CHAPADA DE DIAMANTINA

Chapada Diamantina



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 12° 52' 49" S 41° 22' 20" O
Chapada Diamantina
(chapada)
Panorama geral da Chapada Diamantina
País  Brasil
Região  Bahia

Chapada Diamantina está localizado em: Brasil
Chapada Diamantina
Localização da Chapada no Brasil.
Coordenadas 12° 52' 49" S 41° 22' 20" O

A Chapada Diamantina é uma região de serras, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Essas correntes de águas brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam em borbulhantes cachoeiras e formam transparentes piscinas naturais. O parque nacional é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semi-árida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas.
A Chapada Diamantina é composta por 28 municípios: Abaíra e seu distrito Ouro Verde e Catolés, Andaraí, Barra da Estiva, Dom Basílio, Ibitiara, Itaetê, Livramento de Nossa Senhora, Marcionílio Souza, Morro do Chapéu, Novo Horizonte, Palmeiras, Rio de Contas e seus distritos Arapiranga e Marcolino Moura, Ruy Barbosa, Seabra, Souto Soares, Tapiramutá, Utinga, Wagner, Boninal, Bonito, Ibicoara e seu distrito Cascavel, Ibiquera, Iraquara, Jussiape e seu distrito Caraguataí, Lençóis, Mucugê, Nova Redenção e Piatã e seus distritos Cabrália e Inúbia.

Geologia

Os Três Irmãos, formações rochosas vistas a partir da rodovia BR-242 na cidade de Palmeiras.
As rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica conhecida como Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer na serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem a Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são as divisoras de águas entre a bacia do rio São Francisco (rios S. Onofre, Paramirim) e os rios que deságuam diretamente no oceano Atlântico, como o Rio de Contas e o Rio Paraguaçu. As montanhas mais altas do Nordeste brasileiro estão na Chapada Diamantina: o Pico do Barbado com 2.033 metros, o Pico do Itobira com 1.970 metros e o Pico das Almas com 1.958 metros.
A Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras. Há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões que foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões, areias sopradas pelo vento e cascalhos caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se sedimentos em uma região em forma de bacia, sob a influencia de rios, ventos e mares. Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento, que elevou as camadas de sedimentos acima do nível do mar, pressionada pela força epirogenética, tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos. As inúmeras camadas de arenitos, conglomerados, e calcários, hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos sedimentares primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades daqueles agentes ao longo do tempo geológico. Nas ruas e calçadas das cidades da Chapada, lajes de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais antigos.

Potencial turístico

Lago subterrâneo na
chapada.
Alguns atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira da Fumaça e seus 380 metros de queda livre ou o deslumbrante Poço Encantado. Mas são tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas, tomar banho de cachoeira, fazer trekking em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e cumes, comunidades esotéricas e alternativas como no Vale do Capão.
Caminhar respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção dos turistas de todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares verdejantes guardam sempre uma surpresa com águas cristalinas ou areias coloridas, belos morros, flores e hortaliças que encantam pela beleza e viço. Em Igatu, a curiosidade se aguça em meio às ruínas da cidade fantasma, construída com pedras que formam as paredes de pequenas grutas. Em Capão da Volta o "morro da igrejinha" é um dos lugares mais visitados, por católicos e todos que apreciam a beleza da Chapada.

Panorama da Chapada Diamantina, no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia

Referências

  1. Guia Quatro Rodas: Chapada Diamantina- Bahia. Página visitada em 8 de fevereiro de 2014.
 

  Chapada Diamantina 




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Localização:


Localização
A Chapada Diamantina reúne variados atrativos naturais e culturais, no coração do Estado da Bahia. Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura.
A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. Inicialmente habitada pelos índios Maracás, a ocupação de fato da região remonta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, a partir de 1710, quando foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandeirantes e exploradores. Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza. A atividade agropecuária tomba diante da opulência do garimpo.
Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.

 História




Os primeiros habitantes da Chapada Diamantina foram os índios. No século 17 chegaram os negros e os portugueses, que iniciaram uma economia baseada na exploração da agropecuária, e mais tarde, no garimpo de diamantes.

A Chapada foi sendo povoada gradativamente por grandes fazendas e comunidades quilombolas ¹, até que foram descobertos o ouro e o diamante, iniciando o ciclo do garimpo. A exploração do ouro perdurou por quase um século. Nessa época, foi construída a chamada Estrada Real para transportar o minério, que ligava a Chapada de Norte a Sul, de Jacobina a Rio de Contas. Com o declínio da produção aurífera, começa a exploração dos diamantes, responsável por trazer uma nova povoação à região, negociando com mercadores franceses, ingleses e alemães, mas que durou apenas 26 anos. A exploração da pedra começou em Mucugê, expandindo-se para o norte e para o sul, criando novos povoados, como Barra da Estiva, Rio de Contas, Igatu, Andaraí, Lençóis até Morro do Chapéu, definindo assim a região que passou a ser denominada de Chapada Diamantina, fazendo alusão à abundância do mineral e a sua formação geológica.
Por volta de 1870, o ciclo do diamante entra em decadência e no início do século 20, o diamante de aluvião se esgota e se inicia a era dos coronéis, em que as famílias dominantes disputavam o poder sobre o território. A principal figura desta época foi a do Coronel Horácio de Mattos, com memoráveis participações históricas, incluindo a ligação com Lampião ² e a perseguição à Coluna Prestes³.
Entre 1980 e 1996 a economia da região foi reaquecida com base na extração mecanizada de diamante, que foi finalmente proibida com a criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina, dando início ao turismo.

¹ Comunidades remanescentes de quilombos, onde os escravos se refugiavam.  
² Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, foi o principal integrante do Cangaço, movimento do nordeste brasileiro (início do sec. XX) marcado por ações violentas.
 ³ Movimento político-militar, existente entre 1925 a 1927, que percorreu mais de 24 mil km no interior do Brasil pregando reformas político-sociais e lutando contra a República Velha.


 


CULTURA



Jagunços
 Região marcada por grandes diferenças sociais e concentrações de renda, a Chapada Diamantina foi, da segunda metade do século XIX até década de 1930, um barril de pólvora comandado por poucos e muito poderosos coronéis.

As tradicionais famílias proprietárias de terra davam abrigo e emprego para os colonos e exploradores a procura de riquezas, e em troca conquistavam a gratidão e fidelidade dessas pessoas. Formaram-se assim verdadeiros exércitos de jagunços disposto a defender com a própria vida os interesses dos patrões.

As divergências entre coronéis levaram à criação de dois partidos políticos que, mais que uma posição ideológica, representavam uma escolha social. Os liberais e conservadores (ou pinguelas e mandiocas, apelidos dados a um pelo outro) dividiam-se em tudo, do uso obrigatório da cor-símbolo do partido à formação de duas orquestras filarmônicas que disputam as atenções nas festas populares.
Filarmônica Pinguela

As mudanças da transição do Império para a República, ainda que chegando com certo atraso à região, acirraram ainda mais a tensão política dos grupos rivais. A tentativa de centralização do poder em um governo federal (e a consequente perda de influência na política local) e a abolição da escravatura foram mudanças que assustaram a política conservadora local.

Com a morte do coronel Felisberto Augusto de Sá em 1896, acirraram-se as disputas pelo poder na região. Os coronéis Felisberto Sá e Heliodoro de Paula Ribeiro travaram, através de seus jagunços, uma verdadeira guerra na região. O seqüestro do filho de Felisberto, Francisco Sá, agravou a disputa, que só terminou com a intervenção do governador baiano.

Coronel
 Um período de relativa paz marcou a passagem de comando dos coronéis a seus sucessores. Horácio de Matos, sobrinho de Clementino de Matos (outro coronel), é chamado para assumir as áreas do tio e propõe paz entre as famílias. Um curioso início de carreira para o homem que, após violentas batalhas contra a Coluna Prestes, seria definitivamente considerado o coronel mais temido e respeitado da Chapada.


 Como chegar

Como-chegar-2014

Para quem vem de avião
O aeroporto Horácio de Matos, no município de Lençóis, recebe voos regulares a partir de Salvador e está a 20km do centro da cidade, na BR-242.

Voos: Quintas e domingos

Saída SSA: 12h30 / Chegada LEC: 13h40

Saída LEC: 14h05 / Chegada SSA: 15h00
Azul Linhas Aéreas (Lençóis) +55 (75) 3625-0026 / aeroporto.lec@voezaul.com.br
Aeroporto Horácio de Matos (Lençóis): +55 (75) 3625-8100
Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães (Salvador): +55 (71) 3204-1010 / 3204-1555
Para quem vem de ônibus (Partindo de Salvador)

Destino Lençóis e Palmeiras/Vale do Capão
Centro de Atendimento Rápido Federal: 0800 280 7325
Rápido Federal (Lençóis): +55 (75) 3334-1112
Rápido Federal (Feira de Santana): +55 (75) 3221-4555 ou www.rapidofederal.com.br
Rápido Federal (Vale do Capão): +55 3334 1025

Obs: Para chegar ao Vale do Capão é necessário pegar um traslado em Palmeiras, que sai diariamente nos horários: 6h30 / 14h30 / 19h30 / 24h
Destino Andaraí/Igatu, Ibicoara e Mucugê

Viação Águia Branca 0800 725-1211
www.aguiabranca.com.br

Destino Rio de Contas (Sul da Chapada)

Viação Novo Horizonte (71) 3450-2224 / 5557
www.novohorizonte.com.br

Ônibus intermunicipal

Emtram: 0800 550 220 ou www.emtram.com.br
Dica: Os transportes intermunicipais possuem poucas opções de itinerário e não possuem horário regular, por isso, para se deslocar de uma cidade você pode contratar um transfer, alugar um carro ou fechar um pacote com uma agência.
 
Para quem vem de carro
De carro você terá mais liberdade para organizar seu próprio roteiro, mas para aproveitar melhor seu tempo trace seu itinerário com antecedência, traga um mapa de rodovias e/ou GPS.
Lembre-se: mesmo de carro é necessário contratar um guia para ter acesso à maioria dos atrativos naturais.
Informações sobre rodovias:
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT: 0800 611 535 ou www.dnit.com.br

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