...E ASSIM NASCEU NATAL (RN)




Município do Natal
"Cidade do Sol"
"Noiva do Sol"
"Capital Espacial do Brasil"
Do topo, da esquerda para a direita: Ponte Newton Navarro e Rio Potenji, com uma visão parcial do bairro Santos Reis ao fundo; Morro do Careca; Catedral Metropolitana de Natal; Fortaleza dos Reis Magos; Pórtico dos Reis Magos; Rua Chile e visão noturna da Praia de Ponta Negra e do bairro homônimo.

Do topo, da esquerda para a direita: Ponte Newton Navarro e Rio Potenji, com uma visão parcial do bairro Santos Reis ao fundo; Morro do Careca; Catedral Metropolitana de Natal; Fortaleza dos Reis Magos; Pórtico dos Reis Magos; Rua Chile e visão noturna da Praia de Ponta Negra e do bairro homônimo.
Bandeira do Natal
Brasão do Natal
Bandeira Brasão

Aniversário 25 de dezembro
Fundação 25 de dezembro de 1599 (415 anos)
Gentílico natalense
Padroeiro(a) Nossa Senhora da Apresentação
Prefeito(a) Carlos Eduardo Alves (PDT)
(2013–2016)
Localização
Localização do Natal
Localização do Natal no Rio Grande do Norte
Natal está localizado em: Brasil
Natal
Localização do Natal no Brasil
05° 47' 42" S 35° 12' 32" O
Unidade federativa  Rio Grande do Norte
Mesorregião Leste Potiguar IBGE/2008
Microrregião Natal IBGE/2008
Região metropolitana Natal
Municípios limítrofes Norte: Extremoz;
Sul: Parnamirim;
Leste: Oceano Atlântico;
Oeste: Macaíba e São Gonçalo do Amarante.
Distância até a capital 2 227 km
Características geográficas
Área 167,273 km² (RN: 104º)
População 862 044 hab. (RN: 1°/BR: 19º) –  IBGE/2014
Densidade 5 153,52 hab./km²
Altitude 30 m 
Clima Tropical úmido As
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,763 (RN: 2°) – alto PNUD/2010
PIB R$ 12 266 519 mil (BR: 45º) – IBGE/2011
PIB per capita R$ 15 129,28 IBGE/2011
Página oficial
Prefeitura www.natal.rn.gov.br
Câmara www.cmnat.rn.gov.br

Natal é um município brasileiro, capital do estado do Rio Grande do Norte, pertencente à Região Metropolitana de Natal, à microrregião de Natal, à mesorregião do Leste Potiguar e ao Polo Costa das Dunas. A cidade nasceu às margens do rio Potengi e do Forte dos Reis Magos, no extremo-nordeste do Brasil, numa região chamada "esquina do continente", distante 2.507 quilômetros de Brasília. É conhecida como a "Cidade do Sol" ou "Noiva do Sol" por ser uma das localidades com o maior número de dias de sol no Brasil, chegando a aproximadamente trezentos.Também a chamam de "Capital Espacial do Brasil" devido às operações da primeira base de foguetes da América do Sul, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno no município limítrofe de Parnamirim.

Fundada em 1599, às margens do Rio Potenji, a cidade é conhecida mundialmente e conta com importantes monumentos, parques e museus e pontos turísticos, como o Teatro Alberto Maranhão e a Coluna Capitolina Del Pretti, no Centro Histórico, além de outras atrações como a Ponte Newton Navarro, o Museu Câmara Cascudo, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, o Museu de Cultura Popular, o Parque das Dunas, a Catedral Metropolitana e praias como Ponta Negra e dos Artistas, e eventos de grande repercussão, como a Feira Internacional de Artesanato (FIART), o Carnatal, as festas juninas e as comemorações natalinas. É também conhecida como a "Capital Espacial do Brasil", devido às operações da primeira base de foguetes da América do Sul, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, hoje localizada no município limítrofe de Parnamirim.

Capital menos violenta do Brasil, décima-quarta cidade mais segura do Brasil e terceira capital com melhor qualidade de vida do Norte-Nordeste, é a vigésima cidade mais populosa do país, detendo em 2010 uma população de 803.311 habitantes (ou 1.350.840, contando a região metropolitana). Deve-se observar que há áreas conurbadas à cidade, porém pertencentes aos municípios vizinhos, como Nova Parnamirim, com aproximadamente 50 mil habitantes, que é uma extensão da zona sul da cidade, dentro do município vizinho de Parnamirim, e outras áreas do aglomerado urbano da metrópole. Atualmente a cidade cresce num ritmo alucinante, contando, só na Zona Norte, com uma população de cerca de 300 mil habitantes. Atrai aproximadamente 2 milhões de turistas ao ano por contar com muitas praias e belezas naturais e também por sediar a maior micareta do país, o Carnatal, o que faz com que a cidade se configure como a oitava cidade mais visitada por turistas do Brasil (dado de 2005) e a mais visitada por portugueses. O município foi eleito pela Aviesp (Associação das Agências de Viagens Independentes do Estado de São Paulo) como o melhor destino turístico do Brasil em 2007, e também é uma das cidades com o maior número de leitos turísticos do Brasil, sendo aproximadamente 28 mil.

Historicamente, a cidade teve grande importância durante a Segunda Guerra Mundial em 1942 durante a Operação Tocha, já que os aviões da base aliada americana se abasteciam com combustível no lugar que hoje é o Aeroporto Internacional Augusto Severo, sendo classificada como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo" pelo Departamento de Guerra dos EUA, junto com Suez, Gibraltar e Bósforo. Natal é a segunda menor capital do país em área territorial e, por isso, possui uma das mais altas densidades demograficas do país.

Catedral Metropolitana de Natal
É o trigésimo-sexto maior PIB municipal da nação, sendo que sua economia não se resume só no turismo, mas também no comércio, indústria e construção civil, tanto que foi eleita a quarta melhor cidade do Nordeste para se trabalhar e a capital do Nordeste em que se paga melhor a um trabalhador em um emprego formal no Nordeste do Brasil, tendo também o quinto maior poder de compra por parte da população no Brasil. É terra do folclorista Luís da Câmara Cascudo e do poeta Ferreira Itajubá, possuindo monumentos históricos como o Teatro Alberto Maranhão e a Coluna Capitolina Del Pretti, ambos no Centro Histórico de Natal, além de outras atrações como a Ponte Newton Navarro, o maior cajueiro do mundo, o Parque da Cidade e praias como Ponta Negra, Genipabu e Pipa.

É a capital brasileira mais próxima do continente europeu, estando situada numa espécie de triângulo natural com um vértice para o norte, que é banhado de um lado pelo Rio Potengi e de outro pelo Oceano Atlântico, recebendo ventos constantes, condição que lhe concedeu o título, segundo a NASA, de cidade detentora do ar mais puro e renovável do continente sul-americano. Está localizada no litoral do estado, numa região essencialmente cercada de dunas, com uma altitude média de trinta e três metros acima do nível do mar.









História

O Forte dos Reis Magos, por Gillis Peeters.
Até o ano 1000, aproximadamente, a região do atual município de Natal era habitada por povos indígenas tapuias. Nessa época, a região foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia, os quais expulsaram os tapuias para o interior do continente. No século XVI, a região era habitada por um desses povos tupis, os potiguaras.
A história da Capitania do Rio Grande do Norte teve início a partir de 1535, com a chegada de uma frota comandada por Aires da Cunha, a serviço do donatário João de Barros e do Rei de Portugal. O objetivo era colonizar as terras da região, tarefa esta dificultada pela forte resistência dos indígenas potiguaras e dos piratas franceses que traficavam pau-brasil. Estava iniciada a trajetória histórica da área situada na esquina da América do Sul.
Praça André de Albuquerque. Este foi o local onde, segundo historiadores, foi celebrada uma missa após a fundação de Natal.
Mais tarde, em 25 de dezembro de 1597, uma nova esquadra comandada por Manuel Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque entrava na barra do Rio Potengi. A primeira providência adotada pelos expedicionários foi tomar precauções contra os ataques indígenas e dos corsários franceses. Doze dias depois da chegada, no dia 6 de janeiro de 1598, começaram a construção de um forte sobre os arrecifes situados nas redondezas da chamada Boca da Barra. A edificação foi chamada de Fortaleza da Barra do Rio Grande e foi concluída no dia 24 de junho do mesmo ano. Nas circunvizinhanças, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de "Cidade dos Reis". Tempos depois, o povoado mudou de nome, passando a se chamar "Cidade do Natal".
Natal no início do século XX (1903).
Após a expulsão dos franceses e a construção de uma fortaleza, ainda restava fundar uma cidade. Devido à destruição de documentos por holandeses, a história de fundação da capital potiguar foi perdida. Há uma luta entre historiadores potiguares para reconstituir esse acontecimento, porém ela tem gerado controvérsias no que se refere aos tempos. Por isso, não se sabe ao certo quem fundou Natal. Uma das versões afirma que ela foi fundada após Manuel Mascarenhas Homem ter designado Jerônimo de Albuquerque como comandante da fortaleza, que depois seguiria à Bahia para prestar contas da missão desempenhada. Avanços de pesquisas já comprovaram que Mascarenhas não designou Jerônimo para poder exercer a função de capitão-mor do Rio Grande e que ele não se encontrava presente na data da fundação da cidade, não podendo, portanto, ser considerado como fundador de Natal. Porém, sabe-se que a data de fundação da cidade é 25 de dezembro de 1599. Outra hipótese ainda afirma que Natal foi fundada por João Rodrigues Colaço, e depois da fundação teria sido celebrada uma missa no local que corresponde à atual Praça André de Albuquerque.
Com a presença neerlandesa da Companhia das Índias Ocidentais na região, a vida da cidade começou a evoluir. A fortaleza, que antes era de taipa, passou a ser de alvenaria e a se chamar Forte de Kenlen. Natal, então, virou Nova Amsterdã, durante o período da invasão holandesa, compreendida entre 1633 e 1654.
A Coluna Capitolina, doada à
cidade por Benito Mussolini.
Seu crescimento foi acentuadamente lento nos primeiros séculos de sua existência. Segundo o historiador Câmara Cascudo, Natal tinha apenas 6 393 habitantes no final de 1805, passando para mais de dezesseis mil pessoas no final do século XIX. Somente a partir de 1922 a cidade começou a se desenvolver em ritmo mais acelerado. Além do crescimento, a cidade também começou a ter destaque na história da aviação: hidroaviões começaram a aterrissar sobre as águas do Rio Potenji. Mais tarde, foi a vez dos aviões, que pousavam em um campo de terra firme. A primeira esquadrilha a chegar em Natal e aterrissar sobre o rio Potenji foi a do exército dos Estados Unidos, em 1927, comandada pelo major Herbert Dangue.
No dia de Ano-Novo, em 1931, o navio italiano "Lazeroto Malocello", comandado pelo capitão de fragata Carlo Alberto Coraggio, chegou a Natal, trazendo a Coluna Capitolina, doada pelo chefe do governo da Itália, o fascista Benito Mussolini, com o objetivo de comemorar o "raid" Roma-Natal, realizado pelos aviadores Del Prete e Ferrarin. Essa peça foi encontrada nas ruínas da Roma Antiga. Cinco dias mais tarde, no dia dos Reis Magos (6 de janeiro), a capital norte-riograndense foi visitada pela esquadrilha da Força Aérea italiana.
Em 1935, a cidade foi alvo de rebelião e violência com a Intentona Comunista, liderada principalmente por comunistas. Essa rebelião foi gerada principalmente por setores da população descontentes com a atuação de Mário Câmara, governador do Rio Grande do Norte na época. Ela teve início no período noturno de 23 de novembro de 1935, quando, no atual Teatro Alberto Maranhão (antigo Teatro Carlos Gomes), ocorria a colação de grau de Colégio Marista. Dois dias depois, a cidade foi dominada por rebeldes, responsáveis pela organização de um Comitê Popular Revolucionário instalado na Vila Cinanto, a residência oficial do governador do estado na época. Durante esse movimento revolucionário, a população da natalense passou por grandes dificuldades. Várias pessoas foram assassinadas e algumas das agências bancárias, armazéns e lojas saqueadas pelos rebeldes. Enquanto isso, nas cidades de Recife (capital de Pernambuco) e Rio de Janeiro (capital federal da época), o movimento saiu sem obter sucesso, provocando o abandono de Natal pelos rebeldes, que deslocaram rumo à região do Seridó.
Natal é uma das cidades brasileiras
mais próximas do continente europeu
e do norte da África, fator decisivo
para que, desde a Segunda Guerra Mundial,
a cidade passasse a ser destaque
na história da aviação.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a cidade continuou seu ritmo de crescimento e evoluiu com a presença de contingentes militares brasileiros e aliados (particularmente norte-americanos), consumando-se o seu progresso com a construção das bases aérea e naval, local de onde as tropas partiam para o patrulhamento e para a batalha na defesa do Atlântico Sul, e na realização das campanhas militares no norte da África. Em 1942, durante a Operação Tocha, vários aviões de países aliados se abasteceram em Natal, no lugar em que foi o Aeroporto Internacional Augusto Severo. Ao mesmo tempo o Departamento de Guerra dos Estados Unidos classificou a cidade como "um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo", juntamente com o Canal de Suez (Egito), o Estreito de Bósforo (Turquia) e o Estreito de Gibraltar (entre a África e a Europa).
Em 28 de janeiro de 1943, foi a vez de Natal ser a sede de uma conferência, que contou com a participação de Getúlio Vargas (presidente do Brasil) e Franklin Delano Roosevelt (presidente dos Estados Unidos). Nessa mesma data, houve um acordo sobre a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, iniciou-se a construção de uma base aérea estadunidense, que mais tarde viria a receber o nome de "Trampolim da Vitória", atualmente localizada em Parnamirim. A partir daí, norte-americanos começaram a ocupar o território, culminando com a mudança de hábitos do município, fazendo, também, com que a população natalense crescesse e se multiplicasse, e a cidade perdesse todos os seus hábitos de "cidade provinciana". Uma maior relação entre natalenses e militares estadunidenses foi estabelecida, com a realização de inúmeros bailes, tendo como consequência uma espécie de "entrada" de vários ritmos vindos do exterior. 
Depois disso, a cidade não parou de crescer e, ano aniversário de quatrocentos anos da cidade, em 1999, Natal detinha já um número de setecentos mil habitantes. Atualmente, é uma cidade moderna, que apresenta alguns dos melhores índices socioeconômicos do Nordeste brasileiro, uma das menores desigualdades sociais do país e uma economia moderna e dinâmica. Atravessada pelo Rio Potenji, que separa a zona norte das demais zonas da cidade, Natal realçou sua beleza e se tornou cada vez mais moderna e diferente das demais capitais da região Nordeste, com as suas avenidas e ruas largas, especialmente nos bairros de Tirol e Petrópolis.

Geografia

Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, está localizado na mesorregião do Leste Potiguar e microrregião homônima, a uma altitude média de trinta metros acima do nível do mar, distante 2 227 quilômetros (km) de Brasília, a capital federal (1 779 km em linha reta). Com uma área territorial de 167,273 km², limita-se com os municípios de Extremoz ao norte, Parnamirim ao sul e Macaíba e São Gonçalo do Amarante a oeste, além do Oceano Atlântico a leste.
Dunas na praia de Ponta Negra,
com o Morro do Careca ao fundo.
O relevo do município, com altitudes inferiores a cem metros, é constituído pela planície costeira, que abrange uma série de terrenos planos de transição entre o mar e os tabuleiros costeiros, alterados pela presença de dunas. Natal situa-se em uma área de abrangência terrenos formados por sedimentos do Grupo Barreiras, oriundos da Idade Terciária, com a predominância variada de arenitos. Geomorfologicamente predominam os tabuleiros, formado por uma cobertura espessa de dois metros de areia, nas cores castanha ou vermelha, e borda coberta pelas dunas, que se estende por vinte quilômetros de comprimento, chegando em alguns pontos a atingir noventa metros de altura. Apenas no Parque das Dunas, elas são mais fixas e cobertas por vegetação nativa.
O tipo de solo predominante é a areia quartzosa distrófica, com textura formada por areia, baixo nível de fertilidade e excessiva drenagem.  Há ainda os solos indiscriminados de mangue, nas margens do rio Potenji, e uma pequena porção do latossolo vermelho amarelo, no extremo sudoeste do município.
O município possui seu território localizado dentro de um conjunto de quatro bacias hidrográficas, sendo a do Rio Potenji a maior delas, cobrindo 31,19 % da área de Natal, seguido pela faixa litorânea oriental de escoamento difuso (30,9 %) e pelas bacias dos rios Doce (23,43 %) e Pirangi (15,3 %). Dois importantes rios de Natal são o Potenji, que nasce no agreste do Rio Grande do Norte e percorre 176 quilômetros, desembocando no Oceano Atlântico, e o Jundiaí, afluente do Rio Potenji. Também se destaca o rio Pitimbu, que nasce no município de Macaíba, corta o bairro natalense de Pitimbu, na Zona Sul, e deságua na Lagoa do Jiqui, no município de Parnamirim. Outros rios que cortam a cidade são o Guariju e o Jaguaribe.

Adicionar legendaVista do Rio Potenji, que faz a demarcação entre a Zona Norte de Natal e o restante da cidade.

Clima

O clima de Natal é o tropical chuvoso quente com verão seco, com temperatura média anual de 26 °C, podendo chegar a 30 °C no verão. No inverno essa média cai para 24 °C. Devido à sua localização no litoral, o efeito da maritimidade é bastante perceptível, ocasionando em amplitudes térmicas relativamente baixas. Com aproximadamente três mil horas de insolação por ano (a maior dentre as capitais brasileiras), Natal possui o título de Cidade do Sol, já que, em alguns dias, o tempo ensolarado pode chegar a até quinze horas. Segundo estudo feito pela NASA, o ar natalense é o mais puro de todo o continente americano. A umidade relativa do ar é alta durante o ano todo, com média de 77 %.
Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Natal por meses
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 115,6 mm 24/01/2011 Julho 253,2 mm 30/07/1998
Fevereiro 116,2 mm 28/02/1963 Agosto 171,9 mm 08/08/2008
Março 111,4 mm 14/03/2014 Setembro 125,6 mm 04/09/2013
Abril 128,9 mm 30/04/2006 Outubro 47,3 mm 25/10/1996
Maio 168,4 mm 05/05/1988 Novembro 51,9 mm 30/11/2002
Junho 222,1 mm 15/06/2014 Dezembro 55,8 mm 18/12/1963
Fonte: Rede de dados do INMET. Período: 01/01/1961 a 31/12/1970,
01/08/1983 a 31/12/1984 e a partir de 01/01/1986.













A precipitação acontece sob a forma de chuva, com média de 1 465 milímetros anuais, sendo que a maior parte cai entre os meses de março a julho, às vezes acompanhadas de raios e trovoadas. Chegadas de frentes frias, embora muito raras, também podem acontecer.  Ventos mais fortes acontecem principalmente entre os meses de agosto e outubro, sendo que uma das rajadas mais fortes foi registrada em 18 de setembro de 2010, quando a velocidade do vento chegou a 70 km/h. Nevoeiros são comuns, especialmente nos meses mais chuvosos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1970, 1983 (a partir de 1º de agosto) a 1984 e a partir de 1986, a menor temperatura registrada em Natal foi de 10,6 °C em 9 de outubro de 1967, e a maior atingiu 34 °C em 25 de dezembro de 2006. O maior acumulado de precipitação (chuva) observado em 24 horas foi de 253,2 mm em 30 de julho de 1998. Outros grandes acumulados foram 222,1 mm em 15 de junho de 2014, 216,8 mm em 2 de julho de 2008, 210,4 mm em 9 de junho de 2008, 184,4 mm em 27 de junho de 2000, 171,9 mm em 8 de agosto de 2008, 168,4 mm em 5 de maio de 1988, 167,7 mm em 18 de junho de 1986, 163,5 mm em 16 de maio de 2005, 153,1 mm em 17 de junho de 2001 e 152,4 mm em 15 de julho de 2004. O mês de maior precipitação foi julho de 1998, quando foram registrados 791,8 mm, contudo o recorde absoluto foi de 907,6 mm em abril de 1973, sendo que esse mesmo ano foi também o mais chuvoso, quando caíram 3 510,9 mm.  O menor índice de umidade relativa do ar foi de 32 %, em 9 de março de 1970.
Nuvola apps kweather.svg Dados climatológicos para Natal Weather-rain-thunderstorm.svg
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima registrada (°C) 33,4 33,2 33,8 33 32,4 32,2 30,8 31,2 30,8 32 32,1 34 34
Temperatura máxima média (°C) 30,2 30,5 30,3 29,8 29,1 28,2 27,7 27,9 28,6 29,5 29,7 30,2 29,3
Temperatura média (°C) 27 27,2 27 26,6 26 24,9 24,3 24,3 25,1 26 26,4 26,7 26
Temperatura mínima média (°C) 24 23,8 23,3 22,8 22,3 21,5 20,8 20,7 21,7 22,7 23,1 23,6 22,5
Temperatura mínima registrada (°C) 18,4 19 18,2 18 18 17 16,4 14,6 16,6 10,6 17,9 18,4 10,6
Precipitação (mm) 54,6 87,3 195,8 264,7 239,6 202,2 196,9 112,6 59,1 17,1 14,7 20,8 1 465,4
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 6 9 14 16 14 16 17 13 8 4 4 5 126
Umidade relativa (%) 74,8 75,1 77,3 79,9 80,1 81,3 80,5 78 75,5 74,4 75,4 74,8 77,3
Horas de sol 276,9 235,1 225,9 194,8 216,1 204,3 217 247,1 256,8 299,9 300,3 294,2 2 968,4
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (normal climatológica de 1961-1990; recordes de temperatura de 01/01/1961 a 31/12/1970, 01/08/1983 a 31/12/1984 e a partir de 01/01/1986).

Meio ambiente

Flora do Parque das Dunas, reserva
de Mata Atlântica e o segundo
maior parque urbano do Brasil,
superado apenas pela Floresta da
Tijuca, no Rio de Janeiro.
A cobertura vegetal do município é formada pela floresta subperenifólia, que está situada nas áreas em que solo é coberto por húmus, abrigando espécies de plantas com muitas folhas largas e troncos delgados. Há ainda os manguezais, típicos de solos inundados pelas marés, e os tabuleiros litorâneos, nas áreas modificadas pela ação humana. Natal também abriga uma das poucas remanescentes de Mata Atlântica preservadas no Rio Grande do Norte, o Parque Estadual das Dunas, a primeira unidade de conservação do estado com 1 172 hectares de área, instituída pelo decreto estadual nº 7 297, de 22 de novembro de 1977, e o segundo maior parque urbano do Brasil, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Ambiental da Humanidade desde 1993.
Na fauna de Natal, destacam-se a presença de espécies como a o anu-preto (Crotophaga ani), aranha-de-teia-em-funil (Atrax robustus), (Dinoponera quadriceps), a aratinga (Aratinga cactorum), o bico-chato-amarelo (Tolmomyias flaviventris), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), a caranguejeira-de-bromélia (Pachistopelma rufonigrum), o chorozinho-de-papo-preto (Herpsilochmus pectoralis), a cobra-coral verdadeira (Micrurus ibiboboca), a cobra-de-duas-cabeças (Amphisbaena heathi), a cobra-de-duas-cabeças grande (Amphisbaena alba), a cobra verde (Leptophis ahaetulla), a coruja-buraqueira (Athene cunicularia), quatro espécies de cupim (cujos nomes científicos são: Amitermes amifer, Heterotermes longiceps, Diversitermes sp. e Microcerotermes exiguus), o escorpião-de-bromélia (Tityus neglectus), o fungo-em-forma-de-flor (Aseroë floriformis), o fungo estrela-da-terra (Geastrum saccatum), a iguana ou camaleão (Iguana iguana), o lagartinho-de-folhiço (Coleodactylus natalensis), o lagarto-de-cauda-azul (Micrablepharus maximiliani), o lagarto-de-folhiço (Dryadosaura nordestina), a orelha-de-pau (Pycnoporus sanguineus), o pitiguari (Cyclarhis gujanensis), o rapazinho-dos-velhos (Nystalus maculatus), o sagui (Callithrix jacchus), o sapo-cururu (Rhinella jimi) e a tocandira (Dinoponera quadriceps).
Já na flora estão a angélica (Guettarda angelica), a bromélia (Hohenbergia ramageana), o cajueiro (Anacardium occidentale), o capim (Gouinia virgata), a coroa-de-frade (Melocactus bahiensis), a erva-de-Santa-Luzia (Commelina erecta), o feijão-bravo (Centrosema brasilianum), o ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), a jurubeba (Solanum paniculatum), a lundia (Lundia cf. cordata), a mangabeira (Hancornia speciosa), o maracujá-bravo (Passiflora cincinnata), a marizeira (Calliandra spinosa), a orquídea catleia (Cattleya granulosa), a orquídea laranjinha (Epidendrum cinnabarinum), a orquídea baunilha (Vanilla bahiana), o pau-brasil (Caesalpinia echinata) e a salsa (Ipomoea sp.).

Demografia

A população do município de Natal, no censo demográfico de 2010, era de 803 739 habitantes, sendo o sétimo município mais populoso do Nordeste e o vigésimo do Brasil, concentrando 25,4% da população estadual. Da população total, 425 792 eram do sexo feminino (52,98%) e 277 947 do sexo masculino (47,02%), o que resulta em razão sexual de 88,76, a menor entre os municípios do Rio Grande do Norte. Todos os seus habitantes viviam na zona urbana, não possuindo, portanto, população rural. Em relação à faixa etária, 176 182 possuíam menos de quinze anos (21,92%), 571 116 entre 15 e 64 anos (71,06%) e 56 441 acima dos 65 anos (7,02%). A densidade populacional era 4 808,20 habitantes por quilômetro quadrado (hab./km²), a sexta maior dentre as capitais brasileiras. Sua região metropolitana, formada por Natal e mais nove municípios do Rio Grande do Norte, possuía 1 351 004 habitantes, formando a quarta maior aglomeração urbana do Nordeste e a 15ª do país. Para 2014, a estimativa populacional é de 862 044 habitantes.
Evolução demográfica do município de Natal (1872-2010)

Pobreza e desigualdade

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2003 a incidência de pobreza era de 40,86%, sendo que o índice subjetivo era de 39,94%. Entre 2000 e 2010, o percentual da população que vivia com renda domiciliar per capita inferior 140 reais caiu de 24,7%, percentual que reduziu para 11,8%, apresentando uma redução de 52,8%. Em 2010, 88,2% da população vivia acima da linha de pobreza, 7,57% entre as linhas de indigência e pobreza e 4,23% abaixo da linha de indigência. No mesmo ano, o valor do índice de Gini era de 0,61 e os 20% mais ricos contribuíam com 66,17% da renda municipal, valor 24,33 vezes maior do que a participação dos 20% mais pobres, que era de 2,72%. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do município era de 0,763, considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo o segundo maior do Rio Grande do Norte, atrás somente de Parnamirim, e o 320º do Brasil.
Segundo a prefeitura, existem registros de loteamentos irregulares, favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados, sendo que em 2010 81 442 habitantes (10,13% da população) viviam nelas. Muitos destes são pessoas que vieram de outras cidades ou mesmo estados à procura de melhores oportunidades de vida em Natal, porém não conseguiram emprego e acabaram em afixar-se em aglomerados subnormais. Estima-se que haja cerca de setenta, que estão concentradas principalmente na Zona Oeste da cidade, entre os conjuntos habitacionais da zona Norte, entre loteamentos clandestinos e ainda às margens da entrada da cidade. Para reverter a situação houve a tentativa de remoção de moradores de favelas para novas casas ou mesmo conceder o auxílios a algumas famílias. Outros projetos incluem a construção de conjuntos habitacionais em espaços vazios da cidade, conforme diretrizes do Plano Diretor de Natal.
Contraste social em Natal: orla com os edifícios do bairro nobre Areia Preta à beira-mar. Por trás dos edifícios, é possível perceber as residências do bairro carente Mãe Luíza, na zona leste.

Religião

No censo de 2010, 541 472 natalenses eram católicos apostólicos romanos (67,36%), 167 688 evangélicos, 14 396 espíritas (1,79%), 3 694 testemunhas de Jeová (0,46%), 2 086 mórmons (0,26%), 1 050 católicos apostólicos brasileiros (0,13%), 570 religiosos afro-brasileiros (0,07%), 490 católicos ortodoxos (0,06%), 498 budistas (0,06%), 400 novos religiosos orientais, 341 espiritualistas (0,04%), 266 judaístas (0,03%), 129 esotéricos 41 islâmicos (0,01%), 23 hinduístas (0,00%). Outros 63 399 não tinham religião (7,89%), entre eles 2 359 ateus e 810 agnósticos (0,1%); 4 060 pertenciam a outras religiosidades cristãs (0,51%); 2 213 tinham religião indeterminada (0,28%); 845 não souberam (0,11%); 58 a tradições indígenas (0,01%); dezoito a outras religiões orientais (0,00%).
Catedral Metropolitana de Natal,
sede arquiepiscopal da Arquidiocese de Natal.
A Igreja Católica inclui o território do município de Natal e mais 88 municípios na circunscrição eclesiástica da Arquidiocese de Natal, que tem como sufragâneas as dioceses de Caicó e Mossoró. Foi criada inicialmente como diocese, em 29 de dezembro de 1909, pela bula papal Apostolicam in Singulis do Papa Pio X, desmembrada da então Diocese da Paraíba, sendo elevada à atual categoria de arquidiocese em fevereiro de 1952, através da bula Arduum Onus do Papa Pio XII. A sé arquiepiscopal está na Catedral Metropolitana de Natal. Segundo estatísticas de abril de 2008, a Arquidiocese de Natal possui setenta paróquias, dez áreas pastorais, 125 padres diocesanos, 28 padres religiosos, 39 diáconos permanentes, sete diáconos provisórios, nove irmãos religiosos e 256 irmãs religiosas. Geograficamente, o território arquidiocesano possui mais de vinte e cinco mil quilômetros quadrados de área (quase metade do Rio Grande do Norte) e uma população total de mais de dois milhões de habitantes (o equivalente a 2/3 da população do estado), a maioria predominantemente católica.
Natal também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados. Do total de evangélicos, 110 263 pertenciam às igrejas evangélicas de origem pentecostal (13,72%), 21 129 às de missão (2,63%) e 36 296 a evangélicas não determinadas (4,52%). Dentre as evangélicas pentecostais, 72 832 pertenciam à Assembleia de Deus (9,06%), 9 898 à Igreja Universal do Reino de Deus (1,23%), 2 453 à Igreja Deus é Amor (0,31%), 1 294 ao Evangelho Quadrangular, 954 à Congregação Cristã do Brasil (0,12%), 616 à O Brasil Para Cristo (0,08%), 478 à Igreja mar (0,06%), 379 à Casa da Bênção (0,05%), 358 à Comunidade Evangélica (0,04%), 24 à Igreja Nova Vida (0,00%) e 20 977 a outras igrejas pentecostais (2,61%). Entre as de missão, 11 372 eram batistas (1,41%), 4 867 adventistas (0,61%), 3 291 presbiterianos (0,41%), 368 luteranos (0,05%), 124 congregacionais (0,02%). Havia também 311 messiânicos (0,04%), entre os novos religiosos orientais, além de 311 umbandistas (0,04%) e 188 candomblecistas (0,02%), dentre as religiões afro-brasileiras.

Etnias e migração

Ponte de Igapó, um dos acessos a Zona Norte de Natal, reduto emergente da cidade. Uma pesquisa realizada em 2011 por um shopping local revela que 53,2% do consumo comercial da região é patrocinado pela classe C, e 15,4% é oriundo da classe B.
A população natalense é miscigenada, e descende principalmente de indígenas e portugueses. Conforme um antigo estudo genético, datado de 1982, a ancestralidade encontrada foi 58% europeia, 25% africana e 17% indígena. O desenvolvimento da capital e de sua região metropolitana provocou a atração pessoas de outras partes do estado ou mesmo do país, que vêm principalmente em busca de trabalho e melhores condições de vida. Grande parte dos novos habitantes vão para as áreas próximas à capital, o que fez com que surgisse uma conurbação entre Natal e municípios do entorno, como Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.
Conforme o censo demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Natal é formada por 400 568 pardos (49,84%), 356 123 brancos (44,31%), 37 627 pretos (4,68%), 8 417 amarelos (1,05%) e 1 003 indígenas (0,12%). Considerando-se a nacionalidade, 802 686 eram brasileiros (99,87%), dos quais 802 227 natos (99,81%) e 458 naturalizados (0,06%), além de 1 053 estrangeiros (0,13%). Em relação à região de origem, 765 498 eram nascidos no Nordeste (95,24%), 24 708 no Sudeste (3,07%), 3 664 no Centro-Oeste (0,46%), 3 328 no Norte (0,41%) e 2 906 no Sul (0,36%), além de 2 154 sem especificação (0,27%). 710 216 habitantes eram naturais do Rio Grande do Norte (88,36%) e, desse total, 496 190 nascidos no município (61,74%). Entre os estados com mais migrantes em Natal estão a Paraíba, com 25 339 (3,15%), Pernambuco, com 13 867 (1,73%), Rio de Janeiro, com 12 290 (1,53%). No mesmo ano, 2 551 pessoas emigraram de Natal em direção a outros países, sendo 4 810 para a Europa (70,95%), 471 para a América do Norte (18,46%), 120 para outros países da América do Sul (4,7%), 58 para a África (2,27%), 44 para a Ásia (1,72%), 29 para a Oceania (1,14%) e 14 para a América Central (0,55%), além de cinco sem declaração (0,2%).

Política

Palácio Felipe Camarão,
sede da Prefeitura de Natal e do poder executivo.
O poder executivo do município é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal de 1988. O primeiro representante do poder executivo e prefeito do município foi Fabrício Gomes Pedroza, cujo mandato é desconhecido. Ao todo, 42 pessoas já passaram pela prefeitura de Natal, sendo o atual prefeito Carlos Eduardo Alves, do PDT. Ele foi eleito no segundo turno das eleições municipais de 2012, com 58,31% dos votos válidos (214 687 votos), contra 41,69% do adversário, Hermano Moraes, que obteve 153 322 votos. Antes do atual mandato, o atual prefeito já havia exercido o cargo outras duas vezes, entre 2002 e 2008.
O poder legislativo é representado pela Câmara Municipal, formada, desde 2013, por 29 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos e está composta da seguinte forma: cinco cadeiras do Partido Progressista (PP), quatro do Partido Socialista Brasileiro (PSB), três do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), duas do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), duas do Partido Verde (PV), duas do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), duas do Partido dos Trabalhadores (PT), duas do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), uma do Partido Comunista do Brasil (PC do B), uma do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), uma do Partido Republicano Brasileiro (PRB), uma do Partido da República (PR), uma do Partido da Mobilização Nacional (PMN), uma do Democratas (DEM) e uma do Partido Social Democrata Cristão (PSDC). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). O município de Natal se rege por lei orgânica, promulgada em 3 de abril de 1990. É ainda sede de uma Comarca de terceira entrância.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, Natal possuía, em abril de 2013, 528 978 eleitores, o que representa 22,446% do eleitorado do Rio Grande do Norte.
Por ser a capital do estado do Rio Grande do Norte, Natal é sede do Centro Administrativo do Estado (sede do governo estadual) e da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Cidades irmãs e consulados

Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros. A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações. Oficialmente, Natal possui as seguintes cidades-irmãs:
  • Estado da Palestina Belém, Palestina;
  • Argentina Córdova, Argentina;
  • Brasil Fortaleza (CE), Brasil;
  • México Guadalajara, México;
  • Portugal Lisboa, Portugal;
  • Brasil Porto Alegre (RS), Brasil.

Também é considerada como parceira de Natal a cidade do Rio de Janeiro, com a qual há um convênio turístico.
Natal abriga ainda consulados da Alemanha, do Chile, da Espanha, da França, da Itália, da Noruega, dos Países Baixos (Holanda) e de Portugal.

Subdivisões

Mapa mostrando a divisão do município
de Natal em bairros e zonas.
  Zona Norte.
  Zona Leste.
  Zona Sul.
  Zona Oeste.
  Parque das Dunas.
O município de Natal está dividido em quatro regiões administrativas ou zonas:
  • Região Administrativa Norte ou Zona Norte: é a maior, tanto em área territorial, quanto em população, da cidade. Possui uma população de 303 543 habitantes (2010), superando todos os municípios do interior do Rio Grande do Norte, inclusive Mossoró, que é a segunda maior cidade do estado. É separada das demais zonas administrativa pelo Rio Potenji e se divide em sete bairros: Igapó, Lagoa Azul, Nossa Senhora da Apresentação, Pajuçara, Potengi, Redinha e Salinas.
  •  Região Administrativa Sul ou Zona Sul: segunda maior zona de Natal em extensão territorial, é a terceira mais populosa da cidade, com 166 494 habitantes em 2010. Assim como na Zona Norte, a Zona Sul de Natal também se divide em sete bairros: Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova, Neópolis, Nova Descoberta, Pitimbu e Ponta Negra. É nela onde se localizam o Centro Administrativo do Estado do Rio Grande do Norte (sede do governo estadual, no bairro Lagoa Nova) e a Praia de Ponta Negra, próximo à divisa de Natal com Parnamirim.
  • Região Administrativa Leste ou Zona Leste: é a menos populosa de Natal, com 115 297 habitantes no censo de 2010, e ao mesmo tempo a que reúne o maior número de bairros (doze no total): Alecrim, Areia Preta, Barro Vermelho, Cidade Alta, Lagoa Seca, Mãe Luíza, Petrópolis, Praia do Meio, Ribeira, Rocas, Santos Reis e Tirol.
  • Região Administrativa Oeste ou Zona Oeste: é a segunda zona mais populosa do município (com 218 405 habitantes no último censo demográfico) e também a segunda maior em área territorial. É formada por dez bairros: Bom Pastor, Cidade da Esperança, Cidade Nova, Dix-Sept Rosado, Felipe Camarão, Guarapes, Nordeste, Nossa Senhora de Nazaré, Planalto e Quintas.
As quatro regiões administrativas se dividem em um total de 36 bairros. No censo de 2010, o bairro mais populoso do município era Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte, com 79 959 habitantes, enquanto o menos populoso era Salinas, também na Zona Norte, com apenas 1 177 pessoas residentes. Além das zonas, existe ainda uma área reservada ao Parque das Dunas, que que cobre uma área total de 1 172 hectares.
Economia


O Produto Interno Bruto (PIB) de Natal é o maior do estado do Rio Grande do Norte. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2009, o PIB do município era de R$ 10 369 581 mil., concentrando, sozinha, cerca de 40% de todo o PIB estadual.  1 444 513 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 12 862,25. A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. Em seguida, destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte.
Por possuir toda a sua população vivendo na zona urbana, o município possui pouca tradição no setor primário. Na pecuária, em 2010 havia um rebanho de 1 467 bovinos, produzindo 117 mil litros de leite, 295 suínos, 3 645 galos, frangos, frangas e pintos, 25 430 galinhas, com uma produção de 622 mil dúzias de ovos. No Censo Agropecuário de 2006 foram registrados 46 estabelecimentos agropecuários de produtores individuais, com uma área produtiva de 163 ha, 2 cooperativas (372 ha), apenas uma sociedade pessoal ou consórcio e cinco sociedades anônimas (64 ha). No PIB municipal, o valor adicionado bruto da agropecuária em 2009 foi de 15 241 reais.
Vista da cidade com a
Ponte Newton Navarro em destaque.
A cidade de Natal é sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), organização fundada em 27 de fevereiro de 1953 e reconhecida apenas no ano seguinte, por meio de uma carta sindical. A cidade se destaca pela produção industrial diversificada e conta ainda com um distrito industrial, localizado na divisa de Natal com a vizinha São Gonçalo do Amarante. A cidade concentra um polo de indústrias têxteis e de confecção, cujo setor já gerou mais de quarenta mil novos empregos. Em 2009, essa prestação de serviços era a segunda maior geradora de fonte de riquezas para a cidade. 1 411 731 mil reais vinham deste setor.
O setor terciário de Natal e região metropolitana, que inclui comércio e serviços, é bastante diversificado. A prestação de serviços rende 7 498 097 ao Produto Interno Bruto do município, sendo, portanto, a maior fonte geradora do PIB natalense, destacando-se na área comercial. A modernização do comércio em Natal começou sobretudo a partir da década de 1940, quando norte-americanos visitaram a cidade, durante a época da Segunda Guerra Mundial. A cidade possui seis shoppings centers: o Shopping Cidade Jardim, localizado na Avenida Engenheiro Roberto Freire; o Midway Mall, o maior shopping do Rio Grande do Norte, localizado no bairro Tirol; o Natal Shopping Center, localizado no bairro da Candelária; o Praia Shopping, situado em Ponta Negra; o Norte Shopping, localizado na zona norte; e o Shopping Via Direta, localizado em Lagoa Nova A grande quantidade de supermercados e de hipermercados instalados em Natal nos últimos anos fez com que a cidade passasse a ser chamada pelos empresários de "Paraíso dos supermercados".
De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2009, 22 166 unidades locais, sendo que 20 657 dessas empresas e estabelecimentos comerciais eram atuantes e havia um total de 594 025 trabalhadores, sendo 311 104 eram do tipo "pessoal ocupado total" e 282 921 do tipo "ocupado assalariado". Salários juntamente com outras remunerações somavam 5 165 331 reais e o salário médio mensal de todo município era de 3,1 salários mínimos.A economia da cidade está assentada no turismo e na indústria têxtil. Natal é sede da segunda maior loja de departamentos do Brasil, a Riachuelo.
Natal Shopping,
o segundo maior shopping da cidade.

Na parte "festeira" da capital destaca-se o Carnatal - o maior bloco de rua do planeta, segundo o Guiness Book - que atrai milhares de turistas, além do Mada, festival de rock. Além disso, Natal possui várias belezas naturais, seja em suas praias, seja na própria cidade - que é cortada por um rio. A capital possui a Fortaleza dos Reis Magos - marco inicial da cidade - que atrai centenas de natalenses; possui ainda o famoso Teatro Alberto Maranhão, uma reserva ambiental - o Parque das Dunas (outra reserva está sendo construída, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte e o Pórtico dos Reis Magos, que dá boas vindas a quem chega a cidade.
Teatro Alberto Maranhão

A rede hoteleira da cidade é muito desenvolvida, com vários hotéis e pousadas, além dos megaresorts que estão sendo construídos próximos à cidade. A cidade possui o Aeroporto Internacional Augusto Severo, que foi ampliado, porém, devido ao crescimento astronômico do turismo, está sendo construído o maior aeroporto da América Latina, o Aeroporto Internacional de Natal.




Artesanato

Sebrae mantém viva tradição de Labirinteiras de Touros

Mulheres rendeiras do Rio Grande do Norte são beneficiadas pelo Projeto Mãos Potiguares

Sandra Monteiro
 
Renda de labirinto
Natal - As mãos  habilidosas da artesã fazem o casamento perfeito com a agulha e a linha para manter viva uma tradição de gerações: a renda de labirinto. O bordado é típico da cidade de Touros, no Rio Grande do Norte, que tem o apoio do Projeto Mãos Potiguares – Transformando arte em negócios - desenvolvido pelo Sebrae.  

Há cinco anos o projeto ajuda na capacitação e divulgação em feiras e exposições do Grupo de Labirinteiras de Touros – atualmente formado por 15 mulheres que encontram na atividade sua principal fonte de renda.
Dona Maria de Lurdes de Macedo, de 57 anos, produz peças que encantam pela riqueza de detalhes, como flores e folhas. Aos oito anos, ela aprendeu com a mãe o ofício. “Sempre me inspiro em coisas que vejo em casa. Fico triste porque minhas filhas não seguiram o exemplo de minha mãe, como eu. Tenho medo que o labirinto acabe”, lamenta a artesã.

O apoio do Sebrae diminui as fronteiras entre as artesãs e as localidades onde a renda de labirinto não existe, como no município de Pau dos Ferros, interior do Rio Grande do Norte, onde as artesãs de Touros expuseram suas peças durante a Feira Intermunicipal de Educação, Cultura e Turismo do Alto Oeste Potiguar (FINECAP).

“Desde que começamos a ser atendidas pelo Sebrae, nossas peças ganharam o mundo. Agora as nossas rendas estão em roupas caras e peças de decoração. É uma oportunidade muito boa de mostrar o que produzimos. O povo vê nosso trabalho nas feiras e se interessa, fazendo com que a gente melhore e venda ainda mais”, relata Dona Maria, que expôs seu trabalho pela primeira vez na feira.
Para a professora aposentada Maria Cândida de Oliveira, com a renda do labirinto vem a sensação de voltar no tempo. “Lembrei da minha mãe, de quando eu ainda era criança, e ficava observando aquele trabalho tão delicado. Ver essas peças lindas, tão ricas, me fez sentir em um tempo muito distante e muito agradável” comenta, emocionada.

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1 comentários:

Anônimo disse...

Adorei saber tanto sobre RN, em especial Natal.

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