SPORT LISBOA E BENFICA

SPORT LISBOA E BENFICA


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Benfica

Nome: Sport Lisboa e Benfica
Alcunhas: Águias
Encarnados
Glorioso
Diabos Vermelhos
Torcedor Benfiquista
Mascote Águia Vitória
Fundação: 28 de Fevereiro de 1904 (107 anos)
Estádio: Estádio da Luz,
LSB.png Lisboa
Capacidade: 65 400
Presidente: Luís Filipe Vieira
Treinador: Jorge Jesus
Patrocinadores: Portugal Telecom, Sagres
Material esportivo Adidas

Competição Primeira Liga
2009/10 1.º lugar (campeão)
2008/09 3.º lugar
2007/08 4.º lugar

Uniforme:
1º - camisa vermelha, calção branco e meias vermelhas
2º - camisa laranja, calção branco e meias vermelhas
3º - camisa branca, calção grená e meias brancas

Sport Lisboa e Benfica: é um clube multidesportivo sediado em Lisboa. O seu eclectismo, historial e forte base de adeptos faz do Benfica o maior e mais significativo de Portugal e um dos mais prestigiados a nível mundial. As estimativas em relação ao número de adeptos apontam para cerca de 14 milhões espalhados por todo o mundo. Segundo o Guiness, o Benfica é o clube do mundo com mais sócios ativos, cerca de 160.000, na altura,atingindo agora os 200.000 sócios. É considerado pela IFFHS como o nono melhor clube do século XX. Além do futebol, este clube distingue-se também noutras modalidades (apresentadas no final do artigo). Utiliza como cores principais o vermelho e o branco e como símbolo uma águia, chamada Vitória.

Conquistou o seu último título como campeão nacional de futebol na época de 2009-2010 no dia 9 de Maio de 2010, no Estádio da Luz, frente ao Rio Ave (2-1) com golos de Óscar Cardozo que assim foi o melhor marcador daquela época.



HISTÓRIA

Os Primeiros Anos

Em 28 de Fevereiro de 1904, um grupo de ex-alunos da Real Casa Pia de Lisboa (24 elementos de onde se destacava a figura de Cosme Damião), criou, nas traseiras da Farmácia Franco, na zona de Belém, o Sport Lisboa (com uma única seção, a de futebol). Nessa reunião histórica, ficou definido que o novo clube jogaria de vermelho e branco e que teria no emblema uma águia e o moto "E Pluribus Unum".

O primeiro campo de jogos foi na Quinta da Feiteira, mas os tempos eram difíceis. Devido a problemas financeiros, vários jogadores da primeira equipa abandonaram o Benfica para o mais abastado Sporting, o que contribuiu para a fusão do Sport Lisboa com o Grupo Sport Benfica (que tinha como prática o Ciclismo), levando à origem do actual emblema (com a introdução da roda de bicicleta) e o nome definitivo: Sport Lisboa e Benfica, na data de 1908, a real data de fundação do Clube.

Contudo, as dificuldades mantêm-se. Nestes primeiros tempos, o Benfica salta de campo em campo: Em 1913 muda-se para Sete Rios, mas devido à elevada renda, quatro anos depois o clube vê-se obrigado a mudar para o campo de Benfica, onde em 1919 efectua, pela 1ª vez em toda a península ibérica, jogos noturnos. Em 1925 o Benfica compra uns terrenos nas Amoreiras e fica pela 1ª vez proprietário de um estádio, com capacidade para 15.000 espectadores. É neste estádio que o Benfica conquista os primeiros títulos nacionais.

Entretanto, já o Benfica tinha criado as seções de Hóquei em Patins, Hóquei em Campo, Râguebi, Basquetebol, Andebol, Bilhar e Voleibol.

Os primeiros campeonatos nacionais de futebol arrancam em 1935 e após perder a 1ª edição, o Benfica vence as 3 seguintes entre 1936 e 1939. Em 1940 o Benfica vence a sua primeira Taça de Portugal.

No ano seguinte, o Benfica volta a mudar-se, desta vez para o Campo Grande. É neste campo que o Benfica luta contra o domínio do Sporting. Na década de 1940, o Benfica é apenas campeão por 3 vezes, em 1942, 43 e 45, e conquista a Taça de Portugal em 4 ocasiões: 1940, 43, 44 e 48.

Contudo, em 1950 o Benfica atinge o seu 1º grande feito internacional com a conquista da Taça Latina. Após ultrapassar a Lazio nas meias-finais, o Benfica defronta o Bordéus de França na final e depois de um empate a 3 bolas, o jogo é repetido uma semana mais tarde e aí o Benfica acaba por ganhar por duas bolas a uma, com o golo decisivo a ser marcado, após dois prolongamentos, no minuto 146. O clube encarnado é o único clube português a ter vencido esta competição.

Em 1954 chega um momento vital na História do clube: com a larga contribuição de muitos associados e simpatizantes, o Benfica inaugura o Estádio da Luz, de princípio com capacidade para 30.000 espectadores, onde jogaria até 2003.

Finalmente com campo próprio e com a chegada do treinador brasileiro, Otto Glória, que introduz o profissionalismo em toda a estrutura encarnada e treinos inovadores em Portugal, o Benfica começa a fazer frente ao domínio sportinguista. Em 54/55 o Benfica conquista o campeonato, após 4 anos com o Sporting a terminar sistematicamente campeão. Em 1957 o Benfica faz a 3ª dobradinha da sua História e participa pela 1ª vez na Taça dos Campeões Europeus.

A nível de modalidades, é de destacar a importância de José Maria Nicolau, vencedor de duas edições da Volta a Portugal na década de 1930 e que de camisola encarnada espalhou a admiração pelo clube a todo o país.

A Década de 1960

Para a nova década, foi acrescentado um 3º anel (embora incompleto) ao estádio da Luz, aumentando a capacidade para 80.000 espectadores, ao mesmo tempo que chegava para treinador, vindo do rival FC Porto, um Húngaro que teria um impacto imediato: Béla Guttmann.

O Benfica sagra-se campeão nacional em 59/60 e 60/61, mas mais do que isso, atinge pela 1ª vez na sua História a Final da Taça dos Campeões Europeus (TCE), em 1961, onde defronta o Barcelona. Num jogo bastante emotivo, os encarnados vencem por 3-2 e conquistam a sua 1ª taça europeia.

No ano seguinte, o Benfica não vai além do 3º lugar no Campeonato, em grande medida porque se concentra em nova aventura europeia (pelo meio vence também a Taça de Portugal), atingindo de novo a final da TCE. Já com Eusébio na equipa, o Benfica recupera de 2 desvantagens no marcador, para vencer por uns sensacionais 5-3 o Real Madrid, com 2 golos do Pantera Negra. O Benfica sagrava-se bicampeão da Europa.



Contudo, no final desta partida Béla Guttmann resolve sair do Benfica e lançar a famosa maldição: "Nos próximos 100 anos, o Benfica não voltará a ser campeão europeu!" O que é certo é que desde então nunca mais o Benfica venceu uma final europeia, apesar de ter marcado presença em várias.

Já com novo treinador (Fernando Riera), o Benfica recupera o título de campeão em 62/63, ao mesmo tempo que atinge novamente a final da TCE. Mas desta vez sai derrotado, por 1-2 frente ao AC Milan, tendo uma lesão de Mário Coluna a meio do jogo sido fulcral para o desfecho.

Na época seguinte, o Benfica faz o pleno doméstico, com campeonato e Taça de Portugal (vitória de 6-2 na final frente ao FC Porto) e em 64/65 chega ao tricampeonato. Pela 4ª vez nos últimos 5 anos o Benfica apresenta-se em nova final da TCE (tendo, no percurso para a final, alcançado uma memorável vitória sobre o Real Madrid por 5-1), mas mais uma vez sai derrotado. Defrontando o Inter de Milão em San Siro, o Benfica perde por 1-0, ficando famoso o frango de Costa Pereira e a lesão do mesmo, minutos depois, obrigando o Benfica a jogar grande parte da partida com 10 elementos e Germano na baliza.

65/66 revela-se a única temporada da década de 1960 sem títulos para o futebol do Benfica, mas na época seguinte o título de campeão nacional regressa à Luz. Em 67/68 chega o bicampeonato e a 5ª presença na final da TCE em 8 anos. Encontrando o Manchester United em Wembley, o jogo termina empatado a 1 bola, mas no prolongamento os ingleses marcam 3 golos e vencem por 4-1. Eusébio teve uma oportunidade de ouro no minuto 90 para vencer a Taça para o Benfica, mas não conseguiu transpôr o guarda-redes do Manchester.

Em 68/69 o Benfica faz mais uma dobradinha. A final da Taça de Portugal é vencida frente à Académica de Coimbra, num encontro marcado por grande importância política, devido à oposição dos estudantes ao regime ditatorial.

Nas modalidades, o Hóquei em Patins e o Basquetebol destacam-se ambos com 6 campeonatos conquistados. Nesta década o Benfica vence por 3 vezes a Volta a Portugal.

A Década de 1970

Após mais uma Taça de Portugal em 69/70 (vitória na final sobre o Sporting por 3-1), em 1970 chega ao Benfica um treinador inglês, Jimmy Hagan, que impulsionaria o clube para 3 anos de ouro. Em 70/71 o Benfica recupera de uma grande desvantagem no campeonato, para o vencer em grande estilo, ao passo que na época seguinte junta a Taça de Portugal ao campeonato. A final revelou-se uma das mais emotivas de sempre, com o Benfica a vencer o eterno rival Sporting por 3-2, no prolongamento, com um hat-trick de Eusébio. Também na europa o Benfica brilha, com especial destaque para uma vitória de 5-1 sobre o Feyenoord, mas a caminhada europeia terminaria nas ½ finais da TCE, aos pés do Ajax de Johan Cruyff.

Em 72/73 o Benfica torna-se no campeão mais perfeito da História do futebol Português. 28 vitórias, 2 empates, 0 derrotas, 101 golos marcados, apenas 13 sofridos. O 1º campeonato invicto da História do futebol Português.

Contudo, Jimmy Hagan abandona o Benfica no início da época seguinte, e em 73/74 o Benfica nada vence. Dá-se entretanto a Revolução dos Cravos, o que traz implicações para o clube encarnado: perde as colónias como campo de recrutamento de jogadores (recorde-se que o Benfica à época utilizava apenas jogadores portugueses) e as dificuldades económicas que atingem o país também afectam o Benfica que é pela 1ª vez obrigado a vender os seus melhores jogadores para o estrangeiro. De qualquer maneira, o Benfica atinge o 4º tricampeonato consecutivo entre 1975 e 1977, atingindo a impressionante soma de 14 campeonatos em 18 anos.

Contudo, entre 1978 e 1980 o Benfica fica 3 anos sem vencer o campeonato. Em 77/78, apesar de fazer novo percurso invicto, perde o título para o FCPorto por diferença de golos; em 78/79 fica a 1 ponto da liderança; e em 79/80 termina na 3ª posição.

Tal sequência de maus resultados, terá contribuído para a decisão dos sócios de permitir que o Benfica passasse a poder contratar jogadores estrangeiros. E curiosamente é um deles, o Brasileiro César, que marca o solitário golo na vitória na final da Taça de Portugal sobre o FC Porto, que marca o regresso do Benfica às conquistas.

Entretanto, nas outras modalidades, são inauguradas as piscinas e o pavilhão Borges Coutinho e no voleibol feminino fica famosa a equipa conhecida como "As Marias" que vence 9 Campeonatos consecutivos entre 1966 e 1975.

A Década de 1980

O Benfica abriu a década de 1980 com novo pleno nacional: Campeonato, Taça de Portugal (3-1 ao FCPorto na final) e a Supertaça Cândido de Oliveira, pela 1ª vez na História do clube.

Contudo, a época seguinte foi negativa, o Benfica nada venceu e era chegada a altura de escolher novo treinador. E da Suécia chegou um jovem treinador chamado Sven Göran Eriksson que iria revolucionar o futebol benfiquista e por extensão o futebol Português. Com métodos novos e modernos para a época, e apoiado por um conjunto de grandes jogadores, o Benfica faz nova temporada de ouro. Conquista o campeonato, a Taça de Portugal (1-0 novamente ao FC Porto, jogo disputado no estádio das Antas) e chega à final da Taça UEFA. Contudo, a tripla é falhada, pois o Benfica perde por 1-2 para o Anderlecht no total das duas eliminatórias.

Na época seguinte, chega o bicampeonato e Eriksson parte para a AS Roma. O pós Eriksson revela-se, contudo, difícil e o Benfica falha os títulos de 84/85 e 85/86. Mas não falha nos outros troféus já que conquista neste período as 2 edições da Taça de Portugal em disputa (3-1 ao FC Porto; 2-0 ao Belenenses nas finais) e mais uma Supertaça Cândido de Oliveira. Entretanto, o 3º anel do estádio da Luz é fechado, aumentando a capacidade para uns impressionantes 120.000 lugares.

Em 86/87, o Benfica sofre a maior goleada de sempre aos pés do Sporting (1-7), mas vinga-se meses depois com uma vitória sobre o eterno rival que lhe dá o campeonato e outra na final da Taça de Portugal (2-1), conquistando assim a dobradinha pela 9ª vez na sua História. O Benfica vencia a prova rainha pela 3ª vez consecutiva e a 6ª nos últimos 8 anos.

Em 87/88, o Benfica falha o bicampeonato, mas volta a brilhar na Europa, atingindo 20 anos depois de Wembley’68, a final da TCE. Num jogo muito renhido, o Benfica acaba por perder a final nas grandes penalidades para o PSV.

No ano seguinte o Benfica recupera o título de campeão e em 89/90, já com Eriksson de volta, para além de mais uma Supertaça, o Benfica atinge novamente a final da TCE. Só que mais uma vez, volta a perder, desta vez para o AC Milan por 1-0.

Nas modalidades, arranca, nos finais da década a hegemonia do basquetebol que duraria até meios da década de 1990.

A Década de 1990

O Benfica arranca a nova década com um campeonato quase perfeito (32 vitórias, 5 empates e apenas 1 derrota), em que o título foi assegurado com uma épica vitória nas Antas, por 2-0, com ambos os golos a serem marcados já perto do fim, por César Brito.

Contudo, 91/92 revela-se uma época sem títulos, com apenas um ponto alto (uma vitória sobre o campeão inglês Arsenal, em Highbury, por 3-1, para uma eliminatória da TCE) e Eriksson abandona novamente o clube.

Na temporada seguinte, o Benfica tem uma equipa cheia de talento, mas falha novamente o título. Vinga-se na Taça de Portugal, derrotando na final o Boavista por uns sensacionais 5-2. E no ano seguinte, chega ao 30º Campeonato da sua História, com o título a ser praticamente assegurado com uma esmagadora vitória por 6-3 no campo do Sporting.

Contudo, este ano marca um ponto de viragem, já que as dificuldades económicas, e as constantes más escolhas de presidente, treinadores e jogadores, levam o Benfica a entrar numa crise financeira e desportiva profunda, que dura de certa maneira até aos dias de hoje.

Em 94/95, o Benfica não vai além da 3ª posição no campeonato e em 95/96 fica-se pelo 2º lugar. Contudo, esta época acaba num bom plano, já que o Benfica vence mais uma Taça de Portugal, desta vez derrotando o Sporting por 3-1.

Na época seguinte, nova má classificação no campeonato (3º lugar) e nova presença no Jamor, mas desta vez para perder a Taça para o Boavista por 2-3.

A crise vai-se aprofundando e o Benfica continua longe do título. 2º lugar em 97/98, 3º lugar em 98/99 e novo 3º lugar em 99/00. Nesta época, o Benfica sofre a maior derrota europeia da sua História, sofrendo 7 golos aos pés do Celta de Vigo.

Nas outras modalidades, destaca-se o Basquetebol que tem um período de ouro, entre 1985 e 1995, em que conquista 10 campeonatos em 11 possíveis (7 deles de forma consecutiva), o Hóquei em Patins com 5 campeonatos e 1 Taça CERS, e o ciclismo, com o Benfica a vencer a Volta a Portugal de 1999, por equipas e individual (David Plaza).

O novo milénio

Se a década de 90 tinha terminado mal, a nova não começou muito melhor. 2000/01 é talvez a pior época da História do clube, já que o Benfica termina o campeonato num inacreditável 6º lugar. E no ano seguinte não faz muito melhor, ficando-se pela 4ª posição.

Mas em 2002/03 o Benfica recupera, subindo para a 2ª posição, o que repete em 2003/04, sendo que esta época (que é a do centenário) marca o regresso do Benfica às conquistas: a Taça de Portugal é conquistada com uma vitória por 2-1, no prolongamento, sobre o FC Porto. Esta época fica marcada também pela inauguração de um novo estádio da Luz, com capacidade para 65 000 pessoas e pelo triste falecimento de Miklós Fehér, enquanto envergava a camisola do clube.

2004/05,orientado pelo conceituado e experiente técnico Italiano Geovanni Trappattoni, após 11 anos terríveis,chega o título de campeão. Num título disputado até ao fim, uma vitória sobre o Sporting na penúltima jornada garante praticamente o 31.º Campeonato.

Contudo, nas três épocas seguintes o Benfica volta aos maus resultados, conquistando apenas a Supertaça Cândido de Oliveira em 2005/06 e Taça da Liga em 2008/2009, somando classificações no Campeonato além dos dois primeiros lugares: 3.º lugar em 05/06, 3.º lugar em 06/07 e 4.º lugar em 07/08.

Nas demais modalidades, destacou-se primeiro o hóquei em patins, com várias conquistas e grandes exibições (que já não conquista um campeonato há uma década), mas também o voleibol, basquetebol,ou andebol. Neste milénio em 2001 foi criada a modalidade do Futsal,tendo começado na 2ª liga,logo nesse primeiro ano de existência subiu a 1ª liga,tendo logo no 2º ano na principal liga portuguesa,conquistado o campeonato nacional, desde então já ganharam mais 4 campeonatos,e várias taças e supertaças. No voleibol após vários anos sem conquistar qualquer título,em 2004/2005 conquistou-se o campeonato nacional e também a taça de Portugal, enquanto que no andebol em 2007/2008, após 18 anos de jejum,chega a conquista do título, e em 2008/2009 a taça da liga, e no basquetebol surge o título de campeão nacional na época 2008/2009, troféu que já fugia há mais de uma década.

O Renascimento

Quando o Benfica começou a pré-época 2009-2010 houve mudanças notórias no clube: o novo treinador Jorge Jesus (vindo do Braga), a compra ao Real Madrid por cinco milhões de euros de Saviola e a venda de inúmeros jogadores tais como Yebda. Ainda durante a pré-época o Benfica ganhou contra o AC Milan a Taça Eusébio após um 1-1 até aos penáltis, onde o Benfica vence.

No início da liga, começa com um empate frente ao Marítimo como todos os outros clubes, onde se exclui o jogo Braga-Académica, em que o Braga sai vitorioso. Na terceira jornada goleia o V. Setúbal por 8-1, um resultado que à muito não se via em Portugal! E a partir daí, começaria uma grande época de muitas goleadas. Na quinta jornada derrota o Leixões e, a seguir na Liga Europa, derrota o Everton por 5-0. Mais tarde, derrota o Nacional por 6-1 e pela primeira vez consegue liderança do campeonato, graças ao empate do Braga frente ao Rio Ave. É somente derrotado pelo AEK, para a Liga Europa, e na nona jornada pelos bracarenses. Empata com o Sporting e vence o FC Porto por 1-0, golo de Saviola. O V. Guimarães vence o Benfica por 1-0 na Taça de Portugal, eliminando o clube desta competição, enquanto as outras competições continuam normalmente, até à vitória por 3-0 frente ao FC Porto na Carlsberg Cup em Março. Na Liga Europa o clube derrota o Hertha de Berlim, empata em casa com o Marselha e ganha fora nos Oitavos de Final. Derrota os bracarenses por 1-0, na 2ª volta, com golo de Luisão, e fica 6 pontos a frente do seu principal inimigo, o próprio Braga. Vence o Sporting e começa uma final de época de muito suspense. Ganha com uma reviravolta ao Liverpool, em casa, mas é vencido por 4-1 em Inglaterra e acaba o seu grande sonho europeu.

No fim da época o Benfica é derrotado por 3-1 contra o FC Porto e fica com apenas 3 pontos de vantagem sobre o Braga. Em 9 de Maio o Benfica sagra-se campeão nacional derrontando o Rio Ave por 2-1, com dois golos de Óscar Cardozo.
Dados gerais

A águia à porta do Estádio da Luz.

* Fundação: 28 de Fevereiro de 1904
* SAD: 10 de Fevereiro de 2000
* Número de sócios: 200 000
* Estádio: Do Sport Lisboa e Benfica - Popularmente conhecido como Estádio da Luz, Catedral ou mesmo Inferno da luz
* Lotação oficial: 65 400
* Dimensões do Relvado: 105 x 68 metros
* Presidente: Luís Filipe Ferreira Vieira, eleito em 3 de Novembro de 2003 - 33º presidente

O Benfica ganhou 32 Campeonatos de Futebol no actual formato, 27 Taças de Portugal e 4 Supertaças de Portugal de Futebol — sendo assim o clube com mais vitórias no total das competições a nível nacional —, em comparação com o Porto, que ganhou 22, 17 e 15 e o Sporting, que ganhou 18, 18 e 6, respectivamente. Ganhou também duas Taças dos Campeões Europeus, ambas no início dos anos sessenta (1960/1961 e 1961/1962), a segunda delas com a ajuda do lendário Eusébio, um eterno símbolo benfiquista, que após o final da sua carreira se tornou um embaixador itinerante do Benfica e de Portugal.

O Benfica é a equipa portuguesa que movimenta mais adeptos, dentro e fora de Portugal. O Benfica encontra-se entre as equipas mais populares do mundo com uma estimativa de 14 milhões de adeptos. Clubes como São Paulo, Corinthians, Flamengo, Vasco e Santos que concentram bastantes adeptos no Brasil ou Real Madrid, Juventus, Barcelona e Manchester United, que possuem popularidade além fronteiras são dos poucos clubes que possuem como o Benfica uma massa adepta superior a dez milhões.

O que ajudou o crescimento do Benfica foi a própria grande história do clube que conta como fatos de solidariedade a fundação do Estádio da Luz que levou a população benfiquista a ajudar o clube a pagar os custos da construção do seu antigo estádio, através de doações e mesmo oferta de trabalho ou as exibições lendárias que levou a lenda de jogar à Benfica especialmente contra equipas europeias ou em confrontos com rivais.

O seu antigo jogador, Eusébio foi eleito o terceiro melhor jogador de sempre numa votação online que deu vitória a Diego Maradona e o segundo lugar a Pelé comprovando a imensa popularidade do jogador moçambicano e o reconhecimento da sua qualidade.

Associados

O número, a 30 de Dezembro de 2006, oficial de sócios pagantes era de 161.410, o que faz atualmente do clube o maior do mundo nesta área. Neste dia, o clube entrou para o Livro Guiness dos Recordes pelo feito alcançado.

As receitas provenientes do pagamento das quotas representaram 12% do proveitos totais do clube em 2005.

Cerca de 17% do número total de sócios são do sexo feminino. 56% dos sócios tem menos de 34 anos, sendo que 23% são menores.

Sócios por distrito

1. Lisboa - 48,4% (68.639)
2. Setúbal - 11,4% (16.167)
3. Outros - 11,2% (15.883)
4. Porto - 5,8% (8.225)
5. Santarém - 4,8% (6.807)
6. Leiria - 4,1% (5.815)
7. Estrangeiro - 3,6% (5.106)
8. Faro 3,3% - (4.680)
9. Braga 3,1% - (4.396)
10. Aveiro 2,5% - (3.546)
11. Coimbra 1,8% - (2.552)

* TOTAL - 205.000(aproximadamente)

Equipamento

Equipamento actual

* 1º - Camisola vermelha, calção branco e meias vermelhas;
* 2º - Camisola laranja, calção e meias azuis-marinho;
* 3º - Camisola branca, calção grená e meias brancas.

Temporada 2010/2011

Equipa técnica

A apresentação oficial da composição da equipa técnica para a nova época foi a 29 de Junho de 2009.[15]
Nome Posição Proveniente de:
Portugal Jorge Jesus Treinador principal S.C. Braga
Portugal Luís de Matos Treinador de Guarda-Redes Benfica (Juniores)
Portugal Miguel Quaresma Treinador-Adjunto (defesas)
Portugal Raul José Treinador-Adjunto (avançados)
Portugal Minervino Pietra Treinador-Adjunto Benfica (gabinete de prospecção)
Portugal Mário Monteiro Preparador-Fisico


Elenco Atual

Atualizaçao,3 de Dezembro 2010.
Nº Posição Jogador
1 Portugal G Moreira
2 Brasil M Airton
3 Portugal D Fábio Faria
4 Brasil D Luisão
5 Portugal M Ruben Amorim
6 Espanha M Javi García
7 Paraguai A Óscar Cardozo
8 Argentina A Eduardo Salvio
10 Argentina M Pablo Aimar
11 Argentina A Franco Jara
12 Espanha G Roberto
13 Brasil G Júlio César
14 Uruguai D Maxi Pereira

Nº Posição Jogador
15 Portugal D Roderick Miranda
16 Brasil M Felipe Menezes
17 Portugal M Carlos Martins
18 Portugal D Fábio Coentrão
19 Brasil A Weldon
20 Argentina M Nicolás Gaitán
21 Portugal A Nuno Gomes
22 Portugal D Luís Filipe
23 Brasil D David Luiz
25 Portugal D César Peixoto
27 Brasil D Sidnei
30 Argentina A Javier Saviola
31 Brasil A Alan Kardec

yh
Mercado de transferências - época 2009/10
Mercado de Inverno

Entradas

* Brasil Airton - Flamengo
* Brasil Alan Kardec - Internacional
* Brasil Éder Luís - Atlético Mineiro



Saídas

* Brasil Edcarlos - Cruzeiro (E)
* Estados Unidos Freddy Adu - Aris Salónica (E)
* Roménia László Sepsi - FC Timişoara
* Uruguai Urreta - Peñarol (E)
* Brasil Ramires - Chelsea
* Brasil Éder Luís - Vasco da Gama



Sem situação definida

Mercado de transferências - época 2010/11

Entradas

* Brasil Ramires - Cruzeiro
* Brasil Patric - São Caetano
* Argentina Shaffer - Racing Club
* Argentina Saviola - Real Madrid
* Espanha Javi García - Real Madrid
* Brasil Weldon - Sport Recife
* Brasil Keirrison - FC Barcelona(E)
* Brasil Júlio César - Belenenses
* Portugal César Peixoto - Braga
* Brasil Felipe Menezes - Goiás

Saídas

* Grécia Katsouranis - Panathinaikos
* Portugal Miguel Rosa - Carregado(E)
* Portugal Ivan Santos - Carregado(E)
* Portugal Ruben Lima - V. Setúbal(E)
* Portugal André Carvalhas - Fátima(E)
* Portugal João Pereira - Fátima(E)
* Portugal David Simão - Fátima(E)
* Portugal Romeu Ribeiro - Trofense(E)
* Roménia László Sepsi - Racing Santander(E)
* Camarões Binya - Neuchâtel(E)
* Brasil Fellipe Bastos - Belenenses(E)
* Brasil Leandro da Silva - V. Guimarães(E)
* Portugal Makukula - Kayserispor(E)
* Brasil Moretto - rescisão
* Espanha José Antonio Reyes - fim de empréstimo
* Honduras David Suazo - fim de empréstimo
* República Popular da China Yu Dabao - Mafra(E)
* Estados Unidos Gana Freddy Adu - Belenenses(E)
* Argélia França Hassan Yebda - Portsmouth(E)
* Costa do Marfim Marc Zoro - V. Setúbal(E)
* Brasil Patric - Cruzeiro(E)
* Guiné Equatorial Espanha Javier Balboa - Cartagena(E)

Sem situação definida
* Portugal - Jorge Ribeiro

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Matéria em construção...

MAGIC CIRCUS SHOW

RABANADAS



JESUS, FILHO DE DAVI OU JOSÉ ?



O que significa que Jesus é o Filho de Davi? Pergunta: "O que significa que Jesus é o Filho de Davi?" Resposta: Dezessete versículos do Novo Testamento descrevem Jesus como o "filho de Davi". Entretanto, uma pergunta surge: como é que Jesus poderia ser o filho de Davi se Davi viveu cerca de 1000 anos antes de Jesus? A resposta é que Cristo (o Messias) foi o cumprimento da profecia da descendência de Davi (2 Samuel 7:14-16). Jesus era o Messias prometido, o que significa que Ele era da descendência de Davi. Mateus 1 dá uma prova genealógica de que Jesus, na Sua humanidade, foi um descendente direto de Davi por intermédio de José, o pai legal de Jesus. A genealogia em Lucas, capítulo 3, dá a linhagem de Jesus através de Sua mãe, Maria. Jesus é um descendente de Davi, por adoção através de José e pelo sangue por meio de Maria. Primeiramente, porém, quando referia-se a Cristo como o filho de Davi, a intenção era se referir ao Seu título messiânico encontrado nas profecias do Antigo Testamento a Seu respeito. Jesus foi intitulado de "Senhor, Filho de Davi" várias vezes por pessoas que, pela fé, buscavam perdão ou cura. A mulher cuja filha estava sendo atormentada por um demônio (Mateus 15:22), os dois homens cegos à beira do caminho (Mateus 20:30) e o cego Bartimeu (Marcos 10:47) todos clamaram ao filho de Davi por ajuda. Os títulos de honra que deram-lhe declaravam a sua fé nEle. Chamá-lo de "Senhor" expressava um sentimento da divindade, domínio e poder de Jesus, e ao chamá-lo"Filho de Davi", eles estavam professando que Ele era o Messias. Os fariseus também compreenderam o significado das pessoas chamando Jesus de "filho de Davi". Entretanto, ao contrário daqueles que clamaram em fé, eles estavam tão cegos pelo seu próprio orgulho e falta de compreensão das Escrituras que não podiam ver o que os mendigos cegos podiam ver - que aqui estava o Messias pelo qual haviam esperado por toda a vida. Os fariseus odiavam Jesus porque Ele não lhes dava a honra que achavam que mereciam. Então, quando ouviram o povo saudando Jesus como o Salvador, ficaram enfurecidos (Mateus 21:15) e planejaram matá-lo (Lucas 19:47). Jesus ainda confundiu os escribas e fariseus ao pedir-lhes que explicasse o significado deste título. Como é que o Messias podia ser o filho de Davi quando o próprio Davi se referiu a Ele como "meu Senhor" (Marcos 12:35-37)? Naturalmente, os professores da lei não podiam responder à pergunta. Jesus assim expôs a ineptidão dos líderes judeus como professores e sua ignorância quanto ao que o Antigo Testamento ensinava sobre a verdadeira natureza do Messias, alienando-os ainda mais Dele. Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus e o único meio de salvação para o mundo (Atos 4:12), é também o filho de Davi, tanto no sentido físico quanto no sentido espiritual.



Fuga para o Egito

Origem:  Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Fuga para o Egito. Por Fra Angelico, no Museo di San Marco, em Florença.

A Fuga para o Egito é um evento descrito no Evangelho de Mateus (Mateus 2:13-23) no qual José foge para o Egito com sua esposa Maria e seu filho recém-nascido Jesus, após a Adoração dos Magos, quando eles ficaram sabendo que o rei Herodes planeja matar todos os recém-nascidos da região. O episódio é um tema frequente na arte cristã e é considerado o episódio final da Natividade. Além disso, é componente frequente nos ciclos artísticos da Vida da Virgem e também da Vida de Cristo.

A fuga


A Fuga para o Egito.
Azulejos na cidade de Porto,
na Igreja de Trofa, em Portugal.


Quando os Magos estavam procurando por Jesus, eles foram primeiro até Herodes, o Grande, em Jerusalém e perguntaram-lhe onde encontrar o recém-nascido "Rei dos Judeus". O rei então ficou temeroso de que a criança um dia lhe tomaria o trono e planejou matá-la e iniciou o episódio conhecido como Massacre dos Inocentes. Porém, um anjo apareceu para José e ordenou que ele tomasse Jesus e Maria os levasse para o Egito.
O Egito era o lugar ideal para o refúgio, pois estava fora do domínio do rei Herodes, mas ainda dentro dos territórios do Império Romano, o que tornava a viagem muito mais fácil e segura.

 

Retorno do Egito

José e sua família retornaram do Egito após, segundo o texto, seus inimigos terem morrido. Acredita-se que Herodes tenha morrido por volta de 4 a.C. e, apesar de Mateus não mencionar como, o historiador judeu Flávio Josefo relata com detalhes a sua horrenda morte.
O lugar para onde eles retornaram é identificada como sendo "Israel", o único ponto em todo o Novo Testamento onde esta palavra faz a função de um topônimo para toda a região da Judeia e da Galileia ao invés de se referir ao povo judeu em geral. É, porém, para a Judeia que eles inicialmente retornaram, mas, ao descobrirem que Arquelau havia se tornado o rei da região, eles fugiram para a Galileia. Historicamente, Arquelau se mostrou um rei tão violento e agressivo que no ano 6 d.C. ele foi deposto pelos romanos para atender os pedidos da população da região. A Galileia era governada por um rei muito mais tranquilo, Herodes Antipas, e há evidências históricas de que a região era um refúgio tradicional para os que se sentiam perseguidos por Arquelau.

Relatos fora da Bíblia

A Sagrada Família descansando durante a viagem. Por Caravaggio, na Galleria Doria Pamphilj, em Roma.
O relato de Mateus é a única referência a este evento na Bíblia, embora existam diversas tradições sobre ele relatadas nos apócrifos do Novo Testamento. Estas obras posteriores contém diversas histórias milagrosas que teriam acontecido durante a viagem, como palmeiras se curvando perante o Menino Jesus, os animais do deserto vindo lhe fazer romaria e o encontro com os dois ladrões que seriam depois crucificados ao lado de Jesus. Nestes contos posteriores, a sagrada família levou consigo Salomé como babá de Jesus. Mateus dá poucos detalhes sobre o período que eles ficaram no Egito, mas há também diversos contos preenchendo esta lacuna nos apócrifos. Estas histórias sobre o período no Egito são especialmente importantes para a Igreja Copta, que é baseada em Alexandria, no Egito.
Por todo o Egito há diversas igrejas e templos que supostamente marcam os locais onde a família teria estado. O mais importante deles é a Igreja de São Sérgio e São Baco (chamada de Abu Serghis), no Cairo, que marca o local onde a família teria supostamente feito a sua moradia.

Historicidade

Robert Funk, do Jesus Seminar, sugeriu que os relatos de Lucas e Mateus sobre a infância de Jesus são fabricações. Um tema particularmente importante para Mateus era aproximar a figura de Jesus à de Moisés para o público judeu e a fuga para o Egito serve idealmente a este propósito. Alguns céticos interpretam a passagem como uma justificação de como Jesus poderia ter crescido em Nazaré, uma pequena cidade da Galileia, mesmo tendo nascido em Belém, que era uma cidade de grande importância religiosa ligada ao Rei Davi.

Tradições cristãs associadas ao evento

Uma tradição local francesa afirma que Santo Afrodísio, um santo egípcio que é venerado como o primeiro bispo de Béziers, foi quem abrigou a Sagrada Família quando eles estavam no Egito. Tradicionalmente, a família teria ainda visitado diversos locais no Egito, como Farama, Tel Basta, Wadi El Natrun, Samanoud, Bilbais, Samalout, Maadi, Al-Maṭariyyah e Asiut, entre outros. É também pela tradição que se acredita que a família teria visitado Cairo Copta e morado no local onde hoje está a Igreja de São Sérgio e São Baco (Abu Serghis) e também no local onde está Igreja da Santa Virgem (Babylon El-Darag).

Na arte

Pintura de paisagem representando a fuga. Por Claude Lorrain, na Gemäldegalerie Alte Meister, de Dresden, Alemanha.


Obra orientalista representando a fuga. Por Edwin Longsden Long, na Gemäldegalerie Alte Meister, de Dresden, Alemanha.

Nos Países Baixos, do século XV em diante, se tornou muito mais comum representar o tema não-bíblico da Sagrada Família descansando durante a viagem (o Descanso na Fuga para o Egito), geralmente acompanhada por anjos e, nas imagens mais antigas, um garoto mais velho, que pode representar Tiago, irmão de Jesus, interpretado como sendo o filho de José de um casamento anterior (vide Irmãos de Jesus). A cena geralmente representa a Sagrada Família, em fuga para o Egito, buscando refúgio ao ser alertada de que Herodes, o Grande, pretendia assassinar o Menino Jesus. De acordo com a lenda, José e Maria interromperam sua fuga em um bosque e Jesus ordenou às árvores que se curvassem, assim José poderia apanhar frutos para eles, e em seguida ordenou que uma fonte de água jorrasse das raízes para que seus pais pudessem saciar a sede. Esta história básica adquiriu muitos detalhes extras durante os séculos.
O cenário para estas representações geralmente (até o Concílio de Trento dificultar essas "interpretações" das Escrituras) incluem diversos milagres das histórias apócrifas. No Milagre do Trigo, os soldados em perseguição interrogam os camponeses enquanto a família estava passando. Os camponeses afirmam, verdadeiramente, que estavam apenas semeando o trigo na ocasião, quando ele milagrosamente brota e cresce. No Milagre do Ídolo, uma estátua pagã cai de seu pedestal quando o Menino Jesus passa por ela e uma fonte brota no deserto (originalmente histórias separadas, elas são geralmente representadas juntas na arte). Em outras lendas, mais raramente representadas, um bando de ladrões desiste de roubar os viajantes e palmeiras se curvam para que a família pegue seus frutos e este último é também representado no Alcorão. Há duas histórias diferentes sobre a queda da estátua, uma relacionada à chegada da família à cidade egípcia de Sotina e outra que geralmente ocorre no caminho. Por vezes, ambas são representadas na mesma obra. Durante o século XVI, conforme o interesse em pintura de paisagens creceu, o tema se tornou popular, geralmente com os personagens pequenos numa grande paisagem, particularmente entre os pintores alemães românticos e, posteriormente (século XIX) entre os pintores orientalistas. Peculiarmente, o artista Gianbattista Tiepolo, do século XVIII, produziu uma série de rascunhos com 24 cenas mostrando diferentes visões da viagem da família.
Um outro tema que ocorre após a a chegada no Egito é o encontro do Menino Jesus com seu primo, João Batista, que, de acordo com a lenda, fora resgatado de Belém antes do massacre pelo Arcanjo Uriel e se juntara à Sagrada Família no Egito. Este encontro das duas crianças foi pintado por muitos artistas durante o período renascentista, após ter se popularizado pelas mãos de Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio em obras como a Virgem das Rochas.
Duas peças do ciclo medieval Ordo Rachelis contém um relato da Fuga para o Egito e a que está no Livre de Jeux de Fleury contém a única representação dramática do evento.

Galeria

Fuga para o Egito, de Giotto,
na Capela Scrovegni em Pádua.
Iluminura da lenda apócrifa
da queda da estátua
pagã durante a fuga. Pelo chamado
Mestre de Bedford.
.
Obra do século XI em marfim. No Museo Civico Medievale deBolonha, na Itália.










Vitral na Catedral de Notre-Dame em Paris.
Por Rembrandt,
no Musée des Beaux-Arts
de Tours, na França.





Cena noturna.
Por Adam Elsheimer,
na Stara Pinakoteka de Munique


Bibliografia

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  • Brown, Raymond E. The Birth of the Messiah: A Commentary on the Infancy Narratives in Matthew and Luke. London: G. Chapman, 1977. (em inglês)
  • Clarke, Howard W. The Gospel of Matthew and its Readers: A Historical Introduction to the First Gospel. Bloomington: Indiana University Press, 2003. (em inglês)
  • France, R.T. The Gospel According to Matthew: an Introduction and Commentary. Leicester: Inter-Varsity, 1985. (em inglês)
  • France, R.T. "The Formula Quotations of Matthew 2 and the Problem of Communications." New Testament Studies. Vol. 27, 1981. (em inglês)
  • Goulder, M.D. Midrash and Lection in Matthew. London: SPCK, 1974. (em inglês)
  • Gundry, Robert H. Matthew a Commentary on his Literary and Theological Art. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1982. (em inglês)
  • Jones, Alexander. The Gospel According to St. Matthew. London: Geoffrey Chapman, 1965. (em inglês)
  • Schweizer, Eduard. The Good News According to Matthew. Atlanta: John Knox Press, 1975. (em inglês)

 Natal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Natal
Nativity tree2011.jpg
Uma representação da Natividade com uma árvore de Natal ao fundo.
Tipo Cristão, cultural
Seguido por Cristãos
Muitos não-cristãos
Data 25 de Dezembro
7 de Janeiro (Rússia e Ucrânia) 22 de novembro (Japão)
Observações Celebra o Nascimento de Cristo
Natal ou Dia de Natal é um feriado e festival religioso cristão comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro), originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis), e adaptado pela Igreja Católica no terceiro século d.C., para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano, passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré. O Natal é o centro dos feriados de fim de ano e da temporada de férias, sendo, no cristianismo, o marco inicial do Ciclo do Natal que dura doze dias.
Embora tradicionalmente seja um dia santificado cristão, o Natal é amplamente comemorado por muitos não-cristãos, sendo que alguns de seus costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos típicos do feriado incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição de decorações diferentes; incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e guirlandas, visco, presépios e ilex. Além disso, o Papai Noel (conhecido como Pai Natal em Portugal) é uma figura mitológica popular em muitos países, associada com os presentes para crianças.
Como a troca de presentes e muitos outros aspectos da festa de Natal envolvem um aumento da atividade econômica entre cristãos e não cristãos, a festa tornou-se um acontecimento significativo e um período chave de vendas para os varejistas e para as empresas. O impacto econômico do Natal é um fator que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo.

Etimologia

A palavra natal do português já foi nātālis no latim, derivada do verbo nāscor (nāsceris, nāscī, nātus sum) que tem sentido de nascer. De nātālis do latim, evoluíram também natale do italiano, noël do francês, nadal do catalão, natal do castelhano, sendo que a palavra natal do castelhano foi progressivamente substituída por navidad, como nome do dia religioso.
Já a palavra Christmas, do inglês, evoluiu de Christes maesse ('Christ's mass') que quer dizer missa de Cristo.

Uso

Como adjetivo, significa também o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. Como festa religiosa, o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro desde o Século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus Cristo e assim é o seu significado nas línguas neolatinas. Muitos historiadores localizam a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C, no entanto parece que os primeiros registos da celebração do Natal têm origem anterior, na Turquia, a 25 de Dezembro, já em meados do sec II .

História

Mapa de países onde o Natal não é um feriado oficial.
Os primeiros indícios da comemoração de uma festa cristã litúrgica do nascimento de Jesus em 25 de dezembro é a partir do Cronógrafo de 354. Essa comemoração começou em Roma, enquanto no cristianismo oriental o nascimento de Jesus já era celebrado em conexão com a Epifania, em 6 de janeiro. A comemoração em 25 de dezembro foi importada para o oriente mais tarde: em Antioquia por João Crisóstomo, no final do século IV, provavelmente, em 388, e em Alexandria somente no século seguinte Mesmo no ocidente, a celebração da natividade de Jesus em 6 de janeiro parece ter continuado até depois de 380. .
No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional .
Muitos costumes populares associados ao Natal desenvolveram-se de forma independente da comemoração do nascimento de Jesus, com certos elementos de origens em festivais pré-cristãos que eram celebradas em torno do solstício de inverno pelas populações pagãs que foram mais tarde convertidas ao cristianismo. Estes elementos, incluindo o madeiros, do festival Yule, e a troca presentes, da Saturnalia, tornaram-se sincretizados ao Natal ao longo dos séculos. A atmosfera prevalecente do Natal também tem evoluído continuamente desde o início do feriado, o que foi desde um estado carnavalesca na Idade Média , a um feriado orientado para a família e centrado nas crianças, introduzido na Reforma do século XIX . Além disso, a celebração do Natal foi proibida em mais de uma ocasião, dentro da cristandade protestante, devido a preocupações de que a data é muito pagã ou anti-bíblica.

Pré-cristianismo

Mosaico de Jesus como Christo Sole
(Cristo, o Sol) no Mausoléu M
na necrópole do século 4 sob a Basílica
de São Pedro, em Roma.

Dies Natalis Solis Invicti

Estudiosos modernos argumentam que esse festival foi colocado sobre a data do solstício, porque foi neste dia que o Sol voltou atrás em sua partida em direção ao o sul e provou ser "invencível". Alguns escritores cristãos primitivos ligaram o renascimento do sol com o nascimento de Jesus . "Ó, quão maravilhosamente agiu Providência que naquele dia em que o sol nasceu...Cristo deveria nascer", Cipriano escreveu. João Crisóstomo também comentou sobre a conexão: "Eles chamam isso de 'aniversário do invicto'. Quem de fato é tão invencível como Nosso Senhor...?" .
Embora o Dies Natalis Solis Invicti seja objeto de uma grande dose de especulação acadêmica, a única fonte antiga para isso é uma menção no Cronógrafo de 354 e o estudioso moderno do Sol Steven Hijmans argumenta que não há evidência que essa celebração anteceda a do Natal: "Enquanto o solstício de inverno em torno de 25 de dezembro foi bem estabelecido no calendário imperial romano, não há nenhuma evidência de que uma celebração religiosa do Sol naquele dia antecedia a celebração de Natal e nenhuma que indica que Aureliano teve parte na sua instituição" .

Festivais de inverno

Os festivais de inverno eram os festivais mais populares do ano em muitas culturas. Entre as razões para isso, incluí-se o fato de que menos trabalho agrícola precisava ser feito durante o inverno, devido a expectativa de melhores condições meteorológicas com a primavera que se aproximava. As tradições de Natal modernas incluem: troca de presentes e folia do festival romano da Saturnalia; verde, luzes e caridade do Ano Novo Romano;. madeiros do Yule e diversos alimentos de festas germânicas .
A Escandinávia pagã comemorava um festival de inverno chamado Yule, realizado do final de dezembro ao período de início do janeiro. Como o Norte da Europa foi a última parte do continente a ser cristianizada, suas tradições pagãs tinham uma grande influência sobre o Natal . Os escandinavos continuam a chamar o Natal de Jul.

Cristianismo

Geburt Christi de Geertgen tot Sint Jans.
O Natal não se encontrava entre as primitivas festividades cristãs. Irineu e Tertuliano não o mencionam nas suas listas de festas. De facto, a primeira evidência da festa procede do Egito . A primeira vez que existe referência direta à observância do Natal, entre os cristãos, acontece no pontificado do papa Libério (352-366) .
A Bíblia diz que os pastores estavam nos campos cuidando das ovelhas na noite em que Jesus Cristo nasceu. O mês judaico de Kislev, correspondente aproximadamente à segunda metade de novembro e primeira metade de dezembro no calendário gregoriano era um mês frio e chuvoso. Sendo assim, não era um mês propício aos pastores ficarem nos campos passando frio e cuidando de ovelhas. Entretanto, o evangelista Lucas afirma que havia pastores vivendo ao ar livre e mantendo vigias sobre os rebanhos à noite perto do local onde Jesus nasceu. Eles foram avisados no evento chamado de Anunciação aos pastores .

Anúncio do anjo Gabriel e nascimento de Jesus

O nascimento de Jesus se deu por volta de dois anos antes da morte do Rei Herodes, denominado "o Grande", ou seja, considerando que este morreu em 4 AEC, então Jesus só pode ter nascido em 6 AEC. Segundo a Bíblia, antes de morrer, Herodes mandou matar os meninos de Belém até aos 2 anos, de acordo com o tempo que apareceu a "estrela" aos magos. (Mateus 2:1, 16-19 - Era seu desejo se livrar de um possível novo "rei dos judeus").
Ainda, segundo a Bíblia, antes do nascimento de Jesus, o imperador Octávio César Augusto decretou que todos os habitantes do Império fossem se recensear, cada um à sua cidade natal. Isso obrigou José a viajar de Nazaré (na Galileia) até Belém (na Judeia), a fim de registar-se com Maria, sua esposa. Deste modo, fica claro que não seria um recenseamento para fins tributários.
Anbetung der Hirten de Gerard van Honthorst.
"Este primeiro recenseamento" fora ordenado quando o cônsul Públio Sulplício Quirín' "era governador [em grego: hegemoneuo] da província romana da Síria." (Lucas 2,1-3 - O termo grego hegemoneuo vertido por "governador", significa apenas "estar liderando" ou "a cargo de". Pode referir-se a um "governador territorial", "governador de província" ou "governador militar". As evidências apontam que nessa ocasião, Quiríno fosse um comandante militar em operações na província da Síria, sob as ordens directas do Imperador.)
Sabe-se que os governadores da Província da Síria durante a parte final do governo do Rei Herodes foram: Sentio Saturnino (de 9 AEC a 6 AEC), e o seu sucessor, foi Quintilio Varo. Quirínio só foi Governador da Província da Síria, em 6 EC. O único recenseamento relacionado a Quirínio, documentado fora dos Evangelhos, é o referido pelo historiador judeu Flávio Josefo como tendo ocorrido no início do seu governo (Antiguidades Judaicas, Vol. 18, Cap. 26). Obviamente, este recenseamento não era o "primeiro recenseamento".
A viagem de Nazaré a Belém - distância de uns 150 km - deveria ter sido muito cansativa para Maria que estava em adiantado estado de gravidez. Enquanto estavam em Belém, Maria teve o seu filho primogénito. Envolveu-o em faixas de panos e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar disponível para eles no alojamento [isto é, não havia divisões disponíveis na casa que os hospedava; em gr. tô kataluma, em lat. in deversorio]. Maria necessitava de um local tranquilo e isolado para o parto (Lucas 2:4-8). Lucas diz que no dia do nascimento de Jesus, os pastores estavam no campo guardando seus rebanhos "durante as vigílias da noite". Os rebanhos saíam para os campos em Março e recolhiam nos princípios de Novembro.
A vaca e o jumento junto da manjedoura conforme representado nos presépios, resulta de uma simbologia inspirada em Isaías 1:3 que diz: "O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não têm conhecimento, o meu povo não entende". Não há nenhuma informação fidedigna que prove que havia animais junto do recém-nascido Jesus. A menção de "um boi e de um jumento na gruta" deve-se também a alguns Evangelhos Apócrifos.
A Adoração dos Magos por Vicente Gil.

A estrela de Belém

Após o nascimento de Jesus em Belém, ainda governava a Judeia o Rei Herodes, chegaram "do Oriente a Jerusalém uns magos guiados por uma estrela ou um objecto controverso que, segundo a descrição do Evangelho segundo Mateus, anunciou o nascimento de Jesus e levou os Três Reis Magos ao local onde este se encontrava. A natureza real da Estrela de Belém é alvo de discussão entre os biblistas.

Visita dos magos

Os "magos", em gr. magoi, que vinham do Leste de Jerusalém, não eram reis. Julga-se que terá sido Tertuliano de Cartago, que no início do 3.º Século terá escrito que os Magos do Oriente eram reis. O motivo parece advir de algumas referências do Antigo Testamento, como é o caso do Salmo 68:29: "Por amor do Teu Templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes."
Em vez disso, os "magos" eram sacerdotes astrólogos, talvez seguidores do Zoroastrismo. Eram considerados "Sábios", e por isso, conselheiros de reis. Podiam ter vindo de Babilónia, mas não podemos descartar a Pérsia (Irão). São Justino, no 2.º Século, considera que os Magos vieram da Arábia. Quantos eram e os seus nomes, não foram revelados nos Evangelhos canónicos. Os nomes de Gaspar, Melchior e Baltazar constam dos Evangelhos Apócrifos. Deduz-se terem sido 3 magos, em vista dos 3 tipos de presentes. Tampouco se menciona em que animais os Magos vieram montados.
Outro factor muito importante tem a ver com a existência de uma grande comunidade de raiz judaica na antiga Babilónia, o que sem dúvida teria permitido o conhecimento das profecias messiânicas dos judeus, e a sua posterior associação de simbolismos aos fenómenos celestes que ocorriam.

Símbolos e tradições

Decorações


Terreiro do Paço,
em Lisboa, Portugal
em época natalícia.
Uma outra tradição do Natal é a decoração de casas, edifícios, elementos estáticos, como postes, pontes e árvores, estabelecimentos comerciais, prédios públicos e cidades com elementos que representam o Natal, como, por exemplo, as luzes de natal e guirlandas. Em alguns lugares, existe até uma competição para ver qual casa, ou estabelecimento, teve a decoração mais bonita, com direito a receber um prêmio.
A árvore de Natal é considerado por alguns como uma "cristianização" da tradições e rituais pagãos em torno do Solstício de Inverno, que incluía o uso de ramos verdes, além de ser uma adaptação de adoração pagã das árvores. Outra versão sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, uma das mais populares atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Parque Ibirapuera, em São Paulo,
Brasil, em época natalina.
Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.
As esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, além das representações teatrais semilitúrgicas que aconteciam durante a Missa de Natal serviram de inspiração para que se criasse o presépio. A tradição católica diz que o presépio (do lat. praesepio) surgiu em 1223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo o mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse cenário, foi celebrada a Missa de Natal.
O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no século XVIII. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao longo do século XIX, e na França, não o fez até inícios do século XX. Em todas as religiões cristãs, é consensual que o Presépio é o único símbolo do Natal de Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.
O dia de montar as decorações natalinas variam em cada país. No Brasil, o dia certo para montar a Árvore de Natal é no Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro, dia que marca o início do Advento. Em Portugal, é costume montar a Árvore de Natal no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do país. No dia 6 de Janeiro, comemora-se o Dia de Reis, data que assinala a chegada dos Três Reis Magos à Belém, encerrando a magia do Natal, quando a árvore de natal e demais decorações natalinas são desfeitas.

Músicas natalinas

Trombeteira em um concerto
de músicas de Natal.
As canções natalinas são símbolos do Natal e as letras retratam as tradições das comemorações, o nascimento de Jesus, a paz, a fraternidade, o amor, os valores cristãos. Os Estados Unidos têm antiga tradição de celebrar o Natal com músicas típicas.
No Brasil, esta tradição, além das familiares, só se tornou comercial popular nos anos 1990, com o CD 25 de Dezembro lançado pela cantora Simone: Ao lançar este disco natalino, a cantora Simone quebrou um tabu. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, os cantores brasileiros não têm o costume de lançar, no mês de dezembro, discos com músicas de Natal. As canções natalinas tradicionais, no Brasil, estão sendo paulatinamente esquecidas, com algumas exceções como "Noite Feliz", devido a falta de interesse popular.

Amigo secreto ou oculto

No Brasil, é muito comum a prática entre amigos, funcionários de uma empresa, amigos e colegas de escola e na família, da brincadeira do amigo oculto (secreto). Essa brincadeira consiste de cada pessoa selecionar um nome de uma outra pessoa que esteja participando desta (obviamente a pessoa não pode sortear ela mesma) e presenteá-la no dia, ou na véspera. É comum que sejam dadas dicas sobre o amigo oculto, como características físicas ou qualidades, até que todos descubram quem é o amigo oculto. Alguns dizem características totalmente opostas para deixar a brincadeira ainda mais divertida.
Acredita-se que a brincadeira venha dos povos nórdicos. Porém, é também uma brincadeira de costumes e tradições de povos pagãos. A brincadeira se popularizou no ano de 1929, em plena depressão onde não tinha dinheiro para comprar presentes para todos se fazia a brincadeira para que todos pudessem sair com presentes

Personagens lendários


Sinterklaas ou São Nicolau,
considerado por muitos
o Papai Noel (ou Pai Natal) original.
Uma série de figuras de origem cristã e mítica têm sido associadas ao Natal e às doações sazonais de presentes. Entre estas estão o Papai Noel (Pai Natal em Portugal), também conhecido como Santa Claus (na anglofonia), Père Noël e o Weihnachtsmann; São Nicolau ou Sinterklaas, Christkind; Kris Kringle; Joulupukki; Babbo Natale, São Basílio e Ded Moroz.
A mais famosa e difundida destas figuras na comemoração moderna do Natal em todo o mundo é o Papai Noel, um mítico portador de presentes, vestido de vermelho, cujas origens têm diversas fontes. A origem do nome em inglês Santa Claus pode ser rastreada até o Sinterklaas holandês, que significa simplesmente São Nicolau. Nicolau foi bispo de Mira, na atual Turquia, durante o século IV. Entre outros atributos dados ao santo, ele foi associado ao cuidado das crianças, à generosidade e à doação de presentes. Sua festa em 6 de dezembro passou a ser comemorada em muitos países com a troca de presentes .
São Nicolau tradicionalmente aparecia em trajes de bispo, acompanhado por ajudantes, indagando as crianças sobre o seu comportamento durante o ano passado antes de decidir se elas mereciam um presente ou não. Por volta do século XIII, São Nicolau era bem conhecido nos Países Baixos e a prática de dar presentes em seu nome se espalhou para outras partes da Europa central e do sul. Na Reforma Protestante nos séculos XVI e XVII na Europa, muitos protestantes mudaram o personagem portador de presente para o Menino Jesus ou Christkindl e a data de dar presentes passou de 6 de dezembro para a véspera de Natal .
No entanto, a imagem popular moderna do Papai Noel foi criada nos Estados Unidos e, em particular, em Nova York. A transformação foi realizada com o auxílio de colaboradores notáveis, incluindo Washington Irving e o cartunista germano-americano Thomas Nast (1840-1902). Após a Guerra Revolucionária Americana, alguns dos habitantes da cidade de Nova York procuraram símbolos do passado não-inglês da cidade. Nova York tinha sido originalmente estabelecida como a cidade colonial holandesa de Nova Amsterdã e a tradição holandesa do Sinterklaas foi reinventada como São Nicolau.

Impacto econômico

Loja de departamento
Galeries Lafayette
,
em Paris, decorada para o natal.
O natal é normalmente o maior estímulo econômico anual para muitas nações ao redor do mundo. As vendas aumentam dramaticamente em quase todas as áreas de varejo e lojas introduzem novos produtos para as pessoas comprarem, como brindes, decoração e suprimentos. Nos Estados Unidos, a "temporada de compras de Natal" começa já em outubro. No Canadá, os comerciantes começam campanhas publicitárias, pouco antes do Dia das Bruxas (31 de outubro), e intensificam a sua comercialização em novembro. No Reino Unido e na Irlanda, a temporada de compras de Natal começa a partir de meados de novembro, no momento em que a comemoração de natal das ruas é montada . Nos Estados Unidos, foi calculado que um quarto de todos os gastos pessoais acontece durante a temporada de compras de Natal. Dados do United States Census Bureau revela que as despesas em lojas de departamento em todo o país subiu de US$ 20,8 bilhões em novembro de 2004 para US$ 31,9 bilhões em dezembro de 2004, um aumento de 54%. Em outros setores, o aumento dos gastos pré-natal foi ainda maior, havendo um aumento de compras de 100% nas livrarias e 170% em lojas de jóias no período entre novembro e dezembro. No mesmo ano, o emprego em lojas de varejo americanas aumentou de 1.6 a 1.8 milhões nos dois meses que antecederam o Natal.. Indústrias completamente dependentes do natal incluí os fabricantes de cartões de natal, os quais 1,9 bilhões são enviados nos Estados Unidos a cada ano, e árvores de natal vivas, das quais 20,8 milhões foram cortadas nos Estados Unidos em 2002 No Reino Unido, em 2010, até £ 8 bilhões era esperado para serem gastos on-line no natal, aproximadamente um quarto do total das vendas de varejo. .
Na maioria das nações ocidentais, o dia de Natal é o dia menos ativo do ano para os negócios e o comércio, quase todas as empresas de varejo, comerciais e institucionais estão fechadas, e quase todas as atividades industriais cessam (mais do que em qualquer outro dia do ano). Na Inglaterra e País de Gales, o Christmas Day (Trading) Act 2004 impede que todas as grandes lojas façam comércio no dia de natal. Estúdios de cinema realizam muitos filmes de alto orçamento durante a temporada de férias, incluindo filmes de natal, fantasia ou dramas com elevados valores de produção.
Uma análise de um economista calcula que, apesar do aumento de despesa global, o natal é um peso-morto na teoria microeconômica ortodoxa, devido ao efeito de dar presentes. Esta perda é calculada como a diferença entre o que o doador do presente gasta com o item e o que o receptor teria pago pelo item. Estima-se que em 2001, o natal resultou em um peso-morto de cerca de US$ 4 bilhões só nos Estados Unidos. Por causa de fatores complicadores, esta análise é por vezes utilizada para discutir possíveis falhas na teoria microeconômica atual. Outras perdas de peso-morto incluem os efeitos do natal sobre o meio-ambiente e o fato de que presentes materiais são muitas vezes percebidos como elefantes brancos, impondo custos para a manutenção e armazenamento e contribuindo para a desordem.

Controvérsias e críticas

Bolas e enfeites de Natal
Ao longo da história do feriado, o natal tem sido objeto de controvérsia e críticas de uma ampla variedade de fontes distintas. A primeira controvérsia documentada em relação ao natal foi liderada por cristãos e começou durante o Interregno Inglês, quando a Inglaterra era governada por um Parlamento Puritano . Os puritanos (incluindo aqueles que fugiram para a América) procuraram remover os elementos pagãos restantes do natal. Durante este breve período, o Parlamento Inglês proibiu por completo a celebração do natal, considerando-o "um festival papista sem justificação bíblica" e uma época de comportamento perdulário e imoral .
As controvérsias e críticas continuam nos dias de hoje, onde alguns cristãos e não-cristãos têm afirmado que uma afronta ao natal (apelidada de "guerra contra o Natal" por alguns) está em curso . Nos Estados Unidos, tem havido uma tendência para substituir a saudação Feliz Natal para Boas Festas . Grupos como a União Americana pelas Liberdades Civis iniciaram processos judiciais para impedir a exibição de imagens e outros materiais referentes ao natal em bens públicos, incluindo escolas . Esses grupos argumentam que o financiamento do governo para exibir imagens e tradições do natal viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que proíbe a criação, pelo Congresso, de uma religião nacional . Em 1984, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu no processo Lynch vs Donnelly que uma exposição de Natal (que incluía um presépio) de propriedade e exibida pela cidade de Pawtucket, em Rhode Island, não violava a Primeira Emenda . Em novembro de 2009, o tribunal federal de apelações na Filadélfia endossou uma proibição ao distrito escolar sobre o canto de canções de natal .
Na esfera privada também tem sido alegado que qualquer menção específica do termo "natal" ou dos seus aspectos religiosos está sendo cada vez mais censurada, evitada ou desestimulada por vários anunciantes e varejistas. Em resposta, a Associação da Família Americana e outros grupos organizados boicotaram varejistas .
Muito do que se tem contestado em controvérsias e críticas ao Natal entre os cristãos, segundo a pintora sacra e pesquisadora, mestre catedrática, da Universidade de Brasília, Lia Irma Eifler de Vasconcellos, se prende e refere a data precisa de nascimento de Jesus Cristo, do aniversariante. Uns apontam o nascimento entre 23 de agosto a 6 de janeiro, outros entre 31 de outubro a 6 de janeiro e outros ainda, os tradicionalistas em maior número, entre 6 de dezembro e 6 de janeiro. Isso ;e devido à mudança do calendário que era Lunar e passou a ser Solar. Antes os meses eram de 28(vinte e oito) dias e o ano de 12 meses de 28 dias,o Lunar, que depois teve uma nova configuração mensal, em torno de 28 a 31 dias num total de doze meses de 365 dias e um quarto de dia e/ou seis horas, criando os anos bissextos de 366 dias, no mês de fevereiro em que os seis dias de quatro em quatro anos formavam um dia.

BIBLIOGRAFIA
* VASCONCELLOS, Lia Irma Eifler PINTURAS SACRAS E SUAS SIGNIFICAÇÕES Editora Biblioteca da Universidade de Brasília, 1967.



Aos queridos amigos internautas do Centro Cultural Luso Brasileiro, desejo que tenham um bom Natal e um próspero Ano Novo, extensivo a todas as suas famíĺias e amigos e mais uma vez obrigado pelo apoio ao nosso projeto da lusofilía e da lusofonia, que, acredito seja a saída para este vazio espirtitual, que tomou conta do nosso planeta, apesar de tanto progresso material.
A lusofilía é o leite desta vitamina chamada Brasil, como já ficou demonstrado em todos os momentos em que o Brasil esteve à beira da rutura, tal como agora na era da globalização em que nossos heróis responsáveis por nossa "Unidade Nacional" estão sendo substituídos por esses heróis mediáticos de procedência estrangeira!
Foram muitos os heróis deste país, mas dois deles deveriam ser sempre lembrados e assumidos por nossas crianças e também por nossos políticos: - Felipe Camarão, que ao ser tentado pelas promessas dos calvinistas holandeses, respondeu com a seguinte frase: - "respondo às vossas promessas de corrupção com a pólvora de meus canhões"!!!
A reação de outro herói esquecido, foi a de padre Nóbrega em 1567, ali em plena Praça XV de Novembro no centro do Rio de Janeiro, que, ao ver seu Brasil tomado do Maranhão ao Rio de Janeiro pelo calvinismo francês, ergueu, desesperado, as mãos para o Céu exclamando: - Ó Deus fazei com que esta Terra continue sempre Católica e lusitana!!!        
 São estes e tantos outros milhares de heróis, que gostaríamos de ver nas telas de nossos televisores, nos nosso currículos escolares e até dentro de nossas igrejas!!!
Perdemos uma grande chance de apresentar estes heróis a nossos jovens e aos jovens do mundo, quando da visita papal ao nosso país agora em julho de 2013...
 Mas é assim mesmo a ingratidão do mundo em que vivemos! Vamos continuar trabalhando, procurando a união entre todos os povos do mundo, rompendo definitivamente com este separatismo nojento e perverso que nos acompanha há tantos e tantos séculos, inclusive dentro da própria  comunidade lusófona.  
A este separatismo mesquinho e hiprócrita responderemos com a frase de Jesus Cristo no derradeiro e doloroso momento de sua vida! "O Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem" 

BOAS FESTAS!!!

 JPL

A HISTÓRIA DO CRUZEIRO DE BELO HORIZONTE

História do Cruzeiro Esporte Clube



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Cruzeiro

Escudo do Cruzeiro.png
Nome Cruzeiro Esporte Clube
Alcunhas Celeste
La Bestia Negra
Raposa
Palestra Mineiro
Torcedor/Adepto Cruzeirense
Mascote Raposa
Fundação 2 de janeiro de 1921 (92 anos)
Estádio Mineirão (concessão)
Localização Belo Horizonte, MG,  Brasil
Mando de jogo em Mineirão
Capacidade (mando) 64.000 Pessoas
Presidente Brasil Gilvan Tavares
Treinador Brasil Marcelo Oliveira
Patrocinador Brasil Alpi Medic
Brasil Banco BMG
Brasil Brahma
Brasil Guaramix
Itália TIM
Material esportivo Brasil Olympikus
Competição Minas Gerais Campeonato Mineiro
Brasil Campeonato Brasileiro
Brasil Copa do Brasil
Minas Gerais 2012
Brasil 2012
Brasil 2012
3º colocado
9º colocado
Oitavas-de-final
Minas Gerais 2011
Brasil 2011
Brasil 2011
Campeão
16º colocado
Não disputou
Minas Gerais 2010
Brasil 2010
Brasil 2010
3º colocado
2º colocado
Não disputou
Ranking nacional Baixa 10º lugar, 13.096 pontos
Website www.cruzeiro.com.br
Kit left arm cruzeiro13h.png Kit body cruzeiro13h.png Kit right arm cruzeiro13h.png
Kit shorts cruzeiro13h.png
Kit socks porto0809.png
Uniforme
titular
Kit left arm.png Kit body cruzeiro13a.png Kit right arm.png
Kit shorts cruzeiro13a.png
Kit socks whitehorizontal.png
Uniforme
alternativo


A História do Cruzeiro Esporte Clube tem início no dia 2 de janeiro de 1921, quando o clube foi fundado por Desportistas da Colônia Italiana Facista de Belo Horizonte, com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália. 

Nasce o Palestra Itália

Sede da Colonia Italiana em BH
No início do século XX, a colônia italiana de Belo Horizonte tentava, sem sucesso, formar um time de futebol que pudesse disputar os torneios locais. Pouco depois, foi a vez do Palestra Brazil (1918), que nem chegou a ser implantado, ficando apenas no projeto.
Em 1920, aproveitando a presença do cônsul italiano na capital mineira, alguns desportistas da colônia levaram-lhe a ideia da criação do clube, nos mesmos moldes do Palestra Itália, de São Paulo, o atual Palmeiras. A resolução foi acertada depois que algumas das principais 'famílias italianas', principalmente as abastadas, se prontificaram a participar do projeto de fundação do clube, que deveria representar a colônia em Belo Horizonte. Na fábrica de materiais esportivos e calçados de Agostinho Ranieri, situada à rua dos Caetés, ficou decidida a fundação do clube que deveria fazer frente aos três grandes da capital: Atlético Mineiro, América e Yale. Nascia, naquele momento, a Società Sportiva Palestra Itália, criada no dia 2 de janeiro de 1921. A reunião contou com a presença de 95 fundadores pelos presentes o escudo e uniforme que faziam referência às cores italianas, e cuja inscrição SSPI seria gravada no centro do escudo. Outra definição acertada era que apenas membros da colônia italiana poderiam vestir a camisa do time.E Aurélio Noce foi eleito o primeiro Presidente o vice Giuseppe Perona. Bruno Piancastelli, secretário; Aristóteles Lodi, tesoureiro; Domingos Spagnulo, João Ranieri e Antonio Pace, comissão de esportes.
O Palestra Itália surgia como o representante da colônia italiana. O Palestra era formado pelos donos das padarias, marmorarias, os arquitetos, era uma equipe, principalmente de comerciantes e profissionais liberais, tanto é que contruíram a Casa de Itália na Rua Tamóios, no centro da Capital, uma imponente prédio, que depois foi a Assembléia Legislativa, e, posteriormente, a Câmara Municipal. O novo clube tinha, na sua maioria, membros ligados à Casa de Itália. A implantação do Palestra Itália foi rápida. Primeiro,em 12 de março de 1921 o clube se inscreveu na Liga Mineira de Desportos Terrestres (LMDT), para participar do campeonato local, ainda no ano de 1921. A formação do quadro de jogadores foi mais fácil do que se esperava, pois recebeu a inscrição de 16 atletas do Yale – time com certa predominância de italianos – se transferiram para o novo clube, logo que souberam da sua criação. A debandada provocou um mal estar entre os clubes. Três meses depois de fundado, o Palestra realizou a sua primeira partida,em em 3 de abril de 1921 no estádio do Prado Mineiro,teve lotação máxima com 1.500 torcedores,enfrentando um combinado entre Villa Nova e Palmeiras, times de Nova Lima. O atacante João Lazarotti, conhecido por Nani, marcou os gols que deram a vitória ao Palestra.
A primeira conquista do Palestra veio duas semanas após a partida de estreia, quando enfrentou o Atlético,no dia 17 de abril de 1921 em partida promovida pela Associação Mineira de Cronistas Desportivos (AMCD). Em um campeonato oficial, a primeira participação do clube aconteceu no Mineiro de 1921. Depois de passar por uma seletiva, o Palestra conseguiu chegar à fase final, jogando contra os considerados “grandes”.
Estádio do Cruzeiro(Barro Preto)

Primeiro Estádio

Em 1922, o clube já tinha comprado um quarteirão inteiro da Prefeitura por cerca de 50 mil réis. O adversário na estreia do estádio foi o Flamengo. A partida foi marcada para o dia 23 de setembro, próximo à comemoração do dia nacional da Itália (20/9). O time mineiro, que tinha em sua linha de frente, formada por Piorra, Nani, Heitor, Ninão e Armandinho, a sua grande arma, foi reforçado por três atletas do Palestra Itália de São Paulo: o zagueiro Gasparini, o meio-campista Severino e o atacante Heitor. Os gols da equipe mineira foram de Ninão (2) e Heitor, enquanto Benevenuto, Agenor e Mário anotaram para os cariocas.
Em maio de 1923, a Federação Mineira decide oficializar os estádios do Cruzeiro e do América como sedes dos jogos da Serie A do Campeonato da Cidade, enquanto o Estádio do Prado passou a abrigar apenas as partidas da Série B.No dia 1 de julho de 1923, o Cruzeiro disputou sua primeira partida oficial, em seu próprio estádio, na goleada de 6 a 2 sobre o Palmeiras.
Pela primeira vez, em 16 de julho de 1925, dois jogadores do Cruzeiro integram a Seleção Mineira na disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções. O ponta direita Piorra e o meia direita Ninão fizeram parte da equipe titular que goleou a Seleção do antigo estado do Rio, que era composto por jogadores dos clubes de Niterói, por 6 a 0, no estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro.
Nos dias 2 e 3 de maio de 1926, o Cruzeiro disputou seus primeiros jogos fora de Minas Gerais. Ambos foram na cidade de Caçapava-SP. No primeiro contra a Caçapavense, foi derrotado por 2 a 1 e o segundo contra a Seleção de Caçapava empatou em 1 a 1. No retorno a capital, o clube foi suspenso por seis meses por ter disputado os amistosos sem o consentimento da Federação Mineira.
Em abril de 1927 o Cruzeiro inaugurou sua primeira sede no segundo andar do edifício do Banco Pelotense na Praça 7, no centro da capital. Anteriormente, o clube usava o salão da Casa d'Italia, na rua Tamoios, para reuniões e assembleias.
Há uma confusão no que diz respeito a um clube existente na capital chamado Yale. Muitos imaginam que este deu origem ao Palestra e posteriormente ao Cruzeiro. O Yale também era um clube fundado por descendentes de italianos, que surgiu anos antes do Palestra. Mas, após uma crise, e com o crescimento do outro clube de imigrantes em Belo Horizonte, grande parte dos associados e jogadores do Yale migraram para o Palestra. Foram registrados até hoje apenas quatro jogos entre os clubes, são eles:17 de Julho de 1921 Palestra 0 x 1 Yale, 6 de Novembro de 1922 Palestra 0 x 0 Yale, 7 de Maio de 1922 Palestra 0 x 0 Yale e 5 de Agosto de 1923 Palestra 3 x 2 Yale.Todos os jogos válidos pelo Campeonato da Cidade.

Familia Fantoni

Tricampeonato 1928 - 1929(invicto) - 1930(invicto)

ATITUDES PIONEIRAS 1926 - NÃO JOGOU A PRIMEIRA DIVISÃO DO CAMPEONATO MINEIRO.
Dois fatos importantes na história o Palestra/Cruzeiro, que são estandartes a aumentar nosso orgulho e admiração pela nação celeste:
  • Em (1925), por iniciativa interna, jogadores e dirigentes, decidiram suprimir dos estatutos a cláusula que tornava a agremiação exclusiva de italianos e descendentes. Isso ensejou o registro do jogador sírio-libanês Nereu, na esquadra do Barro Preto. Abria-se definitivamente para o mundo as portas do clube.
A trajetória do Palestra já era surpreendente até então, e o primeiro título mineiro não demorou a chegar, embora tenha ocorrido de um modo confuso. A falta ao jogo em Minas Gerais valeu ao Palestra uma suspensão de seis meses da Liga mineira, que inviabilizou a disputa do campeonato de 1926. Sem se intimidar, os dirigentes do clube solucionaram o problema com a criação de uma outra Liga, que organizou o próprio campeonato. No final do ano, o estadual teve dois vencedores, o Atlético por um lado e o Palestra pela outra Liga.
A Liga criada pelo Palestra ganhou o reconhecimento da CBD. Ao ver que os dirigentes do clube não voltariam atrás, a LMDT recuou em 1927, depois de ameaçar tirar banir o Palestra, e repatriou a equipe do Barro Preto, que exigiu a inclusão dos clubes integrantes da AMET no campeonato.
Em 17 de junho de 1928, o Cruzeiro aplica a maior goleada de sua história: 14 a 0 sobre o Alves Nogueira de Sabará, no Barro Preto. O atacante Ninão fez 10 gols na partida e se tornou o maior artilheiro em uma só partida da história dos campeonatos organizados pela Federação Mineira
Com a goleada por 6 a 1 sobre o Villa Nova, no Barro Preto, no dia 6 de janeiro de 1929, o Cruzeiro conquistou o Campeonato da Cidade de 1928. O empate surpreendente, do Atlético com o Alves Nogueira, em 3 a 3, na preliminar, beneficiou o time cruzeirense, pois o Galo, que ainda tinha um jogo a cumprir contra o Villa Nova, ficou a três pontos na tabela de classificação e sem chances de alcançar o Cruzeiro na liderança.
Um ano após a conquista do tri-campeonato mineiro, o Palestra perdeu os jogadores Ninão e Nininho, que se transferiram para o futebol europeu, além de outros cinco astros da máquina que empolgara a torcida na recente façanha: Nereu e Rizzo haviam pendurado as chuteiras, Pires retornou para Nova Lima, Carazzo foi para o futebol paulista, e o zagueiro Bento morreu. Surgia então um novo Fantoni, o atacante Niginho, irmão de Ninão e primo de Nininho, que havia participado do time anterior, mas só agora ganharia a condição de titular.
'Ítalo Frattesi, o Bengala, que era titular do time de futebol e Aristóteles Lodi organizam as primeiras equipes de basquete e vôlei em 1930
Em março de 1931, os primos Ninão (atacante) e Nininho(lateral esquerdo), são contratados pela Lazio da Itália. Foram os primeiros jogadores do futebol brasileiro contratados pelo futebol europeu.
Como era o tricampeão de 1928-1929-1930, o Cruzeiro reivindicou a Taça Liga Mineira, junto a Federação, em janeiro de 1931. Segundo o regulamento, o troféu instituído em 1922, ficaria de posse definitiva da equipe que conquistasse três vezes consecutivas ou quatro alternadas o Campeonato da Cidade. Em vista do descaso do presidente da entidade, Tomaz Neves, que também era presidente do Atlético, a diretoria cruzeirense colocou uma bola na vitrine da sede em cujo coro vinha a seguinte inscrição: Palestra 5, Atletico 2, em alusão a goleada que definiu o Campeonato de 1929.No dia 25 de fevereiro de 1931, a Federação Mineira finalmente fez a entrega da Taça Liga Mineira ao Cruzeiro e descobriu que o clube já teria direito ao prêmio, quando conquistou o título de 1929, pois em 1927, uma reforma nos estatutos da Federação diminuiu de três para dois anos consecutivos a posse definitiva do troféu. Quanto a conquista do título de 1930, a posse da taça seria temporária.
A segunda partida da decisão do Campeonato da Cidade, que deveria ser disputada no dia 6 de dezembro de 1931, no estádio de Lourdes, contra o Atlético, não acontece porque a diretoria do Galo não conseguiu acertar a contratação de um árbitro carioca para apitar a partida, conforme acordo entre os clubes. Na preliminar entre os times B, os jogadores cruzeirenses foram agredidos por torcedores do Atlético. Por causa dos incidentes a diretoria do Cruzeiro rompeu relações com o Atlético.Jogadores de Atlético e Cruzeiro à revelia de ambas as diretorias dos clubes que estavam em litígio organizam amistosos em nome da paz entre os clubes. O primeiro em 27 de dezembro de 1931, no estádio de Lourdes, terminou empatado em 1 a 1.
Em 1932, Cruzeiro, América, Atlético, Florestina e Associação Mineira de Moços-AMA, fundam a Federação Mineira de Basquete. O Cruzeiro sagrou-se o primeiro campeão de Belo Horizonte com a seguinte formação: Bengala, China, Manoel, Bolão, Bruno e Quinquim. Bengala que já havia sido tricampeão da cidade de futebol, também se tornou campeão de basquete como jogador e técnico
O atacante Niginho é contratado pela Lazio, da Italia, em julho de 1932.
No dia 23 de maio de 1933, Cruzeiro, Atlético, Villa Nova e Siderúrgica adotam o regime profissional. Ambos se desfiliaram da Confederação Brasileira do Desporto-CBD, que não admitia o futebol profissional e passaram a fazer parte da Federação Brasileira de Futebol-FBF, que foi criada pelos clubes profissionais do país naquele ano. A FIFA não reconheceu a FBF.O Cruzeiro venceu o clássico contra o Atletico por 2 a 1, em 28 de maio de 1933, no Barro Preto. Foi o primeiro jogo da era do regime profissional
Após a goleada de 4 a 1 sofrida para o Tupybambas, em Juiz de Fora, pelo Campeonato Mineiro, em 1 de outubro de 1933, o diretor Nello Nicolai, do Cruzeiro, denunciou o árbitro Cid Roso de ter sido subornado para manipular o resultado o jogo. Semanas após a partida, o árbitro foi flagrado por dirigentes do Atlético e do Siderúrgica, no bar Tip Top, em Belo Horizonte, pedindo dinheiro para manipular o resultado de um jogo. O árbitro foi banido do futebol mineiro.
Em 1933, o profissionalismo chega ao futebol. O Palestra, bem enfraquecido, não conseguia repetir o sucesso do final da década de 20, quando tinha um timaço. As suas estrelas se limitavam ao goleiro Geraldo Cantini e aos atacantes Piorra, Bengala e Armandinho. A intenção do grupo era mudar o nome do clube que já havia deixado de ser uma associação exclusiva da colonia italiana e por isso não havia mais sentido em se usar o nome Itália. A ideia sofreu resistências mas acabou ganhando aliados.
Em 2 de dezembro de 1934, Cruzeiro e Atlético marcaram um amistoso no Barro Preto. Antes do início da partida, uma chuva forte deixou o campo alagado e impraticável para o futebol. Por causa do grande público que compareceu ao estádio, os clubes decidiram fazer um jogo de 55 minutos de duração. Estranhamente, o árbitro José Pedro Rizzo (ex-jogador do Cruzeiro) anulou um gol marcado por Carlos Alberto (Cruzeiro) e Lola (Atlético), alegando que as poças d’água haviam atrapalhado os goleiros. No dia seguinte, os dirigentes de ambos os clubes admitiram, publicamente, que orientaram o árbitro a anular gols de qualquer natureza.
Em março de 1935, o atacante Niginho que havia sido convocado pelo exército italiano para a guerra na abissínia, foge para o Brasil. Vários dirigentes de clubes cariocas estiveram presentes no desembarque do jogador no Rio de Janeiro, mas Niginho recusou todas as propostas e optou em voltar ao Cruzeiro justificando que ele era uma extensão do clube.
Em 31 de março de 1935 o Cruzeiro estreou no Campeonato da Cidade contra o Retiro, de Nova Lima, no Barro Preto. O jogo teve a presença de dois árbitros em campo: Dunorte André e Edgar Pernambuco. Cada um era responsável por uma metade do campo. A experiência da Federação Mineira foi extinta no returno do Campeonato.
Jogadores e dirigentes do Cruzeiro foram vítimas de um massacre no estádio da Praia do Ó, em Sabará, em 2 de junho de 1935, numa partida pelo Campeonato da Cidade. Na metade do segundo tempo, quando o time sabarense vencia por 7 a 3, torcedores invadiram o campo dando início a uma série de agressões aos atletas cruzeirenses. Após vários minutos de interrupção, o jogo recomeçou e o Cruzeiro ainda diminuiu o placar marcando mais dois gols. Durante a semana, as relações com o Siderúrgica foram rompidas. O saldo foi de mais de 20 feridos, entre jogadores, comissão técnica e torcedores.
Em maio de 1936, o Cruzeiro inaugura a sua quadra de basquete.Em 28 de outubro de 1936, o Cruzeiro decide desfiliar-se da Federação Mineira sob a alegação de que estava sendo perseguido pelos poderes da entidade. Consequentemente, abandona o Campeonato da Cidade que ainda estava em andamento.
Nos dias 9 de novembro, Cruzeiro e América (que também havia abandonado o Campeonato e se desfiliado da Federação Mineira) decidem retornar a Confederação Brasileira do Desporto-CBD e abandonam a Federação Brasileira de Futebol-FBF.
Com o retorno do Cruzeiro a CBD, que era reconhecida pela FIFA, o atacante Niginho foi convocado para a Seleção Brasileira para a disputa do Campeonato Sulamericano, na Argentina, em dezembro de 1936.O Brasil estreou no Campeonato Sulamericano com uma vitória por 3 a 2 sobre o Peru, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936. O atacante Niginho, do Cruzeiro, tornou-se o primeiro jogador de um clube mineiro a jogar e a marcar um gol pela Seleção Brasileira.
O departamento de basquete é reorganizado em 1938.Um grupo de sócios, dirigentes e atletas formam a ala renovadora em 30 de setembro de 1939. A proposta principal do grupo era nacionalizar o clube e alterar o nome Palestra Itália e as cores da bandeira italiana no uniforme por símbolos brasileiros.

Palestra Itália torna-se Cruzeiro

A má fase Palestrina só teve fim no ano de 1940, quando o time voltou a conquistar o título mineiro. Após muita confusão durante a competição, o time decidiu o campeonato com o Atlético, já em 41, numa melhor de três. O Palestra venceu a primeira partida por 3 x 1, e o Atlético deu o troco, fazendo 2 x 1 no segundo jogo. No terceiro e último duelo, Nibinho e Alcides fizeram os gols que garantiram a vitória por 2 x 0 e o título do Campeonato. Esta seria a última partida do time com o nome de Sociedade Esportiva Palestra Itália.
Em janeiro de 1941, toma posse o presidente Ennes Ciro Poni, que era um dos integrantes da Ala Renovadora. Ele inicia o processo de reorganização e nacionalização do clube.Com a Segunda Guerra Mundial, em 1941, o Governo Brasileiro declarou guerra aos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). O Estádio do clube sofreu ameaça de ser incendiado, salvando-se graças à intervenção da Polícia Militar. Em 30 de janeiro de 1942,neste dia então o Palestra Itália passou a se chamar Palestra Mineiro, a situação ficou insustentável, e o Palestra teve o mesmo destino do seu homônimo paulista: foi obrigado a mudar de nome, pois o governo federal decretou uma lei proibindo o uso de termos que fizessem referência a algum dos países do Eixo. A ideia de se transformar o clube numa entidade totalmente brasileira só foi concretizada em 29 de setembro de 1942, quando numa no dia 2 de outubro de 1942,o presidente Ennes Ciro Poni convocou uma assembleia geral reunindo a diretoria,foi aprovada uma nova mudança no nome do clube que passou a se chamar Ypiranga.
Entre os dias 3 e 7 de outubro de 1942 os jornais da cidade passaram a se referir ao clube como Ypiranga, porque pensavam que o nome sugerido pelo presidente Ennes Ciro Poni é o que seria aprovado na assembleia.Na assembleia geral, em 7 de outubro de 1942, os conselheiros e sócios mantiveram o regime profissional e aprovaram a sugestão de se alterar o nome e as cores do clube. Foram sugeridos nomes como Yale e Ypiranga, mas Cruzeiro Esporte Clube acabou sendo escolhido em homenagem ao símbolo maior da pátria brasileira, a constelação do Cruzeiro do Sul. O uniforme passou a ser azul, em homenagem a cor oficial da residência da realeza italiana, a Casa de Savoia. Assim, o clube passou a ostentar os símbolos das duas pátrias e que, inclusive, eram presentes nos uniformes das seleções esportivas de ambos os países. No entanto, o clube continuou jogando com o nome e o uniforme do Palestra Mineiro até 1943.
Em 17 de dezembro de 1942, Mário Grosso foi eleito pelo Conselho para presidente do Cruzeiro (era o primeiro desde o surgimento do novo nome). O primeiro jogo da equipe com o nome Cruzeiro aconteceu no final de 1942, diante do América. O nome deu sorte, e o Cruzeiro venceu por 1 x 0, gol de Ismael.
O Cruzeiro sagrou-se o primeiro campeão da categoria júnior de Minas Gerais. Após golear o Sete de Setembro por 5 a 1, na última rodada, em 5 de dezembro de 1943, o time estrelado levantou o primeiro caneco da categoria. O time revelou o zagueiro Duque e o atacante Alvinho.Com a goleada por 5 a 1 sobre o Siderúrgica, no estádio da Praia do Ó, em Sabará, em 19 de dezembro de 1943, o Cruzeiro confirmou o título de campeão da cidade. A torcida cruzeirense alugou um trem especial para a cidade vizinha sendo chamado de "Trem da vitória".Em 10 de setembro de 1944, o Cruzeiro sagrou-se bicampeão da categoria júnior ao derrotar o Siderúrgica na última rodada.
O Cruzeiro venceu o Siderúrgica por 2 a 1, no estádio da Alameda, em 21 de janeiro de 1945, e conquistou o bicampeonato da cidade de 1943-1944 com uma rodada de antecipação.
O time juvenil de basquete sagrou-se campeão metropolitano de 1944
Em 1945, o cartunista Mangabeira (Fernando Pieruccetti), do jornal Folha de Minas, criou as mascotes dos clubes que disputavam o campeonato da cidade. Ele escolheu uma Raposa para representar o Cruzeiro, devido a astúcia do clube em descobrir jovens talentos do nosso futebol antes dos rivais.

Reinauguração do Estádio

Geraldo II goleiro,fez 34 defesas na final do mineiro 1944,ajudando time o ser campeão

Apesar da estreia do nome Cruzeiro ter sido no final de 1942, foi só em 1943 que o time passou a usar o novo uniforme: camisas azuis, com golas brancas, calções brancos e meias em azul e branco. O símbolo agora era a Constelação do Cruzeiro do Sul. A estreia deu-se num amistoso diante do São Cristóvão, do Rio de Janeiro. Além dos novos atletas, continuavam no elenco grandes jogadores, como Alcides e Geraldo II. O novo time era melhor que o anterior e conquistou o título do Campeonato Mineiro de 43, o primeiro da Era Cruzeiro. Ninguém retratava melhor estas dificuldades e a determinação dos cruzeirenses (ex-palestrinos) do que um brasileiro chamado Geraldo Domingos e, para nós cruzeirenses, imortalizado como Geraldo II.
Ele, como pedreiro, trabalhara, muitas vezes de graça, construindo com suas próprias mãos e suor, no Barro Preto, o Estádio JK. No campeonato de 1944 Geraldo II nos brindaria com sua maior apresentação, o Cruzeiro vinha em segundo no campeonato e revolucionara o futebol regional com um esquema onde todos ajudavam na marcação.
O simpático Siderúrgica de Sabará era uma das potências do Estado à época e naquela partida decisiva do campeonato viera com tudo buscando superar o Cruzeiro e seguir rumo ao título. Jogo começara e logo a Siderúrgica veio para cima e logo no primeiro ataque contra o gol de Geraldo II, o "Esquadrão de Ferro" balançou as redes do Cruzeiro, foi um bombardeio à meta do Geraldo II, 34 defesas durante a partida, número que impressiona. O time bairro preto conseguiu, heroicamente, virar aquele jogo. Depois, aos 39 minutos do segundo tempo, Niginho recebeu passe de Ismael e com um toque de craque colocou a bola no canto esquerdo do gol de Princesinha revertendo o placar.
Em 1º de julho de 1945, o Cruzeiro estreia seu novo estádio. O gramado também sofreu alterações, com a implantação do novo sistema de drenagem. O jogo de inauguração do estádio Juscelino Kubitschek, nome dado em homenagem ao então prefeito de Belo Horizonte, foi contra o Botafogo: empate em 1 x 1, com gols de Niginho para o Cruzeiro e Heleno de Freitas para o alvinegro.
No dia 21 de novembro do mesmo ano, foram inaugurados os refletores do estádio. O Cruzeiro recebeu o América-RJ e não foi exatamente um bom anfitrião, goleando os cariocas por 4 x 0, com 3 gols de Braguinha e um de Niginho.Seu portão de entrada,ainda continua igual na entrada da sede Urbana do Cruzeiro Esporte Clube.
Em 3 de janeiro de 1946, o Cruzeiro empatou em 2 a 2, com o Libertad, do Paraguai, no Barro Preto. Foi o primeiro jogo do clube contra uma equipe do exterior. Os paraguaios vinham invictos de uma excursão a São Paulo.
Por iniciativa do diretor José Fialho Pacheco, o clube passou a alugar um trem para os torcedores acompanhar os jogos do time pelo interior no Campeonato da Cidade. O "Trem da Vitória", como passou a ser chamado, duraria até o início dos anos 1960 e a sua estreia foi na partida contra o Siderúrgica, em 24 de março de 1946, no estádio da Praia do Ó, em Sabará.


Atletas do Cruzeiro viajavam de trem 30 de maio de 2012 · Memórias de Varginha · Piazza, Dirceu Lopes e Tostão Piazza estacao BH Natal e Raul Plassmann_Evaldo e Neco Dirceu Lopes, Piazza e Tostão Carlos Cornwall, especial para o blog Madeira,não sei se no jogo contra o Sport Recife em Varginha, o Cruzeiro vai vir de avião ou ônibus, só sei que em outros tempos, viria normalmente de trem de passageiros. Olha essas relíquias de amigos que fazem parte de Entidades de Preservação Ferroviária, esse timaço viajava de trem para jogar um maravilhoso futebol, esse time inclusive chegou a golear o Santos de Pelé, mas também com craques como Tostão, Piazza, Natal, Dirceu Lopes.

Atletas do Cruzeiro viajavam de trem

Olha essas relíquias de amigos que fazem parte de Entidades de Preservação Ferroviária,  esse timaço viajava de trem para jogar um maravilhoso futebol, esse time inclusive chegou a golear o Santos de Pelé, mas também com craques como Tostão, Piazza, Natal, Dirceu Lopes.

Crise financeira

A partir de meados da década de 40, após os títulos de 1943, 1944 e 1945, o Cruzeiro entrou numa grave crise financeira, mergulhado num mar de lama. O difícil para esses jovens era como atuar muito perto da direção do clube. A solução encontrada, que parecia poder ajudar o Cruzeiro a sair do fundo do poço, era a prática de esportes especializados.
Em 1955 o Conselho levou a pauta da assembléia geral a retirada do clube do futebol e a extinção do esporte no clube, estando registrado no edital de convocação.
Mas, apesar do fortalecimento de outros esportes, é claro que o futebol do 'Cruzeiro continuou na ativa, participando dos campeonatos estaduais, porém sem grandes conquistas. O destaque do time dessa vez não estava no ataque, mas no gol: era o experiente goleiro Geraldo II.

Sede Social

Clube sede do Cruzeiro, em Belo Horizonte

Depois do sucesso do chamado esporte especializado do Cruzeiro, o pessoal do futebol passou a dar importância à Ala Jovem, permitindo que seus membros entrassem para o Conselho Deliberativo do clube. Em meio à crise financeira, a presidência cruzeirense ficou vaga, com a saída de José Greco. A Ala Jovem, atuando dentro do clube, dava início ao projeto de construção de uma Sede Social para o Cruzeiro, com a ajuda novamente da Loteria do Estado, que havia liberado verba para a construção do prédio. No final de 1954, a construção da Sede Social do Barro Preto foi finalizada, já no mandato de Eduardo Bambirra (terceiro presidente do clube em 54). Confirmando os planos da Ala Jovem, a Sede Social veio como uma salvação para o clube. No final das contas, o Cruzeiro acabou reconquistando o título de campeão mineiro, que não obtinha desde 1945. Mas tudo acabou, no final, em pizza. Apesar de ter sido declarado campeão de 1956 pela Justiça, em 1958 o Cruzeiro aceitou dividir o título com o ainda inconformado Atlético.
Duas facções passaram a disputar o poder no Cruzeiro, no final dos anos 50. Uma corrente era a do Barro Preto, formada por pessoas ligadas ao esporte especializado. A outra era dos chamados oriundi, onde sobressaíam Antonino Pontes, Hélio Volpini, Carmine Furletti e Felício Brandi, homens ligados ao futebol do clube. O time foi reformulado, recebendo jogadores vindos do interior e da várzea, casos dos zagueiros Procópio e Massinha, do meia-direita Nelsinho e do atacante Gradim, entre outros. O Cruzeiro conquistou o título de 1959. Em 1960, estreando um novo uniforme, com pequenas modificações, o Cruzeiro conquistou o bicampeonato.

 Sede Administrativa

A Sede Administrativa do Cruzeiro está localizada em um grande, moderno e funcional prédio, há poucos metros do Parque Esportivo do Barro Preto, e comporta importantes áreas para o funcionamento do Clube, como o departamento jurídico, marketing, comercial, tecnologia da informação, secretaria, administração, patrimônio e acervo, além da presidência, entre outros.

Inaugurada em 2003, a Sede Administrativa Presidente Zezé Perrella tem linhas arrojadas e modernas, com revestimento em vidro azul laminado, espelhado, ajustado a uma torre de circulação vertical revestida em porcelanato branco A área total é de 4,3 mil metros quadrados e a estrutura é dividida em oito andares.
   
Parque Esportivo do Barro Preto

O Parque Esportivo do Barro Preto foi fundamental para o crescimento do Cruzeiro desde o momento de sua criação, na década de 1950, e até hoje oferece aos sócios uma excelente oportunidade de diversão na área central de Belo Horizonte.

Com uma área superior a 11 mil metros quadrados, o Parque Esportivo conta com piscinas adultas e infantis, toboáguas, vestiários, quadras, campo de grama sintética, ginásio poliesportivo, salão de jogos e eventos, bares e restaurantes. Além dos sócios, a estrutura do Barro Preto também é a sede da escola de esportes, para crianças, do Cruzeiro, e também abriga o centro de treinamentos da equipe profissional Sada Cruzeiro Vôlei.

Sede Campestre

A Sede Campestre do Cruzeiro é um completo complexo de diversão para atender o associado cruzeirense. Em uma área com mais de 55 mil metros quadrados, o clube oferece sete piscinas, sendo uma em padrão olímpico, toboágua, departamento médico e salva-vidas, parquinho com brinquedos para crianças, seis quadras de futebol e basquete, três quadras de vôlei, 14 quadras abertas de peteca e três cobertas, ginásio esportivo, salão de jogos, três campos de futebol soçaite, campo de futebol com grama sintética, pista de cooper, saunas, bares, restaurantes, quiosques com churrasqueiras e equipes de apoio, salão de eventos e estacionamento para 250 carros.

Além de ser uma garantia de bom entretenimento para os associados, a Sede Campestre do Cruzeiro abriga importantes festas produzidas pelo Clube, como a tradicional “Una Notte in Itallia” e o “Churrascão do Cruzeiro”, um dos principais eventos de música e gastronomia de Minas Gerais.

Toca da Raposa I

O Cruzeiro Esporte Clube conta com um amplo e moderno centro de treinamentos para cuidar dos craques do futuro: a Toca da Raposa I. Construída em um terreno de 60 mil metros quadrados, a Toca I se tornou o primeiro centro de treinamento projetado para concentração de uma equipe de futebol no Brasil, em 1973. A Toca da Raposa I é há anos referência de qualidade, tanto é que a estrutura foi utilizada para a preparação da Seleção Brasileira para as Copas do Mundo de 1982 e 1986.

O local de treinamentos para os jovens cruzeirenses conta com quatro campos de treinamento, sendo um de grama sintética, piscina, academia, departamentos médico, odontológico e de nutrição, escritórios administrativos, biblioteca, refeitório, auditório e sala de vídeo, alojamentos e vestiários, um moderno hotel para o programa de intercâmbios e uma escola com ensino fundamental e médio para viabilizar a formação educacional dos atletas.

Neste projeto, delegações de vários países são recebidas na Toca I e participam do programa que oferece, além de acomodação e alimentação, o acompanhamento de uma equipe de profissionais que compartilham experiências através de práticas dinâmicas.Os atletas do exterior conhecem novas técnicas, participam de campeonatos e aprimoram o futebol.

Toca da Raposa  II



A Toca da Raposa II é o centro de treinamentos da equipe profissional do Cruzeiro. Considerada como uma das mais modernas estruturas de futebol de todo o mundo, a Toca II foi inaugurada em março de 2002 e conta com visitas diárias de cruzeirenses de todas as partes do país e demais apaixonados por futebol no mundo.

A área total da Toca II é de 83 mil metros quadrados, com 4,2 mil metros quadrados de espaço edificado. Neste espaço encontram-se quatro campos de treinamento, piscina térmica, quadra poliesportiva, solarium, restaurante, hotel com 26 apartamentos, salão de jogos, sala de cinema, escritórios administrativos, além de modernos departamentos de nutrição e médico, composto por consultórios de clínica geral, ortopedia, odontologia, fisioterapia, fisiologia e sala de raio X.

Era Felicio Brandi

Em 1961, Felício Brandi assume a presidência do clube, em substituição a Antonino Pontes. O time, até então conhecido nacionalmente, passaria a se notabilizar no cenário internacional. Já no primeiro ano no comando do clube, o presidente viu seus atletas conquistarem mais um tricampeonato para a história cruzeirense. A construção da sede Campestre foi feita com a venda de cotas que garantiram o início das obras. A inauguração ocorreu em 1961. O clube havia ganho um terreno da Prefeitura no final dos anos 40 e ainda não construíra nada no local. Em 1961, a primeira parte da Sede Campestre ficou pronta, já com 4 000 associados.
Em 1964, começou a ser formado o maior time do Cruzeiro de todos os tempos, que mais tarde viria a conquistar diversos títulos importantes. O sonho do presidente Felício Brandi era o de transformar o Cruzeiro em uma equipe tão forte e competitiva quanto o Santos de Pelé. Naquele ano de 64, chegaram ao Cruzeiro o zagueiro William e o meia Hilton Chaves, que pertenciam ao América, e o jovem Wilson Piazza, do Renascença. O técnico Marão foi responsável pela descoberta de muitos craques, mas foi substituído por Aírton Moreira, depois que o seu time fracassou no Estadual daquele ano. Aírton foi testando os jogadores e montando a fabulosa equipe que pouco tempo depois escreveria as mais belas páginas do Cruzeiro no mundo do futebol brasileiro e internacional.

Era Mineirão

Entrada do Estádio Do Mineirão

A partir de meados da década de 60, mais precisamente 1965, o Cruzeiro começa a surgir no cenário nacional e internacional como uma grande potência. A história do clube pode ser dividida entre antes e depois daquele ano. O curioso é que essa data permite também a divisão da história do futebol mineiro, pois também em 1965 é inaugurado o estádio José de Magalhães Pinto, o Mineirão. O Campeonato Mineiro de 1965 teve início no mês de julho, dois meses antes da inauguração do Mineirão. Até então, o Cruzeiro não havia engrenado e fazia uma campanha irregular no certame. Depois da inauguração, tudo mudou. Como que inspirado no novo estádio, o time se transformou, passando a desfilar um futebol empolgante. A diretoria cruzeirense, trabalhando em sintonia com o time campeão de 1965, investiu ainda mais para a temporada de 66, fortalecendo a equipe. Trouxe o zagueiro Cláudio, que atuava no Grêmio, o atacante Evaldo, jogador do Fluminense, e o goleiro Raul, até então um mero reserva do São Paulo. Raul foi para o Cruzeiro graças à negociação do colega Fábio, que saira transferido para Tricolor paulista. O presidente Felício Brandi recebeu informações sobre o goleiro reserva do Morumbi e, por meio de uma ligação para Vicente Feola, responsável pelo futebol do São Paulo, acertou a contratação do jovem goleiro. Primeiro veio a conquista do bicampeonato mineiro. O Cruzeiro sobrou no estadual, conquistando o título com duas rodadas de antecedência. O clube fez uma ótima campanha na Taça Brasil até chegar às finais, quando enfrentaria o temível Santos. Na primeira partida, o Cruzeiro arrasou os paulistas, fazendo um surpreendente 6 x 2 no Mineirão. O primeiro passo já havia sido dado, mas havia ainda o jogo em São Paulo. Os garotos cruzeirenses precisavam arrancar ao menos um empate na Terra da Garoa para ficar com a Taça.Todos acreditavam que a derrota humilhante do último jogo seria devolvida. A confiança era tanta que no intervalo da partida, dirigentes paulistas procuraram o presidente do Cruzeiro para marcar a terceira partida para o Maracanã. O técnico Aírton Moreira utilizou a atitude prepotente dos paulistas como estímulo aos seus jogadores. Após perder o primeiro tempo por 2 x 0, o Cruzeiro se recuperou na segunda etapa. Os gols dos mineiros foram marcados por Tostão, Dirceu Lopes e Natal, enquanto Pelé e Toninho fizeram para o time da casa. A conquista foi de tamanha repercussão que, no ano seguinte, o Torneio Rio-São Paulo teve que abrigar clubes de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, criando o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o "Robertão", embrião do atual Campeonato Brasileiro. Ainda em 1967, devido à Taça Libertadores da América, o Cruzeiro disputa sua primeira partida oficial no exterior, contra o Deportivo Galicia, da Venezuela, em Caracas, vencendo por 1 a 0.
Nesse período, surgem os primeiros grandes ídolos do clube: Tostão, Dirceu Lopes, Wilson Piazza e Raul Plassmann. Em 1966, Tostão foi o primeiro jogador de um clube mineiro a disputar uma Copa do Mundo. Em 1970, quatro jogadores conquistam o Tri pela Seleção: Tostão, Piazza, Fontana e Brito (ex-Vasco da Gama). O Campeonato Mineiro de 1967 foi um dos mais disputados da década, com o Atlético chegando a abrir cinco pontos na frente da Raposa, que se recuperou no final e conseguiu terminar a primeira fase empatada com o seu grande rival. A decisão do Estadual aconteceu no início de 1968 e colocou frente a frente os dois mais tradicionais times do Estado. Pela primeira vez, Atlético e Cruzeiro faziam uma final no Mineirão. O time de Tostão, Dirceu Lopes e companhia voltava a fazer o Cruzeiro tricampeão Mineiro.

Taça Brasil de 1966



Antes da Decisão - A Academia Celeste !
Após 22 partidas pelo Campeonato Mineiro de 1965 e 6 pela Taça Brasil 1966, em 30 de novembro de 1966, o Cruzeiro começava a escrever contra o Santos uma das páginas mais importantes de sua história, seu primeiro título nacional. É bem verdade que ao se tornar o primeiro campeão brasileiro em março de 1960, no Maracanã, o Bahia já havia iniciado a demolição da velha ordem. Mas foi com a vitória do Cruzeiro sobre o Santos que o Eixo teve de se curvar, colocar ponto final em seu torneio Rio-São Paulo e, humildemente, passar a disputar títulos nacionais contra o resto do país.

Que Santos era aquele?
Vencedor de 11 dos 15 campeonatos paulistas disputados entre 56 e 69, 5 vezes campeão brasileiro nos Anos 60 (61, 62, 63, 64 e 65), bicampeão sul-americano e mundial em 62 e 63, o Santos foi o maior time do mundo entre o final dos Anos 50 e o final dos 60. Quase todos os santistas que atuaram naquelas duas partidas finais da Taça Brasil, eram de Seleção Brasileira: Gilmar, Mauro Ramos, Zito e Pepe foram bicampeões em 1958 e 1962. Pelé, tricampeão, em 1958, 1962 e 1970. Carlos Alberto Torres, campeão em 1970. Havia ainda Toninho Guerreiro, artilheiro da competição (ele e Bita, do Náutico, com 10 gols), pentacampeão paulista, entre 67 e 71.

1° Jogo - Em Minas Gerais 1° Tempo A história do 1º tempo só pode ser contada por meio dos fantásticos cinco gols da Academia Celeste. No 1 minuto, Evaldo recebeu passe de Tostão no meio de campo e percebeu Dirceu correndo em direção ao gol. O lançamento saiu preciso. Quando o meia se preparava para concluir, o lateral-esquerdo Zé Carlos, tentando desarmá-lo, marcou contra: 1 x 0. Aos 5, Dirceu recebeu de Evaldo e serviu a Natal. O ponteiro driblou Zé Carlos e chutou forte: 2 x 0. Aos 20, Oberdan saiu jogando, perdeu a bola para Dirceu, levou dois dribles e saiu de cena. Com a visão desimpedida, o Dez de Ouros chutou violentamente de fora da área: 3 x 0. O terceiro coube a Dirceu Lopes. Aos 41, Dirceu driblou Mauro dentro da área e foi derrubado por Oberdan. Pênalti. Tostão fez inacreditáveis 5 x 0.

Intervalo - A Fúria do Rei
No final do 1º tempo, a caminho do vestiário, Pelé ouve o couro provocador da torcida mineira: “Cadê Pelé? Cadê Pelé?”. O Rei acenou para a torcida com a mão espalmada. Cinco gols? Não, cinco vezes campeão brasileiro, ele explicou. A verdade, contudo, é que, naquela noite, marcado individualmente por Piazza, Pelé não viu a cor da bola.

2° Tempo
O Cruzeiro voltou relaxado pensando em barganhar o jogo: tocaria a bola e o adversário se contentaria em evitar mais gols. Mas, ao invés de aceitar o fato consumado da derrota, o Santos foi à luta pensando em remontar o placar. Aos 6 e aos 10, Toninho Guerreiro marcou: 5 x 2. A torcida assustou-se. Pelé tinha fama de, quando provocado, superar-se e virar resultados tidos como definitivos. Mas Tostão, Dirceu e Piazza retomaram o controle do jogo. E a pá de cal sobre o pentacampeão brasileiro foi atirada aos 27 minutos. Evaldo recebeu passe de Tostão, driblou Oberdan e chutou forte, Gilmar deu rebote. Dirceu apareceu do nada para tocar para as redes: 6 x 2. Daí em diante, os times limitaram-se a exibir sua técnica refinada sob aplausos ininterruptos da torcida.

2° Jogo - Em São Paulo
Chuva forte, campo enlameado, poças d’água por todos os lados. Com amplo domínio do jogo, o Santos abriu o placar aos 23. Pelé driblou William e chutou no canto: 1 x 0. Aos 25, após receber passe de Pelé, Toninho invadiu a área e deslocou Raul: 2 x 0. Piazza recuou e voltou a colar em Pelé. O Cruzeiro respirou, começou a tocar a bola. O Santos arrefeceu um pouco seu poder ofensivo. Após descansar um pouco, voltou a atacar furiosamente nos últimos 5 minutos. Aos 40, Pelé passou por Piazza e lançou Toninho entre Procópio e William. Raul saiu do gol e defendeu nos pés do centroavante. Um minuto depois, Toninho acertou a trave. Aos 44, Pelé ficou cara-a-cara com Raul. O goleiro fez milagre. Ficou no 2 x 0.

Intervalo
Aírton Moreira, que na chegada a São Paulo, recebera apoio dos irmãos mais famosos, Aymoré e Zezé, estava perplexo. “Tá tão ruim que nem eu sei como consertar. Façam o que vocês acharem melhor”, recomendou aos jogadores. Para piorar, num gesto de provocação, Mendonça Falcão, presidente da Federação Paulista de Futebol e Athiê Jorge Cury, presidente do Santos, procuraram Felício Brandi para acertar data e local do terceiro jogo. Foram enxotados, aos berros, do vestiário.

2° Tempo - A demolição do pentacampeão brasileiro
Já no início Piazza procurou parar Pelé. E sem a companhia do melhor do mundo, Toninho virou presa fácil para os compadres William e Procópio. Dirceu e Tostão começaram a cair pelos lados do campo. Sem o fôlego dos garotos celestes, Zito e Mengálvio se perderam na marcação. Sob pressão, a defesa santista começou a falhar. Aos 12, Hilton serviu Evaldo que foi derrubado na área por Oberdan. Pênalti. Tostão bateu mal. Cláudio defendeu. A torcida santista se assanhou à toa. Apesar do gol perdido, o Cruzeiro continuava controlando o jogo. Aos 18, Lima derrubou Natal na lateral da área. Falta para cruzamento. Mas Tostão bateu direto. De curva: 1 x 2. A partir daí, o Cruzeiro esqueceu-se de qualquer cuidado defensivo e dedicou-se a atacar. Dirceu exibiu seu repertório de gingas e dribles. Aos 28, tirou Joel de sua frente com um drible de corpo e fuzilou Cláudio: 2 x 2. Aos 44 pelo lado esquerdo Tostão passou por Lima e Zé Carlos e cruzou para trás. Chegando na corrida, Natal apenas cumprimentou Cláudio: 3 x 2.
Enlameado, Piazza levantou a Taça Brasil, o troféu mais importante da história do futebol mineiro até então.

Torcida “China Azul”

 Torcida da Máfia Azul em jogo do Cruzeiro no Mineirão.

Com a conquista da Taça Brasil de 1966 e do pentacampeonato mineiro de 1965 a 1969, o clube passou a ter a maior torcida do estado. Era tão visível o aumento progressivo da torcida cruzeirense que o então escritor Roberto Drummond, que era atleticano, comparou o aumento ao índice demográfico anual da China, que é o país mais populoso do mundo, fazendo com que a crônica esportiva mineira passasse a se referir à massa cruzeirense como a “China Azul”.
E, após o título da Taça Libertadores de 1976, a paixão pelo Cruzeiro ultrapassou as fronteiras de Minas Gerais e o time comandado por nomes como Raul, Nelinho, Palhinha, Joãozinho e Zé Carlos passou a ser um dos clubes mais respeitados do futebol mundial.

O time dos sonhos

A década de 70 começou com o Cruzeiro perdendo a hegemonia no Estado. Depois da conquista do pentacampeonato de 1965 a 1969, o time foi superado nos campeonatos de 1970 e 1971. Mesmo assim, a equipe não perdeu a sua força, pois contava agora com com a habilidade de Palhinha, Nelinho, Joãozinho, Roberto Batata e um reforço argentino, considerado um dos melhores zagueiros do mundo: Roberto Perfumo. O Cruzeiro recuperou seu prestígio em Minas Gerais, vencendo a maior competição do Estado novamente em 1972, 1973 e 1974, mais um tricampeonato.
Enquanto a equipe cruzeirense conquistava os títulos estaduais, a diretoria tratava de engrandecer ainda mais o clube. A intenção do presidente Felício Brandi de fazer do time um dos melhores do país já era realidade, mas nem por isso se dava por satisfeito. No dia 3 de fevereiro de 1973, foi inaugurada a Toca da Raposa, o mais completo e moderno centro de treinamentos do Brasil. Com a inauguração da Toca, o Cruzeiro foi o primeiro clube mineiro a organizar um departamento médico especializado para dar assistência aos jogadores de futebol. O tetracampeonato Mineiro em 1975, quando a equipe jogou parte da competição com o Expressinho da Vitória, um time misto, viria novamente dar alegria aos torcedores azuis.
O vicecampeonato no Brasileiro de 1975 rendeu ao Cruzeiro mais uma participação na Copa Libertadores da América, no ano seguinte. Pela terceira vez, a equipe mineira chegava ao mais tradicional torneio das Américas. Com uma campanha impecável, o Cruzeiro atropelou seus adversários e chegou à decisão contra o River Plate, da Argentina. O Cruzeiro sagrou-se campeão, proporcionando à torcida a maior alegria desde a fundação do clube, nos longínquos anos 20. O título da Libertadores, dedicado ao atacante Roberto Batata, veio coroar o trabalho do presidente Felicio Brandi, que fez do Cruzeiro um celeiro de craques desde a década de 60.
Passada a alegria do título da Libertadores, era hora de pensar na disputa do título mundial. O Cruzeiro enfrentou o alemão Bayern Munique. A primeira partida foi na Alemanha, em pleno inverno, e os mineiros acabaram não resistindo ao jogo dos europeus. O Bayern, de Beckenbauer, Müller,Rummenigge e Mayer, foi superior e fez 2 x 0. No jogo de volta, realizado no Mineirão para quase 115 mil pessoas, o Cruzeiro pressionou sem conseguir vencer o goleiro Seep Mayer, o maior do mundo na época. O placar de 0 x 0 deu o título aos alemães, e a tristeza tomou conta da frustrada torcida.
Em 1977, o Cruzeiro teve que se contentar com o título mineiro. O Atlético era dono de um elenco forte, e as dificuldades aumentaram com o desânimo pela eliminação na Libertadores. A força atleticana foi comprovada na primeira partida, com o placar de 1 x 0, mas o Cruzeiro não se entregou e buscou a recuperação no segundo jogo. Venceu por 3 x 2, de virada, com três gols do atacante Revetria. No terceiro e decisivo duelo, a Raposa provou que não estava morta e fez 3 x 1, na prorrogação.
A grande máquina do Cruzeiro chegou ao fim no crepúsculo dos anos 70 e início da década de 80. Os jogadores foram se debandando. Palhinha, Jairzinho e o treinador Zezé Moreira já haviam saído depois da conquista do Mineiro de 1977. Raul foi vendido ao Flamengo, mesmo ano que o Guarani levou Zé Carlos. No início de 1980 só restavam no time Joãozinho e Palhinha, que retornara do futebol paulista. Neste momento, o Cruzeiro era reconhecido como uma potência mundial. O ano de 1984 foi também aquele em que a família Masci assumiu o comando do clube, com a posse de Benito Masci, em substituição a Carmine Furletti. As estrelas das décadas de 60 e 70 davam lugar a um time mediano, com poucos destaques. Em 1987, com uma equipe formada basicamente nas divisões de base, com contratações de pouco impacto, o Cruzeiro venceu o Atlético nas finais. Após empate de 0 x 0 no primeiro jogo, uma vitória celeste por 2 x 0 na segunda partida selou a decisão. O destaque do time foi o ataque, formado por Róbson, Careca e Édson. No meio de campo, Douglas e Ademir ditavam o ritmo. Na final, o time bateu o Atlético por 1 x 0, gol de Careca.

O Bicampeonato da Supercopa

A Supercopa libertadores foi a melhor das competições organizadas pela Confederação Sulamericana, além da Copa Libertadores da América e que deixou muitas saudades entre os torcedores argentinos, uruguaios e brasileiros. O torneio reuniu entre 1988 e 1997 os campeões da Libertadores.A edição de 1991 foi a quarta da Supercopa e contou com um novo participante, o Colo Colo, do Chile, que havia conquistado a Libertadores no mesmo ano e que acabou sendo o primeiro adversário do Cruzeiro.A Supercopa libertadores começou no mês de outubro e o Cruzeiro buscava se reabilitar na temporada.O time campeão estadual no ano anterior foi reforçado para a temporada de 1991, com as chegadas de Charles e Nonato. Apesar de perder a disputa regional para o arquirival. A confiança e o bom futebol foram resgatados com as contratações do treinador Enio Andrade e do ponteiro direito, Mário Tilico, que havia sido o herói do São Paulo, na conquista do título brasileiro, ao marcar o gol tricolor na decisão contra o Bragantino.
A diretoria cruzeirense promoveu o jogo da estréia, no Mineirão, em 2 de outubro, espalhando outdoors na capital convocando a torcida para o desafio contra o campeão da Libertadores e até os ingressos foram personalizados com os escudos dos dois times, o que não era comum naquela época. Mais de 60 mil cruzeirenses responderam ao desafio e encheram o Mineirão. O Cruzeiro dominou toda a partida, mas não conseguiu traduzir a superioridade em gols e o placar não saiu do zero.Após o jogo, o presidente César Masci reclamou do árbitro Juan Carlos Crespi por ter anulado um gol do zagueiro Adilson, enquanto o técnico do Colo Colo, Mirko Jozic, protestou contra os coros de baixo calão da torcida do Cruzeiro.
No jogo da volta em Santiago, em 9 de outubro, as equipes fizeram um jogo aberto e com lances de gols para cada lado, mas novamente terminou empatada sem gols. Os torcedores do Colo Colo sequer imaginavam que aquela seria a primeira de uma série de eliminações que o Cruzeiro iria impor ao time chileno nas competições sul-americanas.O Nacional, de Montevidéu, que havia eliminado o Boca Juniors, na fase de oitavas de final, foi o adversário do Cruzeiro nas quartas de final.Com a eliminação do Grêmio pelo River Plate nas oitavas de final, restaram apenas o Cruzeiro, o Santos e o Flamengo como representantes brasileiros na disputa.
O primeiro contra os uruguaios jogo foi no dia 16 de outubro, no Mineirão, e a dupla de ataque Charles e Mário Tilico, brindou os 60 mil cruzeirenses presentes com uma exibição antológica.O Cruzeiro imprimiu um ritmo forte no início do jogo e abriu uma vantagem de 2 a 0, no primeiro tempo. Charles marcou duas vezes. Aos 7 minutos, o goleiro Seré rebateu uma cobrança de falta e o camisa 9 não perdoou. Aos 20 aproveitou um passe de Tilico, após uma avançada rápida pela ponta direita.O time uruguaio passou a cadenciar o jogo e a valorizar a posse de bola, pois acreditavam que poderiam reverter a vantagem em Montevidéu, mas aos 35 minutos do segundo tempo, o meia Boiadeiro driblou um marcador e da intermediária mandou um bola indefensável no ângulo esquerdo. Nos minutos finais, em outra arrancada de Tilico pela ponta direita, Charles aproveitou o cruzamento para a área e fechou a goleada de 4 a 0. A dupla saiu consagrada do Mineirão.“Foi fácil entrosar com o Tilico. Ele era velocista, do jeito que a torcida gostava, e tanto naquela partida, com em toda a campanha, nossa sintonia foi muito boa”, recordou o centro-avante Charles, que atualmente é o secretario de esportes da prefeitura de Itapetinga-BA.O Nacional abriu o placar, aos 26 minutos, com um gol do experiente atacante Cabrera, mas só chegou ao segundo gol, graças a marcação de um pênalti duvidoso, aos 29 do segundo tempo, que foi convertido por Venancio Ramos.A conivência do trio de arbitragem paraguaio com o anti-futebol e a violência dos jogadores do Nacional transformou a partida, aparentemente fácil, num verdadeiro drama para o time cruzeirense. Os bandeirinhas fingiam não ver nada e o árbitro mandava seguir a pelota”, recorda o ex-meia Luiz Fernando, que hoje trabalha como auxiliar-técnico do Goiás.Aos 45 minutos o Nacional marcou o terceiro gol com Nuñez e, inexplicavelmente, a arbitragem deu quatro minutos de descontos, mas o Cruzeiro segurou o resultado e conquistou a classificação.“Levamos socos e cotoveladas fora da disputa pela bola. Além da qualidade dos times, que tinham jogadores das Seleções de seus países, a arbitragem era sempre contra nós”, recorda o ex-atacante Mario Tilico, que atualmente trabalha como técnico.
Após passar pela batalha de Montevidéu, o adversário do Cruzeiro na semifinal foi o Olimpia, que havia eliminado o Independiente, da Argentina, nas quartas de final. Com as eliminações do Flamengo pelo River Plate e do Santos para o Peñarol nas quartas de final, o Cruzeiro passou a ser o único representante do futebol brasileiro na disputa.
A primeira partida contra o Olimpia foi disputada no Mineirão, no dia 31 de outubro e, mais uma vez, a torcida cruzeirense encheu o Mineirão, para empurrar o time para a final. O ponta esquerda Marquinhos abriu o placar, logo aos 10 minutos, numa tentativa de cruzar a bola para a área, que acabou entrando no ângulo do gol defendido pelo goleiro Battaglia. No segundo tempo, o treinador Aníbal Ruiz' colocou em campo o astro Romerito, aquele que foi campeão brasileiro de 1984, pelo Fluminense e que até hoje é considerado como um dos maiores ídolos da torcida tricolor. Ele voltava ao futebol paraguaio, após duas temporadas no Barcelona, da Espanha. Os paraguaios equilibraram o jogo e, aos 25 minutos do segundo tempo, Guirland empatou a partida.O jogo terminou com o placar de 1 a 1, muito comemorado pelos jogadores do Olimpia. Já os cruzeirenses saíram de campo lamentando as várias chances de gol desperdiçadas. Todos os jogadores eram muito técnicos e jogávamos com a bola no chão, como é a tradição no Cruzeiro. Era incrível como conseguíamos criar tantas chances de gol contra equipes de alto nível técnico, como naquela partida contra o Olimpia e nas outra pela Supercopa”, recorda o ex-atacante Charles.
O jogo da volta foi disputado no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no dia 6 de novembro. Ênio Andrade surpreendeu ao escalar o volante Andrade no lugar do atacante Marquinhos, mas mesmo assim o time manteve a ofensividade. Com a expulsão do zagueiro Paulão, no segundo tempo, Ênio surpreendeu de novo e trocou o meia Luiz Fernando pelo veloz atacante Paulinho, para puxar os contra-ataques.A partida teve lances de gol de lado a lado, mas o placar não saiu do zero e o Cruzeiro, novamente, decidiu a vaga na disputa de tiros livres. Guirlan desperdiçou a primeira cobrança do Olimpia, enquanto o Cruzeiro aproveitou todas e venceu por 5 a 3.
Assim como aconteceria com o Colo Colo, esta também foi a primeira de uma série de eliminações que o Cruzeiro iria impor ao Olimpia nas competições sul-americanas e foi na imprensa paraguaia que o time estrelado ganhou a referência de “La Bestia Negra”.
A decisão da Supercopa foi contra o River Plate, que vinha sendo o algoz dos times brasileiros, ao eliminar o Grêmio nas oitavas e o Flamengo nas quartas. Os argentinos chegaram a final após passarem pelo Peñarol, na semifinal.O primeiro jogo da final foi em Buenos Aires, no dia 13 de novembro, e o River conquistou um placar de 2 a 0, com um gol de pênalti do zagueiro Rivarola, aos 31 minutos e outro de cabeça do lateral esquerdo Higuaín, aos 45 minutos. Um resultado confortável que poderia ser facilmente mantido para o segundo jogo. “Vai ser difícil, embora temos demonstrado que nos damos muito bem neste tipo de decisão”, previa o atacante Ramon Medina Bello, na saída de campo, após a vitória por 2 a 0.No jogo da volta, em Belo Horizonte, o time de Ênio Andrade precisava devolver a vitória por dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis.O otimismo da torcida e do plantel “milionário” (como são chamados torcedores e jogadores do River Plate) se justificava pelas campanhas na Supercopa e no Torneio Apertura do Campeonato Argentino, que havia conquistado com quatro rodadas de antecedência. “O Ênio Andrade foi fundamental na preparação da equipe para o segundo jogo. Ele nos convenceu de que era possível reverter o resultado e passou muita confiança para a gente”, recorda o ex-atacante Charles.O que ninguém poderia imaginar é que o Cruzeiro aplicaria um dos maiores bailes sobre o River Plate. O time imprimiu um ritmo alucinante do primeiro ao último minuto de jogo e com um toque de bola envolvente, transformou o onze milionário num mero espectador.O volante Ademir abriu o placar aos 34 minutos, ao desviar de cabeça uma cobrança de escanteio. Segundo uma estatística levantada pela revista El Grafico, da Argentina, o lance do gol de Ademir foi a 13ª das 18 chances de gol criadas pelo Cruzeiro, somente, no primeiro tempo.O show de bola continuou na segunda etapa e, aos seis minutos, Mario Tilico ampliou ao desviar para gol, um lançamento do meia Macalé, que havia entrado na vaga de Luiz Fernando, que saiu machucado no primeiro tempo. O gol do título foi aos 29 minutos, numa arrancada de Charles que partiu com a bola, desde o meio de campo, e terminou com o toque final de Tilico para as redes. “Acho que foi a única vez que fiz uma jogada como aquela”, recorda o ex-atacante Charles.Ninguém acreditava que o Cruzeiro pudesse reverter aquele resultado e a torcida do River não se conforma até hoje”, recorda o ex-lateral esquerdo Sorin, que na ocasião jogava nas categorias de base do River.
Aquele jogo é tratado na Argentina como “la pesadilla del Mineirao (o pesadelo do Mineirão)”.O Cruzeiro, com uma ótima campanha, chegou ao título da Supercopa dos Campeões da Libertadores.A atuação de Charles impressionou o astro Maradona, que acompanhou as finais. No ano seguinte, o meia do Napoli, da Itália, pagou 1,2 milhão dólares do próprio bolso pelo jogador e o cedeu ao Boca Juniors. “Se não posso jogar no Boca, que jogue este fenômeno”, justificou o ídolo argentino.“Aquele título representou uma nova era no Cruzeiro, que já tinha um título Brasileiro e uma Libertadores, mas há muitos anos não conquistava um título de expressão. Cresceu estruturalmente, formou times fortes e ganhou títulos em sequência”, analisa o ex-camisa 10, Luiz Fernando.
Em 1992, contando com estrelas do futebol brasileiro, entre elas Renato Gaúcho, Luizinho e Roberto Gaúcho, além do treinador Jair Pereira,Agora o Cruzeiro vinha com tudo,para que o bicampeonato viesse para Minas Gerais. A torcida estava muito empolgada com o novo time e o recorde mundial de média de público como mandante foi estabelecido pela China Azul na Supercopa de 1992.
A primeira vítima celeste foi o time colombiano Nacional de Medellín. A partida, disputada em Medellín terminou com um empate de 1 a 1 e o Cruzeiro só precisaria de uma vitória simples no Mineirão para seguir em frente na competição. Mas ao invés de um vitória simples, o maior de Minas, com o apoio de 70 mil torcedores que compareceram ao estádio em um jogo de primeira rodada e no meio da semana venceu o time colombiano por 8 a 0. Só Renato Gaúcho marcou 5 dos 8 gols cruzeirenses.
Na segunda partida, mais uma vez o River Plate cruzou o caminho do Cruzeiro. A primeira partida entre os dois times foi disputada em Belo Horizonte e terminou com um placar de 2 a 0 para o Cruzeiro. Os argentinos contaram com a ajuda do árbitro nos noventa minutos disputados na Argentina e a etapa normal de jogo terminou com um placar de 2 a 0 a favor dos argentinos, sendo que os 2 gols foram marcados de pênalti nos últimos cinco minutos. Além disso, três jogadores do Cruzeiro tinham sido expulsos. A vaga para seguir em frente na competição seria disputada nos pênaltis. Enquanto o River Plate desperdiçou uma das suas cinco cobranças o Cruzeiro marcou os cinco gols. O Cruzeiro venceu o River mais uma vez e seguiu para a semi-final.
A semi-final foi disputada conta o Olímpia do Paraguai. A segunda partida disputada no Mineirão terminou com um empate de 2 a 2 e o Cruzeiro se classificou mais uma vez para a final da Supercopa.
Argentinos e revanche novamente! Só que desta vez o sentimento de revanche era por parte dos cruzeirenses, uma vez que a final do torneio foi disputada contra o Racing, que ganhou a Supercopa da Libertadores de 1988 em cima do Cruzeiro. Como em todo o torneio a China Azul compareceu em peso no primeiro jogo da final, mais de 90 mil pessoas compareceram ao Gigante da Pampulha (Mineirão). Estes 90 mil apaixonados presenciaram um show azul do início ao fim. Aos 31 minutos Roberto Gaúcho chutou forte, contou com o desvio do zagueiro argentino Reinoso e marcou o primeiro gol azulado para a alegria dos cruzeirenses. Festa total! Era o primeiro gol rumo ao bi! O segundo gol saiu aos 12 minutos do segundo tempo quando Renato Gaúcho cruzou a bola para Roberto Gaúcho mandá-la de cabeça para dentro das redes! A alegria agora era maior, o Cruzeiro tinha um pouco mais de 30 minutos para aumentar sua vantagem e logo aos 25 minutos da etapa complementar o terceiro gol azul foi marcado por Luis Fernando depois de uma bela jogado de Roberto Gaúcho. Se os argentinos quisessem ser campeões teriam que ganhar por cinco gols na Argentina, uma tarefa quase impossível. A segunda partida disputada em Buenos Aires terminou com um placar de 1 a 0 a favor do Racing e o Cruzeiro mais uma vez ganhou um torneio internacional! Com muita raça, amor e emoção o ‘’’Guerreiro dos Gramados’’’ trouxe mais um título para Minas Gerais, a equipe estrelada conquistou o Campeonato Mineiro e o bi da Supercopa. Na competição Sul-Americana, o Cruzeiro passou por Nacional de Medellín, River Plate e Olímpia, antes de enfrentar o Racing na final.

Ronaldo: da Toca para o mundo

No primeiro semestre de 1993, o Cruzeiro confirmou a sua condição de time copeiro, conquistando a Copa do Brasil em cima do Grêmio. O empate no Olímpico, em 0 x 0, e a vitória miniera em Belo Horizonte por 2 x 1 garantiram à Raposa o título do torneio.
No segundo semestre de 1993, um novo talento surgia na Toca, despontando para o futebol mundial e a caminho de tornar-se o maior jogador do planeta. O garoto Ronaldo, de apenas 16 anos, começou a despertar o interesse de clubes e empresários de todo o mundo com suas atuações no Campeonato Brasileiro e na Supercopa de 1993. Em 14 jogos disputados pelo Brasileiro de 1993, Ronaldo marcou 12 gols. O atacante continuou balançando as redes no primeiro semestre de 94, quando a Raposa faturou o Campeonato Mineiro diante do Atlético, que havia montado um supertime, batizado de “Selegalo”. Na final do Estadual, o experiente time atleticano se curvou diante do jeito moleque de jogar da nova sensação do futebol brasileiro. Com 3 gols de Ronaldo, o Cruzeiro fez 3 x 1 no Galo e ficou com mais um título. O rápido sucesso do atacante e a sua convocação para a Seleção, acabaram tirando-o da Toca. O Cruzeiro vendeu seu passe para o PSV Eindhoven, da Holanda, por US$ 6 milhões, quantia irrisória perto do que passou a valer o supercraque brasileiro.Com a venda de Ronaldo para o futebol europeu.

Desbancando o Palmeiras

No ano de 1995, o empresário José de Oliveira Costa, o Zezé Perrella, assumiu a presidência do clube, pondo fim ao reinado da família Masci.As primeiras conquistas do Cruzeiro nessa gestão vieram no primeiro semestre de 1996. O clube conquistou o Campeonato Mineiro de forma surpreendente. Outra conquista marcante do clube foi a vitória sobre o Palmeiras, em pleno Parque Antártica, quando a Copa do Brasil ficou novamente em posse do Cruzeiro. Depois de atropelar adversários de alto nível, como Corinthians e Vasco, o time azul disputou a final da competição contra o todo-poderoso alviverde paulistano. Na primeira partida, houve empate no Mineirão em 1 x 1, mas o Cruzeiro superou o Palmeiras por 2 x 1, de virada, na capital paulista. Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos garantiram a vitória e o título para o Cruzeiro, um dos mais marcantes da história do clube, não apenas pela dificuldade do adversário, o melhor time do país na época, mas pela nova chance de disputar a Copa Libertadores da América.
O Campeonato Mineiro de 1997 terminou com o Cruzeiro na final diante do inesperado Villa Nova, que havia eliminado o Atlético. Com uma campanha irregular, poucos acreditavam no sucesso do time de Paulo Autuori. O adversário foi o time peruano do Sporting Cristal. Com um empate e uma vitória, o Cruzeiro garantiu o bicampeonato da Libertadores.
A campanha na Libertadores e a final do Mundial Interclubes, em Tóquio, foram prioritários para o Cruzeiro em 1997, que investiu todas as suas fichas nessas competições. Mesmo porque o time não estava mostrando um bom desempenho naquele momento. Tanto que ele só fugiu do rebaixamento no Brasileirão na última rodada. Mesmo tendo beliscado o bi Sul-Americano, a diretoria resolvou mexer na equipe e contratou alguns jogadores só para a disputa do Mundial, em Tóquio, diante do Borussia Dortmund, da Alemanha. A conquista do Campeonato Mineiro de 1998, diante do Atlético, serviu para apagar a tristeza pela derrota no Mundial. Com três gols de Fábio Júnior na primeira partida da final, o Cruzeiro venceu o Galo por 3 x 2, revertendo a vantagem do rival. No jogo decisivo, o placar apontou um empate em 0 x 0, que garantiu aos cruzeirenses o tricampeonato. A diretoria contratou grandes jogadores para a disputa do Brasileirão de 1998, fazendo do Cruzeiro um dos maiores times do país. Entre os veteranos, o destaque foi o atacante Müller, que apresentou um excelente futebol, digno dos seus melhores tempos de São Paulo. A equipe chegou à final diante do Corinthians e acabou sendo vice-campeã. Dois empates nos primeiros jogos e uma derrota na partida final adiaram o sonho do torcedor celeste de conquistar o Campeonato Brasileiro, único título que o clube ainda não possui. A temporada se encerraria com mais dois vice-campeonatos: na Copa Mercosul e na Copa do Brasil, em ambas finais derrotado pelo Palmeiras.
O final de 1998 marcou a despedida do goleiro Dida do Cruzeiro. O grande ídolo da torcida não quis se reapresentar no início de 1999, alegando ter recebido proposta oficial do Milan. O caso envolvendo o atleta e o clube acabou na Justiça. Antes amado pela torcida, Dida passou a ser hostilizado quando jogava em Minas, por causa do episódio. Outro desfalque para a temporada de 1999 foi o atacante Fábio Júnior, vendido para a Roma, da Itália, por US$ 15 milhões, transformando-se na maior negociação do clube em toda sua história.
No primeiro semestre de 1999, o Cruzeiro venceu a Copa dos Campeões de Minas Gerais, vencendo o Atlético na final por 5 x 1, a maior goleada do clube sobre o seu rival. A conquista da Copa dos Campeões levou o time à disputa da Copa Centro-Oeste, que também foi conquistada pela equipe. No Campeonato Mineiro, o time parou na semifinal, eliminado pelo Galo. Com a base do time de 1998 mantida, restava a missão de conquistar o Brasileirão. A campanha na primeira fase da competição foi excelente. O time se classificou em segundo lugar. O técnico Levir Culpi foi demitido após ficar dois anos no comando do time. A boa notícia para a torcida no segundo semestre foi a assinatura do contrato com a HMTF (Hicks, Muse, Tate & Furst), que injetou R$ 40 milhões no clube..
Vivendo uma nova realidade, o torcedor cruzeirense entrou no ano 2000 na expectativa de novas conquistas. A diretoria montou um bom time, já utilizando recursos da parceria com a HMTF. O início de 2000, porém, não foi bom para o clube, que perdeu a decisão da Copa Sul-Minas para o América e teve seu técnico Paulo Autuori dispensado após a derrota diante do Atlético por 4 x 2, pelo Campeonato Mineiro.

Conquista histórica

Após a conquista da Copa do Brasil em 2000, o Cruzeiro passou a viver uma época dos grandes técnicos. Marco Aurélio, que depois voltaria a ocupar o cargo, não teve tempo nem para comemorar o título, pois foi substituído no dia seguinte por Luiz Felipe Scolari, o Felipão, que em 2002 comandaria a Seleção Brasileira na conquista do Pentacampeonato Mundial no Japão e Coreia do Sul.
Mas foi sob a direção de outro treinador renomado, Vanderlei Luxemburgo, que o Cruzeiro se destacaria no início do século XXI. Em 2003, o time celeste colheu os frutos do trabalho iniciado pelo treinador no ano anterior. Quando Luxa assumiu o cargo, a Raposa estava ameaçada de rebaixamento no Brasileiro de 2002. Não caiu, teve uma boa reação na competição e foi formada a base do time que ganharia tudo no ano seguinte. O Cruzeiro, em 2003, foi campeão mineiro, da Copa do Brasil – superou o Flamengo na final –, do primeiro Campeonato Brasileiro por pontos corridos da história da competição. Fez barba, cabelo e bigode na conquista da Tríplice Coroa, como ficou conhecido o feito. O então auxiliar-técnico Paulo César Gusmão assumiu o cargo, iniciando sua carreira como treinador e levou o time celeste ao título mineiro. Não conseguiu levar o time mais longe na Libertadores daquele ano e acabou dispensado.
A aposta da diretoria cruzeirense foi em outro técnico medalhão. No ano passado, não conseguiu um único título, quebrando uma sequência de 15 anos de conquistas.Em 2006, com a manutenção de Paulo César Gusmão, que foi contratado durante o Brasileiro de 2005, o clube celeste voltou a ser campeão, ao superar o parceiro Ipatinga, que o havia batido na final do Mineiro de 2005. Dessa forma, o clube celeste volta a conquistar a hegemonia mineira.
Na mesma temporada de 2009 o Cruzeiro chegou na final da Libertadores contra o Estudiantes, o mesmo adversário que tinha enfrentado na fase de grupos. Na primeira partida final, um empate em 0x0 que deixou o Cruzeiro muito próximo do tricampeonato, mas no jogo de volta no Mineirão com 64.800 pessoas, o Cruzeiro perderia para o Estudiantes depois de ter feito 1x0, ao final do jogo, 2x1 de virada para o Estudiantes e fim do sonho do tricampeonato e do sonho de ser campeão mundial, título que o clube havia disputado por duas vezes (ainda nos tempos da Copa Intercontinental ao conquistar a Libertadores, em 76 e 97) mas perdeu em ambas as ocasiões, em que enfrentou clubes alemães: em 1976 o Bayern de Munique e em 1997 para o Borussia Dortmund.

Fim da Era Perrela

Na temporada de 2010 o Cruzeiro foi regular terminou o Mineiro na 3° colocação, foi até às quartas-de-final da libertadores e foi vice-campeão brasileiro. Com esse estilo de jogar, o Cruzeiro fez sua estréia na Copa Libertadores da América contra o Estudiantes, time que desbancou o Cruzeiro na final da Libertadores de 2009, na Arena do Jacaré, e aplicou uma goleada de 5x0 no time argentino, com uma atuação praticamente impecável de todo o elenco, se vingando com estilo da perda do título de 2009 e colocando o Cruzeiro já como favorito à conquista do torneio. Na sequência da competição, o time derrotou o Guarani-PAR em casa por 4x0, empatou fora com o Deportes Tolima-COL por 0x0 (com o goleiro Fábio, ídolo da torcida celeste, defendendo um pênalti e evitando a derrota), construiu mais um resultado de expressão contra o Tolima em casa, por 6x1, derrotou o Guarani fora por 2x0 e surpreendeu no último jogo da fase de grupos, jogando contra o Estudiantes fora de casa, jogo que era temido que o Cruzeiro não conseguisse a vitória, mas o time surpreendeu a todos com um placar de 3x0, mais uma vez com uma ótima atuação da equipe, consolidando a supremacia da equipe celeste na 1ª fase e selando a classificação às oitavas-de-final como melhor 1º colocado da fase de grupos, com uma campanha arrasadora e que colocava o time como favorito absoluto à conquista do torneio.
Mesmo priorizando a Libertadores, o Cruzeiro conseguiu, ao mesmo tempo, manter o bom aproveitamento também no Campeonato Mineiro, terminando a 1ª fase da competição em 1º, com um ótimo aproveitamento e saldo de gols.
Na sequência da Libertadores, o Cruzeiro enfrenta o Once Caldas-COL, pior 2º colocado da fase de grupos, com a 1ª partida sendo disputada na Colômbia. Mesmo com as adversidades e desfalques, o Cruzeiro conseguiu a vitória de 2x1, sofrendo um gol no final do jogo. A derrota para o Once Caldas por 2x0 dentro de casa, depois de uma exibição pífia da equipe dentro de campo, encerrou, de forma inesperada, a participação do Cruzeiro na competição.
Ainda sem se recuperar do baque da eliminação da Libertadores, o time entra em campo, 4 dias depois, para a disputa do jogo de ída da final do Campeonato Mineiro 2011, e ainda por cima contra o arquirrival Atlético. Visivelmente abatido pela eliminação, o time sofreu derrota por 2x1 para o rival, o que deixou alguns torcedores já entregando o ouro, apesar do time precisar apenas de uma vitória simples no jogo de volta, mas pelo que o time havia apresentado, que estaria longe de conseguir a vitória.
Passada uma semana, era o dia do jogo de volta, a decisão do título. E a equipe mostrou superação dentro de campo, vencendo o rival por 2x0 assim, conquistando, Campeonato Mineiro 2011, apagando um pouco a tristeza da eliminação e ganhando confiança para a disputa do Campeonato Brasileiro.
Ao contrário do ano anterior, o Cruzeiro foi mal no Campeonato Brasileiro, correndo um risco enorme de ser rebaixado para a disputa da série B do ano seguinte, fato que nunca aconteceu com a equipe, já que o time é um dos poucos que disputaram todas as edições do campeonato nacional na série A. Na última rodada do torneio, a equipe celeste só dependia de si mesma para permanecer na 1ª divisão, mas enfrentaria seu arquirrival Atlético-MG, que poderia rebaixar o Cruzeiro, caso um outro time do campeonato, o Ceará, conseguisse vencer seu jogo também.Mas o Cruzeiro mostrou sua grandeza ganhou de 6x1,maior goleada entre Cruzeiro x Atlético-MG.
Em 2011 ficou também marcada,pelo o fim da ‘’Era Perrela’’,que ficaram mais de 15 anos no cargo mais alto do clube,sua saída foi muito conturbada,pois todos o colocavam a responsabilidade em cima dele pela campanha muito ruim em 2011.

Josiane Neves - É a representante do Cruzeiro ao Musa do Brasileirão 2013


Nome completo:
Josiane Neves Santos

Data de Nascimento:23/09/1988

Cidade:Belo Horizonte



CAMPEÃO BRASILEIRO DE 2013
PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Grande Cruzeiro, Clube das Alterosas, Clube Popular, não populista como esses clubes da mídia que andam por aí massificando nosso bom povo...
Clube vencedor com o próprio suor de seus fiéis, pacíficos e cultos adeptos, pois além de mineiro e brasileiro, nunca desprezou as suas raízes ítalo-brasileiras!!!
Parabéns Campeão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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