...E ASSIM NASCEU A INVICTA CIDADE DO PORTO

As origens do centro urbano da cidade do Porto, datam da antiga idade do bronze, aproximadamente oito séculos a.C.. Desde o início, o povoamento pré - histórico teve importantes ligações comerciais com a bacia do Mediterrâneo. Durante a ocupação romana, a cidade já era composta por impressionantes edifícios e controlava uma importante rede viária entre Lisboa e Braga.
A cidade foi, mais tarde, denominada, primeiro de Cale e mais tarde de Portucale, de onde derivou o nome Portugal.





As muralhas da cidade foram construídas no período dos romanos. A muralha original foi reconstruída no século XII, quando o burgo foi doado ao Bispo D. Hugo, que instituiu a primeira escritura pública. A segunda parte da muralha, que data do século XIV, cerca as encostas da Sé e da Vitória e estende-se em direcção ao rio, onde estão situados o cais e a Casa dos Trajes Reais.
Entre os séculos XIII e XV, deu-se um grande desenvolvimento das actividades comerciais e marítimas e fortaleceram-se as ligações com importantes portos europeus, tais como Barcelona, Valência, La Rochelle, Rouen, Londres, Ypres, Antuérpia, etc.


Neste período, os estaleiros do Porto e de Vila Nova de Gaia eram os mais importantes do país.


Um dos intervenientes no acordo de 1352, entre a Inglaterra e Portugal nasceu no Porto. Esse senhor chamava-se Afonso Martins Alho, e o seu sobrenome foi imortalizado numa expressão popular usada quando nos queremos referir a alguém que é inteligente: "fino que nem um alho".


O Infante D. Henrique nasceu nesta cidade em 1394. Ele foi o príncipe navegador, que deu inicio à era das descobertas marítimas portuguesas.
Os habitantes do Porto são conhecidos como Tripeiros, devido aos sacrifícios que fizeram para ajudar o exército que conquistou Ceuta em 1415. Diz-se que eles deram toda a comida boa às tropas e apenas ficaram com a tripa para comer. Por essa razão, actualmente, um dos pratos mais tradicionais da cidade são as "tripas à moda do Porto".

O autor da muito conhecida Carta da Descoberta do Brasil (1500), Pêro Vaz de Caminha, nasceu no Porto, onde era funcionário da casa da moeda, tendo sido requisitado pelo Rei para se juntar à expedição de Pedro Alvares Cabral a fim de elaborar o diário de bordo.
O domínio espanhol (1580 - 1640), foi um período de grande desenvolvimento urbano e administrativo. Nesse período, começaram-se a verificar significativas mudanças artísticas que atingiram o seu auge no século XVIII. Não se deve, no entanto, deixar de mencionar o estilo Barroco, do qual o arquitecto italiano Nicolau Nasoni (1725 - 1773) era o expoente máximo, assim como vários artistas portugueses, como António Pereira e Miguel Francisco da Silva. Outra mudança importante foi a reforma urbana levada a cabo por João de Almada e Melo (1757 - 1786) e os lindos edifícios neo - clássicos
influenciados pela presença de uma colónia inglesa na cidade. Esta foi também uma época dourada para o Vinho do Porto.

O Porto foi sempre conhecido como uma cidade liberal e virada para o progresso, com uma longa tradição na defesa dos direitos do cidadão. Os seus habitantes foram alvo de uma longa perseguição, por parte das tropas reais, entre 1832 e 1833. A vitória da causa liberal foi, em parte, devido ao sacrifício das pessoas que lutaram para apoiar a Carta Constitucional. Como resultado desta acção heróica, o Rei Pedro IV descreveu-a como a "muito nobre, invicta e sempre leal" cidade do Porto.

Após a implantação da República, em 1910, a cidade iniciou outro processo de renovação, de onde se deve destacar a construção da Avenida dos Aliados. O projecto iniciou-se em 1915, pela mão do inglês Barry Parker e continuou sobre a influência da escola francesa, pela mão do arquitecto Marques da Silva, que havia estudado em Paris. Esta linda e harmoniosa avenida é o limite norte da área protegida do centro histórico.
O Porto é também conhecido como a "cidade do trabalho", devido ao tradicional dinamismo de seu povo, assim como à sua honestidade e ideais de progresso. Por outro lado, a vida cultural e social do Porto tem características muito especiais.



A cidade das Pontes
Ponte Pênsil
Oficialmente designada Ponte D. Maria II, mas nunca assim conhecida. O projeto deve-se aos engenheiros Mellet e Bigot. Foi lançada a primeira pedra em 1841 e inaugurada em 1843.

A ponte dispunha de dois obeliscos de alvenarias de 18 m de altura de cada lado, do cimo dos quais pendiam os cabos de suspensão do tabuleiro de 6 m de largura. O vão central tinha 150 m de um total de 170 m entre a escarpa dos Guindais e o sítio do Penedo em Gaia. Os cabos de 220 fios de ferro cada, mantinham o tabuleiro a 10 m acima do nível das águas e estavam ancorados em poços verticais de 8 m (lado do Porto) e 14 m (lado de Gaia), apenas restam dois obeliscos na margem direita do rio.
Após a inauguração da Ponte D. Luís, a ponte pênsil foi desmontada em 1887. Restam actualmente os pilares e as ruínas da casa da guarda militar que assegurava a ordem e o regulamento da ponte, assim como a cobrança de portagens para a sua travessia.

Ponte Maria Pia
A primeira grande obra de Gustavo Eiffel é um arco biarticulado que suporta o tabuleiro ferroviário de via simples através de pilares em treliça. Iniciaram-se os trabalhos em 5 de Janeiro de 1876 e foram concluídos a 31 de Outubro do ano seguinte. A inauguração solene deu-se a 4 de Novembro de 1877 pelos Reis D. Luís e D. Maria Pia de quem tomou o nome. A ponte esteve em serviço durante 114 anos até à entrada em serviço da Ponte de S. João em 1991.

Ponte Luís I
Por proposta de Lei de 11/02/1879 o governo determina a abertura de concurso para a “construção de uma ponte metálica sobre o rio Douro, no local que se julgar mais conveniente em frente da cidade do Porto, para a substituição da actual ponte pênsil”. Foi vencedora a proposta da empresa belga Société de Willebroeck, com projecto do Engenheiro Teófilo Seyrig.

Teófilo Seyrig que, já fora o autor da concepção e chefe da equipa de projecto da Ponte Maria Pia, enquanto sócio de Eiffel, assina como único responsável a nova e grandiosa Ponte Luís I. A construção iniciou-se em 1881 e foi inaugurada em 31 de Outubro de 1886. O arco mede 172 m de corda e tem 44,6 m de flecha.

Ponte da Arrábida
Em Março de 1952 foi adjudicada pela Junta Autónoma de Estradas ao Professor Edgar António de Mesquita Cardoso, nascido no Porto a 11 de Maio de 1913 e falecido a 5 de Julho de 2000, a elaboração de anteprojectos para a ponte rodoviária.

A Ponte da Arrábida, vão de 270 m, foi durante algum tempo o recorde mundial para pontes em arco de betão armado. A flecha do arco é de 52 m e o tabuleiro eleva-se a 70m acima do nível médio das águas. A construção estendeu-se de Maio de 1957 até 22 de Junho de 1963, dia em que foi inaugurada.

Ponte S. João
De novo Edgar Cardoso é encarregado de projetar uma ponte sobre o Douro, agora ferroviária para substituir a velha Ponte Maria Pia. Esta estrutura ferroviária adopta uma solução em pórtico, com três vãos (dois de 125 m e um de 250 m) apoiados em dois majestosos pilares fundados no leito do rio, junto de cada uma das margens. A inauguração dá-se a 24 de Junho de 1991, dia de S. João.

Ponte do Freixo
A Ponte do Freixo, de autoria do Professor António Reis, é constituída por duas vigas gémeas afastadas de 10 m ao longo de toda a extensão. A sua localização é a montante de todas as outras pontes, bem no extremo da cidade. A ponte tem 8 vãos sendo o principal de 150 m a que se seguem para cada lado vãos de 115 m seguidos de outros menores. Alberga 8 faixas de trânsito.


Ponte Infante D. Henrique

A Ponte Infante D. Henrique foi inaugurada em 30 de Março de 2003, sendo responsável pelo projecto o Engº Adão da Fonseca. a ponte tem uma extensão de 371 metros e 20 metros de largura no tabuleiro. Trata-se de uma ponte à cota alta que apresenta uma solução de arco "Tipo Maillart" com uma relação vão/flecha de 11,2 para um vão de arco com 280 metros, constituindo um recorde mundial, o que significa ter-se entrado em domínios nunca antes atingidos nestas tipologias de pontes consideradas pelos especialistas mundiais, como as mais esbeltas.

A Ponte é constituída por dois elementos fundamentais em interacção mútua: uma viga caixão, relativamente rígida, de 4,5 m de altura constante, que é por sua vez apoiada sobre um arco flexível com 1,50 m de espessura. O vão entre arranques do arco é de 280 metros e a flecha entre o fecho e os arranques é de 25 metros.

Destinando-se à circulação rodoviária, o tráfego circulará na ponte em duas faixas de rodagem em cada sentido, com 3,25 metros cada. A segurança da circulação será reforçada por um separador central com 1 metro de largura entre os dois sentidos.
A iluminação terá um carácter essencialmente funcional e a sua colocação a cota baixa, integrada nas guardas, na estrutura do guarda-rodas e no separador central, permitirá uma perfeita iluminação do percurso, sem prejudicar a visibilidade e sem acrescentar
formas verticais desnecessárias. A vertente decorativa resumir-se-á a uma iluminação sob o arco, acentuando apenas o seu arranque junto às escarpas e diluindo-se no sentido do comprimento.

Demografia do Porto
1. Evolução da população do Porto
1838 - 59.370
1864 - 86.751
1878 - 105.838
1890 - 146.739
1900 - 167.955
1911 - 194.009
1920 - 203.091
1930 - 232.280

1950 - 281.406
1960 - 303.424
1970 - 306.176
1981 - 327.368
1991 - 302.472
2001 - 262.928
Obs. Resume-se, que a população atual da cidade do Porto se aproxime de 350.000 habitantes e do grande Porto se aproxime de 2.000.000.
2. Evolução da população da Área metropolitana do Porto

CONCELHO ----- 1991 --------- 2001
PORTO ------------ 302.472 ----- 262.928
GAIA --------------- 248.565 ----- 287.597
MATOSINHOS -- 151.682 ------- 166.275
GONDOMAR ---- 143.178 ------- 163.462
MAIA ------------- 93.151 --------- 119.718
VALONGO -------- 74.172 -------- 85.895
VILA DO CONDE -64.836 -------- 74.118
POVOA DO V. ---- 54.788 -------- 63.188
ESPINHO --------- 34.956 -------- 33.452


Com os resultados do censo de 2001 ainda "quentes" gostavamos de adiantar os seguintes COMENTÁRIOS:

*A cidade do Porto está a perder povoação desde 1981. Nada novo, pois é um fenómeno que acontece em todas as grandes urbes do mundo ocidental. Se a cidade alcançou um máximo populacional em 1981 com 327.000 habitantes, já em 1991 com uma perda de 25.000 pessoas baixou a níveis de 1960. Ora, o que poucos esperavam, era uma descida tão acentuada nos dados de 2001:
quase 40.000 habitantes menos nos últimos 10 anos!

*Para onde foi toda esta gente que "fugiu" do Porto? É claro; para zonas da área metropolitana, dos concelhos vizinhos (Gaia, Gondomar, Maia, Valongo, etc.). De facto só temos que apreciar que a área metropolitana registou um acréscimo de quase 90.000 habitantes nos últimos 10 anos e todos os
concelhos (com excepção de Espinho) aumentaram sua população.

*À procura de quê? De melhor qualidade de vida, casas mais confortáveis, unidade familiar, sem o barulho, o stress, a contaminação própria da grande cidade e a um preço mais baixo - o preço das casas aqui no Porto, seja para alugar ou vender é muito alto!!!.

*Analisando os dados por freguesia, nota-se que no período 1981-91 perdem povoação as zonas mais antigas da cidade; tanto a cidade velha, com prédios e habitação mais degradada (Sé, S.Nicolau, Vitoria e Miragaia), como a cidade central onde o tráfego e a procura de solo é mais adequada para escritórios ou comércio (Bonfim, Sto. Ildefonso , Cedofeita e Massarelos). Pelo contrario todas as demais freguesias registam um aumento de povoaçao, em alguns casos espectacular fica melhor considerável em vez de espectacular (Ramalde, Lordelo, Aldoar, Campanha). Ora, nos últimos dez anos, para além de continuarem a perder povoação as zonas centrais da cidade, as demais freguesias não só não aumentam (só Ramalde) senão que registam descidas da sua povoação, embora pequenas em número (com a excepção de Campanhã com mais de 10.000 residentes perdidos).

*Destaca-se a brutal redução da povoação em zonas como Sé, S.Nicolau, Vitoria ou Miragaia que em muitos casos actualmente possuem menos habitantes que ... em 1838! No entanto, apesar desta redução tão drástica do número de residentes, ainda conservam as maiores densidades de povoação de toda a cidade.
São Nicolau tem uma densidade de 14.680 h/km2 ; Sé 10.777 h/km2 ,entanto que Campanha tem 5.257 h/km2 ou Nevogilde 2.954. Nem queiram saber qual as densidades destas zonas no tempo das "ilhas".....Pois eu vou dizer: em 1930, Sé tinha uma densidade de 39.920 h/km2! , S.Nicolau 31.455 h/km2 ou Vitoria 25.497 h/km2. E ainda em 1960 S.Nicolau tinha 39.125 h/km2 , Sé 33.297 h/km2 e Vitoria 23.532 h/km2.




UM DOS MAIORES COMPOSITORES LUSO - BRASILEIROS DE TODOS OS TEMPOS NASCEU NA CIDADE DO PORTO E CHAMAVA-SE ADELINO

MOREIRA. VAMOS CONHECER UM POUCO DE SUA OBRA?


Adelino Moreira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Adelino Moreira de Castro (Portugal, 28 de março de 1918 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2002) foi um compositor luso-brasileiro, entre suas obras destaca-se o grande sucesso "A Volta do Boêmio", primeiramente gravada por Nélson Gonçalves.
Nasceu no lugar e freguesia de Covêlo, no concelho de Gondomar em Portugal e veio para o Brasil com um ano de idade, junto com o seu pai, Serafim Moreira da Silva de 22 anos de idade (Comendador Serafim Sofia, assim chamado por ser filho de Sofia Moreira), tendo ido morar na Estrada do Monteiro, no Rio de Janeiro no bairro de Campo Grande, onde faleceu. Sua mãe, Maria Rosa Martins de Castro, era natural do Lugar de Gens, freguesia de Foz do Sousa, concelho de Gondomar, em Portugal, filha de Manuel Martins de Oliveira e de D.ª Rosa Martins de Castro,ambos naturais do mesmo lugar.
Em 1948, Adelino voltou a Portugal, onde gravou músicas brasileiras.
Voltou ao Brasil no início dos anos 50, período em que passou a compor mais canções.
Grande parte de sua obra foi gravada por Nélson Gonçalves, para quem compunha desde 1952, tendo sido "Última Seresta" a primeira canção gravada. No total, foram mais de 370 canções gravadas.
A cantora Núbia Lafayete foi lançada em 1959, também gravando diversas canções compostas por Adelino Moreira, como "Devolvi" e "Solidão".
Rompendo com Nélson Gonçalves, com quem só voltou a gravar em 1975, lançou o cantor Carlos Nobre com a canção "Ciclone", em 1959.
Foi disc-jockey na Rádio Mauá do Rio de Janeiro, em 1967.
Em 1970, teve uma churrascaria, chamada Cinderela, em sua casa, também no Rio de Janeiro, em Campo Grande, em que compareciam vários cantores famosos na época, como Ângela Maria que, em várias ocasiões, declarou publicamente ser Adelino o seu compositor preferido.
Em 1971, Teixeirinha grava em seu LP: "Num Fora de Série" a música: "A Volta do Boêmio" e, em 1972, a música: "Perdoar é Divino", tendo pertencido esta canção às trilhas sonoras de dois filmes estrelados pelo cantor: "Ela Tornou-se Freira" e "Teixeirinha a 7 Provas".
A música "Negue", em parceria com Enzo de Almeida Passos, foi sua composição que teve mais regravações.
Morreu de um infarto fulminante enquanto dormia em sua casa, no bairro de Campo Grande, no Rio de Janeiro.

Principais Obras

  • Negue
  • A Volta do Boêmio (1956)
  • Última Seresta (1952)
  • Fica Comigo Esta Noite (composta em dupla com Nelson Gonçalves)
  • Meu Dilema
  • Escultura
  • Meu Vício É Você
  • Doidivana
  • Deusa do Asfalto
  • Êxtase
  • Flor do Meu Bairro
  • Devolvi
  • Solidão
  • Beijo Roubado
  • Garota Solitária
  • Cinderela
  • Meu Ex-Amor
  • meu bairro

Referências

  • História do Samba, Editora Globo
Obs. matéria em construção.

A HISTÓRIA DO CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Em fins do século XIX, o remo dominava o Rio de Janeiro. O futebol começava a aparecer em alguns clubes, mas ainda era olhado com certo temor, pois não estava sendo recebido com entusiasmo pela sociedade carioca. Entretanto, como era o remo quem mandava, as competições movimentavam as manhãs no Rio antigo e não havia praia que não tivesse o seu grupo de regatas. A turma da praia do Flamengo não acompanhava o resto dos rapazes, preferindo os passeios de barco pela baía e o bate-papo no Lamas, o já famoso restaurante do Largo do Machado.

Entretanto, a idéia de se formar um grupo na praia mais movimentada do Rio começava a nascer e numa noite de setembro de 1895, José Agostinho Pereira da Cunha perguntou a Nestor de Barros, Mário Spínola e Augusto da Silveira Lopes o que achavam em de se fundar um clube de remo. Eles concordaram com a idéia, a notícia correu logo pelo Largo do Machado e as adesões surgiram na primeira noite. Entretanto, para se tornar um clube de regatas, havia necessidade de um barco, naturalmente.

Havia uma baleeira a cinco remos, meio gasta, que poderiam comprar. E nada mais justo do que os que tivessem dinheiro fossem os primeiros a colaborar e, assim, Mário Spínola, Felisberto Laport, Nestor de Barros, José Félix da Cunha Menezes e José Agostinho Pereira da Cunha contribuíram com quatrocentos mil réis, o suficiente para a compra da veterana embarcação, que teria que passar por uma reforma completa para ser o barco oficial do novo grupo que se formava.

Pherusa foi o nome dado ao barco e, para os devidos reparos, alguém indicou um armador de Maria Angu. Serviço perfeito por duzentos e cinqüenta mil réis e, mais uma vez, o pessoal que podia colaborar, colaborou. A manhã do dia 6 de outubro de 1895, foi uma festa, pois era a data marcada para apanhar a ambicionada Pherusa!

Um bom grupo foi formado para ir buscar o barco: Nestor de Barros, José Félix, José Agostinho, Mário Espínola, Felisberto Laport, Napoleão de Oliveira, Maurício Rodrigues Pereira e Joaquim Bahia partiram felizes e mais felizes ficaram ao contemplar Pherusa, novinha em folha, a balançar-se no mar.

Depois do meio-dia, saíram orgulhosos da Ponta do Caju, já na embarcação. Mário Espínola dirigia o barco e apesar do tempo feio, nada tirava a empolgação dos rapazes. Entretanto, começou a ventar e a chover e, para tristeza de todos, a Pherusa não conseguia resistir e acabou naufragando. O medo tomou conta dos tripulantes e cada um procurava se manter de qualquer maneira seguro ao que ainda restava do barco. Bahia resolveu nadar até a praia em busca de ajuda, pois era um excelente nadador e o único capaz de tal tarefa.
Bahia sumiu, o vento parou, assim como a chuva e, de repente, uma lancha vinda da Penha viu o pedido de socorro de Mário Espínola – uma bandeira branca – e veio buscar os náufragos. Os tripulantes da lancha Leal, salvaram todos e rebocaram a pobre Pherusa, totalmente destroçada.

Entretanto, o barco pouco importava, queriam saber de Bahia. Felizmente, Bahia era um bom nadador mesmo e, depois de quatro horas de luta, conseguiu chegar à praia, feliz por lá encontrar os seus companheiros. A recuperação de Pherusa foi mais uma vez iniciada, mas quando o barco já estava sendo preparado para novas batalhas, foi roubado e nunca mais foi encontrado. Ficou de Pherusa apenas a lembrança e o desejo de todos em fundar realmente um grupo de regatas.

A fundação

Um novo barco foi comprado e recebou o nome de Scyra. Faltava agora só reunir o pessoal e fundar o grupo. Na noite do dia 17 de novembro de 1895, muita gente estava num dos corredores da casa número 22 da Praia do Flamengo, onde Nestor de Barros morava num dos quartos. Lá, há muito tempo, até que fosse roubada, foi guardada Pherusa, e depois, Scyra. A reunião começou e o Grupo de Regatas Flamengo nasceu e com ele a sua primeira diretoria:

Domingos Marques de Azevedo, presidente;
Francisco Lucci Colas, vice-presidente;
Nestor de Barros, secretário;
Felisberto Cardoso Laport, tesoureiro.
Além dos eleitos, foram destacados como sócios fundadores José Agostinho Pereira da Cunha, Napoleão Coelho de Oliveira, Mário Espínola, José Maria Leitão da Cunha, Carlos Sardinha, Maurício Rodrigues Pereira, Desidério Guimarães, George Leuzinger, Augusto Lopes da Silveira, João de Almeida Lustosa e José Augusto Chairéo, sendo que os três últimos faltaram à reunião, mas foram considerados sócio fundadores. Na oportunidade, ficou resolvido que a data oficial da fundação do clube seria 15 de novembro, feriado nacional.
As cores iniciais foram azul e ouro em listras horizontais bem largas. Entretanto, em 1898, por proposta de Nestor de Barros, houve mudança dessas cores para as atuais: vermelho e preto.

Novos barcos foram sendo comprados e o Flamengo começou a competir e na I Regata do Campeonato Náutico do Brasil conquista a sua primeira vitória com Irerê, uma baleeira a dois remos, isto no dia 5 de junho de 1896.

Em 1902, diante de seu crescimento, houve a transformação para Clube de Regatas do Flamengo.

O início no futebol
A partir de 1902, o remo passou a dividir com o futebol a preferência popular. Assim, os associados do Flamengo tornaram-se sócios também do Fluminense para acompanhar o futebol e os do clube das Laranjeiras vieram para o rubro-negro, a fim de acompanhar as regatas. Alberto Borgerth representava bem o exemplo, pois pela manhã remava pelo Flamengo e à tarde jogava pelo seu clube, o Fluminense.

Entretanto, em 1911, houve a cisão no Fluminense e muitos jogadores do tricolor vieram para o Flamengo, resolvendo em assembléia do dia 8 de novembro de 1911 fundar um departamento de esportes terrestres, com Alberto Borgerth na direção. A briga entre Oswaldo Gomes e muitos dos jogadores do primeiro quadro do Fluminense foi a razão da discórdia e, enquanto alguns falavam em trocar de clube e outros mesmo em abandonar o futebol, surgiu a idéia de Borgerth, de se criar uma seção de futebol no Flamengo. A proposta foi aprovada e consagrada na assembléia do clube realizada no dia 8.

A primeira partida

Na Praia do Russel foram feitos os primeiros treinos e no dia 3 de maio de 1912, já devidamente filiado à Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, o Flamengo realizou a sua primeira partida. Foi no campo do América e os rubro-negros venceram o Mangueira por 16 a 2, sendo que o juiz foi o consagrado Belfort Duarte. O quadro do Flamengo formou com Baena; Píndaro e Nery; Coriol, Gilberto e Galo; Baiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo e Borgerth.

A Gávea

O primeiro gramado conseguido pelo Flamengo localizava-se na Praia do Russel. Nele foram feitos os primeiros treinos, mas para os jogos do campeonato, conseguiu-se alugar o campo da rua Paissandu. Na administração de Burle de Figueiredo, verificou-se um surto de progresso e expansão, incrementando-se a prática de diversos esportes.

O Flamengo passou a disputar vários campeonatos, construindo-se, então, o rink para a prática do basquete e da patinação. Outro grande evento da época foi a aquisição da sede náutica. A vida esportiva do clube transcorria normalmente. A conquista de brilhantes vitórias alcançadas pelos seus atletas nas competições aquáticas não sofreu solução de continuidade com o advento da prática dos desportos terrestres, nem tampouco com a passagem do amadorismo para o profissionalismo. Todavia, volta e meia, grandes dificuldades tinham de ser contornadas. Ficou-se na lembrança o plano utilizado na compra dos prédios nos 66 e 68 da praia do Flamengo (hoje sede velha) e que consistiu no acréscimo das mensalidades, destinado ao pagamento da dívida. Em pouco tempo os dirigentes de então liquidaram esse compromisso, sem que houvesse desvios de verba para pagamentos de outra natureza, que não a pertinente aos fins a que a mesma se destinava. Mas eis que, ao terminar o arrendamento do campo da rua Paiçandu, os seus proprietários não concordaram com a renovação do contrato, concedendo ao Flamengo, apenas, uma opção de compra. Na falta de verba para atender a uma operação tão vultosa, ficou o Flamengo, novamente sem praça de esportes. Foi quando Pascoal Segreto encetou a campanha pró-estádio da Gávea.

Para complementação da área doada foi preciso aterrar uma faixa da lagoa. De 1940 a 1948, os irmãos Pedro e Paulo Ramos Nogueira trabalharam incansavelmente na conquista da área que faltava. E na gestão de Dario de Melo Pinto, no ano de 1948, em face do término das obras do aterro, pleiteou-se à prefeitura do antigo Distrito Federal, por intermédio de Antero Coelho, a regularização definitiva da doação que fora feita pelo prefeito Pedro Ernesto, o que foi atendido pelo sócio benemérito General Ângelo Mendes de Morais, naquela época Prefeito da cidade.

A garagem da lagoa e aquela ponte da praia do Flamengo que deixou de existir com as obras de duplicação das pistas e posteriormente do aterro, foram obras da administração Bastos Padilha, durante a qual se fomentou uma campanha para solucionar definitivamente o problema da nossa praça de esportes, visto que o Flamengo se vinha utilizando do campo do Fluminense, em troca de uma pequena participação na renda dos seus jogos. José Bastos Padilha, Alexandre Baldassini e Mário de Oliveira foram as grandes figuras dessa luta. Para apurar a verba necessária à construção do estádio da Gávea, lançaram uma campanha de aumento de sócios proprietários. E foi em 1938, já na administração Raul Dias Gonçalves, que o Flamengo inaugurou o seu estádio, na Gávea, já há alguns anos totalmente murado e que dispõe de uma área útil total de 60 mil metros quadrados.

Por decreto legislativo da antiga Câmara dos Deputados do antigo Distrito Federal, o Flamengo já possuía uma área de 50 metros de frente por 50 de fundos, na Avenida Rui Barbosa. E na administração Gustavo de Carvalho pleiteou ao então Ministro da Guerra, Marechal Eurico Gaspar Dutra, um terreno vizinho a esse, que fora anteriormente obtido na administração José Bastos Padilha. Eram mais 93 metros de frente por 50 metros de fundos. Atendida essa pretensão, ficou o Flamengo de posse de dois terrenos situados num dos pontos mais pitorescos da baía da Guanabara. E estava aberto, assim, o caminho para a concretização de uma velha aspiração rubro-negra: a construção de uma sede social capaz de atender às necessidades de uma entidade com tão alto coeficiente de expansão. Uma comissão encarregou-se de conseguir o apoio do benemérito Marechal Eurico Gaspar Dutra, para o plano de construção e financiamento do edifício a ser erguido nos terrenos da avenida Rui Barbosa nº 170. O Marechal empenhou-se pessoalmente no patrocínio dessa causa, obtendo o apoio financeiro. Assim, sem que se vendesse o terreno nº 66/68, onde está situada a sede velha, mas com um bom planejamento financeiro, ergueu-se o grande edifício da avenida Rui Barbosa. Com dois blocos centrais de 24 pavimentos cada. Os quatro blocos totalizando 148 confortáveis apartamentos, ficando do quarto andar para baixo destinadas todas as suas dependências para a nova e moderna sede do Flamengo, além de algumas lojas. O prédio custou 52 milhões de cruzeiros antigos e seus apartamentos e inauguração da sede nova foi na administração Gilberto Ferreira Cardoso. Neste período o Flamengo tinha como ídolo maior o craque Dida (Edvaldo Alves Santa Rosa), que antes de uma contusão era o camisa 10 da Seleção Brasileira. Dida foi a Copa de 58, mas ficou no banco de reservas machucado, em seu lugar entrou o garoto, até então reserva Edson Arantes do Nascimento (O Rei Pelé). Dida é também ídolo de Zico, que confessou que Dida foi a sua maior influência no futebol. Antes de chegar a "Era Zico", o Flamengo contou também com grandes craques como: Zizinho, Leônidas da Silva, Gerson, Benitez, Doval e Domingos da Guia, e ainda com com Garrincha por uma temporada, que vestiria a camisa do clube para encerrar a sua carreira.

A era Zico

Quintino o menor era Zico - 1956
 Embora já possuísse uma das maiores torcidas do Brasil, o Flamengo só conquistaria o Campeonato Brasileiro a partir da década de 1980. Com Zico na equipe, o rubronegro conquistou seu primeiro título brasileiro em 1980. No ano seguinte, levantou a Taça Libertadores da América em sua primeira participação e, depois, o Mundial de Clubes ao bater o Liverpool da Inglaterra, por 3 a 0, em Tóquio. Zico ganhou o prêmio de melhor jogador da decisão.

Nos anos seguintes, o Flamengo de Zico ainda continuou conquistando títulos. Sagrou-se bicampeão brasileiro em 1982 e 83. Neste mesmo ano, Zico deixou o clube para ir jogar na Udinese (Itália). Dois anos depois, voltou ao Brasil. Em 1987, foi o maestro da conquista Copa União (módulo verde). Em um time onde orientava os jovens Bebeto, Leonardo, Ailton, Zinho, e contava com os experientes Leandro, Andrade, Aldair e Renato Gaúcho.

No Flamengo, Zico foi muitas vezes artilheiro do Estadual de Futebol de Rio de Janeiro e também do Campeonato Brasileiro de Futebol. Um grande feito para um jogador de meio campo. O craque também foi diversas vezes eleito o melhor jogador do Brasil, da América e do mundo por revistas e jornais especializados em futebol.

Em 1989, Zico fez sua última partida oficial pelo clube, uma goleada de 5 a 0 sobre o Fluminense em Juiz de Fora, do qual fez um belíssimo gol de falta. Em 1990, diante de um Maracanã lotado, fez a sua partida de despedida do Flamengo.

Pós-Zico

Os primeiros anos sem Zico, mesmo sem ele, foram de glória para o Flamengo. O time conquistou a Copa do Brasil em 1990, o Estadual do Rio, em 1991 e o Brasileiro em 1992.

No perído de 1990 até os dias de hoje o Flamengo teve como ídolos os craques: Sávio, Athirson, Júlio César, Adriano, Gilmar, Romário, Petković, Edílson e com uma saída um tanto conturbada o habilidoso Felipe.

Após o título brasileiro de 1992, o clube entrou em uma grande crise financeira e as conquistas nacionais e internacionais tornaram-se menos freqüentes. Em 1995, ano do seu centenário, o radialista Kleber Leite assumiu a presidência do clube e contratou o atacante Romário, então o melhor jogador do mundo, que estava no Barcelona.

Mesmo com Romário (que nesse ano brigava contra Túlio e Renato Gaúcho pelo "título" de Rei do Rio) e outros craques que foram contratados, como Edmundo e Branco, o ano do centenário rubro-negro não foi vitorioso. O Flamengo conquistou apenas a Taça Guanabara com 3 gols de Romário contra o Botafogo.

Em 1996 o Flamengo conquista de forma invicta o Campeonato Estadual de Futebol e a Taça Guanabara, vencendo o Clube de Regatas Vasco da Gama no último jogo da Taça Rio e conquistando o título por antecipação, sem a necessidade de uma final. Romário é o artilheiro do estadual, e Sávio é o destaque da campanha do Flamengo na Copa Ouro Sul-Americana, onde o Rubro Negro sagraria-se campeão. Sávio terminou a competição como artilheiro ao marcar 3 vezes contra o São Paulo na final. Este foi o terceiro título internacional oficial do Flamengo.

Em 1999, assumiu Edmundo dos Santos Silva e, com ele, veio um contrato milionário com a empresa de marketing esportivo ISL. Apesar de campanhas ruins no Campeonato Brasileiro, o Flamengo se destacava em outras competições, tanto que sagrou-se vice tricampeão estadual (1999, 2000 e 2001) todas elas contra o Vasco. Ganhou a Copa Mercosul em 1999 e a Copa dos Campeões, em 2001.

Neste mesmo ano, o Flamengo iniciou uma série de campanhas pífias no Campeonato Brasileiro em que lutava contra o rebaixamento.

Em 2002, Edmundo dos Santos Silva foi afastado da presidência acusado de desviar dinheiro do clube. A ISL também faliu e o clube ficou sem seu parceiro milionário.

Sem dinheiro para grandes contratações, o Flamengo não conseguiu formar equipes competitivas e por pouco não foi rebaixado no Campeonato Brasileiro em 2002, 2004 e 2005.

Em 2003 e 2004, ainda conseguiu chegar a final da Copa do Brasil. No primeiro ano, perdeu para o Cruzeiro. Na segunda vez, perdeu para o Santo André.

Em 2006 chega pela quinta vez à final da Copa do Brasil, porém desta vez consegue conquistar o título sobre o rival Vasco, ganhando novamente um título nacional, o que não acontecia desde 2001 com a conquista da Copa dos Campeões. Este título chegou a repercutir internacionalmente, tanto que a FIFA fez uma matéria em seu site oficial com o título "Flamengo: a sleeping giant awakens". A tradução seria "Flamengo: o despertar de um gigante adormecido". Até os dias de hoje o time de regatas do flamengo nunca foi rebaixado para a série b e c.

RIO DE JANEIRO - CIDADE ONDE NASCEU O FLAMENGO

A fundação da cidade do Rio de Janeiro e primeiros governos

Estácio de Sá foi o fundador da Cidade do Rio de Janeiro, em 1º de março de 1565. O objetivo da fundação foi dar início à expulsão dos franceses, que já estavam na área há 10 anos. Morreu em 20 de fevereiro de 1567, um mês depois de expulsar os franceses, em conseqüência de uma infecção no rosto, causada por uma flecha envenenada, que o feriu durante os combates.

Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil e tio do fundador da cidade transferiu, após a morte de Estácio de Sá, a cidade da área da Urca para o Morro do Castelo com o objetivo de melhor defender a cidade dos ataques franceses e seus aliados tamoios. Passou, em seguida, o governo do Rio de Janeiro para outro sobrinho, Salvador Correia de Sá.

Com o primeiro governo de Salvador Correia de Sá em 1568, inicia-se o que poderíamos chamar de dinastia carioca dos Correia de Sá. Com grande e enorme prestígio no Rio de Janeiro, por quase um século, três gerações dos Correia de Sá governariam o Rio de Janeiro repetidas vezes. A Ilha do Governador possui esse nome por ter sido um engenho de açúcar de Salvador.

O Futebol que Liberta!!!

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Obs. Matéria em construção...

...E ASSIM NASCEU FLORIANÓPOLIS



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Antes do povoamento, pela Ilha de Santa Catarina passaram muitos navegadores para refrescar-se, retirando-se após o desejado descanso.

Em 1536 passou pelo local Ruy Coschera, castelhano, procurando nele estabelecer-se. Gonçalo Mendoza, sobrinho de Dom Pedro de Mendoza, fundador de Buenos Aires, por ordem deste, chegou à Ilha a fim de abastecer-se de comestíveis. Já então aí existiam plantações.

Álvar Núñez Cabeza de Vaca chegou à ilha em 2 de novembro de 1540, com uma expedição de 400 homens e 46 cavalos, destinada a socorrer os espanhóis de Assunção. No ano seguinte, Cabeza de Vaca toma o rumo do Paraguai, por terra, conduzindo pelo sertão o seu pequeno exército.

Florianópolis nos registros cartográficos holandeses do século XVII

Os registros cartográficos holandeses, além de estarem anos à frente dos de origem ibérica, traziam também muitas referências quanto às tribos indígenas que habitavam as regiões demonstradas. As primeiras menções em mapas da Holanda aos índios Patos, além dos relatos dos primeiros navegadores portugueses que passaram pela atual Florianópolis no início do século XVII (inicialmente chamada de Porto dos Patos) e pelos bandeirantes paulistas, foram feitas por Jodocus Hondius em 1622, que mostrou o “R. Patus Plaia” e as “Seis Ilheas”. Em compensação, o geógrafo não mostrou o contorno da ilha que hoje é a capital do estado de Santa Catarina, representada em seu atlas por uma península - apenas em 1631 Henricus Hondius vai revelar o formato da Ilha de Santa Catarina. Mesmo assim Jodocus Hondius não levou isso em conta em seu novo atlas de 1633. Willem Blaeu reproduziu também a ilha em 1635, seguido pelos cartógrafos holandeses Jan Jansson em 1650, Frederik de Wit em 1670, Petrus Berius em 1675, Carel Allard em 1680, Robert Mordern e novamente De Wit em 1688, e Nikolaus Visscher em 1698.

Século XVII
O povoamento da Ilha de Santa Catarina teve início entre 1651 e 1673 por iniciativa do bandeirante vicentista Francisco Dias Velho, que já havia acompanhado seu pai nas expedições que este fez ao sertão dos gentios dos Patos. Dias Velho enviou seu filho, José Pires Monteiro, com mais de 100 homens trazidos de São Paulo para estabelecer um empreendimento agrícola. Dias Velho, por sua vez, chegou em 1675, para reforçar a iniciativa. Esse pode ser considerado o período do início da póvoa de Nossa Senhora do Desterro. Mas há documentos e fatos que demonstram ter sido em 18 de abril de 1662 a data em que o fundador partiu de São Paulo.

Entre 1675 e 1678, edificou uma capela no mesmo local onde hoje se ergue a Catedral de Florianópolis. Em 1679 deixou a Ilha, e tudo expôs em requerimento que, então, da vila de Santos, dirigiu ao governador da Capitania.
Requerimento de 1679: "Duas légoas de terra em quadra no districto da Ilha de Santa Catarina, onde já tinha igreja de Nossa Senhora do Desterro, correndo costa brava, e mais meia-légoa de terras de uma lagoa, onde já tinha fazenda e culturas; mais duas légoas de terra defronte ao estreito, ou terra firme, onde também já tinha uma feitoria com uma légoa de sertão, e outra de testada nas cabeceiras, onde chamam do Bogio; e ditas légoas em quadra, começando do rio Araçatuba".

Os Primeiros Habitantes

Primeiramente, a Ilha de Santa Catarina foi habitada pelo homem do sambaqui. Constituídos de caçadores e coletores, os grupos alimentavam-se basicamente de peixes e eventualmente de moluscos, empilhando, ao longo do tempo, pequenos montes e verdadeiras "montanhas" de moluscos. Não eram restos de alimentos como muitos pensavam e ainda pensam, mas (conforme estudos da UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina), foram construções do homem pré-histórico. Esses montes de conchas calcificados são chamados de sambaquina língua nativa: "monte de conchas" e constituem uma das mais importantes fontes das informações sobre as populações pré-históricas.

Em seguida vieram os tupi-guaranis. Divididos em várias tribos e aldeias, ocuparam a maior parte da área litorânea e foram chamados de Carijós pelos europeus que aqui chegaram. Tudo indica que estes índios tenham vindo da região que hoje é o Paraguai.

Eles já conheciam a agricultura, eram sedentários e tinham na pesca a atividade básica para sua subsistência. Recebem os brancos como grande cordialidade e curiosidade, não manifestando qualquer hostilidade. Por isso, é que mais tarde são aprisionados pelos portugueses e vendidos como escravos nos mercados de São Vicente e Bahia de Todos os Santos.

Nomes de algumas regiões florianopolitanas como Pirajubaé, Itaguaçu, Anhatomirim, são uns dos referenciais históricos deixados por eles. Meiembipe, ou "lugar acima do rio" e Yurerê-Mirim, ou "bem pequena", eram denominações que os Carijós usavam para chamar sua terra.

O gradual extermínio destas tribos indígenas no litoral catarinense começa a acontecer no final do século XVII, devendo-se à escravidão e à fraca resistência às doenças trazidas pelos europeus, tais como gripe, sarampo, varíola, tuberculose, etc. Apesar dos esforços do missionários jesuítas espanhóis e portugueses para salvá-los, aos Carijós restou o último papel: serem escravos dos europeus nos engenhos que aqui começavam a ser instalados.

Século XVIII


A Fundação do Povoado
Os primeiros colonizadores a se instalarem em Florianópolis foram desertores de algumas expedições marítimas. Entretanto, a fundação da cidade propriamente dita só foi ocorrer a partir de 1675. Foi neste ano que chegou à ilha o bandeirante Francisco Dias Velho, que além de impulsionar o surgimento da cidade, acabou tendo um fim trágico, digno de um filme de aventuras. Com Dias Velho vieram sua esposa, três filhas, dois filhos, outra família agregada, dois padres da Companhia de Jesus e mais 500 índios domesticados.

O bandeirante natural de Santos (SP) é descrito por algum historiadores como um impiedoso caçador de índios, mas o traço mais palpável de sua personalidade era a coragem de desbravador em uma terra cobiçada por piratas de várias nacionalidades. O fundador já trazia informações sobre a existência de um pequeno comércio realizado no local onde seria instalada a cidade e sobre o espírito pacífico dos indígenas. O primeiro passo foi a constrição de uma pequena igreja onde hoje está a Catedral de Florianópolis, contando com a proteção de Santa Catarina. Em seguida foi escolhida a melhor região para a vila, começando a construção de casas e iniciando-se o plantio de novas culturas.

Dias Velho pereceu, lamentavelmente, nas mãos dos piratas, e a povoação que fundou decaiu e quase desapareceu, a ponto de, em 1712, Amédée François Frézier, navegador francês que aqui aportou, encontrar apenas 15 sítios com o total de 147 brancos.


A arquitetura açoriana é visível em muitos locais de Florianópolis. Estas são casas em Santo Antônio de Lisboa.

Em 1739, precisamente em 7 de março, aportou na ilha de Santa Catarina o brigadeiro José da Silva Pais, nomeado primeiro governador da Capitania de Santa Catarina. Trazia a missão de construir fortificações que dessem ao porto uma base segura, para defesa da costa ao Sul e ao Norte e, ao mesmo tempo, presidir a colonização sistemática da região. Com essa finalidade, o governo português determinou, por meio de editais, aliciar colonos nas ilhas dos Açores, Madeira e outras, transportando-os para Santa Catarina.

A Provisão Régia de 9 de agosto de 1747 providenciou as medidas necessárias para essa colonização.

Mais de setenta anos após a chegada de Dias Velho, em março de 1748, estabeleceu-se a primeira colônia de portugueses açorianos às margens da Lagoa da Conceição, no interior da Ilha de Santa Catarina. Pouco depois, a segunda colônia estabeleceu-se em Santo Antônio de Lisboa. Outras colônias estabeleceram-se no continente: em São Miguel, São José de Terra Firme, Enseada de Brito (que, segundo as crônicas, deve seu nome ao fundador de Laguna, o bandeirante vicentista Domingos de Brito Peixoto) e em Vila Nova, próximo de onde hoje se encontra Imbituba.

O povoado bandeirante fundado por Dias Velho tornou-se município em 23 de março de 1726. Nessa ocasião, a capitania de Santa Catarina já existia desde 11 de agosto de 1738. Nesse tempo, já eram municípios também São Francisco do Sul (desde 1660) e Laguna (desde 1714, embora instalado apenas em 1720).

Em 11 de agosto de 1738 foi criado o primeiro governo regional do Sul do Brasil, em Santa Catarina.


Mapa da ilha de Santa Catarina publicado em 1776. Em tese defendida por Evaldo Pauli (professor da Universidade Federal de Santa Catarina, membro da Academia Brasileira de Filosofia, do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras), "a Ilha de Santa Catarina, onde se localiza Florianópolis, teve o papel de coordenação geopolítica. A partir de sua posição estratégica formou-se o centro de poder do Sul do Brasil, quando se tratava de conquistar o (território onde hoje se situa)o Rio Grande do Sul. Mas foi sobretudo a partir do povoamento da Ilha de Santa Catarina que se projetou a unidade regional, primeiramente capitania, depois província e por último estado. Nasceu a Capitania somente com os limites do município os quais iam ao Sul até Garopaba, ao norte até Camboriú. Logo se anexaram os municípios de Laguna (1742), São Francisco (1750), depois também o Planalto de Lages (1820). Portanto, a partir de Florianópolis se criou o estado de Santa Catarina. Sem Florianópolis o estado talvez não existisse. Dessa sorte, sem a capital, Florianópolis, o estado até poderia desintegrar-se, por lhe faltar um sentido histórico. Mais uma vez parece claro que a história é um elemento de ação no comportamento humano. Temos, por conseguinte, clara a importância do conhecimento das nossas origens históricas, e que são bandeirantes."

A Caça às baleias

As baleias eram visitantes constantes do litoral da Ilha e na segunda metade do século XVIII a Coroa Portuguesa autorizou sua caça. Entretanto a caça à baleia não representou um incremento ao comércio da região, já que a maioria do produto era enviado à Portugal. O impulso mais significativo ao Porto de Desterro com a caça à baleia foi a necessidade de abastecimento com água e alimentos a muitos baleeiros norte-americanos que também aproveitaram para contrabandear escravos. Não demorou muito para que a atividade predatória entrasse em declínio. O primeiro motivo foi a fuga das baleias para o extremo sul e mais tarde a substituição do óleo animal por querosene, a partir do carvão de pedra, e depois por petróleo, como fonte de iluminação. O poder dos militares na região começa a diminuir no início do século XIX e passam a prosperar os comerciantes, na maioria donos de embarcações para comércio entre o litoral catarinense.

Século XIX

Vista de Desterro (Florianópolis), em 1867, por Joseph Brüggemann.Nos séculos XVII e XIX pela ilha passaram vários navegantes, que deixaram registradas suas impressões sobre o local. Em Florianópolis a arquitetura das casas da época da colonização era portuguesa.








DADOS GERAIS:

Estado que Pertence: Santa Catarina
Data de Fundação: 23 de março de 1726
Gentílico: florianopolitano
População: 406.564
Área (em km²): 433,317
Densidade Demográfica (habitantes por km²): 938,3

A HISTÓRIA DO CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA

VASCO DA GAMA 
Wikipédia, a enciclopédia livre. 

Fundação e primeiros anos

A 21 de agosto de 1898, um grupo de 63 rapazes, imigrantes portugueses e luso-descendentes, reuniu-se numa sala da Sociedade Dramática Filhos de Talma, localizado no bairro da Saúde, e fundou um clube de remo. O nome escolhido foi Club de Regatas Vasco da Gama, pois justo naquele ano eram comemorados os 400 anos da viagem do célebre almirante à Índia.
Com dois meses de existência o clube já contava com trezentos sócios, o suficiente para solicitar para disputa dos campeonatos de remo. Assim, no dia 7 de novembro, o Vasco solicitava a sua inscrição oficial na União de Regatas Fluminense e, ao mesmo tempo, apresentava as cores do seu uniforme: camisa preta cruzada por uma faixa branca e a Cruz de Cristo sobre o coração. A Cruz, a mesma que levou a bênção cristã aos povos da Índia, a faixa branca simbolizando o estandarte que Vasco da Gama recebeu de D. Manuel, o Venturoso, e a camisa negra representando os mares obscuros navegados pelas caravelas do navegador.
Já filiado à União de Regatas, a estreia do Vasco em competições oficiais ocorreu a 4 de junho de 1899, na enseada de Botafogo. Ali, a baleeira "Volúvel", de seis remos, venceu o 1º páreo na categoria júnior, a primeira vitória do Vasco no remo. Em 24 de novembro de 1905, o clube conquistou o primeiro Campeonato Carioca de Remo, numa competição que contou com o presidente Rodrigues Alves entre os assistentes. Já no ano seguinte o Vasco sagrou-se bicampeão.Até 2012, o clube venceu o campeonato de remo um total de 46 vezes.
A estrutura dos clubes desportivos brasileiros da época se caracteriza pelo elitismo, uma vez que seus sócios eram geralmente oriundos da elite da zona sul carioca. O Vasco da Gama diferenciava-se destes clubes porque sua base era em grande parte formada por comerciantes e assalariados portugueses. Nesse contexto, é também destacável que em 1904 os sócios do Vasco, numa atitude inédita até então, elegeram um mulato para a presidência, Cândido José de Araújo, que foi reeleito para o cargo em 1905. Foi durante a presidência de Araújo que o clube conquistou seu primeiro campeonato de remo.

Inícios no futebol

Um dos primeiros times de
futebol do CRVG. "Os Camisas Negras"
A decisão de incorporar o futebol como esporte do clube esteve relacionada à chegada ao Rio, em 1913, de uma seleção de jogadores de times de Lisboa. Essa equipe enfrentou o Botafogo Football Club, num partido que os visitantes ganharam por 1 a 0. A vitória impulsou a colônia lusitana da cidade a fundar clubes dedicados ao futebol, como o Centro Esportivo Português, o Lusitano e o Lusitânia Futebol Clube.
Itália e Fausto, destaques em São Januário.
O Lusitânia era um clube restritivo, que só aceitava portugueses como sócios, o que o impedia de ser incorporado à Liga Metropolitana de Sports Athléticos. O Vasco, por outro lado, aceitava tanto portugueses como brasileiros como sócios. Um acordo entre os clubes celebrado a 26 de novembro de 1915 levou à fusão dos dois, dando origem ao departamento de futebol do Vasco da Gama, apesar da oposição dos remadores vascaínos. O Vasco estreiou a 3 de maio de 1916, na terceira divisão, perdendo por 10 a 1 contra o Paladino Foot-Ball Club.
O clube incorporava aos seus quadros jogadores de qualquer origem étnica, com a condição que soubessem jogar futebol. Em 1922, o Vasco conseguiu o primeiro título ao ganhar a série B da Primeira Divisão, o que lhe abriu a possibilidade de jogar na Primeira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT).  A campanha do clube foi excelente, com onze vitórias, dois empates e uma derrota, sagrando-se assim campeão do Campeonato Carioca de Futebol de 1923 no seu ano de estreia. O time vascaíno era composto por jogadores de várias origens, como negros, mulatos, portugueses e brancos pobres da classe operária. Apesar de que havia times com jogadores destas características (por exemplo o Bangu), essa era a primeira vez que os times mais elitistas da cidade eram incomodados por um time da periferia. De fato, a equipe campeã de 1923 era integrada por vários jogadores negros, como o chofer de táxi Nelson da Conceição, o estivador Nicolino, o pintor de parede Ceci e o motorista de caminhão Bolão, além de quatro brancos analfabetos.
Os clubes da "elite" não suportaram ver seus times sendo derrotados por um time formado por negros e pobres, e que nem estádio possuía. Vieram as acusações de falta de profissionalismo e a alegação de que analfabetos não poderiam atuar. Assim, o Vasco pagava a professores para ensinar seus jogadores a assinar a súmula das partidas.
Mesmo lutando contra os clubes unidos contra ele, o Vasco venceu o América e o Fluminense, conquistando o campeonato, em seu ano de estreia na primeira divisão, no dia 12 de agosto de 1923, deixando o Clube de Regatas Flamengo, na vice colocação, o que acabou marcando significativamente a história do clube, do Rio de Janeiro e do Brasil, por ser o primeiro do Clube em uma campanha com integrantes afro-descendentes, pobres e operários a ser campeão. De acordo Rui Proença, português de nascimento e radicado no Rio, identifica o fato como uma verdadeira revolução, enfatizando os preconceitos e dificuldades inicialmente encontrados pelo Vasco, associando-se ao fato de o Flamengo, o Fluminense e o Botafogo não permitirem a entrada de negros em seus clubes. O autor conclui que o clube representaria o congraçamento entre negros e portugueses, grupos discriminados que, unidos, fizeram o Vasco.
As derrotas sofridas para o Vasco ao longo da competição eram inadmissíveis para os adversários, que logo começaram a alegar que o quadro de atletas cruzmaltinos era formado por pessoas de "profissão duvidosa" e que o clube não possuía um estádio a fim de excluí-lo do campeonato. Na época o campinho do Vasco, localizado à rua Moraes e Silva, 261, na Tijuca, só servia para treinos.
Os camisas pretas - apelidado dado aos jogadores vascaínos por causa do seu uniforme, foram ganhando partida por partida, sempre virando o placar no segundo tempo, devido ao ótimo preparo físico dos jogadores, até ganhar o campeonato.
Após a tentativa fracassada de ver o Vasco da Gama fora da competição em 1923, os clubes da zona sul (área de elite da cidade do Rio de Janeiro), Botafogo, Flamengo, Fluminense e alguns outros clubes encontraram a solução para se verem livres dos vascaínos no ano seguinte. Assim, se uniram, abandonaram a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e fundaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), deixando de fora o Vasco, que só poderia se filiar à nova entidade caso dispensasse doze de seus atletas (todos negros) sob a acusação de que teriam "profissão duvidosa". Diante da situação imposta, em 1924, o presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, José Augusto Prestes, enviou uma carta à AMEA, que veio a ser conhecida como a "resposta histórica", recusando a se submeter à condição imposta e desistindo de filiar-se à AMEA. A carta entrou para a história como marco da luta contra o racismo no futebol.

 Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.

 VASCO DA GAMA NAVEGADOR
Vasco da Gama
Vasco da Gama
Vice-rei da Índia
Flag Portugal (1521).svg
Mandato 1524
Antecessor(a) Duarte de Menezes
(1522 - 1524)
Sucessor(a) Henrique de Menezes
(1524 - 1526)
Vida
Nascimento 1460 ou 1469
Sines, Portugal
Morte 24 de dezembro de 1524
Cochim, Estado Português da Índia
Dados pessoais
Profissão Almirante-mor
Assinatura Assinatura de Vasco da Gama
Vasco da Gama (Sines, ca. 1460 ou 1469 — Cochim, Índia, 24 de dezembro de 1524) foi um navegador e explorador português. Na Era dos Descobrimentos, destacou-se por ter sido o comandante dos primeiros navios a navegar da Europa para a Índia, na mais longa viagem oceânica até então realizada, superior a uma volta completa ao mundo pelo Equador. No fim da vida foi, por um breve período, Vice-Rei da Índia.

Biografia

Juventude

Nasceu provavelmente em 1460 ou 1468 ou ainda 1469, em Sines, na costa sudoeste de Portugal, possivelmente numa casa perto da Igreja de Nossa Senhora das Salvas de Sines. Sines, um dos poucos portos da costa alentejana, era então uma pequena povoação habitada por pescadores.
Era filho legítimo de Estêvão da Gama, que em 1460 era cavaleiro da casa de D. Fernando de Portugal, Duque de Viseu e Mestre da Ordem de Cristo. D. Fernando nomeara-o alcaide-mor de Sines e permitira-lhe receber uma pequena receita de impostos sobre a fabricação de sabão em Estremoz. Estêvão da Gama era casado com Dona Isabel Sodré, filha de João Sodré (também conhecido como João de Resende). Sodré, que era de ascendência Inglesa, tinha ligações à casa de D. Diogo, Duque de Viseu, filho de Fernando de Portugal, Duque de Viseu.
Pouco se sabe do início da vida deste navegador. Foi sugerido pelo médico e historiador português Augusto Carlos Teixeira de Aragão, que terá estudado em Évora, onde poderá ter aprendido matemática e navegação. É evidente que conhecia bem a astronomia, e é possível que tenha estudado com o astrónomo Abraão Zacuto.
Em 1492, João II de Portugal enviou-o ao porto de Setúbal, a sul de Lisboa, e ao Algarve para capturar navios franceses em retaliação por depredações feitas em tempo de paz contra a navegação portuguesa – uma tarefa que Vasco da Gama executou rápida e eficazmente.

Descoberta do caminho marítimo para a Índia (1497-1498)

Antecedentes

Vasco Da Gama
Viagem de Vasco da Gama (a preto) e as viagens anteriores de Pero da Covilhã (laranja) e Afonso de Paiva (azul), com o caminho percorrido antes de se separarem (a verde).
Desde o início do século XV, impulsionados pelo Infante D. Henrique, os portugueses vinham aprofundando o conhecimento sobre o litoral Africano. A partir da década de 1460, a meta tornara-se conseguir contornar a extremidade sul do continente africano para assim aceder às riquezas da Índia – pimenta preta e outras especiarias – estabelecendo uma rota marítima de confiança. A República de Veneza dominava grande parte das rotas comerciais entre a Europa e a Ásia, e desde a tomada de Constantinopla pelos otomanos limitara o comércio e aumentara os custos. Portugal pretendia usar a rota iniciada por Bartolomeu Dias para quebrar o monopólio do comércio mediterrânico.
Quando Vasco da Gama tinha cerca de dez anos, esses planos de longo prazo estavam perto de ser concretizados: Bartolomeu Dias tinha retornado de dobrar o Cabo da Boa Esperança, depois de explorar o "Rio do Infante" (Great Fish River, na actual África do Sul) e após ter verificado que a costa desconhecida se estendia para o nordeste.
Em simultâneo foram feitas explorações por terra durante o reinado de D. João II de Portugal, suportando a teoria de que a Índia era acessível por mar a partir do Oceano Atlântico. Pero da Covilhã e Afonso de Paiva foram enviados via Barcelona, Nápoles e Rodes até Alexandria, porta para Aden, Ormuz e Índia.
Faltava apenas um navegador comprovar a ligação entre os achados de Bartolomeu Dias e os de Pero da Covilhã e Afonso de Paiva, para inaugurar uma rota de comércio potencialmente lucrativa para o Oceano Índico. A tarefa fora inicialmente atribuída por D. João II a Estevão da Gama, pai de Vasco da Gama. Contudo, dada a morte de ambos, em Julho de 1497 o comando da expedição foi delegado pelo novo rei D. Manuel I de Portugal a Vasco da Gama, possivelmente tendo em conta o seu desempenho ao proteger os interesses comerciais portugueses de depredações pelos franceses ao longo da Costa do Ouro Africana.
A chamada Primeira Armada da Índia seria financiada em parte pelo banqueiro florentino Girolamo Sernige.

A viagem

"São Gabriel", "São Rafael" e "Bérrio" c. de 1558.
Ilustração do "Roteiro da viagem" de Álvaro Velho.
Manuel I de Portugal confiou a Vasco da Gama o cargo de capitão-mor da frota que, num sábado 8 de Julho de 1497, zarpou de Belém em demanda da Índia.
Era uma expedição essencialmente exploratória que levava cartas do rei D. Manuel I para os reinos a visitar, padrões para colocar, e que fora equipada por Bartolomeu Dias com alguns produtos que haviam provado ser úteis nas suas viagens, para as trocas com o comércio local. O único testemunho presencial da viagem é consta num diário de bordo anónimo, atribuído a Álvaro Velho:
Contava com cerca de cento e setenta homens, entre marinheiros, soldados e religiosos, distribuídos por quatro embarcações:
  • São Gabriel, uma nau de 27 metros de comprimento e 178 toneladas, construída especialmente para esta viagem, comandada pelo próprio Vasco da Gama;
  • São Rafael, de dimensões semelhantes à São Gabriel, também construída especialmente para esta viagem, comandada por Paulo da Gama, seu irmão; no regresso, com a tripulação diminuída, foi abatida em Melinde, prosseguindo na Bérrio e São Gabriel.
  • Bérrio, uma nau ligeiramente menor que as anteriores, oferecida por D. Manuel de Bérrio, seu proprietário, sob o comando de Nicolau Coelho;
  • São Miguel, uma nau para transporte de mantimentos, sob o comando de Gonçalo Nunes, que viria a ser queimada na ida, perto da baía de São Brás, na costa oriental africana.
A expedição partiu de Lisboa, acompanhada por Bartolomeu Dias que seguia numa caravela rumo à Mina, seguindo a rota já experimentada pelos anteriores exploradores ao longo da costa de África, através de Tenerife e do Arquipélago de Cabo Verde. Após atingir a costa da atual Serra Leoa, Vasco da Gama desviou-se para o sul em mar aberto, cruzando a linha do Equador, em demanda dos ventos vindos do oeste do Atlântico Sul, que Bartolomeu Dias já havia identificado desde 1487. Esta manobra de "volta do mar" foi bem sucedida e, a 4 de Novembro de 1497, a expedição atingiu novamente o litoral Africano. Após mais de três meses, os navios tinham navegado mais de 6.000 quilómetros de mar aberto, a viagem mais longa até então realizada em alto mar.
Reprodução da cruz de Vasco da Gama
no Cabo da Boa Esperança.
A 16 de Dezembro, a frota já tinha ultrapassado o chamado "rio do Infante" ("Great Fish River", na atual África do Sul) – de onde Bartolomeu Dias havia retornado anteriormente – e navegou em águas até então desconhecidas para os europeus. No dia de Natal, Gama e sua tripulação batizaram a costa em que navegavam o nome de Natal (actual província KwaZulu-Natal da África do Sul).
A 2 de Março de 1498, completando o contorno da costa africana, a armada chegou à costa de Moçambique, após haver sofrido fortes temporais e de Vasco da Gama ter sufocado com mão de ferro uma revolta da marinhagem. Na costa Leste Africana, os territórios controlados por muçulmanos integravam a rede de comércio no Oceano Índico. Em Moçambique encontram os primeiros mercadores indianos. Inicialmente são bem recebidos pelo sultão, que os confunde com muçulmanos e disponibiliza dois pilotos. Temendo que a população fosse hostil aos cristãos, tentam manter o equívoco mas, após uma série de mal entendidos, foram forçados por uma multidão hostil a fugir de Moçambique, e zarparam do porto disparando os seus canhões contra a cidade.
O piloto que o sultão da ilha de Moçambique ofereceu para os conduzir à Índia havia sido secretamente incumbido de entregar os navios portugueses aos mouros em Mombaça. Um acaso fez descobrir a cilada e Vasco da Gama pôde continuar.
Pilar de Vasco da Gama em Melinde.
Na costa do actual Quénia a expedição saqueou navios mercantes árabes desarmados. Os portugueses tornaram-se conhecidos como os primeiros europeus a visitar o porto de Mombaça, mas foram recebidos com hostilidade e logo partiram.
Em Fevereiro de 1498, Vasco da Gama seguiu para norte, desembarcando no amistoso porto de Melinde – rival de Mombaça – onde foi bem recebido pelo sultão que lhe forneceu um piloto árabe, conhecedor do Oceano Índico, cujo conhecimento dos ventos de monções permitiu guiar a expedição até Calecute, na costa sudoeste da Índia. As fontes divergem quanto à identidade do piloto, identificando-o por vezes como um cristão, um muçulmano e um guzerate. Uma história tradicional descreve o piloto como o famoso navegador árabe Ibn Majid, mas relatos contemporâneos posicionam Majid noutro local naquele momento.

Chegada a Calecute

Chegada de Vasco da Gama a
Calecute, Índia a 20 de Maio de 1498.
Em 20 de Maio de 1498, a frota alcançou Kappakadavu, próxima a Calecute, no actual estado indiano de Kerala, ficando estabelecida a Rota do Cabo e aberto o caminho marítimo dos Europeus para a Índia.
No dia seguinte à chegada, entre a multidão reunida na praia, foram saudados por dois mouros de Tunes (Tunísia), um dos quais dirigiu-se em castelhano «Ao diabo que te dou; quem te trouxe cá?». E perguntaram-lhe o que vínhamos buscar tão longe; e ele respondeu: «Vimos buscar cristãos e especiaria.», conforme relatado por Álvaro Velho. Ao ver as imagens de deuses Hindus Gama e os seus homens pensaram tratar-se de santos cristãos, por contraste com os muçulmanos que não tinham imagens. A crença nos "cristãos da Índia", como então lhes chamaram, perdurou algum tempo mesmo depois do regresso.
Contudo, as negociações com o governador local, Samutiri Manavikraman Rajá, samorim de Calecute, foram difíceis. Os esforços de Vasco da Gama para obter condições comerciais favoráveis foram dificultados pela diferença de culturas e pelo baixo valor de suas mercadorias, com os representantes do samorim a escarnecerem das suas ofertas, e os mercadores árabes aí estabelecidos a resistir à possibilidade de concorrência indesejada. As mercadorias apresentadas pelos portugueses mostraram-se insuficientes para impressionar o samorim, em comparação com os bens de alto valor ali comerciados, o que gerou alguma desconfiança. Os portugueses acabariam por vender as suas mercadorias por baixo preço para poderem comprar pequenas quantidades de especiarias e jóias para levar para o reino.
Por fim o samorim mostrou-se agradado com as cartas de D. Manuel I e Vasco da Gama conseguiu obter uma carta ambígua de concessão de direitos para comerciar, mas acabou por partir sem aviso após o Samorim e o seu chefe da Marinha Kunjali Marakkar insistirem para que deixasse todos os seus bens como garantia. Vasco da Gama manteve os seus bens, mas deixou alguns portugueses com ordens para iniciar uma feitoria.

Regresso a Portugal

Vasco da Gama iniciou a viagem de regresso a 29 de Agosto de 1498. Na ânsia de partir, ignorou o conhecimento local sobre os padrões da monção que lhe permitiria velejar. Na Ilha de Angediva foram abordados por um homem que se afirmava cristão mas que se fingia de muçulmano ao serviço de Hidalcão, o sultão de Bijapur. Suspeitando que era um espião, açoitaram-no até que ele confessou ser um aventureiro judeu polaco no Oriente. Vasco da Gama apadrinhou-o, nomeando-o Gaspar da Gama.
Na viagem de ida, cruzar o Índico até à Índia com o auxílio dos ventos de monção demorara apenas 23 dias. A de regresso, navegando contra o vento, consumiu 132 dias, tendo as embarcações aportado em Melinde a 7 de Janeiro de 1499. Nesta viagem cerca de metade da tripulação sobrevivente pereceu, e muitos dos restantes foram severamente atingidos pelo escorbuto, por isso dos 148 homens que integravam a armada, só 55 regressaram a Portugal. Apenas duas das embarcações que partiram do Tejo conseguiram voltar a Portugal, chegando, respectivamente em Julho e Agosto de 1499. A caravela Bérrio, sendo a mais leve e rápida da frota, foi a primeira a regressar a Lisboa, onde aportou a 10 de Julho de 1499, sob o comando de Nicolau Coelho e tendo como piloto Pêro Escobar, que mais tarde acompanhariam a frota de Pedro Álvares Cabral na viagem em que se registrou o descobrimento do Brasil em Abril de 1500.
Vasco da Gama regressou a Portugal em Setembro de 1499, um mês depois de seus companheiros, pois teve de sepultar o irmão mais velho Paulo da Gama, que adoecera e acabara por falecer na ilha Terceira, nos Açores. No seu regresso, foi recompensado como o homem que finalizara um plano que levara oitenta anos a cumprir. Recebeu o título de "almirante-mor dos Mares das Índia", sendo-lhe concedida uma renda de trezentos mil réis anuais, que passaria para os filhos que tivesse. Recebeu ainda, conjuntamente com os irmãos, o título perpétuo de Dom e duas vilas, Sines e Vila Nova de Milfontes.

Segunda viagem à Índia (1502)

A 12 de Fevereiro de 1502, Vasco da Gama comandou nova expedição com uma frota de vinte navios de guerra, com o objetivo de fazer cumprir os interesses portugueses no Oriente. Fora convidado após a recusa de Pedro Álvares Cabral, que se desentendera com o monarca acerca do comando da expedição. Esta viagem ocorreu depois da segunda armada à Índia, comandada por Pedro Álvares Cabral em 1500, que ao desviar-se da rota descobrira o Brasil. Quando chegou à Índia, Cabral soube que os portugueses que haviam sido aí deixados por Vasco da Gama na primeira viagem para estabelecer um posto comercial haviam sido mortos. Após bombardear Calecute, rumou para o sul até Cochim, um pequeno reino rival, onde foi calorosamente recebido pelo Rajá, regressando à Europa com seda e ouro.
Gama tomou e exigiu um tributo à ilha de Quíloa na África Oriental, um dos portos de domínio árabe que haviam combatido os portugueses, tornando-a tributária de Portugal. Com ouro proveniente de 500 moedas trazidas por Vasco da Gama do régulo de Quíloa (actual Kilwa Kisiwani, na Tanzânia), como tributo de vassalagem ao rei de Portugal, foi mandada criar, pelo rei D. Manuel I para o Mosteiro dos Jerónimos, a Custódia de Belém.
Nesta viagem ocorreu o primeiro registo europeu conhecido do avistamento das ilhas Seychelles, que Vasco da Gama nomeou Ilhas Amirante (ilhas do Almirante) em sua própria honra.



Vasco da Gama partira com o objectivo de instalar o centro português e uma feitoria em Cochim, após esforços consecutivos de Pedro Álvares Cabral e João da Nova. Bombardeou Calecute e destruiu postos de comércio árabes.
Depois de chegar ao norte do Oceano Índico, Vasco da Gama aguardou até capturar um navio que retornava de Meca, o Mîrî, com importantes mercadores muçulmanos, apreendendo todas as mercadorias e incendiando-o. Ao chegar a Calecute, a 30 de Outubro 1502, o samorim estava disposto a assinar um tratado, num acto de ferocidade que chocou até os cronistas contemporâneos, que o consideraram um acto e vingança pelos portugueses mortos em Calecute da sua primeira viagem.
Em 1 de Março de 1503 inicia-se a guerra entre o samorim de Calecute e o rajá de Cochim. Os seus navios assaltaram navios mercantes árabes, destruindo também uma frota de 29 navios de Calecute. Após essa batalha, obteve então concessões comerciais favoráveis do Samorim. Vasco da Gama fundou a colónia portuguesa de Cochim, na Índia, regressando a Portugal em Setembro de 1503. Vasco da Gama voltou a pátria em 1513 e levou vida retirada, em Évora, apesar da consideração de que gozava junto do rei.

Terceira viagem à Índia (1524)

Em 1519 foi feito primeiro Conde da Vidigueira pelo rei D. Manuel I, com sede num terreno comprado a D. Jaime I, Duque de Bragança, que a 4 de Novembro cedera as vilas da Vidigueira e Vila de Frades a Vasco da Gama, seus herdeiros e sucessores, bem como todos os rendimentos e privilégios relacionados, sendo o primeiro Conde português sem sangue real.
Tendo adquirido uma reputação de temível "solucionador" de problemas na Índia, Vasco da Gama foi enviado de novo para o subcontinente indiano em 1524. O objectivo era o de que ele substituísse o Duarte de Meneses, cujo governo se revelava desastroso, mas Vasco da Gama contraiu malária pouco depois de chegar a Goa. Como vice-rei atuou com rigidez e conseguiu impor a ordem, mas veio a falecer na cidade de Cochim, na véspera de Natal em 1524.
Túmulo de Vasco da Gama no
Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa.
Foi sepultado na Igreja de São Francisco (Cochim). Em 1539 os seus restos mortais foram transladados para Portugal, mais concretamente para a Igreja de um convento carmelita, conhecido actualmente como Quinta do Carmo (hoje propriedade privada), próximo da vila alentejana da Vidigueira, como conde da Vidigueira de juro e herdade (ou seja, a si e aos seus descendentes) desde 1519.
Aqui estiveram até 1880, data em que ocorreu a trasladação para o Mosteiro dos Jerónimos, que foram construídos logo após a sua viagem, com os primeiros lucros do comércio de especiarias, ficando ao lado do túmulo de Luís Vaz de Camões. Há quem defenda, porém, que os ossos de Vasco da Gama ainda se encontram na vila alentejana. Como testemunho da trasladação das ossadas, em frente à estátua do navegador na Vidigueira, existe a antiga Escola Primária Vasco da Gama (cuja construção serviu de moeda de troca para obter permissão para efectuar a trasladação à época), onde se encontra instalado o Museu Municipal de Vidigueira.

Títulos e honrarias

Armas dos Gamas, Condes da Vidigueira
D. Manuel ofereceu-lhe os títulos de:
  • Conde da Vidigueira em 151;
  • Almirante dos mares da Índia;
  • Segundo Vice-Rei da Índia em 1524.

Legado

Estátua de Vasco da Gama na sua terra natal, Sines, Portugal.
O comércio de especiarias viria a ser um trunfo para a economia portuguesa, e a viagem de Vasco da Gama deixou clara a importância da costa leste da África para os interesses portugueses: os seus portos forneciam água potável, víveres e madeira, serviam para reparos e como abrigo para os navios esperarem em tempos desfavoráveis (aguardando a monção, ou abrigando-se de ataques). Um resultado significativo desta exploração foi a colonização de Moçambique pela Coroa Portuguesa.
Embora o rei D. Manuel tenha compreendido a importância das suas mercadorias, apesar de escassas, as conquistas de Vasco da Gama foram um pouco obscurecidas pelo seu fracasso em trazer bens comerciais de interesse para as nações da Índia. Além disso, a rota de mar estava repleta de perigos – a sua frota levou mais de trinta dias sem ver terra e apenas 60 dos seus 180 companheiros, numa das suas três naus, regressaram a Portugal em 1498. No entanto, esta jornada abriu a rota do cabo direta para a Ásia.
Na segunda armada à Índia, de Pedro Álvares Cabral, seria feita uma demonstração de poder, com tripulação dez vezes maior e 9 navios a mais.
Da sua esposa, D. Catarina de Ataíde, Vasco da Gama teve sete filhos. Alguns acompanharam-no e vieram a desempenhar importantes cargos no Oriente: Francisco, segundo Conde da Vidigueira; Estêvão, 11º governador da Índia; Paulo; Cristóvão, um mártir na Etiópia; Pedro, Isabel de Ataíde e Álvaro da Gama, Capitão de Malaca.



O poema épico "Os Lusíadas" (1572) de Luís Vaz de Camões, centra-se em grande parte nas viagens de Vasco da Gama. José Agostinho de Macedo escreveu o poema narrativo "Gama" (1811), posteriormente refundido e aperfeiçoado no poema épico "O Oriente" (1814), com Vasco da Gama como Herói. A ópera "L'Africaine", composta em 1865 por Giacomo Meyerbeer e Eugène Scribe, inclui a personagem de Vasco da Gama, interpretada em 1989 na San Francisco Opera pelo tenor Placido Domingo. O compositor do século XIX, Louis-Albert Bourgault-Ducoudray, compôs uma ópera em 1872 de mesmo nome, baseada na vida e explorações marítimas de Vasco da Gama. A cidade portuária de Vasco da Gama, em Goa, é nomeada em sua memória, como o é a "cratera de Vasco da Gama" na Lua. Existem três clubes de futebol no Brasil (incluindo o Club de Regatas Vasco da Gama) e o Vasco Sports Club, em Goa, também nomeados em sua homenagem. Uma igreja em Cochim, Kerala, a Igreja Vasco da Gama, e o bairro Vasco na Cidade do Cabo, também o homenageiam.

SUGESTÃO IMPORTANTE PARA OS NOVOS DIRIGENTES VASCAÍNOS A SEREM ELEITOS EM 11 DE NOVEMBRO!!! LEVEM ESSA HISTÓRIA AO CONHECIMENTO DE NOSSOS ATLETAS!!!


A HISTÓRIA DO CLUBE DE REGATAS VASCO DA GAMA








Estamos iniciando "História do Desporto" com a História do clube mais ligado à luso brasilidade, mas, no decorrer do tempo, nosso blog falará da História dos demais clubes brasileiros e portugueses.

SÃO JANUÁRIO 60 ANOS DE CORAGEM..........

A história de um Clube que soube manter alta a sua dignidade!!!

Tadeu de Aguiar


É uma história, de obstinação, coragem, lealdade, justiça e amor. Poucas agremiações como o Vasco da Gama, um clube que rompeu barreiras sociais, venceu preconceitos e tornou-se grande sem perder a dignidade. No estádio de São Januário há uma sala inaugurada há mais de 80 anos atrás, que conta essa História, importante não só para os vascaínos e torcedores de futebol, mas também para os apreciadores das tradições do Rio de Janeiro.


Há muito o que conhecer nessa exposição, que mostra as ligações do Clube com as camadas mais simples da população, emigrantes portugueses e negros. Uma mistura que levou o Vasco depois de aderir ao futebol em 1916, a sofrer uma série interminável de discriminações de Flamengo, Fluminense, América e Botafogo, depois que chegou à elite do futebol carioca em 1923. Inconformados com a presença do Vasco, um clube de mestiços, negros e pobres, esses clubes aristocráticos da zona sul, fundaram outra Liga, a A.M. E. A em 1924.

O Vasco só seria aceito na nova Liga se expulsasse de seu time 12 jogadores pobres e negros. Em carta, o Vasco recusou a proposta, permanecendo ao lado de clubes de menor expressão, como o Bonsucesso e o Engenho de Dentro. Mas, graças à mobilização da opinião pública, os grandes cederam e permitiram a filiação do Vasco em 1925. A discriminação, porém, continuou. O Vasco era relegado a um plano secundário, apesar de seu apoio popular! A desculpa era sempre a mesma, não tinha estádio próprio.

Com o orgulho ferido e muita obstinação, os vascaínos se mobilizaram e, sem qualquer ajuda do governo, que facilitara aos outros clubes a construção de seus estádios, ergueram em apenas 10 meses, o estádio de São Januário, com capacidade para 30 mil pessoas, em 14 de abril, o maior estádio da América do Sul. Durante anos este estádio foi o centro social e político do Brasil. Vários presidentes da república, de Washington Luís a Juscelino, passando por Getúlio Vargas, transformaram o estádio em palco de grandes manifestações políticas e cívicas.

C. R. VASCO DA GAMA..... POR ARTUR DA TÁVOLA

Ser Vasco ser Vasco é ser intrépido tanto quanto leal. É ter o sentido da História do Brasil a fundir povos e raças sem preconceito. É ser navegante da esperança, não temer aventura, futuro, conquistas, calmarias ou tempestades. ser Vasco é renegar o temor e ser popular sem populismo. É ser valente sem arrogância e ser decidido sem soberba. É ter a vocação da vitória e a disposição necessária à qualidade e ao mérito por saber que virtudes necessitam de energia e energia, de vontade. Ser vasco é, pois, ser virtude, valor e vanguarda: tudo com
o v de vida, o mesmo de Vasco. Ser Vasco é conhecer o grito do entusiasmo, esperar a hora de vencer e sentir o cheiro do gol. É incendiar estádios e extasiar multidões. É adivinhar instantes decisivos e saber decidir. Ser Vasco é ser mais povo do que elite, mais tradição do que novidade, mais segurança do que aparência, mais clube do que time, mais vibração do que delírio, mais vigor do que agressão. Ser Vasco é ousar, insistir, renovar-se, trabalhar para construir a vitória não como forma de superioridade, mas de aperfeiçoamento da vida e do esporte. É gol, é gala, é garbo de uniforme original, cruz no peito, sonho n'alma e amor no coração . Ser Vasco é emoção recompensada porque vitória bem planejada, é lance, é lança, liberdade, impulso e convicção. Ser Vasco é sentir o gosto da felicidade, da vitória e do grito maiúsculo de gol. É ter sabedoria e prudência, unidas na tática certeira ou na organização eficaz. É viver a emoção de relembrar nomes, lendas, heróis e legendários craques, trofeus, títulos, retratos, faixas, taças, copas e vitórias imortais. Ser Vasco é ter idênticos motivos para cultuar o passado tanto quanto crer no futuro. Ser Vasco, enfim, é saborear com humildade o orgulho sadio da vitória merecida, do entusiasmo com motivo e da grandeza como destino.

São Januário

Estádio de S. Januário
(Colina Histórica)

Fundado no dia 21 de abril de 1927, o Estádio Vasco da Gama acabou ficando mais famoso como São Januário, que é o nome de umas das principais ruas que levam ao estádio. O primeiro jogo disputado em São Januário foi entre Vasco e Santos. A partida terminou em 5 a 3 para os paulistas. O primeiro gol foi marcado pelo santista Evangelista. Já o primeiro gol do Vasco no seu estádio foi marcado por Galego.
Antes da construção da Colina, como também é conhecido o estádio, o Vasco mandava seus jogos no campo do Andaraí, que depois acabou se tornando o campo do América. São Januário foi fundado graças aos próprios vascaínos, que fizeram uma campanha para arrecadar dinheiro para a compra de um bom terreno em São Cristóvão. A etapa seguinte foi arrecadar uma quantia que fosse suficiente para a construção do estádio. Em apenas 11 meses o Estádio Vasco da Gama ficava pronto.
O estádio é a principal sede do Vasco. Construída numa área de 56 mil metros quadrados e situada à Rua General Almério de Moura, 131, no bairro Vasco da Gama, o complexo conta com estádio, ginásio, parque aquático e setor administrativo. A fachada é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Os refletores do estádio foram inaugurados em 31 de março de 1928, no jogo entre Vasco e Wanderers, do Uruguai. Os cruzmaltinos venceram por 1 a 0, gol do ponta-esquerda Santana. O foi um gol olímpico, um dos primeiros que se teve notícia no futebol brasileiro. Dizem, inclusive, que a expressão "gol olímpico" surgiu nesta ocasião, já que o Vasco ganhou de um time do Uruguai, que era o atual campeão olímpico de futebol.
Entre 1927 e 1950 (ano da inauguração do Maracanã), o estádio do Vasco foi o maior do Rio de Janeiro. Entre 1927 e 1940 (ano da inauguração do Pachttps://mail.google.com/mail/u/0/?pli=1#inboxaembu), São Januário foi o maior do Brasil e entre 1927 e 1930 (ano da inauguração do Estádio Centenário, em Montevidéu, Uruguai) foi o maior da América do Sul.

A Seleção Brasileira jogou em São Januário pela primeira vez em 15 de janeiro de 1939. O jogo foi entre Brasil e Argentina, e os brasileiros foram derrotados por 5 a 1. Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", marcou o gol do Brasil. O jogador já havia atuado pelo Vasco anteriormente.

Números E Histórias

Campanha – Na construção do seu estádio, o Vasco mobilizou sócios e torcedores em uma campanha de arrecadação de contribuições, que possibilitou a compra de 6.600 barris de cimento e 252 toneladas de ferro.
Primeiro jogo – Na partida de inauguração do Estádio de São Januário, em 21 de abril de 1927, o Santos venceu o Vasco por 5 a 3. O santista Evangelista foi o autor do primeiro gol da história do estádio.
Iluminação – Em 31 de março de 1928, o Vasco venceu por 1 a 0 o Wanderers, do Uruguai, em amistoso que marcou a conclusão da curva das arquibancadas e a inauguração da iluminação do estádio. São Januário era, então, o único estádio onde se realizavam jogos noturnos.
Maior goleada – A maior goleada da era do futebol profissional, no Rio, foi dada pelo Vasco, em São Januário. O time do Expresso da Vitória atropelou o Canto do Rio, vencendo por 14 a 1 partida disputada em 6 de setembro de 1947.
Tombamento – A fachada do Estádio do Vasco, belo exemplar do estilo arquitetônico neocolonial – em voga na década de 1920 –, é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Maior artilheiro – Roberto Dinamite é o maior artilheiro de São Januário. Marcou 184 gols no Estádio, entre 1971 e 1992.

Fazendo a História

Está muito enganado quem pensa que São Januário só se confunde com a história do futebol. O presidente Getúlio Vargas (vascaíno, vale ressaltar) utilizava o estádio para falar ao povo brasileiro. As primeiras leis trabalhistas do Brasil, por exemplo, foram anunciadas em primeira mão em São Januário.
O atual presidente Roberto Dinamite é o maior artilheiro do estádio do Vasco. Ele fez 184 gols entre 1971 e 1992. Em seguida vem Romário, que fez o milésimo gol da sua carreira no estádio (fato homenageado com uma estatua em campo), o Baixinho fez 152 gol na Colina e para fechar esse pódio de ídolos, Ademir Menezes, o Queixada, com 94.
Em 2008, São Januário ganhou o prêmio de "Maravilha da Zona Norte". O estádio ficou em primeiro lugar na votação que escolheu as sete maravilhas da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. E em 2002 o canal de televisão especializado em turismo Travel Channel incluiu São Januário numa seleta lista dos melhores estádios para se assistir uma partida. Faz parte dessa lista o Camp Nou, Bombonera, San Siro, entre outros.

O Caldeirão Vascaíno

Depois de Colina, outro nome que a torcida gosta de chamar o estádio é "Caldeirão". O nome ganhou força com a canção que vem das arquibancadas "São Januário meu Caldeirão", criada em 2007 pela torcida. Confira a letra:

Vou torcer pro Vasco ser campeão São Januário, meu caldeirão
Vou torcer pro Vasco ser campeão São Januário, meu caldeirão
Vasco, tua glória é tua história
É relembrar
O Expresso da Vitória
Contra o River Plate, sensacional
Gol do Juninho, no Monumental
Ole ole ole ole ole ole olá
Ole ole ole ole ole ole olá

DESABAFO

Por achar que o nosso Clube é mais que uma simples agremiação esportiva, pois representa um elo político, histórico e cultural entre todos os países lusófonos e mais que isso, uma homenagem aos nossos avós, é que manifesto aqui minha preocupação com tudo aquilo que vem acontecendo em São Januário nestes últimos quarenta anos!!!
Como foi descrito acima, existe um grande preconceito contra nosso Clube, por parte principalmente da grande mídia, de muitos dirigentes esportivos e até por que não dizer por parte de alguns tribunais, como é o caso do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, que nunca deu colher de chá ao nosso Clube, como foi o caso do campeonato carioca de 2011 em que o Vasco ía ser campeão e acabou desclassificado por este mesmo   tribunal, que lhe anulou seis pontos, por motivo que até agora não me recordo. Agora mesmo neste estadual, suspenderam por dois anos o nosso melhor jogador, o Carlos Alberto, alegando motivo de dopping...  
Enfim, o separatismo exógeno nunca deu tréguas ao nosso Clube! Mas, o que mais me preocupa neste momento é que nosso Clube esteja sendo submetido a um separatismo endógeno por disputas entre grupos antagônicos, cujo objetivo maior é o poder! Mediante de toda essa situação depressiva em que se encontra  nosso glorioso Vasco da Gama, só vejo uma saída: convocar todos os associados em dia com suas obrigações, para junto com seus dirigentes, numa grande reunião com o Concelho Deliberativo, a Presidência e a participação da torcida encontrar-mos a solução salvadora!
Acho que está na hora de mudar, colocando à frente de nosso Clube pessoas mais competentes e de uma visão mais ampla do que o Vasco representa no aspecto cultural e social de nossos países lusófonos. Enfim, entender que o nosso clube é o que melhor representa a alma e o sentimento do povo brasileiro...   
JPL

Club de Regatas Vasco da Gama

             VASCAÍNA DE CORAÇÃO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Vasco da Gama

Club de Regatas Vasco da Gama.png
Nome Club de Regatas Vasco da Gama
Alcunhas Vascão
Expresso da Vitória
Gigante da Colina
Trem Bala da Colina
Camisas Negras
O Time da Virada
Campeão de Terra e Mar
Torcedor/Adepto Vascaíno
Cruzmaltino
Mascote Almirante
Comerciante Português
Bacalhau
Fundação 21 de agosto de 1898 (116 anos)
Estádio São Januário
Capacidade 24.584 pessoas
Localização Brasão da cidade do Rio de Janeiro.svg Rio de Janeiro,  Rio de Janeiro,  Brasil
Presidente Brasil Roberto Dinamite
Treinador Brasil Joel Santana
Patrocinador Brasil Brahma
Brasil Caixa
Brasil Guaracamp
Brasil Guaraná Tron
Itália TIM
Material esportivo Inglaterra Umbro
Competição Rio de Janeiro Campeonato Carioca
Brasil Copa do Brasil
Brasil Campeonato Brasileiro - Série B
Rio de Janeiro CC 2014
Brasil CB 2014
Brasil B 2014
Vice-campeão
Oitavas-de-final
Em disputa
Rio de Janeiro CC 2013
Brasil CB 2013
Brasil A 2013
4º colocado
5º colocado
18º colocado
Rio de Janeiro CC 2012
Flag of UNASUR.svg CL 2012
Brasil A 2012
4º colocado
8º colocado
5º colocado
Ranking nacional 4º colocado 14.426 pontos
Website Vasco.com.br
Kit left arm vasco13h.png Kit body aapp1011a.png Kit right arm vasco13h.png
Kit shorts dyf1.png
Kit socks jec14a.png
Uniforme
titular
Kit left arm queretaro1415a.png Kit body mixto14a.png Kit right arm queretaro1415a.png
Kit shorts.png
Kit socks jec14h.png
Uniforme
alternativo
 
O Club de Regatas Vasco da Gama é uma agremiação sócio poliesportiva brasileira com sede na cidade do Rio de Janeiro. Foi fundado em 21 de agosto de 1898 por um grupo de remadores que, inspirados nas celebrações do quarto centenário da descoberta do caminho marítimo para as Índias, ocorrida em 1498, batizaram a nova agremiação com o nome do heróico português que alcançara tal feito, o navegador Vasco da Gama.

O Vasco teve a ideia de ser um clube mais democrático, usando o preto, o branco e o vermelho na cruz. São cores que se encaixam na ideia de uma comunhão de etnias (já que o clube lutou contra preconceitos raciais e sociais nos anos 20). É muito forte o aspecto religioso da cruz, porque a Ordem Militar de Cristo era ao mesmo tempo religiosa e guerreira"

A religiosidade é tão presente no Vasco, que o mesmo, é o único time grande do Brasil, que possui uma Capela dentro de seu próprio estádio! Precisamente atrás do gol, à direita da tribuna de honra, está localizada a Capela de Nossa Senhora das Vitórias, que é a padroeira da agremiação.

Apesar de ter sido fundado como um "Clube de Regatas", consagrando-se no Remo como um do maiores campeões do país, o Vasco da Gama ainda abrange outros esportes nas modalidades feminina e masculina, como atletismo, vôlei de praia, basquete, futebol de areia, Jui-Jitsu, bodyboard, dentre outros, tendo como esporte mais tradicional atualmente, o futebol.

É o único clube do futebol carioca bi-campeão Intercontinental e bi-campeão das Américas - campeão do Campeonato Sul-Americano de Campeões de 1948 (neste, sendo reconhecido como o primeiro clube campeão das Américas, campeão da Copa Libertadores da América de 1998, campeão da Copa Rivadavia de 1953 e do Torneio Internacional de Paris de 1957. Conquistou 04 campeonatos Nacionais - Campeão Brasileiro de 1974, 1989, 1997 e 2000, 22 campeonatos Estaduais e diversos Torneios Nacionais/Internacionais.

Foi o primeiro na história dos clubes esportivos do Brasil a ter elegido um presidente "não-branco" (em 1904, numa época em que o racismo era prática comum no esporte. Os vascaínos tiveram a honra de conduzir o mulato Cândido José de Araújo ao degrau mais alto do clube.
O Vasco da Gama ainda detém dentre o seu plantel de ídolos, os maiores artilheiros do Campeonato Brasileiro de futebol de todos os tempos, tendo como Roberto Dinamite (atual presidente do Vasco) o maior, com a marca de 190 gols, seguidos de Romário e Edmundo, com 154 e 153 gols respectivamente.

Em 2 de julho de 2007, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho sancionou o projeto de lei nº 5.052, que criou o Dia do Vasco, data comemorativa que homenageia a fundação do clube.
Que bom não seria se comemorássemos também o 1º de março data da fundação da cidade onde nasceu este histórico Clube 
JPL

OS PRIMEIROS ANOS NO FUTEBOL

Após o sucesso no mar, no dia 26 de Novembro de 1915, quando até então o clube se dedicara somente ao remo e o tiro, o Vasco, que tinha a missão de unir portugueses e brasileiros, VACINANDO-SE CONTRA O SEPARATISMO, QUE NÃO TOLERA ESTA UNIÃO, assumiu o departamento de futebol do Lusitânia Futebol Clube e formou seu primeiro time de futebol. No ano seguinte o time estreava na terceira divisão, goleado por 10 x 1 pelo extinto Paladino Foot-Ball Club.

Em 1922 o Vasco ganha o Campeonato Carioca da Série B, e pela primeira vez na história, disputa a 1ª Divisão do Campeonato Carioca. Já em 1923, o clube se uniu aos outros grandes do Rio de Janeiro e conquistou o título logo em seu ano de estreia, que acabou marcando significativamente a história do clube, do Rio de Janeiro e do Brasil, por ser o primeiro do Clube em uma campanha com integrantes afro-descendentes, pobres e operários a ser campeão. Rui Proença, português de nascimento e radicado no Rio, identifica o fato como uma verdadeira revolução, enfatizando os preconceitos e dificuldades inicialmente encontrados pelo Vasco, associando-se ao fato de o Flamengo, o Fluminense e o Botafogo não permitirem a entrada de negros em seus clubes. O autor conclui que o clube representaria o congraçamento entre negros e portugueses, grupos discriminados que, unidos, fizeram o Vasco. As derrotas sofridas para o Vasco ao longo da competição eram inadmissíveis para os adversários, que logo começaram a alegar que o quadro de atletas cruzmaltinos era formado por pessoas de "profissão duvidosa" e que o clube não possuía um estádio, tudo a fim de excluí-lo do campeonato. Na época o campinho do Vasco, localizado à rua Moraes e Silva, 261, na Tijuca, só servia para treinos.

Após a tentativa fracassada de ver o Vasco da Gama fora da competição em 1923, os clubes da zona sul (área de elite da cidade do Rio de Janeiro), Botafogo, Flamengo, Fluminense e alguns outros clubes encontraram a solução para se verem livres dos vascaínos no ano seguinte. Assim, se uniram, abandonaram a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e fundaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), deixando de fora o Vasco, que só poderia se filiar à nova entidade, caso dispensasse doze de seus atletas (todos negros) sob a acusação de que teriam "profissão duvidosa". Diante da situação imposta, em 1924, o presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, José Augusto Prestes, enviou uma carta à AMEA, que veio a ser conhecida como a " RESPOSTA HISTÓRICA, recusando a se submeter à condição imposta e desistindo de filiar-se à AMEA. A carta entrou para a história como marco da luta contra o racismo no futebol.

CARTA RESPOSTA

"Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261
Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle

M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos
As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.
Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções. Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.

Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.

Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.

Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado

(a) Dr. José Augusto Prestes - Presidente

Desta forma em 1924 foram disputados dois campeonatos em paralelo sendo o da LMDT, vencido de forma invicta pelo Vasco, conquistando assim o bicampeonato estadual.

No ano seguinte, o clube venceu as resistências da AMEA, conseguiu integrar-se à entidade e voltou a disputar o campeonato contra os grandes times sob a condição de disputar seus jogos no campo do Andarahy. Apesar disso, o Vasco decidiu construir o seu próprio estádio, para acabar com qualquer exigência. O local escolhido para a construção foi a chácara de São Januário, que fora um presente de Dom Pedro I à Marquesa de Santos.

FACHADA DE S. JANUÁRIO NO ANO
DE SUA INAUGURAÇÃO EM 1927

Em 1926 o Clube conquista seu primeiro Torneio Início do Rio de Janeiro e repetindo o feito em 1929.
Em 21 de abril de 1927, o Vasco da Gama inaugurava o então maior estádio do Brasil, o Estádio Vasco da Gama, construído em dez meses e com dinheiro arrecadado por uma campanha de recolhimento de donativos de torcedores de toda a cidade. Dois anos depois seria inaugurada a sua iluminação, passando a ser o único clube do país com um estádio em condições de sediar jogos noturnos.

Em 1929 além do Torneio Início, o Vasco ganha seu terceiro Campeonato Carioca de Futebol em 7 anos de elite.

Década de 30

Em 1930 o Vasco conquista novamente o Torneio Início do Rio de Janeiro vencido no ano anterior.

Em 1931, o Vasco se tornou o segundo clube brasileiro a ser convidado para uma excursão internacional depois do Paulistano e conquista pela terceira vez o Torneio Início

Em 1933 se torna o único clube a conquistar 4 anos seguidos o Torneio Início.

Em 1934, contando com craques como Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Fausto e outros, o Gigante da Colina conquistou o Campeonato Carioca, sendo que naquele ano o campeonato foi disputado em duas ligas. O Vasco, assim, ganhou o direito de disputar a Taça dos Campeões Estaduais, que era praticamente um interestadual envolvendo os campeões do Rio de Janeiro e São Paulo, empatando na final com o Palestra Itália(atual Palmeiras) Ainda neste ano o Vasco ingressa na Confederação Brasileira de Desportos, após esta aceitar o regime profissional.

VASCO E BRAHMA ANUNCIAM MAIS UMA INOVAÇÃO EM S. JANUÁRIO


Vasco da Gama e Brahma apresentam outra novidade em São Januario. Intitulado “Trem Bala da Colina”, o túnel inflável ficará na saída dos jogadores do vestiário para a entrada em campo.

Estampado com o logo do clube e da marca, o “Trem Bala da Colina” é uma homenagem aos torcedores vascaínos que atribuem o termo ao time. A iniciativa tem 18 metros e será usado na entrada do time em campo. O projeto é fruto da parceria entre a Brahma e o Vasco da Gama, que teve início em 2010, e já resultou na reforma o vestiário, da sala de imprensa e da musculação. Além disso, a marca já desenvolveu latas temáticas do clube.

O gerente de marketing da Ambev, Rafel Pulcinelli, comentou o objetivo da empresa nessa parceria com o Gigante da Colina.

- Essas iniciativas reforçam a relação e o investimento da marca no futebol, que visam oferecer benefícios concretos e permanentes para o clube, atletas e torcedores. Queremos estar sempre próximo do torcedor vascaíno e ações como essa reforçam essa relação - afirmou.

O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, aproveitou para destacar a importância dessa parceria.
- As ações realizadas pela Brahma mostram que a marca está presente em todos os momentos do Vasco, desde a preparação dos jogadores, até sua entrada em campo - finalizou o presidente.

Matéria em construção...


Vascaíno, conheça a cidade onde nasceu o Clube de Regatas Vasco da Gama... 

A região que ocupa atualmente a cidade do Rio de Janeiro foi descoberta no dia 1º de janeiro de 1502 por uma expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos, que acreditou ter chegado à desembocadura de um grande rio, assim, batizou a baía com o nome de Rio de Janeiro. Contudo, foram os franceses, que primeiro se estabeleceram na região e competiam com os portugueses no comércio madeireiro. Os portugueses estabeleceram serrarias naquela localidade e, em resposta à ameaça da presença portuguesa, os franceses trouxeram colonos para habitar e explorar o lugar, em 1555. Depois de anos de luta os franceses foram expulsos.


Vista antiga das praias de Ipanema e Leblon - www.portalbrasil.net
Como resposta às intenções francesas, no dia 1º de março de 1565, Estácio de Sá, depois de encarniçada batalha contra os calvinistas franceses, funda a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. A cidade possuía ruas irregulares e estilo português medieval. A expulsão definitiva dos franceses, porém só acontece em20 de janeiro de 1567.
Quando em 1534 D.João III, rei de Portugal, dividiu o Brasil em capitanias hereditárias, dois lotes foram doados a Martim Afonso de Sousa. O primeiro, que não foi colonizado, reverteu à Coroa, com o nome de Capitania do Rio de Janeiro. O segundo desenvolveu-se com o nome de São Vicente.
Em 1555, invasores franceses, sob o comando de Nicolau Durand de Villegaignon, instalaram-se nas ilhas da Baía de Guanabara, fundando o povoado de Henriville, com o propósito de fundar a França Antártica. Fizeram aliança com os primitivos habitantes da terra, os índios tamoios, ameaçando seriamente o domínio português no Brasil.
Os governadores-gerais do Brasil - Duarte da Costa e Mem de Sá - tentaram expulsá-los do Rio de Janeiro, mas não conseguiram. A conselho dos jesuítas Nóbrega e Anchieta, a rainha-regente D. Catarina, resolveu ordenar a fundação de uma cidade às margens da Baía de Guanabara, que teria como função principal a defesa desse trecho do litoral brasileiro.
Assim, no dia 1 de março de 1565, Estácio de Sá desembarcou numa praia entre o Pão de Açúcar e o Morro Cara de Cão, destrói Henriville, e instala oficialmente a cidade que se chamaria São Sebastião do Rio de Janeiro em homenagem ao rei-menino de Portugal D. Sebastião e ao santo do mesmo nome, que se tornou o padroeiro da cidade.
 
Durante cerca de dois anos, Estácio de Sá comandou a defesa da cidade, aproveitando-se do relevo acidentado da área para construir tranqueiras que impediam a aproximação do inimigo. As lutas, nesse tempo, eram de emboscadas. A expedição de Estácio de Sá, que, não era grande, partiu de Portugal e foi acrescida de soldados recrutados entre pequenas povoações da Bahia, Espírito Santo e São Vicente. Muitos índios, como os Temiminós, onde se destacou o famoso Araribóia, participaram da defesa portuguesa; contudo, o contingente era ainda insuficiente para destroçar as forças francesas e tamoias. Por isso, o próprio governador-geral Mem de Sá saiu de Salvador, então capital da Colônia, e veio ajudar seu sobrinho Estácio de Sá no combate aos franceses.
A 20 de janeiro de 1567, trava-se uma batalha decisiva, no forte Uruçumirim (local do atual Outeiro da Glória), e os franceses foram obrigados a abandonar suas instalações, retornando à França. Três dias depois, foi destruído o último reduto francês, o Forte de Paranapecu, o maior forte do mundo à época, na Ilha do Governador. Era a expulsão definitiva do inimigo e a primeira vitória para a cidade recém-fundada que, até hoje, guarda por tradição alguns desses fortes que serviram para consolidar o domínio português.No combate de Uruçumirim, Estácio de Sá foi mortalmente ferido no rosto por uma flecha envenenada, vindo a falecer um mês depois. A administração da cidade passa, então, a ser feita pelo próprio governador-geral Mem de Sá, que por sugestão de Araribóia, logo providenciou a transferência da urbe para lugar mais seguro e espaçoso, o alto de um morro, que teve várias denominações, entre elas, Descanso e São Januário, consagrando-se, contudo, a de Morro do Castelo, mais tarde demolido, onde, hoje, se encontra a Esplanada do Castelo. Em 1568, Mem de Sá retorna a Salvador e deixa outro sobrinho - Salvador Correia de Sá -administrando o Rio de Janeiro.A cidade foi crescendo e no Morro do Castelo, foram construídos os primeiros prédios importantes, como a Casa da Vereança, a Igreja Matriz de São Sebastião, o Colégio dos Jesuítas, a Igreja de Santo Inácio, armazéns e residências. Para efetivar o povoamento da região, sesmarias são distribuídas por todo o sertão carioca e começam a surgir os engenhos de açúcar, as lavouras, os curtumes. Onde houvesse uma pequena comunidade, aparecia uma capelinha, a fim de que os colonos pudessem cumprir seus deveres de católicos. Em pouco tempo a cidade começa a descer o morro e espalhar-se pela várzea. Ainda no final do século XVI começam a chegar os primeiros escravos da África para trabalhar nos engenhos de açúcar. Segundo estimativa de Anchieta, a população do Rio de Janeiro e arredores era de 3.850 habitantes, sendo 3.000 índios, 750 brancos e 100 negros.
Distingui-se o século XVII do anterior, no que se refere à vida da Cidade do Rio de Janeiro, pela época em que se formou o espírito cívico da população, tempo em que os cariocas aprenderam a resolver seus problemas cotidianos. Ao iniciar-se aquele século, existia à margem da Baía de Guanabara um modesto povoado, de casas de barro e pau-a-pique, mal alinhadas, que se estendeu até a várzea sem a menor preocupação de urbanização. No final do mesmo século estava a cidade constituída não, apenas, administrativa mas, também, socialmente. Desdobravam-se as ruas na baixada central, aquelas modestas casinhas cediam lugar a numerosos sobrados na Rua Direita. Até o governador da cidade foi residir naquela rua, que hoje é a Primeiro de Março. Foi o século da agricultura, da fixação dos povoadores nas sesmarias distribuídas pelos governadores e da construção dos conventos de três importantes ordens religiosas que aqui se haviam estabelecido - Beneditinas, Franciscanas e Carmelitas - respectivamente Mosteiro de São Bento, Convento de Santo Antônio e Convento do Carmo. Foi, também, quando se deu a primeira rebelião popular da cidade que abalou até a confiança da Coroa Portuguesa. A população do Rio de Janeiro, nessa época, atingiu a 12.000 habitantes. No século XVIII, a zona urbana do Rio de Janeiro começa a ampliar seus limites além da " Vala" , hoje Rua Uruguaiana, estendendo-se as novas ruas às imediações do "Campo da Cidade", onde mais tarde se situou o Campo de Santana.Com a extinção da Companhia de Jesus, em 1759, as fazendas e engenhos da zona rural, "o sertão carioca", começaram a se repartir em pequenas chácaras, vivendas confortáveis de arrabaldes que se originavam nas zonas norte e sul da cidade. Era o surgimento de São Cristóvão e Botafogo, como áreas novas procuradas pela população.
Devido à posição estratégica da cidade na Baía de Guanabara, desenvolveu-se ali uma zona portuária e comercial (madeira, pesca e cana de açucar) e desta forma a população também aumentou. Em 1660, a sua população já contava com 6000 índios, 750 portugueses e 100 negros.
No fim do século XVII e início do século XVIII, a descoberta de metais, especialmente ouro, em Minas Gerais, fez com que o Rio de Janeiro se transformasse numa ponte entre as minas e a Europa.
No final do século XVIII, a cidade foi abalada por uma crise econômica, as minas já não produziam tanto e havia outros países sul-americanos que competiam com o Brasil na produção de cana-de-açúcar. Contudo, o cultivo do café, a chegada da família real, em 1808, e o conseqüente translado do governo português para a colônia deram um novo alento à economia da cidade. Nesta época, a realeza construiu igrejas e palácios. Na segunda metade do século XIX, a instalação de vias férreas trouxe um novo impulso à produção agrícola e de café, começavam a aparecer as primeiras indústrias no centro da cidade, a iluminação a gás e circulavam transportes com tração animal.
A cidade havia crescido bastante, no final do século XIX, contava com 800.000 habitantes e os problemas sanitários, de emprego, habitacionais e as constantes epidemias de varíola, tuberculose e febre amarela castigavam a então capital do Brasil. Em 1903, Francisco Pereira passos tornou-se prefeito da cidade. Durante sua administração foram criadas avenidas e parques e também um novo porto, casas sem condições adequadas de higiene foram demolidas levando a população pobre a viver nos subúrbios.
A cidade do Rio de Janeiro conheceu seu maior esplendor entre 1920 e 1950, quando pessoas do mundo inteiro vinham atraídas pela sua imagem romântica, seus cassinos e suas belezas naturais. Em 1960, deixou de ser capital do país.

Atenção vascaínos, se quiserem saber mais sobre sua cidade, acessem ...E Assim Nasceu o Rio de Janeiro


 Pelé 

Pelé
Pelé nunca escondeu sua simpatia pelo Vasco, tendo sido um torcedor vascaíno durante a sua infância em Bauru(SP). Quis o destino que Ele vestisse a camisa do Vasco no início da sua carreira, em junho de 1957, em três partidas no Maracanã, e melhor ainda, que ele marcasse um gol no Flamengo.
Naquela ocasião, a equipe principal do Vasco excursionava na Europa e Vasco e Santos formaram um combinado para participar da Taça Morumbi, um torneio amistoso internacional com partidas no Rio e em São Paulo. O Vasco cedeu ao combinado Paulinho e Bellini, convocados para a Seleção Brasileira para a disputa da Copa Roca contra a Argentina, e mais Wagner, Iedo, Artoff e Valdemar, reservas que não participavam da excursão. Entre os jogadores cedidos pelo Santos, um adolescente de 16 anos, ainda reserva, despontando para o futebol, cujo nome ninguém sabia ao certo se era Pelê ou Pelé.
O torneio nunca chegou ao fim, pois não despertou muito interesse junto ao público e os seus organizadores resolveram suspendê-lo devido aos prejuízos financeiros. O Combinado Vasco-Santos atuou quatro vezes, as três primeiras no Rio com o uniforme do Vasco e a última em São Paulo com o uniforme do Santos. Pelé marcou gols em todas as partidas, inclusive um sobre o Flamengo. Estas são as súmulas das partidas:
  • Combinado Vasco-Santos 6 x 1 Belenenses (Portugal)
  • Data: 19/6/1957
  • Local: Maracanã
  • Juiz: Amílcar Ferreira
  • Gols: Pelé(3), Álvaro(2), Pepe (Vasco-Santos) e Matateu (Belenenses)
  • Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe.
  • Belenenses: Pereira, Polido (Moreira), Pires, Carlos Silva; Pires, Vicente (Pelefero); Dimas, Faia, Ricardo Peres, Matateu, Tito. 
Que saudade!!! Eu, o criador deste Blog, encontrava-me naquele 19/6/57 no Maracanã assistindo este jogo, que terminou empatado em zero a zero nos primeiros 45 min. No segundo tempo, com a entrada do Pelé e debaixo de uma chuva fria e miudinha, o placard chegou aos 6x1 com aquele menino de 16 anos, que ninguém ainda conhecia, dando uma aula de malabarismo com a bola, deixando todo o estádio perplexo...  

  • Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Dínamo Zagreb (Iugoslávia)
  • Data: 22/6/1957
  • Local: Maracanã
  • Juiz: Frederico Lopes
  • Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Panko (Dínamo Zagreb)
  • Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe.
  • Dínamo Zagreb: Irovic, Sikio, Crocovic, Croncovic; Koskat, Horvat; Panko(Gaspert), Cercovic, Kong, Angic, Lipozonovic.
  • Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Flamengo
  • Data: 26/6/1957
  • Local: Maracanã
  • Juiz: Anver Bilate
  • Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Dida (Flamengo)
  • Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Pagão), Pelé, Del Vecchio (Pepe), Jair, Tite.
  • Flamengo: Ari, Joubert, Pavão, Jordan; Jadir (Dequinha), Mílton Copolilo; Luiz Carlos, Moacir, Henrique (Duca), Dida, Zagallo (Babá).
  • Combinado Vasco-Santos 1 x 1 São Paulo
  • Data: 29/6/1957
  • Local: Morumbi
  • Juiz: Walter Galera
  • Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Nei (São Paulo)
  • Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner;
  • Iedo, Pelé, Del Vecchio, Valdemar (Darci), Pepe.
  • São Paulo: Paulo, De Sordi (Clélio), Mauro, Riberto; Bauer, Vítor (Ademar); Maurinho, Nei, Gino (Baltazar), Maneca, Sílvio.
Deve ter sido tocante para a reduzida galera vascaína que compareceu às partidas rever um grande ex-ídolo, Jair Rosa Pinto, aos 36 anos, envergando o manto cruzmaltino depois de 11 anos longe de São Januário.
As atuações de Pelé pelo Combinado Vasco-Santos e os comentários nos jornais sobre o nascimento de um "futuro craque de seleção" foram fundamentais para que o então técnico da seleção brasileira, Sílvio Pirillo, decidisse convocá-lo para uma partida do Brasil contra a Argentina pela Copa Roca, no Maracanã, dia 7 de julho de 1957. Foi a estréia do futuro Rei na Seleção, aos 16 anos de idade. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Del Vecchio e marcou o seu primeiro tento com a camisa canarinho. Mesmo perdendo por 2x1, o time brasileiro foi elogiado e a presença de Pelé foi aclamada.

Garrincha

Garrincha

Sim, Mané Garrincha, o maior ponta-direita do mundo de todos os tempos, também teve o seu dia de vascaíno.
É fato conhecido e às vezes mencionado que, antes do início da sua carreira, Garrincha foi levado para um teste em São Januário, mas não o deixaram treinar porque não tinha trazido chuteiras. Todavia um fato virtualmente esquecido e ignorado da história do futebol é que em 1967, já com a sua carreira entrando em declínio, Garrincha foi emprestado ao Vasco pelo Corinthians. O clube paulista era o dono do passe do jogador e estaria disposto a cedê-lo em definitivo de graça. O ponta permaneceu em São Januário por um período curto, em que ficou praticamente todo o tempo treinando, tentando recuperar a forma. A direção do clube, inicialmente, não se mostrou disposta a dar-lhe uma chance, mas os jogadores, representados pelo capitão do time, o zagueiro Brito, fizeram um pedido especial que foi aceito.
A estréia oficial de Garrincha estava programada para a primeira rodada da Taça Guanabara contra o Bangu. Antes, a prova de fogo para avaliar a sua recuperação seria num amistoso contra a seleção da cidade de Cordeiro (RJ). Porém, Mané se machucou na véspera do amistoso e jogou no sacrifício, agravando a contusão. Mesmo assim, ele jogou os 90 minutos e marcou um gol de falta, o primeiro e único seu com a camisa cruzmaltina. A estréia contra o Bangu acabou não acontecendo e Garrincha jamais disputaria outro jogo pelo Vasco.
O amistoso em Cordeiro foi realizado em homenagem ao Sr. João Beliene, na época o único fundador do Vasco ainda vivo. O Vasco, que recebeu cota de NCr$600,00, enviou um time misto de reservas, juvenis, jogadores em experiência e potenciais titulares, além de Garrincha. A foto mostra Garrincha e Bianchini ladeando um senhor idoso que deve ser o fundador do Vasco homenageado, em meio a torcedores e dirigentes, antes da partida.
  • Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro
  • Data: 20/7/1967
  • Local: Cordeiro (RJ)
  • Juiz: Vander Carvalho
  • Renda: NCr$ 2.727,25
  • Primeiro tempo: 4 x 0
  • Gols: Bianchini 15', Bianchini 18', Zezinho 21', Bianchini 35' do 1º tempo; Milano(Sel. Cordeiro) 10', Garrincha 20', Valfrido 35' do 2º
  • Vasco: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William). Técnico: Gentil Cardoso.
Mais detalhes fascinantes sobre esse jogo de Garrincha pelo Vasco e a raríssima foto da equipe do Vasco que iniciou a partida se encontram no artigo O Anjo Torto, de autoria do colunista esportivo e ex-goleiro do Vasco Valdir Appel.
Conheça também os números dos confrontos de Garrincha contra o Vasco.
Agradecimentos a Fernando Matta, que pesquisou o assunto e teve a gentileza de enviar todas as informações acima e a foto, encontrada na Revista do Vasco de agosto de 1967, de Garrincha integrando o time do Vasco no amistoso. Diga-se de passagem que trata-se de um fato tão desconhecido que não se encontra registrado nem na excelente biografia "Estrela Solitária: Um Brasileiro Chamado Garrincha", de Ruy Castro.

Zico 
Zico
Quando compôs a sua música "Pega na Mentira", o compositor vascaíno Erasmo Carlos nunca poderia suspeitar que o verso de abertura que dizia "Zico está no Vasco" deixaria de ser mentira pouco mais de 10 anos depois, mesmo que por um dia.
Após ser protagonista da conquista do quinto título invicto de campeão carioca pelo Vasco em 1992, Roberto Dinamite, o maior artilheiro do Vasco de todos os tempos, anunciou o encerramento da sua longa e notável carreira. Um jogo de despedida foi programado para a noite de 24 de março de 1993, uma quarta-feira. O adversário convidado foi o clube espanhol Deportivo La Coruña, para onde recentemente havia se transferido o ex-ídolo vascaíno Bebeto. Para participar da festa foi convidado Zico, que àquela altura já atuava no futebol japonês e veio ao Brasil especialmente para a festiva ocasião. Um Maracanã com bom público (quase 30 mil pagantes) testemunhou a imagem insólita do Galinho de Quintino no seu dia de vascaíno, atuando no primeiro tempo em dupla com Roberto, numa bonita homenagem.
O Vasco perdeu a partida e uma invencibilidade de nove meses, mas o resultado era o que o que menos importava. Ali pendurava as chuteiras o seu maior ídolo. Eis a súmula do amistoso:
  • Vasco 0 x 2 Deportivo La Coruña (Espanha)
  • Data: 24/3/1993
  • Local: Maracanã
  • Juiz: José Roberto Wright
  • Renda: Cr$ 2.790.250,00
  • Público: 28.926
  • Gols: Bebeto 38' do 1º; Nando 45'+5' do 2º
  • Vasco: Carlos Germano, Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro, William e Zico (Geovani); Bismarck e Roberto (Valdir). Técnico: Joel Santana.
  • Deportivo: Liaño (Yosu), Djucik, Albístegui (Savin) e Ribera; José Ramón, Mauro Silva, Nando, Mariano e Marcos (Ramón); Fran e Bebeto (Antônio).
Fonte:  http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/por1dia.html

 TORCEDORES VASCAÍNOS AJUDAM A AMORTIZAR DÍVIDA DO VASCO JUNTO À RECEITA FEDERAL

E a campanha, que já pagou mais de 590 mil reais em dívidas fiscais, segue a todo vapor, de acordo com os organizadores

Lançada em maio deste ano pelos torcedores cruzmaltinos para tentar ajudar a resolver alguns dos problemas financeiros do clube, a campanha Vasco Dívida Zero anunciou, nesta sexta-feira, a extinção da maior dívida com a Receita Federal até o momento, a quinta a ser quitada desde que o projeto se iniciou. A dívida somava R$ 262.629,48 e a extinção foi confirmada pelo site da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
"Ela foi uma das primeiras a receber pagamentos, mas ficou em segundo plano quando dívidas menores entraram na lista, em meados de junho", afirmou Vinicius Arruda, um dos organizadores.
E a campanha, que já pagou mais de 590 mil reais em dívidas fiscais, segue a todo vapor, de acordo com os organizadores. A contribuição, que vai direto para a Receita Federal sem passar pelas mãos dos dirigentes, é feita através de pagamentos por torcedores das dívidas via DARF (Documento de Arrecadação das Receitas Federais).
Entre as próximas metas, três dívidas que estão sendo pagas no momento: uma de R$ 47 mil, da qual restam pouco menos de nove mil por confirmar pagamentos; outra de R$ 136 mil, da qual já foi abatida mais de R$ 77 mil; e uma terceira de R$ 5,5 milhões, para a qual vêm sendo distribuídos DARFs em forma de panfletos nos jogos do Vasco e em algumas lojas oficiais do clube.
Para comemorar o aniversário do clube agora em agosto (dia 21), os organizadores criaram uma promoção: vão sortear uma camisa Raízes - usada pelo time nas partidas contra Criciúma e Botafogo e lançada recentemente - autografada por diversos jogadores e ex-jogadores, além de cinco miniaturas de São Januário em cristal para todos os que pagarem e confirmarem no site da campanha ( www.vascodividazero.com.br ), DARFs de qualquer valor até o dia 20. O sorteio ocorrerá no dia 21, quando o Vasco completa 115 anos de fundação.
Que o torcedor não se iluda: o acordo com a Fazenda que está por ser anunciado foi só para parcelar as dívidas, não para perdoá-las. Foram dadas garantias. Se o torcedor não ajudar a pagar as dívidas através da campanha Vasco Dívida Zero, o clube não conseguirá honrar os compromissos assumidos e acabará sem patrocínios, sem reforços e ainda sem o que foi dado como garantia; ou seja, pior do que antes do acordo", disse Vinícius, lembrando: "Não temos qualquer relação com a diretoria ou com a oposição do clube. Somos torcedores comuns".Torcida do Vasco ajuda a reduzir dívida de seu Clube com a Receita

História do Club de Regatas Vasco da Gama

 
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Estatuto do Vasco, 1942.
No final do século XIX, o remo era o esporte mais popular do Rio de Janeiro. Ainda que o ciclismo também fosse popular, o esporte de maior prestígio entre os comerciários da época era o remo, já que as bicicletas comportavam muitos custos.
Quatro jovens, Henrique Ferreira Monteiro, Luís Antônio Rodrigues, José Alexandre de Avelar Rodrigues e Manuel Teixeira de Sousa Júnior, reuniam-se e remavam todos os finais de semana no Clube de Regatas Gragoatá, em Niterói. Moradores da cidade do Rio de Janeiro e cansados de terem que viajar até Niterói para praticarem seu esporte favorito, decidiram fundar um novo clube de regatas na cidade e logo conseguiriam mais adeptos à idéia.
A primeira reunião para traçar os planos para a fundação de um clube de remo realizou-se no número 80 da rua Teófilo Otoni. Uma semana depois, no dia 21 de agosto de 1898, houve nova reunião, presidida por Gaspar de Castro. Dessa vez foi fundado o Club de Regatas Vasco da Gama, com um grupo formado então por 62 remadores, quase todos portugueses, em uma sala da Sociedade Dramática Filhos de Talma, na Rua da Saúde 293, que viria a ser a primeira sede social do clube. Nesta ocasião, foi eleito presidente Francisco Gonçalves do Couto Jr., comerciante dos bairros da Saúde e Botafogo, com 41 votos. A ata de fundação registrava:
Cquote1.svg Aos 21 dias do mes de Agosto de 1898, as 2:30 horas da tarde, reunidos na sala do prédio da Rua da Saúde numero 293 os senhores constantes do livro de presenças, assumiu a presidência o Sr. Gaspar de Castro e depois de convidar para ocuparem as cadeiras de secretários os senhores Virgílio Carvalho do Amaral como 1o. e Henrique Ferreira como 2o., declarou que a presente reunião tinha o fito de fundar-se nesta Capital da Republica dos Estados Unidos do Brasil, uma associação com o titulo de Club de Regatas Vasco da Gama (…) Cquote2.svg

Início no remo

Com dois meses de existência o clube já contava com 250 sócios, o suficiente para solicitar para disputa dos campeonatos de remo. Assim, no dia 7 de novembro, o Vasco solicitava a sua inscrição oficial na União de Regatas Fluminense e, ao mesmo tempo, conhecia as cores do seu uniforme: camisa preta, com uma faixa branca sobre o peito e a Cruz de Cristo ao centro. A Cruz, a mesma que levou a bênção cristã aos povos da Índia, a faixa branca simbolizando o estandarte que Vasco da Gama recebeu de D. Manuel, o Venturoso, e a camisa negra representando os mares obscuros navegados pelas caravelas do navegador.
O Vasco, para iniciar nas competições, comprou 3 barcos: Zoca, canoa de quatro remos; Vaidosa, baleeira de quatro remos; e Volúvel, baleeira de seis remos. Todas em madeira de cedro, ficavam guardadas numa garagem localizada na Travessa Maia, que mais tarde seria extinta dando lugar à Avenida Rio Branco. A estréia oficial em competições aconteceu no dia 13 de novembro de 1898.
A primeira vitória viria no ano seguinte, no dia 4 de junho de 1899, com Volúvel, na classe Novos, no páreo denominado Vasco da gama, em homenagem ao clube. A guarnição vencedora era formada por Adriano Vieira (patrão), José Freitas, José Cunha, José Pereira, Joaquim Campos, Antônio Frazão e Carlos Rodrigues.
No mesmo ano o clube quase acabaria fechando devida a uma polêmica levantada pelo presidente Francisco Goncalves do Couto Junior, que pretendia levar a sede para a Praia de Botafogo. Gonçalves acabaria renunciando e fundando o clube C.R. Guanabara, levando para este a maioria dos associados vascaínos. Francisco Gonçalves, contudo, acabaria voltando a presidência do Vasco em 1901.
O ano de 1900 foi um marco na histórica rivalidade com o Flamengo. No primeiro páreo da história do remo brasileiro, chamado 'Club de Regatas Flamengo', a embarcação vascaína 'Visão' foi a vencedora. Ainda nesse ano houve a mudança para a primeira sede própria: um barracão na Ilha das Moças.
No dia 18 de maio de 1902, uma tragédia: a baleeira Vascaína, de doze remos, comprada em 1900, que rumava a Icaraí, virou devido a uma forte ventania, morrendo afogados três remadores. Outros nove foram salvos pelos pescadores José Joaquim de Aguiar Moreno, Antônio Silveira e o menino Martins de Barros, todos condecorados por bravura, pelo representante do rei de Portugal, D. Carlos. Todos eles ganharam títulos de sócios honorários do clube. Faleceram os remadores Luís Ferreira de Carvalho, Teodorico Lopes, José Pinto e Lourenço Seguro, os dois primeiros comerciários e os últimos comerciantes.
Desde o início, o Vasco se afirmou como um clube que romperia com a herança racista herdada dos tempos da escravidão. Já em 1904, os sócios do clube, numa atitude inédita até então nos clubes esportivos brasileiros, elegeram um mulato para a presidência, Cândido José de Araújo, que foi reeleito para o cargo em 1905.

O primeiro título no Remo

Público assiste ao Campeonato
de Remo de 1905 na Praia de Botafogo.
Em 1905 o Vasco ganha seu primeiro campeonato de remo. O título inédito veio com cinco vitórias e dois segundo lugares, com os barcos "Procellaria" (3 vitórias), "Açor" (1 vitória), "Voga" (1 vitória), "Gladiador" (1 segundo lugar) e "Albatroz" (1 segundo lugar). O troféu foi dado pelo Presidente da República da época, Rodrigues Alves.

O jornal Gazeta de Notícias assim noticia o evento:
Cquote1.svg Cobriu-se de galas ontem o esporte náutico com a realização da regata do Campeonato do Rio de Janeiro do qual foi galhardamente vencedor o glorioso Club de Regatas Vasco da Gama, que viu seus esforços coroados com cinco brilhantes vitórias sendo pois o herói do dia vencendo os dois páreos mais importantes como o do Campeonato e o dedicado ao benemérito Dr. Francisco Pereira Passos. Para assistir ao importante certame concorreram tôdas classes sociais sendo belo e encantador o aspecto que apresentava a linda enseada da garbosa praia de Botafogo. (…)
O Sr. Presidente da República com sua Exma. família, Cordeiro Graça, Gustavo Braga, Comissão da Canhoneira "PÁTRIA" canposta do 1º Ten. D. Lôbo e 2º Ten. Alvaro Rogan, General Pinheiro Machado, Contra-Almirante Alexandrino de Alencar compareceram à grandiosa festa náutica.
Após a chegada do Sr. Presidente da República, Dr. Rodrigues Alves, que viajou no iate "SILVA JARDIM" até Botafogo, efetuou-se a cerimônia da inaoguração do Pavilhão que a Prefeitura mandou construir para oferecer à Federação Brasileira das Sociedades do Remo, sendo o ato revestido da maior suntuosidade.
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Os páreos disputados pelos barcos vascaínos foram os seguintes:
Páreos Tipo Categoria Distância Barco Posição
1º Páreo - Club de Regatas Botafogo Yoles a 2 remos Seniores 1000m Gladiador
4º Páreo - C. F. C. Jardim Botânico Yoles a 4 remos Seniores 2000m Albatroz
5º Páreo - Club de Regatas do Flamengo Yoles a 8 remos Juniores 2000m Procellaria
7º Páreo - Club de Regatas Boqueirão do Passeio Canoas a 2 remos Seniores 1000m Voga
8º Páreo - Campeonato de Remo do Rio de Janeiro Yoles a 8 remos Veteranos 2000m Procellaria
10º Páreo - Dr. Francisco Pereira Passos Yoles a 4 remos Juniores 1000m Açor
11º Páreo - Club de Regatas Vasco da Gama Yoles a 8 remos Seniores 2000m Procellaria

O clube ainda obteria o bi-campeonato vencendo novamente o campeonato de remo em 1906. Já durante a década de 1910 o clube alcançaria o tricampeonato carioca nos anos de 1912, 1913 e 1914 e, posteriormente, o campeonato carioca de 1919. Com isso o Vasco iniciaria uma hegemonia centenária no remo carioca, tendo só sido batido como o maior campeão estadual uma vez em 110 anos.

Ampliação

Na década de 1910, o Vasco começa a ampliar suas atividades e passa a disputar campeonatos de tiro. Nessa modalidade viria a conquistar diversos títulos durante toda a década.
 Foto de um dos primeiros times
de futebol do Vasco.
Na mesma década, o futebol começa a se popularizar na cidade do Rio de Janeiro e, em 1913, o Botafogo, que inaugurava o seu campo de General Severiano, trouxe como convidado o combinado português formado por jogadores do Clube Internacional, Sporting Clube de Lisboa e Sport Clube Império. A vinda do combinado português animou a colônia portuguesa, e foram fundados clubes de inspiração lusitana: o Luso, o Centro Português de Desportos e o Lusitânia F.C.
Alguns sócios do Vasco, também animados com o combinado, buscaram uma fusão com o Lusitânia, para a criação do futebol do Vasco. O Lusitânia resistiu, pois seu estatuto o definia como um clube "apenas para portugueses", ao contrário do Vasco, que surgira para unir "sob a mesma bandeira irmãos de diferentes raças".
A fusão, porém, era inevitável. Isso, porque a norma da Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA), que gerenciava o futebol carioca, só permitia a participação em seus quadros clubes que tinham ao mínimo um brasileiro.
Por isso, em 26 de novembro de 1915, o Vasco e o Lusitânia aprovaram finalmente uma fusão, passando o Vasco a incluir também o futebol em suas atividades. Para se filiar, o clube teve que fazer uma coleta entre seus associados para conseguir os 500 mil-réis necessários para se tornar membro da LMSA.
Finalmente o Vasco estreou seu time na terceira divisão, no dia 3 de maio de 1916, sofrendo uma terrível goleada de 10x1 para o Paladino F.C. O primeiro gol da história do Vasco foi marcado por Adão Antônio Brandão. A primeira vitória ocorreu em 29 de outubro de 1916, 2 a 1 sobre a Associação Atlética River São Bento, partida válida pela terceira divisão.
Em 1917, a LMSA foi reformada, passando a se chamar Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e ampliou o número de participantes, passando o Vasco para a segunda divisão. Em 1920 venceu a segunda divisão, passando a disputar a série B da primeira divisão.
Em 1922, ainda sem campo próprio, aluga um estádio na rua Morais e Silva, na Tijuca. Vence o campeonato da série B nas três categorias, conquistando a Taça Constantino. O jogo decisivo para a subida para o grupo A foi disputado em 17 de julho de 1922, quando o Vasco goleou o Carioca por 8 a 3. Finalmente o Vasco partia para o grupo de elite do futebol carioca.
Em 1921 o Vasco voltou a conquistar o campeonato carioca de remo.

Primeira divisão

Em 1923, inicia-se na elite da primeira divisão do futebol. O primeiro jogo foi um empate em 1 a 1 com o Andaraí. Logo depois o Vasco surpreenderia, vencendo o Botafogo por 3 a 1, fato que era inadmissível para os rivais, visto que o time vascaíno era composto inteiramente por negros, trabalhadores simples e nordestinos. A presença negra no time do Vasco começava no gol. Formavam o time o goleiro Nelson Conceição, Ceci e Nicolino, além de outros negros e mulatos.
Surge então a guerra contra o Vasco, que passou a ser acusado de ter um time de profissionais.
Nada fica provado e o Vasco segue no campeonato. Na terceira rodada do returno, porém, o Flamengo vence por 3 a 2, com o árbitro anulando um gol legítimo do Vasco. O árbitro da partida era Carlito Rocha, que pouco tempo mais tarde se tornaria o presidente do Botafogo.
Mesmo assim, lutando contra os clubes unidos contra ele, o Vasco venceu o América e o Fluminense, conquistando o campeonato no dia 12 de agosto de 1923, derrotando o São Cristóvão por 3 a 2, no campo de General Severiano.
Os clubes da "elite" não suportaram ver seus times sendo derrotados por um time formado por negros e pobres, e que nem estádio possuía. Vieram as acusações de falta de profissionalismo e a alegação de que analfabetos não poderiam atuar. Assim, o Vasco pagava a professores para ensinar seus jogadores a assinar a súmula das partidas.
Os camisas pretas - apelidado dado aos jogadores vascaínos por causa do seu uniforme, foram ganhando partida por partida, sempre virando o placar no segundo tempo, devido ao ótimo preparo físico dos jogadores, até ganhar o campeonato.
No ano seguinte, os clubes da zona sul (área de elite da cidade do Rio de Janeiro), Botafogo, Flamengo, Fluminense e alguns outros clubes se uniram e abandonaram a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT) e fundaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), deixando de fora o Vasco.
Depois, impuseram a condição de que o Vasco, para se filiar à nova entidade, AMEA, deveria dispensar doze de seus atletas (todos negros) sob a acusação de que teriam "profissão duvidosa". Diante da situação imposta, em 1924, o presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, José Augusto Prestes, enviou uma carta à AMEA, que veio a ser conhecida como a "resposta histórica", recusando a se submeter à condição imposta e desistindo de filiar-se a AMEA.
Com a recusa, o Vasco permaneceu na LMDT, conquistando o bicampeonato de forma invicta. O último jogo foi Vasco 1 a 0 Bonsucesso, realizado no campo da rua Prefeito Serzedelo, no Andaraí.
Elenco vascaíno em comemoração a
inclusão do clube na AMEA em 1927.
As bandeiras são dos dez times filiados a
federação na época.
Em 1925, o Vasco foi admitido na AMEA, graças ao apoio de Carlito Rocha (o mesmo árbitro que anulara o gol do Vasco em 1923), então presidente do Botafogo, que soube vencer as resistências internas na AMEA. Para ser admitido, o Vasco aceitou sediar os seus jogos no campo do Andaraí, na rua Barão de São Francisco, onde hoje está o shopping Iguatemi.
Apesar disso, o Vasco decidiu construir o seu próprio estádio, para acabar com qualquer exigência da entidade. O local escolhido para a construção foi a chácara de São Januário, que fora um presente de Dom Pedro I à Marquesa de Santos.
Em 21 de abril de 1927, o Vasco inaugura o então maior estádio do Brasil, perdendo para o Santos por 5 a 3. A construção do estádio durou dez meses e o dinheiro para a obra foi arrecadado por uma campanha de recolhimento de donativos de torcedores de toda a cidade. No ano seguinte são inaugurados os refletores do estádio, no que foi o terceiro jogo noturno a ser realizado no Brasil e a primeira partida internacional do Vasco.
Em 1929 o Vasco inaugurou a iluminação do estádio, passando a ser o primeiro estádio do Brasil com capacidade de realizar jogos noturnos. Ainda em 1929, o Vasco conquistou os campeonatos no remo e no futebol, tornando-se "Campeão de Terra e Mar".

Os anos 1930

1934: Baianinho, Mola, Gradim, Carreiro, Russinho, Jucá, Gringo, Quarenta, Almir e Rei; Orlando, Tinoco, Fausto, Lino, Itália, Leônidas e Domingos da Guia.
1938: Poroto, Rei, Zé Luiz, Calocero, Rapha e Zarzur; Lindo, Alfredo I, Niginho, Feitiço e Luna.
No primeiro carioca da decáda, o Vasco acabou sendo tirado da disputa pelo título num jogo contra o Syrio e Libanez, do zagueiro Aragão, que usou uma chuteira com chapas de aço no bico. Apesar do fato ter sido descoberto, o jogo não foi impugnado e os camisas pretas ficaram de fora da disputa pela taça.
Para compensar os vascaínos, naquele ano o time impôs a maior goleada já sofrida pelo Fluminense: 6x0.
Em 1931, novamente o clube chegou perto do título. Na última rodada, com um ponto de vantagem sobre o América, o time perdeu de 3x0 para o Botafogo, enquanto o América vencia por 3 a 1 o Bonsucesso, garantindo a taça. Neste campeonato, mais uma goleada histórica: 7x0 sobre o rival Flamengo, maior derrota que o clube rubro-negro já sofreu em sua história.
Depois do campeonato, o Vasco se tornou o segundo time brasileiro a ser convidado para uma excursão internacional (o Paulistano foi o primeiro). Os países eram Espanha e Portugal. Foram 12 partidas, oito vitórias, um empate e três derrotas, sendo marcados 45 gols pró e 18 contra.
As conseqüências da bela exibição vieram logo após: Fausto e Jaguaré foram contratados pelo Barcelona, um dos times que jogaram contra o Vasco.
Em 1933, uma velha polêmica voltava a se acender no país: a discussão sobre o profissionalismo do esporte. A Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF), defendia o amadorismo, enquanto a maioria dos clubes insistia na profissionalização.Por causa dessas divergências, foi criada a Liga Carioca de Futebol. A única exceção entre os grandes foi o Botafogo, que decidiu continuar na AMEA. No mesmo ano Vasco e América realizaram a primeira partida profissional do Estado do Rio de Janeiro e a segunda do país, com vitória vascaína por 2 a 1. O autor do primeiro gol profissional do estado foi marcado por Francisco de Souza Ferreira, mais conhecido como Gradim, que mais tarde viria a ser técnico do Vasco e também o responsável pela vinda de Roberto Dinamite, maior ídolo vascaíno, as categorias de base do clube. Em 1934, o Vasco, com um elenco cheio de craques, como Leônidas da Silva, Domingos da Guia, Fausto (voltando do Barcelona), Itália e outros, ganhou novamente o carioca. O fato de maior importância naquele ano, porém, foi outro.
Por causa de uma briga com o Flamengo, o Vasco abandonou a liga e criou com o Botafogo a Federação Metropolitana de Desportos (FMD). Ironia que, o time que tanta lutara para a profissionalização do esporte, mudasse de lado e apoiasse a nova liga, que era filiada à CBD, defendedora do amadorismo.
A reconciliação entre os clubes cariocas só ocorreria em 1937 quando, graças a iniciativa de Pedro Pereira Novaes e Pedro Magalhães Corrêa, respectivamente presidentes de Vasco e América, foi criada a Liga de Football do Rio de Janeiro, unindo todos os clubes cariocas. Para comemorar o fato, os dois times se enfrentaram dentro de campo no dia 31 de Julho, com renda recorde. Por esse fato o jogo entre os dois passou a ser chamado de "Clássico da Paz".

Era Vargas e expresso da vitória

Durante a gestão do presidente Getúlio Vargas, o mesmo costumava realizar no estádio de São Januário, então o maior do Rio de Janeiro, seus principais discursos.
No ano de 1940, o Vasco conquistou a Taça Luís Aranha, disputada com o San Lorenzo e o Independiente, ambos da Argentina. Depois desse título, o time passou um considerável tempo sem conquistar nada, até a formação de um grande time: o "Expresso da Vitória", uma equipe quase imbatível na época. Tamanho foi seu sucesso, que o Vasco utilizou um time B, chamado expressinho, para excursionar pelo Brasil. O apelido teria surgido em um programa de calouros da Rádio Nacional, onde um calouro dedicou sua música ao clube e o chamou por esse apelido.
O Expresso começou a se formar quando a diretoria contratou o técnico uruguaio Ondino Vieira para acabar com o jejum de títulos. Vieira chamou para o elenco vascaíno jovens e desconhecidos jogadores, como Augusto, Eli, Danilo, Ademir, Lelé, Isaías e Jair. Com esses, foi formado a base do Expresso.
O Vasco então voltou a conseguir resultados expressivos. Em 1944 venceu o Torneio Relâmpago superando os cinco grandes da época (Flamengo, Fluminense, América e Botafogo). Em seguida, ganhou o Torneio Municipal, contra os mesmo clubes e outros do Rio de Janeiro.
No Carioca do ano seguinte, um verdadeiro show. Diversas goleadas (como os 9 a 0 no Bonsucesso, maior goleada do campeonato) e um empate em 2 a 2 com o Flamengo foram suficientes para o título invicto.
Em 1946, uma grave perda: Ademir ira para o Fluminense. E como Gentil Cardoso, técnico tricolor falara, "Dêem-me Ademir que lhes dou o campeonato", o Fluminense realmente ficou com o Carioca daquele ano. Para compensar os vascaínos, o clube conquistou novamente o Torneio Relâmpago e o Torneio Municipal.
Em 1947, o Vasco formou um ataque de espantar: Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico. Foram 40 gols em apenas 10 partidas, e 68 no total, em vinte partidas. O time também impôs a maior goleada da fase profissional do futebol carioca: 14 a 1 no Canto do Rio. O Vasco ficou então novamente o título invicto, sete pontos à frente do segundo colocado, o Botafogo.
Em 1948, Ademir voltava ao time. Neste ano o Vasco foi convidado a participar, como campeão estadual, do Campeonato Sul-Americano de Campeões. Além do Vasco, estavam lá grandes potências da época, como o temido River Plate de Di Stéfano, apelidado na Argentina de La Maquina (A Máquina) e favorito ao título, além de Nacional do Uruguai e Colo-Colo do Chile.
Depois de quatro vitórias e um empate, o último jogo seria contra o River Plate. Um empate bastaria para o Vasco, que não tinha Ademir, que se machucara no primeiro jogo do torneio. Foi uma partida nervosa. O goleiro Barbosa brilhou mais uma vez, defendendo um pênalti do argentino Labruna no final da partida. O juiz ainda anulou no primeio tempo um gol legítimo vascaíno. Partida terminada, o Vasco empatava em 0x0 e era campeão Sul-Americano, o maior título do clube até a conquista da Libertadores em 1998.
Em 1949, mais um ano de alegrias. Heleno de Freitas vinha para o ataque vascaíno, que produziu várias goleadas no estadual. Foram 84 gols em vinte partidas, um recorde para a época. O grande rival Flamengo, que desde 1944 não ganhava do Vasco, voltou a sofrer com o time da colina. Em plena Gávea os rubro negros fizeram 2x0 e já davam como certa a vitória. O Vasco, porém, voltou arrasador no segundo tempo e virou o placar para 5 a 2.
No final, mais um título invicto, o quarto do Vasco.

A tragédia de 50 e o desmanche do Expresso

Em 1950, ano de Copa do Mundo, o Brasil se preparava para um esperado primeiro título mundial. O Vasco tinha ampla presença na seleção, a começar pelo técnico brasileiro: Flávio Costa, também técnico vascaíno. Do time titular, cinco jogavam no Vasco: Barbosa, Augusto, Danilo, Chico e Ademir. O fato acabou rendendo muitas críticas a Flávio Costa, que foi acusado de favorecer os jogadores do Vasco em detrimento dos demais na escalação da seleção.
Contudo, a 16 de Julho, era o Uruguai a tornar-se campeão. Um silêncio tumular se abatia sobre o Maracanã. Mais tarde, um jogador vascaíno acabou virando o bode expiatório da derrota: o goleiro Barbosa. Tendo falhado no primeiro gol (umas das poucas falhas graves de sua carreira) e, acredita-se, principalmente pelo fato de ser negro, Barbosa acabou sendo apontando pelo povo e pela crítica como o principal culpado pelo resultado.
Mas Barbosa, mesmo abatido, continuou. E levou o Vasco a mais um título carioca em 50. Logo na estréia, um 6 a 0 sobre o São Cristóvão. Mais algumas goleadas, como o 7 a 2 no Bonsucesso e o 7 a 0 no Canto do Rio, e na final, contra o América, uma vitória de 2x1 e o troféu para casa.
Em 1951 o Expresso começou a dar sinais de cansaço. O time não passou de um sétimo lugar no Torneio Rio-São Paulo e de um quinto no Carioca.
No ano seguinte deu-se a volta por cima. Com o técnico Gentil Cardoso, o Vasco chegou ao vice no Rio-São Paulo e venceu novamente o Carioca por antecipação, derrotando o Bangu por 2 a 1. Nessa partida estreou o sucessor de Ademir no ataque: Vavá, que ficaria conhecido como o Leão da Copa em 1962.
Terminava assim o Expresso da Vitória, até hoje considerado o maior elenco da história vascaína.
Em 1953 era hora de renovação. Além de Vavá, Bellini, Sabará, Pinga e outros jogadores haviam sido incorporados ao time titular. Mais um título importante veio para o time cruzmaltino, o Torneio Octogonal Rivadavia Corrêa Meyer e assim o Vasco conquistou mais um título internacional, considerado um Mundial Interclubes.
E aquele time começou com o pé direito. No Quadrangular Internacional, no início do ano, - disputado com o Boca Juniors e o Racing, ambos da Argentina e o Flamengo - o Vasco levou a melhor, goleando os rubro-negros por 5x2.
Esquadrão do Vasco de 1957, campeão invicto do Torneio Internacional de Paris (França), Torneio Internacional de Santiago (Chile), Torneio de Lima (Peru) e Teresa Herrera (Espanha).
Em seguida, uma viagem ao Chile para disputar o Torneio Internacional de Santiago. No final, venceu o Colo-Colo por 2 a 1, sagrando-se campeão.
Os anos de 1954 e 1955 foram decepcionantes para o clube. Talvez em parte por ser um time ainda em formação, não passou de um quinto e sétimo lugares no Rio-São Paulo, e um terceiro e quarto lugares no Carioca.
Em 1956, veio então o Campeonato Carioca, e o time vascaíno vinha motivado a não dar o prazer ao grande rival Flamengo de conseguir o inédito tetra. Na penúltima rodada, um jogo crucial contra o Bangu, que contava com Zizinho entre suas estrelas. O jogador, porém, foi expulso por ofensas ao juiz, e o Vasco ganhou o jogo por 2 a 1. Na última rodada bastou um empate com o Olaria para garantir o título.
Em 1957 a equipe voltou a respirar ares internacionais. Foi na Pequena Copa do Mundo, uma espécie de Mundial Interclubes em Caracas, Venezuela. Participaram do torneio verdadeiras potências futebolísticas da época, como Real Madrid, Roma e Porto. Depois de um empate em 2 a 2 e uma vitória de 2 a 0 sob os madrilenhos, mais um título vinha para São Januário.
Ainda em 1957, o Vasco da Gama escrevia duas páginas inesquecíveis na sua história: a primeira, ao derrotar o Real Madrid de Di Stefano por 4 a 3, na final do Torneio de Paris (França), que é considerado o Bi-campeonato Mundial Interclubes; a segunda, ao impor ao Barcelona de Evaristo de Macedo uma das maiores goleadas, se não a maior, sofrida pelos Catalunha em seu estádio Camp Nou, por 7 a 2.



Os difíceis anos 1960

Após o título de 1958, o Vasco voltaria a fazer boa campanha em 1962, no Carioca vencido pelo Botafogo que, por sinal, seria bi depois de três décadas. Depois o Gigante da Colina venceria a I Taça Guanabara, criada naquela temporada para indicar o representante do Estado da Guanabara para o Brasileirão da época - a Taça Brasil. No ano seguinte, o Almirante conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1966 no futebol, empatado com Botafogo, Santos e Corinthians. Os anos 1960 marcaram uma profunda crise financeira no clube, que culminou em 1969, com a cassação do seu presidente, Reynaldo Reis.

Anos 1970

Nesta década surgiu o ídolo Roberto Dinamite e se destacou também o goleiro argentino Andrada.
Nos anos 1970 o Vasco começou a se recuperar, ainda que de forma tímida, conquistando o campeonato estadual de 1970.
A maior conquista da época foi o brasileiro de 1974, com Roberto Dinamite sagrando-se artilheiro.
Conquistou ainda estadual de 1977, numa campanha memorável.
No entanto, perdeu as finais do estadual em 1978 e do brasileiro em 1979, no que viria ser um período de derrotas em finais. Em 1979 surgiu, no fim do ano, uma notícia triste: Roberto Dinamite estava sendo transferido para o FC Barcelona.
A política do clube tornou-se movimentada. Com o desgaste natural pelos vários anos de mandato e as seguidas derrotas em finais de campeonatos, especialmente para o rival, o presidente Agathyrno da Silva Gomes foi derrotado pela chapa de Alberto Pires Ribeiro, que contava com uma união de grandes nomes do Vasco, nas eleições de 1979.

Anos 1980

O Vasco começou mal, perdendo o Campeonato Carioca de 1980 para o Fluminense. O fato de maior importância naquele ano, entretanto, seria a volta de Roberto Dinamite.
Roberto não havia se adaptado ao Barcelona, tendo feito apenas três gols em oito jogos, acabando na reserva do time catalão. Insatisfeito, tinha planos de voltar para o Brasil. O Flamengo então armou um grande esquema para contratar o maior ídolo vascaíno. A torcida cruzmaltina, como era de se esperar, não admitiu o fato, principalmente depois que a Rede Globo criou uma vinheta em que Roberto tabelava com Zico. O Vasco foi à sua procura, e o artilheiro acabou por retornar ao clube no qual tivera tantas alegrias.
E a reestreia foi especial. Em um Vasco vs. Corinthians com torcedores rubro-negros unidos a corintianos (já que era rodada dupla no Maracanã, com o Flamengo fazendo a preliminar contra o Bangu), no que foi chamada a Fla-Fiel (em referência à Gaviões da Fiel, torcida do Corinthians), Roberto fez os cinco gols vascaínos e comandou a vitória cruzmaltina por 5 a 2. Todos os gols de bola rolando.
Apesar da volta de Roberto, o Vasco não passou para as semifinais do torneio, ficando em oitavo lugar naquele Brasileiro.
Em 1981, mais uma derrota no Carioca. Foi uma derrota polêmica em virtude dos acontecimentos lamentáveis ocorridos no fim da decisão. Por sinal, de acordo com o regulamento, o Vasco necessitava ganhar três partidas seguidas para ser campeão. Ganhou as duas primeiras, mas na última, quando estava perdendo de 2 a 1, um torcedor do Flamengo entrou em campo, pelo seu vestiário, e tumultuou o jogo num momento de reação vascaína. O episódio ficou conhecido como "caso do ladrilheiro", pois o torcedor assim se identificou.
No Brasileiro daquele ano o Vasco ficou em quinto lugar. Um mês depois, o time conquistaria o Torneio João Havelange, após vencer Flamengo, Democrata (MG), Rio Branco e Colatina, ambos do Espírito Santo.
Em 1982 o Vasco voltaria a vencer o campeonato estadual. Neste campeonato Roberto faria seu gol de número 500 na carreira, dedicando a Gradim, seu "descobridor", a Célio de Souza, seu treinador quando era juvenil, e a Eurico Miranda, o responsável pelo seu retorno ao Vasco.
O Vasco chegou ao triangular final do torneio contra América e Flamengo, campeões do segundo e do primeiro turno, respectivamente. O Vasco chegou à final por ter o maior número de pontos nos dois turnos. Antes da final, o técnico Antônio Lopes tirou cinco titulares do time, alegando falta de empenho.
Depois de uma vitória de 1 a 0 sobre os americanos, era hora da final contra os arqui-rivais e da revanche de 81. No segundo tempo de jogo Pedrinho Gaúcho cobrou escanteio e Marquinho tocou levemente na bola, marcando o gol que daria o título ao Vasco. O árbitro considerou, no entanto, gol olímpico de Pedrinho Gaúcho.
Em 1983, um sexto lugar no Campeonato Brasileiro e uma sétima posição no Campeonato Carioca, a pior colocação vascaína na história até então.
Em 1984, após uma brilhante campanha, veio a perda do título do Brasileiro para o Fluminense. No Estadual, depois de vencer a Taça Rio (segundo turno do campeonato), o time acabou ficando apenas em terceiro lugar.
Com o vice-campeonato do Brasileiro, o Vasco voltou a disputar a Libertadores no ano seguinte. Mas por pouco tempo: foi eliminado logo na primeira fase. No Brasileiro, uma décima primeira posição. No final do ano, porém, uma alegria: Romário estreava no time principal, formando o ataque com Roberto.
Em 1986 o Vasco voltava a consquistar a Taça Guanabara, vencendo o Flamengo por 2x0, com dois gols de Romário. O turno seguinte e o campeonato, porém, acabariam ficando com o arqui-rival.
Em 1987 a equipe vence o campeonato estadual com uma campanha brilhante, fazendo os três artilheiros da competição (Romário, Roberto Dinamite e Tita, respectivamente). A final foi contra o rival Flamengo, e o Vasco venceu por 1 a 0, com gol de Tita, ex-jogador do adversário.
Em 1988 o Vasco estreou o Campeonato Carioca com uma derrota para o Flamengo por 1 a 0, gol de Bebeto, num jogo que foi finalizado bem mais cedo devido à falta de energia elétrica e o não-funcionamento dos refletores do Maracanã. E mais tarde o rubro-negro conquistaria a Taça Guanabara, e devido ao bom desempenho do Flamengo durante o turno, parecia claro que seria a equipe de Zico a campeã carioca.
Porém, no segundo turno, o Vasco derrotou o arqui-rival por 1 a 0, gol de Henrique, e a partir de então começou a crescer e mostrar que não era um simples concorrente ao título, e mais tarde derrotaria o Fluminense na decisão da Taça Rio e conquistaria a mesma. Ao encontrar o Flamengo no Terceiro Turno (uma espécie de semifinal), novamente o superou, vencendo-o por 3 a 1, gols de Vivinho (1) e do jovem estreante Sorato (2), com Andrade diminuindo para o Flamengo. Na decisão do campeonato, o Vasco não deixou mais qualquer dúvida sobre sua superioridade. No primeiro jogo venceu o Flamengo por 2 a 1 de virada (Bismarck e Romário, e Bebeto para o Flamengo). No dia da grande decisão, o zagueiro vascaíno Fernando disse de antemão que o fato de o Flamengo haver feito um gol na partida anterior não iria se repetir, e foi consumado: Após quase todo o tempo regulamentar sem gols, o jogador Cocada entrou aos 41 minutos e aos 44 marca o gol da vitória definitiva do Vasco, que apenas jogava pelo empate. Após o gol, Cocada levou cartão vermelho por comemorar o gol tirando sua camisa e Romário e Renato Gaúcho também foram expulsos. E o Vasco conquistou em festa o bicampeonato carioca, e totalizou quatro vitórias sobre o Flamengo. O destaque do time foi o meia Geovani, o Pequeno Príncipe Vascaíno (esportista do ano pela revista Placar).
No mesmo ano, fez uma excelente campanha no Campeonato Brasileiro, quando fez um total de pontos bem superior ao do clube campeão, o Bahia. Além disso conseguiu uma série de 5 vitórias consecutivas sobre o rival Flamengo (1-0, 3-1, 2-1, 1-0, 1-0). Foram vitórias marcantes nesta competição as goleadas de 4 a 2 sobre a Portuguesa (onde o jogador Vivinho marcou um gol de placa, dando três lençóis seguidos sobre o jogador luso Capitão e finalizando de primeira para o gol), 4 a 0 sobre o Santos e 3 a 0 sobre o Botafogo, num jogo marcado pelo choro da menina gandula botafoguense Sonja.
Em 1989, na continuação do confuso Campeonato Brasileiro de 1988, a boa fase do Vasco teve fim ao ser eliminado pelo Fluminense no início da segunda fase. E após um campeonato estadual complicado (porém ajudando em muito o Botafogo ao impedir a conquista da Taça Rio pelo Flamengo, vencendo-o) o Vasco refez o elenco, contratando uma série de jogadores de destaque nacional, passando a ser conhecido como SeleVasco, pois o time era considerado como uma verdadeira seleção. O grande destaque foi o jogador Bebeto, contratado justamente ao grande rival, Flamengo. O Vasco foi campeão derrotando o São Paulo na final, em pleno Morumbi, por 1 a 0, gol de Sorato. Nessa partida cerca de vinte e cinco mil torcedores vascaínos estiveram no Morumbi.
Os esportes amadores foram relegados a um segundo plano no clube, e muitos atletas acabaram por se transferir para outros clubes, buscando por melhores condições, e o clube não buscava mantê-los. O remo só conquistou o estadual em 1982 e o troféu Brasil em 1987. Já o basquete se manteve com algum destaque a nível estadual, conquistando os estaduais de 1981, 1983, 1987 e 1989, além do campeonato de campeões do Brasil em 1981. Outro esporte que conseguiu algum desenvolvimento nesse período foi o atletismo.

Anos 1990

A década marcou a despedida de Roberto Dinamite (1992, com jogo de despedida em 1993), a ascensão de novos ídolos, como Edmundo, Felipe e Pedrinho, e títulos importantes.
Conquistou o tricampeonato estadual em 1992, 1993 e 1994. Depois das fracas campanhas de 1995 (Onde o time chegou a perder 7 jogos consecutivos) e 1996, o Vasco voltou a ganhar o Brasileiro em 1997.
A década marcou também a volta dos títulos no remo, do basquete, que venceu nos estaduais de 1992 e 1997 e em diversos outros esportes, notadamente a partir de 1997.

1998 - o centenário

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Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Brasil
Donizete
Luizão
Pedrinho
Juninho
Nasa
Luisinho
Felipe
Vágner
M. Galvão
Odvan
Carlos Germano
Equipe vascaína que derrotou o Barcelona-EQU na Final da Copa Libertadores da América de 1998.
Em 1998, houve grandes festividades pelo centenário do clube.
No Carnaval, a GRES Unidos da Tijuca homenageia o navegante português Vasco da Gama, e aproveita para levar para a Marquês de Sapucaí toda a história de glórias do Club de Regatas Vasco da Gama. O samba-enredo foi imortalizado pelos torcedores vascaínos antes mesmo do Desfile das Escolas daquele ano e, até os dias atuais, é cantado em cada jogo do Gigante da Colina.
O clube também voltou a vencer o Campeonato Estadual de Futebol, o Campeonato Estadual de Remo e, no Basquete, conquistou o Campeonato Sul-Americano e ficou em 3º no Campeonato Nacional.
A conquista do Bi-Campeonato da Taça Libertadores da América, segundo Título Sul-Americano do Clube 1948, aconteceu justamente durante as comemorações do centenário. A partida final aconteceu no dia 26 de agosto, 5 dias após o aniversário do clube, contra o Barcelona de Guayaquil (EQU), time do ex-vascaíno Holger Quiñónez, que havia eliminado o Cerro Porteño (PAR).
Depois de vencer e convencer contra Chivas (MEX), América do México, Grêmio e Cruzeiro, o Vasco encarou o favorito River Plate em uma das semifinais, fazendo uma "final antecipada" da competição. No primeiro jogo, em São Januário, Vasco 1x0 - gol de Donizete, o Pantera, o que rendeu o seguinte comentário do técnico argentino: "O Vasco não é grande coisa". Diante de mais de 50 mil torcedores, o River vencia por 1x0 em pleno Monumental de Nuñez, porém nos minutos finais, Juninho Pernambucano faz, de falta, o gol que levaria o Vasco à sua mais tranqüila decisão dos últimos anos. Primeiro jogo, Vasco 2x0; segundo jogo, Barcelona 1x2 Vasco, diante de mais de 80 mil torcedores equatorianos.
O ponto máximo das celebrações foi a missa campal realizada no estádio São Januário, com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima sendo levada ao clube.
A alegria do centenário só teve uma adversidade: a perda do Mundial Interclubes, no Japão, para o Real Madrid, por 2x1.
Logo após, em 1999, a equipe cruzmaltina se sagrou campeã do Torneio Rio-São Paulo. Voltou a vencer no Estadual de Remo, e no Basquete conquistou novamente o Campeonato Sul-Americano, ganhando também a Liga Sul-Americana do esporte. No campeonato nacional de basquete, foi o segundo colocado.
No mesmo período, o Vasco incorporou diversos atletas de natação do Fluminense, como Luiz Lima e outros. Também foram contratados atletas de ponta de diversas modalidades, no chamado Projeto Olímpico. O clube passou a investir, além das modalidades tradicionais, em modalidades novas, como Volêi de Praia e Boliche.

Anos 2000, mais títulos importantes

Em 2000, o Vasco conquistou a Copa Mercosul numa final histórica contra o Palmeiras, quando virou um jogo perdido de 3 a 0 no primeiro tempo para 4 a 3, no que ficou conhecido como "a virada do século"; e levantou o Campeonato brasileiro de 2000, em uma final tumultuada com o São Caetano. Quando na disputa da partida de volta em São Januário, parte do alambrado desabou no meio da etapa inicial - estava 0x0 -, depois de um tumulto na arquibancada que apresentava superlotação). Porém, após decisão do STJD pela realização de um novo jogo no Maracanã, o Gigante da Colina, que havia empatado em 1x1 a partida de ida, fez 3x1 nos paulistas e levantou seu quarto troféu da maior competição nacional do país.
O basquete voltaria a vencer a Liga Sul-Americana em 2000 e o Campeonato Nacional em 2000 e 2001.
Os anos seguintes foram de poucas alegrias para os vascaínos, com exceção de 2003, quando a equipe conquistou seu 22º título estadual ao bater o Fluminense na final. No Campeonato Brasileiro, porém, o time não tem conseguido fazer boas campanhas, chegando a ficar ameaçado de rebaixamento em 2004 e 2005. A exceção foi o ano de 2006, quando a equipe ficou em sexto lugar, a dois pontos de conquistar a vaga para a Taça Libertadores do ano seguinte.
Na Copa do Brasil, a participação do Vasco foi marcada por derrotas para equipes inexpressivas, como XV de Novembro de Campo Bom e Baraúnas, até 2006, quando conseguiu chegar à sua primeira final em toda a história da competição - embora já tenha alcançado a fase semifinal cinco vezes (sendo a mais recente na edição 2006, contra o Fluminense). Conquistou a vaga na final de 2006 ganhando de 1x0 do Fluminense no primeiro jogo e empatando no segundo jogo em 1x1. Na decisão, após uma longa parada por causa do Copa do Mundo o time perdeu o foco e perdeu o título diante do Flamengo, perdendo as duas partidas (0 a 2 e 0 a 1).
No Campeonato Brasileiro de 2007 o jogador Romário marcou de pênalti o milésimo gol na carreira em um jogo contra o Sport Recife.
No dia 1º de julho de 2008 numa eleição tumultuada, o clube elege como presidente o ex-jogador Roberto Dinamite que venceu as eleições de 2008.

Rebaixamento em 2008

Não realizando uma boa campanha no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2008, terminando em antepenúltimo lugar na classificação, o Vasco se viu rebaixado na competição, o que aconteceu pela primeira vez em toda a sua história, ao ser derrotado pelo Esporte Clube Vitória por 2 a 0.

Volta à elite do futebol em 2009

O Vasco se redimiu ao conquistar o Campeonato Brasileiro da Série B em 2009 e retornar à elite do futebol.

Década de 2010

Campeão da Copa do Brasil de Futebol de 2011

Em 2011, após 8 anos sem conquistar títulos, o Vasco conquistou a Copa do Brasil de Futebol de 2011 vencendo o Coritiba por 1 a 0 em São Januário, no jogo de volta, no Couto Pereira, o time perdeu por 3 a 2, mas levou o título pela regra do gol fora de casa.

Rebaixamento para a série B em 2013

O time vascaíno foi rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro de 2013 após a derrota para o Atlético Paranaense por 5 x 1, o Gigante da Colina precisava de uma vitória ou uma derrota do Coritiba (para este também poderia ser um empate) ou do Criciúma para conseguir escapar do rebaixamento. o Coritiba ganhou, mas o Criciúma perdeu por 3 x 0 para o Botafogo. O Vasco tanto em 2008 como em 2013, encerrou a sua participação na 18º posição.
Esse jogo foi realizado na Arena Joinville e não no Paraná (casa do Atlético-PR). Ainda houve por falta de policiamento um trágico encontro entre torcidas o que originou uma briga selvagem nas arquibancadas (tanto o Atlético-PR como o Vasco da Gama já haviam sido punidos anteriormente com a perda do mando de campo devido à briga entre torcidas). Com o tumulto generalizado nas arquibancadas e a invasão de campo, o juiz interrompeu a partida devido à falta de segurança. Após uma hora e doze minutos de paralisação e, várias intervenções de jogadores de ambos os clubes para acalmar os torcedores exaltados, além da pressão sobre o juíz da partida exercida pelo sr. Antônio Lopes, técnico do Atlético, o jogo foi reiniciado com o reforço policial nas arquibancadas e dentro de campo, quando por lei teria que ser suspenso e marcada nova partida, pois o tempo limite de paralização, por lei, já havia expirado.




PARABÉNS VASCO DA GAMA - CAMPEÃO CARIOCA DE 2015!!! 

A COLINA

Fundado no dia 21 de abril de 1927, o Estádio Vasco da Gama acabou ficando mais famoso como São Januário, que é o nome de umas das principais ruas que levam ao estádio. O primeiro jogo disputado em São Januário foi entre Vasco e Santos. A partida terminou em 5 a 3 para os paulistas. O primeiro gol foi marcado pelo santista Evangelista. Já o primeiro gol do Vasco no seu estádio foi marcado por Galego.

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Pontapé inicial da partida inaugural de São Januário entre Vasco e Santos no dia 21 de abril de 1927

Antes da construção da Colina, como também é conhecido o estádio, o Vasco mandava seus jogos no campo do Andaraí, que depois acabou se tornando o campo do América. São Januário foi fundado graças aos próprios vascaínos, que fizeram uma campanha para arrecadar dinheiro para a compra de um bom terreno em São Cristóvão. A etapa seguinte foi arrecadar uma quantia que fosse suficiente para a construção do estádio. Em apenas 11 meses o Estádio Vasco da Gama ficava pronto.

O estádio é a principal sede do Vasco. Construída numa área de 56 mil metros quadrados e situada à Rua General Almério de Moura, 131, no bairro Vasco da Gama, o complexo conta com estádio, ginásio, parque aquático e setor administrativo. A fachada é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Os refletores do estádio foram inaugurados em 31 de março de 1928, no jogo entre Vasco e Wanderers, do Uruguai. Os cruzmaltinos venceram por 1 a 0, gol do ponta-esquerda Santana. O foi um gol olímpico, um dos primeiros que se teve notícia no futebol brasileiro. Dizem, inclusive, que a expressão "gol olímpico" surgiu nesta ocasião, já que o Vasco ganhou de um time do Uruguai, que era o atual campeão olímpico de futebol.

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Estádio de São Januário em construção ainda sem o anel da arquibancada

Entre 1927 e 1950 (ano da inauguração do Maracanã), o estádio do Vasco foi o maior do Rio de Janeiro. Entre 1927 e 1940 (ano da inauguração do Pacaembu), São Januário foi o maior do Brasil e entre 1927 e 1930 (ano da inauguração do Estádio Centenário, em Montevidéu, Uruguai) foi o maior da América do Sul.

No Estádio São Januário, a Seleção Brasileira de Futebol já disputou 23 jogos, sendo 19 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. No gramado da Colina histórica foi, inclusive, onde o Brasil aplicou a maior goleada sobre a Argentina. Um placar de 6x2, no dia 20 de dezembro de 1945 pela Copa Roca. Marcaram os tentos brasileiros: Ademir Menezes (2), Leônidas da Silva, Chico, Zizinho e Heleno de Freitas.

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Fachada da entrada do histórico estádio vascaíno

Números e Histórias


Campanha – Na construção do seu estádio, o Vasco mobilizou sócios e torcedores em uma campanha de arrecadação de contribuições, que possibilitou a compra de 6.600 barris de cimento e 252 toneladas de ferro.

Primeiro jogo – Na partida de inauguração do Estádio de São Januário, em 21 de abril de 1927, o Santos venceu o Vasco por 5 a 3. O santista Evangelista foi o autor do primeiro gol da história do estádio.

Iluminação – Em 31 de março de 1928, o Vasco venceu por 1 a 0 o Wanderers, do Uruguai, em amistoso que marcou a conclusão da curva das arquibancadas e a inauguração da iluminação do estádio. São Januário era, então, o único estádio onde se realizavam jogos noturnos.

Maior goleada – A maior goleada da era do futebol profissional, no Rio, foi dada pelo Vasco, em São Januário. O time do Expresso da Vitória atropelou o Canto do Rio, vencendo por 14 a 1 partida disputada em 6 de setembro de 1947.

Tombamento – A fachada do Estádio do Vasco, belo exemplar do estilo arquitetônico neocolonial – em voga na década de 1920 –, é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Maior artilheiro – Roberto Dinamite é o maior artilheiro de São Januário. Marcou 184 gols no Estádio, entre 1971 e 1992.

Fazendo a História


Está muito enganado quem pensa que São Januário só se confunde com a história do futebol. O presidente Getúlio Vargas (vascaíno, vale ressaltar) utilizava o estádio para falar ao povo brasileiro. As primeiras leis trabalhistas do Brasil, por exemplo, foram anunciadas em primeira mão em São Januário.
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Getúlio Vargas discursando no na tribuna de honra da Colina Histórica

O ex-jogador Roberto Dinamite é o maior artilheiro do estádio do Vasco. Ele fez 184 gols entre 1971 e 1992. Em seguida vem Romário, que fez o milésimo gol da sua carreira no estádio (fato homenageado com uma estatua em campo), o Baixinho fez 152 gol na Colina e para fechar esse pódio de ídolos, Ademir Menezes, o Queixada, com 94.
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Romário dá a volta olímpica após o seu milésimo gol, marcado em São Januário

Em 2008, São Januário ganhou o prêmio de "Maravilha da Zona Norte". O estádio ficou em primeiro lugar na votação que escolheu as sete maravilhas da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. E em 2002 o canal de televisão especializado em turismo Travel Channel incluiu São Januário numa seleta lista dos melhores estádios para se assistir uma partida. Faz parte dessa lista o Camp Nou, Bombonera, San Siro, entre outros.
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Edmundo mostrando seu amor pela Cruz de Malta em jogo na Colina Histórica

O Caldeirão Vascaíno

Depois de Colina, outro nome que a torcida gosta de chamar o estádio é "Caldeirão". O nome ganhou força com a canção que vem das arquibancadas "São Januário meu Caldeirão", criada em 2007 pela torcida. Confira a letra:
Vou torcer pro Vasco ser campeão São Januário, meu caldeirão
Vou torcer pro Vasco ser campeão São Januário, meu caldeirão
Vasco, tua glória é tua história
É relembrar
O Expresso da Vitória
Contra o River Plate, sensacional
Gol do Juninho, no Monumental
Ole ole ole ole ole ole olá
Ole ole ole ole ole ole olá

VASCO CAMPEÃO CARIOCA DE 2015 

Torcida do Vasco canta parabéns para Eurico, e presidente puxa o grito de "Casaca"



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