A HISTÓRIA DO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO





A Fundação

O Atlético foi fundado em 25 de março de 1908, em que um grupo de 22 estudantes trocou as aulas daquela quarta-feira por uma reunião no coreto do Parque Municipal, em Belo Horizonte. Participaram do Célebre encontro no coreto: Leônidas Fulgêncio, Margival Mendes Leal, Sinval Moreira, Mário Neves, Raul e Hugo Fracarolli, Mário Lott, Carlos Maciel, Eurico Catão, João Barbosa Sobrinho, Aleixanor Alves Pereira, Antunes Filho, Mário Toledo, José Soares Alves, Augusto Soares, Humberto Moreira, Júlio Menezes Melo e Benjamim Moss Filho. Os outros que não compareceram, mas que desde o início apoiaram a idéia são: Francisco Monteiro, Jorge Dias Pena, Valdeir Silva e Mauro Brochado.

A partir daquela reunião, nascia, então o Athlético Mineiro Football Club, que em 1913 sofreria uma mudança de grafia e passaria a se chamar Clube Atlético Mineiro. E a equipe inicial não contava com nenhum italiano de nascimento. É importante destacar este fato para contrapô-lo ao que aconteceu no início do Cruzeiro Esporte Clube, rival por excelência do Atlético. A equipe era formada por: Margival Mendes Leal, Raule Hugo Fracarolli (filhos de italianos), Mário Neves (neto de portugueses), Carlos Maciel, João Barbosa,Antunes Filho, José Soares, Mário Toledo (filho de espanhóis), Júlio Meneses (filho de português), Sinval Moreira, Jorge Dias e Eurico Catão, luso-descendentes e Mário Hermanson Lott, Benjamin Moss (netos de alemães), Aleixanor Alves, Augusto Soares, também luso-descendentes.

A primeira bola e o primeiro campo

A sede inicial do clube era “um cantinho do porão da casa onde residia Vate (Marginal Leal), à Rua Goiaz, nos fundos do Palácio da Justiça”. Sua primeira diretoria foi formada por: Marginal Leal, na presidência; Eurico Catão, na vice; Mario Loth, na secretaria; e Ninico Antunes, na tesouraria. A luta para se conseguir materiais adequados ao jogo, na época, era uma realidade. A bola foi um problema. Ninico Antunes (Antônio Antunes Filho) enviava besouros e outros bichos para um amigo na França, que o ressarcia das despesas feitas. Ninico solicitara ao amigo que, em troca do que lhe devia, fosse enviada uma bola de football, o que foi feito. “Bola em movimento, os meninos foram aparecendo, aderindo, aprendendo a jogar e a dedicar com entusiasmo àquele novo clube, que seria, mais tarde, glória do desporto brasileiro”.

Esses meninos, em sua maioria, pertenciam a famílias tradicionais da cidade. Eram filhos de médicos, advogados e altos funcionários públicos, que recebiam incentivos dos pais para a prática da atividade esportiva.

Inicialmente, usaram como campo para os seus jogos um terreno irregular em suas dimensões, localizado na Rua Guajajaras, entre as Ruas São Paulo e Curitiba,o campo como um espaço que não media mais do que 30 metros de largura por 70 de comprimento e que não havia marcas laterais. Nas saídas de bola, ela rolava para o barranco, e as metas se constituíam de dois paus colocados verticalmente e uma corda na horizontal para demarcar a altura. Após os jogos ou treinos, todo o material era recolhido. Em 1911, o clube conseguiu do então prefeito Olinto Meirelles a cessão do campo, que havia sido utilizado pelo primeiro clube de football da cidade, o Sport Club, situado na Avenida Paraopeba, hoje Augusto de Lima, onde se localiza o Minascentro.

O primeiro jogo e a primeira flâmula

O primeiro jogo oficial do clube foi realizado no dia 21 de março de 1909, em que o Galo venceu o Sport Club Futebol, o time mais antigo da cidade, por 3 a 0, na casa do adversário. O campo do Sport (que na época havia se mudado para onde é hoje a Secretaria de Agricultura na Avenida Paraná) não estava lotado, pois o mês de março reservava muitas chuvas e naquele dia não foi diferente. E a tradicional aristocracia mineira não poderia desfilar seus belos trajes e chapéus no campo da praça Rui Barbosa. Mas um fato era certo, a torcida da equipe adversária contava com uma fácil vitória sobre o Atlético. Afinal de contas, aquela equipe de garotos não poderia fazer frente ao poderoso Sport. Mas o que se viu foi uma grande atuação do Atlético, que entrou em campo com a seguinte escalação: Eurico Catão, Mauro e Leônidas; no meio-campo Raul Fracarolli, Mário Toledo e Hugo Fracarolli; e no ataque nomes como Francisco Monteiro, Mário Lott, Margival, Horácio e Benjamin Mosse e Chico Neto. O técnico fez três modificações no ataque: Mário Neves no lugar de Francisco, Aníbal Machado no de Mário Lott e Zeca Alves no de Horácio. O técnico parecia ter adivinhado: o Atlético venceu o Sport por 3 x 0. O primeiro gol foi marcado por Aníbal Machado, que mais tarde se tornaria um grande escritor brasileiro, seguido pelos gols de Zeca Alves e Mário Neves. O campo do Sport ficou quase totalmente calado. Isso porque às margens do gramado um pequeno grupo de mulheres comemorava a vitória atleticana. Esse grupo era formado por Dona Alice Neves e suas amigas que confeccionaram os uniformes que os atleticanos vestiam. Nas mãos do animado grupo de senhoras, uma bandeira preta e branca com um escudo oval localizado ao centro da bandeira tremulava. Esta era a bandeira que Dona Alice tinha elaborado e confeccionado, a primeira bandeira do Atlético.

Inconformado, o Sport pediu a revanche e, novamente perdeu. Agora por 2 x 0. Já revoltados, os diretores do Sport pediram mais um jogo. Para não deixar dúvidas, o Galo não perdoou e aplicou 4 x 0 no time adversário. Resultado: O Sport foi extinto e seus torcedores aderiram ao novo clube. A partir daí, o Atlético ganhava de vez o título de maior time de Minas Gerais, em 1909.

O Resumo histórico do primeiro campo

O primeiro campo se localizava na Rua Guajajaras, entre Rua São Paulo e Rua Curitiba. Na primeira noite, as traves foram roubadas e Margival tratou de procurar outro lugar para o campo. Conseguiu um, bem central, na Av. Paraopeba (hoje Augusto de Lima), mas este também foi logo requisitado pelo Governo para a construção da Secretaria da Saúde (hoje o Minascentro). Então o Galo passou a ocupar as velhas instalações do extinto Sport, junto à Praça da Estação até 1921, quando o Governo doou ao Atlético um quarteirão inteiro na Avenida Olegário Maciel para compensar o que havia tomado. Ali em 30 de maio de 1929, seria construído o estádio Antônio Carlos, que foi um dos primeiros do país a instalar refletores, mas só foi utilizado até a década de 1950, devido a sua pequena capacidade. Por muito tempo, o "Alçapão" foi conservado apenas em respeito à tradição. Mas, no início dos anos 1970, o estádio foi destruído. Hoje, no local, está instalado um shopping center chamado Diamond Mall, que pertence ao Atlético.

O clássico mais antigo de Minas Gerais

A primeira partida entre Atlético e Villa Nova, em 14 de Julho de 1912. Nesta data se enfrentaram os dois quadros das associações esportivas, em um festival promovido em homenagem ao aniversário do então governador do estado, Júlio Bueno Brandão, no antigo campo do Galo (onde atualmente se localiza o Minascentro). O 1º Quadro: Atlético 5 x 1 Villa Nova, 2º Quadro: Atlético 4 x 0 Villa Nova.

O primeiro título oficial

Seis anos após sua fundação, o Atlético conquistara o primeiro torneio de futebol realizado em Minas Gerais, a Taça Bueno Brandão. Em 1915, venceu o primeiro campeonato oficial de futebol do Estado, organizado pela Liga Mineira de Esportes Terrestres, atual FMF.

Maior goleada da história do Atlético-MG: Asas-MG 0 x 20 Atlético-MG

Em 18 de julho de 2009 o Atlético-MG de futebol feminino aplica a sua maior goleada, contando entre o time masculino, feminino e das categorias de base. O jogo era válido pelo Campeonato Mineiro de futebol feminino de 2009, na estreia, jogando em Lagoa Santa o Atlético-MG aplica 20 x 0 no Asas-MG. Foram 8 gols da Ludmila, 3 da Aline , 2 da Fernanda , 2 da Amanda, 1 da Daniela Lira, 1 da Érika, 1 da Natalia, 1 da Daniele e 1 da Poliana.

Panorama histórico

Said, circulado de amarelo; Jairo, de azul; e Mário de Castro, de vermelho, formavam o "Trio Maldito" do Atlético-MG na década de 1930.

O caráter popular da equipe mineira se deve pelo fato de ser pioneira na permissão de ingressos, deixando de lado a exclusividade da venda de ingressos para ricos e estudantes. Em 1929, o Alvinegro de Minas teve o primeiro jogador de fora do eixo Rio-São Paulo convocado para a Seleção Brasileira de Futebol: o atacante Mário de Castro. O convite, no entanto, foi recusado pelo atleta sob a alegação de que não vestiria nenhuma camisa que não a alvinegra, com a qual marcou 195 gols em apenas 100 jogos, provavelmente a maior média do futebol mundial. Foi a primeira equipe mineira a disputar uma partida Internacional, em 1929, na qual ganhou do Vitória de Setúbal por 3 a 1. Os gols foram marcados por Mário de Castro que fez 2 gols e Said. A partida foi disputada no Estádio Antônio Carlos, que havia sido inaugurado em 30 de maio daquele ano e foi um dos primeiros do País a instalar refletores.

Em 1937, o Atlético se sagrou Campeão dos Campeões do Brasil, na primeira competição interestadual profissional realizada no País. O torneio foi organizado pela Federação Brasileira de Futebol (FBF) e reuniu as equipes vencedoras dos estaduais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Ainda naquele ano, a FBF se fundiu à Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em 1950, o Galo realizou inédita excursão pela Europa. Entre 2 de novembro e 7 de dezembro daquele ano, o time disputou dez partidas contra equipes da Alemanha, Áustria, Bélgica, Luxemburgo e França. Foram seis vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. A notável campanha nos frios gramados do velho continente, alguns cobertos de neve, rendeu ao Clube o título simbólico de Campeão do Gelo .

Em 1969, o Atlético se tornou a única equipe do mundo a derrotar a Seleção Brasileira que conquistaria o tricampeonato mundial um ano depois, no México, na Copa de 70. Atuando no Mineirão, o Galo venceu por 2 a 1, gols de Amaury e Dadá Maravilha, com Pelé (em posição de impedimento) descontando para o Brasil. Foi o primeiro clube a vencer o Campeonato Brasileiro de Futebol organizado pela CBF, em 1971.

Nos anos 80, hegemonia total em Minas Gerais. Foram 8 títulos do Campeonato Mineiro em 10 anos.

Na década de 1990, venceu duas vezes a Copa Conmebol (edições de 1992 e 1997).

Em 2005, foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. A vergonhosa campanha veio a carimbar o que vinha sendo o pior momento da história do Clube.

Na temporada de 2009, o Atlético fez boas contratações e espera ter um ano melhor do que o ano de seu centenário. Uma das contratações que vem dando resultado foi o atacante Diego Tardelli. A presidencia do Atlético atualmente tem o total apoio da Torcida do alvinegro, e apesar de declarações de manipulação de resultados do campeonato mineiro, que foram feitas pelo presidente do Glorioso galo, a nova presidência vem sendo muito respeitada dentro do cenário mineiro.

Linha do tempo

* 1914 - Campeão do 1º torneio de futebol realizado em Minas Gerais, a Taça Bueno Brandão.
* 1915 - Campeão do 1º campeonato oficial de futebol de Minas Gerais.
* 1929 - Protagonista do 1º jogo internacional de um time mineiro e venceu por 3 a 1 o então Campeão Português, Victória de Setúbal, no Estádio Antônio Carlos.
* 1937 - Campeão da primeira competição interestadual profissional realizada no país, o Torneio Campeão dos Campeões do Brasil.
* 1950 - Primeiro clube brasileiro profissional a excursionar pela Europa.
* 1969 - Único time do mundo a derrotar a Seleção Brasileira. Essa mesma seleção conquistaria o tricampeonato mundial no ano seguinte, no México.
* 1971 - 1º Campeão Brasileiro.
* 1977 - Vice campeão brasileiro de forma invicta, perdendo a decisão, nos penâltis, para o São Paulo.
* 1980 - Vice campeão brasileiro, ao ser derrotado pelo Flamengo na final.
* 1992 - 1º Campeão da Copa Conmebol, competição precurssora da atual Copa Sul-Americana, e equivalente à Copa da UEFA europeia.
* 1995 - Vice campeão da Copa Conmebol, perdendo a decisão, nos penâltis, para o Club Atlético Rosario Central .
* 1997 - Bicampeão da Copa Conmebol, derrotando o Lanús na final.
* 1999 - Vice campeão brasileiro, ao ser derrotado pelo Corinthians na final.
* 2005 - Rebaixado pela primeira vez na história para a Série B do Campeonato Brasileiro
* 2006 - Campeão da Série B
* 2008 - Centenário do clube.



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CAMPEÃO MINEIRO 2015


Se não tem sofrimento, não é Atlético-MG . Esse tem sido o lema do clube na Copa Libertadores e na última edição da Copa do Brasil . E, para "alegria" do torcedor, se repetiu na decisão do Campeonato Mineiro . Como a Caldense tinha vantagem do empate, o clube alvinegro precisava de uma vitória para ficar com a taça. Os comandados por Levir Culpi até saíram na frente, mas sofreram logo a igualdade e foram conseguir o gol do título apenas na parte final do confronto. Jô, que não marcava há mais de um ano, entrou na etapa final e, em posição duvidosa, empurrou de coxa para explodir sua torcida. 

Veja todos os detalhes da partida.

Com a conquista, o Atlético-MG chega aos 43 títulos mineiros, abrindo ampla vantagem sobre o rival Cruzeiro, que possui 36 taças. Já a Caldense perdeu a oportunidade de alcançar seu segundo Campeonato Mineiro, primeiro com os dois grandes em disputa. Em 2002, quando ergueu seu primeiro troféu estadual da história, a competição envolvia apenas clubes de menor expressão do estado, já que Cruzeiro e Atlético-MG participaram do extinto Sul-Minas.
O Atlético-MG entrou em um ritmo lento na decisão deste domingo. Bem diferente da Caldense, que teve muita intensidade e esteve mais perto de abrir o placar na etapa inicial. A chance mais perigosa saiu de uma cabeçada de Tiago Azulão, carimbando a trave esquerda de Victor. Já o clube alvinegro levava perigo apenas nas bolas altas, uma com Luan e duas com Leonardo Silva.
 Foto: Pedro Vilela / Agência I7 / Gazeta Press

Victor comemora título com torcida alvinegra
Foto: Pedro Vilela / Agência I7
 Foto: Denis Dias / Gazeta Press
Luan deu assistência decisiva para o gol marcado
atualizado às 21h14
 
Mineiro 2015 - Final

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