A
trajetória da violoncelista nascida em Gaia na cidade do Porto é recheada de dezenas de prémios e
sucessos, que hoje culmina na atuação numa das mais prestigiadas salas
de espetáculos do mundo - o Royal Albert Hall, em Londres - na sequência
da vitória no "International Music Competition London Prize Virtuoso
Competition 2016".
Para chegar a este ponto, Mafalda explicou ser
necessário ter "muita responsabilidade e determinação". "Há alturas em
que me apetece desistir, mas já não respiro sem o violoncelo", contou.
Não menos importantes são os mestres que a acompanharam ao longo do seu
percurso - "sou uma sortuda", reconheceu. O "apoio incondicional" dos
pais não falta.
No entanto, para alcançar o desejo de "tocar em
todas as salas do mundo como Guilhermina Suggia", reputada violoncelista
portuguesa nascida em 1885, Mafalda pretende estudar na Alemanha, "um
dos grandes centros de música clássica no mundo, a par dos Estados
Unidos".
O cansaço acumulado pela prática que o violoncelo requer
não a desmotiva, uma vez que "é suposto estar-se cansado". Mafalda diz
poder "contrair lesões crónicas", para além da assimetria corporal
resultante do esforço feito. A luta constante da violoncelista
prende-se, também, com "o pouco ou nenhum apoio que é dado no nosso país
à arte e à cultura", e com o custo do instrumento. "Um arco razoável
para um violoncelo poderá custar oito mil euros", contou ao JN.
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