A ERA VARGAS
ESTÁ DIVIDIDA em três Períodos:- Provisório, Constitucional e Estado Novo.
Governo Provisório (1930-1934)
A concentração de poderes na Era Vargas
Como
líder principal de uma revolução, Vargas assumiu o governo em 03 de
novembro de 1930 com poderes
extraordinários. Aos poucos foi reforçando seu poder pessoal e em 1937,
acaba por instituir uma ditadura fascista no Brasil, acabando por
destruir o
poder das oligarquias estaduais, que era o braço importante do esquema
político da República Velha. Isso só foi possível graças
A
progressiva concentração de poderes foi possível graças à inexistência
de grupos capazes de contestar e derrubar o novo governo e de assumir o
controle político do país; aos choques de interesses entre grupos rivais
dos quais Getúlio inteligentemente se aproveitava para reforçar seu
poder
pessoal e principalmente pelo apoio que recebia da alta cúpula militar
representada inicialmente pelo general Goes Monteiro e, a
partir de 1936, pelo mesmo general Goes Monteiro e pelo general Eurico
Gaspar Dutra.
Getúlio
mostrou, desde o início, sua intenção de concentrar em suas mãos tanto
as decisões políticas quanto as econômico-financeiras.
A partir de 11 de novembro, seus ministros delegaram-lhe por decreto, o direito de exercer os poderes Executivo e
Legislativo, até que uma Assembléia Constituinte estabelecesse a
reorganização constitucional do país: então, Getúlio governou sem Constituição
até 1934.
Getúlio determinou a seguir a dissolução do Congresso Nacional, das Assembléias
Legislativas estaduais e das Câmaras Municipais. Segundo Osvaldo
Aranha, “tenente civil” e ministro da Justiça, “a Revolução passa a não
reconhecer direitos adquiridos”.
Foram demitidos todos os governadores estaduais, com exceção do
recém-eleito governador de Minas Gerais Benedito Valadares, e substituídos por
interventores federais, recrutados entre os tenentes, com poderes
executivos e legislativos, porém subordinados ao poder central.
A partir daí os estados “ficam proibidos de contrair empréstimos externos sem a
autorização do governo federal; gastar mais de 10% da despesa ordinária
com serviços de polícia militar; dotar as polícias estaduais de
artilharia e aviação ou armá-las em proporção superior ao Exército”.
Essa enorme concentração de poderes, ausente durante a
Republica das Oligarquias, produziu divergências na coalizão
revolucionária.
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