LITERATURA DE CORDEL



O que é literatura de cordel

Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma artística, uma manifestação cultural. Por meio da escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as histórias do povo — pelo próprio povo.

O nome de Cordel teve origem em Portugal, onde os livretos, antigamente, eram expostos em barbantes, como roupas no varal.



Literatura de Cordel - Os livros são pendurados em barbantes


Origens da literatura de cordel

As primeiras manifestações da literatura popular no ocidente ocorreram por volta do século XII. Peregrinos encontravam-se no sul da França, em direção à Palestina; no norte da Itália, para chegar a Roma; e ainda na Galícia, no santuário de Santiago.

Nesses encontros eram transmitidas as histórias e compostos os primeiros versos, de forma muito primitiva.

O que interessa para nós é que foi dessa forma que surgiram os primeiros núcleos de cultura regional que espalharam-se pela Europa e, posteriormente, pela América.

A literatura de cordel no Brasil

Devido ao atraso da chegada da imprensa por aqui e seu acesso pelo público, as produções literárias de populares tiveram seu apogeu apenas no século XX.

Nossa literatura de cordel é caracterizada, principalmente, pela poesia popular. A prosa aparece muito mais na forma oral, que passa de geração para geração.

Como é uma manifestação muito mais cultural do que intelectual, destaca-se em regiões onde a cultura é mais valorizada e delineada. Aqui no Brasil essas regiões são a Nordeste e a Sul.

Grandes autores da poesia popular brasileira

Centenas, talvez milhares de autores poderiam ser listados aqui, mas vou falar dos quatro mais conhecidos.

Leandro Gomes de Barros

Foi o mais importante e mais famoso autor da literatura de cordel brasileira. Seu livreto “O Cachorro dos mortos” vendeu mais de um milhão de exemplares.

História do Cachorro dos mortos

Trecho do livro “História do Cachorro dos mortos”, de Leandro Gomes de Barros

Os nossos antepassados
Eram muito prevenidos
Diziam: matos têm olhos
e paredes tem ouvidos
os crimes são descobertos
por mais que sejam escondidos

Em oitocentos e seis
na província da Bahia
distante da capital
3 léguas ou menos seria
Sebastião de Oliveira
ali num canto vivia

Ele, a mulher e duas filhas
e um filho já homem feio
o rapaz era empregado
e estudava Direito
o velho não era rico
mas vivia satisfeito

As duas filhas eram moças
honestas e trabalhadoras
logravam na capital
o nome de encantadoras
chamavam atenção de todos
as grandes tranças tão louras

Êsse velho era ferreiro
e ferreiro habilitado
vivia do seu ofício
plantando e criando gado
por 3 vezes enjeitou o cargo de delegado

Havia um vizinho dele
Eliziário Amorim
êsse tinha um filho único da espécie de Caim
enquanto o espanhol velho
até não era ruim

O filho dêsse espanhol
uma fera carniceira
veio provocar namôro com as filhas de Oliveira
uma delas disse a ele:
de nós não há quem o queira
Ele disse: tu não sabes
que meu pai possui dinheiro
em terras de criações
é o maior fazendeiro?
ela disse: o meu é pobre
planta, cria e é ferreiro

- Minha mãe tece de ganho
nós vivemos de costura
meu pai vive da sua arte
e de sua agricultura
meu irmão é empregado
para que maior ventura?

O sedutor conhecendo
seus planos serem debaldes
e só podia vencê-la
por meio da falsidade
que é a arma mais própria
onde existe a maldade
(…)

João Martins de Athayde

Autor popular que mais produziu. Comprou os direitos autorais de Leandro Gomes de Barros quando da sua morte, passando a editar também seus poemas.

Cuíca de Santo Amaro

O mais terrível poeta popular. Fazia denúncias contra corruptos e poderosos de sua época. Era amigo íntimo de Jorge Amado, que o incluiu como personagem em seus Tereza Batista, Cansada de Guerra e no conto A, morte de Quincas Berro D’água.

Cuíca de Santo Amaro


CUÍCA DE SANTO AMARO

Um cronista do cotidiano, mistura de trovador e repórter, infernizou a vida de Salvador, Bahia, dos anos 40 aos 60.

Batizado de José Gomes, foi com a alcunha de Cuíca de Santo Amaro que se celebrizou como um dos personagens mais importantes da história recente da cultura baiana.

Seus versos virulentos assustavam poderosos e gente comum, e não havia segredo guardado a sete chaves que escapasse do seu faro para escândalos, que tornava públicos na cidade através de cordéis.

Este foi, ao longo da vida, o seu ganha-pão. Venal para uns, genial para outros, uma coisa,
porém, ninguém nega: este personagem do século passado mantém uma atualidade singular, que não se insere em nenhum rótulo.
__________

José Gomes, o famoso Cuíca de Santo Amaro, cordelista respeitado, em Salvador. Fazia ponto no Elevador Lacerda e era uma figura conhecida e amada pelos baianos. Foi uma espécie de reporter e cronista do cotidiano da Bahia. Era muito querido e respeitado; sobreviveu até à morte, da venda dos seus cordéis, vindo a falecer em 1964.
Aparecia um fato intrigante, um marido traído, uma fofoca de patrão com a empregada, um assassinato, a mulher de Brotas (que capou o marido), logo, logo, lá estava Cuíca com seu cordel a verberar na fila do Elevador Lacerda, ponto mais movimentado de Salvador.
E sua freguesia era fiel.



Ao grande Cuíca de Santo Amaro, in memoriam

Cuíca de Santo Amaro
Grande fidalgo baiano
Morava em São Salvador...
Um bom cronista, de faro,
Contava o cotidiano
Do coitado e do doutor...

Viveu há cinqüenta anos
Na cidade da Bahia
Que lhe rendia homenagem...
Os seus versos mais insanos
Traziam humor e alegria
E lhe abriam passagem...

Lembro o Elevador Lacerda
bem perto do meio-dia:
A multidão apressada
E gente que andava lerda
Dois minutinhos perdia
Pra ficar bem informada...

Bengala e óculo escuro
Cuíca, bem alto, lia
O seu cordel encantado...
Tinha gente sobre o muro
Que sua voz, atenta ouvia
Sobre fato consumado...

Era cego de nascença
Um cantador diferente
Que contava cada história...
Pra êle, não tinha crença
Fosse inimigo ou parente,
Que escapasse da memória...

Mulher que capou marido
Filho que matou o pai
A boazuda do patrão...
O Cuíca era inxirido
Bota pra fora o que sai
Tudo o que lhe vem à mão...

Seus livretos pendurados
No varal improvisado
Custavam o valor de um pão...
E todo o mundo queria
Participar da alegria
Que tinha em seu coração...

Ricardo De Benedictis

Antônio Barreto

Além de cordelista, Antônio Barreto é poeta e professor. Graduado em Letras e Pós-graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira, lamenta a falta da cadeira do cordel na academia.


Por Sá de João Pessoa em
Out 07 2008, às 13:05pm

EXPLICAÇÃO

Lucélia Pardim, André,
Júlia, Salomão, Gabi,
Iara, Alex e Aline,
Que bom ver vocês aqui
Todo mundo neste “Lendo”,
Estudando e aprendendo,
O que eu nunca aprendi…

Digo isso só porque
Tudo que sei e escrevo,
Da nossa literatura,
Arte de muito relevo,
Diploma de Faculdade
Adquiri com a idade,
Somente aos poetas devo.

A poesia popular
Já foi demais atacada,
Por seu estilo brutal
Por todos é criticada,
Quantas vezes já ouvi
Se divulgar por aí
Que ela está enterrada.

No entanto sobrevive
Aos mais duros terremotos,
Quanto mais é desprezada
Mais aumentam seus devotos,
Resistiu aos furacões,
Superou todos os senões,
Nos países mais remotos.

Não pensem que é só aqui
Em nossa terra menina
Que o cordel é cantado,
Tal e qual ouro da mina,
A poesia de cordel
Brota do favo igual mel
Nesta América Latina!

Muitos de nossos poetas,
Como Drummond de Andrade,
Beberam água das fontes
De excelente qualidade,
Para “Maria e João”
Ele achou inspiração
Que não tem na faculdade.

Não sei se dei o exemplo
Igual que a ciência pede,
A poesia de cordel
Não se conta nem se mede,
Com esses versos à toa
Este Sá de João Pessoa
Com carinho se despede.

FIM

 

Literatura de Cordel


Por Marcia


No canto dos trovadores, a voz rasgada do povo



“Veja só quanta miséria/veja só quanta agonia/veja a que ponto chegou a nossa Bahia/o povo sem trabalhar/por falta de energia” (Cuíca de Santo Amaro). Um dos poetas mais conceituado do Brasil foi o baiano Cuíca de Santo Amaro, autor do famoso “O homem que inventou o trabalho”. Seu verdadeiro nome era José Gomes (1907/1964) e os seus primeiros trabalhos começaram, a ser divulgados em 1927. Figura controvertida, amigo de grandes personalidades da época, inclusive de Getúlio Vargas, preso algumas vezes por causa de sua mordacidade – Cuíca era um poeta satírico na linha de Gregório de Matos -, personagem de livros feitos na Bahia para alguns era um engodo e para outros era a maior expressão em literatura de cordel no Brasil. Em mais de trinta anos de atividade literária, o poeta Cuíca de Santo Amaro documentou da maneira mais completa a vida cotidiana baiana. Problemas como a carestia do povo, os costumes, os usos e a moral vigentes na cidade de Salvador, os crimes, os desastres e os pequenos casos escabrosos da vida particular baiana.

Outro consagrado cordelista é Minelvino Francisco Silva (1926/1999), o trovador Apóstolo. Ele é autor de ABC dos Tubarões, e História do Touro que Engoliu o Fazendeiro. A característica mais marcante do trovador é sem dúvida, o seu acentuado senso crítico, além da sua capacidade para fazer rimas. Mas nem sempre o trovador utiliza dos seus versos para glosar. Há folhetos só de exaltação como “A Chegada de Catulo no Céu”, de Rodolfo Cavalcante. Rodolfo (1917/1987) é autor de obras como ABC da Carestia e As Belezas de Brasília e as Misérias do Nordeste. Ele lutou a favor da classe dos poetas de bancada. Publicou artigos em jornal, organizou congressos e fundou associações e agremiações e com isso, tornou mais digna e representativa a classe dos poetas populares. “Não vês a nossa política/prometendo endireitar/a gente passando fome/tudo subindo subindo/a gente se sucumbindo/o mundo vai se acabar”.

É comum na literatura de cordel – diz o crítico Carlos Alberto Azevedo – o culto do herói: Zé Garcia, João Grilo, Vira Mundo, Padre Cícero, Frei Damião e tantos outros, pois que os folhetos decantam a personalidade de um injustiçado, beato ou “santo”. O herói da literatura popular é forjado na própria estrutura social rural, seja em qualquer zona fisiográfica da região (mata, agreste, sertão). O herói é aquele que se rebela contra o statuo quo. Seja ele sertanejo forte e corado ou um Zéamarelinho ancilostizado da zona da mata.

“Com esse aperto de vida/o povo que nada pode/pra se esquecer da fome/leva tudo no pagode/agora, na eleição/nas urnas de Jaboatão/o povo votou num bode/não é coisa de poeta/nem é boato inventado/o caso foi verdadeiro/o rádio tem divulgado/se a gente que não crê no jornal tem o clichê/do bode fotografado” (A Vitória de Cheiroso, o Bode Vereador, de Delorme Monteiro e Silva). A temática da seca atinge o ápice da expressão comunicativa, enquanto crônica, narrativa, protesto político-social, jornalismo na literatura de cordel. É preciso não esquecer que, até meados do século XX, tanto o folheto quanto o poeta popular, que improvisava e cantava nas feiras livres nordestinas, os casos e "causos", exerciam a função comunicativa que hoje cabe à mídia, em particular, ao rádio e à televisão.

"A Triste partida", de Patativa do Assaré, cantada por Luiz Gonzaga, talvez seja a síntese de tudo que pode acontecer e se relacionar à seca, não passando despercebido da sensibilidade do poeta popular, conforme se observa nos versos: “Setembro passou/Outubro e novembro/Já tamo em dezembro/Meu Deus, que é de nós?/Assim fala o pobre/Do seco Nordeste/Com medo da peste/E da fome feroz/A 13 do mês ele fez experiência/Perdeu sua crença nas pedra de sal/Mas noutra experiência com força se agarra/Pensando na barra do alegre Natal/Rompeu-se o Natal, porém barra não veio/O sol bem vermeio nasceu muito além/Na copa da mata buzina a cigarra/Ninguém vê a barra, pois barra não tem/Sem chuva na terra descamba janeiro/Depois fevereiro e o mermo verão/Entonce o nortista, pensando consigo/Diz: isso é castigo, não chove mais não/Apela pra março, que é o mês preferido/Do santo querido, o senhor São José/Mas nada de chuva, tá tudo sem jeito/Lhe foge do peito o resto de fé/Agora pensando ele segue outra trilha/Chamando a família começa a dizer:/Eu vendo o meu burro, meu jegue, o cavalo/Nós vamo a São Paulo vivê ou morre...”

Juscelino Kubitscheck, João Goulart e Jânio Quadros foram os presidentes cantados sobretudo em poemas circunstanciais, após suas eleições, no momento de sua instalação no poder e no momento do encerramento de suas funções. Convém juntar o nome de Getúlio Vargas onde o número de folhetos sobre o presidente gaúcho, após sua morte em 1954, é bem superior ao número de folhetos de cada um de seus sucessores. “Amigo agora peço/a vossa honrada atenção/vou rimar, entre soluços/que me vêm do coração/as horas, tristes, amargas/da morte de Dr.Vargas/Presidente da Nação” (A Vida e Tragédia do Presidente Getúlio Vargas, de Antonio Teodoro dos Santos).

A literatura de cordel é um importante meio de expressão popular com valor informativo, documental e de crônica poética e histórica. O cordelista ao mesmo tempo é poeta e jornalista, conselheiro do povo e historiador popular. Em 100 anos de existência a literatura de cordel testemunha a longa evolução percorrida durante mais de um milênio pela literatura européia: a transformação de sua “literatura oral” em literatura na concepção moderna do termo. No Brasil, os encontros, as pelejas, as narrativas de encantamento, os folhetos "de época" vão continuar percorrendo o sertão. E hoje, o cordel é objeto de estudo de vários especialistas. Vida longa ao cordel!.

...E ASSIM NASCEU CHAVES





Chaves (Portugal)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Coordenadas: 41° 45' N 07° 32' O

Brasão de Chaves












Bandeira de Chaves















Torre de menagem do Castelo de Chaves

Gentílico: Flaviense
Área: 591,22 km²
População: 41 243 hab. (2011)
Densidade populacional: 69,76 hab./km²
N.º de freguesias: 51
Fundação do município(ou foral): 1258
Região (NUTS II): Norte
Sub-região (NUTS III): Alto Trás-os-Montes
Distrito: Vila Real
Antiga província: Trás-os-Montes e Alto Douro
Orago: Santa Maria Maior
Feriado municipal: 8 de Julho
Código postal: 5400-150 Chaves
Endereço dos Paços do Concelho: Largo de Camões
Endereço de correio eletrónico municipio@cm-chaves.pt

Chaves é uma cidade portuguesa do Distrito de Vila Real, Região Norte, sub-região do Alto Trás-os-Montes, com uma população (em 2011) de 16 466 habitantes no seu perímetro periurbano. A cidade de Chaves em sentido restrito está dividida em três freguesias: Madalena, Santa Maria Maior e Santa Cruz - Trindade.

É sede de um município com 591,22 km² de área e 41 243 habitantes (2011), subdividido em 51 freguesias. O município é limitado a norte pela Espanha, leste pelo município de Vinhais, a sudeste por Valpaços, a sudoeste por Vila Pouca de Aguiar e a oeste por Boticas e Montalegre. Como principais vias de acesso apresenta a EN103 (começa em Neiva, perto de Viana do Castelo, onde entronca com a EN13, e prolonga-se por uma paisagem multifacetada pelo Este do Alto Minho, e por toda a zona Norte de Trás-os-Montes, passando por localidades como Braga, Chaves, Vinhais, até acabar em Bragança) e a A24(Chaves-Viseu). Apresenta também uma zona industrial com várias empresas de destaque regional. Pode-se afirmar que é uma aldeia empreendedora pois, a nível de turismo, apresenta casas de turismo rural e bons restaurantes para os grandes apreciadores de gastronomia Transmontana.

História de Chaves

Ponte de Trajano - Chaves

Os vestígios presentes na região de Chaves, legados da Pré-História, levam a admitir a existência de atividade humana no Paleolítico. São em grande quantidade os achados provenientes do Neolítico, do Calcolítico de Mairos, Pastoria e de S.Lourenço, dentre outros locais, e das civilizações proto-históricas, nomeadamente nos múltiplos castros situados no alto dos montes que envolvem toda a região do Alto Tâmega.

As legiões romanas que, há dois milénios, conquistaram aquelas terras instalaram-se de essencialmente no vale fértil do Tâmega, exatamente onde hoje se ergue a cidade e, construíram fortificações pela periferia, aproveitando alguns dos castros existentes.

Construíram muralhas protegendo o aglomerado populacional; construíram a majestosa ponte de Trajano; fomentaram o uso das águas quentes mínero-medicinais, implantando balneários Termais; exploraram minérios, filões auríferos e outros recursos naturais. Tal era a importância desse núcleo urbano, que foi elevado à categoria de Município no ano 79 d.C. quando dominava Tito Flávio Vespasiano, o primeiro César da família Flávia. Daqui advém a antiga designação Aquæ Flaviæ da atual cidade de Chaves, bem como o seu gentílico — flaviense.

Calcula-se pelos vestígios encontrados que o núcleo e centro cívico da cidade se situava no alto envolvente da área hoje ocupada pela Igreja Matriz. Ainda hoje lembra a traça romana, com o Fórum, o Capitólio e o Decúmanus, que seria a rua Direita. Foi nessa área que foram e ainda são (2006) encontrados os mais relevantes vestígios arqueológicos, expostos no Museu da Região Flaviense, como o caso de uma lápide alusiva a um combate de gladiadores.

Madalena e o Tâmega - Chaves

O auge da dominação romana verificou-se até ao início do século III, aquando da chegada gradual dos vulgarmente apelidados bárbaros. Eram eles os Suevos, Visigodos e Alanos, provenientes do leste europeu e que puseram termo à colonização romana. As guerras entre Remismundo e Frumário, na disputa do direito ao trono, tiveram como consequência a quase total destruição da cidade, a vitória de Frumário e a prisão de Idácio, notável Bispo de Chaves. O domínio bárbaro durou até que os mouros, oriundos do Norte de África, invadiram a região e venceram Rodrigo, o último monarca visigodo, no início do século VIII.

Com os árabes, também o islamismo invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo, o que causou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas a noroeste, com inevitáveis destruições. As escaramuças entre mouros e cristãos duraram até ao século XI. A cidade começou por ser reconquistada aos mouros no século IX, por D. Afonso, rei de Leão que a reconstruiu parcialmente. Porém, logo depois, no primeiro quartel do século X, voltou a cair no poder dos mouros, até que no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar novamente de muralhas. já aqui prosperava uma importante Judiaria,cuja Sinagoga se situava num edificio entre a Travessa da Rua Direita,e a Rua 25 de Abril. O edifício existe,de grande portal encoberto e em degradação(aqui chamado "casa de rebuçados da espanhola"), em lugar cimeiro do típico casario das "muralhas novas".

Foi então por volta de 1160 que Chaves integra o país, que já era Portugal, com a participação dos lendários Ruy Lopes e Garcia Lopes, tão intimamente ligados à história da terra.

Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque de invasores e como medida de protecção D. Dinis (1279-1325), mandou levantar o castelo e as muralhas que ainda hoje dominam grande parte da cidade e a sua periferia. Cenário de vários episódios bélicos no século XIX celebra a 20 de Setembro de 1837, a Convenção de Chaves, após o combate de Ruivães, que pôs termo à revolta Cartista de 1837, ou revolta dos marechais. Neste concelho,na freguesia de Calvão,aconteceram várias aparições Marianas na década de 1830,foi aí construído o Santuário da Senhora Aparecida.

A 8 de Julho de 1912 travou-se um combate entre as forças monárquicas de Paiva Couceiro e as do governo republicano, chefiadas pelo coronel Ribeiro de Carvalho, de que resultou o fim da 2ª incursão monárquica. Os intervenientes republicanos desse combate foram homenageados na toponímia de Lisboa, com a designação de uma avenida, a Avenida Defensores de Chaves, entre a Avenida Casal Ribeiro e o Campo Pequeno. A 12 de Março de 1929 Chaves foi elevada à categoria de cidade.

Topónimos O primeiro livro impresso em português

Em 1488 foi impressa, provavelmente em Chaves, uma versão portuguesa do Sacramental de Clemente Sánchez de Vercial, considerado o primeiro livro impresso em língua portuguesa, e em 1489 e na mesma cidade, foi impresso o Tratado de Confissom.

O Sacramental é uma obra de pastoral redigida por Clemente Sánchez de Vercial em 1423. Teve uma grande expansão na Península Ibérica, quer manuscrita, quer impressa. Conhecendo-se mais de uma dezena edições entre finais do século XV e meados do século XVI, altura em que foi colocada no Index dos livros proibidos. O Sacramental é um relato pormenorizado da forma de vida do homem medieval em todos os momentos, com temas como a alimentação, as relações familiares e sociais, a relação com o mistério de Deus e o sagrado, o trabalho, o descanso, a saúde, a doença e a sexualidade, tornando-o um documento precioso para o estudo da sociedade medieval.

O Tratado de Confissom

O Tratado de Confissom (1489) é um manual instrutório do clero, na tarefa de ministrar o sacramento da penitência aos fiéis cristãos. O Tratado de Confissom, outra obra impressa em Chaves e um dos primeiros livros em língua portuguesa, é uma obra de cariz pastoral. Desconhece-se o seu autor, talvez pelo fato de no único exemplar existente na (Biblioteca Nacional de Lisboa) lhe faltar a página de rosto. O Tratado de Confissom, foi descoberto em 1965 por Pina Martins, que o publicou em edição diplomática em 1973, com um estudo introdutório. Em 2003, José Barbosa Machado publicou uma nova edição e um estudo linguístico, propondo a hipótese de a obra ser uma tradução do castelhano feita entre finais do século XIV e princípios do século XV, contrariando assim a opinião comum de que a obra fora redigida pouco antes da sua impressão.

Desta forma a impressão tipográfica ou mecânica, em língua portuguesa entrava em Portugal por Chaves. Só na década de noventa do século XV seriam impressos livros em Lisboa, no Porto e em Braga.

Titus Flavius Vespasiano

Estoria de Vespasiano, 1496 Titus Flavius Vespasiano

O segundo livro ilustrado e impresso em Portugal é a "Estoria de muy nobre Vespesiano emperador de Roma", que saiu do prelo em Lisboa, em 1496; as gravuras são de origem alemã. Em 20 de Abril de 1496, foi concluída a impressão desta novela de cavalaria, obra em língua portuguesa.

O Impressor Valentim Fernandes é figura mais destacada da prototipografia em Portugal. Impressor alemão obteve privilégios de impressão em Portugal a partir de 1495. Conhecem-se dezoito livros por ele impressos, seis dos quais produzidos no século XV.

Recursos hídricos

A diversidade do recurso natural água existente no Concelho de Chaves, que tem vindo a ser potenciado na região, resulta da conjugação feliz de processos que ocorrem quer à superfície quer em profundidade. As águas minerais são uma evidência clara da tectónica de fraturação ativa e recente. O grande acidente tectónico que passa em Chaves é o fator principal. Esta falha de Penacova-Régua-Verín, é uma falha activa com movimento de desligamento e uma extensão longitudinal de cerca de quinhentos quilómetros, permitindo a sua interligação com outras falhas, a ocorrência de fenómenos hidrogeológicos, tais como nascentes minerais e termais. De referir, a exploração das águas de Campilho e de Salus Vidago na Vila de Vidago, e a exploração das águas das Caldas ou Termas, bicarbonatadas, sódicas, gaso-carbónicas, silicatadas e levemente fluoretadas que brotam a uma temperatura de 73 °C , na cidade de Chaves, dotando o Concelho de potencialidades hídricas ímpares no contexto nacional e de projeção no plano internacional.

Evolução da população - 1864 a 1991

Analisando a evolução da população do concelho de Chaves, nestes 127 anos, verifica-se uma subida de, aproximadamente, 29% no seu total, o que significa que o valor da população passa de 31.815 em 1864 para 40.940 em 1991 (INE).

Esta subida não é homogénea nem gradual, especialmente nos períodos de 1878 a 1890 (em que se regista um acréscimo de 19,6%), e 1960 a 1970 em que houve uma quebra aproximada de 24%. É notório que o período de 1864 a 1920 tem ritmos de evolução idênticos aos de 1920 a 1991, embora os volumes dessa variação sejam distintos. Por outro, lado tal como a partir de 1920 se quebrou o ciclo da emigração transatlântica (crise económica), configura-se a partir de 1991 a quebra do ciclo da emigração europeia já que, novos horizontes se desenharam para a Europa com o Tratado de Maastricht.

No que respeita às freguesias do concelho é interessante verificar que, das 45 que o constituíam em 1864 (e para um período de mais de cem anos), 31 apresentam valores de população mais baixos em 1991 que os registados no primeiro recenseamento. Verificamos ainda que o aumento de 29% no total do concelho para o período referido se deve, essencialmente, ao crescimento das freguesias urbanas registado durante as décadas de 70 e 80. As freguesias da periferia montanhosa assistem a partir de 1960 a constantes recidivas na sua população. Este fenómeno é bem conhecido pois, as cidades, crescem com a particularidade de as populações se acumularem progressivamente na periferia contígua (uma periferia cada vez mais ampla), enquanto nos seus limites administrativos, algumas aglomerações urbanas, registam mesmo decréscimo demográfico.

Este abandono do meio rural montanhoso e excêntrico não é exclusivo de hoje, já Estrabão havia referido que os povos da Península habitavam lugares montanhosos e dispersos por pequenas povoações; depois, César, obrigou-os a abandonar esses locais para habitarem nas planícies. Isto, ao que parece, foi naturalmente uma estratégia dos romanos para mais facilmente os dominarem e controlarem hoje, contudo, as motivações são outras. As gentes da montanha são novamente obrigadas a habitarem as planícies, conduzidas agora pela necessidade de sobrevivência económica. Assiste-se na actualidade a um fenómeno semelhante ao descrito por Estrabão por volta do ano de 58 a.C.

Densidade populacional

Madalena e o Tâmega - Chaves

No concelho de Chaves, desde 1900 a 1960, a densidade populacional tem vindo a aumentar e, aos 62,3 hab./Km2 no início do século, sobrepõem-se em 1960, 96,9 hab./Km2, o que é superior à média nacional, que neste mesmo ano foi de 93,8 hab./Km2. Estes números traduzem claramente o aumento da população verificado neste período.

Na década de 1960, registou-se uma queda geral nas densidades, não só do concelho, como também do distrito e mesmo do continente. Assim, Chaves (concelho) passou de 96,9 hab./Km2 no início desta mesma década para 73,7 hab./Km2 em 1970. O distrito de Vila Real, em 1970 registou apenas uma densidade populacional de 62,6 hab./Km² e o continente de 91,9 hab./Km². Neste período, as densidades embora tenham sido superiores às do distrito foram, todavia, inferiores à média nacional devido ao saldo migratório negativo (-21.448 pessoas no concelho).

No que respeita às freguesias nota-se em algumas, valores mais baixos que os registados em 1900 (é o caso de Vilarelho da Raia). Na década seguinte devido à menor saída da população (saldo migratório negativo em -1432 indivíduos), a densidade voltou a aumentar no concelho, sendo de 77,7 hab./Km2 valor que é superior ao do distrito (62,3 hab./Km2). É claro que a densidade aumentou mais no centro urbano e freguesias contíguas em detrimento da zona rural do concelho que registou decréscimo em várias freguesias .

Este crescimento verificado no núcleo urbano deve-se, fundamentalmente, à expansão do sector terciário, tanto na área dos serviços como na do comércio. Isto revela claramente a atracção que o centro exerce sobre as populações vizinhas. Assim, a Norte do centro urbano e ao longo do rio, as densidades populacionais são mais elevadas que na região análoga a sul. No entanto, regista-se como excepção Vidago (vila) que, em 1981, possuía 219 hab./Km2, sendo a freguesia com maior densidade logo a seguir a Chaves (hoje dividida em três, Santa Maria Maior, Madalena e Santa Cruz-Trindade), e que contava, no mesmo ano, com 1170,3 hab./Km2.

Monumentos

*Ponte de Trajano
*Largo do Pelourinho
















*Torre de Menagem
*Igreja da Madalena vista do rio
*Igreja da Madalena
*Ponte de Trajano e Ex-Libris
*Castelo de Monforte

















*Castelo de Santo Estêvão
*Biblioteca Municipal de Chaves

















*Madalena e o Tâmega - Chaves
*Forte de S. Neutel
*Câmara Municipal















*Museu Flaviense
*Porta de S. Neutel
*Fonte de S. Neutel















Igrejas e capelas

*Igreja de Santa Maria Mayor

















*Igreja da Misericórdia
















*Igreja da Madalena
*Fachada da Igreja da Madalena















*Igreja da Lapa
*Igreja dos Salezianos
*Capela da Santa Cabeça
*Capela da Madalena
*Capela de S.Roque
*Capela da rua Primeiro de Dezembro
*Capela de Santo Amaro ou S. Mauro

















*Capela do Senhor dos Passos
















*Capela e Cruzeiro de S. Bento
















Gastronomia

Entre os pratos típicos e os produtos gastronómicos de Chaves e do Alto Tâmega podem-se referir o presunto de Chaves e Barroso, o salpicão, as linguiças, as alheiras, a posta barrosã, o cabrito assado ou estufado, o cozido à transmontana, a feijoada à transmontana, os milhos à romana, as trutas recheadas com o famoso presunto de Chaves, os Pasteis de Chaves e o Folar, uma iguaria à base de massa fofa recheada de carne de porco, presunto, salpicão e linguiça, o Pão de centeio, Couve penca, Batata de Trás-os-Montes, mel e o seu apreciado vinho.

Tanto o presunto como os enchidos são secos e curados ao fumo das lareiras, sendo ingredientes fundamentais para a confecção do Folar de Chaves, especialidade culinária, característica da Páscoa, que é famosa, tal como os Pasteis de Chaves, uma especialidade local feita de massa folhada, com carne picada no interior. Os peixes mais típicos são os do rio Tâmega, barbos, escalos, bogas e trutas, sendo estas últimas recheadas habitualmente com presunto. Outros pratos da cozinha regional merecem ser destacados, como o cabrito estufado, a feijoada e o cozido à transmontana, os milhos e as rabanadas.

Pastel de Chaves











Presunto de Chaves











Folar de Chaves












Pão de centeio












Escola Superior de Enfermagem

A Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado, é uma instituição reconhecida de interesse público pelo Decreto-Lei nº 99/96 de 19 de Julho. Enquadrada no Ensino Superior Particular e Cooperativo, é regulamentado pelo Decreto-Lei nº 16/94 de 22 de Janeiro. Criada em 1993, pela Associação Promotora do Ensino de Enfermagem em Chaves, é uma Instituição sem fins lucrativos constituída pelas Câmaras Municipais do Alto Tâmega e Barroso e respectivas Santa Casa da Misericórdia, e ainda pela Santa Casa da Misericórdia de Cerva. atualmente, a universidade localiza-se no seu novo polo, em Outeiro seco.

* Curso de Licenciatura em Enfermagem (CLE).
* Curso de Complemento de Formação em Enfermagem (CCFE); dirigido a enfermeiros detentores do Grau de Bacharelato em Enfermagem.
* Curso de Formação Complementar em Enfermagem (CFCE), frequentado pelos alunos que concluíram o Bacharelato em Enfermagem no ano Lectivo 2000/2001.

Espaços públicos

*Árvores centenárias do Jardim Público na Madalena















* Largo da freiras
* Jardim público
* Paços do concelho
* Igreja Matriz
* Igreja da Misericórdia
* Capela de Santa Catarina
* Capela de Santa Cabeça
* Capela de São Bento
* Igreja da Madalena
* Igreja da domus flavie
* Santuário de São Caetano
* Santuário de Nossa senhora da Aparecida, calvão
* Santuário da Senhora do Engaranho, em castelões
* Termas da cidade

Cultura e desporto



* Museu da Região Flaviense
* Biblioteca Municipal de Chaves
* Centro Cultural de Chaves, possui os principais serviços técnico administrativos do Departamento Sociocultural, integrando a Divisão de "Cultura" e "Tempos Livres', de "Educação" e "Desporto" e de "Acção Social"
* Associação Chaves Viva, ao Centro de Recursos Educativos, á loja "ponto já" do IPJ e à Sala Multiusos.
* Associação flaviense
* Grupo Desportivo de Chaves

Jardim das Freiras
Fer.Ribeiro

O Jardim das Freiras foi um belo e emblemático jardim, no centro da cidade de Chaves que durante mais de 70 anos, coloriu e animou o coração da cidade. O Jardim foi completamente destruído e reconvertido num espaço de esporádicas iniciativas municipais, na primeira década do século XXI. De traçado plano e empedrado foi amplamente contestado e continua a despertar a indignação de especialistas e naturais que o frequentam. O Jardim das Freiras permanece como um espaço de memórias e lazer transversais a dezenas de gerações, enquadrando-se atualmente numa perspectiva de espaço desvalorizado e descontextualizado arquitectonicamente, determinado pela relação do mesmo com a arquitetura e traça envolvente.

O Jardim das Freiras de Chaves continua um espaço patrimonial e imaterial na memória flaviense, bem refletido nas emoções e protestos da população.

Associações locais

* Associação "S. Lourenço Desporto e Cultura"
* Associação cultural e recreativa da torre de ervededo
* Banda musical da torre de ervededo
* Clube desportivo e cultural de faiões
* Banda musical flaviense "os pardais"
* Banda musical de loivos
* Banda musical de rebordondo
* Banda musical da casa da cultura de outeiro seco
* Casa da cultura popular de outeiro seco
* Casa de Cultura de Vidago
* Confraria de Chaves
* Grupo Recreativo e Cultural da Freguesia da Cela
* Banda musical de vila verde da raia
* Associação cultural e recreativa da abobeleira
* Associação recreativa e cultural de vilela seca
* Associação recreativa e cultural de agrela de ervededo
* Associação Direcção Vidago Futebol Clube
* Veteranos do Grupo Desportivo de Chaves
* Ténis Clube de Chaves Tabolado
* Ribeirense Futebol Clube de Loivos
* Clube Flaviense de Caça e Pesca Cando
* Clube de Golfe de Vidago
* Clube de Caça e Pesca de Vidago
* Chaves Femini Clube
* Associação Regional de Ténis de Vila Real
* Karaté Clube do Alto Tâmega
* Grupo Desportivo de Ribeira d'Oura
* Associação de Futebol de Vila Real(Delegação de Chaves) Pavilhão Gimnodesportivo
* Hoquei Clube Flaviense
* Mundo da Música Flaviense (Futebol de 5)
* Sociedade Columbófila de Chaves
* Sociedade Flaviense
* Associação de Paraquedistas do Alto Tâmega Aeródromo Municipal de Chaves
* Motor Clube de Chaves
* Associação de Atletas Veteranos de T.O.M.A.D.
* Escola Futebol Chambila
* Ginásio Clube de Chaves
* Associação Desportiva de Santo Estêvão
* Natação Clube de Chaves
* Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Santo António de Monforte
* Grupo Desportivo, Recreativo e Cultural dos Ases da Madalena
* Coral de Chaves

Eurocidade Chaves-Verín

Verín
É um projeto que contou com o apoio dos Governos de Portugal e da Galiza, inequívoca e explicitamente confirmado nas intervenções dos respectivos representantes, aquando da cerimónia de apresentação oficial da Eurocidade Chaves-Verín, realizada a 18 de Dezembro de 2007, em Chaves.

Este projeto conta com apoios múltiplos, quer dos Governos de ambos os lados da fronteira, quer da EU, beneficiando das oportunidades decorrentes de ser reconhecido como um projeto pioneiro que se inscreve programação dos fundos estruturais e ter um efeito multiplicador em ambas as economias a longo-prazo".

Consubstanciando a construção de uma cidadania europeia a partir da base, muito próxima das necessidades efetivas dos cidadãos, a Eurocidade Chaves-Verín, segundo o responsável económico do Governo da Galiza, "constitui-se como verdadeiro laboratório de práticas de cooperação" a nível europeu, que vai ensaiar formas inovadoras de relacionamento transfronteiriço e de partilha de recursos em novas áreas como a Saúde, a Educação e a Formação, os Transportes e Comunicações, o Planeamento Urbano e as infra-estruturas empresariais e industriais.

Laços de cooperação históricos

O projeto da iniciativa das duas autarquias fronteiriças faz a convergência e mobiliza a vontade política e os meios e apoios de um conjunto de redes institucionais dos dois países, em que se incluem o Governo de Portugal e da Galiza, o Eixo-Atlântico, a CCRDN (Comissão Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte), não esquecendo as associações regionais de municípios do Alto-Tâmega, em Portugal, e a Mancomunidade, na Galiza. Nos termos do Programa Estratégico de Cooperação Galiza-Norte de Portugal - em que a Eurocidade Chaves-Verín se inscreve, destinado a dinamizar o desenvolvimento, a competitividade, a cooperação e as condições de vida nos dois territórios, prevê-se não só a criação de redes institucionais de cooperação territoriais e urbanas, mas também a convergência de Agências de Desenvolvimento, Universidades e Sistemas de Ciência e Tecnologia no sentido de impulsionar as vertentes de inovação, formação e qualificação do emprego como pilares da criação de uma Sociedade do conhecimento na Euroregião.

A Eurocidade

É um projeto de coesão social dos dois territórios fronteiriços vizinhos cuja fronteira e Tâmega não separa, antes pelo contrário forma um corredor natural entre as duas cidades e países"

Na base destas relações de redes regionais de cooperação, a Eurocidade Chaves-Verín alarga os impactos e oportunidades a um quadro territorial e populacional mais vasto que os dois concelhos. Chaves concelho conta com 45 mil habitantes, enquanto Verín soma 15 mil, somando os dois 60 mil habitantes. Mas se se contabilizar o Alto-Tâmega, que abrange 105 mil habitantes, e a Mancomunidade Verín-Monterrey, que agrupa sensivelmente 27 mil residentes, a área de influência conjunta dos dois concelhos que formam a Eurocidade estende a influência a um total de mais de 132 mil pessoas.

Destaca-se pelos dois municípios da raia o estudo, dinamização e viabilização de uma rede de transportes públicos de ligação directa entre Chaves e Verín. A área cultural avança de imediato através de uma Agenda Cultural comum Chaves-Verín. O mesmo acontecerá com o intercâmbio estudantil.

Tradições e festividades

Festas e Romarias

Dia do Município

* Celebração do dia da cidade: 8 de Julho
* Feira dos Santos em Chaves: 30, 31 de Outubro e 1 de Novembro
* N.ª Sra. das Brotas, Forte S. Neutel - Santa Maria Maior: Fim de Semana depois da Páscoa
* S. Bernardino - Casas Novas, Redondelo: 20 de Maio
* S. da Saúde - S. Pedro de Agostém: 31 de Maio
* S. Caetano - Ervededo: 2º domingo de Agosto
* N.ª Sra. Da Assunção - Vilela Seca: 15 de Agosto
* Senhor das Almas - Vila Verde da Raia: 1º domingo de Setembro
* N.ª Sra. Da Azinheira - Outeiro Seco: 8 de Setembro
* N.ª Sra. Aparecida - Calvão: 2º domingo de Setembro
* N.ª Sra. das Neves - Paradela de Monforte: 5 de Agosto
* Feira anual - S. Simão, Vidago: 28 de Outubro
* São Sebastião - Torre de Ervededo - 20 de Janeiro
* Nossa senhora da conceição - faiões - 20 de agosto
* Nossa senhora do engaranho - 1º domingo de setembro - castelões
* Dia do idoso - maio/junho - chaves
* Festa da ACR da torre de ervededo - 2º/3º semana de Maio
* S. Tiago e S. Caetano - Mairos: 3º Domingo de Agosto

Imprensa local e regional Jornais e publicações

* A Voz de Chaves (Publica Online no Diário Atual)
* Diário de Trás-Os-Montes
* Notícias de Chaves (Sítio Web inexistente)
* Semanário Transmontano (Publicações suspensas
* Jornal Intransigente (Publicações suspensas)

Rádios

* Rádio Larouco

Administração municipal

O município de Chaves é administrado por uma Câmara Municipal composta por 7 vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por 103 deputados.

* O Presidente da Câmara Municipal é João Gonçalves Martins Batista.

Zonas arqueológicas

* Cêrca de Vilas Boas.
* Castro da Ribeira de Vilarinho das Paranheiras.
* Facho de Castelões.
* Cêrca dos Mouros, de Muradelhas.
* Castro de Paradela de Monforte, de Paradela.
* Estação Arqueológica de Sigerei.
* Estação Arqueológica de Suzana em Seara Velha.
* Estação Arquelógica de Padieiros em Soutelinho da Raia.
* Estação Arquelógica de Alvoradinha em Vilarelho da Raia.
* Estação Romana de Quintela em Vilarelho da Raia.
* Estação Romana de Vale de Ermida em Vilarelho da Raia.
* Estação Romana de Carvalheiras em Vilarinho da Raia.
* Gravuras Rupestres de Pereira de Selão.
* Gravuras Rupestres de Outeiro Machado em Valdanta.
* Estação Arqueológica de Soutilha, em Mairos.
* Gravuras Rupestres da Moeda, Tripe, Outeiro do Salto, em Mairos.
* Castro da Tróia, em Mairos.

Freguesias

O concelho de Chaves é composto por 51 freguesias, 3 das quais urbanas:

* Águas Frias
* Anelhe
* Arcossó
* Bobadela
* Bustelo
* Calvão
* Cela
* Cimo de Vila de Castanheira
* Curalha
* Eiras
* Ervededo
* Faiões
* Lama de Arcos
* Loivos
* Madalena (urbana)
* Mairos
* Moreiras
* Nogueira da Montanha
* Oucidres
* Oura
* Outeiro Seco
* Paradela
* Póvoa de Agrações
* Redondelo
* Roriz
* Samaiões
* Sanfins
* Sanjurge
* Santa Cruz - Trindade (urbana)
* Santa Leocádia
* Santa Maria Maior (urbana)
* Santo António de Monforte
* Santo Estêvão
* São Julião de Montenegro
* São Pedro de Agostém
* São Vicente
* Seara Velha
* Selhariz
* Soutelinho da Raia
* Soutelo
* Travancas
* Tronco
* Vale de Anta
* Vidago
* Vila Verde da Raia
* Vilar de Nantes
* Vilarelho da Raia
* Vilarinho das Paranheiras
* Vilas Boas
* Vilela Seca
* Vilela do Tâmega

Flavienses ilustres

* António Joaquim Granjo














* Cândido Sotto Mayor
* Tenente Porfírio da Silva
* Francisco Gonçalves Carneiro
* José Guilherme Calvão Borges
* Guilherme Martins da Veiga Calvão
* Guilherme Almor de Alpoim Calvão
* Francisco da Costa Gomes
* Gayo Sevio Lupo
* Gentil de Valadares
* João Gonçalves da Costa
* Lourenço Pires Chaves
* Mário Carneiro
* Nadir Afonso
* Rodrigo Domingos de Sousa Coutinho Barbosa
* Mário Gonçalves Carneiro
* Agostinho de Sousa Pinto de Barros Cachapuz
* José Ferreira Lobo

Ilustres descendentes, estudantes e residentes

* António Gedeão (Rómulo de Carvalho), poeta
* Óscar Carmona, Presidente da República
* Manuel Valadares, cientista, Instituto Curie
* Rui Pereira, Ministro
* Francisco José Viegas, escritor
* Maria da Assunção Esteves, Presidente da Assembleia da República

A HISTÓRIA DA ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA PONTE PRETA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
  
 
 Nome: Associação Atlética Ponte Preta 
Alcunhas: Macaca, Ponte, Veterana, Alvinegra 
Torcedor/Adepto: Pontepretano 
Mascote: Macaca 
Estádio: Moisés Lucarelli Capacidade: 19.722 
Presidente: Sérgio Carnielli 
Treinador: Gilson Kleina 
Patrocinador: Atacadão Guarujá, GVT, Mack Color 
Material esportivo: Mega Sport 
Ranking nacional: 25º lugar, 1047 pontos 
 
Associação Atlética Ponte Preta é um clube brasileiro de futebol situado no bairro da Ponte Preta, em Campinas, Estado de São Paulo. Além de "Macaca", outro apelido, mais antigo, é "Veterana". Suas cores são o preto e o branco. A Ponte Preta é um dos clubes de futebol em atividade mais antigos do Brasil, ao lado do Sport Club Rio Grande, fundado 23 dias antes. Atualmente disputa o Paulistão - Série A1 e o Brasileirão - Série A  
 
História 
 
Ponte que deu origem ao bairro e ao time
hoje se encontra pichada.

  O surgimento do clube está diretamente ligado ao crescimento da cidade de Campinas. Em 1870, deu-se início à construção da ferrovia paulista, indo de Jundiaí a Campinas. A instalação dos trilhos requisitava a construção de uma ponte. A ponte era de madeira, e para melhor conservação, tratada com piche. Assim, enegrecida, surgiu a Ponte Preta. A partir daí, a região em torno da ponte virou o Bairro da Ponte Preta, em 1872. A Associação Atlética Ponte Preta surgiu em 1900, graças a vários alunos do colégio Culto à Ciência, que praticavam futebol no bairro da Ponte Preta, sendo portanto o time mais antigo do estado. É curiosa também a evolução do uniforme da Ponte. A faixa diagonal só foi adotada em 1944, porém invertida, da direita superior para a esquerda inferior. Em 1958, a faixa foi invertida para a posição atual. Durante a Década de 1970, adotou-se uniforme diferente, com calção preto e camisa branca com faixas verticais finas no lado esquerdo, sem a tradicional faixa diagonal. Em 1977, a tradicional faixa diagonal já tinha retornado. Hoje, no lugar do primeiro campo localiza-se a Igreja de Santo Antônio. O atual campo é o estádio Majestoso. Após sua inauguração, a Ponte Preta viveu uma de suas melhores épocas. Conseguiu o acesso sendo vice-campeã da 2ª divisão do Campeonato Paulista de 1951. Cai em 1960, volta em 1969 se sagrando Campeã da Divisão Especial. Vice-campeã Paulista em 1929 de 1970 de 1977 de 1979 de 1981 e 2008 e chegando às semifinais do Campeonato Brasileiro de 1981 e Copa do Brasil 2001, a Ponte Preta é uma das equipes mais tradicionais do futebol Paulista. Fez ótimas campanhas e atualmente disputa o Campeonato Paulista e o Campeonato Brasileiro da Série A. Retrospecto * 1912 - Campeã Campineira de Futebol - Taça "Liga Operária de Foot - Ball". * 1923 - Campeã da Zona Paulista (APEA) * 1925 - Campeã da 4ª Região do Interior (APEA) * 1927 - Campeã da Zona Mogiana (L.A.F.) * 1928-1929 - Bicampeã Paulista da Divisão Principal - 2º quadro (L.A.F.) * 1930 - Campeão Invicta da 4º Região APEA) * 1931 - Campeã Campineira * 1935-1936-1937 - Tri-campeã Campineira de Futebol - 1º e 2º quadro (L.C.F.) * 1951 - Campeã Amadora do Estado (45 partidas invictas) * 1969 - Campeã da Primeira Divisão de Profissionais - Acesso à divisão especial F.P.F. * 1970 - Vice- Campeã Paulista de Futebol - Primeiro clube do Interior Paulista a conseguir esta façanha em curto espaço após o acesso * 1970 - Primeiro clube do Interior a disputar o Campeonato Nacional * 1977 - Vice - Campeã Paulista de Futebol - Decisão com o Corinthians * 1979 - Vice-Campeã Paulista de Futebol - Decisão com o Corinthians * 1981 - Vice- Campeã Paulista de Futebol - Decisão com o São Paulo * 1981 - Campeã da Copa São Paulo de Futebol Jr. * 1981 - Campeã Paulista das Categorias Infantil, Juvenil e Júnior (F.P.F.) * 1981 - Campeonato Brasileiro - Terceiro Lugar * 1982 - Bi-Campeã da Copa São Paulo de Futebol Jr. * 1989 - Vice-Campeã da Intermediária Paulista. Decisão com o Ituano * 1991 - Campeã da Taça São Paulo de Futebol Infantil * 1991 - Campeã do Campeonato de Aspirantes da F.P.F. * 1993 - Campeã da Copa Luciano do Valle de Futebol Infantil * 1993 - Campeã do Campeonato Paulista Juvenil * 1997 - Campeã nas categorias Infantil e Juvenil da Taça Osmar Santos * 1997 - Vice-Campeã do CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE "B" * 1998 - Vice-Campeã da XXIX COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JUNIOR * 1998 - Vice- Campeã da X COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL INFANTIL * 1998 - Terceiro lugar no Campeonato Paulista Série A-2 * 1999 - Quarto lugar na XXX Copa São Paulo de Futebol Juniores * 1999 - Vice- Campeã do Campeonato Paulista Série A-2 * 2000 - 1º lugar da 1ª Fase do Campeonato Paulista Série A-1 - Troféu "Brasil 500 Anos da F.P.F.. - Troféu LANCE! Rei do Interior * 2001 - Terceiro lugar na Copa São Paulo de Futebol de Juniores * 2001- Terceiro lugar no Campeonato Paulista * 2001- Terceiro lugar na Copa do Brasil * 2008 - Campeonato Paulista de Futebol de 2008 Vice-Campeã Paulista * 2009 - Campeonato Paulista de Futebol de 2009 Campeão do Interior Paulista * 2011 - Acesso ao Campeonato Brasileiro da Série A de 2012 Em comemoração aos 111 anos de história do clube, no dia 9 de agosto de 2010, a Associação Atlética Ponte Preta inaugurou nas dependências do Estádio Moisés Lucarelli, o Memorial Ponte Preta. Com a presença de Sérgio Carnielli, atual presidente do clube, e do curador do Memorial, o historiador José Moraes do Santos Neto, a inauguração contou com a cobertura da imprensa campineira, que compareceu em peso, para prestigiar a iniciativa. O Memorial passa a ser uma importante forma de resgatar a memória do clube campineiro, que até então não tinha um espaço reservado para receber contribuições de torcedores, como camisas, fotos e outros objetos do passado. Com o espaço, a Ponte Preta prova que é o primeiro time do Brasil, em atividade ininterrupta. No memorial - composto por arquivo documental, acervo cultural e laboratório de memória audiovisual - podem ser encontradas como destaque as carteirinhas da década de 20, as figurinhas dos atletas da Ponte, que vinham em chiclete da época, o “carnê milionário” de 1975 e o troféu de campeão da divisão especial de 1969. 
Estádio Moisés Lucarelli
 Majestoso 
 
 
 Localiza-se na cidade de Campinas, no interior do estado de São Paulo, Brasil. Foi inaugurado em 12 de setembro de 1948 com capacidade para 35 mil espectadores, tendo sido construído com doações de material feitas por aficionados do clube. A construção levou seis anos. Atualmente, teve a capacidade diminuída para cerca de 20 mil pessoas, a fim de proporcionar maior conforto e obedecer às novas determinações legais. É possível que o seu recorde de público tenha sido no jogo entre Ponte Preta e Santos, em 16 de agosto de 1970, quando 33 500 espectadores pagaram ingressos para ver a vitória dos visitantes por 1 a 0. Porém, segundo historiadores, havia cerca de 40 mil torcedores dentro do estádio e mais quatro mil pessoas do lado de fora, sem conseguir entrar. No final desse campeonato paulista, a Ponte Preta conquistou o vice-campeonato. Oficialmente, o maior público é da derrota por 3 a 1 da Ponte Preta para o São Paulo, em 1.º de fevereiro de 1978: 37 274 (34 985 pagantes). É conhecido pelos torcedores do clube como Majestoso, porque sua capacidade quando da inauguração em 1948 era na época a terceira maior do Brasil, perdendo apenas para o Pacaembu, em São Paulo, e São Januário, no Rio de Janeiro. O Moisés Lucarelli é um dos poucos estádios do Brasil construídos por seus próprios torcedores e homenageia Moysés Lucarelli (1900-1978), presidente do clube por muitos anos e idealizador do estádio, que angariou fundos entre associados e pessoas da comunidade. Lucarelli não queria ser o patrono do estádio, mas a diretoria aproveitou-se de uma viagem dele à Argentina para colocar seu nome e teve de acatar a homenagem — apesar de o nome do ex-presidente ser grafado com Y, o nome oficial do estádio é grafado com I. Está localizado à Praça Dr. Francisco Ursaia, 1900 (número escolhido por ser o ano de fundação do clube), em Campinas. 
 
 A história da Ponte Preta é recheada de grandes jogadores, muitos com passagens pela Seleção Brasileira e equipes do futebol europeu. Dentre os inúmeros craques que vestiram a camisa da Ponte Preta, destacam-se: * Dicá, meia talentoso e exímio cobrador de faltas, considerado o melhor jogador da Ponte de todos os tempos * Carlos, goleiro do Brasil nas Copas do Mundo de 1978, 82 e 86 * Oscar, zagueiro do Brasil nas Copas de 1978, 82 e 86 * Polozzi, zagueiro do Brasil na Copa de 1978 * Juninho, zagueiro do Brasil na Copa de 1982 * Waldir Peres, goleiro do Brasil nas Copas do Mundo de 1974, 78 e 82 * Washington, centroavante do Brasil na Copa das Confederações de 2001, artilheiro do Campeonato Paulista de 2001, Copa do Brasil de 2001 e Campeonato Brasileiro de 2004 (o maior artilheiro em uma só edição do certame) * Luis Fabiano, atacante com passagens pela Seleção Brasileira, atualmente no São Paulo, começou sua carreira profissional na Ponte Preta, onde marcou gols importantes. Com o preço recentemente fixado em 40 milhões de Euros pela diretoria do clube espanhol, trata-se do atleta mais caro já revelado pela AAPP. Outros jogadores da Ponte com passagens pela Seleção Brasileira: Seleção Principal: Sérgio Guedes, André Cruz, Fábio Luciano, Mineiro Olímpica, sub-21: João Brigatti, Gabriel, Claudinho, Alexandre Negri Mais jogadores que fizeram história: Marco Aurélio, Nelsinho, Jair Picerni, Bruninho, Rodrigues, Samuel, Ciasca, Tuta, Dadá Maravilha, Nenê Santana, Chicão (anos 1970), Chicão (anos 1980), Monga, Pedro Luís, Marcelo Borges, Grizzo, Manfrini, Átis, Jorge Mendonça, Osmar Guarnelli, André Dias, Piá, Gigena, Fabio Luciano, Édson, Pitico e Regis Pitbull.
Fatos históricos
* A Ponte Preta foi a primeira equipe do Interior do Brasil a disputar um campeonato nacional, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, vindo a ser também a primeira equipe do interior no Campeonato Brasileiro, em 1971. * A Ponte Preta é o time do interior que chegou a mais decisões do Campeonato Paulista (5 vezes). * As maiores goleadas da Ponte em jogos oficiais foram 8 a 1 contra a Ferroviária (Campeonato Paulista de 1994) e 8 a 1 contra o Castanhal-PA (Copa do Brasil de 2001). * O recorde de público oficial do Majestoso é de 34.985, em vitória sobre o São Paulo em 1976, mas especula-se, que numa partida realizada entre a Ponte e o Santos em 1970, na qual os portões foram arrombados, tenham estado presentes cerca de 40.000 pessoas. * Morumbi e Olímpico (Porto Alegre), dois dos mais importantes palcos do futebol brasileiro têm seus recordes de público em vitórias da Ponte Preta. Em 1977, mais de 145.000 pessoas estiveram presentes no Morumbi para ver a Ponte bater o Corinthians por 2 a 1, de virada, pelo segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista. Em 1981, a Macaca bateu o Grêmio por 1 a 0 diante de 98.000 espectadores (85.000 pagantes) pela semifinal do Campeonato Brasileiro de Futebol. * Em 1978, a Ponte Preta cedeu três atletas para a Seleção Brasileira de Futebol disputar a Copa do Mundo. * A despedida do maior jogador de todos os tempos, Pelé dos gramados do futebol brasileiro se deu numa partida entre Associação Atlética Ponte Preta e Santos Futebol Clube, com vitória do Santos. * O mascote da Ponte é a Macaca. O apelido é utilizado no feminino pois se trata da Associação Atlética, substantivo feminino. Outras torcidas do interior se referiam à torcida da Ponte como Macacos pois eram vistos como arruaceiros.
  
Alô torcedor da macaca, não esqueça de dar uma olhadinha na história da cidade onde nasceu o clube de sua paixão! É só clicar em : - ...E assim nasceu". Matéria em construção...

...E ASSIM NASCEU CAMPINAS

CAMPINAS
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.





Município de Campinas
"Cidade das andorinhas"
"Princesa d'Oeste"

Catedral Metropolitana de Campinas













Estação de Transferência Moraes Sales - cruzamento com a Rua José Paulino












Estação de Campinas














Palácio da Mogiana













Monumento aos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 (Cemitério da Saudade)














Terminal Multimodal de Campinas















Campinas vista a partir do mirante da
Torre do Castelo














Bandeira de Campinas












Brasão de Campinas
Aniversário: 14 de julho
Fundação: 14 de julho de 1774 (237 anos)
Gentílico: campineiro
Lema: Labore virtute civitas floret
"No trabalho e na virtude a cidade floresce"
Prefeito(a): Pedro Serafim Júnior (PDT)(2009–2012)
Campinas está localizado em: Brasil
Localização de Campinas no Brasil
22° 54' 21" S 47° 03' 39" O22° 54' 21" S 47° 03' 39" O
Unidade federativa: São Paulo
Mesorregião: Campinas IBGE/2008
Microrregião: Campinas IBGE/2008
Região metropolitana: Campinas
Municípios limítrofes Norte: Jaguariúna;
Nordeste: Pedreira;
Leste: Morungaba;
Sudeste: Valinhos;
Sul: Indaiatuba e Itupeva;
Sudoeste: Monte Mor;
Oeste: Sumaré e Hortolândia;
Noroeste: Paulínia.
Distância até a capital: 96 km

Características geográficas
Área: 795,697 km²
População: 1 088 611 hab. (SP: 3º) – estatísticas IBGE/2011
Densidade: 1 368,12 hab./km²
Altitude: 685 m
Clima: tropical de altitude Cwa
Fuso horário UTC−3

Indicadores
IDH: 0,852 (SP: 8°) – elevado PNUD/2000
PIB: R$ 29 363 064,180 mil (BR: 10º - RMC: 1º) – IBGE/2008
PIB per capita: R$ 27 788,98 IBGE/2008

Campinas (pronuncia - se AFI: [kɐ̃ˈpinɐs]) é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Pertence à microrregião e mesorregião homônimas, localizando-se a noroeste da capital do estado, distando desta cerca de 96 km. Ocupa uma área de 795,697 km², sendo que 238,3230 km² estão em perímetro urbano e os 557,334 km² restantes constituem a zona rural. Em 2011 sua população foi estimada pelo IBGE em 1 088 611 habitantes, sendo que em 2010 era o terceiro mais populoso de São Paulo (ficando atrás somente de Guarulhos e da capital) e o 14º de todo o país.

A sede tem uma temperatura média anual de 22,4°C e na vegetação original do município predomina a mata atlântica. Com uma taxa de urbanização da ordem de 98%, o município contava em 2009 com 373 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,852, considerando-se assim como elevado em relação ao país, sendo o sétimo maior do estado. Campinas faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul.

Campinas foi fundada em 1774. Entre o final do século XVIII e o começo do século XX, a cidade teve o café e a cana-de-açúcar como importantes atividades econômicas. Porém, desde a década de 1930, a indústria e o comércio são as principais fontes de renda, sendo considerada um polo industrial regional. Atualmente é formada por três distritos, além da sede, sendo ainda subdividida em 14 administrações regionais, cinco regiões e vários bairros.

Décima cidade mais rica do Brasil, hoje é responsável por pelo menos 15% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro. Tem também diversos atrativos turísticos, com valor histórico, cultural ou científico, como museus, parques e teatros. A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, fundada em 1974, é considerada como uma das principais do país.

História

Origens e pioneirismo

Mapa da cidade no ano de 1878.
Até a primeira metade do século XVIII, Campinas não passava de uma área de mata pouco explorada. Naquela época, surgiu um bairro rural na Vila de Jundiaí (hoje Jundiaí), chamado "Mato Grosso", próximo a uma trilha feita por bandeirantes do Planalto de Piratininga entre 1721 e 1730, que seguia em direção ao atual estado de Tocantins. A instalação de um ponto de parada de tropeiros (chamado "Campinas do Mato Grosso" por ter sido erguido num descampado de uma mata fechada) impulsionou o comércio e atraiu moradores para o local.

Por volta do ano de 1772, os moradores daquela região reivindicavam a construção de uma capela, já que a igreja mais próxima do povoado situva-se em Jundiaí. A permissão foi concedida 1 ano mais tarde, demarcando-se, no dia 22 de setembro daquele ano, o local que seria destinado à construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, cujo nome foi recebido em homenagem a padroeira, escolhida por votação. A dificuldade das obras daquele tempo fez com que fosse construída uma capela provisória, em 1774.
No dia 27 de maio desse ano foi assinado um ato que dava a Francisco Barreto Leme do Prado o título de "fundador, administrador e diretor" do núcleo urbano a ser fundado. Em outro ato feito no mesmo dia, foi definida a medida das ruas e quadras, assim como a posição das casas, sendo esse o primeiro "plano urbanístico" recebido por Campinas. Poucas semanas depois, em 14 de julho de 1774, frei Antônio de Pádua, primeiro vigário da Paróquia, rezou a missa que inaugurava a capela provisória coberta de palha e feita às pressas. A partir daí, instalou-se definitivamente a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso e fundou-se a povoação.

Vista do centro da cidade em 1880.

Ainda nessa época, houve a chegada de vários fazendeiros oriundos de diversas cidades paulistas, como de Itú, Porto Feliz, Taubaté. Estes fazendeiros procuravam terras para cultivarem lavouras de cana e engenhos de açúcar, utilizando-se da mão-de-obra escrava que possuíam. De fato, também foi por motivação destes fazendeiros e do Governo da então Capitania de São Paulo que o bairro rural do Mato Grosso foi transformado em Freguesia, depois em Vila de São Carlos (1797) e posteriormente em Cidade de Campinas (1842).

Mapa de Campinas de 1929, mostrado as linhas ferréas que cortam a cidade (Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Estrada de Ferro Sorocabana e Companhia Mogiana de Estradas de Ferro)

Formação administrativa

Após a emancipação política de Campinas, ocorreram várias divisões distritais no território do município. A primeira mudança ocorrida foi a criação do distrito de Valinho (atualmente município de Valinhos), pela lei provincial nº 383, de 28 de maio de 1896. A última alteração feita pela lei estadual nº 8092, de 28 de fevereiro de 1964, emancipando de Campinas o município de Paulínia. Atualmente o município é constituído de cinco distritos: Campinas, Barão Geraldo, Joaquim Egídio, Nova Aparecida e Sousas.

Barão Geraldo foi criado pela Lei estadual nº 2456 de 30 de dezembro de 1953; Joaquim Egídio foi criado pela Lei estadual nº 5285 de 18 de fevereiro de 1959; Nova Aparecida foi criado pela Lei estadual nº 8092 de 28 de fevereiro de 1964; e Sousas foi criado pela Lei estadual nº 416 de 24 de julho de 1896.

Crescimento econômico

Até o final do Século XVIII a cana-de-açúcar era principal atividade de subsistência da região. Entretanto, naquela época, houve uma grande expansão das plantações de café. Os cafezais foram, com o passar do tempo, sendo cultivados no lugar da cana, colaborando para um novo e rápido ciclo de desenvolvimento da região campineira, o que fez com que a cidade recebesse uma grande demanda de trabalhadores, inclusive escravos, oriundos de diferentes regiões do país, que eram empregados nas plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas. A partir desse crescimento, também ocorreu um processo de modernização dos meios de transporte e de produção em Campinas.

A primeira metade da década de 1920 caracterizou-se pelo auge da produção cafeeira em grande parte do território paulista. Porém, no final dessa década, houve uma crise da economia cafeeira, atingindo grande parte do estado de São Paulo. A decadência da produção ocorreu pelo desgaste das terras da região, pelas geadas que acabavam com as lavouras, pela diminuição da exportação motivada pela alteração da qualidade do café, pela concorrência de outros países e pela crise econômica de 1929. Com a crise do café, a volta da cana-de-açúcar e a troca pela indústria e prestação de serviços, o que fez com que a fisionomia da cidade deixasse de ser ruralista e passasse a ser mais urbanística. Para seu novo projeto de planejamento, recebido do chamado "Plano Prestes Maia", no ano de 1938, foi feito um grande conjunto de ações voltado a reordenar seu crescimento urbanístico. Devido a estas melhorias ocorridas, houve um novo período de vinda de migrantes e imigrantes, que foram atraídos pelo projeto da construção de um novo parque produtivo, que seria composto de fábricas, agroindústrias e diversos estabelecimentos comerciais.

Entre as décadas de 1930 e 1940, Campinas passou a ser marcada pelo desenvolvimento demográfico das redondezas das fábricas então instaladas, dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantação - como a Rodovia Anhanguera (1948), a Rodovia dos Bandeirantes (1978), a Rodovia Santos Dumont (década de 1980), a Rodovia Dom Pedro I, Rodovia Governador Ademar de Barros, a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença e a Rodovia Professor Zeferino Vaz (ou Tapetão), que é o principal acesso à REPLAN (Refinaria do Planalto Paulista) -, fato que fez com que Campinas se consolidasse como importante entroncamento rodoviário. Os novos bairros que foram criados nessas áreas não contavam, originalmente, com uma boa infraestrutura e planejamento, entretanto conseguiram, com o passar do tempo, uma melhor condição de urbanização entre as décadas de 1950 a 1990.

História recente

Rodovia dos Bandeirantes, sentido Capital-Interior do Estado de São Paulo, na altura do trecho de Campinas.

A partir de 1998, a cidade vem assistindo a uma mudança acentuada na sua base econômica: perde importância o setor industrial (com a migração de fábricas para cidades vizinhas ou outras regiões do país), e ganha destaque o setor de serviços (comércio, pesquisa, serviços de alta tecnologia e empresas na área de logística).

Desde a década de 2000, graças a investimentos públicos e privados, a cidade vem alcançando seu equilíbrio econômico e social, tornando-se um município cada vez mais competitivo perante a Região Metropolitana de Campinas. Leis de incentivos para empresas que se instalarem na cidade foram criadas e a obra de ampliação da Rodovia dos Bandeirantes, cujo trajeto passa pelo município, trouxe novas possibilidades de desenvolvimento.

Campinas é hoje a principal força econômica da Região Metropolitana de Campinas, apresentando uma boa qualidade de vida, como é possível comprovar através de seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), além disso os índices de desemprego e violência, apesar de não estarem nos mesmos índices de outrora, ainda continuam baixos se comparado a cidades vizinhas. Também se destacam um moderno parque industrial e tecnológico — fruto de um plano de instalação de "tecnopolos", e renomadas instituições de ensino superior, como a Universidade Estadual de Campinas e a Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Também é em Campinas que se localiza o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

Geografia

Mapa da Região Metropolitana de Campinas.

A área do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 795,697 km², sendo que 238,3230 km² constituem a zona urbana e os 557,334 km² restantes constituem a zona rural. Situa-se a 22º54′21” de latitude sul e 47º03′39” de longitude oeste e está a uma distância de 96 quilômetros a noroeste da capital paulista. Seus municípios limítrofes são Paulínia, Jaguariúna e Pedreira, a norte; Morungaba, Itatiba e Valinhos, a leste; Itupeva, Indaiatuba e Monte Mor, a sul; e Hortolândia e Sumaré, a oeste.

Região Metropolitana

O intenso processo de conurbação atualmente em curso na região vem criando uma metrópole cujo centro está em Campinas e atinge vários municípios, como Sumaré, Americana, Indaiatuba, Hortolândia, Santa Bárbara d'Oeste, Valinhos, Itatiba e Paulínia. A Região Metropolitana de Campinas (RMC) foi criada pela lei complementar estadual 870, de 19 de junho de 2000, e atualmente é constituída por 19 municípios, sendo a nona maior aglomeração urbana do Brasil, com 2 798 477 habitantes.[8] É uma das mais dinâmicas no cenário econômico brasileiro e representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 7,83% do PIB paulista, ou seja, cerca de R$ 77,7 bilhões/ano.[18] Além de possuir uma forte economia, a região também apresenta uma infraestrutura que proporciona o desenvolvimento de toda a área metropolitana.

Campinas faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido, que ultrapassa os 29 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população do estado paulista inteiro. As regiões metropolitanas de Campinas e de São Paulo já formam a primeira megalópole (ou macrometrópole) do hemisfério sul, unindo 65 municípios que juntos abrigam mais de 12% da população brasileira.

Relevo e hidrografia

No limite do horizonte, vê-se a Serra do Japi a partir do mirante da Torre do Castelo, Região Norte de Campinas.

O ponto mais alto da cidade está próximo ao Observatório Municipal Jean Nicolini, localizado na Serra das Cabras, no distrito de Joaquim Egídio, a uma altitude de 1033 m. Dentro do perímetro urbano, entretanto, a região mais alta está no Jardim São Gabriel, a 780 m. de altitude. A menor altitude se verifica na região do Parque Itajaí, próximo ao Rio Capivari, a 555 m. Geomorfologicamente, a cidade de Campinas localiza-se em uma área de transição entre a Depressão Periférica Paulista, que é mais notada a oeste do município, e o Planalto Ocidental, mais perceptível a leste.

A bacia hidrográfica do rio Piracicaba, bacia que Campinas e região estão localizadas, estende-se por uma área de 12.531 km², abrangendo o sudeste do estado de São Paulo e extremo sul de Minas Gerais. Dentre os rios que cortam o município de Campinas, os principais são o Capivari, o Jaguari, o Capivari-Mirim e o Atibaia, sendo que este último citado é de especial relevância para o abastecimento de água do município, já que grande parte da captação é feita em sua bacia. Em 2001 estimava-se que 90% do esgoto doméstico urbano era lançado nele sem tratamento e que 20% do esgoto industrial gerado na região também seja lançado no Atibaia ainda não tratado. A cada dez casas de Campinas, em nove seus moradores usavam a água que era retirada do Atibaia. Apesar de possuir com um nível satisfatório de rios e córregos, a cidade enfrenta diversos problemas em relação à sua disponibilidade hídrica, tanto pela sua contaminação quanto pela sua escassez em determinadas épocas do ano. Campinas recebe anualmente cerca de 1,1 bilhão de m³ de chuvas, que escoam para os rios e córregos e, ainda, que infiltram no solo, reabastecendo o lençol freático.

Clima

Vista de Campinas durante uma tempestade.

O clima de Campinas é tropical de altitude (tipo Cwa segundo Köppen), com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 22,4 °C, tendo invernos secos e amenos (raramente frios de forma demasiada) e verões chuvosos com temperaturas moderadamente altas. O mês mais quente, fevereiro, conta com temperatura média de 24,9 °C, sendo a média máxima de 30,0°C e a mínima de 19,9°C. E o mês mais frio, julho, de 18,5 °C, sendo 24,8°C e 12,3°C a média máxima e mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição.

A precipitação média anual é de 1424,5 mm, sendo agosto o mês mais seco, quando ocorrem apenas 22,9 mm. Em janeiro, o mês mais chuvoso, a média fica em 280,3 mm. Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 30 °C, especialmente entre julho e setembro. Em agosto de 2010, por exemplo, a precipitação de chuva em Campinas não passou dos 0 mm. Durante a época das secas e em longos veranicos em pleno período chuvoso também são comuns registros de queimadas em morros e matagais, principalmente na zona rural da cidade, o que contribui com o desmatamento e com o lançamento de poluentes na atmosfera, prejudicando ainda a qualidade do ar.

A temperatura mínima registrada na cidade foi de -1,5°C, registrada no dia 25 de junho de 1918. Já a máxima foi de 39,0°C, observada no dia 17 de novembro de 1985. O maior acumulado de chuva registrado em 24 horas no município entre junho de 1988 e outubro de 2008 foi de 143,4 mm, no dia 25 de maio de 2005. Entre 1890 e 2004 houve 41 registros de geadas em Campinas. O mais recente foi em 18 de julho de 2000, quando a temperatura mínima chegou aos 2,2°C. Ocasionalmente também ocorrem episódios de forte ventania, com rajadas superiores a 100 km/h, e houve registros de formação de tornados no município dias 4 de maio de 2001 e 9 de março de 2008.

Ecologia e meio ambiente

Arborização na Praça Carlos Gomes, Centro de Campinas.

A maior parte da vegetação original que possuía na cidade, a Mata Atlântica, foi devastada. Assim como outros 13 municípios da Região Metropolitana de Campinas, o município sofre um grave estresse ambiental, sendo que Campinas é considerada como uma das áreas mais sujeitas a enchentes e assoreamentos e conta com menos de 5% de cobertura vegetal.

Para tentar reverter este quadro, vários projetos foram e estão sendo realizados e planejados, como a construção de corredores ecológicos, como a regulamentação do Plano de Gestão da Área de Preservação Ambiental (APA) de Campinas. Também há vários projetos ambientais para combater a destruição das matas ciliares localizadas às margens do rio Atibaia, que, como citado anteriormente, conta com um elevado índice de poluição de suas águas. Hoje Campinas abriga a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Santa Genebra, de 251 hectares, criada em 1985 e regulada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Prefeitura de Campinas e Fundação José Pedro de Oliveira. Atualmente já é a segunda maior floresta urbana do Brasil, ficando atrás apenas da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. A cidade também apresenta grandes bosques, como o Bosque dos Jequitibás (instalado em 1881), Bosque dos Alemães e Bosque dos Guarantãs.

Trilha do Bosque dos Jequitibás.

Na flora original campineira, há predomínio de árvores como o jequitibá-rosa (Cariniana legalis), a peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron) e o jatobá (Hymenaea courbaril), que chegam aos 25 metros de altura. Há um estrato arbóreo de 15 a 18 metros de altura, composto por diversas espécies como o jequitibá-branco (Cariniana estrellensis), o cedro-rosa (Cedrela fissilis), o pau-marfim (Balfourodendron riedellianum) e as figueiras (Ficus ennormis, Ficus glabra e Ficus guaranítica).[40] Na fauna destacam-se as aves tiê-do-mato-grosso (Habia rubica), a rendeira (Manacus manacus) e o tangará (Chiroxiphia caudata); os macacos bugio (Alouatta fusca) e macacos-prego (Cebus apella); os mamíferos gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), o gambá-de-orelha-preta (Didelphis marsupialis), a cuíca-de-cauda-grossa (Lutreolina crassicaudata) e a catita (Gracilinanus microtarsus); tatu-galinha (Dasypus novencintus), o tapiti (Sylvilagus brasiliensis), o caxinguelê (Sciurus ingrami), o ouriço-cacheiro (Coendou villosus), o ratão-do-banhado (Myocastor coypus), a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris), o preá (Cavea aperea) e o teiú (Tupinambis merianae). Também há o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o gato-mourisco (Felis yagouaroundi), o mão-pelada (Procyon cancrivorous), o furão (Galictis cuja), a jararaca (Bothrops jararaca) e a dormideira (Dipsas indica).

Demografia

Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1 080 999 habitantes, sendo o terceiro mais populoso do estado (atrás apenas de Guarulhos e da capital paulista) e o décimo quarto do país, apresentando uma densidade populacional de 1 358,56 habitantes por km². Campinas também é o município mais populoso tanto do interior paulista quanto do interior do Brasil. Segundo o censo de 2010, 521 209 habitantes eram homens e 559 790 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 1 062 453 habitantes viviam na zona urbana e 18 546 na zona rural. Já segundo estatísticas divulgadas em 2011, a população municipal era de 1 088 611 habitantes.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Campinas é considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Seu valor é de 0,852, sendo o oitavo maior de todo o estado de São Paulo (em 645 municípios); o décimo de toda Região Sudeste do Brasil (em 1666) e o 24° de todo Brasil (entre 5 507). A cidade possui a maioria dos indicadores elevados e acima com os da média nacional segundo o PNUD.

Pobreza e desigualdade

Vista noturna de condomínios de alto padrão no bairro Jardim Flamboyant (ao fundo) em contraste com barracos na Favela do Flamboyant.

Segundo o IBGE, no ano de 2003 o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social era de 0,42, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. Naquele ano, a incidência da pobreza, medida pelo IBGE, era de 9,83%, o limite inferior da incidência de pobreza era de 6,6%, o superior era de 13,06% e a incidência da pobreza subjetiva era de 7,29%.

O rápido crescimento da população entre as décadas de 1930 e 1940, provocado pelo desenvolvimento das grandes empresas da cidade naquela época, fez com que fossem criados novos bairros ao redor dessas indústrias. Muitos destes inicialmente não tinham uma boa infraestrutura, mas com o passar do tempo foram realizadas obras de urbanização.

Entretanto estatísticas mais atuais ainda mostram que existem áreas subdesenvolvidas no município, sendo que a região Sudoeste era onde estava localizada a maioria dos núcleos de pobreza. De acordo com a Unicamp, Campinas possuía 182 favelas e 127 647 habitantes moravam em aglomerações subnormais. 90% da população da Região Metropolitana de Campinas que vivia em condições precárias era de Campinas, ou seja, 13,17% dos habitantes do município. A Prefeitura mantém vários projetos habitacionais, de regularização fundiária e de aquisição de lotes em andamento, realizados através da participação popular e de parcerias com diversas organizações governamentais e não-governamentais.

Religião

Centro Islâmico de Campinas, uma das principais mesquitas do Brasil.

Campinas está localizada no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009, ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico.

Tal qual a variedade cultural verificável em Campinas, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos campineiros declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, espiritismo, entre outras. Nas últimas décadas, o budismo e as religiões orientais têm crescido bastante na cidade. Estima-se que existem mais de cem mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas. Também são consideráveis as comunidades judaica, mórmon, e das religiões afro-brasileiras. De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo IBGE, a população de campineira está composta por: católicos (68,39%), protestantes (18,31%), pessoas sem religião (7,32%), espíritas (2,31%), budistas (0,25%), judeus (0,04%) e outros (0,16%).

A Catedral Metropolitana é a sede da Arquidiocese de Campinas e o principal templo católico da cidade.

Igreja Católica Apostólica Romana

Segundo divisão feita pela Igreja Católica, o município está situado na Província Eclesiástica de Campinas, sendo sede dessa. Também faz parte da Arquidiocese de Campinas, criada como diocese em 7 de junho de 1908 e elevada à arquidiocese em 19 de abril de 1958, sendo subdividida em cinco dioceses sufragâneas (Amparo, Bragança Paulista, Limeira, Piracicaba e São Carlos). A Região Pastoral Campinas, a qual compreende todo o território campineiro, é composta de 51 Paróquias, duas "Quase-Paróquias", 251 Comunidades e 9 Capelas. Está dividida em oito Foranias: Bom Pastor, Coração de Maria, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora do Rosário, Santos Apóstolos, Cristo Rei, Padre Anchieta e Santa Cruz.

A Catedral Metropolitana de Campinas (também chamada de Catedral de Nossa Senhora da Conceição em homenagem a padroeira de Campinas), localizada na Praça José Bonifácio, centro da cidade, é considerada um dos principais templos católicos campineiros. Começou a ser construída em 1807 e só foi fundada em 1883, vindo a ser tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC) em 1988.

Igrejas protestantes

A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, a Igreja Cristã Maranata, Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana, as igrejas batistas, a Igrejas Assembleias de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras. Como citado acima, de acordo com o IBGE, em 2000 18,31% da população eram protestantes. Desse total, 12,76% são das igrejas evangélicas de origem pentecostal; 3,65% são das evangélicas de missão; 1,25% são das evangélicas sem vínculo institucional; e 0,65% pertencem a outras religiões evangélicas.

Outras denominações cristãs

Templo mórmon de Campinas.

Na cidade existem também cristãos de várias outras denominações, tais como as Testemunhas de Jeová (que representam 0,86% dos habitantes) e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,20%), também conhecida como Igreja Mórmon. O Templo de Campinas, aberto em maio de 1998, é um dos principais templos mórmons do país, atendendo a mais de 117 mil membros de 36 alas na região.

Etnias

Em 2010, segundo dados do Censo IBGE daquele ano, a população campineira era composta por 716 386 brancos (66,33%); 74 656 pretos (6,91%); 274 588 pardos (25,42%); 13 275 amarelos (1,23%); 1 043 indígenas (0,10%); além dos 165 sem declaração (0,02%).[53] A cidade recebeu imigrantes principalmente durante o século XX, que foram atraídos pelo grande crescimento das indústrias de Campinas, que exigiu mais trabalhadores, e também pelo desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar. Hoje, grande parte deles está concentrada na região conhecida como Pedra Branca, onde há predomínio de descendentes de japoneses, portugueses e italianos.

Os japoneses fundaram o Instituto Cultural Nipo Brasileiro de Campinas (Nipo Campinas) em 16 de maio de 1954, então com sede na Cooperativa Agrícola de Campinas. O Festival do Japão do Nipo Campinas é um evento realizado em homenagem à cultura japonesa e que conta com a presença de inúmeras autoridades e convidados artísticos. Mensalmente, desde 1994, sempre em um domingo, é realizada a Feira Oriental, onde são comercializados produtos da cultura do Japão. Os italianos se estabeleceram em núcleos coloniais de vários municípios da Região Metropolitana de Campinas e, no município, fundaram o Circolo Italiani Uniti de Campinas. A principal marca dos imigrantes portugueses deixada na cidade foi a criação da Beneficência Portuguesa de Campinas, hospital fundado em 20 de julho de 1873 que foi, em 1907, reservado pelo Reino de Portugal apenas para para atender os imigrantes portugueses locais. Quanto aos espanhóis, destaca-se a Semana Espanhola de Campinas, realizada anualmente desde 1996 pela Casa de Espanha de Campinas, que é um evento voltado para promover as tradições deixadas pelos espanhóis.

Política

Palácio dos Jequitibás, prefeitura de Campinas.

De acordo com a Constituição de 1988, Campinas está localizada em uma república federativa presidencialista. Foi inspirada no modelo estadunidense, no entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição romano-germânica do Direito positivo. A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.

Antes de 1930 os municípios eram dirigidos pelos presidentes das câmaras municipais, também chamados de agentes executivos ou intendentes. Somente após a Revolução de 1930 é que foram separados os poderes municipais em executivo e legislativo. O primeiro intendente que Campinas teve foi Antônio Álvares Lobo, que ficou no cargo entre 1892 e 1894, e o primeiro prefeito foi Orosimbo Maia. Em 56 mandatos, várias pessoas já passaram pela prefeitura. O eleito nas eleições municipais no Brasil em 2008 foi Hélio de Oliveira Santos, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que tomou posse no ano seguinte.[63] Ele obteve mais de 367 mil votos válidos, 67,03% do total do segundo turno, que foi realizado já que o município tem mais de 200 mil eleitores e nenhum dos candidatos conseguiu mais de 50% dos votos no primeiro turno. Porém Hélio e seu vice, Demétrio Vilagra, foram cassados por suspeitas de corrupção e atualmente quem assume o cargo de prefeito em Campinas é Pedro Serafim Júnior.

A Câmara Municipal de Campinas localiza-se no bairro Ponte Preta.

O Poder legislativo da cidade de Campinas é constituído pela câmara municipal, composta por 33 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição) e está composta da seguinte forma:[68] oito cadeiras do Partido Democrático Trabalhista (PDT); três cadeiras do Democratas (DEM); três do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); três do Partido Popular Socialista (PPS); três do Partido dos Trabalhadores (PT); três do Partido Socialista Brasileiro (PSB); duas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); duas do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); duas do Partido Verde (PV); uma do Partido Progressista (PP); uma do Partido Social Cristão (PSC); uma do Partido Comunista do Brasil (PCdoB); e uma do Partido da Mobilização Nacional (PMN).

Entrada do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.

O município de Campinas é regido por lei orgânica e é ainda a sede de uma Comarca. Até 2005, o Poder Judiciário estadual localizava-se no Centro, num prédio antigo, o Palácio da Justiça, mas mais conhecido como "Fórum", que já não tinha mais espaço para o crescimento da demanda, sendo substituído naquele ano pela Cidade Judiciária de Campinas, localizada no bairro Jardim Santana, Região Leste, um complexo que desde a inauguração já foi ampliado algumas vezes.

Em 2010, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do estado de São Paulo, Campinas se dividia em sete zonas eleitorais, sendo que contava com 761 338 eleitores. Desde 1986, Campinas é sede do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), criado como desmembramento do TRT da 2ª Região, sediado na capital paulista, com jurisdição sobre todos os municípios do estado de São Paulo (com exceção de Ibiúna e Juquitiba) fora da Região Metropolitana de São Paulo e da Região Metropolitana da Baixada Santista, com exceção de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

Cidades-irmãs

Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros. A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações. Oficialmente, possui as seguintes cidades-irmãs:

* Paraguai Assunção, no Paraguai, desde 1973;
* Índia Auroville, na Índia, desde 2004;
* Brasil Belém, no Pará, desde 2003;
* Brasil Blumenau, em Santa Catarina, desde 1983;
* Angola Cabinda, em Angola, desde 2009;
* Brasil Camanducaia, em Minas Gerais, desde 2010;
* Chile Concepción, no Chile, desde 1979;
* Argentina Córdoba, na Argentina, desde 1993;
* Cuba Cotorro, em Cuba, desde 2009;
* Costa do Marfim Daloa, na Costa do Marfim, desde 1982;
* República Popular da China Fuzhou, na China, desde 1996;
* Japão Gifu, no Japão, desde 1982;
* Estado da Palestina Jericó, na Palestina, desde 2003;
* Itália Malito, na Itália, desde 2006;
* Sérvia Novi Sad, na Sérvia, desde 1989;
* Brasil Peruíbe, em São Paulo, desde 1991;
* Estados Unidos San Diego, nos EUA, desde 1995;
* Brasil Ubatuba, em São Paulo, desde 2007.

Subdivisões

Vista da Região Central a partir do mirante da Torre do Castelo, na Região Norte.

O município de Campinas possui, além das subprefeituras dos seus quatro distritos, quatorze administrações regionais, cada uma delas, por sua vez, dividida em vários bairros. Também divide-se em cinco regiões: Central, Norte, Leste, Sul e Oeste.


* Região Central: É a que está mais densamente urbanizada, sendo predominantemente verticalizada, possuindo a maior concentração de estabelecimentos comerciais, médicos e de serviços de toda a cidade. Nela há tanto regiões residenciais e mistas de alto poder aquisitivo (Cambuí e Vila Itapura), assim como regiões degradadas e com muitos imóveis abandonados (parte alta do Centro, a região próxima à antiga rodoviária e a região próxima à antiga estação Guanabara.

Rua Heitor Penteado, principal rua do distrito de Joaquim Egídio, Região Leste.

* Região Leste: Nela há predomínio de bairros residenciais de alto padrão (como o Alphaville, Nova Campinas e Gramado) e alguns bairros próximos a favelas (Vila Brandina). Os distritos de Sousas e Joaquim Egídio situam-se nesta região. Nesta região situam-se os shoppings Iguatemi e Parque Dom Pedro, assim como bairros rurais (Bananal e Carlos Gomes).

* Região Noroeste: Ocupa a região entre as rodovias SP-101 (a sul) e SP-348 (a oeste), com bairros mais antigos e engloba a Região do Campo Grande. Nessa região concentram-se também grandes registros de investimentos governamentais, como a ligação da rodovia SP-101 até a Avenida John Boyd Dunlop. Parte dos bairros, principalmente os localizados na região do Campo Grande e do Itajaí, são conhecidos pela grande autonomia, uma vez que se situam afastados do Centro.

* Região Norte: Engloba os distritos de Barão Geraldo e Nova Aparecida, a região dos Amarais, do Jardim Chapadão e do Jardim Aurélia.

* Região Sudoeste: É a região na qual estão outras regiões, tais como a do Ouro Verde, do Aeroporto de Viracopos e dos DIC's (conjuntos habitacionais pertencentes ao Distrito Industrial). Nela também se localiza o Distrito Industrial.

Parque Prado, na Região Sul.
* Região Sul: Possui classes econômicas variadas e concentra vários tipos de ocupação urbana: bairros classe média alta (Jardim Proença, Parque Prado), classe média (Jardim Leonor, Nova Europa), classe média-baixa (Vila Formosa), classe baixa (Jardim Campo Belo) e ocupações em processo de legalização (Parque Oziel, parte do Jardim do Lago) e ilegais. Embora considerada uma área em constante crescimento, o comércio, na maior parte dos bairros, é apenas local, mas há uma área industrial relevante, na qual existem fábricas como a da Valeo, hipermercados e o Campinas Shopping.

Dentre os distritos, no ano de 2000, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o mais populoso, além da sede, era Barão Geraldo, que possía 45 585 habitantes. Atualmente, um dos bairros mais populosos é o Taquaral.

Economia

Fachada do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

O Produto Interno Bruto (PIB) de Campinas é o maior da Região Metropolitana de Campinas, o quinto do estado de São Paulo e o décimo terceiro de todo o país. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2008, o PIB do município era de R$ 29 363 064,180 mil. 8 133 470 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 27 788,98 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda é de 0,845, sendo que o do Brasil é de 0,723.

De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2009, 46 362 unidades locais, 44 496 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes e 780 390 trabalhadores, sendo 420 180 pessoal ocupado total e 360 210 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 9 233 608 reais e o salário médio mensal de todo município era de 4,4 salários mínimos. A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. Em seguida, destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte.

Setor primário

Produção de cana-de-açúcar, milho e tomate
Produto Área colhida (Hectares) Produção (Tonelada)
Cana-de-açúcar 1 018 92 000
Milho 3 149 12 708
Tomate 60 3 820

A agricultura é o setor menos relevante da economia de Campinas. De todo o PIB da cidade 32 173 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2009, o município não contava com rebanho bovino ou suíno, possuindo apenas 54 610 aves, entre estas 48 310 galinhas e 6 300 galos, frangos e pintinhos. Em 2009 a cidade produziu 410 mil dúzias de ovos de galinha. Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana-de-açúcar (92 000 toneladas), o milho (12 708 toneladas) e o tomate (3 820 toneladas). Em Campinas também destacou-se por bastante tempo o cultivo do café, que sempre foi uma das principais fontes de renda do município, sendo considerado como um polo regional da cafeicultura.

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) é o órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Fundado em 1887 pelo Imperador Pedro II do Brasil, hoje seu principal objetivo é desenvolver projetos que visem melhoramentos na área da agricultura.

Setor secundário

Vista do Iguatemi Campinas.
A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município. 5 610 410 reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). A cidade concentra cerca de um terço da produção industrial do estado de São Paulo. Destacam-se as indústrias de alta tecnologia e o parque metalúrgico, sendo considerado a capital do Vale do Silício Brasileiro.



Fachada do Mercado Municipal de Campinas.

A região abriga mais de 10 000 empresas de médio e grande porte, muitas das quais entre as mil maiores e melhores do Brasil, segundo a revista Exame, tais como Honda, Toyota, Unilever, Mann, 3M do Brasil, Bosch, Bridgestone, Pirelli, Dell, IBM, BASF, Dow Química, Villares, Ericsson, Singer, Goodyear, CPFL, Elektro, Valeo, Rigesa, International Paper, Nortel, Lucent, Samsung, Motorola, Medley, Cristália, Romi, Tenneco, General Electric, Texas Instruments, Mabe, Altana, Solectron, AmBev, Caterpillar, Bombardier, CAF e muitas outras. O pólo petroquímico é centrado no município de Paulínia, a poucos quilômetros de Campinas, junto à Refinaria do Planalto Paulista da Petrobrás (Replan) é a maior do Brasil uma das maiores da América Latina, e tem empresas como Dupont, Chevron, Shell, Exxon, Grupo Ipiranga, Eucatex, Rhodia, e outras.

Setor terciário

A prestação de serviços rende 15 587 011 mil reais ao PIB municipal. O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB campineiro, destacando-se principalmente na área do comércio. A cidade possui diversos centros comerciais e shoppings centers, como o Campinas Shopping; o Iguatemi Campinas; e o Shopping Parque Dom Pedro. Também destacam-se as microempresas. No ranking brasileiro da formalização de micro empreendedores individuais, Campinas figura no primeiro posto entre as cidades do interior do país. A região do Centro da cidade também concentra uma parcela bastante expressiva do comércio e dos serviços, destacando-se pelo comércio popular, sendo que há cabeleireiros, comércio varejista de vestuário e acessórios; lojas de variedades e comércio popular (ambulantes); artesãos e fornecimento de alimentos para consumo domiciliar. Também nota-se em Campinas o Mercado Municipal de Campinas, inaugurado em 12 de abril de 1908.

O Sindicato dos Comerciários de Campinas, Valinhos e Paulínia (SECCAMP), fundado em 15 de maio de 1941, representa e defende a classe comerciária de Campinas e das outras duas cidades em ações sindicais.

Estrutura urbana

Saúde

Casa de Saúde Campinas.

Em 2009, o município possuía 373 estabelecimentos de saúde entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos, sendo 103 deles públicos e 270 privados. Neles a cidade possuía 3 mil leitos para internação, sendo que 817 estão nos públicos e os 2 183 restantes estão nos privados. Um dos hospitais mais antigos da região, situado na cidade, é a Casa de Saúde Campinas, que tem suas origens em surtos de febre amarela ocorridos entre o final do século XIX e começo do século XX.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Campinas possui 51 médicos, 18 enfermeiros e 70 motoristas. Também há 61 Centros de Saúde (Unidades Básicas de Saúde), aproximadamente 1 para cada 20 mil habitantes.

Na cidade existem 19 hospitais gerais, sendo três públicos, onze privados e cinco filantrópicos. Campinas conta ainda com 11 443 médicos, 10,7 para cada mil habitantes, e, em 2009, havia 341 290 mulheres em idade fértil (entre 10 e 49 anos). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da longevidade em Campinas é de 0,787 (o brasileiro é 0,638), com expectativa de vida de 72,22 anos.

Educação

O município conta com escolas em todas as suas regiões. A população da zona rural tem fácil acesso a escolas em bairros urbanos próximos em razão da alta taxa de urbanização. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) médio entre as escolas públicas de Campinas era, no ano de 2009, de 4,7; valor acima ao das escolas municipais e estaduais de todo o Brasil, que é de 4,0%. O município contava, em 2009, com aproximadamente 206 325 matrículas, 10 464 docentes e 702 escolas nas redes públicas e particulares. O valor do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da educação era de 0,925 (classificado como muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849.

Fachada da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx).

Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Ministério da Educação (MEC), o índice de analfabetismo no ano de 2000 entre pessoas de 18 a 24 anos de idade era de 1,330%, enquanto que a taxa de alfabetização adulta naquele ano era de 95,01% (a do Brasil era de 84%). A taxa bruta de frequência à escola naquele ano era de 87,540%, sendo que no país esse índice era de 81,5%. 16 605 habitantes possuíam menos de 1 ano de estudo ou não contava com instrução alguma. Em 2010, 709 alunos frequentavam o sistema de educação especial e 8 552 crianças estudavam em creches, sendo que 1 512 alunos de creches possuíam aulas em tempo integral.

Desde 1959, a cidade de Campinas é a sede da única escola de formação de Cadetes do Exército Brasileiro, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). Oferecendo o 3º ano do Ensino Médio integrado à formação militar, a EsPCEx prepara os futuros cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), que após 4 anos de estudos naquela Academia se graduam com o posto de Aspirante a Oficial.

Ciência e tecnologia

Fotografia panorâmica do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron.

Embora a história que ligue Campinas à tecnologia remonte a mais de cem anos (Campinas foi a terceira cidade do mundo a adotar a tecnologia do telefone, em 1883, após Chicago e Rio de Janeiro quando foram instalados 57 aparelhos e o Instituto Agronômico de Campinas, já citado anteriormente, que foi fundado em 1887) a cidade ganhou um grande impulso com a estruturação do campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), iniciada em 1962.

Atualmente, Campinas é o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por pelo menos 15% da produção científica nacional (segundo dados de 2010). As universidades locais também têm grande empenho na área, como Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a maior produtora de patentes de pesquisa no país, Fundação Getulio Vargas (FGV), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC), Universidade Presbiteriana Mackenzie, Faculdades de Campinas (FACAMP), Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (ESAMC), dentre outras.
Campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no distrito de Barão Geraldo.

Além de instituições de ensino superior, o município também sedia importantes institutos de pesquisas, como o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Centro de Tecnologia da Informação Renato Ascher (CTI), Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), dentre outros.

Segurança pública e criminalidade

Como na maioria dos municípios médios e grandes brasileiros, a criminalidade ainda é um problema em Campinas. Em 2008, a taxa de homicídios no município foi de 15,9 para cada 100 mil habitantes, ficando no 82° lugar a nível estadual e no 1147° lugar a nível nacional. O índice de suicídios naquele ano para cada 100 mil habitantes foi de 5,6, sendo o 112° a nível estadual e o 1030° a nível nacional. Já em relação à taxa de óbitos por acidentes de transito, o índice foi de 25,6 para cada 100 mil habitantes, ficando no 92° a nível estadual e no 721° lugar a nível nacional.

Para tentar reduzir esses índices, são realizados diversos projetos no combate à criminalidade, como a criação da Coordenadoria de Prevenção às Drogas, que visa combater o uso de entorpecentes, prática que, cada vez mais, vem se disseminando principalmente entre os jovens, sendo que é uma das principais causas de ocorrências de crimes. Por força da Constituição Federal do Brasil, Campinas possui também uma Guarda Municipal, responsável pela proteção dos bens, serviços e instalações públicas do município.

Habitação, serviços e comunicação

Prédio do Grupo Bandeirantes de Comunicação em Campinas: nele estão sediadas a TV Band Campinas e as rádios BandNews FM, Bandeirantes AM, Educadora FM e Nativa FM, além da edição local do jornal Metro.

No ano de 2000, segundo o IBGE, a cidade tinha 283 446 domicílios entre apartamentos, casas, e cômodos. Desse total 197 536 eram imóveis próprios, sendo 162 263 próprios já quitados (57,25%), 35 273 em aquisição (12,44%) e 50 244 alugados (17,73%); 22 829 imóveis foram cedidos, sendo 4 701 por empregador (1,66%) e 18 128 cedidos de outra maneira (6,44%). 12 837 foram ocupados de outra forma (4,53%).

A sede da Companhia Paulista de Força e Luz localiza-se na Chácara Primavera, Região Leste.

Grande parte do município conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. Naquele ano, 96,37% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água; 95,45% das moradias possuíam coleta de lixo e 85,88% das residências possuíam escoadouro sanitário.


Caixa d'água da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (SANASA) no alto do Jardim São Gabriel, Região Sul.

O abastecimento de água é feito pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (SANASA). Atualmente a empresa atende 98% da população urbana, com 210 000 ligações, através de 3 112 km de tubulações. A maior parte da água (95%) captada pela Sanasa para o abastecimento de Campinas é oriunda do Rio Atibaia, que passa no distrito de Sousas, região leste de município. Os 5% restantes são captados no Rio Capivari, na região sul da cidade. Essa empresa também é a responsável pela coleta do esgoto. O volume médio anual de água potável produzido é da ordem de 100 milhões de metros cúbicos, que são transportado por mais de 3 884 km de adutoras e redes de distribuição e reservado em 69 reservatórios dispersos pela cidade (25 elevados e 44 semi-enterrados) com capacidade total de 122 milhões de litros. Todas as estações de tratamento de água da Sanasa são do tipo convencional, utilizando-se processos físico-químicos para a potabilização. O serviço de fornecimento de energia elétrica é feito pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), cuja sede se localiza na cidade. Atualmente existem 14,5 milhões de pontos de iluminação pública.

Em dados da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), em maio de 2011 Campinas possuía 462 233 telefones fixos (referentes apenas às concessionárias da Telefónica e Telesp). O índice por área de discagem direta a distância (DDD) é de 019 e e o Código de Endereçamento Postal (CEP) da cidade vai de 13.000-000 a 13.139-999. Há fácil acesso à internet em boa parte da cidade. Alguns pontos já contam com rede wireless (internet sem fio).

Também há diversos jornais em circulação em Campinas, como o Correio Popular e o Diário do Povo. Dentre as rádios, destacam-se a Rádio Bandeirantes, a Rádio Brasil e a Rádio Globo. Também há várias emissoras de televisão. Segundo o Portal BSD, em abril de 2011 havia 21 canais, sendo seis em Very High Frequency (VHF) e 15 em Ultra High Frequency (UHF). Três deles estão disponíveis em televisão de alta definição (tecnologia HDTV).[130] Em se tratando de transmissão digital, Campinas foi a primeira cidade não capital do Brasil a ter TV digital, com a EPTV, afiliada da Rede Globo, em 3 de dezembro de 2008.

Transportes

Aeroviário

Torre de Controle do Aeroporto Internacional de Viracopos.

O Aeroporto Internacional de Viracopos/Campinas (IATA: VCP, ICAO: SBKP), localizado no extremo sul do município, é o segundo maior terminal aéreo de cargas do país, abarcando 18,1% do fluxo total de mercadorias nos aeroportos. Atualmente, de cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas no Brasil, uma passa por Viracopos. Constitui uma alternativa aeroviária para a região da Grande São Paulo.

Na região norte, localiza-se o Aeroporto Campo dos Amarais (IATA: SDAM), destinado aos aviões de pequeno e médio porte, assim como o ensino de pilotagem, sendo que está localizado a cerca de 8 km do centro da cidade.

Ferroviário

Campinas foi um dos maiores entroncamentos ferroviários do estado de São Paulo. Os trilhos da Companhia Paulista chegaram à cidade em 1872. Dali partiam trilhos para o Sul de Minas Gerais (pela Mogiana), para o Interior do Estado e Mato Grosso do Sul (pela Paulista e pela Sorocabana) e duas pequenas linhas extintas: uma para Paulínia (a Funilense) e a outra, para Sousas. Atualmente, as linhas administradas pela Brasil Ferrovias estão reduzidas a poucas viagens diárias de trens cargueiros, com locomotivas movidas a diesel a uma baixíssima velocidade (menos de 30 km/h) e muitos dos antigos leitos de trilhos estão abandonados, invadidos por sem-teto ou servindo de esconderijo para criminosos.

Antiga Estação Ferroviária de Campinas, atual Centro Cultural de Campinas.

Entre 1991 e 1995 operou em Campinas um transporte de média capacidade sobre trilhos, conhecido por veículo leve sobre trilhos, ou simplesmente VLT. Todavia, devido à diversos erros cometidos em sua implantação, como a ausência de integração com os ônibus e uma estação central em posição desvantajosa, a operação comercial foi deficitária, e o serviço descontinuado. A médio prazo é imprescindível que o projeto do VLT seja retomado e ampliado pelos governos, pois uma boa malha de transporte sobre trilhos resolveria parte dos problemas que Campinas enfrenta com a poluição e congestionamentos oriundos de uma frota crescente. Entretanto, a estrutura física do VLT foi retirada, desmanchada ou vandalizada e ainda continua sem uso. Há projetos para a utilização do leito para corredores de ônibus, dentre eles a implantação do Bus Rapid Transit (BRT, lit: "trânsito rápido de ônibus"), que, caso aprovada, será adotada inicialmente no corredor expresso da região Noroeste (o Corredor Campo Grande, na Avenida John Boyd Dunlop). Segundo a prefeitura, a cidade aguarda a liberação de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) II para o começo das construções.

Ainda há outros estudos e projetos na região envolvendo o transporte ferroviário que perambulam por várias instâncias de governo. O único que tem verba garantida por emenda parlamentar no Plano Plurianual 2012-2015 do governo federal, é a ligação ferroviária entre Amparo, Pedreira, Jaguariúna e Campinas para o transporte de cargas e passageiros. Especula-se que funcionará a partir de 2015.

No governo do Estado, dois projetos têm movimentado a região para que cheguem até Campinas. Um deles é o trem regional, planejado para ligar São Paulo a Jundiaí, e outro é o trecho da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que também chega a Jundiaí. O Sindicato dos Ferroviários da Paulista está em campanha pela extensão da CPTM até Campinas. A idéia é integrar com um transporte de qualidade o Aglomerado Urbano de Jundiaí a Região Metroplitana de Campinas, além de integrar a Campinas, via trem metropolitano, as cidades da parte sudeste da RMC. Assim, Vinhedo e Valinhos que pertencem a RMC, terão ligação direta a Campinas. O trem metropolitano noroeste teria sua extensão até Limeira, com estações em Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa, Americana e Limeira. Incluindo Limeira e Piracicaba na contagem de população da parte noroeste da RMC, soma-se quase 1,5 milhão de habitantes.

Rodoviário

Anel viário de Campinas em sua totalidade

Trecho sul (em projeto)
Trecho oeste (SP-348, SP-102/330, SP-330)
Trecho norte (SP-65)

A cidade é um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, nela passando diversas rodovias. Algumas das mais importantes para a cidade são: a Rodovia Anhanguera (SP-330), que cruza a cidade; Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), que passa na Região Sul da cidade; Rodovia Adalberto Panzan, principal ligação entre as rodovias Anhanguera e Bandeirantes; Rodovia Dom Pedro I (SP-065), termina na Anhanguera e atravessa a cidade sequencialmente nas direções leste, sul e sudeste; Rodovia Santos Dumont (SP-075), que segue no sentido norte-sul; Rodovia Adhemar de Barros (SP-340), que segue na direção norte; Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), que passa na direção noroeste; Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101), que segue na direção oeste; Rodovia José Roberto Magalhães Teixeira (SP-083), que serve de ligação entre a Rodovia Dom Pedro I e a Rodovia Anhanguera no sentido norte-sul; Rodovia Lix da Cunha (SP-73), que liga a cidade a Indaiatuba; e Rodovia Miguel Melhado Campos (SP-324), que conecta o centro do município de Vinhedo ao Aeroporto de Viracopos sem passar pela região central de Campinas, dando acesso apenas a bairros periféricos.

O Terminal Multimodal Ramos de Azevedo é a principal estação de transporte intermunicipal e interestadual da cidade de Campinas. Foi inaugurado em junho de 2008 para substituir o antigo terminal rodoviário da cidade – a Estação Rodoviária Dr. Barbosa de Barros – em função de não atender a demanda da cidade, da degradação, da falta de espaço e de condições para a operação das linhas, principalmente em horários de pico e vésperas de feriados.

Um dos principais cruzamentos da cidade é o Viaduto São Paulo, também conhecido como "Laurão" (em homenagem ao prefeito cuja administração realizou-se a obra, Lauro Péricles Gonçalves), que possui aproximadamente 340 metros e é destinado apenas ao uso de veículos e com duas faixas de cada lado, transpondo o vale do córrego Proença e passando por cima da junção da Via Norte-Sul e da Avenida Princesa D'Oeste, sendo que passam pelo viaduto em média 48 mil veículos por dia útil. Liga os bairros da Região Central (Centro, Cambuí e Bosque) aos bairros da Região Leste (Nova Campinas, Jardim das Paineiras, Gramado), à Rodovia Dom Pedro I (SP-65) e aos distritos de Sousas e Joaquim Egídio. Também se destaca o Complexo Viário Túnel Joá Penteado, que é formado por dois túneis, de 370 e 450 metros de comprimento, que ligam o Centro à Vila Industrial em Campinas.

Rodovia Dom Pedro I vista do km 145 em Campinas.

















Fachada do Terminal Multimodal de Campinas.




















O Viaduto São Paulo visto a partir do início da Via Norte-Sul.



















Lado sul do Complexo Viário Túnel Joá Penteado, na Vila Industrial.
















Urbano

A cidade conta com aproximadamente duzentas linhas de ônibus urbano (gerenciadas pela EMDEC) e cem linhas de ônibus metropolitanos e intermunicipais (gerenciadas pela EMTU-SP). O sistema municipal de transporte coletivo – Intercamp – pretende reduzir a competição entre os concessionários (também denominados perueiros) e as empresas de ônibus (duas empresas - VB e Onicamp – e dois consórcios – Concicamp e Urbcamp). Existem cinco terminais abertos (Itajaí, Shopping Iguatemi, Shopping Dom Pedro, Central, e Mercado) e seis terminais fechados (Barão Geraldo, Nova Aparecida, Campo Grande, Vila União, Ouro Verde e Vida Nova), além de algumas estações de transferência implantadas (Cidade Judiciária, Abolição, PUC) e em outras que estão em implantação, sem data definida.

Embarque pelo lado direito na Estação de Transferência Anchieta, uma das áreas cobertas pelo Corredor Central.

Em 2010, foi implantado o Corredor Central, um corredor viário que privilegia o transporte coletivo nas avenidas centrais e que modificou o Rótula, sistema implantado em 1996 que colocou as duas pistas das avenidas Anchieta, Orozimbo Maia, Senador Saraiva, Morais Sales e Irmã Serafina com o tráfego no mesmo sentido com a introdução de faixas exclusivas e de faixas preferenciais para os coletivos, acessibilidade nos pontos e sinalização semafórica.

A frota municipal no ano de 2009 era de 615 962 veículos, sendo 457 529 automóveis, 16 091 caminhões, 2 550 caminhões trator, 40 344 caminhonetes, 2 884 micro-ônibus, 81 931 motocicletas, 10 163 motonetas, 4 316 ônibus e 154 tratores de roda. As avenidas duplicadas e pavimentadas e diversos semáforos facilitam o trânsito da cidade, mas o crescimento no número de veículos nos últimos dez anos está gerando um tráfego cada vez mais lento de carros, principalmente na Sede do município. Além disso, tem se tornado difícil encontrar vagas para estacionar no centro comercial da cidade, o que vem gerando alguns prejuízos ao comércio. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), subordinada à Secretaria Municipal de Transportes (Setransp), regulamenta e regulariza o sistema de transporte público, gerencia o trânsito e, através de seus Agentes de Trânsito, aplica autuações aos motoristas que cometem infrações de trânsito.

Ciclovias

Ciclovia no canteiro central da Avenida Atílio Martini, distrito de Barão Geraldo, Região Norte.

Em função de seu relevo acidentado, Campinas não é uma cidade com condições ideais para a prática do ciclismo. Até o ano de 2006, Campinas não possuía nenhuma ciclovia, somente uma ciclofaixa com aproximadamente 5 km em volta da Lagoa do Taquaral, instalada no início da década de 1990 e ampliada com a conclusão da Praça Arautos da Paz. Em 2006 foram instaladas ciclovias no canteiro central da Avenida Atílio Martini, no distrito de Barão Geraldo e outra ciclovia nos dois sentidos da Estrada dos Amarais.

Atualmente, Campinas possui 19,7 quilômetros entre ciclovias e ciclofaixas (sendo 15,7 km de ciclofaixa e apenas 4 km de ciclovia). No entorno do Parque Taquaral são 6,5 quilômetros de extensão de ciclofaixa. As demais estão distribuídas em: Barão Geraldo, 1 km de ciclovia e 3 km de ciclofaixa; na região dos Amarais, ciclofaixa com 5 km de extensão; no Parque Linear Dom Pedro, ciclovia com 3 km de extensão; e na região do Barão do Café, ciclofaixa com 1,2 km de extensão.

Cultura

A responsável pelo setor cultural de Campinas é a Secretaria Municipal de Cultura, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Está vinculada ao Gabinete do Prefeito, integra a administração pública indireta do município e possui autonomia administrativa e financeira, assegurada, especialmente, por dotações orçamentárias, patrimônio próprio, aplicação de suas receitas e assinatura de contratos e convênios com outras instituições.
Esta área foi estruturada pela Lei Municipal 10.248, de 15 de setembro de 1999, sendo composta pelo Gabinete do Secretário Municipal de Cultura, pelo Departamento Administrativo, pelo Departamento da Cultura, pelo Departamento de Orquestra Sinfônica de Campinas e pelo Departamento do Sistema Municipal de Rádio e TV.

A cidade sempre teve uma posição destacada no estado de São Paulo com grande produção e recursos culturais. Conta com três teatros municipais, com a Orquestra sinfônica da cidade, vários grupos de música erudita, corais, 43 salas de cinema, dezenas de bibliotecas, galerias de arte, museus e editoras de destaque nacional. Também é a terra natal de Antônio Carlos Gomes, famoso compositor de óperas na Itália do século XIX, com obras como O Guarani, Fosca e O Escravo, e da poetisa e escritora Hilda Hilst. Santos Dumont também morou um tempo em Campinas e estudou no Colégio Culto à Ciência. Também nasceram em Campinas o escritor Guilherme de Almeida e o quarto presidente da República, Campos Sales.

Espaços teatrais e artes cênicas

Entrada do Teatro do Centro de Convivência.

Campinas conta com três teatros municipais, sendo eles o Centro de Convivência – espaço multiuso, que possibilita a realização de espetáculos de teatro, de dança, palestras, simpósios, conferências, exposições artísticas e outras áreas, que foi projetado pelo arquiteto Fábio Penteado, sendo inaugurado em 1976 e possuindo capacidade para aproximadamente cinco mil pessoas – o Teatro José de Castro Mendes, fundado em 1976, adaptado a partir do prédio do antigo cinema da Vila Industrial, o Cine Casablanca, não possuindo traços arquitetônicos marcantes, além de estar em reformas sem previsão de acabamento desde 2007 – além do Teatro Infantil "Carlos Maia", localizado no interior do Bosque dos Jequitibás, possuindo capacidade para cerca de 150 pessoas e sendo projetado para atender a demanda do público infantil. Dentre outros espaços dedicados à organização de eventos também destacam-se o Teatro Padre Pedro Dingenouts, também conhecido como Centro de Convivência Cultural da Vila "Padre Anchieta", que conta com uma sala de espetáculos com capacidade para 300 pessoas; e o Auditório "Beethoven", que conta com uma capacidade de cerca de 2 mil lugares, sendo projetado para realização de eventos de pequeno a médio porte, ao ar livre. Também havia o Teatro Municipal de Campinas, que foi inaugurado em 1930 e demolido em 1965 por razões desconhecidas.

Sede da Academia Campinense de Letras.

Anualmente, Campinas sedia o Festival de Fotografia Hercules Florence, que conta com o apoio da Prefeitura da cidade. O Festival Hercule Florence de Fotografia foi criado em 2007 a partir da junção do Seminário de Imagem e Atualidade da Unicamp e da Semana Hercule Florence, da Câmara Municipal de Campinas. Ao longo dos anos, o Festival foi ganhando adesões e hoje conta com a participação do Museu da Imagem e do Som, Secretaria Municipal de Cultura, Núcleo de Fotografia de Campinas, Sesc, Senac, CPFL e Centro de Memória da Unicamp.

Na cidade também são organizados diversos eventos culturais com foco para o setor teatral. Destaca-se a Campanha de Popularização do Teatro, organizada pela Associação dos Profissionais do Teatro de Campinas (APTC) desde 1985, a campanha é direcionada aos adultos e crianças, oferecendo peças teatrais e musicais realizados no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes. Dentre os grupos musicais destaca-se a Orquestra sinfônica da cidade, fundada em 1974, durante as festividades do bicentenário da cidade, sendo considerada uma das três maiores do país, ao lado da OSESP e OSB.

A Academia Campinense de Letras (ACL), criada em 17 de maio de 1953, por iniciativa do então municipal secretário de educação e cultura, professor Francisco Ribeiro Sampaio, também titular da cadeira de filologia portuguesa na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), é a instituição que reúne os habitantes da cidade que tenham publicado obras de reconhecido mérito ou livros de valor literário. Dentre a galeria dos componentes, estão nomes como Monteiro Lobato, Júlio de Mesquita e Vital Brasil. Já a Academia Campineira de Letras e Artes (ACLA), fundada em novembro de 1970, compõe-se de quarenta membros titulares ocupando o mesmo número de cadeiras acadêmicas, cujos patronos foram escolhidos com o fito de homenagear grandes personalidades artísticas e literárias. Destacam-se nomes como Heitor Villa-Lobos, Cecília Meireles e Clarice Lispector.

Museus e pontos turísticos

Fachada do Museu de História Natural.

Campinas possui vários museus, dentre eles o Museu de Arte Contemporânea – instituição pública municipal, subordinada à Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer, e voltada à conservação, estudo e divulgação da arte contemporânea brasileira – o Museu de Arte Moderna – o Museu de História Natural – instituição tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (CONDEPHAAT, em 1970) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC, em 1991) – e o Museu da Imagem e do Som – museu público focado em difundir e preservar o acervo da memória audiovisual do município. O Museu Campos Sales, o Museu Carlos Gomes e a Pinacoteca do Centro de Ciências, Letras e Artes localizam-se num mesmo prédio no Centro.

Quanto aos atrativos turísticos, o principal parque urbano da cidade é o Parque Portugal, mais conhecido como Taquaral, em função do nome da lagoa, fundado em 1972. Nele há um ginásio esportivo, uma rota de bonde que circunda a lagoa, o Planetário. Outras atrações são o Bosque dos Jequitibás, que em seu interior abriga um minizoológico e o Museu de História Natural. O mirante no alto da Torre do Castelo permite uma vista quase completa da cidade a partir de suas seis amuradas. Há também a Estação Cultura, que ocupa as instalações da antiga estação ferroviária da cidade, datada de 1884. Também há a Estação Anhumas, ponto inicial do percurso turístico de maria-fumaça que liga Campinas a Jaguariúna. O Cemitério da Saudade foi fundado em 1881 e hoje é considerado um dos mais importantes cemitérios do Brasil por conta da riqueza arquitetônica e da importância das obras de arte que ostentam grande parte de seus túmulos, dentre elas peças em mármore, granito, cobre e latão, esculpidas por artistas como Tomagnini, J. Rosadas, Velez, Albertini e Colluccini, sendo que foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc).

No município também há cinco bibliotecas públicas, sendo elas: a Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink, criada em 1971; a Biblioteca Pública Infantil "Monteiro Lobato", fundada em 1979; a Biblioteca Pública Distrital de Sousas "Guilherme de Almeida", inaugurada em 1963; e a Biblioteca Pública Municipal "Joaquim de Castro Tibiriçá", instalada em 1976.

Esportes

Fachada do Estádio Moisés Lucarelli.

Campinas é sede de dois clubes de futebol reconhecidos nacionalmente: a Associação Atlética Ponte Preta e o Guarani Futebol Clube, que realizam o "Dérbi Campineiro", partida que é considerada uma das mais tradicionais do Interior do estado, que ocorre desde 1912. Há também o Red Bull Brasil, que foi criado em novembro de 2007 e ultimamente vem conquistando significativo destaque. O futebol feminino também vem se destacando, ainda que de forma amadora. Na história também se revelaram outros clubes, como o Esporte Clube Mogiana, que foi criado em 7 de junho de 1933 e que veio a falência na década de 60.

A cidade conta ainda com três grandes estádios: o Estádio Brinco de Ouro da Princesa, pertencente ao Guarani, que foi inaugurado em 1953 e que hoje conta com capacidade para cerca de 30 mil pessoas; o Centro Recreativo e Esportivo de Campinas Doutor Horácio Antônio da Costa (o Estádio Cerecamp ou ainda Estádio da Mogiana), que pertence ao governo do estado de São Paulo e foi inaugurado em 1940; além do Estádio Moisés Lucarelli, de comando da Ponte Preta, que foi fundado em 1948 e tem capacidade para quase 20 mil visitantes.

Piscina no Tênis Clube de Campinas (TCC).

A cidade ainda é sede de vários eventos desportivos de outras modalidades, como a Corrida Integração, que é realizada desde 1983 pela Emissoras Pioneiras de Televisão (EPTV), sendo dividida em duas modalidades (uma com 5 km, dedicada aos deficientes físicos e cadeirantes, e outra de 10 km, a normal). Campinas também possui tradição nos Jogos Abertos do Interior, competição criada em 1936 e que envolve diversos esportes. Por quatro vezes, foi sede da competição (1939, 1945, 1960 e 1994), e por dez vezes a cidade saiu-se como a campeã da competição (1939, 1955, 1956, 1958, 1960, 1971, 1974, 1975, 1978 e 1979), sendo a terceira cidade que mais vezes ganhou a competição. No tênis há o Tênis Clube de Campinas (TCC), que foi criado em 1913, oferecendo, além de quadras para a prática desse esporte, piscinas para natação, quadras para basquetebol e futebol society, além de salas apropriadas para o exercício do judô, da ginástica e dança. O Clube Campineiro de Regatas e Natação (CCRN) também oferece espaços para a prática de diversas modalidades de esportes olímpicos.

Feriados

Em Campinas há três feriados municipais, oito feriados nacionais e três pontos facultativos, que foram definidos pela primeira vez pela Lei nº 173, de 28 de junho de 1949. Os feriados municipais são: o dia de finados, em 2 de novembro; o dia da Consciência Negra, em 20 de novembro; e o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira municipal, comemorado em 8 de dezembro. Ao contrário do que muitos pensam, o dia do aniversário da emancipação política, 14 de julho, não é considerado como feriado, sendo apenas uma data comemorativa. De acordo com a lei federal n.º 9.093, aprovada em 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais de cunho religioso, já incluída a Sexta-Feira Santa.

Panorama da Região Central da cidade de Campinas.






Campininense, veja também a História dos maiores clubes de sua cidade, em "A História da Associação Atlética Ponte Preta" e posteriormente "A História Do Guarani".