AS GRANDES MULHERES

Imigração Italiana/Immigrazione Italiana  
Um tributo à garra da mulher italiana imigrante: Caxias do Sul prepara comemorações dos 130 anos de Ana Rech
Martedì - 13/03/2007


Foto: Divulgação

Em frente à igreja de N.S.do Caravaggio, a escultura de Ana Rech, uma imigrante italiana que superou as dificuldades de ser uma mulher "sozinha".
 



Uma comunidade surgida a partir da tenacidade de uma imigrante italiana  comemorará, nos dias 21 e 22 de abril, 130 anos.  A Prefeitura de Caxias do Sul e a Associação dos Amigos da localidade já trabalham na organização dos  preparativos para as comemorações da região que levou o nome de uma mulher que é considerada uma verdadeira heroína: Ana Rech.
A comissão reuniu-se com o Prefeito José Ivo Sartori e secretários no último final de semana.. Estiveram no gabinete o subprefeito Hélio Dall'Alba, o pároco Bruno Barbieri, o presidente da Samar, Afrânio Basso, a diretora-executiva, Lorena Steffli e o escritor Luiz Antônio Alves, além dos secretários Daniel Guerra (Turismo), Antônio Feldmann (Cultura), Nestor Pistorello (Agricultura), Jair Bastos de Souza (SMEL) e), bem como a a diretora de Memória e Patrimônio Cultural, Lilliana Henrichs, que já estão envolvidos com o evento.

A HISTÓRIA DE ANNA MARIA PAULETTI RECH

Anna Maria Pauletti Rech partiu de Pedavena, da Província de Belluno, no Norte da Itália, em 12 de outubro de 1876, rumo ao Brasil. Ela tinha, então, 48 anos de idade. Era viúva e trazia consigo os oitos filhos. Não lhe restava outra opção, em face da mísera realidade oferecida pela pátria de origem. A viagem de navio durou quatro meses.
Em abril de 1877, Anna Rech se fixava no lote 104 do Travessão Leopoldina, na Colônia de Caxias. O local fora escolhido por indicação de que ali, rota de tropeiros, seria um bom lugar para a abertura de uma pequena casa de comércio e de hospedagem.
Determinada, superando as dificuldades intrínsecas à vida de uma mulher "sozinha" naquela época, Anna construiu um galpão de comércio e hospedagem, e cercou o potreiro com boa pastagem e água. Logo os viajantes perceberam no estabelecimento um bom lugar para descansar e, na manhã seguinte, alcançar, a 10 km, o centro comercial do Campo dos Bugres - atualmente, Caxias do Sul.
Com o tempo, a localidade, cujo nome originalmente era 8ª Légua, passou a se chamar Ana Rech, graças à familiaridade de colonos, tropeiros e comerciantes com "o galpão de Ana Rech".
A imigrante italiana faleceu em 16 de maio de 1916, aos 88 anos.
Além de denominar a comunidade caxiense, Anna Rech é também o nome de uma escola em Pedavena. Em frente à Igreja Matriz de Caxias do Sul, a figura de Anna Rech encontra-se imortalizada em monumento de autoria do escultor caxiense Bruno Segalla. E ainda: Caxias do Sul e Pedavena tornaram-se co-irmãs, mediante o gemelaggio.

Anna

Anna Pauletti, questo il suo vero nome, nacque a Pren, frazione di Pedavena nel 1828. Nel 1847, a 19 anni, andò sposa a Osvaldo Rech dal quale ebbe sette figli e che la lasciò vedova nel 1875 quando aveva 47anni.
Le misere condizioni economiche della famiglia, esasperate dalla presenza di due figlie minorate, indussero Anna a cercare fortuna nel nuovo mondo, che per lei, come per migliaia di altri veneti, si identificò nel Brasile. Partì da Pedavena il 12 dicembre 1876. La più giovane dei sette figli aveva dodici anni.
Il cammino della speranza per la famiglia Rech si concluse dopo quattro mesi di viaggio, nell’aprile del 1877, quando giunse sui terreni avuti in concessione, due lotti di 25 ettari ciascuno nello stato più meridionale del Brasile, il Rio Grande do Sul.
Il terreno assegnato aveva il vantaggio di trovarsi tra i punti obbligati di passaggio per quanti scendevano o salivano le piste della Serra do Mar.
Analfabeta ma dotata di senso pratico e spirito d’iniziativa, Anna adattò la baracca dove viveva ad osteria e a spaccio di pochi generi di prima necessità e poi anche a locanda, dove i viandanti potevano trovare sosta e riposo.
La vedova riuscì a "lanciare" il locale e il nome del suo piccolo emporio si diffuse in tutto il vicinato e si impose tra i coloni, i commercianti e gli allevatori locali. La possibilità di fermarsi a bere un bicchiere, a mangiare un boccone e ad incontrare altra gente con la quale parlare di affari divenne una locuzione di riferimento topografico: ci troviamo da Anna Rech. Con tale nome la località finì sugli atti notarili, sui rapporti dei funzionari governativi e, infine, sulle carte geografiche. Negli anni che seguirono, il nome Anna, adattandosi alla lingua locale, diventò Ana, mentre il piccolo nucleo abitato iniziale si espandeva progressivamente, in un processo di crescita favorito dalla vicinanza dell'importante centro di Caxias.
Attorno ai Rech e nel vasto circondario erano sopravvenute ondate di altri coloni, molti provenienti dal Feltrino e dal Bellunese, altri dalle province venete.
Non furono risparmiate ad Anna sofferenze e dolori. Alle figlie minorate si aggiunse il disadattamento del figlio Giuseppe che all'arrivo in colonia contava 18 anni e che non riuscì mai a inserirsi nella nuova realtà, morendo in un incidente.
Anna si spense all'età di 88 anni, dopo averne trascorsi 39 in Brasile, il 16 maggio del 1916, mentre il Veneto, e tutta l’Europa, era sconvolto da quella che fu poi chiamata la Grande Guerra.
La sua figura non fu però dimenticata, né in Brasile né in Veneto. A Caxias, sulla porta della Chiesa di San Pellegrino, opera dello scultore Augusto Murer eseguita in occasione delle celebrazioni per il primo centenario della colonizzazione italiana, tra le figure in altorilievo di bronzo, compare anche quella di Anna e il sobborgo che porta il suo nome eresse un monumento alla fondatrice, posto nella piazza della chiesa. Il comune di Pedavena a sua volta dedicò al suo nome, nel 1990, la nuova scuola media.

OBS. As Grandes Sesmarias da Serra Gaúcha em posse dos grandes fazendeiros portugueses, como Bento Lisboa e outros, foram cedidas aos imigrantes italianos a preços baixos e a longo prazo e às vezes até gratuitamente.
Foi o próprio Bento Lisboa, que vendo neles uma grande capacidade profissional, principalmente na atividade vinícula, lhes sugeriu que organizassem todos os anos uma grande festa da uva, que perdura até hoje, com grandes desfiles de carros alegóricos com produtos da terra e lindas moças com trajes típicos.
Logo à entrada do pátio da Exposição em Caxias do Sul, encontra-se uma estátua de Bento Lisboa, homenagem da colônia italo - brasileira.
 



Redação ORIUNDI/Imprensa Prefeitura Caxias do Sul









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