Portugal usa e é usado em jogos diplomáticos com China e EUA, segundo analista

 

  • Sputnik Brasil
23:09 27 Julho 2021
 
COVID-19 no mundo
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Europa
 
Por Lauro Neto

Apesar de a China ter pedido apoio a Portugal para combater a politização sobre a origem da COVID-19 e ter atribuído ao chanceler português uma declaração de que o rastreamento da origem não deve culpar certos países, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) enviou à Sputnik uma nota diferente.

Confrontado com a declaração publicada pela imprensa chinesa e atribuída a Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, o MNE deixou claro o posicionamento do país a favor de uma investigação da Organização Mundial da Saúde (OMS). No mesmo dia em que o chanceler português se reuniu com seu homólogo chinês, Wang Yi, Pequim rejeitou os termos da OMS para uma segunda fase de análise mais aprofundada sobre as origens do novo coronavírus.

"Na reunião com o seu homólogo chinês, o ministro dos Negócios Estrangeiros português exprimiu a posição de que a OMS deve fazer o seu trabalho de investigação sobre as origens da pandemia, no plano técnico-científico, sem interferências políticas e com vista a que fiquemos todos mais bem preparados para combater próximas crises semelhantes", lê-se na nota do MNE enviada à Sputnik Brasil.

Questionada se confirmava a declaração de que Portugal não vê a China como uma ameaça, frase também atribuída por Pequim ao chanceler português, a pasta comandada por Santos Silva fez questão de reforçar o pertencimento do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). 

"Portugal considera a China um país parceiro, com o qual tem interesses comuns, designadamente numa transição bem-sucedida em Macau. O sistema de alianças a que Portugal pertence é naturalmente o da NATO e da União Europeia", lê-se em outro trecho. 
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, em 20 de maio de 2021
© REUTERS / Francisco Seco
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, em 20 de maio de 2021

Em entrevista à Sputnik Brasil, Paulo Duarte, professor das universidades do Minho e Coimbra, Paulo Duarte diz que Portugal tem um desafio muito grande na política externa de fazer o equilíbrio entre os Estados Unidos, a União Europeia e a China. Doutor em Ciências Políticas e Sociais pela Universidade Católica de Lovaina (Bélgica) e investigador-convidado da Universidade Normal de Pequim, ele elogia o desempenho do MNE.

"Portugal é usado e, ao mesmo tempo, usa da sua diplomacia para saber jogar com ofertas e propostas dos chineses e americanos. Augusto Santos Silva é muito cuidadoso com as palavras. Tem o feito com uma política diplomática exemplar. A mídia chinesa tem todo interesse em trocar um bocadinho as palavras. Não me espanta", avalia Duarte, em referência às declarações atribuídas por Pequim ao chanceler português.

'É normal pedir à China para prestar contas', diz analista

Em uma analogia semântica com a Gripe Espanhola, o especialista ressalta que, em que pese Donald Trump ter apelidado o SARS-CoV-2 de vírus chinês, a origem do novo coronavírus é mesmo chinesa, pois foi o país onde foi detectado primeiramente. Membro do Observatório da China em Portugal, ele considera natural que se queira identificar detalhes a respeito das origens de uma doença que já matou mais de 4,1 milhões de pessoas.

"Isso é uma questão séria demais. Estamos a falar de um vírus que está a mudar a vida do mundo inteiro. É normal que a humanidade, e não só os Estados Unidos, peça à China prestar contas. Do ponto de vista da ética e da moral, a China tem a responsabilidade de não ter protegido o meio ambiente até hoje", analisa.

Duarte destaca que, apesar de Trump ter lançado uma campanha de suspeita sobre a OMS e, por sua vez, a China ter interesse na organização, ainda se trata de uma entidade com credibilidade. Quando muito, recomenda que duas entidades neutras façam investigações paralelas. Ele faz a ressalva de que Portugal não pode deixar uma entidade ligada aos Estados Unidos investigar as origens do vírus. 

"Portugal não pode preferir nem americanos nem chineses. Tem que preferir a ciência neutra. Então que se coloquem duas entidades a fazer o trabalho de campo, e tiramos as conclusões. Se forem neutras, não podem ser muito diferentes. Creio que não é do interesse de Portugal encobrir uma falsidade. Dou algum benefício da dúvida a Santos Silva em separar aquilo que é ciência daquilo que é politização da ciência", pondera. 

Indagado pela Sputnik Brasil sobre o discurso chinês de tentar evitar a politização do vírus, mas, ao mesmo tempo, criar dificuldades para os técnicos da OMS para investigação in loco, ele diz que, ao assumir essa posição, a China está indo contra o princípio da transparência. 

E acrescenta que outro problema sério é a proibição de jornalistas estrangeiros no país para tentar confirmar as suspeitas levantadas por Trump, de que o vírus teria sido criado em laboratório. 

"É preciso deixar as entidades credíveis visitarem o país e terem acesso aos espaços e materiais que necessitam para tirar suas conclusões. Não quer dizer que corroborem a tese do vírus chinês. Essa dificuldade que pode estar a ser criada não joga em benefício da China, obviamente", afirma. 
Paulo Duarte, professor da Universidade do Minho, em Portugal
Paulo Duarte, professor da Universidade do Minho, em Portugal

Duarte, que já foi investigador-convidado do Ministério do Comércio da China, salienta que, por trás do embate sobre a politização do vírus, existe uma guerra comercial muito maior entre chineses e norte-americanos, com os portugueses como fiéis da balança. Ele cita alguns exemplos, como o do leilão do 5G em Portugal, que está se arrastando há meses. 

O especialista recorda que, em setembro do ano passado, George Glass, embaixador norte-americano, afirmou que o país lusitano deveria escolher entre os Estados Unidos e a China, ameaçando retaliações.

"Ora, Portugal nasceu em 1143, mais antigo que os Estados Unidos. Não estamos em condição de aceitar nenhum ultimato. Foi um recado muito duro, mas de que a China aproveita. Santos Silva procura não hostilizar a China, pois percebe que é um parceiro poderoso em Portugal e, ao mesmo tempo, sabe que os Estados Unidos não estão a ver com bom tom a presença da China, seja através dos vistos gold, seja da emissão de dívida pública portuguesa em moeda chinesa", exemplifica.  

Porto de Sines e Ilha Terceira têm importância geoestratégica 

Por outro lado, Portugal é considerado um país importante do ponto de vista geopolítico e geoestratégico pelos norte-americanos, por conta do Porto de Sines, como porta de entrada do gás dos Estados Unidos para a União Europeia. Em contrapartida, o professor aponta que a base aérea de Lajes, na Ilha Terceira dos Açores, tem sido abandonada gradualmente pelos militares americanos, mas interessa aos chineses.

Isso porque, na vizinha Praia da Vitória, aventa-se a construção de um porto de águas profundas. Segundo Duarte, autor do livro "La nouvelle route de la soie chinoise et l’Asie centrale" (A nova rota da seda chinesa e a Ásia Central), a China tem muito interesse em concretizar a parceria e a sua Rota da Seda Marítima do Século XXI.

"Estamos a assistir um jogo entre uma superpotência, os Estados Unidos, e uma superpotência em formação. Não demorará muito para a China passar o nível econômico dos americanos, e estima-se que em duas décadas atingirá a paridade militar", prevê.

O professor assinala que já houve três "escalas técnicas" em Lajes com governantes portugueses e chineses e observa que Portugal não adotou uma postura mais pragmática devido aos compromissos com a OTAN. Apesar de frisar que na Cimeira da OTAN, em junho, a China foi apontada como uma ameaça, ele faz a ressalva de que não existem fronteiras proibidas. 

"Se Portugal conseguir ver reconhecida a legitimidade da candidatura que apresentou à ONU de duplicar a sua plataforma marítima, isso significa que há chance de vir a conceder aos chineses a possibilidade de explorar o fundo do mar. Quem manda nisso? Vamos negar e fechar portas aos chineses se for uma proposta milionária só porque os EUA nos ameaçam?", questiona retoricamente. 
Porto de Sines, em Portugal, é alvo de interesse dos Estados Unidos e da China
© Sputnik / Caroline Ribeiro
Porto de Sines, em Portugal, é alvo de interesse dos Estados Unidos e da China

De acordo com ele, essa é uma questão que já está tendo muita ponderação na UE: até que ponto o dinheiro pode comprar tudo? Apesar de reconhecer que Portugal é um país pequeno, Duarte avalia que o país tem um peso diplomático enorme, não só por ter encerrado recentemente o mandato rotativo da presidência do Conselho da UE, mas também por ter um português (António Guterres) como secretário-geral da ONU.

Segundo o investigador, esse peso pende mais para o lado norte-americano da balança, da qual Portugal é fiel. Mas a fidelidade tem o seu preço e pode ter também os dias (ou anos) contados.

"Portugal não coloca a relação com a China à frente da relação com os Estados Unidos. Se houver dois competidores, um americano e um chinês, não há dúvidas de que Portugal vai privilegiar um americano", conclui.

NUVENS DE ÓDIO E IMBECILIDADE COBREM O OCIDENTE- CAUSAS E EFEITOS - COMO DISSOLVÊ - LAS

Debaixo de pesadas nuvens de ódio e imbecilidade o Ocidente Liberal agoniza! As pessoas brigam entre si sem saber as causas de tanto ódio e separatismo. Algumas até acham que o fim do mundo está pra chegar!

Nesse clima de apreensão e depressão, a pandemia tem sua cota de participação, mas não é tudo. Numa análise mais ampla, concluímos que a principal causa está relacionada com o rápido avanço tecnológico que aconteceu a partir de meados do século XX com o advento da Revolução Industrial na Europa mais enfaticamente na França Inglaterra e Alemanha, após a queda do império luso espanhol.

Foi tanto esse progresso tecnológico, que a partir daí, as pessoas não conseguiram entendê-lo e acompanhá-lo, pois os governos dos demais países ocidentais de "Economia Regulamentada" como Portugal e Espanha que na verdade foram os iniciadores desta Revolução, não conseguiram completar sua obra e ficaram submetidos ao novo império, agora de "Economia Liberal", cujo objetivo maior era o  lucro e não a cultura do povo.

Durante esses quase três séculos de liberalismo, passando pelos movimentos independentistas no continente americano, até aos nossos dias,  a cultura ibérica ficou amarfanhada, dando lugar a esta pandemia liberal, que está dividindo e matando nossas famílias através de seus modernos meios de comunicação, que aproveitando-se do sentimento religioso, da despolitização e da falta de escolaridade de nosso povo, prega o fim do mundo, provocando este clima de medo e ódio em que nos encontramos no momento.  

PANDEMIA LIBERAL  E PANDEMIA COVID-19

As pandemias de mentiras, de desemprego, de ataques aos valores tradicionais da família, através de programas televisivos importados das matrizes estrangeiras, que em nada têm a ver com os interesses dos povos nacionais, a pandemia virtual de figurinhas, vídeos e noticias falsas, que mantêm as pessoas em falso delírio e sem capacidade de pensar, a pandemia de igrejas e líderes religiosos e outras pandemias como eventos esportivos,etc., fazem parte desta nuvem de ódio e imbecilidade que se abateu sobre o Ocidente liberal.

Como o Brasil pode ajudar?

O Brasil pode ajudar em muito, pois sendo um dos países mais ricos do mundo em riquezas naturais, tem uma cultura integracionista e humanista, que talvez poucos países tenham. Tem um povo inteligente e patriota, que, apesar de desprezado por suas elites robóticas, capatazes do capital imperial, ainda consegue preservar nossas tradições culturais e cristãs. E somente esse povo comandado e apoiado por uma elite patriota, poderá dar uma ajuda no combate a essa pandemia de ódio e imbecilidade que também está destruindo nossas  famílias. Mas, ainda é tempo dessa geração do rock se arrepender e se vestir de verde/amarelo, pois poderá ter o mesmo fim do império que com tanto entusiasmo defende, o império da mentira, do ódio e do separatismo. 

Como o panorama político nacional atual não se apresenta nada favorável  a essa mudança, só resta uma esperança que é a ajuda externa de países, que já sofreram as mesmas agressões desse império do mal, e que já estão prestes a lançar a sua Internet! Aí sim, o Brasil poderá libertar-se definitivamente, e com um povo educado e politizado tornar-se um país de pleno emprego e de oportunidades para seus filhos, deixando estas elites tão apátridas e entreguistas em desespero, sem  saber para onde fugir, já que também serão desprezadas por seus patrões. 

E nessa ânsia desesperada de impedir, que o Brasil se torne uma potência mundial apelam para todos os golpes possíveis. E de golpe em golpe vão segurando o gigante! Ainda ontem, no horário nobre assistimos o começo de mais um deles que será a entrega ao grande capital estrangeiro de uma das maiores e mais antigas empresas brasileiras, os Correios, uma empresa lucrativa e que emprega milhares de brasileiros.

O começo, pois a fala daquele senhor ministro de voz embargada, me fez lembrar a fala de um tal sr. Falcão, que na década de 90 rodou o País inteiro tentando convencer os funcionários das telecomunicações , inclusivamente eu, das vantagens da privatização. 

Passados mais de 25 anos, veio a realidade E que triste realidade. O país está incomunicável e os 30 bilhões de dólares gastos há época na renovação da rede, pedidos aos bancos estrangeiros, tal como fumaça, desapareceram! Este é o Ocidente liberal e illuminati que esta elite apagati desesperada tenta salvar! 

Como dissolver nuvens tão centenárias?

A tarefa não é fácil, mas com um pouco de inteligência, força de vontade e moral conseguiremos: nos primeiros dois séculos de colonização luso brasileira, os luso brasileiros formaram aquela que viria a ser a atual família brasileira. Transformaram mais de 1000 dialetos tribais em uma só língua, combatendo e derrotando o inimigo calvinista em batalhas sangrentas como em Guararapes e outras, todas com o apoio da Igreja Católica. Era um tempo em que a "Reforma Protestante " apoiada pelo capital judeu expulso da Península Ibérica  estremecia a hegemonia católica, um dos pilares importantes da "Economia Regulamentada" que dominou o mundo até final do século XVII.

Mais de três séculos se passaram e os pilares desta sociedade, continuam resistindo, família, unidade nacional e sentimento  de nacionalidade, o que irrita os illuminatis e seus imbecis seguidores appagatis, que desesperados e com medo de uma reação popular, que já ameaça explodir na própria matriz, lançam esta guerra midiática de desinformação e mentiras, fazendo-nos crer que seus interesses, são os mesmos dos trabalhadores e dos empresários nacionais. 

E debaixo deste bombardeio cerrado de "minhocas virtuais" vão segurando o gigante! Falam até em "criança esperança" na maior agressão à nossa inteligência! E nós vamos ficar aí calados e aceitando essa imbecilidade de figurinhas, vídeos e outras armadilhas que até nos levam ao delírio?          

Em resumo, estamos brigando por interesses de poucas famílias, que nos exploram há mais de 300 anos e que sempre usaram o separatismo como arma psicológica para nos inferiorizar, domesticar e escravizar, com grande ênfase para os ataques à nossa lusofilia, a ponto de nem o 22 de abril podermos comemorar! Um separatismo tão hipócrita e imbecil, que não reconhece que mais de 90% dos brasileiros são diretamente descendentes de portugueses. Um separatismo tão perverso, que até nas próprias instituições luso brasileiras está infiltrado, como casas regionais e instituições esportivas. Enfim, num país  onde quase todas as suas cidades foram construidas pelos luso descendentes, este separatismo só poderá ser exterminado, quando as pessoas patriotas, de moral e inteligentes, perceberem que esta doutrina liberal, agora em plena decadência, não serve de paradigma para o Brasil que queremos para nossos descendentes, o Brasil do progresso, da justiça social e do amor! O Brasil que que queremos também não é o Brasil de doutrinas políticas importadas! O Brasil que queremos é o Brasil de Anchieta, de Nóbrega, de Estácio de Sá, de Araribóia, de Felipe Camarão, de Pedro Teixeira e de tantos outros heróis luso brasileiros, responsáveis por esta ainda invejável "Unidade Nacional". O Brasil que queremos é o Brasil acolhedor de todas as etnias e religiões. O Brasil da democracia e do amor! O Brasil de "Todos" 

Esse Brasil está em nossas mãos. Então vamos pensar nisso?!


GIRO POR VALENÇA PONTE DO LIMA E VIANA DO CASTELO

Neste giro por Valença,Ponte do Lima e Viana do Castelo, podemos sentir um pouco da semelhança cultural entre Brasil e Portugal, dois países participantes da lusofilia.

  

VALENÇA DA BAHIA

Câmara Municipal de Valença vista a partir do rio Una
Câmara Municipal de Valença vista a partir do rio Una 

Fotos de Valença da Bahia Brasil

Praça da República : Casarões : Valença, BA - 1958
Rio Una : Porto : Prefeitura Municipal : Valença, BA - 1958
Porto : Valença, BA - 1958

História

No período da colonização quando o Brasil era dividido pelo sistema de Capitanias Hereditárias, o território do município de Valença fazia parte da capitania de São Jorge dos Ilhéus e, administrativamente, pertencia à Vila de Nossa Senhora do Rosário de Cairu. Habitavam o lugar índios tupiniquins, de índole pacífica, e os primeiros colonos, conforme sinaliza a história, começaram a chegar por volta dos anos 1557 a 1571, período em que Mem de Sá era o Governador Geral do Brasil. Entre esses colonos estava Sebastião de Pontes, homem rico e de grande influência, que já era proprietário de 2 engenhos de açúcar na região do recôncavo baiano. Ao chegar ele construiu um curral de frente à ilha de Tinharé e um engenho, este localizado a duas léguas da embocadura do Rio Una. Casas de vivenda, uma casa de purgar, e uma igreja com três capelas de abóbodas, também foram construídas o que, possivelmente, atraiu outros moradores e fazendeiros de cana, que passaram a se instalar nas proximidades. Perto do local havia também uma aldeia de índios que ficaram subordinados à Sebastião de Pontes. Dono de temperamento violento, ele cometeu atos que lhe custaram duras punições, tendo que retornar a Portugal e terminar seus dias na cadeia.
Com o afastamento de Sebastião de Pontes o povoado passou a sofrer ataques constantes dos violentos índios aimorés e um processo de decadência. Dai a colonização do território de Valença ficou estagnada por um longo período. A retomada só aconteceu no século XVIII, quando o bandeirante paulista João Amaro Maciel Parante reagiu duramente conta os aimorés. O novo momento de desenvolvimento, que passou a ocorrer a partir dessa ação, fez com que o Ouvidor Geral da Comarca de Ilhéus, Baltazar da Silva Lisboa, decidisse solicitar de Portugal que na povoação do Una fosse oficializada uma nova vila.
Atendida a nova formação administrativa foi, então, criada a Villa da Nova Valença do Sagrado Coração de Jesus, cujo território se desmembrava de Cairu através da assinatura da Carta Régia de janeiro de 1779. Não demorou e a Vila da Nova Valença do Sagrado Coração de Jesus foi oficialmente instalada, o que aconteceu no dia 10 de junho do mesmo ano. Com a instalação da nova vila veia a construção da igreja do Sagrado Coração de Jesus, erguida em Matriz da Freguesia. Sua inauguração foi em 26 de setembro de 1801.
A Vila da Nova Valença do Sagrado Coração de Jesus foi se desenvolvendo e em 10 de 1849, por força da Resolução n.° 368, recebeu os foros de cidade, passando a se chamar Industrial Cidade de Valença.

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Santíssimo Coração de Jesus de Valença em 26-09-1801, subordinado à vila de Cairu.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Santíssimo Coração de Jesus de Valença por Carta Régia de 23-01-1799, sendo desmembrada da vila de Cairu. Sede na antiga povoação de Santíssimo Coração de Jesus de Valença. Constituído do distrito sede. Instalada em 10-07-1799.
Pela Lei Provincial n.º 300, de 23-05-1848, é criado o distrito de Guerém e anexado à vila de Santíssimo Coração de Jesus de Valença.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Valença pela Lei Provincial n.º 368, de 10-11-1849.
Pela Lei Provincial n.º 803, de 11-06-1860, é criado o distrito de Sarapuí e anexado ao município de Valença.
Pela Lei Provincial n.º 2.288, de 27-05-1882, é criado o distrito de São Félix de Maricoabo e anexado ao município de Valença.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911 o município aparece constituído de 5 distritos: Valença, Guerém, São Felix de Mariocoabo, Sarapuí e Serra Grande.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município aparece constituído de 5 distritos: Valença, Guerém, Mariocoabo, São Felix e Serra Grande. Não figurando o distrito de Sarapuí.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933 o município aparece constituído de 4 distritos: Valença, Guerém, Mariocoabo e Serra Grande.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937 o município aparece constituído de 6 distritos: Valença, Guerém, Mariocoabo, Paraíso, Serra Grande, Vila Velha de Jequiriçá.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943 o município aparece constituído de 4 distritos: Valença, Guerém, Mariocoabo e Serra Grande, não figurando os distritos de Paraíso e Vila Velha de Jequiriçá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960 o município permanece constituído de 4 distritos: Valença, Guerém, Mariocoabo e Serra Grande. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1999.
É criado o distrito de Guaibim e anexado ao município de Valença.
Em divisão territorial datada de 2005 o município é constituído de 5 distritos: Valença, Guaibim, Guerém, Mariocoabo e Serra Grande. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.

Fonte

Valença (BA). Prefeitura. 2015. Disponível em: http://valenca.ba.gov.br/valenca/historico-da-cidade/. Acesso em: ago. 2015.

 Matéria em construção...

Produtora de ivermectina patrocinou anúncios de 'kit COVID-19' e faturou 1230% a mais, diz Randolfe Rodrigues

  COVID-19 no mundo

Casos confirmados:
189.724.529
Pacientes recuperados:
124.924.116
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4.080.249

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), farmacêuticas que impulsionavam propagandas de tratamento precoce e "kit COVID-19" apresentaram alto faturamento quando comparado ao ano passado.

Neste domingo (18), o vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues, disse que o faturamento das empresas que vendem remédios ineficazes contra a COVID-19 ultrapassou R$ 500 milhões, segundo o Último Segundo.

O faturamento teria contado com uma estratégia de anúncios muito bem remunerada, já que a Associação Médicos pelo Brasil, que divulga propagandas em defesa do tratamento precoce, teve estes anúncios patrocinados pela farmacêutica que produzia ivermectina, a Vitamedic, de acordo com a mídia.

Aplicativo TRATECOV do Ministério da Saúde sugere a prescrição de medicamentos sem eficácia, como cloroquina e ivermectina, para auxiliar médicos e profissionais da saúde no tratamento de pacientes com a COVID- 19
© Folhapress / Roberto Costa
 
Aplicativo TrateCov do Ministério da Saúde sugere a prescrição de medicamentos sem eficácia, como cloroquina e ivermectina, para auxiliar médicos e profissionais da saúde no tratamento de pacientes com a COVID- 19

Também com o apoio do grupo Médicos Pela Vida, as vendas de ivermectina pela farmacêutica, uma das maiores produtoras do medicamento, cresceram 1230% em 2020 em relação a 2019.

Segundo o senador, estima-se que a empresa tenha arrecadado R$ 734 milhões só com o medicamento do "kit COVID-19" nesse período.

O grupo Médicos pela Vida mantém a defesa ao tratamento precoce no site da associação e alguns de seus integrantes compõem o chamado gabinete paralelo do governo, uma divisão que aconselharia nos bastidores o presidente, Jair Bolsonaro, a lidar com a pandemia no Brasil.

TERRORISMO NA SÍRIA

Vista aérea mostra enlutados orando pelos corpos de três crianças, que foram mortas em um bombardeio na província de Idlib, no noroeste da Síria

Sputnik Brasilversões regionais COVID-19 no mundo Casos confirmados: 189.724.529 Pacientes recuperados: 124.924.116 Mortes: 4.080.249 

Grupos radicais têm se tornado mais ativos na Síria nas áreas controladas pela coalizão liderada pelos EUA, afirmaram as forças russas recentemente. Os militantes do Tahrir al-Sham, conhecido anteriormente como Jabhat al-Nusra (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), bombardearam a zona de desescalada Idlib, no noroeste da Síria, 30 vezes nas últimas 24 horas, afirmou o contra-almirante Vadim Kulit, vice-chefe do Centro Russo de Reconciliação para a Síria. "Trinta ataques de bombardeio [a partir] das posições do grupo terrorista Jabhat al-Nusra foram registrados na zona de desescalada Idlib nas províncias de Idlib (17 ataques) Latakia (6 ataques), Aleppo (3 ataques) e Hama (4 ataques)", disse Kulit em entrevista coletiva neste sábado (17). O vice-chefe do Centro Russo de Reconciliação para a Síria acrescentou que, de acordo com os dados da Síria, o número total de ataques foi 26. Nenhum ataque de grupos armados controlados pela Turquia foi registrado durante o período, de acordo com os militares. Sputnik / Mouhamed Damour 

Bashar Assad é eleito presidente da Síria com 95% dos votos - Defesa
Homem levanta bandeira da Síria com imagem de Bashar Assad Na Posse de Bashar Assad

Na sexta-feira (16), o contra-almirante Vadim Kulit havia alertado que terroristas estariam preparando ataques para este sábado, dia da posse do presidente sírio, Bashar Assad. O presidente sírio Bashar Assad ganhou um quarto mandato após conseguir 95,1% dos votos nas eleições de maio e governará o país por mais sete anos. Em repetidas ocasiões, Assad tem condenado as ações da coalizão liderada pelos EUA no leste da Síria, em meio a relatos de que as forças norte-americanas estariam envolvidas em saques de petróleo e trigo sírios, além de transportarem terroristas da Síria para bases no Iraque. O governo sírio oficialmente nunca solicitou que os EUA enviassem forças para o país e Damasco não aprova a presença norte-americana em seu território.

MADURO ACUSA CHEFE DO COMANDO SUL E CIA DOS EUA DE CONSPIRAR CONTRA VENEZUELA

COVID-19 no mundo Casos confirmados: 185.327.288 Pacientes recuperados: 122.006.178 Mortes: 4.007.239 O Presidente venezuelano Nicolás Maduro Maduro acusa chefe do Comando Sul e CIA dos EUA de conspirar contra Venezuela © REUTERS / Manaure Quintero Américas 12:57 02.07.2021(atualizado 13:19 02.07.2021) O presidente de Venezuela denunciou que o chefe do Comando Sul dos EUA e o diretor da CIA estariam forjando um plano contra a Venezuela com o beneplácito dos governos do Brasil e da Colômbia. "Andam,o comandante do Comando Sul [almirante Craig Faller] e o chefe da CIA [William J. Burns] rondando, dando voltas à Venezuela, e são recebidos como heróis na Colômbia, no Brasil, para fazer planos contra vocês, rapazes", assegurou Nicolás Maduro em aparência pública na quinta-feira (1º). "Alerta Venezuela, alerta toda a pátria, e estejamos sempre prontos e preparados para responder vigorosamente a qualquer plano de agressão ou desestabilização contra a Venezuela", disse. O chefe do Comando Sul dos EUA chegou à Colômbia no dia 20 de junho, e no dia seguinte visitou uma área fronteiriça com Venezuela junto com o vice-ministro colombiano da Defesa. Então, o governo do país caribenho qualificou isso de "provocação" e o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, assegurou que as Forças Armadas do país estão atentas à presença "deste funcionário militar norte-americano". "Sistematicamente se intrometeu nos assuntos internos de nossa nação através de atos e opiniões que visam sua desestabilização", afirmou. Há pouco mais de um ano, as Forças Armadas venezuelanas travaram a chamada operação Gideon, em que se tentaria capturar o presidente Maduro e que, segundo Caracas, foi liderada pela Colômbia e pelos EUA. ...

SEGUNDO A ACESSORA JURÍDICA DO SENADO TÂNIA MARIA DE OLIVEIRA, A INDICAÇÃO DE ANDRÉ MENDONÇA PARA O STF É RUIM PARA O BRASIL

COVID-19 no mundo Casos confirmados: 185.327.288 Pacientes recuperados: 122.006.178 Mortes: 4.007.239 
A Indicação de Mendonça é ruim para STF, sociedade brasileira e valores constitucionais, diz assessora © Folhapress / Wallace Martins/Futura Press Brasil 15:52 12.07.2021(atualizado 15:54 12.07.2021) Por Luiza Ramos, Ana Livia Esteves Para a assessora jurídica no Senado, Tânia Maria de Oliveira, a possibilidade de André Mendonça comandar o Supremo Tribunal Federal é negativa "sobretudo para os valores constitucionais que foram tão caros para conquistar". Marco Aurélio Mello, que completa 75 anos nesta segunda-feira (12), teve sua aposentadoria publicada no Diário Oficial na sexta-feira (9). Com isso, o decano deixa a posição após 31 anos dedicados em serviço ao Supremo Tribunal Federal (STF). Com a saída de Mello, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a pretensão de nomear para o tribunal seu atual Advogado-Geral da União (AGU), o "terrivelmente evangélico" André Mendonça, que antes foi ministro da Justiça após Sergio Moro. Assim que oficializar sua indicação, o nome dele precisa ainda passar pela aprovação do Senado. Tânia Maria de Oliveira, assessora jurídica no Senado e membro da coordenação executiva nacional da Associação Brasileira de juristas pela democracia (ABJD), acha que o mandato de Marco Aurélio Mello, apesar de polêmico, deixa um legado positivo e enfatiza a conduta estrita do ex-ministro em matéria de cumprimento da lei penal. O legado do decano Marco Aurélio Mello "Costumava-se dizer que ele era o ministro 'voto vencido' por que muitas vezes ele ficava sozinho isolado nas posições, mas é preciso dizer que ele foi um ministro muito corajoso e muito leal às posições que assumia", disse ela, citando a decisão de Mello de mandar soltar todos os presos condenados em segunda instância. Atitude que deu impulso às discussões sobre prisões em segunda instância. "O legado dele é de um ministro garantista e muito corajoso", afirmou a assessora. Em contrapartida, Tânia vê com preocupação a garantia de direitos constitucionais com a indicação do "terrivelmente evangélico" André Mendonça. "A saída dele [Marco Aurélio Mello] altera a correlação de forças no sentido de [afetar] justamente nessas pautas de direto penal, processual e de garantia de acusados ou condenados", explica. A provável entrada de André Mendonça A troca do cargo por um ministro indicado por Jair Bolsonaro modifica o STF, pois André Mendonça, sendo um bolsonarista convicto pode fazer alterar completamente as "revoluções" geradas pela gestão Marco Aurélio. Para Tânia a indicação é negativa. Presidente Jair Bolsonaro durante a posse do ministro da Justiça, André Mendonça, em Brasília © AP Photo / Eraldo Peres Presidente Jair Bolsonaro durante a posse do ministro da Justiça, André Mendonça, em Brasília "A mudança de um único ministro não tem o condão de fazer do STF conservador, por exemplo, o André Mendonça foi defender a abertura dos templos durante a pandemia e teve só dois votos favoráveis", relembrando o ato de Mendonça como Advogado-Geral da União. Nas pautas de costumes, o STF tem uma maioria bastante ampla e a troca de um único ministro não vai tornar a corte mais conservadora", mas o fato é que o ato "leva o conservadorismo para dentro da corte e altera essa maioria […] Um ministro só não vai alterar a jurisprudência nesse sentido", conclui. Indicação vs. aprovação Segundo a assessora, ao realizar a nomeação em um momento de fragilidade política, Bolsonaro pode ter dificuldade de aprovar o seu novo ministro. "Hoje o governo Bolsonaro está em uma crise. Existe uma crise inclusive entre os poderes e uma crise no âmbito do próprio governo com denúncias de corrupção com o andamento da CPI da pandemia", detalha. A dificuldade de aprovar o nome do André Mendonça dentro do Senado entra nesse âmbito da conjuntura. Ela diz que o próprio nome dele tem muita resistência dentro do Senado e dentro do STF pelas posições assumidamente conservadoras perante as pautas sociais e de costumes. "André Mendonça como ministro de Justiça usou a Lei de Segurança Nacional para perseguir coletivos sociais como os membros dos policiais anti fascismo, abriu vários inquéritos de manifestações, inclusive contra jornalistas por terem publicado alguma coisa contra o governo Bolsonaro", exemplifica. Ela critica que Mendonça, ainda à frente da AGU fez uso de "instrumentos considerados não republicanos" para defender vontades do governo, vide a abertura dos templos em meio à pandemia, indo contra as recomendações científicas e da OMS. A executiva da ABJD comenta com temor a citação do bolsonarista para defesa da abertura: "Foi muito assustadora a defesa que ele fez no STF citando a Bíblia para defender a abertura dos templos. Isso mostra que existe ali uma deturpação da própria religiosidade que é dele com os valores constitucionais das liberdades em geral, isso aí pode impactar e diversos julgamento do STF". Fachada do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. © Foto / Dorivan Marinho/Divulgação/STF Fachada do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Estado laico Tânia Maria de Oliveira recorda que concepções religiosas não podem guiar as decisões do Estado, que é: "O Estado é necessariamente laico, o que não pode ser confundido com liberdade religiosa". "O que preocupa é que ele seja um ministro que não respeite a Constituição, completamente vinculado ao governo de Jair Bolsonaro e às suas pautas absolutamente reacionárias. Não são nem apenas conservadoras, são reacionárias mesmo", critica a assessora jurídica no Senado. "A indicação do André Mendonça é muito ruim para o Supremo, é muito ruim para a sociedade brasileira sobretudo e para os valores constitucionais que foram tão caros para conquistar", retoma ela, tendo em conta que as nomeações também devem contar com o consentimento tácito de ministros do STF. Crise no governo Bolsonaro Tânia acha que a questão da Lava Jato não será o problema para Mendonça e explica que "ele esteve no governo no momento em que o governo virou antagonista da operação Lava Jato virou um embate entre Bolsonaro e Moro", ela opina ainda que "os problemas com ele são de outra natureza". A assessora fala que "apesar de toda a crise que está no governo apesar da CPI, apesar de tudo, Bolsonaro segue aprovando os projetos dele no Congresso". E acrescenta que pode haver um tipo de resistência que complique a aprovação de André Mendonça, "mas é cedo ainda para dizer isso". Tânia de Olivera conclui: "André Mendonça é uma escolha pessoal de Jair Bolsonaro, quanto a isso eu não tenho a menor dúvida".

10 escritores portugueses que você precisa conhecer

47 anos da Revolução dos Cravos

Em 1974, a Revolução dos Cravos derrubou a ditadura Salazarista – vigente desde 1933 -, comandada então por Marcelo Caetano, e abriu as portas para a democracia em Portugal. O início do movimento foi à meia-noite por meio de uma emissora de rádio, e a senha, uma música proibida pela censura, Grândula Vila Morena, de Zeca Afonso. Os militares depuseram Marcelo Caetano, que fugiu para o Brasil, colocando António de Spínola como presidente. Já a população, saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura e para distribuir cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento.

Como forma de celebração desta importante data, selecionamos 10 autores portugueses essenciais a todos os leitores. Descubra!

Miguel de Souza Tavares

Nasceu no Porto em 1952. Apesar de formado em direito, trabalha, hoje, como jornalista. É autor de várias obras, entre elas os elogiados e sucessos de venda Equador, Rio das Flores e No teu deserto.

miguel de sousa tavares
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Margarida Rebelo Pinto

Marcada por sua vasta obra repleta de romantismo, Margarida nasceu em Lisboa em 1965. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Clássica de Lisboa. Autora de sete romances, quatro livros de minificções e dois livros para crianças. Está publicada, além do Brasil, na Espanha, França, Holanda, Alemanha, Bélgica e Itália. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Diário da tua ausência, O dia em que te esqueci e Não há coincidências.

margarida rebelo pinto
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José Saramago

Saramago escrevia numa língua viva. Mais que correção ortográfica ou estruturas formais, ele usava a espontaneidade da tradição oral para contar, através de dialetos e coloquialismos, suas histórias universais. Seu estilo único tomou o mundo da literatura de assalto. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom declarou que José Saramago era “um dos últimos titãs de um gênero literário que se está a desvanecer” e o chamou de “O Mestre”. O autor nasceu em 1922 na província do Ribatejo em Portugal. Seu primeiro livro, Terra do pecado, foi publicado em 1947. A partir de 1976, passou a viver exclusivamente da literatura, primeiro como tradutor, depois como autor. Romancista, teatrólogo e poeta, em 1998 tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Saramago faleceu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, em 2010. Entres suas mais famosos livros estão Memorial do convento, Ensaio sobre a cegueira e  O evangelho segundo Jesus Cristo.

jose saramago
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António Lobo Antunes

Lobo Antunes nasceu em 1942 em Lisboa. Formado em medicina, serviu como médico do exército português em Angola. Autor de uma obra extensa, de repercussão mundial, o escritor recebeu diversos prêmios literários, como o Grande Prêmio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 1999, por Exortação aos crocodilos. Em 2007, recebeu o Prêmio Camões de Literatura, o maior reconhecimento dado a um autor de língua portuguesa vivo; e, em 2008, o Prêmio Juan Rulfo. Alguns de seus títulos de destaque: Memória de elefante, Os cus de Judas e Explicação dos pássaros.

António Lobo Antunes
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José Luís Peixoto

Nasceu em 1974 em Galveias, tendo estudado línguas e literaturas modernas na Universidade Nova de Lisboa. É autor de romances, contos, poemas e peças de teatro, e seus livros já foram traduzidos para cerca de vinte idiomas. Entre seus títulos mais conhecidos estão Livro, Uma casa na escuridão e Cemitério de pianos.

jose luis peixoto
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Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queiroz nasceu em Póvoa de Varzim no dia 25 de novembro de 1845, e faleceu, em paris, em 1900. É até hoje um dos mais importantes escritores de Portugal. É autor dos incríveis Os Maias e O crime do Padre Amaro – considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

eca de queiros
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Fernando Pessoa

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 13 de junho de 1888, e faleceu na mesma cidade no dia 30 de novembro de 1935. Foi poeta, romancista, astrólogo, crítico e tradutor. Enquanto poeta, escreveu sobre diversos heterônimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Com uma vasta obra, destacamos Poemas de Álvaro de Campos, Mensagem e O livro do desassossego.

fernando pessoa
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Pedro Chagas Freitas

Nascido em Azurém, Pedro Chagas Freitas tem publicados, em Portugal, romances, contos, crônicas, letras de música e textos publicitários. Presença constante nas listas de mais vendidos de seu país natal. No Brasil, lançou Prometo falhar,  um livro que fala do amor dos amantes, do amor dos amigos, do amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, do amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta.

pedro chagas freitas
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Luís de Camões

Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa em 1524. É considerado pela crítica e pelo público uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas do Ocidente. Ficou mundialmente conhecido pela obra Os Lusíadas.

luis de camoes
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Lídia Jorge

Lídia Guerreiro Jorge nasceu em Loulé, Boliqueime, no dia 18 de junho de 1946. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, durante o último período da guerra colonial, mas a maior parte da sua carreira docente foi em Portugal. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e integra o Conselho Geral da Universidade do Algarve. Seus trabalhos mais conhecidos são: O vento assobiando nas gruas, Combateremos a sombra e A manta do soldado.

lidia jorge
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Comentários
Comentários em “10 escritores portugueses que você precisa conhecer
  • 02.06.2021 a 4:14 pm
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    Os 5 livros da literatura de Portugal que todos deveriam ler:
    – Auto da Barca do Inferno – Gil Vicente
    – Os Lusíadas- Luis de Camões
    – Os Maias- Eça de Queiróz
    – Felizmente Há Luar – Luís de Sttau Monteiro
    – A Máquina de Fazer Espanhóis – Valter Hugo Mãe

  • 17.11.2020 a 3:14 pm
    Permalink

    Acho que vocês esqueceram de colocar aquela que é considerada por muitas escolas e centros literários europeus e do mundo como uma das maiores poetisas de todos os tempos e a maior poetisa em língua portuguesa: Florbela Espanca – que acredito que pelo teor de suas obras, pela qualidade emotiva e semântica, pelos temas abordados e pela época em que ela escreveu numa sociedade misógina e machista do início do século XX, possui todos os atributos de ser considerada como autora de língua portuguesa imprescindível para quem gosta de boa literatura

  • 01.09.2020 a 8:20 am
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    Ah, adoro o livro OS MAIAS, de EÇA DE QUEIROZ. Do qual ele nasceu na mesma cidade do meu querido pai.Em Póvoa de Varzim/ Portugal.

Jungmann diz que Forças Armadas estão sob ataque de Bolsonaro e critica militares em cargos civis

COVID-19 no mundo
Casos confirmados:
184.268.862
Pacientes recuperados:
121.329.646
Mortes:
3.987.973
Brasil

Ex-ministro da Defesa diz que "já passou da hora" de o Congresso "assumir suas responsabilidades" e regulamentar a limitação à participação de militares da ativa em cargos no governo.

Nesta quarta-feira (7), em entrevista para o portal UOL, o ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que as Forças Armadas "estão sob ataque do seu comandante supremo [o presidente Jair Bolsonaro]", e que a prova disso seriam as exonerações de comandantes ocorridas no Exército, na Marinha e na Aeronáutica.

Para Jungmann, as "exonerações sem explicações razoáveis" aconteceram porque os comandantes são subordinados ao Ministério da Defesa, e Bolsonaro teria motivado as mesmas a partir do momento que os militares não aceitaram se envolver na política e endossar as hostilidades do presidente contra o Legislativo e o Judiciário.

O ex-ministro ainda declarou que os militares não aceitarão participar de "aventuras fora da Constituição" e disse que "é evidente o constrangimento" diante do envolvimento de oficiais nas denúncias que cercam o Ministério da Saúde.

Em sua interpretação, o ex-ministro acredita que "já passa da hora" de o Congresso "assumir suas responsabilidades" e regulamentar a limitação à participação de militares da ativa em cargos no governo.

Como exemplo, Jungmann citou o fato de não ter havido punição à participação do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, em palanque com Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Sobre decreto número 10.727, recentemente editado pelo presidente, que liberou a participação de militares da ativa em cargos de natureza civil do governo federal, Jungmann também se posicionou contra.

Adicionalmente, o ex-ministro disse temer pelo quadro político em 2022, caso Bolsonaro não se reeleja e afirme que a eleição foi fraudada, pois um caos maior ainda pode se instalar no país.

António Costa: "Só está na União quem quer fazer parte da União"

António Costa: "Só está na União quem quer fazer parte da União"
Direitos de autor  euronews

A presidência portuguesa do Conselho da União Europeia começou num dos momentos mais difíceis da gestão da pandemia, em que todos os trabalhos foram condicionados. A falta de uniformização das regras para a vacinação e para o certificado digital continua a merecer muitas críticas. Mas, por outro lado, a forte pressão portuguesa para a aprovação do plano de recuperação e resiliência é vista como uma das grandes conquistas dos primeiros seis meses do ano.

O primeiro-ministro português, António Costa, falou, em Bruxelas, com o The Global Conversation sobre o que ainda une e divide os 27 Estados-membros, sobretudo após a mais recente Cimeira Europeia, e fez um balanço da presidência.

Sérgio Ferreira de Almeida, Euronews: A presidência portuguesa terminou com uma cimeira europeia marcada por alguns momentos muito tensos. Comecemos por falar da polémica lei húngara anti-direitos LGBTQ+. Como foi o seu confronto com Viktor Orbán? Já não houve necessidade de manter a neutralidade?

António Costa: As presidências, enquanto fator de agregação, devem procurar agir de forma imparcial quanto aos métodos de trabalho e quando se pronunciam em público. Mas obviamente, quando temos reuniões, temos de falar com toda a franqueza e com toda a clareza. E eu acho que este debate (com Viktor Orban) foi muito importante, porque foi muito frontal, muito aberto, todos os Estados-membros se expressaram com muita clareza na defesa dos valores da União Europeia, sublinhando que a União Europeia é, acima de tudo, uma comunidade de valores, mais que uma união aduaneira, mais que um mercado interno, mais que uma moeda única, é sobretudo uma comunidade de valores e portanto esses valores têm de estar no centro da nossa ação.

S.F.A.: Podemos saber o que é que disse a Viktor Orbán?

A.C.: As reuniões do Conselho são sigilosas. Não vou dizer o que disse lá dentro. Vou dizer que obviamente os tratados são muito claros. Só está na União quem quer fazer parte da União. E quem está na União está porque partilha aqueles valores e esses valores não são condicionáveis, têm de ser respeitados. É por isso que o artigo 7.º existe, para garantir o cumprimento dos tratados. Estavam abertos dois processos, um sobre a Polónia, outro sobre Hungria, com base no artigo 7.º, processos esses que estavam relativamente. Na Presidência portuguesa houve avanços, há duas semanas realizaram-se as audições quer da Polónia, quer da Hungria e são processos que estão a decorrer.

Neste caso, a Comissão Europeia já notificou a Hungria para o dever dar explicações e, tendo em conta as explicações dadas, a Comissão Europeia avaliará se abre ou não um processo por violação do artigo 7.°.

S.F.A.: A Hungria continua a ter lugar nesta União Europeia em que vivemos hoje?

A.C.: O nosso desejo é que todos os povos dos 27 Estados-membros continuem a fazer parte da União Europeia. Agora cada um é livre de escolher o seu caminho. Uma coisa que não vale a pena esconder. Felizmente temos agora a conferência sobre o futuro da Europa para que esse debate se faça de forma franca. Hoje os Estados não partilham todos os mesmos valores nem têm a mesma visão sobre a União que tinham quando foi aprovado o Tratado de Lisboa.

As maiorias mudaram, as dinâmicas políticas mudaram, portanto há Estados que têm uma posição diferente. E acho que a Conferência sobre o Futuro da Europa é um bom momento também para fazermos um balanço, sendo que o Tratado de Lisboa tem a flexibilidade necessária para permitir um pouco de tudo: quem quiser ir mais rápido pode utilizar as cláusulas passerelle, que, por exemplo, nos permitem alterar maiorias sobre certas matérias; quem quiser ir a um ritmo mais lento pode criar cooperações reforçadas e existe a flexibilidade suficiente para que não estejamos sempre entre o risco de paralisia e o risco de rutura. Se houver um acordo entre todos, maravilhoso. Se isso não for possível, não podemos ficar a meio da ponte, nem uns paralisados, nem os outros em risco de rutura. Portanto, há aqui vários caminhos que podem ser seguidos.

Temos de desejar ter uma relação próxima, amigável, positiva, construtiva com a Rússia. Para que isso aconteça, é fundamental que a Rússia respeite princípios fundamentais do direito internacional e também do relacionamento justo com a União Europeia
António Costa
Primeiro-ministro de Portugal

S.F.A.: Já assistimos a um divórcio do Reino Unido com a União Europeia, mas ainda não assistimos a nenhuma expulsão da União Europeia.

A.C.: Não está previsto. O que está previsto nos termos do artigo 7.º é a suspensão do exercício de direitos de voto como sanção máxima aplicável a um país.

S.F.A.: Outro dos temas em que não houve consenso nesta cimeira europeia, um tema da política externa, foi a proposta francesa e alemã de uma cimeira com o presidente russo Vladimir Putin, que foi recusada. Já não há margem para negociar com Vladimir Putin e é por isso que não avançamos para uma cimeira?

A.C.: Houve vários motivos pelos quais se chegou àquela decisão. Quando se trata da relação com a Rússia, há uma posição comum a todos os Estados-membros. Uma proposta desta dimensão, que surge um pouco em cima da hora, sem a devida preparação, sem o devido enquadramento, torna-se muito difícil de passar.

Acho que todos têm bem a noção de que a Rússia é o nosso maior vizinho. Nós temos de desejar ter uma relação próxima, amigável, positiva, construtiva com a Rússia. Para que isso aconteça, é fundamental que a Rússia respeite princípios fundamentais do direito internacional e também do relacionamento justo com a União Europeia e com cada um dos seus Estados-membros. Essa é a visão de conjunto que temos. Agora, há uma vontade de ver um novo quadro de relacionamento com a Rússia. Para que isso aconteça tem de ser devidamente preparado. Somos 27, não temos todos a mesma história de relacionamento com a Rússia, não temos todos a mesma a distância geográfica relativamente a Moscovo e isso tem de ser tido em conta num momento em que se toma decisões sobre esta matéria.

S.F.A.: Outro dos temas em que o consenso tem sido difícil dentro da União Europeia é o pacto das migrações que foi apresentado e proposto em 2020, mas que até agora ainda não foi assinado. Essa era uma das prioridades da presidência portuguesa.

A.C.: O pacto decompõe-se em diferentes instrumentos. Houve dois em que demos passos importantes. Um muito importante é a diretiva sobre o cartão azul, criando canais legais de imigração que são absolutamente fundamentais. Outro, que estamos esta semana a concluir, é a negociação com o Parlamento Europeu para a instalação da Agência Europeia de Asilo, que é uma peça fundamental para a revisão do regime de asilo na União Europeia.

Nenhum país tem o direito de utilizar os refugiados como forma de pressão sobre os países vizinhos
António Costa
Primeiro-ministro de Portugal

S.F.A.: Também já se fala numa nova possibilidade de dar mais dinheiro à Turquia, três mil milhões de euros que se juntam aos seis mil milhões que já foram dados nos últimos seis anos, para travar a vaga de migrações. Há organizações não governamentais, como a Amnistia Internacional, que acusam a União Europeia de estar refém de países como a Turquia e Marrocos, por exemplo, com os recentes episódios em Ceuta, dando dinheiro, mas não conseguindo travar efetivamente a origem da crise migratória.

A.C.: São situações diversas. A proposta agora discutida no Conselho, não tem a ver com a Turquia, mas tem a ver com a solidariedade que a União Europeia deve ter com países exteriores que estão hoje a suportar um encargo extremamente pesado no acolhimento de refugiados, muito superior ao da União Europeia. Países como a Jordânia, por exemplo, ou países como o Egito, que podem e devem ser destinatários de apoio da União Europeia. E foi esse o debate, não se falou sobre a Turquia nessa matéria.

S.F.A.: Mas se continuarmos a dar dinheiro à Turquia, não considera que caímos mesmo nessa situação de estarmos reféns da vontade de terceiros.

A.C.: Há uma coisa que é absolutamente clara: nenhum país tem o direito de utilizar os refugiados como forma de pressão sobre os países vizinhos. A Europa não pode ignorar que ela própria é um fator de atração. Os refugiados têm múltiplas origens e para que todo o tema migratório possa ser enfrentado, nós temos que agir nos países de origem, nos países de trânsito, na nossa fronteira e na capacidade de integração dos que entram na Europa. Devemos também distinguir situação de imigração dos refugiados. Isso implica uma abordagem global da estratégia das migrações e não uma medida única que pode ter um efeito relativamente a algo, além disso, é preciso percebermos que as migrações existem desde que existe humanidade e enquanto existir humanidade vão continuar a existir migrações, é um processo natural de vida da humanidade e, portanto, é um fenómeno que tem de ser regulado como todos os outros fenómenos humanos.

(...) não entrou nenhum britânico em Portugal que não tivesse previamente apresentado um teste negativo
António Costa
Primeiro-ministro de Portugal

S.F.A.: Passamos agora ao tema que tem dominado a atualidade neste último ano e meio: arrancou a presidência portuguesa a braços com uma situação muito complicada em Portugal em relação à pandemia. Houve melhorias e agora voltamos a assistir a uma situação bem mais complicada. A falta de uniformização das regras de circulação no espaço europeu podem complicar o combate e a gestão de uma possível quarta vaga na Europa?

A.C.: As regras e os critérios de harmonização estão fixados nas recomendações. Houve um pacote de regras aprovado em outubro e, a 14 de junho, entrou em vigor uma nova recomendação para harmonização dos critérios e esses critérios permitem uma gestão dos fluxos de circulação. Não creio que sejam os fluxos dentro da Europa o fator contaminação. O fator de contaminação existe cada vez que duas pessoas se encontram, quanto mais pessoas se encontrarem, maior é o risco de contaminação, venham de fora, ou estejam cá dentro. Portanto, esse critério não faz sentido.

Portanto, os critérios de harmonização existem, aquilo que é fundamental é aceleramos o processo de vacinação. O que tem estado a ser demonstrado é que esta nova variante delta tem uma enorme capacidade de transmissão, não está demonstrado que vença a imunização oferecida pelas vacinas. Por outro lado, estando hoje grande parte da população mais vulnerável já protegida, tem tido um efeito quer na mortalidade, quer na gravidade da doença muitíssimo inferior ao que tivemos noutras noutras vagas. Isto não quer dizer que não tenhamos de ter atenção. Temos de fazer um esforço na sequenciação da identificação das variantes e temos todos de continuar a manter as boas práticas para nos protegermos uns aos outros.

S.F.A.: Como é que recebeu as críticas da chanceler alemã Angela Merkel ao facto de Portugal ter aberto as portas aos britânicos?

A.C.: Primeiro, [Merkel] não fez críticas. Depois, nós não abrimos as portas aos britânicos, nós seguimos as recomendações europeias. Os britânicos, para entrarem em Portugal, tendo em conta o nível de infeção em que se encontram, têm de realizar um teste obrigatório para entrar em Portugal e não entrou nenhum britânico em Portugal que não tivesse previamente apresentado um teste negativo.

S.F.A.: Essas regras vão se manter agora que a ilha da Madeira entrou para a “lista verde” do Reino Unido?

A.C.: Nós não temos regras por países. Temos regras quantificadas que se aplicam a qualquer país, em função da situação em que está. Se a Bélgica estiver acima determinado nível, aplicam-se essas regras, se estiver abaixo, aplicam-se outras regras. As regras são as mesmas para a Bélgica, para o Reino Unido, para França, para Espanha, para qualquer país.

S.F.A.: Muita gente relaciona o agravamento da situação com vários eventos, festas desportivas, o caso da final da Liga dos Campeões.

A.C.: Mas isso está demonstrado que não é verdade. A final da Champions aconteceu no Porto e dois terços do crescimento de casos que verificámos agora estão exclusivamente concentrados na região de Lisboa, não tem nada a ver com a Champions. Mesmo em relação aos turistas é difícil que isso aconteça, os locais de destino dos turistas britânicos são sobretudo a ilha da Madeira, onde o crescimento é mínimo, e o Algarve. Portanto, dois terços do problema estão concentrados na região de Lisboa e não têm a ver com os turistas. Poderá haver outros fatores. É preciso também esclarecer que o crescimento da pandemia nesta fase, não tem nada a ver com o que aconteceu em fases anteriores, designadamente do ponto de vista sanitário, da pressão do Serviço Nacional de Saúde ou do ponto de vista da mortalidade da nossa população.

A cada país foi atribuída uma verba tendo em conta (...) a população e também o impacto da crise. Como é sabido, na primeira vaga, Itália e Espanha foram os dois países mais atingidos
António Costa
Primeiro-ministro de Portugal

S.F.A.: Falemos agora do Plano de Recuperação e Resiliência. A presidente da Comissão Europeia tem andado num périplo europeu a dar a boa nova da aprovação dos vários planos. Portugal deve receber mais de 16 mil milhões de euros, Espanha, quase 80 mil milhões de euros, a Grécia, 30 mil milhões de euros. Itália é recordista, com 200 mil milhões de euros. O facto de ter a presidência da União Europeia fê-lo ser mais modesto na altura de apresentar o plano? Portugal tem menos necessidade que os outros países?

A.C.: A chave de repartição dos fundos foi fixada ainda na presidência alemã, foi fixada em julho passado, quando aprovámos este instrumento, e tinha a ver com o impacto da pandemia naquilo que eram as previsões do crescimento das diferentes economias. Nessa fase, estávamos a trabalhar com previsões, por isso ficou logo previsto que, em 2022, haveria uma revisão, uma atualização dos critérios e desta chave de repartição.

A cada país foi atribuída uma verba tendo em conta aquela chave de repartição, tendo em conta a população e também o impacto da crise. Como é sabido, na primeira vaga, Itália e Espanha foram os dois países mais atingidos e portanto foram aqueles que tiveram uma maior compensação do Fundo de Recuperação e Resiliência.

S.F.A.: Esta entrada de dinheiro nos Estados-membros é quase tão importante como os fundos europeus recebidos por alguns dos Estados-membros na altura da adesão. Foram registados vários erros, vários desperdícios que provocaram uma crise agravada em muitos países europeus. Neste momento existe um mecanismo de controlo de como o dinheiro deste Plano de Recuperação e Resiliência vai ser gasto, para evitar erros no futuro?

A.C.: Em primeiro lugar, convém ter noção de que o relatório do Tribunal de Contas Europeu fez em 2019 sobre o historial de fundos europeus demonstra que as fraudes com fundos europeus são residuais, representam 0,75% da totalidade dos fundos. Portanto, não há um problema com os fundos, existem vários mecanismos de controlos que têm sido eficazes. Desta vez, até existe mecanismo de controlo bastante mais exigente, visto que todos os planos são feitos numa base contratualizada, com metas, marcos e calendários. E a disponibilização das verbas é feita à medida que vão sendo atingidos esses objetivos e marcos e cumprido esse calendário. O controlo é muito rigoroso.

Nestes seis meses [de presidência] conseguimos, em primeiro lugar, que todos os Estados-membros tivessem ratificado a decisão que permitiu à Comissão Europeia proceder à emissão da dívida. Em segundo lugar, a Comissão Europeia emitiu dívida com condições muitíssimo melhores, com menores custos financeiros do que se tivesse sido uma emissão repartida por vários Estados. Em terceiro lugar, 24 Estados-membros já apresentaram os seus Planos de recuperação e resiliência. Doze já têm a luz verde da Comissão Europeia. No dia 13 de julho, no primeiro Ecofin da presidência eslovena, devem ser aprovados esses 12 Planos de Recuperação e Resiliência. Isso vai ser fundamental para que a Europa, desta vez, cumpra a sua capacidade de dar uma resposta robusta e conjunta a esta crise económica, não repetindo os erros que cometeu há 10 anos e ter uma resposta que em vez de andar pelos caminhos da austeridade, deve andar pelo caminho da reforma e do investimento.

[Há] agora um calendário e ações concretas previstas para transformar numa realidade esta dimensão social da Europa e fazer da Europa verdadeiramente uma União Europeia que protege, valoriza e desenvolve o seu modelo social, que é fundamental para apoiar a dupla transição climática e digital.
António Costa
Primeiro-ministro de Portugal

S.F.A.: Qual foi o momento mais difícil desta presidência portuguesa, destes últimos seis meses?

A.C.: Ainda não tenho o distanciamento suficiente para lhe poder responder. Foram tempos muito exigentes do ponto de vista do combate à pandemia, sobretudo para pôr em marcha todos os Planos de Recuperação e Resiliência. Conseguimos aprovar toda a legislação em matéria de fundos comunitários, o próximo quadro financeiro plurianual, o último pacote - a reforma da PAC - foi aprovado esta semana, incorporando pela primeira vez a dimensão social e reforçando a dimensão verde da Política Agrícola Comum. [Aprovámos] a adoção da flexibilização das regras orçamentais e das regras em matéria de ajudas de Estado para permitir uma resposta eficaz a esta crise.

O momento mais marcante para o futuro é termos conseguido passar dos princípios gerais do pilar europeu dos direitos sociais para o plano de ação do pilar europeu dos direitos sociais, havendo agora um calendário e ações concretas previstas para transformar numa realidade esta dimensão social da Europa e fazer da Europa verdadeiramente uma União Europeia que protege, valoriza e desenvolve o seu modelo social, que é fundamental para apoiar a dupla transição climática e digital.

Outro marco fundamental foi a aprovação da nova lei do clima. Pela primeira vez, temos um continente que tem um compromisso conjunto de neutralidade carbónica para 2050. Portanto, eu acho que esta presidência portuguesa deixa um conjunto de marcas muito significativas, de que nos devemos orgulhar. Mas significa sobretudo que cumprimos - e que a União Europeia cumpriu - o objetivo a que nos tínhamos proposto: é tempo de agir para uma recuperação justa, verde e digital.

S.F.A.: A Eslovénia assume a 1 de julho a presidência da União Europeia. Que conselhos dá à presidência do governo esloveno para os próximos seis meses?

A.C.: Não dou conselhos, apenas ofereci ao meu colega Janez Janša (primeiro-ministro da Eslovénia) uma réplica das bússolas que usavam os navegadores portugueses, um instrumento de navegação, que é sempre útil. Aliás, o primeiro-ministro esloveno vai realizar a segunda presidência, a primeira foi em 2008, já tem experiência e fará seguramente uma boa presidência.

 

COMEMORAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

A temática da celebração foi "A Chama da Esperança", em simbolismo ao desejo de ultrapassar o período pandêmico e a aceleração ao processo de vacinação, para que a rotina dos baianos possa voltar a normalidade o quanto antes. Os profissionais de saúde também foram homenageados.

Com a presença do governador do estado, Rui Costa (PT), além do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e o presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), as bandeiras do Brasil, da Bahia, de Salvador e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) foram hasteadas.

Durante a cerimônia, heróis e heroínas da independência da Bahia receberam as devidas lembranças, a exemplo de Maria Quitéria, general Labatut, Joana Angélica, Maria Felipa e José Joaquim de Lima e Silva. Em seguida, dois profissionais de saúde acenderam a pira com fogo simbólico, em alusão ao combate dos baianos a pandemia.

O evento contou ainda com a presença da banda da Polícia Militar (PM-BA), além de membros do Batalhão Quebra-Ferro, que possuem formação estimada em cerca de 100 homens.

Vestidas de "verde esperança", pelo artista plástico João Marcelo Ribeiro, as tradicionais estátuas do caboclo e da cabocla foram posicionadas no Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha. Pelo segundo ano consecutivo, não foi possível realizar o tradicional desfile dos carros com as estátuas. 

As forças policiais realizam o patrulhamento nas imediações, como forma de evitar possíveis aglomerações na celebração. A Superintendência de Trânsito (Transalvador) proibiu o estacionamento nos entornos do Largo da Lapoinha, além de realizar alterações na região, como a interdição do tráfego de veículos na Estrada da Liberdade.

Gestores

Primeiro a discursar durante a cerimônia, o governador do estado reverenciou os valores de luta do povo baiano e agradeceu a todos os gestores municipais na luta da Bahia contra a pandemia. Rui enfatizou a expectativa em acelerar a vacinação para toda a população, após a chegada das 10 milhões de doses da Sputnik.

Já o prefeito da capital baiana destacou o esforço realizado por todos considerados “os heróis do momento”, como os profissionais de saúde até a população, na batalha contra a pandemia. Posteriormente, em coletiva, Bruno destacou os baixos indicies de mortalidade apresentados por Salvador no enfrentamento a Covid-19 e falou que a cidade está próxima de retornar às atividades normais.

CHEGADA DO PRIMEIRO DONATÁRIO

Em 1536, chegou à região o primeiro donatário, Francisco Pereira Coutinho, que recebeu capitania hereditária de El-Rei Dom João III. Fundou o Arraial do Pereira, nas imediações onde hoje está a Ladeira da Barra. Esse arraial, doze anos depois, na época da fundação da cidade, foi chamado de Vila Velha. Os índios não gostavam de Pereira Coutinho por causa de sua crueldade e arrogância no trato. Por isso, aconteceram diversas revoltas indígenas enquanto ele esteve na vila. Uma delas obrigou-o a refugiar-se em Porto Seguro, com Diogo Álvares; na volta, já na Baía de Todos os Santos, enfrentando forte tormenta, o barco, à deriva, chegou à praia de Itaparica. Nessa, os índios fizeram-no prisioneiro, mas deram liberdade a Caramuru. Francisco Pereira Coutinho foi retalhado e servido numa festa antropofágica.

FUNDAÇÃO DE SALVADOR EM 1549
 
Em 29 de março de 1549 chegam, pela Ponta do Padrão, Tomé de Sousa e comitiva, em seis embarcações: três naus, duas caravelas e um bergantim, com ordens do rei de Portugal de fundar uma cidade-fortaleza chamada do São Salvador. Nasce assim a cidade de Salvador: já cidade, já capital, sem nunca ter sido província. Todos os donatários das capitanias hereditárias eram submetidos à autoridade do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.
Com o governador vieram nas embarcações mais de mil pessoas. Trezentas e vinte nomeadas e recebendo salários; entre eles o primeiro médico nomeado para o Brasil por um prazo de três anos: Dr. Jorge Valadares; e o farmacêutico Diogo de Castro, seiscentos militares, degredados, e fidalgos, além dos primeiros padres jesuítas no Brasil, como Manuel de Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e Leonardo Nunes, entre outros. As mulheres eram poucas, o que fez com que os portugueses radicados no Brasil, mais tarde, solicitassem ao Reino o envio de noivas.
 
TOMÉ SOUSA E SUA PAIXÃO POR SALVADOR
Salvador em 1875.

Talvez Tomé de Sousa tenha sido o primeiro visitante a apaixonar-se pelo local, como muitos após ele, pois disse ao funcionário que lhe entregou a notícia de sua volta a Portugal e que o seu substituto estava a caminho: "Vedes isto, meirinho? Verdade é que eu desejava muito, e me crescia a água na boca quando cuidava em ir para Portugal; mas não sei por que agora se me seca a boca de tal modo que quero cuspir e não posso". Após Tomé de Sousa, Duarte da Costa foi o governador-geral do Brasil, chegou a 13 de Julho de 1553, trazendo 260 pessoas, entre elas o filho Álvaro, jesuítas como José de Anchieta, e dezenas de órfãs para servirem de esposas para os colonos. Mem de Sá, terceiro governador-geral, que governou até 1572, também contribuiu com uma grande administração.
Edifícios públicos de Salvador em 1928,
destacando (em baixo e à esquerda)
a antiga Biblioteca Pública, já demolida.
A cidade foi invadida pelos neerlandeses em 1598, 1624-1625 e 1638. O açúcar, no século XVII, já era o produto mais exportado pela colônia. No final deste século a Bahia se torna a maior província exportadora de açúcar. Nesta época, os limites da cidade iam da freguesia de Santo Antônio Além do Carmo até a freguesia de São Pedro Velho. A Cidade do São Salvador da Bahia de Todos os Santos foi a capital, e sede da administração colonial do Brasil até 1763.

COMENTÁRIO

A todos os luso brasileiros e demais descendências que formam este  país que tão bem recebe todos os povos de tão diversificadas procedências, devo externar aqui meu pensamento sobre esta comemoração que considero, tal como o sete de setembro e o 21 de abril, uma comemoração separatista, que tem como alvo principal destruir o sentimento lusófilo de nosso povo. Um sentimento responsável por esta ainda "Unidade Nacional"! Um sentimento patriótico construído em memoráveis batalhas como Cunhaú, Ferreiro Torto, Guararapes e tantas outras e que gerou esta nossa identidade nacional, que este calvinismo, que nos acompanha desde a chegada dos portugueses em 1500, ainda tenta destruir, com eventos separatistas como o do passado dia 02/07. Um sentimento que a Igreja Católica e os  índios fiéis aos portugueses, durante os dois primeiros séculos ajudaram a construir, quando então, com o advento da Revolução Industrial Inglesa aí sim, não teve mais jeito, ficamos totalmente em mãos do separatismo! 

Meu pensamento, desculpem todos, é de que somos uma sociedade dividida, imbecilizada e ingrata, que não consegue entender que esse movimento de independência da Bahia nada mais foi que um movimento político e econômico dos ingleses para expandir a venda de seus produtos agrícolas  no Brasil, um movimento militar comandado pelo famoso almirante Thomas Cochrane. E assim foi feito pelos ingleses em toda a América Latina com seu apoio aos movimentos "independentistas" nas antigas colônias espanholas, que resultaram neste império liberal,  que prevalece até hoje e nos impede de conquistar a verdadeira independência. Mas, agora, a cúpula desta sociedade dividida, imbecilizada e ingrata não entende que ela está desmoralizada e que o povo que se diz representar, é que representa o verdadeiro povo do Brasil e de Portugal  o povo da lusofilia, os Oliveiras, os Ferreiras, os Pereiras, os Sousas, etc. Ela representa o ódio separatista, que impede a união de nossos povos irmãos ao nos fazer comemorar datas que nada têm a ver com as nossas raízes lusófonas! Portanto, meus irmãos lusófilos chegou a hora de comemorarmos sim, a verdadeira independência do Brasil com a união dos brasileiros de todas as matizes e não com estas minorias robóticas e separatistas que impedem a verdadeira independência do  Brasil.