SANTOS FUTEBOL CLUBE

Santos Futebol Clube

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 23°57'04"S, 46°20'20"W

Santos
 

Santos logo.svg
Nome Santos Futebol Clube
Alcunhas Peixe
Alvinegro Praiano
Sele-Santos
Santástico
Leão do Mar
Torcedor/Adepto Santista
Mascote Baleia
Fundação 14 de abril de 1912 (101 anos)1
Estádio Vila Belmiro
Capacidade 16.798 Lugares 
Localização Brasao Santos SaoPaulo Brasil.svg Santos, São Paulo SP, Brasil Brasil
Mando de jogo em Vila Belmiro
Pacaembu
Presidente Brasil Luis Álvaro Ribeiro
Treinador Brasil Muricy Ramalho
Patrocinador Estados Unidos Philco
Brasil Seara
Brasil CSU
Brasil Corr Plastik
Brasil Minds Idiomas
Brasil Brahma
Material esportivo Estados Unidos Nike
Competição São Paulo Campeonato Paulista
Brasil Copa do Brasil
Brasil Campeonato Brasileiro
São Paulo A1 2013
Brasil CB 2013
Brasil A 2013
2º colocado
Em andamento
Em andamento
São Paulo A1 2012
Flags of the Union of South American Nations.gif CL 2012
Brasil A 2012
Flags of the Union of South American Nations.gif RS 2012
Campeão
3º colocado
8º colocado
Campeão
São Paulo A1 2011
Flags of the Union of South American Nations.gif CL 2011
Brasil A 2011
FIFA Flag.svg MC 2011
Campeão
Campeão
10º colocado
2º colocado
Ranking nacional 9º lugar, 13.736 pontos
Website santosfc.com.br
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Uniforme
titular
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Uniforme
alternativo
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Uniforme
alternativo
Soccerball current event.svg Temporada atual

O Santos Futebol Clube, mais conhecido como Santos, é um clube de futebol brasileiro, fundado em 1912, com sede em Santos, no estado de São Paulo. Eleito pela Federação Internacional de Futebol como a melhor equipe de futebol das Américas do século XX, é o único clube brasileiro a conquistar, num mesmo ano, em 1962, um título estadual, um nacional, um continental e um intercontinental.
O clube é conhecido mundialmente por ter revelado o "Atleta do Século" nomeado em 1999 pelo Comitê Olímpico Internaciona, Pelé, que começou sua carreira no clube em 1956, com apenas 16 anos de idade . Na década de 1960, ele foi a principal estrela da maior equipe santista de todos os tempos, que obteve vários títulos ao redor do mundo, entre eles duas taças intercontinentais que o clube conquistou em 1962 e 1963.
O Santos, ao lado do São Paulo, é o maior campeão brasileiro da Copa Libertadores, ambos possuem 3 títulos, o clube também é o maior campeão brasileiro, ao lado do Palmeiras, com 8 títulos: 5 Taças Brasil (1961-1965), 1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968) e 2 Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004). A CBF reconheceu oficialmente esses torneios no dia 13 de dezembro de 2010.
O Santos, em sua fase áurea, conquistou 9 títulos consecutivos entre 1961 e 1963. De 1960 a 1969, período de 10 anos, conquistou nada menos que 22 títulos oficiais, um recorde entre times brasileiros.
Em 20 de janeiro de 1998, o Santos tornou-se a primeira equipe na história do futebol a alcançar a marca de 10 mil gols (gol do meio-campista Jorginho). Em 26 de agosto de 2005, atingiu a marca de 11 mil (gol do atacante Geílson). É o clube que mais marcou gols na história do futebol mundial.
Um estudo realizado em 2012 pela BDO aponta o alvinegro praiano, como a sexta marca mais valiosa do futebol brasileiro, superando 341 milhões de reais.
Em 14 de abril de 2007, a data do aniversário de fundação do clube foi incluída no calendário oficial de comemorações do Calendário Turístico do Estado de São Paulo, onde diversos eventos são realizados em sua homenagem. No dia 4 de Novembro de 2008, a Estação Imigrantes, foi rebatizada de Estação Santos-Imigrantes, para homenagear o clube e também por estar localizada numa das principais vias de acesso a cidade de Santos.

História

A cidade de Santos no ano de 1910.
Ilustração feita por Benedito Calixto.
Foi no início do século XX que a Cidade de Santos começou a realmente ser de grande importância para o Brasil. O porto despontava como um dos maiores do mundo. Por ele, passava a maior parte do café, produto forte na época, exportado pelo país. A vida social do município crescia rápido movida ao dinheiro dos barões do café e de seus negócios milionários com o porto. Em 1912, Santos já era a principal cidade exportadora de café do mundo. Os negócios iam bem e a cidade atraía cada vez mais o dinheiro dos fazendeiros do Interior.
Apesar de na época os esportes aquáticos tais como o remo serem os mais praticados pelos jovens, já havia equipes da cidade fortes o bastante para disputarem com destaque o Campeonato Paulista de Futebol (criado em 1902): o Sport Clube Americano, fundado em 1903 e o Clube Atlético Internacional, fundado em 1902. O Internacional foi extinto em 1910 e o Americano mudou sua sede para São Paulo, deixando alguns praticantes descontentes e que decidiram então criar o seu próprio clube na cidade.
Em 1912, Mário Ferraz, Argemiro de Souza e Raymundo Marques fundaram o Santos Futebol Clube.

Primeiros anos

Há menos de 20 anos que o jovem Charles Miller, precursor do futebol no Brasil, aportara em Santos com as duas primeiras bolas de futebol utilizadas no País, quando três esportistas santistas resolveram fundar um clube de tal esporte.
A fundação do Santos Futebol Clube deu-se a 14 de abril de 1912, domingo, por iniciativa de Raymundo Marques, Mário Ferraz de Campos e Argemiro de Souza Júnior, três esportistas da cidade, que convocaram uma assembleia, por volta das 14 horas, na sede do Clube Concórdia (localizado na Rua do Rosário - atual Avenida João Pessoa), para a criação de um time de futebol. Durante a reunião, foi discutido o nome para a agremiação, dentre as sugestões estavam: Concórdia, Euterpe e Brasil Atlético. Mas os participantes da reunião, por unanimidade, aceitaram a proposta de Edmundo Jorge Araújo: a denominação Santos Foot-ball Clube. O primeiro presidente do clube, eleito na reunião, foi Sizino Patusca (que tinha participado da fundação do Internacional e sido fundador do Americano).
Na mesma reunião foram decididas as cores do clube. O uniforme oficial escolhido era constituído por uma camisa com listras verticais azuis e brancas, separadas por um fio dourado, em homenagem ao Clube Concórdia, local daquela reunião.
Time de 1913, já com as cores preto e branco.
Algumas horas depois na noite do dia em que nascia o clube, o Titanic batia contra um iceberg onde afundaria nas águas geladas do Oceano Atlântico Norte duas horas e vinte minutos depois da colisão já na madrugada do dia 15. Um grande titã mundial substituía o outro. E não haveria data melhor para nascer o clube que dominaria o futebol mundial por muitos anos. Isso porque, em 14 de abril de 1895, portanto 17 anos antes, aconteceu a primeira partida de futebol no Brasil, organizada por Charles Miller.
O primeiro jogo-treino foi realizado no dia 23 de junho, contra um combinado chamado Thereza Team. O Alvinegro, até então tricolor, venceu por 2 a 1, com gols marcados por Anacleto Ferramenta da Silva e Geraule Moreira Ribeiro. O primeiro jogo oficial ocorreu apenas em 15 de setembro daquele ano. O Santos venceu na estréia o Santos Athletic Club por 3 a 2. O primeiro gol oficial da história do clube foi marcado por Arnaldo Silveira.
Em 1913 o Santos disputou o Campeonato Santista e se sagrou campeão invicto, confirmando ser a equipe de futebol mais forte da cidade. Com isso credenciou-se a disputar o Campeonato Paulista de Futebol no mesmo ano, mas as dificuldades com as viagens constantes e os resultados ruins nos jogos forçaram a equipe a abandonar a competição. A única vitória foi justamente contra o time que no futuro se tornaria o principal rival e que também estreava no campeonato naquele ano: o Corinthians (6-3 em jogo na capital). Em 1915, o Santos voltou a disputar o Campeonato Santista, conseguindo o segundo título embora tenha usado o nome de União FC devido a APEA, liga à qual permaneceu filiado, não o ter permitido participar com o nome oficial. Em 1916, o time das praias retomaria a disputa do Campeonato Paulista para ocupar de vez o lugar de uma das grandes equipes do estado e tornar-se um dos maiores vencedores da competição ao longo da História.
Ary Patusca, filho do primeiro presidente do clube, Sizino Patusca, foi o primeiro brasileiro a jogar em um clube estrangeiro. Como era costume naquele tempo, Ary Patusca havia sido mandado por seu pai para estudar na Suíça. Lá, entrou para o Brühl St. Gallen e foi campeão suíço de futebol, chegando até a jogar na seleção helvética. Depois de quatro anos na Europa, retornou ao Santos. Foi o artilheiro do time em 1915, com 19 gols.

O ataque dos 100 gols

De 1921 a 1926, o Santos fez campanhas fracas no Campeonato Paulista, mas foi o período necessário para o surgimento da primeira geração do que se tornaria uma tradição no Alvinegro:
Araken Patusca, um dos primeiros
grandes ídolos do Santos.

A equipe de jovens garotos que formaria o ataque dos 100 gols, consagrando o Santos no cenário nacional, começou a ser gerada em 1923 com a chegada do jovem Araken Patusca, então com 16 anos. Na mesma época entraram para a equipe outros atletas de baixa idade.
Quatro anos após a chegada desses jovens, e com a inclusão de alguns nomes como o do extraordinário artilheiro Feitiço, o Santos estreava no Campeonato Paulista aplicando uma goleada, o que se repetiria por diversas vezes na competição. A vítima foi a equipe do Ypiranga, o jogo ficou em 12 a 1, com 7 gols de Araken. Foi o recorde de gols em uma única partida, só sendo superado 37 anos depois por Pelé.
Durante toda a disputa estadual o clube venceu por placares elásticos, o que resultou em 100 gols pró, média de 6.25 gols por partida. Mas a excelente campanha não foi coroada. No último jogo, quando o Peixe precisava de apenas um empate, foi derrotado pelo Palestra Itália, por 3 a 2, em partida muito conturbada. O Santos seria ainda vice-campeão em 1928 e 1929, sempre fazendo muitos gols. Em 1931 foi novamente vice-campeão, mas Araken não estava mais no clube (retornaria em 1935).
O ataque que entrou para a História como a famosa "linha dos 100 gols" era formado por Siriri, Camarão, Feitiço, Araken e Evangelista. Essa escalação foi ouvida por décadas, repetidas como um verso popular pelos torcedores de futebol de várias partes do país.
O marco histórico do ataque dos 100 gols foi resultado de um trabalho de características que, mais tarde, valeriam um trecho do hino oficial do clube: "Técnica e Disciplina".
Os lendários substantivos surgiram após dois confrontos amistosos contra a equipe do Vasco da Gama, onde o Peixe venceu os dois jogos, e foi chamado por jornalistas de o "Campeão da Técnica e da Disciplina"

Campeão Paulista de 1935

Desde os primeiros anos de existência, o quadro de futebol do Santos obteve êxitos memoráveis, tanto em jogos locais como internacionais mas demoraria para conquistar o primeiro título importante, pois bastava superar a estrutura de seus rivais estaduais da Capital, que contavam com grande torcida, força política e financeira.
O inédito título de campeão estadual, o mais importante que disputava - já que as competições nacionais ainda eram incipientes - aconteceu em 1935, após um declínio dois anos antes, em razão do início do profissionalismo no futebol brasileiro.
A final daquele campeonato aconteceu em 17 de novembro, no Parque São Jorge, casa do rival. O resultado foi 2 a 0 contra o Corinthians, que já não lutava pela taça. O Corinthians enfrentaria ainda o Palestra Itália na rodada seguinte, e caso ganhasse do Santos e perdesse para o Palestra, haveria uma final desempate entre Santos e Palestra Itália. Os gols foram marcados por Raul Cabral Guedes e Araken Patusca. Assim, o Santos FC conquistava seu primeiro título paulista.

Era Pelé

Pelé, maior artilheiro da
história do Santos com 1091 gols.


Luís Alonso Pérez, foi o treinador que comandou a Era Pelé.
O prenúncio da grande fase do Santos começou em 1955, quando voltou a ser campeão paulista, com um time em que se destacavam, entre outros, Zito, Ramiro, Formiga e Vasconcelos.
Em 1956, chegaria à Vila Belmiro, trazido pelas mãos de Waldemar de Brito, o menino Pelé, de 15 anos, que deu de novo impulso à história do Santos, levando-o a conquistas que enalteceram o futebol brasileiro no planeta. O time do Santos vinha de grandes campanhas, sendo bicampeão paulista em 1955-1956, apresentando os craques Pepe e Zito, dentro outros. Com Pelé, o time se tornaria um dos maiores da História.
Pelé marcou seu primeiro gol com a camisa do Santos num amistoso com o Corinthians de Santo André, jogo em que o time da Vila Belmiro venceu por 7 a 1. Em 1958, ganhou seu primeiro Campeonato Paulista, estabelecendo como artilheiro o recorde de 58 gols que permanece até hoje. Neste Campeonato Paulista, o Santos marcou 143 gols.
O Santos com Pelé continuou nos anos seguintes a ganhar todas as principais competições que disputava. Em 1959, a conquista do primeiro Torneio Rio-São Paulo e o vice-campeonato brasileiro. Em 1960, mais um paulista. De 1961 até 1965 a hegemonia do futebol brasileiro com cinco Taças Brasil. Em 1962 e 1963, o bicampeonato sul-americano da Copa Libertadores da América e o bicampeonato intercontinental. Só não ganhou todos os Campeonatos Paulistas de 1955 até 1969 pois o Palmeiras, time conhecido na época por "Academia", conseguiu interromper a sequência de tempos em tempos. Em 1967 o Santos daria início ao seu segundo tricampeonato paulista. O Santos conquistou 11 títulos paulistas em 15 anos (dois Tri: 1960-1961-1962, 1967-1968-1969; dois Bi: 1955-1956, 1964-1965, e um Mono: 1958). Em 1968, o time com grandes revelações como Clodoaldo, Edu, Abel e Toninho Guerreiro, além de Pelé, voltaria a conquistar outra série de títulos nacionais e internacionais, como a Supercopa Sulamericana e a Recopa dos Campeões Intercontinentais de 1968 , além de mais um Campeonato Paulista e um Campeonato Brasileiro.
Troféu da Supercopa Sulamericana dos
Campeões Intercontinentais de 1968.

No ano de 1969, as No conquistas e a fama do Santos eram tão grandes que, em uma excursão pela África, a guerra no Congo Belga, atual República Democrática do Congo, entre forças de Kinshasa e de Brazzaville, foram suspensas para que as cidades pudessem assistir aos jogos do time. Logo após as partidas e as homenagens, o conflito recomeçou, e o Santos ficou conhecido como "O time que parou a guerra". Este evento serviu claramente de inspiração para o "Amistoso da Paz", realizado entre as seleções de Brasil e Haiti, em 18 de agosto de 2004.
Com dívidas devido a investimentos que não deram certo, como o do Parque Balneário, o clube ia vendo seus craques saindo. Compromissos com a CBD para a eleição de João Havelange para presidente da FIFA obrigaram o time a sucessivas excursões por todo o globo, desde a África até a Arábia, o que refletiu no fraco desempenho do time nos campeonatos internos. Em 1973, o Santos ganhou o último Campeonato Paulista com Pelé. Competição que teve uma final muito conturbada, acabando na disputa por pênaltis contra o time da Portuguesa. O erro histórico do árbitro Armando Marques, que encerrou as cobranças quando o Santos vencia por 2 a 0, mas ainda com possibilidade de empate por que restavam ainda duas cobranças da Portuguesa, atrapalhou a conquista certa (Pelé ainda não havia feito sua cobrança), fazendo com que o título daquele ano fosse dividido entre os dois clubes.

Pós-Pelé

Serginho Chulapa, artilheiro do
Campeonato Brasileiro de 1983.
Após a Era Pelé, o Santos continuou seu caminho de glórias. Em 1978, Chico Formiga, ex-atleta do clube, formou um time campeão. Os "Meninos da Vila", apelido dado pela juventude dos atletas da equipe, conquistaram o Campeonato Paulista de 1978. Destacaram-se na época Juary, João Paulo, Pita, Aílton Lira, entre outros. Em 1983 o Santos montou uma equipe forte trazendo para a Vila jogadores consagrados como Serginho Chulapa e Zé Sérgio (do São Paulo) e Paulo Isidoro (do Atlético Mineiro) e conseguiu disputar a final do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1983 com o Flamengo de Zico, vencendo a primeira partida no Morumbi por 2x1. Mas na final do Maracanã, jogando com alguns desfalques, o Santos acabou apenas com o vice-campeonato.
Com o reforço do goleiro Rodolfo Rodríguez, a equipe confirmaria sua competitividade e se sagraria campeã do Campeonato Paulista de 1984 (tendo como Presidente Milton Texeira). Após esse título, o Santos só voltaria a uma final de campeonato nacional de futebol em 1995, enfrentando o Botafogo. O Santos vinha animado após uma vitória histórica na partida semifinal contra o Fluminense, por 5x2, com grande atuação do ídolo santista da época Giovanni. Mas na final contra o Botafogo, o Santos empatou e acabou novamente com o vice-campeonato, num jogo em que a arbitragem foi grandemente contestada (os santistas reclamam do árbitro Márcio Rezende de Freitas a anulação do gol do ponta santista Camanducaia e também a validação do gol em impedimento do botafoguense Túlio Maravilha).
O Santos voltaria aos títulos vencendo o Torneio Rio-São Paulo de 1997 e a Copa Conmebol (precursora da atual Copa Sul-Americana) de 1998, derrotando o Rosario Central da Argentina na final. Foi vitória 1-0 na Vila Belmiro, com gol marcado pelo Claudiomiro, e empate 0-0 no Estádio do Rosario Central.

Século XXI

 
Emerson Leão, técnico que levou a equipe do Santos até a conquista do Brasileirão de 2002 e à final da Libertadores de 2003. 



A maior conquista do Santos, excluindo-se os títulos, foi o reconhecimento internacional obtido com a honraria de ser considerado o "Clube do Século XX nas Américas", em eleição da FIFA que premiou, no fim dos anos 1990, os melhores clubes de futebol da História (além do Santos, o Real Madrid foi considerado o "Clube do Século XX") e os melhores jogadores, com Pelé recebendo, enfim, a "oficialização" do título que por tanto tempo o acompanhou.
Em 1999, Marcelo Teixeira ganha a eleição a Presidência pegando o clube com uma enorme dívida e com o time em frangalhos. A administração primeiramente tentou montar um grande time com jogadores renomados e ao mesmo tempo investiu forte na base, no patrimônio e na estrutura, reformando o estádio e fazendo um CT de primeiro mundo. Mas no início de 2002, ano em que o clube completara 90 anos, os grandes jogadores haviam saído sem conseguir títulos (apenas um vice-campeonato paulista em 2000) e o Santos teve que voltar suas atenções às categorias de base para recompor o elenco. A "solução caseira" deu certo e o Santos encerraria aquele ano com a conquista pela sétima vez do Campeonato Brasileiro. O time que conseguiu ser campeão foi, basicamente, formado na Vila Belmiro, montado pelo treinador Emerson Leão tirando da base para a equipe principal garotos que seriam conhecidos como "Os novos Meninos da Vila" e que viraram febre no Brasil inteiro e a dupla Diego e Robinho se tornaram símbolos de um futebol vistoso e alegre, juntos de Renato, Elano, Alex e Léo. No ano seguinte, com a base mantida, o Peixe chegou aos vice-campeonatos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro.
Troféus conquistados pelo Santos
nos Campeonatos Brasileiros.

Em 2004, o time mostrou toda a sua força entre os oito melhores times do continente, perdendo nas quartas-de-finais da Libertadores para o campeão Once Caldas, da Colômbia. No Campeonato Paulista, foi até as semifinais. O ano foi fechado com chave de ouro com a conquista do oitavo título brasileiro. Com uma equipe liderada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, a base de 2002 e reforços como Ricardinho e Deivid, o time encerrou o torneio de pontos corridos disputando até a última rodada o título com o Atlético-PR e conquistou mais uma vez o Campeonato Brasileiro.
Após 3 anos consecutivos de vitórias, com conquista de dois Campeonatos Brasileiros e chegada a final da Copa Libertadores da América de 2003, o Santos começou o ano de 2005 tentando manter o ritmo.
O maior jogador após a Era Pelé, Robinho, permaneceu no clube durante o primeiro semestre. Mas após a sua saída para o Real Madrid, o Santos ficou prejudicado em seu desempenho. Para completar Deivid e Léo também saíram, o que deixou a equipe completamente desfigurada e enfraquecida. Para restaurar a equipe, o Peixe contratou o craque e ídolo Giovanni, mas que viria apresentar desempenho instável; e dois atacantes repatriados: Luizão, que se mostrou fora de forma; e Cláudio Pitbull, que marcou apenas dois gols. O ano também foi tumultuado com relação aos técnicos, começando com Oswaldo de Oliveira para a substituição de Vanderlei Luxemburgo, devido a saída do treinador para o Real Madrid. Passaram ainda como treinadores Gallo e Nelsinho Baptista, terminando com Serginho Chulapa, que levou o Santos interinamente. Após fraca atuação na Espanha, Luxemburgo retorna em 2006 como treinador da equipe santista, sinalizando grandes investimentos para o ano da Copa do Mundo.
Em 2006, a equipe foi inteiramente renovada. Várias contratações foram feitas com os campeonatos em andamento, o que prejudicou o conjunto da equipe. Mesmo com esse fator desfavorável, Luxemburgo conseguiu manter a equipe em alto nível de competição durante o Campeonato Paulista e, se aproveitando de que seus principais adversários estavam com as atenções divididas devido a participação na Copa Libertadores da América, o Santos conquistou o Campeonato Paulista de 2006. Foi o fim de um período de 21 anos sem levar a taça da FPF. O time entraria ainda para a história dos recordes como a única equipe que venceu todas as partidas jogadas em seu estádio (10 partidas no total); e que marcou gols em todas as partidas do campeonato (19 partidas no total, marcando 33 gols). O time histórico que consagrou esse título com vitória de 2 a 0 contra a Portuguesa de Desportos, sob a modalidade de pontos corridos, foi composto por Fábio Costa; Luiz Alberto, Julio Manzur e Ronaldo Guiaro; Kléber, Fabinho, Maldonado, Cléber Santana e Rodrigo Tabata; Reinaldo e Geílson. Já pelo Campeonato Brasileiro, conquista direito à disputa da Copa Libertadores da América de 2007 com o 4ª lugar na competição nacional.
Em 2007, com uma campanha impecável na primeira fase do Campeonato Paulista de 2007, o Santos conquista o direito de jogar com vantagem nas fases semifinais e finais do campeonato. Aproveitando-se desta vantagem, o Santos elimina o Bragantino nas semifinais ( 0 X 0 no primeiro e segundo jogos) e o São Caetano na finais (derrota por 2 X 0 no primeiro jogo e vitória por 2 X 0 no segundo jogo), conquistando o bicampeonato paulista (2006 e 2007). O time que conquistou o bi, foi a campo com: Fábio Costa, Maldonado, Adaílton, Ávalos e Kléber; Rodrigo Souto, Pedrinho, Cléber Santana e Zé Roberto; Marcos Aurélio e Jonas. Entraram ainda Carlinhos, Rodrigo Tabata e Moraes, que fez o gol do título.
Já no Campeonato Brasileiro da Série A de 2007, o Santos ficou com o vice-campeonato e conquistou uma das vagas para a Copa Libertadores da América de 2008.
Jogo entre Santos e Botafogo,
no Rio de Janeiro.

Em 2008, com muitas mudanças de técnicos e jogadores, o Santos FC fez campanhas irregulares no Campeonato Paulista, na Copa Libertadores e no Campeonato Brasileiro. No torneio estadual, um começo ameaçador, no qual a equipe rondou a zona de rebaixamento. A melhora nas atuações trouxe consigo um sequência de vitórias que quase classificou a equipe para as finais. Na Copa Libertadores da América, o Santos Futebol Clube obteve uma difícil classificação para as finais, conquistada somente na última rodada, na vitória sobre o Cúcuta Deportivo, da Colômbia. Nas oitavas-de-final, duas vitórias por 2x0 sobre o mesmo Cúcuta Deportivo classificaram o Santos Futebol Clube para as quartas-de-final, nas quais foi eliminado pelo América. Derrota por 2x0 no México e vitória por 1x0 no Brasil. O Campeonato Brasileiro de 2008 foi aquele no qual o Santos Futebol Clube realizou sua pior campanha, lutando durante quase toda a competição contra a despromoção. Ao final do torneio, uma difícil 15ª posição, apenas um ponto acima da zona de rebaixamento. Como destaque positivo, os 21 gols do atacante Kléber Pereira, um dos artilheiros do campeonato.
Em 2009, depois de um início com problemas o Santos troca o técnico Márcio Fernandes por Vágner Mancini e consegue ótima reação no Campeonato Paulista. Com grandes vitórias sobre a Portuguesa de Desportos (1 X 0) e a Ponte Preta (3 X 2, em Campinas), o Santos se classifica para o Quadrangular Final. Derrota o Palmeiras, que foi o melhor time da primeira fase, por duas vezes (duas vitórias por 2 X 1) chegando à final com o Corinthians. Fica com o vice-campeonato depois de uma derrota na Vila Belmiro (3 X 1) e de um empate no Pacaembu (1 X 1). No Campeonato Brasileiro, após um bom início - no qual alcançou a vice-liderança - a equipe decaiu. Turbulências internas e más exibições ocasionaram a demissão do treinador Vágner Mancini, logo após a derrota por 6x2 para o Vitória, em Salvador. Para o seu lugar foi contratado Vanderlei Luxemburgo, que pela quarta vez assumiu o Santos Futebol Clube, tendo como objetivo a classificação para a Copa Libertadores da América de 2010. A ausência de bons nomes no elenco de jogadores tornaram a campanha da equipe santista muito irregular, numa constante alternância de vitórias, empates e derrotas. Ao final do campeonato, uma decepcionante 12ª posição, contabilizando 12 vitórias, 13 empates e 13 derrotas. Como saldo positivo, as boas atuações do jovem goleiro Felipe, que substituiu o titular Fábio Costa, dos meias Paulo Henrique Ganso e Madson, e do atacante Neymar, de apenas 17 anos. Em dezembro de 2009, as tumultuadas eleições para a presidência do clube tiraram do cargo Marcelo Teixeira, que se manteve por 10 anos nessa posição. Para o seu lugar foi eleito Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro.

Década de 2010

Em 2010, já sobre a administração de Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro (também conhecido como LAOR), o trabalho na base dá certo novamente e aparece outra geração dos "Meninos da Vila" que reuniu os craques Neymar, Paulo Henrique Ganso, André, Wesley, o goleiro Rafael, os quais, juntos de Robinho que voltou por empréstimo e outros jogadores e com o técnico Dorival Junior, prometiam reescrever a história internacional do clube no cenário futebolístico. No primeiro semestre conseguiu o título de Campeão Paulista, derrotando o time do Santo André. A nova administração segurou Neymar que recusou uma oferta milionária de transferência ao futebol inglês.
Sucessivamente, depois do intervalo causado pela disputa da Copa do Mundo, o Santos conquistou seu segundo título no ano, o da Copa do Brasil (inédito para o clube) na dupla final com o Vitória com uma vitória por 2 a 0 na Vila Belmiro e uma derrota por 2 a 1 no Barradão. Foi o coroamento de uma campanha marcada por um ataque arrasador, com goleadas implacáveis como os 10x0 contra o Naviraiense e os 8x1 contra o Guarani, jogo em que Neymar marcou cinco vezes.
No segundo semestre de 2010, com perdas de jogadores importantes com Wesley (vendido para o Werder Bremen da Alemanha), André (vendido para o Dínamo de Kiev da Ucrânia), Robinho (que voltou do empréstimo para o Manchester City da Inglaterra), e Ganso (que se contundiu em uma partida contra o Grêmio ainda no primeiro turno e não jogou mais no campeonato), além da demissão do técnico Dorival Júnior depois de um desentendimento envolvendo o jogador Neymar, o Santos não conseguiu ir além de um oitavo lugar e adiou a conquista da chamada "tríplice coroa" (título simbólico dado a quem vencesse no mesmo ano o Campeonato Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro). Antes do final do ano foi confirmada a volta do jogador Elano, o primeiro grande reforço para a disputa da Copa Libertadores da América de 2011, além da contratação do técnico Adilson Batista.
Em 2011, ao contrário do que se esperava, o Santos não teve um bom início de temporada, acumulando problemas com treinadores e jogadores contundidos. Muricy Ramalho assumiu o time pouco antes do início da fase eliminatória do Campeonato Paulista e o Santos se tornou bicampeão paulista (2010 e 2011). No Campeonato Brasileiro de 2011 o Santos ficou apenas em décimo lugar mas o atacante Borges que foi a grande contratação do clube para o segundo semestre do ano, se sagrou o artilheiro da competição com 23 gols.

A reconquista da América

Equipes do Peñarol e do Santos perfiladas para a execução dos hinos antes da final da Libertadores no Estádio do Pacaembu.
Antes do início da Copa Libertadores da América de 2011, o Santos era apontado como um dos favoritos. Os adversários da fase de grupos foram o Deportivo Táchira (Venezuela), Cerro Porteño (Paraguai) e Colo-Colo (Chile) .
Ao fim dos três primeiros jogos, contudo, a situação do clube praiano era dramática: apenas dois empates (0-0 com o Deportivo Táchira e 1-1 com o Cerro Porteño) e derrota para o Colo-Colo (2-3). Com esses resultados a única chance do Santos classificar-se era obtendo três vitórias nas partidas restantes, senão não passaria de fase.
A primeira dessas três partidas decisivas foi contra o Colo-Colo na Vila Belmiro. O Santos vencia tranquilo por 3-0 (Elano, Danilo e Neymar) mas ao comemorar o seu gol usando uma máscara, Neymar foi expulso. Zé Eduardo e Elano (que estava no banco, já substituído) também e o adversário chileno aproveitou para reagir, marcando dois gols. Apesar dos dois jogadores a menos o Santos conseguiu a primeira vitória (3-2). O jogo seguinte seria em Assunção, contra o Cerro Porteño. Mesmo sem os três titulares, o Santos trazia como trunfo a estréia de Ganso na Copa Libertadores da América e o técnico Muricy Ramalho, que assumira o cargo de treinador após deixar o Fluminense, time que dirigira nas primeiras rodadas da competição. E o Santos de Muricy conseguiu aquilo que muitos julgavam improvável: venceu por 2-1, com gols de Danilo e Maikon Leite. Essa vitória deu confiança ao grupo, que se classificou com uma vitória de 3-1 sobre o Deportivo Táchira no estádio do Pacaembu.
Na sequência, pelas Oitavas de Final, o Santos enfrentou o América do México. O time praiano estava cansado com sucessivos jogos decisivos, inclusive na fase final do Campeonato Paulista. O técnico Muricy Ramalho manteve o time titular em ambas as competições, e com isso o Santos foi o campeão do campeonato paulista e mesmo com o cansaço, se classificou para as Quartas de Final na Libertadores após vitória por 1-0 no Brasil e empate de 0-0 no México contra o América (com grande atuação do goleiro santista Rafael), depois de uma desgastante viagem.
O adversário da próxima fase seria o Once Caldas, que eliminara o Cruzeiro, o melhor time da primeira fase (nessa mesma rodada, chamada de "quarta-feira do terror", além do Cruzeiro, todos os outros times brasileiros também foram eliminados: Grêmio, Internacional e Fluminense). O Santos era o único time brasileiro a continuar na competição e garantiu nova classificação com outra vitória fora de casa, 1-0, e um empate no Pacaembu (1-1).
Já na Semi-Final, o adversário seria novamente o Cerro Porteño, que foi um dos competidores do Santos na Fase de grupos. O Santos acreditava na classificação e conseguiu após vitória de 1-0 e empate sofrido de 3-3 em Assunção.
Final da Copa Libertadores da América de 2011 entre Santos e Peñarol no Estádio do Pacaembu.
Assim, o Santos chegou a quarta final da competição em sua história (a última vez havia ficado com o vice-campeonato em 2003). O adversário era o tradicional Peñarol do Uruguai, pentacampeão da competição, que havia derrotado o argentino Vélez Sarsfield. Com isso, foi repetido o confronto de ambos na primeira conquista da Copa Libertadores da América pelo Santos, que derrotou os uruguaios na final de 1962. Sob a pressão de mais de 60.000 torcedores no estádio Centenário, campo do adversário, o Santos segurou um empate de 0-0. Na finalíssima, em 22 de junho de 2011, deu quase tudo certo para o Santos. Após empatar em 0-0 no primeiro tempo, Neymar começou a vitória santista, ao receber passe preciso de Arouca, e assim, marcando no primeiro minuto do segundo tempo. Danilo, em bela jogada individual, marcou o segundo e praticamente selou a conquista. No final da partida, o zagueiro Durval marcaria contra, mas era tarde para o Peñarol conseguir um eventual empate. A partida terminou em 2-1 e o Santos se sagrou pela terceira vez campeão da Copa Libertadores da América, após 48 anos da última Libertadores conquistada pelo clube (1963). Com esse resultado, o Santos se igualou ao São Paulo como o clube brasileiro com mais títulos da competição Sul-Americana.

Tricampeonato Paulista

Neymar, maior artilheiro do Santos após a Era Pelé.

Depois de ficarem apenas com o vice-campeonato de 2009, ano que chegaram ao time principal do Santos, Neymar e Ganso iniciaram a nova temporada como os principais jogadores da equipe, ajudados por reforços importantes como Arouca, Wesley e Robinho e com um novo treinador, Dorival Júnior. O time foi o melhor da primeira fase do Campeonato Paulista, conseguindo algumas grandes goleadas como o 9 a 1 sobre o Ituano e 6 a 3 contra o Bragantino. Na semifinal, duas vitórias sobre o São Paulo (3-2 e 3-0) garantiram a ida para a final. Em dois jogos contra o Santo André (3-2 e 2-3) o Santos conseguiria o título da competição graças a melhor campanha geral.
Em 2011, Elano retorna ao Santos e ajuda o time a conquistar o bicampeonato paulista, sendo um dos artilheiros do campeonato com 11 gols. Muricy Ramalho assumiu o time pouco antes do início da fase eliminatória (o Santos ficou em quarto lugar na primeira fase) e com acertos na defesa que antes vinha sendo muito contestada, o Santos melhorou a competitividade e eliminou a Ponte Preta e o São Paulo, o melhor time da primeira fase. A final foi com o Corinthians e, depois de um empate de 0 a 0 no Pacaembu e uma vitória de 2 a 1 na Vila Belmiro, o Santos conseguiu o segundo título consecutivo. Arouca e Neymar marcaram os gols santistas na final.
Em 2012, devido a disputa do Mundial no ano anterior, o Santos demorou para jogar com o time titular no Campeonato Paulista. A campanha começou em 21 de janeiro, com um empate de 1 a 1 com o XV de Piracicaba enquanto os titulares só iniciariam o campeonato na quinta rodada, em 2 de fevereiro (outro empate, 1-1 contra o Oeste). Alternando a disputa da competição paulista com a Copa Libertadores, o Santos ainda voltaria a usar os reservas e poupar alguns jogadores na sequência das partidas e com isso o time ficou apenas em terceiro lugar na primeira fase. Nos jogos finais, o Santos derrotou o Mogi Mirim (2-0) e o São Paulo (3-1). A final foi contra o Guarani e o terceiro tricampeonato paulista da história do clube foi conseguido com duas expressivas vitórias (3-0 e 4-2) em partidas realizadas no Morumbi. Os gols santistas no segundo jogo, dia 13 de maio de 2012, foram de Alan Kardec (2) e Neymar (2), que encerrou a competição como artilheiro com 20 gols marcados. Em 2013, o Santos chegou à sua quinta final consecutiva, mas acabou ficando com o vice-campeonato, sendo superado pelo Corinthians na final.
Depois de muitas especulações, no dia 25 de maio de 2013, foi confirmada a ida de Neymar ao Barcelona. Neymar deixa o Santos, como o 13º maior artilheiro da história santista com 138 gols.

O vice mundial

O Santos já estava pensando no Mundial de Clubes desde a conquista da Libertadores, por conta disso o treinador Muricy Ramalho chegava a mandar os jogadores reservas em algumas partidas do Campeonato Brasileiro de 2011, buscando poupar os titulares. A equipe embarcou rumo ao Japão em 6 de dezembro de 2011 com festa da torcida no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O time fez uma escala em Frankfurt, Alemanha antes de prosseguir até Nagoya. Dos titulares que embarcaram, só não foi Adriano; o volante, que teria a missão de marcar Lionel Messi numa eventual final com o Barcelona, acabou sofrendo uma grave lesão no tornozelo direito na partida contra o Atlético-GO, no Pacaembu.
A estréia do clube na competição foi no dia 14 de dezembro, quando o Alvinegro derrotou Kashiwa Reysol por 3x1, com gols de Neymar, Borges e Danilo, garantindo vaga para a final. No dia 18 de dezembro, o Santos encarou o Barcelona, e foi derrotado por 4 a 0, com dois gols de Messi, um de Xavi e outro de Fàbregas.

Santos nas Copas

Pelé driblando dois jogadores da Suécia, na final da Copa de 58.
O Santos sempre foi ao longo dos tempos uma equipe que cedeu vários atletas para a Seleção Brasileira. Só de campeões mundiais, o Peixe cedeu 11 atletas. Na história das Copas, o Alvinegro teve 15 de seus jogadores convocados para defender a Seleção, sendo o meia-atacante Araken Patusca o primeiro santista a disputar um Mundial, em 1930, no Uruguai.
Na época havia uma briga entre a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) e a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), pois nenhum paulista estava na comissão técnica. Por este motivo, a Apea alegou não haver tempo hábil para que chefes de família deixassem tudo organizado e partissem para ficar tanto tempo afastados de casa. Isto fez com que o Brasil embarcasse apenas com jogadores que atuavam no Rio de Janeiro, com exceção de Araken Patusca, único paulista, que estava brigado com o a direção do time santista.
Mas as participações dos jogadores do Santos sempre se notabilizaram pelo número de atletas que foram campeões do Mundo. Em 1958, na Suécia, o Alvinegro cedeu o ponta-esquerda Pepe, além do volante Zito e do Rei do Futebol, Pelé. Estes dois atletas foram importantíssimos na arrancada brasileira rumo ao primeiro título de campeão mundial. Pois Pelé e Zito só estrearam na vitória brasileira sobre a União Soviética, por 2 a 0, na última partida da primeira fase.
A consagração de Pelé começaria ali mesmo em gramados suecos, com o Atleta do Século sendo o artilheiro do Brasil, com seis gols, sendo que dois deles foram marcados na final contra os donos da casa.
Pepe, um dos atletas do Santos
convocados pela Seleção Brasileira,
em 1962.

Em 1962, no Chile, o time da Vila Belmiro cedeu sete jogadores para que a seleção disputasse essa Copa do Mundo. Gilmar (goleiro), Mauro Ramos (zagueiro), Zito (volante), Mengálvio (meia), Coutinho (atacante), Pelé (atacante) e Pepe (atacante), foram os santistas que brilharam na conquista do bicampeonato. Pelé jogou apenas duas partidas, marcando um gol sobre o México, por 2 a 0, na estréia brasileira. Mas o Rei não pode continuar ajudando a Seleção, pois uma lesão muscular o impediu de atuar no restante da Copa.
Porém a Seleção continuou vencendo sem Pelé. Na final, Zito teve uma participação decisiva na vitória sobre a Tchecoslováquia por 3 a 1, já que o capitão santista fez o segundo gol brasileiro na final. O Peixe também teve uma grande participação com o zagueiro Mauro, que além de ter feito uma bela participação no Mundial disputado em terras chilenas, foi o capitão do time e teve a honra de erguer a Taça Jules Rimet, com o Brasil sendo coroado bicampeão do Mundo.
Na Copa do Mundo de 1966 na Inglaterra, o Brasil mais uma vez teve jogadores do Santos, o goleiro Gilmar, o zagueiro Orlando Peçanha, os volantes Lima e Zito, alem dos atacante Pelé e Edu foram convocados. Em 1970, Carlos Alberto Torres (lateral-direito), Joel Camargo (zagueiro), Clodoaldo (volante), Pelé (atacante) e Edu (atacante), ajudaram o Brasil a ganhar a terceira estrela.
Robinho durante a Copa do Mundo de 2010.
Considerada por muitos como a melhor seleção que o Mundo viu jogar, o time liderado por Carlos Alberto Torres, que era o capitão desta seleção e Pelé, no auge de sua maturidade futebolística foram os responsáveis por comandar a equipe que encantou o Mundo e trouxe a Taça Jules Rimet de forma definitiva para o Brasil, com a conquista inédita na época de tri-campeão mundial.
O zagueiro Marinho Peres e o atacante Edu defenderam o Brasil na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha. Depois deles, somente em 2010 haveria outro atleta do clube convocado para uma Copa: o atacante Robinho.
Mesmo nas Copas de 1994 (Estados Unidos) e 2002 (Coreia do Sul e Japão), o Santos se fez presente na Seleção Brasileira que conquistou os dois títulos. Em 1994, o zagueiro Ricardo Rocha e o volante Dunga, já tinham atuado com o manto alvinegro. O Dunga atuou no Peixe em 1986, enquanto que Ricardo Rocha por pouco não foi convocado pelo time da Vila Belmiro, onde atuou até o fim de 1993, quando terminou o contrato dele com o clube e o zagueiro resolveu ir para o Vasco da Gama.
Em 2002, os santistas cederam para o time pentacampeão mundial o preparador de goleiros, Carlos Pracidelli, e o fisioterapeuta, Luis Rosan, que foi muito importante para a recuperação do atacante Ronaldo, artilheiro desta Copa do Mundo.
Na Copa do Mundo de 2006, o jogador Robinho, recém-saído do Santos Futebol Clube, foi convocado. Também em 2006, esteve presente na Copa do Mundo de 2006 o zagueiro paraguaio Julio Manzur, convocado pela seleção de seu país e titular da conquista do Campeonato Paulista daquele ano.
Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, Robinho voltou a ser convocado para a Seleção Brasileira e, depois de 36 anos, o Santos FC voltou a ter um jogador de seu elenco convocado para o torneio. E na mesma Copa do Mundo na África do Sul, o mesmo jogador Robinho dois gols (contra Chile e Holanda) e também quebrou o jejum de gols de jogadores santistas em Copas do Mundo, que permanecia desde o gol de Carlos Alberto Torres, o quarto gol do Brasil na final da Copa do Mundo do 1970.

Outras seleções

O primeiro jogador estrangeiro do Santos a participar de uma Copa do Mundo foi o goleiro Rodolfo Rodríguez. O arqueiro foi convocado para defender a Seleção Uruguaia, que disputou a Copa do Mundo de 1986, no México. O arqueiro santista ficou durante toda a participação uruguaia no banco de reservas, sem ter a chance de jogar uma partida, pois se contundiu em um dos treinamentos durante a Copa. Os uruguaios foram eliminados pela Argentina, nas oitavas-de-final, pelo placar de 1 a 0.
Em 2006, o Peixe foi representado pelo zagueiro Julio Manzur, da Seleção Paraguaia. O jogador santista disputou a sua primeira Copa do Mundo, já tendo ajudado a seleção de seu país a conquistar a medalha de prata, nos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, na Grécia. O zagueiro também foi muito importante na campanha que levou o Alvinegro Praiano ao título de Campeão Paulista de 2006, defendendo a equipe de Santos.

Rivalidades

Clássico Alvinegro

O Clássico Alvinegro é o confronto contra o Corinthians, e recebe esse nome em referência às cores dos dois clubes. O primeiro jogo entre as duas equipes aconteceu em 22 de junho de 1913, no campo do Parque Antarctica, a partida terminou 6 a 3 para o Santos. Em finais, os dois se enfrentaram cinco vezes no Campeonato Paulista, em três delas o Santos saiu vitorioso, as duas equipes também se enfrentaram na final do Campeonato Brasileiro de 2002, em que o Santos se sagrou campeão.

Clássico da Saudade

Clássico da Saudade é no futebol paulista, o confronto entre Palmeiras e Santos. Recebe esse nome, em referência aos dois maiores times do futebol paulista durante o auge do futebol-arte brasileiro, na década de 1960, quando o Palmeiras tinha Ademir da Guia e o Santos tinha Pelé. A primeira partida, aconteceu em 3 de agosto de 1915, no Velódromo de São Paulo, o Santos venceu o Palmeiras, que ainda tinha o nome Palestra Itália, pelo placar de 1 a 0.

San-São

O Clássico com o São Paulo é chamado de San-São, foi apelidado em 1956 por Thomaz Mazzoni, jornalista de A Gazeta Esportiva. Este é o clássico, entre os dois clubes mais vitoriosos do Brasil na Copa Libertadores da América, ambos se sagraram campeões em 3 oportunidades. O primeiro jogo entre as duas equipes, ocorreu no dia 11 de maio, pelo Campeonato Paulista de 1930, o jogo terminou empatado em 2 a 2. Os dois times fizeram em 1933, o primeiro jogo de futebol profissional do país, foi nele em que o apelido do Santos, "peixe", foi dito pela primeira vez, tratou-se de uma provocação, antes do início do jogo, da torcida tricolor com os jogadores do Santos, chamando-os de "peixeiros" de maneira pejorativa, a torcida santista retrucou dizendo "Somos peixeiros, e com muita honra!". A partir daí o apelido foi adotado pelo clube santista, e a mascote, a Baleia, foi criada.

Outros confrontos

  • Santos vs. Portuguesa
  • Santos vs. Portuguesa Santista

Títulos

Taças Intercontinentais de 1962 e 1963.
Memorial das Conquistas.
Copa do Brasil 2010.
Campeonatos Paulista.
HONORÁRIOS

Competição Títulos Temporadas
FIFA Logo(2010).svg Clubes do Século da FIFA 5º Maior Mundial Século XX
INTERCONTINENTAIS

Competição Títulos Temporadas
Copa Intercontinental.svg Copa Intercontinental 2 1962Cscr-featured.png e 1963
RFEF - Copa del Rey.svg Recopa Intercontinental 1 1968
CONTINENTAIS

Competição Títulos Temporadas
CONMEBOL liberators cup trophy.svg Copa Libertadores da América 3 1962, 1963Cscr-featured.png e 2011
CONMEBOL recopa trophy.svg Recopa Sul-Americana 1 2012Cscr-featured.png
CONMEBOL - CONMEBOL Cup.svg Copa Conmebol 1 1998
Supercopalibert.gif Supercopa Sulamericana 1 1968
NACIONAIS

Competição Títulos Temporadas
CBF - Taça Brasil.svg Cbf brazilian championship trophy 02.svg Campeonato Brasileiro 8 1961, 1962, 1963Cscr-featured.png, 1964Cscr-featured.png, 1965Cscr-featured.png, 1968, 2002 e 2004
CBF Brazilian Cup.png Copa do Brasil 1 2010
REGIONAIS

Competição Títulos Temporadas
Rio-SãoPaulo.png Torneio Rio-São Paulo 5 1959, 1963, 1964, 1966 e 1997
ESTADUAIS

Competição Títulos Temporadas
Paulista Championship Trophy.png Campeonato Paulista 20 1935, 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973, 1978, 1984, 2006, 2007, 2010, 2011 e 2012
São Paulo Copa Paulista 1 2004
Cscr-featured.png Campeão Invicto

Estatísticas

Últimas dez temporadas
Ano Campeonato Brasileiro Copa do Brasil Continental/Mundial Campeonato Paulista
Div. Pos. J V E D GP GC Fase Máxima Competição Fase Máxima Pos.
2004 A 46 27 8 11 103 58 CL SA Quartas-de-final Quartas-de-final
2005 A 10º 42 16 11 15 68 71 CL SA Quartas-de-final 1ª Fase
2006 A 38 18 10 10 58 36 Quartas-de-final SA Oitavas-de-final
2007 A 38 19 5 14 57 47 CL Semifinal
2008 A 15º 38 11 12 15 44 53 CL Quartas-de-final
2009 A 12º 38 12 13 13 58 58 2ª Fase
2010 A 38 15 11 12 63 50 Final SA 2ª Fase
2011 A 10º 38 15 8 15 55 55 CL MC Final Final
2012 A 38 13 14 11 50 44 CL RS Semifinal Final
2013 A Em disputa Em disputa

Legenda:
     Campeão
     Vice-campeão
     Classificado à Copa Libertadores da América pela campanha no Campeonato Brasileiro
     Classificado à Copa Libertadores da América pelo título da Copa do Brasil ou Copa Libertadores.
     Classificado à Copa Sul-Americana
     Rebaixado à Série B
     Acesso à Série A
Estrutura

Estádio

Inauguração do Estádio, em 1916.
Antes do estádio do Santos ser construído, o clube fazia jogos oficiais onde hoje está localizada a Igreja Coração de Maria, na Avenida Ana Costa. Os treinos eram feitos em um campo distinto, localizado no Bairro do Macuco. Em 1915 os dirigentes passaram a procurar terrenos na cidade. Em 31 de maio de 1916, uma assembléia geral aprovou a compra de uma área de 16.650 metros quadrados, no bairro da Vila Belmiro, aprovado pelo presidente do clube, Agnello Cícero de Oliveira. A compra do terreno foi feita em 16 de junho de 1916.
A construção do estádio foi concluída em 1916, sua inauguração ocorreu em 12 de outubro do mesmo ano, mas a primeira partida foi realizada somente 10 dias depois, em 22 de outubro de 1916, válido pelo Paulistão. A partida de estréia foi entre Santos e Ypiranga, onde o Santos ganhou de 2 a 1, cujo o primeiro gol da partida e da história do estádio foi feito por Adolfo Millon Jr., da equipe Santista.
O estádio no dia da inauguração do
seu primeiro sistema de iluminação, em 1931. 


O primeiro sistema de iluminação foi estreado em 21 de março de 1931, às oito horas da noite, num jogo amistoso entre o Santos e uma Seleção de futebol que a cidade de Santos possuía na época. Apesar da data ser especial, o Santos perdeu de 1 a 0 para a Seleção Santista; gol de Manoel Cruz, que também servia de meia-direita na Portuguesa Santista.
Com a morte de Urbano Caldeira, um dos mais fanáticos presidentes santistas, em 1933, o estádio foi batizado oficialmente de Estádio Urbano Caldeira em sua homenagem.
O recorde de público no estádio foi num clássico contra o Corinthians: 32.989 pessoas giraram as catracas do estádio para ver o jogo no dia 20 de setembro de 1964. Entretanto, esse dia quase foi trágico: cerca de 10 minutos depois do apito inicial do juiz, uma das arquibancadas do estádio cai e fere 181 pessoas. O jogo foi parado ali mesmo para atendimento de Primeiros Socorros. Muitas pessoas consideram até hoje esse jogo como o mais curto da história do futebol mundial. O jogo em questão, foi remarcado para 10 dias depois no Estádio do Pacaembu, onde terminou empatado em 1 a 1.
Vista interna do Estádio Urbano Caldeira.
Logo após o término do Campeonato Paulista de 1996, a diretoria do clube decidiu que o gramado da Vila Belmiro, amplamente criticado, passaria por uma ampla reforma. Um moderno sistema de drenagem e irrigação controlado por computador foi instalado, o que proporcionou perfeitas condições de jogo com qualquer tempo. Hoje o gramado e o sistema de drenagem é melhor do que a maioria dos tradicionais estádios de São Paulo e do Brasil. A inauguração aconteceu no dia 27 de março de 1997, quando o Santos venceu o Internacional, em jogo válido pela Copa do Brasil. Concomitantemente à reforma do gramado, foi construído o complemento do anel da arquibancada atrás do gol de fundo do estádio. Além de aumentar a capacidade em cerca de 4.000 torcedores, a obra possibilitou uma harmonia arquitetônica ao estádio.
No dia 27 de janeiro de 1999, o Santos deu mais um passo para oferecer um estádio mais moderno aos seus torcedores. Neste dia, momentos antes de um clássico contra o Palmeiras, foi inaugurado o novo sistema de iluminação, tornando o estádio uma das praças de esportes mais bem iluminadas do Brasil. Com a obra, o estádio passou a oferecer um nível médio de iluminação de 1.200 lux, acima da recomendação mínima da FIFA de 1.000 lux.
No dia 17 de novembro de 2003, dias depois do aniversário de 40 anos da conquista intercontinental de 1963 do Santos, foi inaugurado no estádio o Memorial das Conquistas. Além de contar toda história do clube, o museu abriga todos os títulos conquistados pelo peixe. Lá, estão guardados vários troféus conquistados pelo Santos, incluindo as taças intercontinentais de 1962 e 1963, as Libertadores (1962, 1963 e 2011) e os Brasileiros de 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968, 2002 e 2004. A visita ao museu inclui, também, os vestiários dos jogadores e entrada no campo.

Centros de treinamento

CT Rei Pelé 

O clube faz seus treinos atualmente no CT Rei Pelé, localizado no bairro de Jabaquara em Santos. Considerado como um dos centros de treinamento mais modernos do Brasil, foi inaugurado em 2005. A ideia de construir um campo próprio para treinos do clube surgiu em meados da década de 90, na primeira gestão de Marcelo Teixeira na presidência do Santos. Em 1992, o clube havia conseguido tomar posse de um terreno localizado perto da Santa Casa de Santos. Depois disso, iniciou-se a construção do que seria o primeiro centro de treinamentos do time Alvinegro. O nome do local é uma clara homenagem ao maior ídolo santista: Pelé.

Por ser um dos CTs mais modernos do país, os jogadores e comissão técnica trabalham no que há de melhor em questão de máquinas de ginásticas, esteiras elétricas, massagem, três campos de futebol com dimensões oficiais da FIFA, piscina, etc.
O complexo conta ainda com um hotel de 28 quartos, um amplo restaurante, sala de jogos, cozinha, recepção e auditório para utilização em preleções e reuniões dos atletas.
Devido a sua notoriedade em modernidades e estrutura, o CT Rei Pelé também é sede de amistosos e jogos oficiais dos times amadores, campeonatos de categorias de base e campeonatos juvenis do clube. O CT Rei Pelé recebeu visitas de algumas delegações de países que disputam as eliminatórias para o Mundial no Brasil, e pode abrigar seleções durante a Copa do Mundo de 2014.

CT Meninos da Vila

O Santos Futebol Clube sempre teve como um dos pilares de sua trajetória o trabalho desenvolvido nas categorias de base. Para dar seqüência ao processo de revelação de novos talentos, o Alvinegro Praiano construiu o Centro de Treinamento Meninos da Vila. Destinado às categorias de base do clube, o CT foi inaugurado no dia 7 de agosto de 2006.
Localizado na Av. Martins Fontes, n° 1277, no bairro do Saboó em Santos, o espaço homenageia os Meninos da Vila (nomenclatura utilizada para jogadores revelados no time da Vila Belmiro). Possui dois campos, em uma área de 25.500 metros, além de vestiários e setores administrativos, para aperfeiçoar o trabalho desenvolvido no local.
Para personalizar a homenagem feita aos Meninos da Vila, o clube nomeou o Campo 1 de Robinho e o Campo 2 eterniza o meia Diego, que foram grandes ídolos da torcida santista, na conquista do Brasileirão de 2002, que encerrou um jejum de 18 anos sem que o Peixe conquistasse um título importante.

Símbolos

Mascote 

O mascote do Santos é a baleia.
Apesar da baleia ser o mascote oficial do Santos, o peixe também é conhecido como mascote pelos torcedores. Tudo começou no primeiro jogo do time como profissional, contra o São Paulo da Floresta, em 1933, sendo derrotado por 5 a 1. Não bastasse a derrota, os torcedores do Santos tiveram de ouvir os rivais, antes do jogo, chamarem seus jogadores de peixeiros. "Somos peixeiros, e com muita honra", teria assumido alguém na época. O símbolo foi adotado com orgulho, com direito a variações.
Hoje em dia, o Santos se faz representar pela dupla Baleião e Baleinha, que animam a torcida antes do início das partidas e durante os intervalos dos jogos realizados no estádio Urbano Caldeira, a Vila Belmiro.

Escudo

As cores iniciais do Santos eram o azul, branco e dourado. Essas cores foram adotadas pela agremiação do clube logo no seu primeiro ano de existência, em 1912 .A primeira adaptação do escudo atual surgiu em 1913. Era composto por um globo terrestre com os paralelos de latitude a partir de uma linha do equador e dos meridianos de longitude, tendo ao centro um escudo com dez listras verticais, alternadas em preto e branco, com uma faixa diagonal com o monograma SFBC (Santos Foot-Ball Clube), e do lado esquerdo superior uma esfera simbolizando a bola de futebol. Por cima do escudo, havia uma coroa. Esse escudo tinha também traçados os continentes em tom de amarelo, o Brasil em verde e os oceanos em azul. O acrônimo se tornou S.F.C. em 24 de abril de 1915, por solicitação do patrono do clube, Urbano Caldeira .
As duas estrelas acima da imagem foram adicionadas em meados dos anos 1960, representando as duas taças Intercontinentais que o clube conquistou em 1962 e em 1963 .

Hino 






Há uma grande controvérsia quanto ao Hino Oficial do Santos Futebol Clube. A maioria dos torcedores santistas está mais acostumada a cantar e a ouvir a marchinha "Leão do Mar" em transmissões de jogos do clube, tanto nas emissoras de rádio quanto nas de TV. Essa marchinha foi criada em 1955 por Mangeri Neto e Mangeri Sobrinho , quando o Santos quebrou o jejum de 20 anos sem títulos na Vila Belmiro, com a conquista do Campeonato Paulista de 1955.
Mas o que viria a se tornar o hino oficial do clube só foi composto em 1957 por Carlos Henrique Paganeto Roma (ex-conselheiro do clube e filho do ex-presidente Modesto Roma). Porém o Conselho Deliberativo do clube só o reconheceu oficialmente em 1996, graças a proposta do conselheiro Júlio Teixeira Nunes.


Musa do Santos 2012 - Rafaela Miranda

Uniformes

Uniformes dos jogadores

  • 1º - Camisa branca, calções e meias brancas.
  • 2º - Camisa com listras verticais em preto e branco, calções e meias brancas.
  • 3º - Camisa azul, calções e meias azuis.
Cores do Time Cores do Time Cores do Time
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1º Uniforme
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2º Uniforme
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3º Uniforme

Uniformes dos goleiros

  • Camisa amarela, calções e meias amarelas.
  • Camisa azul, calções e meias azuis.
  • Camisa laranja, calção e meias pretas.
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Uniformes de treino

  • Camisa azul, calções e meias azuis.
  • Camisa preta, calção e meias pretas.
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1
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2

Torcida

Torcida do Santos.
Em pesquisa realizada pela Pluri Stochos, entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013 e publicada em 26 de março de 2013, apontou o Santos como a 7ª maior torcida do Brasil com 3,4%. Em outra pesquisa feita pela Stochos Sports, mostra que de 2010 a 2012, o Santos aumentou em cerca de 20% o número de torcedores, também aponta que a torcida santista ultrapassou os palmeirenses no interior de São Paulo, com 14,2% contra 11%. Na capital o Palmeiras ainda conta com vantagem, de 13,5% a 7,4%. O Santos teve a segunda maior torcida Brasil na década de 60 com um esquadrão que encantou o mundo, liderado por Pelé, o time lotava os estádios do Brasil, o maior público em um jogo do Santos, foi na decisão da Taça Intercontinental de 1963, no Maracanã contra o Milan, 132.728 pessoas presenciaram a vitoria santista por 4 a 2.

Torcidas organizadas

  • Torcida Jovem do Santos
  • Sangue Jovem do Santos
  • Força Jovem do Santos
  • Torcida Tsunami Santista
  • Torcida Meninos da Vila
  • Jovem New York
  • Torcida Garra Santista
  • Torcida Santos, Sempre Santos
  • Torcida Tatu Santista

Treinadores

Urbano Caldeira

O Santos teve como primeiro treinador, o irlandês Harold Cross, que dirigiu o time em 1912. Em 1913, o lendário Urbano Caldeira, que, de 1913 a 1932, em períodos alternados, assumiu a função de treinar a equipe, Urbano que leva nome ao estádio da Vila Belmiro, também foi jogador e vice-presidente do Santos.
Luís Alonso Pérez, o Lula, é considerado o treinador mais vitorioso da história do Santos, comandou o clube de 1954 a 1966 e conquistou 21 títulos em competições oficiais, também é o recordista em partidas como treinador do Santos, com 961 jogos. Outros treinadores com grandes passagens foram Antoninho Fernandes, Pepe, Chico Formiga, Castilho, Emerson Leão, Vanderlei Luxemburgo e atualmente, Muricy Ramalho. 

Presidentes

 Abaixo encontra-se uma lista daqueles que presidiram o Santos de 1983 até os dias atuais.

Sizino Patusca, o primeiro presidente do clube em 1912.

 

Presidente
Período
Milton Teixeira
1983-1987
Manuel dos Santos Sá
1987-1988
Otávio Adegas
1988
Miguel Assad Macool Filho
1988-1989
Antônio Aguiar Filho
1989-1991
Marcelo Teixeira
1991-1993
Miguel Kodja Neto
1994
Samir Jorge Abdul-Hak
1994-1999
Marcelo Teixeira
2000-2009
Luis Álvaro Ribeiro
2010-

Ídolos

Alguns dos principais jogadores que ajudaram a fazer a história do Santos Futebol Clube:
Goleiros

Argentina Cejas

Brasil Cláudio

Brasil Fábio Costa

Brasil Gilmar

Brasil Laércio

Brasil Manga

Brasil Rafael

Uruguai Rodolfo Rodríguez
Defensores

Brasil Alex

Brasil Calvet

Brasil Carlos Alberto Torres

Brasil Chico Formiga

Brasil Dalmo

Brasil Edu Dracena

Brasil Joel Camargo

Brasil Léo

Brasil Marinho Peres

Brasil Mauro

Argentina Ramos Delgado

Brasil Rildo
Meio-campistas

Brasil Aílton Lira

Brasil Antoninho Fernandes

Brasil Araken Patusca

Brasil Arouca

Brasil Clodoaldo

Brasil Diego

Brasil Elano

Brasil Ganso

Brasil Giovanni

Brasil Jair Rosa Pinto

Brasil Lima

Brasil Mengálvio

Brasil Pita

Brasil Renato

Brasil Zé Roberto

Brasil Zito
Atacantes

Brasil Abel

Brasil Arnaldo Silveira

Brasil Ary Patusca

Brasil Camarão

Brasil Coutinho

Brasil Del Vecchio

Brasil Dorval

Brasil Edu

Brasil Feitiço

Brasil João Paulo

Brasil Juary

Brasil Neymar

Brasil Pagão

Brasil Pelé

Brasil Pepe

Brasil Robinho

Brasil Serginho Chulapa

Brasil Tite

Brasil Toninho Guerreiro

Esportes praticados

Marta, ex-jogadora do Santos com a presidente Dilma Rousseff.

  • Beach Soccer
  • Futebol americano
  • Futebol de mesa
  • Futebol masculino
  • Futebol feminino
  • Futsal
  • Goalball
  • Jiu-Jitsu
  • Judô
  • Karatê
  • Showbol
  • Surfe
  • Taekwondo
  • Tênis de mesa
  • Voleibol

Elenco atual

  • Capitão Capitão
  • Jogador Lesionado Jogador contundido
  • Mapa do Brasil com a Bandeira Nacional.png Seleção Brasileira
  • Flag map of Argentina.svg Seleção Argentina

Goleiros
Jogador
Brasil Rafael
Brasil Aranha
Brasil Vladimir
Brasil Gasparotto
Defensores
Jogador Pos.
Brasil Edu Dracena Z
Brasil Durval Z
Brasil Neto Z
Brasil Jubal Z
Brasil Gustavo Henrique Z
Brasil Bruno Peres LD
Brasil Galhardo LD
Brasil Douglas LD
Brasil Léo LE
Brasil Guilherme Santos LE
Brasil Emerson LE
Brasil Paulo Henrique LE
Meio-campistas
Jogador Pos.
Brasil Arouca V
Brasil Renê Júnior V
Brasil Marcos Assunção V
Brasil Alan Santos V
Brasil Alison V
Brasil Cícero M
Argentina Montillo Flag map of Argentina.svg M
Brasil Felipe Anderson M
Argentina Pato Rodríguez M
Brasil Leandrinho M
Brasil Pedro Castro M
Atacantes
Jogador
Argentina Miralles
Brasil Willian José
Brasil Victor Andrade
Brasil João Pedro
Brasil Henrique
Brasil Giva Jogador Lesionado
Brasil Neilton
Comissão técnica
Nome Pos.
Brasil Muricy Ramalho T

Transferências 2013

Legenda
Fairytale right.png: Jogador chegando
Fairytale left red.png: Jogador saindo
Volta de Empréstimo: Jogadores que voltam de empréstimo
Emprestado: Jogadores emprestados
Chegadas
Pos. Jogador Clube anterior
Fairytale right.png Z Brasil Neto Brasil Guarani
Fairytale right.png V Brasil Renê Júnior Emprestado Brasil Ponte Preta
Fairytale right.png LE Brasil Guilherme Santos Emprestado Brasil Figueirense
Fairytale right.png M Brasil Cícero Emprestado Brasil São Paulo
Fairytale right.png M Brasil Pinga =Emirados Árabes Unidos Al Dhafra
Fairytale right.png M Argentina Montillo Brasil Cruzeiro
Fairytale right.png V Brasil Marcos Assunção Brasil Palmeiras
Fairytale right.png A Brasil Henrique Emprestado Brasil Mogi Mirim
Fairytale right.png A Brasil Willian José Emprestado Brasil Grêmio
Saídas
Pos. Jogador Clube de destino
Fairytale left red.png A Brasil Tiago Alves Emprestado Brasil América Mineiro
Fairytale left red.png LD Brasil Crystian Emprestado Brasil Botafogo-SP
Fairytale left red.png Z Brasil Rafael Caldeira Emprestado Brasil Botafogo-SP
Fairytale left red.png A Brasil Dimba Emprestado Brasil Botafogo-SP
Fairytale left red.png V Brasil Anderson CarvalhoEmprestado Brasil Penapolense
Fairytale left red.png LD Uruguai Fucile Volta de Empréstimo Portugal Porto
Fairytale left red.png LE Brasil Juan Volta de Empréstimo Brasil São Paulo
Fairytale left red.png M Brasil Bernardo Volta de Empréstimo Brasil Vasco
Fairytale left red.png V Brasil Ewerton Páscoa Brasil Criciúma
Fairytale left red.png LE Brasil Gérson Magrão Brasil Figueirense
Fairytale left red.png Z Brasil Bruno Rodrigo Brasil Cruzeiro
Fairytale left red.png V Brasil Henrique Brasil Cruzeiro
Fairytale left red.png Z Brasil David Braz Emprestado Brasil Vitória
Fairytale left red.png M Venezuela Breitner Emprestado Brasil Araxá
Fairytale left red.png A Brasil Geuvânio Emprestado Brasil Penapolense
Fairytale left red.png A Brasil Bill Arábia Saudita Al-Ittihad
Fairytale left red.png G Brasil Fábio Costa Emprestado Brasil São Caetano
Fairytale left red.png V Brasil Adriano Brasil Grêmio
Fairytale left red.png LD Brasil Maranhão Brasil Náutico
Fairytale left red.png A Brasil André Emprestado Brasil Vasco
Fairytale left red.png M Brasil Pinga Fim de Contrato
Fairytale left red.png A Brasil Neymar Espanha Barcelona

Football pictogram.svg Futebol Feminino

De 2009 a 2012, o Santos possuiu o time considerado mais fortes de futebol feminino do Brasil, sendo a base da Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Chegou a ter onze convocadas de uma só vez.

Término de atividades

Em 3 de janeiro de 2012, o presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, anunciou o fim da equipe feminina do clube por falta de patrocínio. Nem mesmo a Copa Libertadores, vencida pelo clube em 2009 e 2010, fez com que as mulheres ganhassem mais atenção de novos patrocinadores.









Sem jogos passando na televisão, não há exposição da marca, com isso não há patrocínio.


Resumo Da História De UM Grande Clube

Fundado em 14 de abril de 1912, o Santos Futebol Clube nasceu com vocação para o gol e para vitórias. Desde os seus primeiros anos de fundação, obteve vitórias significativas e sempre contou com goleadores exuberantes. Em 1913 e 1915, foi campeão santista.



Em 1927, com um time que era considerado o melhor do Brasil, chegou perto do primeiro título estadual, mas acabou na vice-colocação. A primeira conquista veio em 1935 (time campeão, ao lado). Na final, o Alvinegro Praiano venceu o Corinthians, no Parque São Jorge, por 2 a 1.



O segundo título Paulista demorou 20 anos. Ele foi um prenúncio de uma década de vitórias que chegava. Em 1956, quando o Peixe já era um dos principais times do Brasil, chegou à Vila Belmiro o jovem Pelé. Era o ingrediente que faltava para o time se tornar o melhor do mundo e uma máquina de gols, vitórias e títulos.


Pelé com a faixa de campeão paulista de 1958

Outros craques chegaram e em 1962 o Santos FC conquistou a América do Sul e depois o mundo, com uma vitória por 5 a 2 sobre o Benfica de Eusébio em pleno Estádio da Luz. Essa é considerada uma das melhores apresentações de um time de futebol.


O maior time de Futebol de Todos os Tempos:
Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gilmar e Mauro (em pé);
Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe (agachados)

No ano seguinte, novo título da Libertadores da América e novo título mundial. Dessa vez, o adversário na final do Mundial Interclubes foi o Milan (Itália). Sem contar com Pelé, Zito e Calvet, machucados, o Santos FC conquistou o título no terceiro e decisivo jogo, com uma vitória por 1 a 0, gol de Dalmo, cobrando pênalti.


Dalmo cobra o pênalti e garante o bimundial do Peixe

O mundo inteiro queria ver o Santos FC jogar e o clube rodou o planeta em jogos festivos. Até guerra, na África, a equipe parou – os dois povos que estavam brigando deram uma trégua para ver o time de Pelé jogar. E assim foi a década de 60: muitos títulos (só em campeonatos paulistas foram oito, em dez edições disputadas) e viagens ao redor do mundo. O Santos FC era atração e foi considerado o melhor time de todos os tempos.


Pelé e Kennedy em um vestiário

A década de 70 marcou a despedida do Rei Pelé. Em 1974, num jogo contra a Ponte Preta, o Atleta do Século realizou seu último jogo com a camisa 10 santista. O último título dele pelo Peixe foi o Paulista de 1973.
Após a Era Pelé, o Santos Futebol Clube continuou seu caminho de glórias. Em 1978 formou um time campeão. Os Meninos da Vila, apelido dado pela juventude dos atletas da equipe, conquistaram o Campeonato Paulista de 1978. Destacaram-se na época Juari, Pita, Ailton Lira entre outros.

Meninos da Vila posam com a taça do Paulista de 1978

Nos anos 80, a nação santista só comemorou o título paulista de 1984, novamente em uma final contra o Corinthians – vitória por 1 a 0, gol de Serginho Chulapa. Em 1995, o título brasileiro bateu na trave e o Peixe acabou vice-campeão brasileiro. Em 1997, o time conquistou o Torneio Rio-São Paulo e em 1998 a Conmebol.

O jejum sem títulos expressivos já durava 18 anos, quando, em 2002, uma safra de jovens craques revelados nas categorias de base surgiu para recolocar o Santos FC no lugar que sempre ocupou: as primeiras posições. Com Robinho, Diego, Alex, Elano, e outros vieram os títulos brasileiros de 2002 e 2004. O Santos FC estava de volta também à Libertadores da América – onde sagrou-se vice-campeão em 2003.


Robinho e Diego comemoram título brasileiro de 2002

Faltava ainda voltar a comemorar um título Paulista, que não vinha desde 1984. E ele veio em dose dupla, com um bicampeonato (2006 e 2007) que não era comemorado pela torcida desde 1969.

Zé Roberto conduziu o time no
título do Paulista de 2007

Esse é um resumo da gloriosa história do Santos FC que é construída dia-a-dia ao longo destes quase cem anos de conquistas. 

...


 Pelé 


Pelé
Pelé nunca escondeu sua simpatia pelo Vasco, tendo sido um torcedor vascaíno durante a sua infância em Bauru. Quis o destino que Ele vestisse a camisa do Vasco no início da sua carreira, em junho de 1957, em três partidas no Maracanã, e melhor ainda, que ele marcasse um gol no Flamengo.
Naquela ocasião, a equipe principal do Vasco excursionava na Europa e Vasco e Santos formaram um combinado para participar da Taça Morumbi, um torneio amistoso internacional com partidas no Rio e em São Paulo. O Vasco cedeu ao combinado Paulinho e Bellini, convocados para a Seleção Brasileira para a disputa da Copa Roca contra a Argentina, e mais Wagner, Iedo, Artoff e Valdemar, reservas que não participavam da excursão. Entre os jogadores cedidos pelo Santos, um adolescente de 16 anos, ainda reserva, despontando para o futebol, cujo nome ninguém sabia ao certo se era Pelê ou Pelé.
O torneio nunca chegou ao fim, pois não despertou muito interesse junto ao público e os seus organizadores resolveram suspendê-lo devido aos prejuízos financeiros. O Combinado Vasco-Santos atuou quatro vezes, as três primeiras no Rio com o uniforme do Vasco e a última em São Paulo com o uniforme do Santos. Pelé marcou gols em todas as partidas, inclusive um sobre o Flamengo. Estas são as súmulas das partidas:
  • Combinado Vasco-Santos 6 x 1 Belenenses (Portugal)
  • Data: 19/6/1957
  • Local: Maracanã
  • Juiz: Amílcar Ferreira
  • Gols: Pelé(3), Álvaro(2), Pepe (Vasco-Santos) e Matateu (Belenenses)
  • Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe.
  • Belenenses: Pereira, Polido (Moreira), Pires, Carlos Silva; Pires, Vicente (Pelefero); Dimas, Faia, Ricardo Peres, Matateu, Tito. 
Que saudade!!! Eu, o criador deste Blog, encontrava-me naquele 19/6/57 no Maracanã assistindo este jogo, que terminou empatado nos primeiros 45 min. No segundo tempo, com a entrada do Pelé e debaixo de uma chuva fria e miudinha, o placard chegou aos 6x1 com aquele menino de 16 anos, que ninguém ainda conhecia, dando uma aula de malabarismo com a bola, deixando todo o estádio perplexo...  
  • Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Dínamo Zagreb (Iugoslávia)
  • Data: 22/6/1957
  • Local: Maracanã
  • Juiz: Frederico Lopes
  • Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Panko (Dínamo Zagreb)
  • Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe.
  • Dínamo Zagreb: Irovic, Sikio, Crocovic, Croncovic; Koskat, Horvat; Panko(Gaspert), Cercovic, Kong, Angic, Lipozonovic.
  • Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Flamengo
  • Data: 26/6/1957
  • Local: Maracanã
  • Juiz: Anver Bilate
  • Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Dida (Flamengo)
  • Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Pagão), Pelé, Del Vecchio (Pepe), Jair, Tite.
  • Flamengo: Ari, Joubert, Pavão, Jordan; Jadir (Dequinha), Mílton Copolilo; Luiz Carlos, Moacir, Henrique (Duca), Dida, Zagallo (Babá).
  • Combinado Vasco-Santos 1 x 1 São Paulo
  • Data: 29/6/1957
  • Local: Morumbi
  • Juiz: Walter Galera
  • Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Nei (São Paulo)
  • Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner;
  • Iedo, Pelé, Del Vecchio, Valdemar (Darci), Pepe.
  • São Paulo: Paulo, De Sordi (Clélio), Mauro, Riberto; Bauer, Vítor (Ademar); Maurinho, Nei, Gino (Baltazar), Maneca, Sílvio.
Deve ter sido tocante para a reduzida galera vascaína que compareceu às partidas rever um grande ex-ídolo, Jair Rosa Pinto, aos 36 anos, envergando o manto cruzmaltino depois de 11 anos longe de São Januário.
As atuações de Pelé pelo Combinado Vasco-Santos e os comentários nos jornais sobre o nascimento de um "futuro craque de seleção" foram fundamentais para que o então técnico da seleção brasileira, Sílvio Pirillo, decidisse convocá-lo para uma partida do Brasil contra a Argentina pela Copa Roca, no Maracanã, dia 7 de julho de 1957. Foi a estréia do futuro Rei na Seleção, aos 16 anos de idade. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Del Vecchio e marcou o seu primeiro tento com a camisa canarinho. Mesmo perdendo por 2x1, o time brasileiro foi elogiado e a presença de Pelé foi aclamada.

Garrincha

Garrincha

Sim, Mané Garrincha, o maior ponta-direita do mundo de todos os tempos, também teve o seu dia de vascaíno.
É fato conhecido e às vezes mencionado que, antes do início da sua carreira, Garrincha foi levado para um teste em São Januário, mas não o deixaram treinar porque não tinha trazido chuteiras. Todavia um fato virtualmente esquecido e ignorado da história do futebol é que em 1967, já com a sua carreira entrando em declínio, Garrincha foi emprestado ao Vasco pelo Corinthians. O clube paulista era o dono do passe do jogador e estaria disposto a cedê-lo em definitivo de graça. O ponta permaneceu em São Januário por um período curto, em que ficou praticamente todo o tempo treinando, tentando recuperar a forma. A direção do clube, inicialmente, não se mostrou disposta a dar-lhe uma chance, mas os jogadores, representados pelo capitão do time, o zagueiro Brito, fizeram um pedido especial que foi aceito.
A estréia oficial de Garrincha estava programada para a primeira rodada da Taça Guanabara contra o Bangu. Antes, a prova de fogo para avaliar a sua recuperação seria num amistoso contra a seleção da cidade de Cordeiro (RJ). Porém, Mané se machucou na véspera do amistoso e jogou no sacrifício, agravando a contusão. Mesmo assim, ele jogou os 90 minutos e marcou um gol de falta, o primeiro e único seu com a camisa cruzmaltina. A estréia contra o Bangu acabou não acontecendo e Garrincha jamais disputaria outro jogo pelo Vasco.
O amistoso em Cordeiro foi realizado em homenagem ao Sr. João Beliene, na época o único fundador do Vasco ainda vivo. O Vasco, que recebeu cota de NCr$600,00, enviou um time misto de reservas, juvenis, jogadores em experiência e potenciais titulares, além de Garrincha. A foto mostra Garrincha e Bianchini ladeando um senhor idoso que deve ser o fundador do Vasco homenageado, em meio a torcedores e dirigentes, antes da partida.
  • Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro
  • Data: 20/7/1967
  • Local: Cordeiro (RJ)
  • Juiz: Vander Carvalho
  • Renda: NCr$ 2.727,25
  • Primeiro tempo: 4 x 0
  • Gols: Bianchini 15', Bianchini 18', Zezinho 21', Bianchini 35' do 1º tempo; Milano(Sel. Cordeiro) 10', Garrincha 20', Valfrido 35' do 2º
  • Vasco: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William). Técnico: Gentil Cardoso.
Mais detalhes fascinantes sobre esse jogo de Garrincha pelo Vasco e a raríssima foto da equipe do Vasco que iniciou a partida se encontram no artigo O Anjo Torto, de autoria do colunista esportivo e ex-goleiro do Vasco Valdir Appel.
Conheça também os números dos confrontos de Garrincha contra o Vasco.
Agradecimentos a Fernando Matta, que pesquisou o assunto e teve a gentileza de enviar todas as informações acima e a foto, encontrada na Revista do Vasco de agosto de 1967, de Garrincha integrando o time do Vasco no amistoso. Diga-se de passagem que trata-se de um fato tão desconhecido que não se encontra registrado nem na excelente biografia "Estrela Solitária: Um Brasileiro Chamado Garrincha", de Ruy Castro.


Zico 
Zico
Quando compôs a sua música "Pega na Mentira", o compositor vascaíno Erasmo Carlos nunca poderia suspeitar que o verso de abertura que dizia "Zico está no Vasco" deixaria de ser mentira pouco mais de 10 anos depois, mesmo que por um dia.
Após ser protagonista da conquista do quinto título invicto de campeão carioca pelo Vasco em 1992, Roberto Dinamite, o maior artilheiro do Vasco de todos os tempos, anunciou o encerramento da sua longa e notável carreira. Um jogo de despedida foi programado para a noite de 24 de março de 1993, uma quarta-feira. O adversário convidado foi o clube espanhol Deportivo La Coruña, para onde recentemente havia se transferido o ex-ídolo vascaíno Bebeto. Para participar da festa foi convidado Zico, que àquela altura já atuava no futebol japonês e veio ao Brasil especialmente para a festiva ocasião. Um Maracanã com bom público (quase 30 mil pagantes) testemunhou a imagem insólita do Galinho de Quintino no seu dia de vascaíno, atuando no primeiro tempo em dupla com Roberto, numa bonita homenagem.
O Vasco perdeu a partida e uma invencibilidade de nove meses, mas o resultado era o que o que menos importava. Ali pendurava as chuteiras o seu maior ídolo. Eis a súmula do amistoso:
  • Vasco 0 x 2 Deportivo La Coruña (Espanha)
  • Data: 24/3/1993
  • Local: Maracanã
  • Juiz: José Roberto Wright
  • Renda: Cr$ 2.790.250,00
  • Público: 28.926
  • Gols: Bebeto 38' do 1º; Nando 45'+5' do 2º
  • Vasco: Carlos Germano, Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro, William e Zico (Geovani); Bismarck e Roberto (Valdir). Técnico: Joel Santana.
  • Deportivo: Liaño (Yosu), Djucik, Albístegui (Savin) e Ribera; José Ramón, Mauro Silva, Nando, Mariano e Marcos (Ramón); Fran e Bebeto (Antônio).
Fonte:  http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/por1dia.html


 Clique aqui para conhecer a cidade onde nasceu seu clube...

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