POLÍTICA

Política denomina-se arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos,a ciência política é a atividade dos cidadãos, que se ocupa dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.

A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados".

O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.

O livro de Platão traduzido como "A República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía).

O homem é um animal político — Aristóteles

ACEPÇÕES BÁSICAS

No sentido comum, vago e às vezes um tanto impreciso, política, como substantivo ou adjetivo, compreende arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido político, pela influência da opinião pública, pela aliciação de eleitores;
Na conceituação erudita, política "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem", segundo Hobbes; ou "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados", para Russel; ou "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo", que é a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe;
Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política social, política do café;
Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil.
Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados";
A política é objeto de estudo da ciência política e da ciência social.

SIGNIFICADO CLÁSSICO E MODERNO

O termo política, se expandiu graças à influência de Aristóteles. Para aquele filósofo categorizava funções e divisão do Estado e as várias formas de Governo, com a significação mais comum de arte ou ciência do Governo; desde a origem ocorreu uma transposição de significado das coisas qualificadas como política para a forma de saber mais ou menos organizado sobre esse mesmo conjunto de coisas.

O termo política foi usado, a seguir, para designar principalmente as obras dedicadas ao estudo daquela esfera de atividades humanas que se refere de algum modo às coisas do Estado: Política methodice digesta, exemplo célebre, é obra com que Johannes Althusius (1603) expôs uma das teorias da consociatio publica (o Estado no sentido moderno da palavra), abrangido em seu seio várias formas de consociationes menores. Na época moderna, o termo perdeu seu significado original, substituído pouco a pouco por outras expressões como ciência do Estado, doutrina do Estado, ciência política, filosofia política, passando a ser comumente usado para indicar a atividade ou conjunto de atividades,que, de alguma maneira, têm como termo de referência a pólis, ou seja, o Estado.

POLÍTICA E PODER

A política, como forma de atividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao de poder. O poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros exercícios de poder, sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido tradicionalmente definido como "consistente nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem" (Hobbes) ou, como "conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados" (Russell).

FORMAS E ORIGENS DO PODER

São várias as formas de exercícios de poder de um indivíduo sobre outro; o poder político é apenas uma delas.

CONCEPÇÃO ARISTOTÉLICA

Para Aristóteles a distinção é baseada no interesse de quem se exerce o poder: o paterno se exerce pelo interesse dos filhos; o despótico, pelo interesse do senhor; o político, pelo interesse de quem governa e de quem é governado. Tratando-se das formas corretas de Governo. Nas demais, o característico é que o poder seja exercido em benefício dos governantes.

CONCEPÇÃO JUSNATURALISTA

O critério que acabou por prevalecer nos tratados do direito natural foi da legitimação, encontrado no cap. XV do Segundo tratado sobre o governo de Locke: o fundamento do poder paterno é a natureza, do poder despótico o castigo por um delito cometido, do poder civil o consenso. Esta justificação do poder corresponde às três fórmulas clássicas do fundamento da obrigação: ex natura, ex delicio, ex contractu.

CARÁTER ESPECÍFICO DO PODER

Os critérios aristotélico ou jusnaturalista não permitem distinguir o caráter específico do poder político.

Os pathy escritores políticos não cessaram nunca de identificar governos paternalistas ou despóticos, ou então governos cuja relação com os governados se assemelhava ora à relação entre pai e filhos, ora à entre senhor e escravos, e que não deixam, por isso, de ser governos, tanto quanto os que agem pelo bem público e se fundam no consenso.

TIPOS DE PODER

O elemento específico do poder político pode ser obtido das várias formas de poder, baseadas nos meios de que se serve o sujeito ativo da relação para determinar o comportamento do sujeito passivo. Assim, podemos distinguir três grandes classes de um conceito amplíssimo do poder.

PODER ECONÔMICO

É o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade para controlar aqueles que não os possuem. Consistente também na realização de um certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os têm em relação àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de determinar o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.



PODER IDEOLÓGICO

O poder ideológico se baseia na influência que as idéias da pessoa investida de autoridade exerce sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento nasce a importância social, daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas, quer os intelectuais ou cientistas das sociedades evoluídas. É por eles, pelos valores que difundem ou pelos conhecimentos que comunicam, que ocorre a de socialização necessária à coesão e integração do grupo. O poder dos intelectuais e cientistas emerge na modernidade quando as ciências ganham um estatuto preponderante na vida política da sociedade, influenciando enormemente o comportamento das pessoas. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida, o que na Idade Média era "mistério da fé".

PODER POLITICO

O poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce a força física: é o poder coator no sentido mais estrito da palavra. A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso não significa que, ele seja exercido pelo uso da força; a possibilidade do uso é condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder político. A característica mais notável é que, o poder político, detém a exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos sob sua influência.

HOBBES E O PODER NATURAL DO DIREITO

O fundamento da teoria moderna do Estado, segundo Hobbes, é a passagem do Estado de natureza ao Estado civil, ou da anarchía à archia, do Estado apolítico ao Estado político. Essa transição é representada pela renúncia de cada um ao direito de usar cada um a própria força. Existente no estado de natureza e que torna todos os indivíduos iguais entre si, para delegar o direito do exercício da força a uma única pessoa, um único corpo, que será o único autorizado a usar a força contra eles.

TEORIAS MARXISTA E WEBERIANA

A hipótese jusnaturalista abstrata, adquire profundidade histórica na teoria do Estado de Marx e de Engels, segundo a qual a sociedade é dividida em classes antagônicas e as instituições políticas têm a função primordial de permitir à classe dominante manter seu domínio. Mas, este objetivo só pode ser alcançado na estrutura do antagonismo de classes, pelo controle eficaz do monopólio da força; é por isso que, cada Estado é, e não pode deixar de ser uma ditadura. Já é clássica a definição de Max Weber: "Por Estado se há de entender uma empresa institucional de caráter político onde o aparelho administrativo, leva avante, em certa medida e com êxito a pretensão do monopólio da legítima coerção física. Com vistas ao cumprimento das leis".

O FIM DA POLÍTICA

O que a política pretende alcançar pela ação dos políticos, em cada situação, são as prioridades do grupo (ou classe, ou segmento nele dominante): nas convulsões sociais, será a unidade do Estado; em tempos de estabilidade interna e externa, será o bem-estar, a prosperidade; em tempos de opressão, a liberdade, direitos civis e políticos; em tempos de dependência, a independência nacional. A política não tem fins constantes ou um fim que compreenda a todos ou possa ser considerado verdadeiro: "os fins da Política são tantos quantas são as metas, que um grupo organizado se propõe, de acordo com os tempos e circunstâncias". A política se liga ao meio e não sobre o fim, corresponde à opinião rorrente dos teóricos do Estado, que excluem o fim dos seus elementos constitutivos. Para Max Weber: "Não é possível definir um grupo político, nem tampouco o Estado, indicando o alvo da sua ação de grupo. Não há nenhum escopo que os grupos políticos não se hajam alguma vez proposto(…) Só se pode, portanto, definir o caráter político de um grupo social pelo meio(…) que não lhe é certamente exclusivo, mas é, em todo o caso, específico e indispensável à sua essência: o uso da força". Portanto, o fim essencial da política é a aquisição do monopólio da força.

POLÍTICA RELACIONAL

A esfera da política é a da relação amigo-inimigo. Nesse sentido, a origem de aplicação da política é o antagonismo nas relações sociais e sua função se liga à atividade de associar e defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos. Há conflitos entre os homens e entre os grupos sociais. Entre esses conflitos, há alguns notáveis pela intensidade, que são os conflitos políticos. As relações entre os grupos, instigadas por esses conflitos, agregando os grupos internamente ou os confrontando entre si, são as relações políticas. O conflito mais amplo, entre grupos consubstanciados em Estados, é a - guerra - nesse sentido tida como a continuação da política por outros meios, no dizer de Clausewitz.

POLÍTICA, MORAL E ÉTICA

A crise política sem fim e sem precedentes sugere algumas reflexões sobre o problema da ética na política. Nenhuma profissão é mais nobre do que a política, porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. A atividade política só se justifica se o político tiver espírito republicano, ou seja, se suas ações, além de buscarem a conquista do poder, forem dirigidas para o bem público, que não é fácil definir, mas que é preciso sempre buscar. Um bem público que variará de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas o qual se espera que ele busque com prudência e coragem. E nenhuma profissão é mais importante, porque o político, na sua capacidade de ladrão, que destrói instituições, roubando decisões da vida do povo, pode ter uma má influência sobre a vida das pessoas maior do que a de qualquer outra profissão.

A ética da política não pode ser diferente da ética da vida pessoal. E além de observar os princípios gerais, como não matar ou não roubar, o político deve mostrar ao povo que o elegeu sua capacidade de defender o bem comum, e o bem estar de toda a sociedade, sem se preocupar com o simples exercício do poder. Além de não distinguir, de qualquer forma, os demais membros da sociedade, deve ser capaz de mostrar à esses membros que assume a responsabilidade pela consecução deste objetivo. Exerce assim, o que se convencionou chamar da "ética da responsabilidade".

E a ética da responsabilidade leva em consideração as consequências das decisões que o político adota. Em muitas ocasiões, o político pode ser colocado frente a dilemas morais para tomar decisões. Mas, o político ciente, de sua obrigação com a ética da responsabilidade, sabe que não deve subverter seus valores e, muito menos aqueles que apresentou para seus eleitores.

PENSADORES E FORMAS DE GOVERNO

PENSADORES POLÍTICOS

Alberto Pasqualini, Alexis de Tocqueville, Anton Pannekoek, Aristóteles, Adam Smith, Auguste Comte, Baruch de Spinoza, Benjamin Constant, Charles de Montesquieu, Charles Fourier, Confúcio, Cornelius Castoriadis, Emma Goldman, Ernest Gellner, Errico Malatesta, Georges Sorel, Getúlio Vargas, Hannah Arendt, Henry David Thoreau, Isaiah Berlin, Jean Bodin, Jean-Jacques Rousseau, João Bernardo, John Locke, John Rawls, John Stuart Mill, Jürgen Habermas, Karl Marx, Leon Trotsky, Mao Tse-Tung, Max Stirner, Max Weber, Mikhail Bakunin, Nicolau Maquiavel, Noam Chomsky, Norberto Bobbio, Pierre-Joseph Proudhon, Platão, Plínio Salgado Ralph Waldo Emerson, Raymond Aron, Rosa Luxemburgo, Auguste de Saint-Simon, Thomas Hobbes, Thomas More, Vladimir Lenin, Voltaire

FORMAS DE GOVERNO

Anarquismo, Aristocracia, Cleptocracia, Comunismo, Demagogia, Democracia, Integralismo Monarquia, Minarquismo, Nazismo, Oclocracia, Oligarquia, Parlamentarismo, Plutocracia, Presidencialismo, República, Sociocracia, Tecnocracia, Teocracia, Totalitarismo

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ECONOMIA

Economia, como o próprio nome já diz, significa economizar. Se gastamos mais do que ganhamos, certamente teremos déficit no nosso orçamento doméstico e as consequências serão as mais desagradáveis, resultando num posterior endividamento. Assim é nas famílias e a nível dos governos. Em geral temos vários modelos de economia. Economia Privada, Economia Estatal e Economia Mixta, a que podemos também chamar de "Enonomia Regulamentada" .
A diferença entre a Economia Estatal e a Economia Privada é a seguinte: as estatais pertencem aos governos e não têm como prioridade o lucro, mas tão somente o "interesse popular." Subtendendo-se que pertençam ao povo. Já as companhias privadas pertencem aos particulares nacionais e aos grandes grupos estrangeiros (multinacionais) e têm como princípio a maximização do lucro, sempre muito relacionado com a lei da oferta e da procura, que funciona assim: se um determinado produto, por razões climáticas, ou outras quaisquer razões, tem uma queda na oferta, seu preço logo se eleva e menos pessoas têm condições de adquiri-lo. Já na Economia estatal socialista , esse produto continuará sendo consumido pelo mesmo número de pessoas, sem elevação de preço, mas agora em quantidades menores. Mas isto é claro num sistema socialista! Num sistema capitalista como o nosso, é claro que as estatais também se vêm obrigadas a aumentar seus preços, seguindo o regime de oferta e procura, mas como funcionam como reguladoras da Economia, têm sempre em conta os interesses sociais, pois não pertencem a investidores estrangeiros A verdade é que existe uma grande polêmica neste assunto! Então, qual a mais ideal para os interesses nacionais e do próprio povo? As estatais quase sempre são dirigidas por políticos e se transformam em grandes cabides de empregos. Já as privadas quase sempre são dirigidas por técnicos e executivos mais selecionadas no mercado de trabalho. Entretanto, existem estatais, que são exemplo de eficiência administarativa e de produção. As estatais têm ainda a vantagem de não tranferirem dinheiro para o exterior, facilitarem a propagação das novas tecnologias e recrutarem seus funcionários no mercado interno. Resumindo, poderíamos dizer, que, para o interesse do povo, o ideal seria contar com a participação privada sempre em concorrência com a estatal e outras formas de economia, como por exemplo a economia mixta, as médias e pequenas empresas e outras, que certamente surgirão com o passar dos tempos. A verdade é que esse ranço do capital privado internacional e de seus partidários daqui e lá de fora, contra as estatais e demais companhias "privadas nacionais", só interessa mesmo ao grande capital estrangeiro, pois o Brasil e demais países em desenvolvimento ainda não possuem capital suficiente para enfrentar a concorrência do capital estrangeiro, resultando assim numa total dependência a esse capital, que por sua vez gera todos esses males que debelitam essas sociedades, tais como: miséria, violência, analfabetismo, massificação, domestificação e descrença no futuro...

CONCLUSÂO - contiuamos a procurar um modelo econômico, que integre na sociedade esses milhões de excluídos, que tanta insegurança a ela vem transmitindo. Levando-se em conta a forma geométrica como a população mundial cresce, já beirando os 7 bilhões de almas, esse modelo é cada dia mais urgente.


DE OLHO NO PETRÓLEO DA LÍBIA


A Líbia, país do Norte de África. Banhado pelo mar Mediterrâneo, a norte, faz fronteira com o Egito, a leste, o Sudão, a sudeste, o Chade e o Níger, a sul, a Argélia, a oeste, e a Tunísia, a noroeste. O país tem uma área de 1 759 540 km2. As principais cidades são Trípoli, a capital de facto, com 1 111 900 habitantes (2004), Benghazi, a capital administrativa, com 636 600 habitantes, Misratah (218 100 hab.) e Az-Zawiyah (139 700 hab.).

Clima

O quadro geográfico da Líbia divide-se, basicamente, em duas áreas: uma que corresponde ao deserto do Sara, representando 90% do total do território e cujo clima é desértico quente; e outra, na costa norte do país, com um clima de características mediterrânicas.

Economia

O clima deste país limita a atividade agrícola, já que apenas 1% do território é arável. No entanto, o Governo líbio vem desde há vários anos a desenvolver projetos de irrigação com o objetivo de aumentar a quantidade de terras aráveis (como é exemplo o projeto concebido no oásis de Al-Kufrah), aumentando assim a produção das culturas tradicionais (como os cereais), ao mesmo tempo que incrementa novas culturas, algumas delas introduzidas pelos Italianos em meados do século XX, como a oliveira e o tabaco. A criação de gado ovino é também uma atividade relevante nas áreas semiáridas. Estes projetos têm sido financiados pelos rendimentos adquiridos na extração e exportação do petróleo, que é, aliás, a maior riqueza da Líbia, representando 99% dos lucros na exportação e constituindo 2/3 do rendimento nacional. A indústria petrolífera está totalmente nacionalizada, pois desde a descoberta das jazidas de petróleo, em 1959, o Governo líbio assegurou o controlo da exploração deste recurso energético. O país integra, desde 1962, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Quanto ao setor industrial (que absorve 30% dos ativos, segundo dados de 1995), não se pode afirmar que se encontra desenvolvido, uma vez que se resume a pequenas indústrias de manufatura. Os principais parceiros comerciais da Líbia são a Itália, a Alemanha, a Espanha e a França.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 8,3.

População

Tem uma população de 5 900 754 habitantes (2006), maioritariamente concentrados na costa mediterrânica. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 26,49%o e 3,48%o. A esperança média de vida é de 76,69 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,783 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 8 323 000 habitantes. Os árabes e os berberes líbios representam 97% da população. A língua oficial é o árabe.

História

A Líbia deve a sua identidade histórica à Sanusiyah, uma ordem islâmica, que nasceu no Império Otomano e que pregava um Islamismo puro, ao mesmo tempo que dava assistência educacional e material, contribuindo assim para a origem de um sentimento de unidade, que se propagou à medida que a própria ordem se espalhava pelo território. A Sanusiyah teve, aliás, um papel preponderante durante a colonização do território por parte da Itália, colonização essa que se iniciou em 1911. Desta data até ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Itália deparou com grandes dificuldades para subjugar os líbios. Esta situação alterou-se com a tomada do Poder em Itália por parte dos fascistas, que nomearam de imediato um governador capaz de impor a vontade italiana no território. Tal foi conseguido com algum sucesso, embora a região de Cirenaica, no Nordeste da Líbia, de forte implantação sanusiyah, constituísse um autêntico enclave, que os italianos nunca conseguiram verdadeiramente dominar.
A colonização italiana, que foi reforçada em 1935 por uma colonização demográfica, como a denominou Benito Mussolini, contribuiu para um rápido desenvolvimento a todos os níveis, situação que durou até à Segunda Guerra Mundial, altura em que as campanhas no Norte de África destruíram quase por completo a estrutura económica do país. Mas, no meio deste descalabro, algo de positivo aconteceu, pois, graças ao voluntarismo de forças Sanusi, que lutaram ao lado dos Aliados, nomeadamente ao lado dos Ingleses, a Líbia encontrou apoio suficiente para contrariar a pretensão da Itália de permanecer no país. Esta pretensão foi definitivamente contrariada na sede da Assembleia Geral das Nações Unidas, quando foi votada uma resolução onde se podia ler que a Líbia deveria tornar-se um reino independente até 1 de janeiro de 1952. Assim, em 1950, o líder dos Sanusiyah, o pró-britânico Sidi Muhammad Idris, foi escolhido como rei por uma assembleia nacional. O rei Idris I declarou a independência a 24 de dezembro de 1951, ao mesmo tempo que proibia a existência de partidos políticos, orientando o seu poder por linhas fundamentalistas.
Apesar do apoio ocidental à monarquia líbia, este país nunca conseguiu deixar a situação económica e socialmente precária herdada da Segunda Guerra Mundial, quadro que só foi alterado quando foram descobertas, em 1959, as primeiras de muitas jazidas de petróleo. Dez anos mais tarde, mais precisamente a 1 de setembro, um grupo de jovens militares, chefiado pelo coronel Muhammar Khadaffi, depôs Idris I e tornou a Líbia numa república. A partir de então, a política da Líbia (país que em 1977 adotou o socialismo como ideologia dominante) foi orientada para a procura de uma união entre os países árabes. Esta união, no entanto, nunca foi verdadeiramente conseguida, já que muitos têm sido os governos descontentes com o apoio dado por Khadaffi a vários grupos terroristas e organizações revolucionárias. Tal circunstância tem contribuído ainda para a crescente deterioração nas relações com os países ocidentais, principalmente com os Estados Unidos da América e com a Inglaterra e a França, adversários das pretensões líbias sobre a fronteira com o Chade, uma zona mineralmente muito rica. O contínuo isolamento internacional, agravado pelo embargo económico decretado pelas Nações Unidas na sequência de um atentado de que resultaram 270 mortos, tem contribuído para um declínio económico. Há contudo, sinais de mudança. Embora a Amnistia Internacional continue a criticar a violação dos direitos humanos aqui existente, reconhece, que se registam progressos no sentido de uma maior aproximação com a Comunidade Internacional, desde que Khadaffi renunciou às armas de destruição maciça e reconheceu, com indemnizações, a sua responsabilidade por vários atos terroristas.
Além de sua riqueza petrolífera, a Líbia faz fronteira com o Chade, uma das fronteiras mais ricas em minerais do mundo, o que por si só, explica esses gastos exorbitantes com armamentos dos países mais industrializados, cuja poderosa máquina propagandística é tão ou mais poderosa, que as não menos poderosas armas bélicas. Ficamos perplexos com as declarações dos responsáveis por essas agressões ao povo Líbio. O que esses senhores deveriam dizer a esse povo, é que estão defendendo os seus interesses econômicos naquele país, com a ajuda de uma minoria de exilados bem nutridos, espalhados pelo mundo, que pretendem sejam os representantes de seus interesses após a queda de Kadaffi.
Se Kadaffi fosse realmente inimigo de seu povo, estaria fornecendo armas para esse mesmo povo?
Enfim, virou moda invadir os países mais pobres...Tudo com a complascência dos mais ricos! Cadê a voz da China e da Rússia, países, que pelo seu potencial bélico , poderiam dar um não a essa agressão covarde...
E cadê a Igreja? Nada! Nada! á tive orgulho de pertencer, mas, que agora, embora a ele pertencendo, mais pela minha fé e tradição católica, manifesto minha decepção por todas estas maldades, que vo contra todos esses povos pobres, mas ricos em recursos naturais e cultura, causando-nta dor e sofrimento! Mas é bom dizer a estes povos mártires, que o povo do Ocidente em sua maioria também participa de sua dor, porque também é vítima da ganância desses senhores, sidade com o povo a que se dizem pertencer! O dia em que nossos povos acordarem e souberem escolher seus dirigentes, seremos um só povo, independentemente de religião, raça ou cultura, e, aí sim,teremos a verdadeira paz. E os arsenais bélicos, que tanto lucro dão a estes criminosos de pasta e gravata, irão todos pelos ares...
Matéria em construção...


A IGREJA CATÓLICA


A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religio, mas desconhece-se ao certo que relações estabelece religio com outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao nascimento do cristianismo, religio referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
A palavra "religião" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presença do cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizações não existe uma palavra equivalente. O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem cósmica do mundo, com a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que também se referia à correcta execução dos ritos pelos brâmanes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente é também usado pelo budismo e que exprime a ideia de uma lei divina e eterna.
Historicamente foram propostas várias etimologias para a origem de religio. Cícero, na sua obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico das pessoas religiosas prestarem muita atenção a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. Esta proposta etimológica sublinha o carácter repetitivo do fenómeno religioso, bem como o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e IV d.C.) rejeita a interpretação de Cícero e afirma que o termo vem de religare, religar, argumentando que a religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus.


A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente no que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.
A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).
No campo político, os reis estavam descontentes com o Papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

A Reforma Luterana
O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.
As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto às imagens e revogou o celibato.


A Igreja Católica foi fundada por Constantino?
Alessandro Lima

Não, a Igreja Católica não foi fundada por Constantino.

O imperador Constantino, também conhecido como Constantino Magno (O Grande) ou Constantino I, nasceu em 274 e faleceu em 337, foi imperador durante 31 anos: de 306 a 337. Era filho de Constâncio Cloro e Helena, uma cristã que se tornou Santa Helena. Casou-se com Faustina, filha de Maximiliano Hércules.

No início do século quarto, o Cristianismo já estava espalhado por quase todo o mundo, penetrando até na classe nobre e era muito perseguido pelos imperadores romanos, que tentavam a todo custo, com o poder das armas, destruir o poder da fé, mas não conseguiam.

Após a morte do imperador Galério o poder ficou dividido entre Maxênico que se intitulou imperador; e Constantino, aclamado como imperador pelos soldados. Os dois ambicionavam pelo poder absoluto, tal luta se encerrou no dia 28 de outubro de 312, com a vitória de Constantino junto à Ponte Mílvia. Ocorre que Constantino viu no céu uma cruz com a inscrição "In hoc signo vinces" - "Com este sinal vencerás" - este foi um marco para sua conversão, que não se deu de uma hora para outra, foi batizado somente em 337, no fim de sua vida.

Em 313, deu liberdade de culto aos cristãos com o chamado Edito de Milão : "Havemos por bem anular por completo todas as retrições contidas em decretos anteriores, acerca dos cristãos - restrições odiosas e indignas de nossa clemência - e de dar total liberdade aos que quiserem praticar a religião cristã". Era Papa Melcíades, que se tornou São Melcíades, o 32º Papa, tendo Pedro como o 1º. Assim não há que se falar que Constantino é o fundador da Igreja de Cristo, ele apenas deu liberdade aos cristãos, acabando com dois séculos e meio de perseguição e martírio.

Então quem fundou a Igreja Católica?

Foi o próprio Senhor Jesus Cristo.

A palavra igreja deriva de outra palavra grega, que significa assembléia convocada. Neste sentido a Igreja é a reunião de todos os que respondem ao chamado de Jesus:

"...ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 10,16).

Jesus Cristo tinha intenção de fundar uma Igreja, a prova bíblica de sua intenção, encontramos em (Mt 16,18): "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".

Outras passagens são também importantes para constatarmos o propósito de Jesus em fundar a Igreja:

A escolha dos doze apóstolos:

- Depois subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a Ele. Designou doze entre eles para ficar em sua companhia". (Mc 3,13-14).

- A escolha precisa de doze apóstolos tem um significado muito importante. O Senhor lança os fundamentos do novo povo de Deus. Doze eram as tribos de Israel, surgidas dos doze filhos de Jacá; doze foram os apóstolos para testemunhar a continuidade do Plano de Deus por meio da Igreja.

A Última Ceia

- "Tomou em seguida o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este é o cálice da nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós..." (Lc 22,19-20).

- Assim como era costume para os judeus, Jesus também reuniu os seus apóstolos para celebrar a páscoa. Durante esta cerimônia foi celebrada a última ceia. Jesus se apresenta como o novo e verdadeiro cordeiro, dá aos seus seguidores o alimento do Seu corpo e sangue.

- As palavras "fazei isto em memória de mim" apresentam o distintivo do novo povo de Deus. Deste modo, a última ceia passou a ser o alicerce e o centro da vida da Igreja que estava nascendo. Afinal, por meio da ceia o Senhor se torna de um modo mais forte presente entre o seu povo.

- E, finalmente, segundo Santo Agostinho, a Igreja começou "onde o Espírito Santo desceu do céu e encheu 120 pessoas, que se encontravam na sala do Cenáculo". O derramar do Espírito, em Pentecostes, foi como a inauguração oficial da Igreja para o mundo.

Estamos vivendo um momento do cristianismo onde muitas igrejas são criadas a cada momento :

Os luteranos foram fundados por Martinho Lutero em 1524.

Os anglicanos pelo rei Henrique VIII em 1534, porque o Papa não havia permitido seu divórcio para se casar com Ana Bolena.

Os presbiterianos por John Knox em 1560.

Os batistas por John Smith em 1609.

Os metodistas por John wesley em 1739 quando decidiu separar-se dos anglicanos.

Os adventistas do sétimo dia começaram com Guilherme Miller e Helen White no século passado.

A congregação cristã do Brasil fundada por Luigi Francescom em 1910.

As assembléias de Deus têm sua origem no despertar pentecostal de 1900 nos EUA. Muitas pessoas saíram de diferentes igrejas evangélicas para formar novas congregações pentecostais. Em 1914 mais de cem destas novas igrejas se juntaram para formar esta nova organização religiosa.

A igreja do evangelho quadrangular foi fundada na década de 20 pela missionária canadense Aimeé Semple McPathersom, que passou da igreja batista para a pentecostal.

A igreja Deus é amor foi fundada por David Miranda em 1962.

A renascer em Cristo surgiu a alguns anos, fundada po Estevan Hernandez.
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A igreja universal do re Deus surgiu em 1977, fundada por Edir Macedo.

Isto além de outras denominações menores que foram surgindo a partir dessa, cada uma delas sendo fundadas por homens, com diferenças em suas doutrinas e cultos. A pergunta é simples: Como o Espírito Santo poderia animar tantas divisões, Ele que é fonte de unidade? Como identificar a Igreja de Cristo?

No credo do Primeiro Concílio de Constantinopla (ano 381), são apresentados os traços, que permitem reconhecer os sinais da Igreja de Cristo:

"Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica"

UNA : A Igreja deve ser UMA do mesmo modo como existe "um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef 4,5). A intenção de Jesus Cristo foi fundar uma só Igreja.

SANTA : em virtude do seu fundador: Jesus Cristo. Foi ela que recebeu uma promessa fundamental:

"...as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18).

Deste modo, a razão da própria existência da Igreja está em ser um instrumento de santificação dos homens: "Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade" (Jo 17,19).

CATÓLICA : porque foi estabelecida para reunir os homens de todos os povos, para formar o único povo de Deus: "Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19).

APOSTÓLICA : porque está construída sobre o "fundamento dos Apóstolos..." (Ef 2,20). A garantia da legitimidade da Igreja está na continuidade da obra de Jesus por meio da sucessão apostólica. Tudo o que Jesus queria para a sua Igreja foi entregue aos cuidados dos apóstolos: a doutrina, os meios para santificação e a hierarquia. Quando surgiu a "expressão" Igreja católica?

A palavra católica em relação à Igreja, foi usada pela primeira vez no segundo século da era cristã por Santo Inácio, bispo de Antioquia, na carta dirigida aos esmirnenses: "Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Jesus nos assegura a presença da Igreja católica".

Foi empregada para destacar o sentido universal da Igreja de Cristo. Aos poucos a palavra católica foi sendo usada para definir aqueles, que estavam de fato seguindo a doutrina de Jesus. No final do século II, a igreja cristã já era conhecida como Igreja católica.


Qual é a única Igreja de Cristo?

Encontramos a resposta em uma afirmação do Concílio Vaticano II: "A única Igreja de Cristo(...) é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar (Jo 21,17) e confiou a ele e aos demais apóstolos para propagá-la e regê-la (Mt 28,l8ss), levantando-a para sempre como coluna da verdade (1Tm 3,15)... Esta Igreja(...) subsiste na Igreja católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele" (LG 8).

Examinando os textos bíblicos já apresentados, somos levados a concluir que Jesus fundou somente uma Igreja.

A Pedro disse: "...sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18); apresentou-se como o bom pastor dizendo: "...haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 1016); na sua oração sacerdotal orou ao Pai: "...para que sejam um, como nós somos um... para que sejam perfeitos na unidade..." (Jo 17,22.23).

Jesus só pode ser a cabeça de um corpo, do mesmo modo como somente pode desposar uma noiva, assim como Deus teve somente um povo entre os vários povos.

Entretanto, a Igreja católica reconhece que nestes quase 2000 anos de cristianismo os homens, por causa de seus pecados, arranharam a unidade do Corpo de Cristo. Essas divisões fizeram surgir novas denominações. Observa a Igreja que em muitas delas existem "elementos de santificação e de verdade" (LG 8).

Organização e Governo na Igreja Católica

Conheça como é estruturada e governada a Igreja Católica em todo o mundo.

Como sociedade estruturada, a Igreja Católica está organizada e governada especialmente em base a jurisdições correspondentes ao Papa e aos bispos.
O Papa é a cabeça suprema da Igreja. Ele tem a primazia de jurisdição como a honra sobre toda a Igreja.
Os bispos, em união e subordinados ao Papa, são os Sucessores dos Apóstolos para o cuidado da Igreja e para continuar com a missão do Senhor Jesus no mundo. Eles servem o povo de sua própria diocese, ou igrejas particulares, com autoridade ordinária e jurisdição. Eles também compartilham com o Papa, e entre eles, a comum preocupação e esforço pelo bom andamento de toda a Igreja.
Os bispos de status especial são os patriarcas do Rito Pascal, que dependem somente do Santo Padre, são cabeças dos fiéis que pertencem a estes ritos em todo o mundo.
Os bispos são diretamente responsáveis perante o Papa, pelo exercício de seu ministério ao serviço de seu povo em várias jurisdições ou divisões da Igreja pelo mundo.

Podem ser: Arcebispos residentes e Metropolitanos (cabeças de arquidiocese), Bispos diocesanos (cabeças de dioceses), Vigários e Prefeitos Apostólicos (cabeças de pastorais apostólicas e prefeituras apostólicas), Prelados (cabeças de uma Prelatura) e Administradores Apostólicos (responsáveis temporais por uma jurisdição).
Cada um destes, em seus respectivos territórios e de acordo com a lei canônica, têm jurisdição ordinária sobre os párocos (que são responsáveis pela administração das paróquias), sacerdotes, religiosos e leigos.
Também dependem diretamente do Santo Padre os Arcebispos e Bispos titulares, ordens religiosas e congregações de Direito Pontifício, institutos e faculdades Pontifícias, Núncios do Papa e Delegados Apostólicos. Assistindo o Papa e atuando em seu nome no governo central e administração da Igreja estão os cardeais da Cúria Romana.
greja Católica - Entendendo o RH de sua administração

A Igreja Católica tem metas e critérios espirituais, mas lida também com uma gigantesca estrutura de pessoal, além de empregar também um engenhoso sistema de gestão financeira.

Entenda como funciona o RH dessa organização espiritual da fé.

Baseado no artigo de Karla Spotorno e Marcelo Musa Cavallari - Revista Época Negócios

A igreja Nossa Senhora do Brasil, localizada num dos bairros mais elegantes de São Paulo, não tem mais datas disponíveis para casamento até o fim de 2010, com o vigário paroquial Anderson Banzatto, 27 anos, gerente de casamentos já agendando casamentos que só ocorrerão no ano que vem, sob a bela arquitetura da igreja, que atrai até turistas estrangeiros.

Já na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, uma das áreas mais carentes da Zona Sul de São Paulo, o padre Jaime Antônio Diaz Cadavid, 63 anos, recebe as pessoas nos bancos da igreja, uma construção simples, que lembra um pequeno galpão. Não há escritório. Muito menos ar-condicionado e computador. Fosse uma empresa, a igreja católica talvez fechasse Santa Paulina, cuja receita gira em torno de R$ 2 mil por mês. Já o pároco da Nossa Senhora do Brasil receberia um generoso bônus.

Mas não é esse tipo de resultado que entra em consideração quando se trata de administrar a igreja. Com seus 5 mil bispos, 409.166 sacerdotes e 739.067 religiosos espalhados pelo mundo, segundo o Anuário Pontifício publicado no último dia 20 com dados de 2008, a igreja católica pode parecer mais um exército altamente hierarquizado sob as ordens do papa, do que uma multinacional lucrativa. E se não é uma empresa, do ponto de vista administrativo a igreja funciona ao contrário de um exército: as menores unidades são autônomas em relação às maiores.

Administrativamente, entenda-se. A doutrina é a mesma, os sacramentos são os mesmos. O objetivo é o mesmo: “Evangelizar e cultuar a Deus”, nas palavras do padre Helio Pereira de Campos Filho. Não é o tipo de coisa que você está acostumado a ouvir de um supervisor administrativo. Mas é essa função, que o padre Helio exerce como superintendente da Comissão Administrativa Metropolitana, o órgão responsável pela administração da diocese de São Paulo. Uma diocese é a região sob a jurisdição de um bispo. Os padres ligados a ela são os diocesanos, ou seculares. Algumas ordens religiosas têm padres também, mas gerenciados por essas ordens, cada uma com suas regras específicas.

A estrutura administrativa básica da igreja é a diocese. A de São Paulo, mesmo sem atingir toda a cidade, é a terceira maior do mundo, atrás apenas das mexicanas de Guadalajara e da Cidade do México. Como é muito grande, a diocese de São Paulo é uma arquidiocese, e o arcebispo, o cardeal Dom Odilo Scherer, conta com bispos auxiliares para ajudá-lo a geri-la. Dom Odilo responde diretamente ao papa e tem sob suas ordens os padres que cuidam das 287 paróquias da cidade. “As paróquias são comunidades que chegaram à condição de sustentar suas atividades religiosas”, diz o padre Helio. E assim é que a igreja, hierárquica na obediência, funciona de baixo para cima na administração.

A paróquia é autônoma. Vive do dinheiro que os fiéis dão como dízimo, como oferta durante as missas ou como espórtula, o pagamento para realizar casamentos, missas votivas, batizados. Com esse dinheiro, o pároco paga as contas (de água, luz...), financia todo tipo de atividade que a paróquia realiza e retira sua parte. Não há vínculo empregatício entre o padre e a igreja. Assim, ele não recebe salário, mas uma remuneração chamada côngrua, que cresce de acordo com o tempo de ordenação, mas está longe de representar um plano de carreira sedutor. Do primeiro ao quinto ano depois de ordenado, o padre recebe, em São Paulo, o equivalente a 2,5 salários mínimos. Do quinto ao décimo quinto ano, a côngrua equivale a três salários mínimos. Do décimo quinto ao vigésimo quinto, quatro salários e, daí em diante, cinco salários. Mesmo que o padre tenha outra fonte de renda (sim, isso é permitido), com alguma função na cúria ou dando aulas, ou que ainda receba o aluguel de um imóvel, a recomendação é que viva com no máximo sete salários mínimos, ou R$ 3.570 mensais.

Se a paróquia gerar dinheiro suficiente, pode contratar empregados. Na Nossa Senhora do Brasil, são 15 os funcionários, que administram também duas creches. Se não tiver recursos para contratar, a paróquia muitas vezes recorre ao voluntariado, outra forma de doação dos fiéis, em forma de trabalho, como acontece na paróquia Santa Paulina, em Heliópolis, onde todas as tarefas são realizadas pelo padre Jaime, com ajuda dos fiéis da comunidade. Colombiano de nascimento, padre Jaime estudou filosofia e teologia. Morou na Itália e em Londres. Depois de ordenado, trabalhou no Quênia, no Equador e na Amazônia colombiana. Quando completou 60 anos, foi designado para a paróquia de Heliópolis, embora não desejasse começar do zero um projeto de evangelização na idade de se aposentar. “Meus parentes não gostaram nada da mudança”, afirma padre Jaime.

Como uma Instituição que envia dividendos à matriz, cada paróquia tem de repassar à cúria, o órgão que administra a diocese, uma certa quantia. Trata-se de um valor fixo, não uma porcentagem, decidida pela cúria, levando em consideração a capacidade de cada paróquia. A mesma relação que a paróquia tem com a diocese, esta tem com o Vaticano. Anualmente há alguns dias em que a coleta, o dinheiro arrecadado nas missas, vai para a sede mundial da igreja. Dia 29 de junho, por exemplo, é o óbolo de São Pedro, e o dinheiro migra para a cúria romana.

Fonte(s):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o
http://www.suapesquisa.com/protestante/


DISCURSO DE POSSE DE JUSCELINO

DISCURSO DE POSSE DE JANGO EM 1961

COMÍCIO NA CENTRAL DO BRASIL - 1964

DISCURSO DO DIA DO TRABALHADOR EM S. JANUÁRIO - 1951 - GETÚLIO VARGAS

O TRATADO DE JOHN METHUEN (TRATADO DOS PANOS E VINHOS)

O Tratado de Methuen, também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, foi um diploma assinado entre a Grã-Bretanha e Portugal, em 27 de dezembro de 1703. Foram seus negociadores o embaixador extraordinário britânico John Methuen, por parte da Rainha Ana da Grã-Bretanha, e D. Manuel Teles da Silva, marquês de Alegrete.
Em 1703, Portugal e Inglaterra assinaram um tratado que cristalizaria a dependência de Portugal em relação à Inglaterra, o Tratado de Methuen.

Pelos seus termos, os portugueses se comprometiam a consumir os têxteis britânicos e, em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal. Por isso esse tratado também ficou conhecido como o Tratado dos Panos e Vinhos.

Com três artigos, é o texto mais reduzido da história diplomática européia:

"I. Sua Majestade ElRey de Portugal promete tanto em Seu proprio Nome, como no de Seus Sucessores, de admitir para sempre daqui em diante no Reyno de Portugal os Panos de lãa, e mais fábricas de lanificio de Inglaterra, como era costume até o tempo que forão proibidos pelas Leys, não obstante qualquer condição em contrário.

II. He estipulado que Sua Sagrada e Real Magestade Britanica, em seu proprio Nome e no de Seus Sucessores será obrigada para sempre daqui em diante, de admitir na Grã Bretanha os Vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja Paz ou Guerra entre os Reynos de Inglaterra e de França), não se poderá exigir de Direitos de Alfândega nestes Vinhos, ou debaixo de qualquer outro título, directa ou indirectamente, ou sejam transportados para Inglaterra em Pipas, Toneis ou qualquer outra vasilha que seja mais o que se costuma pedir para igual quantidade, ou de medida de Vinho de França, diminuindo ou abatendo uma terça parte do Doreito do costume. Porem, se em qualquer tempo esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como acima he declarado, for por algum modo infringido e prejudicado, Sua Sagrada Magestade Portugueza poderá, justa e legitimamente, proibir os Panos de lã e todas as demais fabricas de lanificios de Inglaterra.

III. Os Exmos. Senhores Plenipotenciários prometem, e tomão sobre si, que seus Amos acima mencionados ratificarão este Tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as Ratificações."

Obs. O Tratado acima, descrito no português da época...

Referências

1. ↑ Veríssimo Serrão. História de Portugal (v. V), p. 229.

Bibliografia

* AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal Económico (2ª ed.). Lisboa: 1947.
* CORREIA, Francisco António. O Tratado de Methuen. Lisboa: 1929.
* FRANCIS, D. H.. John Methuen and the Anglo Portuguese Treaties of 1703. in: The Historical Journal, III, Londres, 1960.
* LODGE, Richard. The Treaties of Methuen. in: Chapters in Anglo-Portuguese Relations, Wastford, pub. Edgar Prestage, 1935.
* SAMPAIO, Luís Teixeira de. Para a história do Tratado de Methuen. in: O Instituto, vol. LXXVI, nº 1, Coimbra, 1928.
* TENREIRO, Guerra. Douro, Esboços de História Económica. in: Origens do Comércio do Vinho do Porto. Porto: 1942.

...E ASSIM NASCEU NATAL (RN)




Município do Natal
"Cidade do Sol"
"Noiva do Sol"
"Capital Espacial do Brasil"
Do topo, da esquerda para a direita: Ponte Newton Navarro e Rio Potenji, com uma visão parcial do bairro Santos Reis ao fundo; Morro do Careca; Catedral Metropolitana de Natal; Fortaleza dos Reis Magos; Pórtico dos Reis Magos; Rua Chile e visão noturna da Praia de Ponta Negra e do bairro homônimo.

Do topo, da esquerda para a direita: Ponte Newton Navarro e Rio Potenji, com uma visão parcial do bairro Santos Reis ao fundo; Morro do Careca; Catedral Metropolitana de Natal; Fortaleza dos Reis Magos; Pórtico dos Reis Magos; Rua Chile e visão noturna da Praia de Ponta Negra e do bairro homônimo.
Bandeira do Natal
Brasão do Natal
Bandeira Brasão

Aniversário 25 de dezembro
Fundação 25 de dezembro de 1599 (415 anos)
Gentílico natalense
Padroeiro(a) Nossa Senhora da Apresentação
Prefeito(a) Carlos Eduardo Alves (PDT)
(2013–2016)
Localização
Localização do Natal
Localização do Natal no Rio Grande do Norte
Natal está localizado em: Brasil
Natal
Localização do Natal no Brasil
05° 47' 42" S 35° 12' 32" O
Unidade federativa  Rio Grande do Norte
Mesorregião Leste Potiguar IBGE/2008
Microrregião Natal IBGE/2008
Região metropolitana Natal
Municípios limítrofes Norte: Extremoz;
Sul: Parnamirim;
Leste: Oceano Atlântico;
Oeste: Macaíba e São Gonçalo do Amarante.
Distância até a capital 2 227 km
Características geográficas
Área 167,273 km² (RN: 104º)
População 862 044 hab. (RN: 1°/BR: 19º) –  IBGE/2014
Densidade 5 153,52 hab./km²
Altitude 30 m 
Clima Tropical úmido As
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,763 (RN: 2°) – alto PNUD/2010
PIB R$ 12 266 519 mil (BR: 45º) – IBGE/2011
PIB per capita R$ 15 129,28 IBGE/2011
Página oficial
Prefeitura www.natal.rn.gov.br
Câmara www.cmnat.rn.gov.br

Natal é um município brasileiro, capital do estado do Rio Grande do Norte, pertencente à Região Metropolitana de Natal, à microrregião de Natal, à mesorregião do Leste Potiguar e ao Polo Costa das Dunas. A cidade nasceu às margens do rio Potengi e do Forte dos Reis Magos, no extremo-nordeste do Brasil, numa região chamada "esquina do continente", distante 2.507 quilômetros de Brasília. É conhecida como a "Cidade do Sol" ou "Noiva do Sol" por ser uma das localidades com o maior número de dias de sol no Brasil, chegando a aproximadamente trezentos.Também a chamam de "Capital Espacial do Brasil" devido às operações da primeira base de foguetes da América do Sul, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno no município limítrofe de Parnamirim.

Fundada em 1599, às margens do Rio Potenji, a cidade é conhecida mundialmente e conta com importantes monumentos, parques e museus e pontos turísticos, como o Teatro Alberto Maranhão e a Coluna Capitolina Del Pretti, no Centro Histórico, além de outras atrações como a Ponte Newton Navarro, o Museu Câmara Cascudo, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, o Museu de Cultura Popular, o Parque das Dunas, a Catedral Metropolitana e praias como Ponta Negra e dos Artistas, e eventos de grande repercussão, como a Feira Internacional de Artesanato (FIART), o Carnatal, as festas juninas e as comemorações natalinas. É também conhecida como a "Capital Espacial do Brasil", devido às operações da primeira base de foguetes da América do Sul, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, hoje localizada no município limítrofe de Parnamirim.

Capital menos violenta do Brasil, décima-quarta cidade mais segura do Brasil e terceira capital com melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste, é a vigésima cidade mais populosa do país, detendo em 2010 uma população de 803.311 habitantes (ou 1.350.840, contando a região metropolitana). Deve-se observar que há áreas conurbadas à cidade, porém pertencentes aos municípios vizinhos, como Nova Parnamirim, com aproximadamente 50 mil habitantes, que é uma extensão da zona sul da cidade, dentro do município vizinho de Parnamirim, e outras áreas do aglomerado urbano da metrópole. Atualmente a cidade cresce num ritmo alucinante, contando, só na Zona Norte, com uma população de cerca de 300 mil habitantes. Atrai aproximadamente 2 milhões de turistas ao ano por contar com muitas praias e belezas naturais e também por sediar a maior micareta do país, o Carnatal, o que faz com que a cidade se configure como a oitava cidade mais visitada por turistas do Brasil (dado de 2005) e a mais visitada por portugueses. O município foi eleito pela Aviesp (Associação das Agências de Viagens Independentes do Estado de São Paulo) como o melhor destino turístico do Brasil em 2007, e também é uma das cidades com o maior número de leitos turísticos do Brasil, sendo aproximadamente 28 mil.

Historicamente, a cidade teve grande importância durante a Segunda Guerra Mundial em 1942 durante a Operação Tocha, já que os aviões da base aliada americana se abasteciam com combustível no lugar que hoje é o Aeroporto Internacional Augusto Severo, sendo classificada como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo" pelo Departamento de Guerra dos EUA, junto com Suez, Gibraltar e Bósforo. Natal é a segunda menor capital do país em área territorial e, por isso, possui uma das mais altas densidades demograficas do país.

Catedral Metropolitana de Natal
É o trigésimo-sexto maior PIB municipal da nação, sendo que sua economia não se resume só no turismo, mas também no comércio, indústria e construção civil, tanto que foi eleita a quarta melhor cidade do Nordeste para se trabalhar e a capital do Nordeste em que se paga melhor a um trabalhador em um emprego formal no Nordeste do Brasil, tendo também o quinto maior poder de compra por parte da população no Brasil. É terra do folclorista Luís da Câmara Cascudo e do poeta Ferreira Itajubá, possuindo monumentos históricos como o Teatro Alberto Maranhão e a Coluna Capitolina Del Pretti, ambos no Centro Histórico de Natal, além de outras atrações como a Ponte Newton Navarro, o maior cajueiro do mundo, o Parque da Cidade e praias como Ponta Negra, Genipabu e Pipa.

É a capital brasileira mais próxima do continente europeu, estando situada numa espécie de triângulo natural com um vértice para o norte, que é banhado de um lado pelo Rio Potengi e de outro pelo Oceano Atlântico, recebendo ventos constantes, condição que lhe concedeu o título, segundo a NASA, de cidade detentora do ar mais puro e renovável do continente sul-americano. Está localizada no litoral do estado, numa região essencialmente cercada de dunas, com uma altitude média de trinta e três metros acima do nível do mar.









História

O Forte dos Reis Magos, por Gillis Peeters.
Até o ano 1000, aproximadamente, a região do atual município de Natal era habitada por povos indígenas tapuias. Nessa época, a região foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia, os quais expulsaram os tapuias para o interior do continente. No século XVI, a região era habitada por um desses povos tupis, os potiguaras.
A história da Capitania do Rio Grande do Norte teve início a partir de 1535, com a chegada de uma frota comandada por Aires da Cunha, a serviço do donatário João de Barros e do Rei de Portugal. O objetivo era colonizar as terras da região, tarefa esta dificultada pela forte resistência dos indígenas potiguaras e dos piratas franceses que traficavam pau-brasil. Estava iniciada a trajetória histórica da área situada na esquina da América do Sul.
Praça André de Albuquerque. Este foi o local onde, segundo historiadores, foi celebrada uma missa após a fundação de Natal.
Mais tarde, em 25 de dezembro de 1597, uma nova esquadra comandada por Manuel Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque entrava na barra do Rio Potengi. A primeira providência adotada pelos expedicionários foi tomar precauções contra os ataques indígenas e dos corsários franceses. Doze dias depois da chegada, no dia 6 de janeiro de 1598, começaram a construção de um forte sobre os arrecifes situados nas redondezas da chamada Boca da Barra. A edificação foi chamada de Fortaleza da Barra do Rio Grande e foi concluída no dia 24 de junho do mesmo ano. Nas circunvizinhanças, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de "Cidade dos Reis". Tempos depois, o povoado mudou de nome, passando a se chamar "Cidade do Natal".
Natal no início do século XX (1903).
Após a expulsão dos franceses e a construção de uma fortaleza, ainda restava fundar uma cidade. Devido à destruição de documentos por holandeses, a história de fundação da capital potiguar foi perdida. Há uma luta entre historiadores potiguares para reconstituir esse acontecimento, porém ela tem gerado controvérsias no que se refere aos tempos. Por isso, não se sabe ao certo quem fundou Natal. Uma das versões afirma que ela foi fundada após Manuel Mascarenhas Homem ter designado Jerônimo de Albuquerque como comandante da fortaleza, que depois seguiria à Bahia para prestar contas da missão desempenhada. Avanços de pesquisas já comprovaram que Mascarenhas não designou Jerônimo para poder exercer a função de capitão-mor do Rio Grande e que ele não se encontrava presente na data da fundação da cidade, não podendo, portanto, ser considerado como fundador de Natal. Porém, sabe-se que a data de fundação da cidade é 25 de dezembro de 1599. Outra hipótese ainda afirma que Natal foi fundada por João Rodrigues Colaço, e depois da fundação teria sido celebrada uma missa no local que corresponde à atual Praça André de Albuquerque.
Com a presença neerlandesa da Companhia das Índias Ocidentais na região, a vida da cidade começou a evoluir. A fortaleza, que antes era de taipa, passou a ser de alvenaria e a se chamar Forte de Kenlen. Natal, então, virou Nova Amsterdã, durante o período da invasão holandesa, compreendida entre 1633 e 1654.
A Coluna Capitolina, doada à
cidade por Benito Mussolini.
Seu crescimento foi acentuadamente lento nos primeiros séculos de sua existência. Segundo o historiador Câmara Cascudo, Natal tinha apenas 6 393 habitantes no final de 1805, passando para mais de dezesseis mil pessoas no final do século XIX. Somente a partir de 1922 a cidade começou a se desenvolver em ritmo mais acelerado. Além do crescimento, a cidade também começou a ter destaque na história da aviação: hidroaviões começaram a aterrissar sobre as águas do Rio Potenji. Mais tarde, foi a vez dos aviões, que pousavam em um campo de terra firme. A primeira esquadrilha a chegar em Natal e aterrissar sobre o rio Potenji foi a do exército dos Estados Unidos, em 1927, comandada pelo major Herbert Dangue.
No dia de Ano-Novo, em 1931, o navio italiano "Lazeroto Malocello", comandado pelo capitão de fragata Carlo Alberto Coraggio, chegou a Natal, trazendo a Coluna Capitolina, doada pelo chefe do governo da Itália, o fascista Benito Mussolini, com o objetivo de comemorar o "raid" Roma-Natal, realizado pelos aviadores Del Prete e Ferrarin. Essa peça foi encontrada nas ruínas da Roma Antiga. Cinco dias mais tarde, no dia dos Reis Magos (6 de janeiro), a capital norte-riograndense foi visitada pela esquadrilha da Força Aérea italiana.
Em 1935, a cidade foi alvo de rebelião e violência com a Intentona Comunista, liderada principalmente por comunistas. Essa rebelião foi gerada principalmente por setores da população descontentes com a atuação de Mário Câmara, governador do Rio Grande do Norte na época. Ela teve início no período noturno de 23 de novembro de 1935, quando, no atual Teatro Alberto Maranhão (antigo Teatro Carlos Gomes), ocorria a colação de grau de Colégio Marista. Dois dias depois, a cidade foi dominada por rebeldes, responsáveis pela organização de um Comitê Popular Revolucionário instalado na Vila Cinanto, a residência oficial do governador do estado na época. Durante esse movimento revolucionário, a população da natalense passou por grandes dificuldades. Várias pessoas foram assassinadas e algumas das agências bancárias, armazéns e lojas saqueadas pelos rebeldes. Enquanto isso, nas cidades de Recife (capital de Pernambuco) e Rio de Janeiro (capital federal da época), o movimento saiu sem obter sucesso, provocando o abandono de Natal pelos rebeldes, que deslocaram rumo à região do Seridó.
Natal é uma das cidades brasileiras
mais próximas do continente europeu
e do norte da África, fator decisivo
para que, desde a Segunda Guerra Mundial,
a cidade passasse a ser destaque
na história da aviação.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a cidade continuou seu ritmo de crescimento e evoluiu com a presença de contingentes militares brasileiros e aliados (particularmente norte-americanos), consumando-se o seu progresso com a construção das bases aérea e naval, local de onde as tropas partiam para o patrulhamento e para a batalha na defesa do Atlântico Sul, e na realização das campanhas militares no norte da África. Em 1942, durante a Operação Tocha, vários aviões de países aliados se abasteceram em Natal, no lugar em que foi o Aeroporto Internacional Augusto Severo. Ao mesmo tempo o Departamento de Guerra dos Estados Unidos classificou a cidade como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo", juntamente com o Canal de Suez (Egito), o Estreito de Bósforo (Turquia) e o Estreito de Gibraltar (entre a África e a Europa).
Em 28 de janeiro de 1943, foi a vez de Natal ser a sede de uma conferência, que contou com a participação de Getúlio Vargas (presidente do Brasil) e Franklin Delano Roosevelt (presidente dos Estados Unidos). Nessa mesma data, houve um acordo sobre a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, iniciou-se a construção de uma base aérea estadunidense, que mais tarde viria a receber o nome de "Trampolim da Vitória", atualmente localizada em Parnamirim. A partir daí, norte-americanos começaram a ocupar o território, culminando com a mudança de hábitos do município, fazendo, também, com que a população natalense crescesse e se multiplicasse, e a cidade perdesse todos os seus hábitos de "cidade provinciana". Uma maior relação entre natalenses e militares estadunidenses foi estabelecida, com a realização de inúmeros bailes, tendo como consequência uma espécie de "entrada" de vários ritmos vindos do exterior. 
Depois disso, a cidade não parou de crescer e, ano aniversário de quatrocentos anos da cidade, em 1999, Natal detinha já um número de setecentos mil habitantes. Atualmente, é uma cidade moderna, que apresenta alguns dos melhores índices socioeconômicos do Nordeste brasileiro, uma das menores desigualdades sociais do país e uma economia moderna e dinâmica. Atravessada pelo Rio Potenji, que separa a zona norte das demais zonas da cidade, Natal realçou sua beleza e se tornou cada vez mais moderna e diferente das demais capitais da região Nordeste, com as suas avenidas e ruas largas, especialmente nos bairros de Tirol e Petrópolis.

Geografia

Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, está localizado na mesorregião do Leste Potiguar e microrregião homônima, a uma altitude média de trinta metros acima do nível do mar, distante 2 227 quilômetros (km) de Brasília, a capital federal (1 779 km em linha reta). Com uma área territorial de 167,273 km², limita-se com os municípios de Extremoz ao norte, Parnamirim ao sul e Macaíba e São Gonçalo do Amarante a oeste, além do Oceano Atlântico a leste.
Dunas na praia de Ponta Negra,
com o Morro do Careca ao fundo.
O relevo do município, com altitudes inferiores a cem metros, é constituído pela planície costeira, que abrange uma série de terrenos planos de transição entre o mar e os tabuleiros costeiros, alterados pela presença de dunas. Natal situa-se em uma área de abrangência terrenos formados por sedimentos do Grupo Barreiras, oriundos da Idade Terciária, com a predominância variada de arenitos. Geomorfologicamente predominam os tabuleiros, formado por uma cobertura espessa de dois metros de areia, nas cores castanha ou vermelha, e borda coberta pelas dunas, que se estende por vinte quilômetros de comprimento, chegando em alguns pontos a atingir noventa metros de altura. Apenas no Parque das Dunas, elas são mais fixas e cobertas por vegetação nativa.
O tipo de solo predominante é a areia quartzosa distrófica, com textura formada por areia, baixo nível de fertilidade e excessiva drenagem.  Há ainda os solos indiscriminados de mangue, nas margens do rio Potenji, e uma pequena porção do latossolo vermelho amarelo, no extremo sudoeste do município.
O município possui seu território localizado dentro de um conjunto de quatro bacias hidrográficas, sendo a do Rio Potenji a maior delas, cobrindo 31,19 % da área de Natal, seguido pela faixa litorânea oriental de escoamento difuso (30,9 %) e pelas bacias dos rios Doce (23,43 %) e Pirangi (15,3 %). Dois importantes rios de Natal são o Potenji, que nasce no agreste do Rio Grande do Norte e percorre 176 quilômetros, desembocando no Oceano Atlântico, e o Jundiaí, afluente do Rio Potenji. Também se destaca o rio Pitimbu, que nasce no município de Macaíba, corta o bairro natalense de Pitimbu, na Zona Sul, e deságua na Lagoa do Jiqui, no município de Parnamirim. Outros rios que cortam a cidade são o Guariju e o Jaguaribe.

Adicionar legendaVista do Rio Potenji, que faz a demarcação entre a Zona Norte de Natal e o restante da cidade.

Clima

O clima de Natal é o tropical chuvoso quente com verão seco, com temperatura média anual de 26 °C, podendo chegar a 30 °C no verão. No inverno essa média cai para 24 °C. Devido à sua localização no litoral, o efeito da maritimidade é bastante perceptível, ocasionando em amplitudes térmicas relativamente baixas. Com aproximadamente três mil horas de insolação por ano (a maior dentre as capitais brasileiras), Natal possui o título de Cidade do Sol, já que, em alguns dias, o tempo ensolarado pode chegar a até quinze horas. Segundo estudo feito pela NASA, o ar natalense é o mais puro de todo o continente americano. A umidade relativa do ar é alta durante o ano todo, com média de 77 %.
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Natal por meses
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 115,6 mm 24/01/2011 Julho 253,2 mm 30/07/1998
Fevereiro 116,2 mm 28/02/1963 Agosto 171,9 mm 08/08/2008
Março 111,4 mm 14/03/2014 Setembro 125,6 mm 04/09/2013
Abril 128,9 mm 30/04/2006 Outubro 47,3 mm 25/10/1996
Maio 168,4 mm 05/05/1988 Novembro 51,9 mm 30/11/2002
Junho 222,1 mm 15/06/2014 Dezembro 55,8 mm 18/12/1963
Fonte: Rede de dados do INMET. Período: 01/01/1961 a 31/12/1970,
01/08/1983 a 31/12/1984 e a partir de 01/01/1986.













A precipitação acontece sob a forma de chuva, com média de 1 465 milímetros anuais, sendo que a maior parte cai entre os meses de março a julho, às vezes acompanhadas de raios e trovoadas. Chegadas de frentes frias, embora muito raras, também podem acontecer.  Ventos mais fortes acontecem principalmente entre os meses de agosto e outubro, sendo que uma das rajadas mais fortes foi registrada em 18 de setembro de 2010, quando a velocidade do vento chegou a 70 km/h. Nevoeiros são comuns, especialmente nos meses mais chuvosos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970, 1983 (a partir de 1º de agosto) a 1984 e a partir de 1986, a menor temperatura registrada em Natal foi de 10,6 °C em 9 de outubro de 1967, e a maior atingiu 34 °C em 25 de dezembro de 2006. O maior acumulado de precipitação (chuva) observado em 24 horas foi de 253,2 mm em 30 de julho de 1998. Outros grandes acumulados foram 222,1 mm em 15 de junho de 2014, 216,8 mm em 2 de julho de 2008, 210,4 mm em 9 de junho de 2008, 184,4 mm em 27 de junho de 2000, 171,9 mm em 8 de agosto de 2008, 168,4 mm em 5 de maio de 1988, 167,7 mm em 18 de junho de 1986, 163,5 mm em 16 de maio de 2005, 153,1 mm em 17 de junho de 2001 e 152,4 mm em 15 de julho de 2004. O mês de maior precipitação foi julho de 1998, quando foram registrados 791,8 mm, contudo o recorde absoluto foi de 907,6 mm em abril de 1973, sendo que esse mesmo ano foi também o mais chuvoso, quando caíram 3 510,9 mm.  O menor índice de umidade relativa do ar foi de 32 %, em 9 de março de 1970.
Nuvola apps kweather.svg Dados climatológicos para Natal Weather-rain-thunderstorm.svg
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima registrada (°C) 33,4 33,2 33,8 33 32,4 32,2 30,8 31,2 30,8 32 32,1 34 34
Temperatura máxima média (°C) 30,2 30,5 30,3 29,8 29,1 28,2 27,7 27,9 28,6 29,5 29,7 30,2 29,3
Temperatura média (°C) 27 27,2 27 26,6 26 24,9 24,3 24,3 25,1 26 26,4 26,7 26
Temperatura mínima média (°C) 24 23,8 23,3 22,8 22,3 21,5 20,8 20,7 21,7 22,7 23,1 23,6 22,5
Temperatura mínima registrada (°C) 18,4 19 18,2 18 18 17 16,4 14,6 16,6 10,6 17,9 18,4 10,6
Precipitação (mm) 54,6 87,3 195,8 264,7 239,6 202,2 196,9 112,6 59,1 17,1 14,7 20,8 1 465,4
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 6 9 14 16 14 16 17 13 8 4 4 5 126
Umidade relativa (%) 74,8 75,1 77,3 79,9 80,1 81,3 80,5 78 75,5 74,4 75,4 74,8 77,3
Horas de sol 276,9 235,1 225,9 194,8 216,1 204,3 217 247,1 256,8 299,9 300,3 294,2 2 968,4
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (normal climatológica de 1961-1990; recordes de temperatura de 01/01/1961 a 31/12/1970, 01/08/1983 a 31/12/1984 e a partir de 01/01/1986).

Meio ambiente

Flora do Parque das Dunas, reserva
de Mata Atlântica e o segundo
maior parque urbano do Brasil,
superado apenas pela Floresta da
Tijuca, no Rio de Janeiro.
A cobertura vegetal do município é formada pela floresta subperenifólia, que está situada nas áreas em que solo é coberto por húmus, abrigando espécies de plantas com muitas folhas largas e troncos delgados. Há ainda os manguezais, típicos de solos inundados pelas marés, e os tabuleiros litorâneos, nas áreas modificadas pela ação humana. Natal também abriga uma das poucas remanescentes de Mata Atlântica preservadas no Rio Grande do Norte, o Parque Estadual das Dunas, a primeira unidade de conservação do estado com 1 172 hectares de área, instituída pelo decreto estadual nº 7 297, de 22 de novembro de 1977, e o segundo maior parque urbano do Brasil, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Ambiental da Humanidade desde 1993.
Na fauna de Natal, destacam-se a presença de espécies como a o anu-preto (Crotophaga ani), aranha-de-teia-em-funil (Atrax robustus), (Dinoponera quadriceps), a aratinga (Aratinga cactorum), o bico-chato-amarelo (Tolmomyias flaviventris), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), a caranguejeira-de-bromélia (Pachistopelma rufonigrum), o chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis), a cobra-coral verdadeira (Micrurus ibiboboca), a cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena heathi), a cobra-de-duas-cabeças grande (Amphisbaena alba), a cobra verde (Leptophis ahaetulla), a coruja-buraqueira (Athene cunicularia), quatro espécies de cupim (cujos nomes científicos são: Amitermes amifer, Heterotermes longiceps, Diversitermes sp. e Microcerotermes exiguus), o escorpião-de-bromélia (Tityus neglectus), o fungo-em-forma-de-flor (Aseroë floriformis), o fungo estrela-da-terra (Geastrum saccatum), a iguana ou camaleão (Iguana iguana), o lagartinho-de-folhiço (Coleodactylus natalensis), o lagarto-de-cauda-azul (Micrablepharus maximiliani), o lagarto-de-folhiço (Dryadosaura nordestina), a orelha-de-pau (Pycnoporus sanguineus), o pitiguari (Cyclarhis gujanensis), o rapazinho-dos-velhos (Nystalus maculatus), o sagui (Callithrix jacchus), o sapo-cururu (Rhinella jimi) e a tocandira (Dinoponera quadriceps).
Já na flora estão a angélica (Guettarda angelica), a bromélia (Hohenbergia ramageana), o cajueiro (Anacardium occidentale), o capim (Gouinia virgata), a coroa-de-frade (Melocactus bahiensis), a erva-de-Santa-Luzia (Commelina erecta), o feijão-bravo (Centrosema brasilianum), o ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), a jurubeba (Solanum paniculatum), a lundia (Lundia cf. cordata), a mangabeira (Hancornia speciosa), o maracujá-bravo (Passiflora cincinnata), a marizeira (Calliandra spinosa), a orquídea catleia (Cattleya granulosa), a orquídea laranjinha (Epidendrum cinnabarinum), a orquídea baunilha (Vanilla bahiana), o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e a salsa (Ipomoea sp.).

Demografia

A população do município de Natal, no censo demográfico de 2010, era de 803 739 habitantes, sendo o sétimo município mais populoso do Nordeste e o vigésimo do Brasil, concentrando 25,4% da população estadual. Da população total, 425 792 eram do sexo feminino (52,98%) e 277 947 do sexo masculino (47,02%), o que resulta em razão sexual de 88,76, a menor entre os municípios do Rio Grande do Norte. Todos os seus habitantes viviam na zona urbana, não possuindo, portanto, população rural. Em relação à faixa etária, 176 182 possuíam menos de quinze anos (21,92%), 571 116 entre 15 e 64 anos (71,06%) e 56 441 acima dos 65 anos (7,02%). A densidade populacional era 4 808,20 habitantes por quilômetro quadrado (hab./km²), a sexta maior dentre as capitais brasileiras. Sua região metropolitana, formada por Natal e mais nove municípios do Rio Grande do Norte, possuía 1 351 004 habitantes, formando a quarta maior aglomeração urbana do Nordeste e a 15ª do país. Para 2014, a estimativa populacional é de 862 044 habitantes.
Evolução demográfica do município de Natal (1872-2010)

Pobreza e desigualdade

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2003 a incidência de pobreza era de 40,86%, sendo que o índice subjetivo era de 39,94%. Entre 2000 e 2010, o percentual da população que vivia com renda domiciliar per capita inferior 140 reais caiu de 24,7%, percentual que reduziu para 11,8%, apresentando uma redução de 52,8%. Em 2010, 88,2% da população vivia acima da linha de pobreza, 7,57% entre as linhas de indigência e pobreza e 4,23% abaixo da linha de indigência. No mesmo ano, o valor do índice de Gini era de 0,61 e os 20% mais ricos contribuíam com 66,17% da renda municipal, valor 24,33 vezes maior do que a participação dos 20% mais pobres, que era de 2,72%. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do município era de 0,763, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo o segundo maior do Rio Grande do Norte, atrás somente de Parnamirim, e o 320º do Brasil.
Segundo a prefeitura, existem registros de loteamentos irregulares, favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados, sendo que em 2010 81 442 habitantes (10,13% da população) viviam nelas. Muitos destes são pessoas que vieram de outras cidades ou mesmo estados à procura de melhores oportunidades de vida em Natal, porém não conseguiram emprego e acabaram em afixar-se em aglomerados subnormais. Estima-se que haja cerca de setenta, que estão concentradas principalmente na Zona Oeste da cidade, entre os conjuntos habitacionais da zona Norte, entre loteamentos clandestinos e ainda às margens da entrada da cidade. Para reverter a situação houve a tentativa de remoção de moradores de favelas para novas casas ou mesmo conceder o auxílios a algumas famílias. Outros projetos incluem a construção de conjuntos habitacionais em espaços vazios da cidade, conforme diretrizes do Plano Diretor de Natal.
Contraste social em Natal: orla com os edifícios do bairro nobre Areia Preta à beira-mar. Por trás dos edifícios, é possível perceber as residências do bairro carente Mãe Luíza, na zona leste.

Religião

No censo de 2010, 541 472 natalenses eram católicos apostólicos romanos (67,36%), 167 688 evangélicos, 14 396 espíritas (1,79%), 3 694 testemunhas de Jeová (0,46%), 2 086 mórmons (0,26%), 1 050 católicos apostólicos brasileiros (0,13%), 570 religiosos afro-brasileiros (0,07%), 490 católicos ortodoxos (0,06%), 498 budistas (0,06%), 400 novos religiosos orientais, 341 espiritualistas (0,04%), 266 judaístas (0,03%), 129 esotéricos 41 islâmicos (0,01%), 23 hinduístas (0,00%). Outros 63 399 não tinham religião (7,89%), entre eles 2 359 ateus e 810 agnósticos (0,1%); 4 060 pertenciam a outras religiosidades cristãs (0,51%); 2 213 tinham religião indeterminada (0,28%); 845 não souberam (0,11%); 58 a tradições indígenas (0,01%); dezoito a outras religiões orientais (0,00%).
Catedral Metropolitana de Natal,
sede arquiepiscopal da Arquidiocese de Natal.
A Igreja Católica inclui o território do município de Natal e mais 88 municípios na circunscrição eclesiástica da Arquidiocese de Natal, que tem como sufragâneas as dioceses de Caicó e Mossoró. Foi criada inicialmente como diocese, em 29 de dezembro de 1909, pela bula papal Apostolicam in Singulis do Papa Pio X, desmembrada da então Diocese da Paraíba, sendo elevada à atual categoria de arquidiocese em fevereiro de 1952, através da bula Arduum Onus do Papa Pio XII. A sé arquiepiscopal está na Catedral Metropolitana de Natal. Segundo estatísticas de abril de 2008, a Arquidiocese de Natal possui setenta paróquias, dez áreas pastorais, 125 padres diocesanos, 28 padres religiosos, 39 diáconos permanentes, sete diáconos provisórios, nove irmãos religiosos e 256 irmãs religiosas. Geograficamente, o território arquidiocesano possui mais de vinte e cinco mil quilômetros quadrados de área (quase metade do Rio Grande do Norte) e uma população total de mais de dois milhões de habitantes (o equivalente a 2/3 da população do estado), a maioria predominantemente católica.
Natal também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados. Do total de evangélicos, 110 263 pertenciam às igrejas evangélicas de origem pentecostal (13,72%), 21 129 às de missão (2,63%) e 36 296 a evangélicas não determinadas (4,52%). Dentre as evangélicas pentecostais, 72 832 pertenciam à Assembleia de Deus (9,06%), 9 898 à Igreja Universal do Reino de Deus (1,23%), 2 453 à Igreja Deus é Amor (0,31%), 1 294 ao Evangelho Quadrangular, 954 à Congregação Cristã do Brasil (0,12%), 616 à O Brasil Para Cristo (0,08%), 478 à Igreja mar (0,06%), 379 à Casa da Bênção (0,05%), 358 à Comunidade Evangélica (0,04%), 24 à Igreja Nova Vida (0,00%) e 20 977 a outras igrejas pentecostais (2,61%). Entre as de missão, 11 372 eram batistas (1,41%), 4 867 adventistas (0,61%), 3 291 presbiterianos (0,41%), 368 luteranos (0,05%), 124 congregacionais (0,02%). Havia também 311 messiânicos (0,04%), entre os novos religiosos orientais, além de 311 umbandistas (0,04%) e 188 candomblecistas (0,02%), dentre as religiões afro-brasileiras.

Etnias e migração

Ponte de Igapó, um dos acessos a Zona Norte de Natal, reduto emergente da cidade. Uma pesquisa realizada em 2011 por um shopping local revela que 53,2% do consumo comercial da região é patrocinado pela classe C, e 15,4% é oriundo da classe B.
A população natalense é miscigenada, e descende principalmente de indígenas e portugueses. Conforme um antigo estudo genético, datado de 1982, a ancestralidade encontrada foi 58% europeia, 25% africana e 17% indígena. O desenvolvimento da capital e de sua região metropolitana provocou a atração pessoas de outras partes do estado ou mesmo do país, que vêm principalmente em busca de trabalho e melhores condições de vida. Grande parte dos novos habitantes vão para as áreas próximas à capital, o que fez com que surgisse uma conurbação entre Natal e municípios do entorno, como Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.
Conforme o censo demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Natal é formada por 400 568 pardos (49,84%), 356 123 brancos (44,31%), 37 627 pretos (4,68%), 8 417 amarelos (1,05%) e 1 003 indígenas (0,12%). Considerando-se a nacionalidade, 802 686 eram brasileiros (99,87%), dos quais 802 227 natos (99,81%) e 458 naturalizados (0,06%), além de 1 053 estrangeiros (0,13%). Em relação à região de origem, 765 498 eram nascidos no Nordeste (95,24%), 24 708 no Sudeste (3,07%), 3 664 no Centro-Oeste (0,46%), 3 328 no Norte (0,41%) e 2 906 no Sul (0,36%), além de 2 154 sem especificação (0,27%). 710 216 habitantes eram naturais do Rio Grande do Norte (88,36%) e, desse total, 496 190 nascidos no município (61,74%). Entre os estados com mais migrantes em Natal estão a Paraíba, com 25 339 (3,15%), Pernambuco, com 13 867 (1,73%), Rio de Janeiro, com 12 290 (1,53%). No mesmo ano, 2 551 pessoas emigraram de Natal em direção a outros países, sendo 4 810 para a Europa (70,95%), 471 para a América do Norte (18,46%), 120 para outros países da América do Sul (4,7%), 58 para a África (2,27%), 44 para a Ásia (1,72%), 29 para a Oceania (1,14%) e 14 para a América Central (0,55%), além de cinco sem declaração (0,2%).

Política

Palácio Felipe Camarão,
sede da Prefeitura de Natal e do poder executivo.
O poder executivo do município é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal de 1988. O primeiro representante do poder executivo e prefeito do município foi Fabrício Gomes Pedroza, cujo mandato é desconhecido. Ao todo, 42 pessoas já passaram pela prefeitura de Natal, sendo o atual prefeito Carlos Eduardo Alves, do PDT. Ele foi eleito no segundo turno das eleições municipais de 2012, com 58,31% dos votos válidos (214 687 votos), contra 41,69% do adversário, Hermano Moraes, que obteve 153 322 votos. Antes do atual mandato, o atual prefeito já havia exercido o cargo outras duas vezes, entre 2002 e 2008.
O poder legislativo é representado pela Câmara Municipal, formada, desde 2013, por 29 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos e está composta da seguinte forma: cinco cadeiras do Partido Progressista (PP), quatro do Partido Socialista Brasileiro (PSB), três do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), duas do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), duas do Partido Verde (PV), duas do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), duas do Partido dos Trabalhadores (PT), duas do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), uma do Partido Comunista do Brasil (PC do B), uma do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), uma do Partido Republicano Brasileiro (PRB), uma do Partido da República (PR), uma do Partido da Mobilização Nacional (PMN), uma do Democratas (DEM) e uma do Partido Social Democrata Cristão (PSDC). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). O município de Natal se rege por lei orgânica, promulgada em 3 de abril de 1990. É ainda sede de uma Comarca de terceira entrância.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, Natal possuía, em abril de 2013, 528 978 eleitores, o que representa 22,446% do eleitorado do Rio Grande do Norte.
Por ser a capital do estado do Rio Grande do Norte, Natal é sede do Centro Administrativo do Estado (sede do governo estadual) e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Cidades irmãs e consulados

Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros. A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações. Oficialmente, Natal possui as seguintes cidades-irmãs:
  • Estado da Palestina Belém, Palestina;
  • Argentina Córdova, Argentina;
  • Brasil Fortaleza (CE), Brasil;
  • México Guadalajara, México;
  • Portugal Lisboa, Portugal;
  • Brasil Porto Alegre (RS), Brasil.

Também é considerada como parceira de Natal a cidade do Rio de Janeiro, com a qual há um convênio turístico.
Natal abriga ainda consulados da Alemanha, do Chile, da Espanha, da França, da Itália, da Noruega, dos Países Baixos (Holanda) e de Portugal.

Subdivisões

Mapa mostrando a divisão do município
de Natal em bairros e zonas.
  Zona Norte.
  Zona Leste.
  Zona Sul.
  Zona Oeste.
  Parque das Dunas.
O município de Natal está dividido em quatro regiões administrativas ou zonas:
  • Região Administrativa Norte ou Zona Norte: é a maior, tanto em área territorial, quanto em população, da cidade. Possui uma população de 303 543 habitantes (2010), superando todos os municípios do interior do Rio Grande do Norte, inclusive Mossoró, que é a segunda maior cidade do estado. É separada das demais zonas administrativa pelo Rio Potenji e se divide em sete bairros: Igapó, Lagoa Azul, Nossa Senhora da Apresentação, Pajuçara, Potengi, Redinha e Salinas.
  •  Região Administrativa Sul ou Zona Sul: segunda maior zona de Natal em extensão territorial, é a terceira mais populosa da cidade, com 166 494 habitantes em 2010. Assim como na Zona Norte, a Zona Sul de Natal também se divide em sete bairros: Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova, Neópolis, Nova Descoberta, Pitimbu e Ponta Negra. É nela onde se localizam o Centro Administrativo do Estado do Rio Grande do Norte (sede do governo estadual, no bairro Lagoa Nova) e a Praia de Ponta Negra, próximo à divisa de Natal com Parnamirim.
  • Região Administrativa Leste ou Zona Leste: é a menos populosa de Natal, com 115 297 habitantes no censo de 2010, e ao mesmo tempo a que reúne o maior número de bairros (doze no total): Alecrim, Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Lagoa Seca, Mãe Luíza, Petrópolis, Praia do Meio, Ribeira, Rocas, Santos Reis e Tirol.
  • Região Administrativa Oeste ou Zona Oeste: é a segunda zona mais populosa do município (com 218 405 habitantes no último censo demográfico) e também a segunda maior em área territorial. É formada por dez bairros: Bom Pastor, Cidade da Esperança, Cidade Nova, Dix-Sept Rosado, Felipe Camarão, Guarapes, Nordeste, Nossa Senhora de Nazaré, Planalto e Quintas.
As quatro regiões administrativas se dividem em um total de 36 bairros. No censo de 2010, o bairro mais populoso do município era Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte, com 79 959 habitantes, enquanto o menos populoso era Salinas, também na Zona Norte, com apenas 1 177 pessoas residentes. Além das zonas, existe ainda uma área reservada ao Parque das Dunas, que que cobre uma área total de 1 172 hectares.
Economia


O Produto Interno Bruto (PIB) de Natal é o maior do estado do Rio Grande do Norte. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2009, o PIB do município era de R$ 10 369 581 mil., concentrando, sozinha, cerca de 40% de todo o PIB estadual.  1 444 513 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 12 862,25. A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. Em seguida, destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte.
Por possuir toda a sua população vivendo na zona urbana, o município possui pouca tradição no setor primário. Na pecuária, em 2010 havia um rebanho de 1 467 bovinos, produzindo 117 mil litros de leite, 295 suínos, 3 645 galos, frangos, frangas e pintos, 25 430 galinhas, com uma produção de 622 mil dúzias de ovos. No Censo Agropecuário de 2006 foram registrados 46 estabelecimentos agropecuários de produtores individuais, com uma área produtiva de 163 ha, 2 cooperativas (372 ha), apenas uma sociedade pessoal ou consórcio e cinco sociedades anônimas (64 ha). No PIB municipal, o valor adicionado bruto da agropecuária em 2009 foi de 15 241 reais.
Vista da cidade com a
Ponte Newton Navarro em destaque.
A cidade de Natal é sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), organização fundada em 27 de fevereiro de 1953 e reconhecida apenas no ano seguinte, por meio de uma carta sindical. A cidade se destaca pela produção industrial diversificada e conta ainda com um distrito industrial, localizado na divisa de Natal com a vizinha São Gonçalo do Amarante. A cidade concentra um polo de indústrias têxteis e de confecção, cujo setor já gerou mais de quarenta mil novos empregos. Em 2009, essa prestação de serviços era a segunda maior geradora de fonte de riquezas para a cidade. 1 411 731 mil reais vinham deste setor.
O setor terciário de Natal e região metropolitana, que inclui comércio e serviços, é bastante diversificado. A prestação de serviços rende 7 498 097 ao Produto Interno Bruto do município, sendo, portanto, a maior fonte geradora do PIB natalense, destacando-se na área comercial. A modernização do comércio em Natal começou sobretudo a partir da década de 1940, quando norte-americanos visitaram a cidade, durante a época da Segunda Guerra Mundial. A cidade possui seis shoppings centers: o Shopping Cidade Jardim, localizado na Avenida Engenheiro Roberto Freire; o Midway Mall, o maior shopping do Rio Grande do Norte, localizado no bairro Tirol; o Natal Shopping Center, localizado no bairro da Candelária; o Praia Shopping, situado em Ponta Negra; o Norte Shopping, localizado na zona norte; e o Shopping Via Direta, localizado em Lagoa Nova A grande quantidade de supermercados e de hipermercados instalados em Natal nos últimos anos fez com que a cidade passasse a ser chamada pelos empresários de "Paraíso dos supermercados".
De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2009, 22 166 unidades locais, sendo que 20 657 dessas empresas e estabelecimentos comerciais eram atuantes e havia um total de 594 025 trabalhadores, sendo 311 104 eram do tipo "pessoal ocupado total" e 282 921 do tipo "ocupado assalariado". Salários juntamente com outras remunerações somavam 5 165 331 reais e o salário médio mensal de todo município era de 3,1 salários mínimos.A economia da cidade está assentada no turismo e na indústria têxtil. Natal é sede da segunda maior loja de departamentos do Brasil, a Riachuelo.
Natal Shopping,
o segundo maior shopping da cidade.

Na parte "festeira" da capital destaca-se o Carnatal - o maior bloco de rua do planeta, segundo o Guiness Book - que atrai milhares de turistas, além do Mada, festival de rock. Além disso, Natal possui várias belezas naturais, seja em suas praias, seja na própria cidade - que é cortada por um rio. A capital possui a Fortaleza dos Reis Magos - marco inicial da cidade - que atrai centenas de natalenses; possui ainda o famoso Teatro Alberto Maranhão, uma reserva ambiental - o Parque das Dunas (outra reserva está sendo construída, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte e o Pórtico dos Reis Magos, que dá boas vindas a quem chega a cidade.
Teatro Alberto Maranhão

A rede hoteleira da cidade é muito desenvolvida, com vários hotéis e pousadas, além dos megaresorts que estão sendo construídos próximos à cidade. A cidade possui o Aeroporto Internacional Augusto Severo, que foi ampliado, porém, devido ao crescimento astronômico do turismo, está sendo construído o maior aeroporto da América Latina, o Aeroporto Internacional de Natal.




Artesanato

Sebrae mantém viva tradição de Labirinteiras de Touros

Mulheres rendeiras do Rio Grande do Norte são beneficiadas pelo Projeto Mãos Potiguares

Sandra Monteiro
 
Renda de labirinto
Natal - As mãos  habilidosas da artesã fazem o casamento perfeito com a agulha e a linha para manter viva uma tradição de gerações: a renda de labirinto. O bordado é típico da cidade de Touros, no Rio Grande do Norte, que tem o apoio do Projeto Mãos Potiguares – Transformando arte em negócios - desenvolvido pelo Sebrae.  

Há cinco anos o projeto ajuda na capacitação e divulgação em feiras e exposições do Grupo de Labirinteiras de Touros – atualmente formado por 15 mulheres que encontram na atividade sua principal fonte de renda.
Dona Maria de Lurdes de Macedo, de 57 anos, produz peças que encantam pela riqueza de detalhes, como flores e folhas. Aos oito anos, ela aprendeu com a mãe o ofício. “Sempre me inspiro em coisas que vejo em casa. Fico triste porque minhas filhas não seguiram o exemplo de minha mãe, como eu. Tenho medo que o labirinto acabe”, lamenta a artesã.

O apoio do Sebrae diminui as fronteiras entre as artesãs e as localidades onde a renda de labirinto não existe, como no município de Pau dos Ferros, interior do Rio Grande do Norte, onde as artesãs de Touros expuseram suas peças durante a Feira Intermunicipal de Educação, Cultura e Turismo do Alto Oeste Potiguar (FINECAP).

“Desde que começamos a ser atendidas pelo Sebrae, nossas peças ganharam o mundo. Agora as nossas rendas estão em roupas caras e peças de decoração. É uma oportunidade muito boa de mostrar o que produzimos. O povo vê nosso trabalho nas feiras e se interessa, fazendo com que a gente melhore e venda ainda mais”, relata Dona Maria, que expôs seu trabalho pela primeira vez na feira.
Para a professora aposentada Maria Cândida de Oliveira, com a renda do labirinto vem a sensação de voltar no tempo. “Lembrei da minha mãe, de quando eu ainda era criança, e ficava observando aquele trabalho tão delicado. Ver essas peças lindas, tão ricas, me fez sentir em um tempo muito distante e muito agradável” comenta, emocionada.

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