugal com segurança e qualidade de vida?
Recomendamos a assessoria boutique da Atlantic Bridge, para
quem deseja ir para Portugal de forma planejada, sem contratempos e com a
segurança de ser acompanhado pelos profissionais mais experientes do
mercado.
Saber Mais →
Rodrigues;
Nunes;
Henriques;
Mendes;
Correia;
Lopes;
Costa;
Cardoso;
Silva;
Fonseca.
Muitos dos judeus, que foram expulsos da Espanha e de Portugal
durante a época da Inquisição, viajaram para o Brasil (e para vários
países do mundo) e foram chamados de cristãos-novos ou marranos.
A população judaica passou então a adotar novos sobrenomes inventados.
Os novos nomes de família inventados por eles possuem nomes de árvores,
plantas, animais, grutas e também tem origem geográfica.
Origem do sobrenome: conheça uma plataforma que mostra de onde veio o seu sobrenome
Significado dos sobrenomes portugueses
A história dos sobrenomes possuem muitas lendas e mitos. Mas alguns
deles podem ser encontrados em livros de historiadores portugueses.
Confira os significados de alguns sobrenomes portugueses:
Abreu
Está relacionado com o nome de Abraão e teve sua origem possivelmente em Valença do Minho.
Aguiar
Teve origem na vila de Aguiar em Trás dos Montes, em Portugal.
Almeida
Teve origem na mítica aldeia de Almeida.
Alves
O sobrenome foi criado através de uma abreviatura de Álvares.
Albuquerque
Outro sobrenome português extremamente importante. Pertencia às famílias mais poderosas de Portugal e da Espanha.
Azevedo
Teve origem do couto de Azevedo, que estava localizado na região de Barcelos em Portugal.
Barbosa
O sobrenome vem do couto de Barbosa, em Penafiel.
Campos
De origem ilustre, o sobrenome português teve origem na região da Beira.
Castro
O sobrenome teve origem em uma das mais nobres linhagens de Portugal.
Correia
De acordo com os historiadores, os primeiros registros do sobrenome Correia são do século XII, na cidade de Braga.
Cunha
Com os primeiros registros do século XIII, o sobrenome pode ser surgido da Quinta de Cunha Velha.
Domingues
Os primeiros registros da família Domingues foi no Alentejo e também
em Chaves, norte do país. A família teve nomes importantes ligados a
Santa Inquisição.
Fonseca
Este sobrenome teve origem na região de Lamego, em Portugal. *Fonte: Livro “As origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas”, de Manuel de Sousa.
Tem descendência italiana? Veja quais são os nomes e sobrenomes italianos mais comuns.
Nomes portugueses engraçados
Em Portugal, os nomes costumam ser bem tradicionais, como Maria,
Catarina, João, Francisco, Pedro, Manuel e Joaquim. Aliás existe uma lista de nomes permitidos em Portugal.
Alguns nomes soam muito sérios para nós brasileiros e outros parecem
mais sobrenomes, como por exemplo: Santiago, Afonso e Duarte, porém são
nomes próprios no país europeu.
Curiosidade
O site Forebears
criou uma base de dados que informa a origem de vários sobrenomes do
mundo. Além disso informa quantas pessoas no mundo possuem esse
sobrenome e em quais os países estão mais concentradas a família.
As Marias de Portugal
Em média são registradas por ano 5 mil meninas com o nome Maria em
Portugal. Pelo jeito este é o nome favorito entre os pais portugueses.
Nestes tempos tão difíceis em que o separatismo parece triunfar e provocar um grande trauma na família tradicional, com a apologia ao separatismo por parte da grande mídia e dos governos ocidentais e de movimentos que se dizem defensores dos direitos das minorias, cabe a nós, que temos consciência realmente dos direitos que defendem, que são os interesses separatistas, pois para estes quanto mais a família estiver desunida e pobre, mais eles estarão unidos e ricos! Cabe a nós, que ainda continuamos unidos, dar o alerta. " Separação é igual a tremor de terra na escala sete".
Um
acampamento militar romano, encontrado em Lomba do Mouro, foi
apresentado por um pesquisador como o maior e mais antigo de Portugal e
Galiza.
O
acampamento no planalto de Castro Laboreiro, Melgaço, foi alvo de
intervenção arqueológica em setembro de 2020, sendo apresentado nesta
terça-feira (29) por um pesquisador como o maior e mais antigo de
Portugal e Galiza, segundo o portal Sci-news.
"Os resultados da datação da muralha
do recinto apontam a sua fundação no século II antes de Cristo que
coincide, também, com a famosa expedição do Décimo Júnio Bruto [general e
político romano] que passou o rio Lima e chegou até ao rio Minho", afirmou João Fonte, pesquisador do grupo científico Romanarmy.eu.
A descoberta ocorreu através de tecnologias de análise de dados de solos, utilizadas em uma área superior a 20 hectares.
"[O acampamento] foi erguido durante a movimentação de um grande contingente de tropas romanas,
de aproximadamente 10.000 soldados, que cruzou a Sierra del Leboreiro e
a ergueu como fortificação temporária", afirmou João Fonte.
A equipe arqueológica confirmou a existência de duas linhas de parede de pedra,
incluindo elementos singulares, como pedras construídas ou cavalos
frísios, um sistema para impedir o avanço da cavalaria ou das tropas do
exército inimigo.
O acampamento, localizado em "uma zona de especial concentração de sepulturas megalíticas", foi descoberto através da tecnologia LiDAR fornecida pelo projeto espanhol PNOA.