...E ASSIM NASCEU RECIFE






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DadosAniversário: 12 de março
Fundação: 12 de março de 1537 (473 anos)
Gentílico: recifense
Lema: Ut luceat omnibus (Que a luz brilhe para todos)
Prefeito(a): João da Costa Bezerra Filho (PT)
(2009 – 2012)
Localização: Pernambuco

Características geográficas
Área: 217,494 km²
População: 1 561 659 hab. est. IBGE/2009
Densidade: 7 180,24 hab./km²
Altitude: 4 m
Clima: tropical Aw
Fuso horário: UTC-3

Indicadores
IDH: 0,797 médio PNUD/2000
PIB: R$ 20 718 107 mil (BR: 18º) – IBGE/2007
PIB per capita: R$ 13 510 IBGE/2007

Recife é um município brasileiro, capital do estado de Pernambuco. Localizado às margens do oceano Atlântico, o município possui uma área de 217,494 km² e uma população de 1.561.659 de pessoas. É a sede da área metropolitana que leva seu nome: a Região Metropolitana do Recife, com 3,73 milhões de habitantes. É classificada pelo IBGE como uma metrópole nacional.
Em recente estudo do instituto, o Recife aparece como metrópole da quarta maior rede urbana do Brasil em população. O Recife, das capitais estaduais atuais, é a mais antiga do Brasil.

Desempenha um forte papel de centralizador econômico em seu estado e região, com uma área de influência que abrange inclusive outras capitais, como João Pessoa, Maceió, Natal e Aracaju. Sua área metropolitana inclui, além da capital pernambucana, mais 14 cidades do Grande Recife, concentrando 65% do PIB estadual.

Destaca-se por possuir o mais importante pólo médico do Norte/Nordeste; um grande pólo tecnológico, o Porto Digital, que abriga várias empresas multinacionais; uma forte indústria de construção civil: a cidade detém grande número de arranha-céus em comparação a outras capitais do país.

Com um grande potencial turístico e forte vocação para o turismo de negócios, frequentemente é escolhida como sede de diversos eventos, como simpósios, jornadas e congressos. O Aeroporto Internacional do Recife é o maior da região em capacidade anual de passageiros e está entre os mais modernos do país, tendo sido eleito um dos 5 melhores aeroportos do mundo pelas companhias de aviação. Em seu sistema de transporte público, conta com uma frota de 4.600 ônibus, que transportam 1,7 milhão de passageiros por dia e um eficiente sistema de Metrô, onde embarcam 210 mil pessoas diariamente.

O nome "Recife" provém da palavra arrecife, grande barreira rochosa de arenito (recifes) que se estende por toda a sua costa, formando piscinas naturais.

Geralmente, o nome do município dentro de frases é acompanhado de artigo masculino, como acontece com os municípios do Rio de Janeiro, do Crato, do Cabo de Santo Agostinho e outros. A esse respeito, muitos intelectuais recifenses e pernambucanos já se pronunciaram, entre eles Gilberto Freyre, em seu livro O Recife, sim! Recife, não!, em 1960. Sobre o tema se pronunciou o historiador pernambucano José Antônio Gonçalves de Melo: "Porque se originou de um acidente geográfico - o recife ou o arrecife - a designação do Recife não prescinde do artigo definido masculino: O Recife e nunca Recife."

Por outro lado, o gramático Napoleão Mendes de Almeida afirma em longo arrazoado, que não se deve usar o artigo definido para fazer referência à cidade, mas apenas ao bairro homônimo: "o bairro do Recife na cidade de Recife".

Para falar de Recife e Pernambuco, sem falar de Duarte Coelho, da Família Albuquerque e de Felipe Camarão, é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa.


DUARTE COELHO PEREIRA
Primeiro donatário da Capitania Hereditária de Pernambuco e fundador de Olinda. Duarte Coelho Pereira nasceu na província portuguesa de Miragaia; estima-se que seu nascimento ocorreu em 1485. Faleceu em Portugal em 7 de agosto de 1554.

Era fidalgo, militar e administrador. Era bastardo na família Coelhos da região Entre-Douro e Minho. Filho de Gonçalo Coelho, escrivão da Fazenda Real, e de Catarina Ana Duarte. Acompanhou o pai numa expedição que partiu em direção ao Brasil em 1503 e logo depois se alistou na marinha portuguesa. Em 1506, partiu para a Índia e China. No ano de 1521, foi responsável pela construção da igreja de Nossa Senhora do Outeiro em Málaca. Esteve na Índia novamente em 1531. Em 1532 recebeu o comando da frota para expulsar os franceses do litoral brasileiro. Dois anos depois, recebeu de D. João III, sob doação, pelos serviços prestados, sessenta léguas de costa do território colonial do Brasil, que atualmente abrangem os estados de Pernambuco e Alagoas. Em 1535, Duarte Coelho volta ao Brasil para assumir pessoalmente a Capitania doada. Porém, antes, em 10 de março de 1534, pelos serviços prestados à Coroa, havia recebido a doação da capitania de Pernambuco, quando já tinha sessenta anos de idade. Mesmo podendo administrá-la remotamente de Portugal, preferiu mudar-se para o Brasil, no intuito de administrá-la pessoalmente. Chegou ao Brasil em 1535, acompanhado de sua mulher, Brites de Albuquerque, e de seu cunhado, Jerônimo de Albuquerque. Junto deles vieram alguns cristãos-novos para ajudar na montagem dos engenhos de açúcar.

Por questões de segurança, afastou a sede da capitania, do mar, estabelecendo sua sede na atual área de Olinda, isto, antes de 12 de março de 1537, data da Carta de Doação referida como Foral de Olinda, que coincidentemente, é também a data de fundação da cidade de Recife.

Na época, a Capitania de Pernambuco era denominada pelo próprio Duarte Coelho de “Nova Lusitânia”, região que abrangia todo o atual estado de Alagoas e rio São Francisco, a maior área territorial da época.

Foi um administrador patriarcal, monocultor. Incentivava o plantio da cana em troca de isenção de taxas de moagem. Era pacífico com os índios, apesar de enfrentar conflitos com algumas tribos.

Além da produção de cana, incentivou o comércio e construiu estaleiros. Devido a intrigas de invejosos, retornou a Portugal, e não sendo bem recebido pelo rei, ficou amargurado, fator que o levou à morte em 7 de agosto de 1554.

Contrariando a maioria dos aventureiros da época, Coelho veio com um propósito diferente: veio pra ficar e sonhar com uma nova nação. Fixou-se no sítio Marcos, onde antes Cristóvão Jacques havia fincado marcos de posse portuguesa. Fundou a primeira vila pernambucana: São Cosme e Damião, que era localizada numa antiga propriedade rural. Lá, hoje Cidade de Igarassu, existe a Igreja mais antiga do Brasil: Igreja de Cosme e Damião.

Um dos grandes problemas que os donatários enfrentavam era os constantes ataques dos índios. Em determindas áreas existiam tribos mais amigáveis, entretanto, em outras haviam verdadeiros canibais. Desse modo, provavelmente para se livrar desses ataques, se dirigiu para o Sul onde fundou a Vila de Olinda no ano de 1536. Nascia a história de Pernambuco...Recife estava em gestação!!! Foi Duarte Coelho, que financiou a incursão, que descobriu a hoje chamada Cachoeira de Paulo Afonso, nome dado ao seu descobridor.

Sua administração era um tanto diferente do sentimento ganacioso dos demais desbravadores dessa terra. Uma vez que, na sua luta de fixar "a população à terra" contribuiu para a formação de uma sensação de liberdade, ou melhor de independência. Criava-se uma identidade.


JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE ( O ADÃO PERNAMBUCANO)
Jerônimo de Albuquerque, nasceu em Lisboa em 1510, falecendo em Olinda em 25 de dezembro de 1584. Veio para o Brasil na esquadra que trouxe Duarte Coelho e sua esposa Brites de Albuquerque, irmã de Jerônimo, em 1535.
Recém-chegado, teve que lutar contra os índios tabajaras e numa dessas lutas levou uma flechada, que lhe custou a perda de um olho. Após esse incidente, ficou conhecido pelo apelido de "Torto". Ferido, prisioneiro e condenado à morte, acabou sendo salvo pela intervenção da filha do cacique Uirá Ubi (Arco Verde), chamada de Tindarena ou Tabira, que se apaixonou por ele e o quiz como marido. O casamento selou a paz entre os portugueses e os tabajaras.
Batizada, posteriormente, Tabira recebeu o nome de Maria do Espírito Santo Arco Verde em homenagem à festa de Pentecostes, que se celebrava no dia de seu batismo. Dessa união nasceram oito filhos, todos reconhecidos por Jerônimo. Destes oito, houve um que se destacou mais tarde na luta contra os franceses e que acabou também por ser um dos fundadores da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, que foi Jerônimo de Albuquerque Maranhão.
Depois, Jerônimo de Albuquerque, teve ainda mais cinco filhos com outras mulheres, índias e brancas, que motivou a revolta da rainha de Portugal, dna. Catarina de Áustria e que resultou na "carta-intimação" por ela enviada a Jerônimo, obrigando-o a casar com Fellipa de Melo. Segundo ela, sendo ele descendente de reis, não deveria seguir a "Lei de Moisés", isto é, manter trezentas concubinas.
Deste casamento nasceram mais onze filhos, somando um total de vinte e quatro, o que lhe valeu o apelido de "Adão Pernambucano".


FELIPE CAMARÃO
Antônio Filipe Camarão foi um indígena brasileiro da tribo potiguar, nascido no início do século XVII no bairro de Igapó, na cidade de Natal, na então Capitania do Rio Grande (hoje o estado do Rio Grande do Norte) ou, de acordo com alguns historiadores, na Capitania de Pernambuco (hoje o estado de Pernambuco). Tendo como nome de nascença Poti ou Potiguaçu que significa camarão. Ao ser batizado e convertido ao catolicismo em (1614) recebeu o nome de Antônio e adotou Filipe Camarão em homenagem ao soberano D. Filipe II (1598-1621).

Educado pelos jesuítas, era ele, segundo Frei Manuel Calado, "destro em ler e escrever e com algum princípio de latim"; considerava de suma importância a correção gramatical e a pronúncia do português, "era tão exagerado em suas coisas, que, quando fala com pessoas principais, o fazia por intérprete (posto que falava bem o português) dizendo que fazia isto porque, falando em português, podia cair em algum erro no pronunciar as palavras por ser índio". Seu trato era comedido e "mui cortesão em suas palavras e mui grave e pontual, que se quer mui respeitado".

Uma visão romântica de Filipe Camarão, por Victor Meirelles de Lima.No contexto das invasões holandesas do Brasil, auxiliou a resistência organizada por Matias de Albuquerque desde 1630, como voluntário para a reconquista de Olinda e do Recife. À frente dos guerreiros de sua tribo organizou ações de guerrilha que se revelaram essenciais para conter o avanço dos invasores.

Sempre acompanhado de sua esposa, Clara Camarão, tão combatente quanto ele, destacou-se nas batalhas de São Lourenço (1636), de Porto Calvo (1637) e de Mata Redonda (1638). Nesse último ano participou ainda da defesa de Salvador, atacada por Maurício de Nassau.

Distinguiu-se na primeira comandando a ala direita do exército rebelde na Primeira Batalha dos Guararapes (1648), pelo que foi agraciado com a mercê de Dom, o hábito de cavaleiro da Ordem de Cristo, o foro de fidalgo com brasão de armas e o título de Capitão-Mor de Todos os índios do Brasil.

Faleceu no Arraial (novo) do Bom Jesus (Pernambuco), em 24 de agosto de 1648, em conseqüência de ferimentos sofridos no mês anterior, durante a Batalha dos Guararapes. Após a sua morte foi sucedido no comando dos soldados insurgentes indígenas por seu sobrinho D. Diogo Pinheiro Camarão.

O Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura de Natal, e um bairro da mesma cidade, homenageiam o seu nome. Da mesma forma, o Exército Brasileiro denomina a Sétima Brigada de Infantaria Motorizada como Brigada Felipe Camarão.

Numa das muitas refregas que teve com os holandeses, estes tentaram corromper Camarão, pedindo-lhe, que assinasse a rendição de suas tropas. Revoltado, Camarão, pegou os papéis, rasgou-os, e voltando-se para Von Schkoppe, gritou!.. "A esses papéis corruptos eu respondo com a moral das balas de meus canhões"! Filipe Camarão viria a falecer nesse mesmo ano, agosto de 1648. Foi o único índio a receber o título de fidalguia.

Fontes:http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=301&textCode=4894&date=currentDate
http://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_Coelho_Pereira

Mat. em construção...

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