Essa é a primeira tentativa de acoplagem tripulada realizada por chineses, a bordo da nave Shenzhou 9, que vai se juntar ao módulo espacial Tiangong 1, a 343 quilômetros da Terra.



Essa é a primeira tentativa de acoplagem tripulada realizada por chineses, a bordo da nave Shenzhou 9, que vai se juntar ao módulo espacial Tiangong 1, a 343 quilômetros da Terra.
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11:34 17.09.2021
(atualizado 13:17 17.09.2021)
O ex-presidente boliviano Evo Morales (2006-2019), denunciou que os EUA fracassaram em sua guerra contra o terrorismo e o narcotráfico no Afeganistão. Na sexta-feira (17), o ex-mandatário escreveu em sua conta no Twitter: "Durante 20 anos, governantes dos EUA mentiram a seu povo e ao mundo sobre a mal chamada 'guerra contra o terrorismo e o tráfico de drogas' no Afeganistão. Eles gastaram bilhões de dólares, massacraram centenas de inocentes e destruíram uma nação inteira". Além disso, ele acrescentou: Apesar de sua propaganda mentirosa na mídia de direita, os EUA sofreram uma derrota vergonhosa em ambos os campos de batalha: nunca derrotaram o terrorismo ou tráfico de drogas. Pelo contrário, multiplicaram os grupos islâmicos radicais e a produção de ópio e heroína. Na quinta-feira (16), o presidente dos EUA, Joe Biden, enviou um memorando a seu secretário de Estado, Antony Blinken, onde acusa a Bolívia e a Venezuela de terem falhado no cumprimento de acordos internacionais antidrogas, como a Lei de Assistência Exterior (FAA, na sigla em inglês). Ambos os países rejeitaram o relatório de Washington sobre a luta contra o narcotráfico. Os militantes do movimento Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) retomaram o poder no Afeganistão após duas décadas de intervenção militar estrangeira que chegou ao fim no final de agosto. Em 30 de agosto, após quase 20 anos de ocupação e mais de 2.400 soldados mortos, os Estados Unidos completaram sua retirada do país centro-asiático com o último avião militar saindo à meia-noite (15h40 no horário de Brasília) do aeroporto de Cabul. No início de setembro, o Talibã anunciou a composição do governo provisório, no qual nenhuma mulher faz parte, e integrado principalmente por pashtuns e partidários linha-dura. Uma parte dos membros do gabinete, que deveria ser "inclusivo" segund o as promessas iniciais, figuram na lista do Comitê de Sanções 1988 do Conselho de Segurança da ONU. ...
O aumento da coerção da China é uma ameaça muito maior para os EUA e seus aliados do que o ataque terrorista de 11 de setembro, opina general recém-aposentado James Michael Holmes.
O general, que até o ano passado era comandante do Comando de Combate Aéreo responsável pela rápida implantação das forças aéreas, espaciais, cibernéticas e de inteligência, afirmou que o poder e as motivações da China eram uma ameaça maior que nunca.
"11 de setembro não foi um evento existencial para os EUA, foi uma tragédia terrível, mas como povo continuámos nosso caminho", disse.
"A ameaça colocada pela República Popular da China é uma ameaça muito maior do que aquela e representa, literalmente, uma ameaça existencial para os EUA", comentou Holmes ao jornal The Australian Financial Review.
Ele destacou que Pequim tem um arsenal nuclear suficiente para destruir os EUA e, além disso, seu poder econômico está a par com o de Washington e com projeções para o superar.
Em meados de agosto, o almirante norte-americano Charles A. Richard, chefe do Comando Estratégico (STRATCOM, na sigla em inglês) dos EUA, destacou a modernização nuclear chinesa.
Para o almirante, a modernização das forças convencionais e nucleares da China é impressionante", alertando que Pequim vai se tornar, em breve, uma nação "capaz de coerção".
"Só posso descrever o crescimento explosivo da China e a modernização de suas forças convencionais e nucleares como impressionante", disse Richard durante o 24º Simpósio Anual de Defesa Espacial e de Mísseis.
Em maio, o comandante do STRATCOM apelou ao estabelecimento de um diálogo com a Rússia e a China sobre a questão das armas nucleares, bem como para maior transparência e confiança mútua a fim de mitigar os riscos que estão crescendo rapidamente.
Departamento de Defesa dos EUA acusou Pequim de minar o direito internacional após a China reforçar a regulamentação para os navios estrangeiros que entram em suas águas territoriais em meio a tensões no mar do Sul da China.
"Os EUA permanecem firmes de que qualquer lei ou regulamentação de um Estado costeiro não deve violar os direitos de navegação e de sobrevoo de que se beneficiam todas as nações ao abrigo do direito internacional", disse John Supple, um porta-voz do Pentágono, citado pelo jornal South China Morning Post.
"As reivindicações marítimas ilegais e abrangentes no mar do Sul da China representam uma séria ameaça à liberdade dos mares, incluindo as liberdades de navegação e sobrevoo, comércio livre e comércio lícito sem entraves e os direitos e interesses [das nações] do mar do Sul da China e de outras nações litorais."
A declaração do Pentágono surge depois que Pequim atualizou seus regulamentos marítimos, exigindo que certos tipos de navios estrangeiros comunicassem informações sobre o tipo de embarcação e carga transportada ao entrarem nas águas territoriais da China.
As novas regras aplicam-se a submersíveis, navios nucleares e embarcações que transportem cargas potencialmente perigosas, como petróleo, gás liquefeito e outros produtos químicos tóxicos.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, instou as nações do Sudeste Asiático para ajudarem a pressionar Pequim durante sua turnê pela região na semana passada.
"Precisamos de encontrar formas de aumentar a pressão sobre Pequim para cumprir a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e desafiar sua intimidação e reivindicações marítimas excessivas", disse Harris.
Esta foi a segunda vez em dois dias que Harris atacou a China. Durante sua visita a Cingapura no dia anterior (24), a vice-presidente acusou Pequim de coerção e intimidação e de fazer reivindicações ilegais em grande parte do disputado mar do Sul da China.
Sputnik Brasil
O Afeganistão é conhecido por sua ampla produção de opiáceos. A Sputnik Brasil conversou com pesquisador para saber como ficará a atividade com o Talibã chegando ao poder e se o brasileiro, através do comércio de medicamentos sintéticos, pode se prejudicar.
A plantação da papoula no Afeganistão começou a ser uma produção de relevância no começo da década de 1990, e até hoje o país da Ásia Central continua a ser o maior fornecedor de opiáceos ilícitos do mundo, o que não deve mudar no futuro próximo com a retomada do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em diversos países), segundo a especialistas da ONU.
"O Talibã conta com o comércio de ópio afegão como uma de suas principais fontes de renda. Uma maior produção permitirá a venda de drogas com preço mais barato e atraente e, portanto, maior acessibilidade. Este é o melhor momento para esses grupos ilícitos se posicionarem [para expandir seus negócios]" disse César Guedes, chefe do escritório de Cabul do Escritório de Drogas e Crime da ONU (UNODC, na sigla em inglês) citado pela revista Exame.
Segundo a ONU, o Talibã provavelmente ganhou mais de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,09 bilhões) entre 2018 e 2019 com o comércio de drogas.
Os opioides consistem em produtos sintéticos com estrutura química diferente, porém com atuação similar a dos opiáceos, produzidos a partir da papoula, e são usados como matéria-prima na produção de medicamentos sintéticos e semissintéticos, como a morfina, por exemplo.
De acordo com o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz, em entre 2009 e 2015, o Brasil apresentou aumento de 465% no uso desses medicamentos, os quais, alguns, podem causar dependência.
A Sputnik Brasil conversou com Francisco Inacio P. M. Bastos, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Ficocruz), para saber se haverá um aumento da produção de opiácios no país afegão após a tomada do Talibã, se essa questão pode ter desdobramentos no Brasil e como está o uso de sintéticos e semissintéticos na setor da Saúde brasileiro.
O especialista diz "que não há a menor dúvida" de que o aumento da produção de opiáceos acontecerá na região, uma vez que o Talibã já controlava, antes da transição, boa parte "do que chamamos de rota Euroasiática de ópio e seus derivados".
"Se realmente o Talibã se tornar hegemônico a tendência é de ampliação, portanto, esse fato é muito preocupante aos países vizinhos, especialmente para as ex-repúblicas soviéticas. Muito provavelmente essa rota vai passar por algum ponto da Rússia também […]. Como vai se dar esse comércio ainda não sabemos, mas tudo indica que se eles se mantiverem no poder sem conflitos militares, veremos uma tendência no aumento da produção sim", explicou o pesquisador.
Se essa expansão da produção de opiáceos pode gerar consequências no Brasil, Bastos diz que não, uma vez que o país faz parte de uma outra geopolítica, entretanto, salienta que quem pode ser afetado são os EUA, não só por questões de rotas, mas pelo país ser um dos que mais usa medicamentos produzidos com essa base.
"Como os EUA são o país com maior poder de compra do mundo, eles abarcam duas rotas: a rota europeia asiática, que vai pela costa oeste, e a rota mexicana centro-americana, que acontece pelo sul dos EUA. Essas rotas não têm relevância no Brasil."
Bastos também destaca que o tráfico de drogas brasileiro não trabalha com opiáceos naturais, por exemplo a heroína, já que não é uma droga "de rua" no Brasil. Hoje, o que se tem observado, é o aumento de opioides semissintéticos e sintéticos, que dependem pouco dessa matéria-prima.
"O que existe no Brasil é um uso indevido de opioides semissintéticos que saem da área terapêutica e vão para área do uso prejudicial e dependente, que não necessitam da matéria-prima produzida no Afeganistão, uma vez que são drogas médicas, então são produzidas de forma sintética ou semissintética. Quando são semissintéticas são necessário elementos para elaboração, mas eles são bastantes acessíveis por rotas mais curtas […] e não faz nenhum sentido, tanto do ponto de vista econômico como geopolítico, usar uma rota tão longe para adquirir esses elementos", disse o analista.
Bastos também ressalta o alto custo do transporte dessa matéria-prima até o Brasil, e que isso influencia, pelo menos a curto prazo, para um não desenvolvimento maior entre uma conectividade brasileira com insumos oriundos da Ásia Central, até mesmo pelo fato "de o Brasil ser hoje um mercado em declínio em termos de dólar, e mercadorias que atravessam muitas fronteiras, utilizam uma moeda intercambial, basicamente o dólar e o euro".
"Uma grama de heroína custaria em torno de US$ 150 [R$ 860] no Brasil, ou seja, torna ela uma substância de milionários, ela não vai para favela, portanto não há viabilidade, logística e econômica para desenvolver esse mercado", explicou o pesquisador.
Bastos relata que a amplificação do uso de sintéticos e semissintéticos já é bastante observado no Brasil, tanto através de análises de dados da Anvisa quanto de dados de pesquisas de campo, e a explicação para tal fato seria o aumento da diversidade de oferta dos mesmos e o seu uso massivo durante a pandemia.
"Não há como entubar uma pessoa por longo prazo ou manter uma grande quantidade de pessoas hospitalizadas sem o uso de opioides, então essa é uma tendência. A segunda é a diversificação no mercado farmacêutico, que cada vez mais multiplica ofertas de produtos, fazendo com que fique mais difícil controlar."
Entretanto, Bastos ainda pontua outros fatores, com menores influências, mas que contribuem para o contexto. Um deles seria o progresso da "química caseira ou informal", ou seja, a capacidade das pessoas transformarem produtos controlados em produtos manipulados de forma empírica. Contudo, a prática no Brasil ainda é baixa, porque depende de uma qualificação no mercado informal que o país não possui, segundo o pesquisador.
Um outro elemento que colabora é a Internet, porque através dela "se consegue obter esses medicamentos em sites que a Anvisa vem até fechando, mas a velocidade com que eles abrem é muito maior do que a velocidade que as agências conseguem fechar. Mas isso é no mundo inteiro, não só no Brasil".
Ainda sobre a Internet, Bastos evidencia o uso da dark web para a comercialização dos opioides, mas que não é possível ter riqueza de dados sobre os trâmites porque é necessária uma autorização da Justiça para realização de pesquisas.
"Esse conjunto de fatores vai ao encontro do relatório da ONU o qual aponta que haverá acrescimento no uso dessas substâncias por conta dessa combinação: mais capacidade de manipulação e evasão da detecção."
Sobre como o Brasil poderia se proteger diante desse quadro, Bastos diz que o primeiro passo é não "negligenciar essa ameaça" porque quando o crack apareceu nos EUA na década de 1980 o Brasil ignorou o problema e "anos depois veio para gente o uso dessa droga", mesmo que o crack tenha uma base diferente na sua formulação do que a dos sintéticos, "temos que ter um alerta".
Outra estratégia seria "termos campanhas educativas, especialmente nessa fase da COVID-19, já que os opioides são amplamente utilizados no processo de intubação e esse uso não é inócuo para nenhuma pessoa".
Além disso, ter medidas de controles mais efetivas, que transcendam o controle clássico, também são importantes.
"Precisamos de controle em tempo real e controle digital. Hoje em dia as receitas [para medicamentos] são basicamente receitas que vão para farmácia, depois são escaneadas e enviadas para Anvisa e perde-se um tempo muito grande com isso."
Bastos conta que há um consenso geral no qual diz que não seria possível realizar esse controle em tempo real, porém, o pesquisador diz que, no caso dos antivirais, por exemplo, essa administração com maior fiscalização aconteceu. O analista acredita que seja sim viável elaborar essa técnica "com vontade política, recursos e treinamento de profissionais que atuam na área para que fiquem mais atentos a isso".
"Em um ambiente político menos tencionado e com orçamento mais flexível é possível sim esse controle. Agora, se for transformada essa maior fiscalização em uma questão política como vemos acompanhando no Brasil atualmente, com vacinas se tornando batalhas políticas, algo que é uma questão de saúde pública, aí fica mais complicado", complementou o pesquisador.
O especialista diz que a aplicação dessa medicação é muito importante enquanto pacientes estão vencendo uma doença, assim como no processo de recuperação, quando a enfermidade já está mais controlada, mas as dores continuam, contudo, ele destaca que as pessoas, e até mesmo alguns profissionais da saúde, não fazem uso da alternativa de forma adequada.
"Não existe ampla consciência que é preciso administrar o opioide de forma criteriosa, com isso, a fronteira fica 'borrada', porque há a chance de, sem querer, se tornar dependente."
"A gente tem que conscientizar os profissionais de saúde de que essa medicação veio para ficar e é preciso aprender a lidar com isso […] essa questão tem uma tendência de aumento exponencial. Se não tomarmos conta, ainda mais no mundo conectado no qual estamos vivendo, onde uma pessoa passa informação a outra rapidamente, tem que tomar muito cuidado porque a chance de perder o controle é grande."
Bastos elucida que o uso dessa medicação a longo prazo é nocivo uma vez que e todas essas substâncias podem gerar dependência e "não é fácil contornar esse quadro". Além disso, o uso contínuo pode desenvolver contextos de infecção aguda muito graves, deflagrando em insuficiências respiratórias e danos neurológicos.
"Às vezes as pessoas pesam que o problema só vai acontecer se a dependência se estabelecer, mas não é verdade, muitos pacientes apresentam intoxicações agudas que, em uma parte, são provenientes desses medicamentos, e os serviços de emergência não estão tão atentos a isso."
Sputnik Brasil
Segundo a ONU, cerca de 600 mil afegãos já tiveram de deixar suas casas para se protegerem dentro do próprio país. Com contexto trágico, governo brasileiro estuda oferecer refugio para número específico de pessoas.
Fontes no Itamaraty confirmaram hoje (18) à coluna de Jamil Chade no UOL, que o governo brasileiro considera o estabelecimento de uma espécie de visto humanitário para um número específico de pessoas provenientes do Afeganistão, diante da conjuntura conturbada em que se encontra o país da Ásia Central, segundo a mídia.
Na segunda-feira (16), Brasília fez seu primeiro pronunciamento sobre a questão a relacionando aos direitos humanos.
Já hoje (18), o governo assinou uma declaração junto a Europa e Estados Unidos afirmando estar "profundamente preocupado" com a situação de mulheres e meninas afegãs após a tomada de poder total do país pelo Talibã (organização proibida na Rússia e em diversos países).
Segundo a mídia, enquanto o governo avalia as diretrizes a serem adotadas, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados enviou um requerimento ao Itamaraty e ao Conselho Nacional para os Refugiados (Conare) para pedir que o Brasil assuma uma postura no sentido de ajudar a população afegã.
No documento, assinado pela deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) e outros parlamentares do PSOL, é solicitado ao Conare que "permita a concessão, por razões humanitárias, de visto apropriado, em conformidade com a Lei nº 2 13.455, de 24 de maio de 2017, a pessoas afetadas pela situação de grave e generalizada violação aos direitos humanos no Afeganistão".
Segundo a ONU, cerca de 600 mil pessoas já tiveram de deixar suas cidades e residências desde o começo deste ano, buscando proteção dentro do próprio país. Entretanto, as entidades internacionais insistem que a comunidade internacional precisa se preparar para um eventual êxodo.
O governo dos EUA já anunciou um pacote de US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) para desenvolver um plano para chegada de pessoas oriundas do país afegão.
A Europa, por sua vez, ainda avalia de que forma poderá auxiliar os refugiados sem pressionar as fronteiras do continente.
No entanto, alguns países da União Europeia (UE), como Alemanha, Áustria e Dinamarca, se manifestaram através de uma carta enviada ao bloco no dia 10 pedindo à Comissão Europeia que mantenha deportações de refugiados afegãos apesar da guerra, conforme noticiado.
Na segunda-feira (16), a Alemanha voltou atrás, e disse que retiraria urgentemente até dez mil pessoas de Cabul que, por sua vez, passarão a ser responsabilidade do país europeu. Entretanto, das dez mil, somente sete foram retiradas até agora.
Ainda de acordo com a coluna de Jamil Chade, na próxima semana, o Brasil vai patrocinar uma reunião de emergência do Conselho de Direitos Humanos da ONU para discutir o assunto.