Portugal prepara volta às aulas presenciais em meio a alerta da OMS sobre risco entre os mais jovens

COVID-19 no mundo
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Europa
Por Caroline Ribeiro

A OMS tem intensificado alertas sobre necessidade de mais precauções contra COVID-19 entre crianças e jovens. Enquanto isso, países europeus, como Portugal, tentam minimizar riscos para garantir volta às aulas presenciais.
O governo português já determinou o calendário do próximo ano letivo. As aulas vão recomeçar entre os dias 14 e 17 de setembro. Até lá, as autoridades trabalham para adaptar as escolas à nova realidade.
"Neste período de interrupção, as escolas prepararam um plano de contingência, onde definiram um conjunto de situações possíveis e as respostas que as escolas propõem para dar resposta à situação que provavelmente vamos ter em setembro", diz à Sputnik Brasil o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira.
O educador explica que as medidas propostas vão desde adequações ao espaço físico das escolas, como pequenas reformas e nova sinalização de percursos, até alterações na dinâmica de ensino, com reformulação de horários para intervalos e atividades extras. Tudo para evitar muito fluxo simultâneo de alunos nos mesmos ambientes.

Isso porque o Ministério da Educação quer que o ano letivo recomece de maneira normal, sem alteração nos números de alunos por turma e garantindo que os mais novos, até os 12 anos, tenham os turnos integrais. "Porque se não tiverem, eles têm que estar em casa. E estar em casa implica alguém para cuidar deles e assim os pais e mães não podem voltar a trabalhar", explica Manuel Pereira.

O educador reconhece que algumas diretrizes da Direção-Geral de Saúde, como a garantia de uma distância de um metro quadrado entre cada aluno dentro da sala de aula, são "de difícil aplicabilidade", mas demonstra confiança.

"Vamos tentar fazer cumprir todas as regras. Vamos ter dispensadores de álcool em gel em todas as salas, os alunos só entram com máscaras e em todas as pessoas que entram será feita a aferição da temperatura. A gente sabe que a situação é de crise, mas estamos a pedir mais assistentes operacionais para proceder à higienização dos espaços. Também, no caso dos alunos mais velhos, como situação extraordinária, se os processos de limpeza das próprias mesas puderem ser feitos pelos próprios alunos ao fim de cada aula, não é grave, é bom que eles participem", diz Pereira.
Professora dá aula para alunos do ensino médio em escola de Lisboa, em maio de 2020

Professora dá aula para alunos do ensino médio em escola de Lisboa, em maio de 2020
© Foto / AFP / Patricia de Melo Moreira
 
Recuperação de aprendizagem

Além da preocupação com as medidas de higiene, Portugal também quer garantir que o conteúdo da reta final do ano letivo anterior, afetado pelo isolamento durante o estado de emergência no país, tenha sido devidamente absorvido pelos alunos.

O ensino durante os meses de abril, maio e junho foi feito através de aulas on-line e também pela televisão, com a criação do programa Estudo em Casa, transmitido pela emissora pública do país, a RTP. Apenas os estudantes do ensino médio foram liberados, em maio, com o fim do estado de emergência, para ter as últimas aulas do ano presencialmente nas escolas.
"O Ministério da Educação fez chegar às escolas um guião [roteiro] com alguns exemplos para nós podermos aplicar na recuperação das aprendizagens. Poderemos ter que promover ainda mais a cooperação entre professores, um apoio ainda mais direto ao aluno que apresente mais dificuldade. É um trabalho que vai ser feito sobretudo nos primeiros dias do mês de setembro", diz à Sputnik Brasil o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima.
De acordo com o educador, o ensino à distância exigiu suporte para estudantes que não tinham como acompanhar as aulas. "Apesar de alguns alunos não terem computadores nem Internet, tentamos e conseguimos ajudar bastante. Reconheço que houve alunos no país para quem esse sistema não foi viável. Esse retorno às aulas presenciais, agora, vai fazer a diferença principalmente para eles", afirma Lima.

As orientações do governo também passam pela avaliação constante do número de casos da COVID-19 no país. "Vamos retomar com tudo presencial, mas de acordo com o evoluir da pandemia poderemos ter que transitar para um regime misto e, se agravar, voltar para casa", diz o educador.

Alertas da OMS

Na última sexta-feira (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou o pedido para que crianças a partir dos 12 anos usem máscaras e para que as mais novas utilizem sempre que haja avaliações de risco.

Outros países europeus, como Itália, Alemanha, Grécia e Turquia, começam a anunciar preparativos para o início do ano letivo, que também está marcado para meados de setembro.

VASCO DA GAMA NA 4ª FASE DA COPA DO BRASIL

O Vasco da Gama está na 4ª fase da Copa do Brasil. Na noite desta quarta-feira (26), o Cruzmaltino derrotou o Goiás, no Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia, por 2x1 no tempo normal e garantiu a classificação à próxima etapa da competição na disputa de pênaltis, ao vencer o Esmeraldino pelo placar de 3x2.

Se no empate em 0x0 contra o Grêmio, no último domingo (23), o Gigante da Colina fez uma partida sem brilho, nesta quarta a postura mudou. No primeiro tempo, com 10 minutos de jogo a equipe cruzmaltina já tinha 62% de posse de bola.Mas a primeira boa oportunidade da partida foi dos donos da casa. Aos 12, Victor Andrade fez bonita jogada pela ponta esquerda, driblando Yago Pikachu e chutando para boa defesa de Fernando Miguel. No rebote, a bola sobrou para Daniel Bessa na meia-lua. Ele ajeitou para Gilberto, que chutou e mais uma vez o goleiro vascaíno defendeu.

Aos 24, veio a primeira chance do Vasco. Também na ponta esquerda, Martín Benítez driblou dois marcadores do Goiás e passou para Talles Magno. O garoto ajeitou o corpo e chutou forte. A bola morreria no canto esquerdo de Tadeu, mas o arqueiro do time goiano espalmou lateralmente.

Aos 32, a posse de bola deu resultado, e o Vasco abriu o marcador. Em cruzamento de Henrique pelo lado esquerdo, a bola desviou em Keko, subiu, bateu na trave, em Tadeu e acabou entrando. Um a zero. E foi o primeiro gol do lateral na carreira. Revelado em 2013, contra o Goiás ele completou 164 partidas com a camisa cruzmaltina.

Mas a alegria vascaína durou apenas 11 minutos. Aos 43, após escanteio batido por Keko pelo lado direito, a bola resvalou em Talles Magno e acabou sobrando limpa para Rafael Vaz. De perna direita, ele acabou fazendo valer a ''lei do ex'' e mandou para o fundo das redes. Um a um.

Na segunda etapa, a atuação cruzmaltina foi ainda melhor, e o 2º gol veio rapidamente. Logo aos 4 minutos, Benítez recebeu de Talles e, da intermediária, chutou para o gol. A bola acabou desviando na zaga do Goiás e encobriu Tadeu, que nada pôde fazer. Dois a um.

Com o placar momentâneo, a decisão da vaga iria para os pênaltis. Porém, não dá para dizer que a partida não teve mais chances de gol.
Aos 11, após mais um cruzamento de Keko, Rafael Moura desviou de cabeça para uma defesaça de Fernando Miguel. Quase o empate do Goiás.

Depois disso, no entanto, foi o Vasco que esteve mais perto de chegar ao terceiro gol do que o Esmeraldino ao segundo. Aos 38, Guilherme Parede, que entrara no lugar de Vinícius, arrancou pelo meio e finalizou à direita de Tadeu, levando muito perigo ao goleiro goiano.
Aos 40, foi a vez de Carlinhos, que substituiu Fellipe Bastos, receber na entrada da área, pelo lado direito, e chutar forte para ótima defesa de Tadeu.

Depois disso, foi só esperar os pênaltis. E aí, brilhou a estrela de Fernando Miguel. Defendendo as cobranças de Rafael Moura e Marcinho, o goleiro vascaíno viu Germán Cano, Benítez e Bruno 
César marcarem e garantirem a classificação do Cruzmaltino à próxima fase da Copa do Brasil pelo placar de 3x2.



Ramon Menezes (Goiás 1 (2) x (3) 2 Vasco)

CRISTIANO RONALDO e sua MÃE

A imagem pode conter: 2 pessoas 
Repórter: - Cristiano Ronaldo, Porquê sua mãe até hoje mora com você?? Porque não constrói uma casa pra ela?

Cristiano Ronaldo:
"Minha mãe me criou sacrificando sua vida por mim. Ela dormia com fome, para que à noite eu pudesse comer. Não tínhamos dinheiro para nada e ela trabalhava 7 dias por semana e fez plantão a noite como faxineira para comprar minha primeira chuteira para que eu pudesse ser jogador de futebol. Todo o meu sucesso é dedicado a ela.
E enquanto ela tiver vida sempre estará ao meu lado tendo tudo que 
puder proporcionar. Ela é meu refúgio e meu maior presente."

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SEBASTIÃO DA GAMA


Descrição

Sebastião Artur Cardoso da Gama foi um poeta e professor português. Wikipédia

.
Nascimento: 10 de abril de 1924, Azeitão, Portugal
Falecimento: 7 de fevereiro de 1952, Lisboa, Portugal
Cônjuge: Joana Luísa da Gama (a 1952)
Formação: Universidade de Lisboa
Nome completo: Sebastião Artur Cardoso da Gama
Morte: 7 de fevereiro de 1952 (27 anos); Lisboa

'Atleta' Bolsonaro diz que jornalistas 'bundões' correm mais riscos diante da COVID-19

COVID-19 no mundo
Casos confirmados:
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Brasil
O presidente Jair Bolsonaro criticou a imprensa nesta segunda-feira (24) dizendo que jornalistas "fracos" têm menos chance de sobreviver à COVID-19.
"O pessoal da imprensa vai para o deboche, mas quando pega [a COVID-19] num bundão de vocês, a chance de sobreviver é bem menor", ​​declarou ele no evento "Brasil superando a COVID-19", realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.
Ao dizer que a imprensa "zomba" dele e o persegue, Bolsonaro referia-se às críticas recebidas ao afirmar que não teria problemas se estivesse infectado com a COVID-19 porque tinha um "histórico de atleta", além de ter chamado a doença de "gripezinha".
No domingo (23), Bolsonaro ameaçou um repórter do jornal O Globo que lhe perguntou sobre os supostos esquemas de corrupção em sua família, envolve o ex-assessor e amigo pessoal Fabrício Queiroz e a sua mulher, Michelle Bolsonaro, cuja conta recebeu depósitos do ex-PM.
"Isso me dá vontade de socar sua boca, seu canalha", vociferou o presidente.
Presidente Jair Bolsonaro exibe caixa do medicamento sulfato de hidroxicloroquina durante ato em Brasília
Presidente Jair Bolsonaro exibe caixa do medicamento sulfato de hidroxicloroquina durante ato em Brasília
© Folhapress / Mateus Bonomi / AGIF

Há semanas, a revista Crusoé divulgou que Queiroz depositou cerca de R$ 89 mil em cheques na conta da primeira-dama entre 2011 e 2016. O período coincide com o de uma investigação em que as autoridades suspeitam que o ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, fazia parte de um esquema para desviar dinheiro público do gabinete de Flávio quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.
"O sistema Globo vem me perseguindo há pelo menos 10 anos e eles não conseguiram provar nada contra mim", escreveu Jair Bolsonaro no Twitter, que também contra-atacou, acusando a emissora de suposta corrupção por conta da delação de um doleiro contra a família Marinho, que negou as acusações.
Centenas de milhares de internautas, políticos e personalidades culturais expressaram sua solidariedade ao jornalista agredido pelo presidente no domingo (23) e replicaram a pergunta que tirou o líder bolsonarista do sério: "Presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?".
No evento desta segunda-feira (24), o presidente também criticou o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, a quem demitiu no início da pandemia, e defendeu o uso dos medicamentos hidroxicloroquina e cloroquina para pacientes com COVID-19 – ambos já descartados pela comunidade científica pela sua ineficácia contra a doença.
O Brasil soma mais de 115 mil mortes pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e mais de 3,6 milhões de casos confirmados, e nas últimas semanas morrem em média mil brasileiros todos os dias.
#SputnikExplica

A Sputnik Explica os motivos por trás da onda de protestos e greves que sacode a Bielorrússia desde as eleições presidenciais de 9 de agosto, que apontaram vitória do atual líder do país, Aleksandr Lukashenko, com mais de 80% dos votos.

Em 9 de agosto, a divulgação de resultados parciais das eleições bielorrussas gerou indignação na população local. Com mais de 80% dos votos, o líder do país, Aleksandr Lukashenko, esperava uma transição tranquila para mais um mandato no cargo mais alto da República da Bielorrússia.

Mas protestos massivos e greves de trabalhadores paralisaram a vida política e econômica do país. Convencida de que as eleições foram forjadas, a sociedade pede mudanças.

Por que depois de 26 anos no poder, a liderança de Lukashenko está sendo contestada justamente agora? Quais as opções que a Bielorrússia tem para sair da crise?

A Sputnik Brasil conversou com o economista e cientista político bielorrusso Dmitry Bolkunets para compreender a crise política bielorrussa.

Estagnação econômica

De acordo com Bolkunets, a revolta contra Lukashenko foi motivada por uma sucessão de erros cometidos pela sua administração.
"O primeiro fator é a estagnação econômica da República O salário médio das pessoas não muda há quinze anos", disse o economista.
"De acordo com as estatísticas oficiais, a Bielorrússia tem o índice de desemprego mais baixo do mundo. Mas a verdade é que mais de um milhão de bielorrussos trabalham fora do país", contou.
Manifestantes realizam protesto contra o resultado de eleições presidenciais, na capital da Bielorrússia, Minsk, 17 de agosto de 2020
Manifestantes realizam protesto contra o resultado de eleições presidenciais, na capital da Bielorrússia
© REUTERS . Vasily Fedosenko

Minsk, 17 de agosto de 2020

Segundo o economista, durante a campanha eleitoral, Lukashenko não teria sido "capaz de propor nenhum programa para desenvolvimento econômico do país".

Desgaste da imagem de Lukashenko

Bolkunets acredita que a resposta do presidente bielorrusso à pandemia do novo coronavírus, negando sucessivamente que o vírus fosse uma ameaça, gerou insatisfação na sociedade.
"Ele faz declarações grosseiras em relação à população ou a grupos sociais específicos, como médicos e agentes de saúde. Acho que as pessoas se cansaram", opinou Bolkunets.
Além disso, "nos últimos anos, Lukashenko passou a adotar uma mensagem severa antirrussa, injuriou ministros, e até pediu pra prender um alto funcionário de Moscou", ressaltou Bolkunets.
Forças especiais da Bielorrússia apresentam armas e equipamentos para presidente do país

Forças especiais da Bielorrússia apresentam armas e equipamentos para presidente do país
© AP Photo / Nikolai Petrov
Segundo o economista, "na sociedade bielorrussa existe um forte sentimento pró-Rússia, então quando Lukashenko faz esse tipo de coisa a popularidade dele cai".

Fraude eleitoral

Apesar dos fatores conjunturais, a crise política bielorrussa é causada, sobretudo, pelos resultados das eleições presidenciais de 9 de agosto, que muitos consideram forjados.
"As pessoas estão convencidas de que não houve eleições reais no país", disse Bolkunets.
Segundo ele, os dois principais candidatos da oposição foram presos antes da realização do pleito: o banqueiro Viktor Babariko, "que tinha conseguido angariar quase meio milhão de assinaturas para sua candidatura – um recorde no país", e o diplomata Pavel Latushko.
Nesse contexto, Svetlana Tikhanovskaya ascende como figura política de oposição de destaque.
Manifestação em apoio a Svetlana Tikhanovskaya na Bielorrússia
Manifestação em apoio a Svetlana Tikhanovskaya na Bielorrússia
© AP Photo / Dmitry Lovetsky

"Ela é a esposa de um blogueiro, até então pouco conhecido, que se chama Sergei Tikhanovsky", explicou Bolkunets. "Ele quis participar das eleições, mas foi preso. Então Svetlana concorreu no lugar dele."
"Ela não é uma política, ela é dona de casa que virou uma candidata de protesto", disse. "A sua aprovação reflete, na verdade, a reprovação de Lukashenko. Não votaram nela, mas na saída de Lukashenko."
Neste momento, Svetlana Tikhanovskaya se encontra na Lituânia, onde pode estar "sob a influência de outros atores que gostariam de influenciar a situação bielorrussa", acredita o economista.
"Mas precisamos lembrar que Svetlana tem um marido que está preso na Bielorrússia, então o campo de ação dela está restrito", notou Bolkunets.

Ajuda da Rússia?

Diante da forte crise política, Lukashenko solicitou apoio ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, conforme previsto em acordo da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, do qual Moscou e Minsk fazem parte.
"Durante a campanha eleitoral, Lukashenko acusou repetidamente a Rússia de interferir nas eleições", disse Bolkunets. "Mas, assim que começaram as manifestações, ele ligou para Putin para pedir ajuda."
Para o especialista, no entanto, a Rússia não deve fornecer a ajuda militar prevista no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Coletiva.
Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, encontra-se com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cidade russa de Sochi
Presidente bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, encontra-se com seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cidade russa de Sochi
© Sputnik / Sergei Mamontov

"Não importa para a Rússia agora quem estará na liderança da Bielorrússia, o importante é que o líder tenha o apoio da maioria da população", acredita Bolkunets.

Para Moscou, uma "liderança que não tenha o apoio da elite bielorrussa ou legitimidade perante a sociedade poderá gerar uma situação perigosa".
Por isso, ele acredita que Moscou deverá fornecer "ajudas pontuais, em cumprimento aos tratados bilaterais".
Mas "fornecer ajuda para Lukashenko agora pode ter consequências ruins para a Rússia no futuro", uma vez que isso seria "malvisto por uma parte da sociedade bielorrussa, podendo inclusive provocar um sentimento antirrusso".
Além disso, caso a eventual ajuda seja "considerada pela sociedade internacional uma violação à soberania bielorrussa, isso pode vir a deflagrar sanções internacionais", lembrou o cientista político.

Saídas da crise

De acordo com Bolkunets, existem "três saídas possíveis da crise, todas previstas na Constituição da Bielorrússia".
A primeira seria a "renúncia voluntária de Lukashenko, que entregaria o poder para o primeiro-ministro". Sob nova liderança, o país poderia realizar novas eleições.
"Uma segunda opção é realizar uma reforma constitucional que redistribua a competência entre os poderes", disse Bolkunets. Posteriormente, novas eleições seriam convocadas sob a égide de uma nova constituição.
"O próprio Lukashenko propôs essa opção, mais sem estipular nenhum prazo para a realização de novas eleições."
 Mas a verdade é que a sociedade já não confia nele para liderar o processo", temendo que ele use "a transição para ganhar tempo para permanecer no poder por mais tempo", acredita Bolkunets.
Pessoas tocam instrumentos musicais em protestos na Bielorrússia
Pessoas tocam instrumentos musicais em protestos na Bielorrússia
© AP Photo / Dmitry Lovetsky

Por fim, o atual presidente pode apostar na manutenção do status quo, "na esperança de que os protestos diminuam e que as greves acabem".
No entanto, Bolkunets acredita que "mais cedo ou mais tarde", o período de liderança de Lukashenko deve chegar ao fim.
"Ele se encontra no período que se convencionou chamar de 'o outono do patriarca'. É a era na qual o sol se põe e nesse período a Bielorrússia já não poderá contar com ele", concluiu.
Desde o dia 9 de agosto, a Bielorrússia tem sido palco de uma onda de protestos e greves, desencadeados após a divulgação de resultados eleitorais, segundo os quais o atual presidente Aleksandr Lukashenko teria sido reeleito com 80,1% dos votos e a opositora Svetlana Tikhanovskaya teria obtido 10,12%.

PRESIDENTE JAIR BOLSONARO LEVANTA UM ANÃO PENSANDO SER UMA CRIANÇA

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, levantou um homem anão a pensar que era uma criança durante a inauguração de uma central termoelétrica, na cidade de Aracaju, no Brasil. Alertado pelos apoiantes, largou-o e afastou-se rapidamente.



FAMÍLIA RABELO

Significado do Nome Rabelo

Rabelo: Significa “natural ou habitante de Rebelo de Riba”; “aquele que trabalha no rabelo”.
QUINTA DO REBELO
Quinta do Rebelo, Rebelo de Riba, Viseu
A origem do nome Rabelo é incerta. Trata-se de um sobrenome português que também pode ser encontrado na forma Rebelo.

De acordo com estudiosos da onomástica, o nome surge do latim rapanellu e tem origem toponímica. Teria surgido a partir de Rebelo de Riba, que se localizava em Viseu (Portugal).

Por extensão, primeiramente o nome servia para identificar as pessoas que nasciam ou habitavam no local chamado de Rebelo de Riba.

Há fontes que indicam que esse era o nome dado a um tipo de barco utilizado no rio Douro. Assim, as pessoas que trabalhavam nessas embarcações, poderiam ser chamadas de Rabelo.

Barco rabelo _ O barco rabelo é uma embarcação portuguesa, típica ...

Personalidades

José de Avelar Rebelo (1600-1657), português, foi pintor régio que trabalhou na corte do rei Dom João IV. 

Marcelo Rebelo de Sousa, professor de direito, foi eleito Presidente da República em Portugal em 2016.

Variantes
Além de Rebelo, Rabello (com 2 L) é sua variante gráfica.

Origem do Nome Rabelo

Origem: Latina, Portuguesa

Outras Informações do Nome Rabelo

Sputnik V: como Rússia desenvolveu a vacina contra COVID-19 tão rápido e quem poderá tomá-la?

COVID-19 no mundo
Casos confirmados:
21.695.781
Pacientes recuperados:
13.684.221
Mortes:
775.588

#SputnikExplica

A Sputnik explica por que a Rússia saiu na frente na corrida pela vacina contra a COVID-19, como a desenvolveu tão rápido e quem poderá tomar as primeiras doses.
Nesta terça-feira (11), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o registro da primeira vacina contra a COVID-19 do mundo, batizada de Sputnik V.
O anúncio causou alarde na comunidade internacional, com governos de todo o mundo solicitando dados e fazendo encomendas de lotes da substância.
Mas o anúncio também gerou espanto. Afinal, como a vacina foi desenvolvida tão rápido? E qual a experiência da Rússia no desenvolvimento de vacinas?

A Sputnik Brasil conversou com o virologista Feliks Ershov, do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, que desenvolveu a Sputnik V, para conhecer melhor a substância e tirar as dúvidas mais frequentes sobre ela.
Nosso entrevistado é diretor do Departamento de Desenvolvimento de Interferons e do Laboratório de Interferonogênese e pesquisador do Centro Gamaleya.

Por que a Rússia saiu na frente na corrida pela vacina?

Para ele, a Rússia é a primeira a registrar vacina contra a COVID-19, pois já tinha experiência no desenvolvimento de profiláticos contra o ebola e outros coronavírus.
"O Centro Gamaleya tem experiência em desenvolvimento de vacinas para infecções [...] letais muito perigosas, como o ebola", disse Ershov à Sputnik Brasil.
"Tivemos um trabalho extenso para desenvolver a vacina contra o coronavírus causador da MERS, que se propagou a partir da Arábia Saudita em 2012."
Linha de produção da vacina russa Sputnik V contra COVID-19, em fábrica na região de Moscou, 7 de agosto de 2020
Linha de produção da vacina russa Sputnik V contra COVID-19, em fábrica na região de Moscou, 7 de agosto de 2020

A pesquisa conduzida pelo Gamaleya no caso da MERS foi fundamental para que o centro saísse na frente, acredita o presidente do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), Kirill Dmitriev.
"Os laboratórios russos não perderam seu tempo nas últimas décadas, enquanto a indústria farmacêutica internacional frequentemente subestimou a importância da pesquisa de novas vacinas", escreveu Dmitriev em editorial publicado pela Sputnik nesta terça-feira (11).

Como a vacina funciona?

Nos últimos anos, o Gamaleya desenvolveu uma tecnologia de vacinas "mais moderna do que as anteriores, que usavam o vírus inoculado", notou Ershov.
A vacina Sputnik V utiliza o método de dois vetores, desenvolvido pelo Gamaleya desde 2015.
Esse método consiste em utilizar adenovírus, presentes em adenoides humanos, e usá-los como vetores, que levam material genético de outro vírus para as células.


Sputnik V: como funciona a vacina russa contra COVID-19?
Portanto, os cientistas russos inseriram um fragmento do gene com o código da proteína do novo coronavírus dentro de um vírus de resfriado comum.
"[Os cientistas do Centro Gamaleya] decidiram usar esta tecnologia já comprovada e disponível em vez de entrar por um território desconhecido", escreveu Dmitriev.
A vacina será aplicada em duas doses que usam versões diferentes do adenovírus, com um intervalo de 21 dias.

Como foi desenvolvida tão rápido?

Como a Rússia já tinha experiência no desenvolvimento de vacinas vetoriais, o centro "pôde produzir a vacina contra o coronavírus rapidamente", explicou Ershov.
"Nós já tínhamos a base. Por isso, não foi necessário começar do zero", disse o virologista.
"O essencial foi comprovar que a vacina não tem efeitos colaterais, é tolerante e eficaz, isto é, estimula o sistema imunológico e gera a produção de anticorpos, criando imunidade", detalhou Ershov.
Pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em Moscou, Rússia, 6 de agosto de 2020

Pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em Moscou, Rússia, 6 de agosto de 2020
© Sputnik / Centro Gamaleya

Normalmente, vacinas são desenvolvidas de forma bastante vagarosa, mas "o desenvolvimento rápido da vacina [contra a COVID-9] se deu por ser uma demanda social da humanidade", acredita o virologista.

A vacina garante quanto tempo de imunidade?

De acordo com o ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, todos os voluntários que receberam doses da vacina desenvolveram imunidade.
Vacinas vetoriais similares à Sputnik V desenvolveram imunidade por dois anos. Portanto, é esperado que a vacina contra a COVID-19 tenha o mesmo resultado.
"Essa estimativa é feita em comparação com outras vacinas dessa natureza, que garantem esse período de imunidade. Em relação ao novo coronavírus, claro que será necessário verificar se esse período vai ser confirmado", esclareceu.
Voluntário que recebeu doses da vacina russa Sputnik V concede entrevista no hospital Burdenko, Moscou, 7 de julho de 2020
Voluntário que recebeu doses da vacina russa Sputnik V concede entrevista no hospital Burdenko, Moscou, 7 de julho de 2020
© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia

No entanto, o virologista lembra que a vacina é incapaz de auxiliar pessoas com COVID-19.
"A vacina é um remédio profilático, cuja intenção é defender pessoas saudáveis. Ela não trata os doentes", sublinhou.
Mesmo assim, "toda a história da virologia aponta que a vacinação é o método mais efetivo de combate a vírus de qualquer natureza".

Quem já pode tomar a vacina?

Após demonstrar a eficácia e a ausência de efeitos colaterais, a vacina passa para a chamada "terceira fase" de testes, conduzidos com grupos maiores de voluntários.
"Para podermos iniciar os testes com grupos superiores a mil pessoas, precisávamos registrar a vacina, com base nos testes preliminares", disse Ershov.
O ministro da Saúde da Rússia informou que determinados grupos terão prioridade para receber a Sputnik V.
"Em primeiro lugar, acreditamos ser fundamental vacinar [...] os agentes de saúde e aqueles dos quais depende a saúde das nossas crianças, isto é, os professores", disse o ministro.
Além disso, por enquanto os "estudos clínicos foram conduzidos com voluntários da faixa etária de 18 a 60 anos. Por isso, a vacina é indicada para uso entre pessoas de 18 e 60 anos", esclareceu o diretor do Centro Científico para Avaliação Especializada de Produtos Medicinais do Ministério da Saúde da Rússia, Vladimir Bondarev, na quarta-feira (12).

"Na minha opinião, o grupo que deve ser priorizado na aplicação da vacina deve ser o de pessoas saudáveis. Para os mais velhos, realmente será melhor esperar a conclusão da terceira fase", opinou o virologista.
Voluntária tem pressão monitorada no hospital Burdenko, após receber doses da vacina Sputnik V contra COVID-19, em Moscou, 20 de julho de 2020
Voluntária tem pressão monitorada no hospital Burdenko, após receber doses da vacina Sputnik V contra COVID-19, em Moscou, 20 de julho de 2020
© Sputnik / Ministério da Defesa da Rússia

Além disso, as pessoas que foram infectadas pela COVID-19 no passado "muito provavelmente precisarão realizar testes de anticorpos, para provar que não têm imunidade à COVID-19" antes de tomar a vacina.
No entanto, o virologista acredita que é momento de reconhecer essa conquista da comunidade científica e ter esperança de que a pandemia de COVID-19 possa ser controlada.
"Essa vacina é realmente um feito. Um acontecimento raro na ciência, que deve ser comemorado", assegurou Ershov.
A pandemia de COVID-19 já infectou mais de 20 milhões de pessoas mundialmente e vitimou quase 750 mil, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins (EUA). Os países mais atingidos pelo novo coronavírus são EUA, Brasil e Índia.

 PARABÉNS LUSA DO CANINDÉ PELOS CEM ANOS DE HISTÓRIA

 A HISTÓRIA DA PORTUGUESA DE DESPORTOS DE (SP)



ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS
Fundado em 14/Agosto/1920
End.: Rua Comendador Nestor Pereira, 33
Canindé - São Paulo/SP CEP: 03034-070
Estádio Oswaldo Teixeira Duarte - Cap.: 27.500
Site: www.portuguesa.com.br



História da Lusa

A Fundação

A Associação Portuguesa de Esportes (esse o nome de fundação) foi fundada em 14 de agosto de 1920, com a denominação de Associação Portuguesa de Esportes, fruto da fusão de cinco clubes representates da colônia portuguesa: Luzíadas Futebol Club, Portugal Marinhense, Associação 5 de Outubro, Associação Atlética Marquês de Pombal e Esporte Club Lusitano. O seu primeiro presidente foi o farmacêutico Eugênio Torres Lima.

O pedido de filiação da Portuguesa à Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) foi deferido no dia 2 de setembro de 1920, mas como não havia mais tempo para a inscrição no campeonato daquele ano, a Portuguesa fundiu-se ao Associação Atlética Mackenzie College (em 11 de outubro), já inscrito, e participaram juntos do campeonato de 1920, adotando o nome Portuguesa-Mackenzie.

Em 1923, a Associação Portuguesa de Esportes desligou-se do parceiro e passou a disputar jogos com sua nova denominação. Foi em 1940 que o clube recebeu o atual nome ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DESPORTOS, com sede da Rua Cesário Ramalho.


A Portuguesa no Brasileirão 1996
» A melhor campanha da Lusa foi o vice-campeonato de 1996, que tinha como time base Clêmer; Walmir, Cesar Augusto, Marcelo e Zé Roberto; Roque, Capitão, Gallo e Caio; Rodrigo Fabri e Alex Alves. O técnico era José Cândido Sotto maior, o Candinho.
» Na primeira fase, a Lusa disputou 23 partidas, venceu 11, empatou 3 e perdeu 9. Fez 32 gols e sofreu 29, totalizando 36 pontos e se classificou para as quartas de final na oitava colocação. Nesta fase enfrentou o Cruzeiro/MG (3x0 e 0x1). Na semifinal, jogou contra o Atletico/MG e venceu a primeira partida por 1x0, empatando a segunda por 2x2, classificando-se para a final.

A FINAL
» A Primeira partida foi em São Paulo e a Lusa desperdiçou várias chances de gol. Mesmo assim a equipe saiu vencedora por 2x0, o que lhe dava a vantagem de perder até por um gol de diferença.
» A segunda partida foi realizada no Estádio Olimpico (Porto Alegre/RS) em 15 de dezembro desse mesmo ano. Com publico superior a 40.000 pagantes, a Lusa segurou o resultado adverso de 1 a 0 , mas que lhe assegurava o titulo até os 38 minutos do segundo periodo, quando Aílton, fez o segundo gol da equipe gremista.

SUMULA:

Portuguesa: Clemer; Walmir, Emerson, Cesar e Carlos Roberto (Flavio); Capitão, Gallo, Caio e Zé Roberto; Alex Alves e Rodrigo Fabri (Tico). Tec.: Candinho
Grêmio: Danrlei; Arce, Rivarola (Luciano), Mauro Galvão e Roger; Dinho (Ailton), Luiz Carlos Goiano, Emerson (Zé Afonso), e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino. Tec. Luiz Felipe Scolari
Arbitro: Marcio Rezende de Freitas Gols: Paulo Nunes aos 03mn do 1ºt; e Ailton aos 38 do 2ºt.

Estádio do Canindé
O nome oficial é Estadio "Dr. Oswaldo Teixeira Duarte", homenagem ao ex-presidente do clube.
Na época da compra do Estadio, no local havia apenas um campo para treinos e outras pequenas instalações. Em seguida, foram construidos um alambrado, um campo oficial e uma arquibancada de madeira. Daí o apelido, "Ilha da Madeira".

Reinauguração

A reinauguração ocorreu em 09/01/1972 no jogo Portuguesa 1 x 3 Benfica (Portugal), depois da construção do primeiro anel, com capacidade para 10.000 pessoas.

FESTAS JUNINAS DA PORTUGUESA

Estão entre as mais famosas do Brasil e continuam sendo realizadas todos
os anos no estádio do Canindé

Na década de 50 e 60 participei de várias festas da Portuguesa no Canindé, guardando inesquecíveis lembranças daqueles momentos tão felizes onde os jovens de São Paulo frequentavam aquele espaço tão luso brasileiro e lusófilo, mas atualmente toda essa tradição desapareceu dando lugar a espetáculos que nada têm a ver com essa tradição lusófila! 

Aproveitando estes momentos tão depressivos por que passa o nosso querido Brasil não seria o momento de uma reflexão sobre esta pandemia de lixo cultura e separatismo que se abateu sobre a nossa querida lusa do Canindé e esboçar uma reação, unindo-nos em torno de uma liderança sadia e progressista e traçarmos um projeto comum de salvação deste patrimônio esportivo e cultural, que  é a nossa Portuguesa. Um projeto abrangente e progressista que inclua também outras instituições lusófonas espalhadas pelo Brasil e que o "separatismo" infiltrado nas mesmas transformou em verdadeiros restaurantes de um só dono? São espaços que que deveriam servir para  mostrar aos nossos filhos a verdadeira cultura luso brasileira e o que ela representa para a "Unidade Nacional". O futebol pela sua popularidade junto às massas mais carentes tem essa missão, principalmente dos Clubes como a Portuguesa, Vasco da Gama, etc. Por tudo isso é este momento de Pandemia me parece ser um momento ideal para uma reestruturação nos Clubes de significado lusófilo como é o caso da nossa querida Portuguesa de Desportos. Então vamos pensar nisso? Vamos nos unir???  

- Atualizado em

A seguir o golpe que derrubou a Portuguesa de Desportos e livrou Fluminense e Flamengo do rebaixamento

A Portuguesa é punida e rebaixada, e Flu fica na Série A, mas cabe recurso

Tribunal condena Lusa por erro na escalação de Héverton contra o Grêmio, na última rodada do Brasileiro. Flamengo será julgado pelo caso de André Santos em seguida

Por Rio de Janeiro

A Portuguesa perdeu por unanimidade a primeira batalha nos tribunais e, em decisão em primeira instância, foi condenada com a perda de quatro pontos (além de multa de R$ 1 mil) por escalação irregular do meia Héverton na última rodada do Brasileiro, contra o Grêmio. Com o resultado, a Lusa caiu da 12ª para a 17ª posição e está rebaixada à Série B, com 44 pontos. O Fluminense, com 46 pontos, sai da zona de rebaixamento e se mantém na elite  A diretoria do clube paulista já confirmou que entrará com recurso no Pleno do STJD, que deve ser julgado até o dia 27 de dezembro.

O presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa, não escondeu sua revolta com o resultado do julgamento e falou em favorecimento:
- Se fosse o contrário, o resultado não seria esse. Tanto é que em 2010 não tiraram o título do Fluminense porque era imoral. E a Portuguesa cair não é imoral, o problema é esse. Nós vamos entrar com o recurso no Pleno, vamos ver como fica, e depois vamos tomar as medidas que pudermos. Vamos lutar até onde der. Podemos ir à Fifa, ir à Justiça comum. A Portuguesa não vai cair por uma votação desse tipo. A gente aceita, mas não concorda. A gente acata a decisão, mas vai rediscutir. Se for mantido, vamos até o final. Não é melhor manter o resultado do campo? Não é um absurdo mudar o resultado que nós lutamos tanto para conseguir, e o Fluminense, que é um grande clube, não teve capacidade? E agora tem que inverter? É um absurdo. Depois falamos que é tapetão, e o pessoal fica zangado.

Indignado, o dirigente fez uma acusação forte em entrevista ao SporTV:

- Quando eu entrei aqui, me disseram que o resultado já estava decidido. Não vou dizer quem foi, mas a pessoa me disse que seria por 4 votos a 1 ou 5 a 0.

Durante todo o julgamento, mesmo com o escritório do STJD sendo localizado no 15º andar de um prédio comercial no Centro do Rio, era possível ouvir os gritos e cantos de torcedores - tanto do Fluminense quanto da Portuguesa, que chegaram em dois ônibus.

O Flamengo será julgado em seguida por escalação irregular do lateral-esquerdo André Santos contra o Cruzeiro. Mas, com a perda de pontos do time paulista, o Rubro-Negro não corre risco de ser rebaixado, pois caso seja punido cairá a 45 pontos. Flamengo e Fluminense se colocaram como partes interessadas no processo para poderem fazer sustentações de suas partes durante o processo.

Héverton foi suspenso em julgamento na sexta-feira, dia 6/12, e escalado no fim de semana (entrou aos 32 minutos do segundo tempo contra o Grêmio), o que acarretou uma notícia de infração feita pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao tribunal. 

A Lusa foi denunciada no artigo 214 (Incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida, prova ou equivalente) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), com previsão de perda de três pontos, mais o que foi conquistado na partida em questão, no caso, um ponto, somando quatro pontos. 
torcedora portuguesa chora julgamento STJD (Foto: Thales Soares)Torcedora da Portuguesa demonstra desânimo com julgamento no STJD (Foto: Thales Soares)

A Portuguesa alegou que não teve intenção em cometer a irregularidade, pois não tinha mais ambições no Brasileiro quando enfrentou o Grêmio, além do fato de o jogador ter atuado por poucos minutos. Em seu voto, o relator Felipe Bevilacqua de Souza chamou a atenção para a necessidade de cumprimento das leis independente do impacto na tabela da competição e diante da opinião pública para pedir a condenação da equipe paulista. O voto foi acompanhado por todos os integrantes da 1ª Comissão Disciplinar, presidida por Paulo Valed Perry.

A defesa da Portuguesa foi feita pelo advogado João Zanforlin, que normalmente representa o Corinthians. Além do relator Felipe Bevilacqua de Souza, do Rio de Janeiro, os auditores que participaram da votação no julgamento foram Vinicius Augusto Sá Vieira (SP), Luiz Felipe Bulus e Douglas Blackhman (RJ - auditor suplente). O auditor Washington Rodrigues de Oliveira (SP) foi declarado impedido de participar do julgamento, nos termos do artigo 18 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por ter se manifestado publicamente - em rede social - sobre o objeto da causa, e foi substituído pelo suplente Blackhman. 

Como foi o julgamento

Em sua defesa, a Portuguesa se focou na ausência de intenção em cometer a irregularidade - citando que a partida contra o Grêmio pouco valia para as duas equipes e que o jogador entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo - e e na necessidade de manutenção do resultado obtido em campo. Alegou que a lei precisaria ser interpretada e que o rebaixamento seria uma pena muito pesada para a representatividade da transgressão.

A quatro meses da Copa do Mundo, o resultado do campo de jogo pode ser modificado. E, se há uma coisa que me revolta, são os "hermanos" fazendo gracinha: "Será que, se ganharmos, pode ter alguma coisa fora do campo e perdermos o título?" - comparou o advogado João Zanforlim. 
torcedores Fluminense julgamento STJD (Foto: Thales Soares)Torcedores do Fluminense ficam em frente ao prédio onde se realizou o julgamento, no Centro do Rio (Foto: Thales Soares)

O diretor jurídico da Lusa, Valdir Rocha, alegou em depoimento que o clube não conseguiu contato após o julgamento com o seu advogado, Osvaldo Sestário, e que em casos assim isso significa que o jogador pegou apenas uma partida de suspensão, já cumprida com a automática. E que, em consulta ao site do STJD, não constava o nome do atleta como punido até a manhã de domingo, o que segundo o diretor jurídico só foi modificado na quarta-feira. Segundo o presidente Manuel da Lupa, Sestário teria dito que assumiria a responsabilidade pelo resultado. A procuradoria rebateu, dizendo que houve falha entre o advogado e o clube, que deveria ser o interessado em tomar conhecimento do resultado.

Como parte interessada, o Flamengo, representado pelo advogado Michel Asseff Filho, se pronunciou para questionar o prazo de aplicação da pena, que atualmente prevê que o jogador esteja punido no dia imediatamente posterior ao julgamento. De acordo com ele, deveria ser no dia seguinte de funcionamento do Tribunal, pois não há tempo hábil para recurso. Ainda assim, reconheceu que a lei atual prevê a suspensão imediata do atleta.
 
O Fluminense, também parte interessada, bateu na tecla da necessidade de cumprimento das leis, do regulamento estabelecido antes de a competição começar. Destacou que o aspecto técnico precisa se sobrepor ao lado emocional, e que o acompanhamento da situação dos atletas é de responsabilidade dos clubes, tentando esvaziar a defesa da Portuguesa.

- O cumprimento do regulamento faz parte da moralidade. Esqueceram isso. Depois de toda essa eclosão, o Fluminense não participou de nada disso. Se o Fluminense estivesse no lugar da Portuguesa, o clamor seria para cumprir (o regulamento) e rebaixar o Fluminense. Hoje eu li uma tese de transformar o campeonato de pontos corridos em campeonato de conta corrente, de jogar a perda de pontos para o ano que vem. Que argumento absurdo, raso - defendeu o advogado Mário Bittencourt.
 
O relator Felipe Bevilacqua fez um discurso no qual passou os primeiros minutos se dedicando a atacar a maneira como o tema vem sendo abordado pela imprensa e em seguida contestou os argumentos levantados pela defesa.

- A Justiça desportiva tem de prezar pela efetividade da pena. Imagina um atleta que tem uma final de campeonato no fim de semana. Agride um outro jogador num jogo na quarta, é julgado na sexta e joga a final de campeonato. Só pode ser punido na segunda-feira? Isso é moralidade? O julgamento aqui tem de ser técnico. Não existe dolo, culpa, resultado. É objetivo-disse.

Para mais detalhes  sobre a História deste Clube  luso brasileiro acesse:- cclbdobrasil.blogspot.bom.br marcador "A HISTÓRIA DA PORTUGUESA DE DESPORTOS.

 JPL

COVID-19 e Centrão enfraquecem e já mostram a saída do governo para Guedes, avalia especialista

COVID-19 no mundo
Casos confirmados:
20.646.045
Pacientes recuperados:
12.848.147
Mortes:
749.805


A "ressaca" vivida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos grandes fiadores do presidente Jair Bolsonaro junto ao mercado financeiro, sofreu um duro revés nesta semana com a saída de dois importantes nomes da pasta, e a chance de saída dele já pode ser vista como uma realidade, segundo um analista ouvido pela Sputnik Brasil.

Na terça-feira (11), Guedes foi surpreendido pelas saídas dos secretários especiais de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar, da Burocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, e o diretor do programa de burocratização, José Ziebarth. Ao anunciar as demissões, o ministro classificou o episódio como "debandada".

Desde a saída dos hoje ex-ministros da Justiça, Sergio Moro, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, especula-se que Guedes seria o próximo nome forte do ministério de Bolsonaro a deixar o governo. Como os dois antigos colegas, o ministro da Economia alfinetou o presidente, afirmando que o mandatário estaria sendo mal aconselhado e que poderia caminhar para o impeachment ao não respeitar o Teto de Gastos.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político Guilherme Carvalhido, professor da Universidade Veiga de Almeida no Rio de Janeiro, concordou que Guedes está fragilizado há algum tempo, em um processo que começou com a aproximação de Bolsonaro com o Centrão, bancada com vários partidos e que conta com mais de 100 votos na Câmara dos Deputados.
"Ele [Guedes] já vem se fragilizando por quê? Falando de uma maneira bem direta, boa parte dos políticos, sobretudo em um momento de crise, desejam e querem dinheiro, e o principal ponto de distribuição de dinheiro no Brasil é o governo federal. Logo, quando você faz acordos com os políticos no Congresso para distribuir dinheiro no sentido de emendas e processos que o governo tem direito, e você tem na figura do ministro Paulo Guedes, um sujeito com uma ideologia e uma forma de governar na qual o Teto de Gastos, o controle dos gastos é significativo, isso começa a colocar a força do ministro como mais enfraquecida", explicou.
Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro Paulo Guedes e empresários, conversa com a imprensa ao sair do STF
© Folhapress / Pedro Ladeira
Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro Paulo Guedes e empresários, conversa com a imprensa ao sair do STF
A abertura dos cofres do governo para o Centrão – que já obteve também cargos de primeiro (ministro das Comunicações, Fábio Faria, integra o bloco) e segundo escalões – não são o único elemento que torna a situação de Guedes complicada no Ministério da Economia. A pandemia da COVID-19 e a liberação de recursos para o auxílio emergencial, por exemplo, também impõem desafios reais e ideológicos.

"Ele está mais enfraquecido porque neste momento em que o governo está gastando bastante em decorrência da pandemia, e também por conta dos acordos firmados com o Centrão por razões variadas, a figura do ministro Paulo Guedes está sim sendo enfraquecida se comparada com o início do governo, quando você não tinha essa mesma demanda e esses mesmos problemas", acrescentou Carvalhido.

Disputa com Marinho e investidores tornam Guedes indemissível?

Na quarta-feira (12), Bolsonaro fez questão de responder à fala de Guedes ao dizer que "o norte" do seu governo é a responsabilidade fiscal e as privatizações – esta outra pedra fundamental vendida pelo presidente ainda na campanha eleitoral, mas que pouco avançou até aqui. Entretanto, o especialista ouvido pela Sputnik Brasil vê que as ações falam mais do que as palavras no momento.
"O presidente Bolsonaro já de uns meses para cá, sobretudo quando ele aliviou o discurso e se tornou mais político, começou a fazer acordos com setores da sociedade, principalmente dentro dos setores do chamado Centrão no Congresso Nacional, [onde] o presidente vem construindo um discurso muito mais conciliador. Dessa forma, ele está tentando alinhar, sim, os interesses das estruturas de governo que ele iniciou o governo, ou seja, um Estado mais liberal, menos gastador, mas ao mesmo tempo ele está coligado com desejos de setores políticos de terem mais dinheiro", pontuou ele.
A ideia de manter um discurso de austeridade parece estar alinhada com os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente, dos quais Bolsonaro vem tentando se reaproximar nos últimos dias. Todavia, a influência deles sobre o presidente enfrenta outra linha, mais com um olhar em 2022, que acredita que o governo deveria aproveitar o afrouxamento do endividamento público na pandemia para obras públicas e injeção de investimentos na economia.

Guedes sugeriu que "assessores" de Bolsonaro estariam aconselhando o presidente de maneira equivocada, o que levaria a uma irregularidade na responsabilidade fiscal e a uma possível crise de responsabilidade, o qual abriria espaço para um processo de impeachment de Bolsonaro. O principal conselheiro alvo do ministro da Economia, segundo a mídia, seria o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho – este um indicado pelo próprio Guedes.
Para Carvalhido, a dualidade entre austeridade da ideologia liberal que Guedes defende e o eventual rompimento do Teto de Gastos por aumento de gastos públicos por conta da COVID-19 e do Centrão no Congresso não é exatamente nova na história política brasileira, mas não se saberia exatamente o tamanho do impacto, caso ela eventualmente acabe acontecendo.
Ministro da Economia, Paulo Guedes, aponta para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após coletiva de imprensa conjunta, em Brasília, 11 de agosto de 2020
© REUTERS / Adriano Machado
Ministro da Economia, Paulo Guedes, aponta para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, após coletiva de imprensa conjunta, em Brasília, 11 de agosto de 2020
 "Uma eventual saída do ministro Guedes do governo teria um impacto muito forte, falando internamente, de uma questão relacionada aos interesses empresariais brasileiros [...] a saída eventual dele enfraquece internamente em princípio essa relação, fortalecendo uma possibilidade de maior contato com setores tradicionais da sociedade brasileira, sobretudo setores nos quais o dinheiro público tem mais importância para a sustentação da sociedade", disse.
"Neste momento, você não tem nenhum ministro que tenha força significativa para movimentar as estruturas do governo. Não há dúvida de que dentro daquela ideia original do governo Bolsonaro, montado ao final de 2018 com a sua eleição e iniciado em 2019, muitos já saíram. Guedes está nesta estrutura, neste núcleo mais duro do processo eleitoral de Bolsonaro, e hoje as substituições que foram feitas pelo presidente não estabelecem uma demonstração social de quadros que tenham significância, ou seja, que mudando de um nome A para um nome B venha a causar grandes impactos", complementou.
Se no âmbito interno uma possível saída de Guedes parece remediável, ainda que não se saiba quem teria potencial para substituí-lo, na esfera internacional o Brasil poderia ter mais problemas, sobretudo diante dos investidores que hoje já demonstram preocupação com a destruição da Amazônia, e que poderiam, hipoteticamente, ver uma mudança de rumo se houver mudança no topo do Ministério da Economia.

"Em termos internacionais, você quebra sim também uma política que Bolsonaro vem tentando estabelecer desde 2019, com o que a gente chama de processo liberal, ou seja, um Estado menos gastador, menos burocrático, uma mudança de rumos históricos dentro do Brasil. [A saída de Guedes] mostraria ao mundo, principalmente para os investidores externos de que há uma mudança de rumo", concluiu Carvalhido.