D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. Fundou o reino de Portugal em 1143, quando o tornou independente dos reinos de Leão e Castela (ainda não existia a Espanha, na altura), fundando a primeira dinastia, a de Borgonha, que durou 244 anos.
Diz-se que D. Afonso Henriques era muito forte e alto, um fato pouco vulgar na época. A sua espada era tão pesada (com cerca de 15 quilos) que eram precisos dois ou três homens para a levantar sem esforço e usá-la em combate.
O nosso primeiro rei era filho de D. Henrique de Borgonha, que conquistou muito território aos muçulmanos. Pela sua bravura, ele tinha sido recompensado com um grande território : o Condado Portucalense.
Como governava sozinho o Condado e tinha sido muito importante na reconquista aos mouros, D. Henrique, pai de Dom Afonso Henriques, quis tornar o Condado Portucalense independente. Mas, após sua morte, sua sua esposa, dona Tereza, mãe de Dom Afonso Henriques, começou por seguir suas ideias, mas logo se deixou influenciar por um nobre castelhano, que queria que o Condado
Castelo de Guimarães
Portucalense fosse anexado ao Reino de Castela.
Quem não gostou muito da ideia foi D. Afonso Henriques, órfão desde muito novo, mas um grande admirador do pai (esta admiração foi-lhe transmitida pelo seu aio, o célebre Egas Moniz, que ficou encarregue da sua educação).
É então que decide lutar contra a mãe e contra os exércitos de Castela, na Batalha de S. Mamede, em Guimarães, para tomar conta do Condado Portucalense e transformá-lo num reino. E conseguiu !
Para tal, o jovem Afonso Henriques armou-se a si próprio cavaleiro em 1125, com o apoio da nobreza da época, quando tinha apenas 14 anos de idade.
Em 1128, resolve então lutar contra o exército de sua mãe, Dna.
Estátua de D. Afonso Henriques em Guimarães
Tereza, que apoiava os nobres galegos e desprezava os fidalgos e eclesiásticos portucalenses. Sua mãe, dna. Tereza, deixou-se portanto, influenciar pelo Reino de Castela, a ponto de ficar contra a independência de Portugal e a favor da anexação deste ao reino de Castela.
Daí, resultou a grande Batalha de São Mamede, travada em Guimarães em 24 de junho de 1128 entre as tropas de Castela favoráveis a dna. Tereza e as tropas de seu filho Afonso Henriques. A grande batalha se deu, onde é hoje o famoso Castelo de Guimarães e o cemitério onde repousam os restos mortais dos soldados ali tombados. As tropas Portucalenses comandadas por seu filho, acabam por derrotar as tropas de sua mãe apoiadas por Castela, pondo fim assim a 15 anos de governo desta, que acaba fugindo para Castela, confirmando assim o prestígio de Afonso Henriques, que iria se concretizar em 1139 com sua vitória na famosa Batalha de Ourique.
A partir da Batalha de Ourique em 25 de julho de 1539 no Baixo Alentejo, sul de Portugal, a autonomia deste país, tornou-se cada vez mais fortalecida e reconhecida por todos. Conta-se que aconteceu um milagre durante esta Batalha, que levou os portugueses a vencerem um exército árabe muito mais forte que o seu.
Um documento do Papa (a bula), muitos anos depois, confirmou finalmente Portugal como reino independente. O papa Alexandre III deu-lhe ainda o direito de conquistar territórios aos mouros para alargar o território nacional.
D. Afonso Henriques morreu em 1185, deixando ao filho, D. Sancho I, um território perfeitamente definido e independente : não apenas um Condado, mas já um verdadeiro Reino!
Igreja de São Miguel do Castelo
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Igreja (ou Capela) de São Miguel do Castelo, Guimarães.
A Igreja de São Miguel do Castelo, também referida como Capela de São Miguel do Castelo, localiza-se junto ao Castelo de Guimarães, na freguesia de Oliveira do Castelo, cidade e concelho de Guimarães, distrito de Braga, em Portugal.
De acordo com a lenda aqui foi batizado o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, o que parece carecer de fundamento, dado o templo datar do século XIII. Ainda assim, guarda-se aqui a pretensa pia baptismal que utilizada na cerimónia.
O templo foi mandado construir pela Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, tendo sido sagrada pelo então primaz de Braga, Silvestre Godinho, em 1239. Pela sua datação, o românico já não é perfeito, e parece prenunciar em alguns aspectos a ascensão do gótico.
Ao longo dos séculos foi caindo em ruínas, estado em que se encontrava em meados do século XIX, quando a Sociedade Martins Sarmento decidiu restaurá-la.
Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 16 de junho de 1910, em simultâneo com os vizinhos Castelo de Guimarães e Paço dos Duques de Bragança, formando assim um complexo de grande importância não só histórica, como também arquitectónica.
Características
Trata-se de uma igreja de pequenas dimensões, em estilo românico. Pela sua datação, o românico já não é perfeito, e parece prenunciar em alguns aspectos a ascensão do gótico.
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