João Frazão do PCP: "Não existe em Portugal governo de esquerda"

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Debate sobre a situação política em Portugal e na Europa, recebeu na noite desta sexta-feira (18), em São Paulo, uma palestra do membro da comissão política do Partido Comunista Português (PCP), João Frazão. Fotos: Cezar Xavier

 Organizado pela Fundação Mauricio Grabois e pela secretaria nacional de relações internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o debate sobre a situação política em Portugal e na Europa, recebeu na noite desta sexta-feira (18), em São Paulo, uma palestra do membro da comissão política do Partido Comunista Português (PCP), João Frazão.  

“O PCP é o partido de vanguarda dos trabalhadores portugueses, da classe operária e de todo o povo português. É um partido marxista-leninista e internacionalista. Está à frente dos trabalhadores, na luta pelos seus direitos e pela emancipação nacional e social”, disse José Reinaldo, na abertura do evento.
O dirigente enfatizou ainda que o quadro político de Portugal desde 2015 tem passado por mudanças a partir dos resultados das últimas eleições legislativas e da formação de um governo encabeçado pelo Partido Socialista (PS). “É uma situação instigante, nova, bastante diferenciada do quadro europeu e que tem repercutido em nosso país e desperta interesse e o acompanhamento do nosso partido”, esclareceu José Reinaldo.
Solidariedade do PCP ao povo brasileiro
“O PCdoB (Partido Comunista do Brasil) é muito grato ao partido comunista português e acho que estou expressando também os sentimentos do povo brasileiro pela irrestrita, indeclinável e incondicional solidariedade que prestou ao nosso povo, ao nosso partido, ao Partido dos Trabalhadores, à presidenta Dilma ao presidente Lula, em todo o processo que durou mais de 3 anos de preparação e execução do golpe de estado que acabou destituindo a presidenta Dilma.
José Reinaldo destacou ainda os diversos atos organizados pelo PCP, em Portugal e mesmo fora de país, como no Parlamento Europeu em solidariedade ao país e ao povo brasileiro. “É uma expressão dos laços de amizade, de cooperação entre os nossos dois partidos, baseadas no internacionalismo do proletário que faz parte indissociável da política e ideologia dos nossos partidos”.
João Frazão iniciou a sua fala retratando a grave crise política brasileira e a solidariedade do partido comunista português ao povo brasileiro. Segundo Frazão, o PCP e o PCdoB estão ligados por uma relação de fraternidade e do mais profundo relacionamento tanto no plano bilateral como multilateral. “Na luta por uma nova sociedade, cada qual honrando o seu país, a luta e a experiência deixadas por gerações e gerações”, acrescentou.
Retratando ainda o último período de retrocessos no plano político e social no Brasil, Frazão citou as exigentes tarefas que estão colocadas para os comunistas brasileiros e o importante papel que o PCdoB ainda tem para desempenhar.
“Perante a brutal ofensiva da burguesia reacionária, com apoio e estímulo do imperialismo norte-americano. Ante o golpe de Estado contra a legítima presidenta Dilma Rousseff – que esteve a poucas semanas na sede do nosso partido, diante do indigno processo que levou à prisão do ex-presidente Lula,  é  que deixo aqui a mais viva solidariedade. A perseguição a destacados ativistas dos direitos humanos, o regresso da agenda do neoliberalismo e ao ataque aos direitos como a educação, a saúde, com a tentativa de destruir os direitos laborais”.
Diante de tudo isso, afirmou o dirigente português, o “PCdoB tem um importante papel a desempenhar na mobilização dos trabalhadores e do povo para a luta, quer contra as medidas antissociais do governo do usurpador Temer quer pelo retorno da dignidade democrática, jurídica e constitucional”, disse o dirigente, relembrando do processo que retirou Dilma Rousseff da presidência e de prisão do ex-presidente Lula com intuito de afastar-se do seu direito de se candidatar à Presidência do Brasil.
Frazão enfatizou ainda a “convicção e os compromissos” dos comunistas e democratas do Brasil “que...Continue lendo...

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