Mais um vez os trabalhadores brasileiros vão às ruas para comemorar o
seu primeiro de maio. Mas será que há motivo para comemorações ou serão
apenas protestos a encher as ruas do Brasil? A bem da verdade, desde
aqueles sangrentos primeiros dias de maio de 1886 nas ruas de Chicago
nos Estados Unidos onde sucumbiram trabalhadores, sindicalistas e alguns
policiais, o capital sempre saiu vencedor. Os avanços sociais havidos
até agora, aqui e ali, se devem apenas aos avanços tecnológicos e à
necessidade dos capitalistas de uma mão de obra mais qualificada. Em
termos de países que ainda não fizeram sua revolução industrial e são
muitos, entre eles encontra-se o...Continue lendo...
Retratos de violência: 1º de Maio em Portugal e no mundo
Milhares de pessoas participaram, em todo o mundo, em marchas que
assinalaram o 1º de Maio. Em cidades como Paris, Istambul e Turim as
comemorações ficaram marcadas pela violência.
Lisboa: “Pleno emprego é um direito ”
Milhares de pessoas desfilaram esta segunda-feira pelas ruas da Lisboa alfacinha para lembrar que “o trabalho é um direito de todos” e que “a luta continua”
porque “maio está na rua”, em ma marcha organizada pela central sindical
CGTP-IN e marcada para sair do Largo do Martin Moniz às 14h30. Às 16h00 desfile do 1º de Maio já passava ao lado do
Intendente. Comandando a marcha, seguiu o líder da Confederação Geral
dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, Arménio Carlos, acompanhado por outros participantes da plataforma sindical.
Em passo lento,
empunhando bandeiras e faixas, várias palavras de ordem em contexto da
luta dos trabalhadores fizeram-se ouvir.
O dia do trabalhador foi comemorado ainda pela CGTP com iniciativas festivas e de protesto em 40 localidades do país, em defesa da “Valorização do Trabalho e dos Trabalhadores”. A UGT(União Geral dos trabalhadores) por sua vez escolheu Viana do Castelo para assinalar a data.
Moscovo: duas marchas e mais de um milhão e meio na rua
Em Moscovo realizaram-se duas marchas para comemorar o 1º de Maio, que reuniram mais de um milhão e meio de russos no centro
de Moscou, desfiles que contaram com uma adesão superior a anos
anteriores, segundo a agência de notícias Interfax. Ambas inspiradas na
nostalgia dos tempos soviéticos, os manifestantes agitaram bandeiras
comunistas e retratos de Lenin, ao som de bandas de música.
Havana: bandeira norte-americana protagonista de marcha
Em Cuba, o maior evento político anual do país ficou
marcado quando um homem, envergando uma bandeira norte-americana,
rompeu a segurança e colocou-se à frente das dezenas milhares e pessoas
que participavam na marcha, que era assistida pelo Presidente Raúl
Castro.
Venezuela e África do Sul: desafios e tumultos
Na Venezuela, a oposição apoiada pelos Estados Unidos organizou uma marcha para
celebrar o primeiro mês de protestos contra o Presidente Nicolas Maduro e
desafiar o poder que tradicionalmente organiza grandes desfiles no 1º
de maio.
Na África do Sul, as comemorações
ficaram marcadas por tumultos, com o principal sindicato do país a
pedir a demissão ao Presidente Jacob Zuma. Todos os discursos
programados para o evento foram cancelados.
No Brasil houve grandes manifestações de protesto contra as reformas da previdência e trabalhistas de Michel Temer por parte da população em geral, sem conotação partidária ou até mesmo de classes, pois seu governo está rejeitado por mais de 70% da população em geral. As maiores manifestações aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte, mas sem acontecimentos mais graves.
Protestos do dia do trabalho na Cinelândia - RJ
Protestos do dia do trabalho em São Paulo
Ex presidentes do Brasil, Dilma Rousseff e
Lula da Silva nos protestos do primeiro de
maio em São Paulo.