A VIDA DE PEDRO TEIXEIRA



Estátua de Pedro Teixeira em Cantanhede, Portugal.
Pedro Teixeira (militar)
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Pedro Teixeira (Cantanhede, 1570 — Belém, 4 de Julho de 1641) foi um explorador, sertanista e militar português.


Biografia

Pouco se conhece sobre sua família ou sobre seus primeiros anos de vida.

No contexto da Dinastia Filipina participou, com Jerônimo de Albuquerque, na campanha para expulsar os franceses de São Luís do Maranhão, no litoral nordeste do Brasil.

Após a expulsão destes, em fins de 1615, a Coroa Portuguesa determinou o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar a sua posse sobre aquela região. Uma expedição de três embarcações, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco, foi enviada, nela seguindo o então alferes Pedro Teixeira. A 12 de janeiro de 1616, as embarcações ancoraram na baía de Guajará onde, numa ponta de terra, foi fundado o Forte do Presépio, núcleo da atual cidade de Belém do Pará.

Em 1625 lutou contra os neerlandeses(holandeses) que estavam em um forte no rio Xingu, um rio com aproximadamente 1979km de extensão) e os ingleses ao longo da margem esquerda do rio Amazonas. Em 1626 subiu o rio Tapajós procurando índios Tupinambás para o comércio de escravos. Em 1627, frei Vicente do Salvador, em sua obra "Historia do Brazil", destacou a sua atuação.

Agora já em 25 de Julho de 1637, chefiou uma expedição que partiu do Maranhão, com 45 naus, setecentos soldados portugueses e mil e duzentos índios remadores/flecheiros. A missão de Pedro Teixeira,subindo o curso do rio Amazonas, buscava confirmar a comunicação entre o oceano Atlântico e o Peru, rota percorrida no século anterior por Francisco de Orellana. Seu destino final foi Quito, no Equador. Fundou Franciscana na confluência do rio Napo com o Aguarico, no alto sertão, para delimitar as terras de Portugal e Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. A viagem foi registrada pelo jesuíta Cristóbal de Acuña em obra editada em 1641.

Como reconhecimento por sua extensa lista de serviços prestados na conquista da Amazônia brasileira, foi agraciado com o cargo de capitão-mor da Capitania do Grão-Pará. Tomou posse em fevereiro de 1640, mas a sua gestão foi curta, tendo durado apenas até Maio de 1641, vindo a falecer em Julho desse mesmo ano.

Os índios chamavam-lhe o Homem Branco Bom.



A CONQUSTA DA AMAZÔNIA POR PEDRO TEIXEIRA

Pelo Cel Cláudio Moreira Bento, fundador e presidente da Federação
de Academias de História Militra Terrestre do
Brasip (FAHIMTB), do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)e
da Academia Canguçuense de História.(ACANDHIS) e no caso tambem autor do livro
AMAZÕNIA BRASILEIRA.CONQUISTA. CONSOLIDAÇÃO. MANUTENÇÃO. HISTÒRIA
MILITAR TERRESTRE DA AMA
ZÕNIA (1616
-
2003). Porto Alegre:AHIMTB/GENESIS, 2003
C
a
p
a
d
a
p
l
a
q
u
e
t
a
p
intura do patrono de cadeira na FAHIMTB, Alcebiades Miranda Junior
,
na História do
Exército Brasileiro perfil militar de um povo.Rio de
Janeiro:EME,1972.v.1,p.215
UMA JUSTA HOMENAGEM
O Governo Federal homenageou
o legendário Capitão PEDRO TEIXEIRA, o
“Conquistador da Amazônia Brasileira”,
batizando
em 1973 ,
com seu nome trecho da
rodovia BR.316, , ligando São Luís a Belém.
2
Foi
uma lusta homenagem ao soldado intrépido e sertanista magnífico por seu
pioneirismo na ligação terrestre Norte
-
Nordeste e no reconhecimento das ricas
te
rras
maranhenses atravessadas
pela BR. 316,
que foram
integradas, racionalmente, ao processo
de Desenvolvimento do Nordeste e do Brasil, graças ao esforço conjunto e planejado de
diversos órgãos do Governo
.
PIONEIRISMO NA LIGAÇÃO TERRESTRE BELÉM
-
SÃO LUÍS
O jovem Alferes
PEDRO TEIXEIRA, herói consagrado nas lutas que culminaram com a
expulsão dos franceses de La Ravardière do Maranhão, em 3 de novembro de 1615, após
participar da expedição militar que fundou Belém, em 12 de laneiro de 1616, recebeu ordem
de atingir, por t
erra, São Luís.
O Capitão Castelio Branco, fundador de Belém, ordenou
-
lhe:
Explorar e balizar um caminho terrestre ligando as bases
militares portu guesa de São Luís e Belém, para garantir apoio
terrestre militar mútuo entre os dois pontos fortes, de
vez que a
rota marítima era vulnerável a ataques de barcos ingleses,
irlandeses e holandeses, com suas bases em fortificações e
feitorias estabelecidas no canal norte do estuário do Amazonas.
Levar notícias a Alexandre de Moura, Conquistador do
Maranhão
, do êxito da expedição militar combinada, marítim e
terrestre, fundadora de Belém e da FELIZ LUZITÂNIA, de onde se
irradiaria
a conquista da Amazônia Brasileira.
Obter e transportar, por mar, reforços militares para consolidar
militarmente o Forte do Pre
sépio ou Casteilo, ameaçad
o
de
destruição por índios tupinambá
s
hostis, e para uma ofensiva
visando a destruir feitorias e fortificaçõe inglesas, holandesas e
irlandesas estabelecidas no canal norte do es
tuário
.
PEDRO TEIXEIRA deixou Belém em 4 de março
de 1616 acompanhado por uma
pequena escolta de soldados e um grupo de índios amigos.
Atingiu São Luís, após 2 meses de penosa
jornada, por terras nunca antes percorridas
pelo homem branco e povoadas de índios bravios.
Entre os vales dos rios Guamá
e Guru
pi foi atacado por índios tupinambás. Venceu
-
os
e os submeteu a obediência, criando, temporariamente, condições de segurança para a
importante ligação militar estratégica que estabeleceu.
Foi recebido como herói em São Luís e muito festejado pelas autorida
des e povo por
seu brilhante e ousado feito.
Depois de
cumprir suas missões retornou a Belém, por água. Levava preciosos
reforços para a consolidação militar de Belém e para atuação ofensiva contra o invasor da
FELIZ LUZITÂNIA: 80
arcabuzeiros, material
bélico e uniformes.
Com esta feliz e bem sucedida aventura
,
este intrépido
oficial abriu, com página de
ouro, suas brilhantes folhas de excepcionais serviços prestados durante mais de 25 anos às
3
causas das conquistas do Maranhão e Amazônia Brasileira, manu
tenção da
I
ntegridade das
mesmas e da
S
oberania luso
-
brasileira naquelas paragens, sob séria ameaça de
ingleses,irlandeses, holandeses e franceses protestantes, inimigos da católica Espanha,
atraídos às costas do Brasil após União das Coroas de Portugal e
Espanha, em 1580, sob
Felipe lI da Espanha.
HERÓI DA AFIRMAÇÃO DA SOBERANIA LUSO
-
BRASILEIRA NO ESTUÁRIO
AMAZÔNICO
De 1616 a 1631, durante 15 anos, seu nome foi uma legenda no estuário e no baixo
Amazonas, na luta contra o invasor e contra os índios tupina
mbás, hostis.
Chefiou ou participou de diversas operações militares para arrasar feitorias e
fortificações inglesas, irlandesas e holandesas estabelecidas nos seguintes locais:
Canal do norte do estuário, Fortes TORREGO (foz do Marabá), FELIPE (de.
fro
nte a Mazagão), Forte CUMAÚ (pró ximo a Macapá) e feitorias ou colônias de JENIPAPO
(vale do Paru), UARIMIUACÁ e TILLETILLE (vale do Cajari
)
tudo no Amapá, além de três
fortins
na Ilha de Gurupá.
Na margem direita do Amazonas, Forte MARIOCAY (substituí
do em 1623 pelo
Forte português de SANTO ANTONIO DO GURUPÁ)
.
MANTIUTUBA próximo à foz do Xingu
e colônias ou feitorias de ORANGE e NASSAU, no vale do Xingu.
Por outro lado, destacou
-
se nas lutas para reduzir e pacificar índios tupinambás que
ameaçaram deitar por terra a conquista portuguesa de Belém e de outros pontos litorâneos,
entre esta e São Luís, como Cumã e Caités.
EXEMPLO DE BRAVURA E
VALOR MILITAR
A bravura e o valor militar de PEDRO TEIXEIRA podem ser demonstrados no seguinte
episódio:
Em 7 de agosto de 1611
,
partiu de Belém chefiando duas canoas armadas para
enfrentar um barco de guerra holandês que bordejava próximo à foz do Xingu, distánte três
dias de Belém.
Ao defrontarem com o barco inimigo travou
-
se singular combate naval. PEDRO
TEIXEIRA e sua tropa for
am rechaçados pelos canhões da embarcação. Retornou após e
usou o seguinte expediente. Penetrou com suas canoas no ângulo morto dos canhões
inimigos. A seguir, abordou o barco holandês e travou violento corpo
-
a
-
corpo com sua
guarnição. Ferido em ação
,
reti
rou
-
se após haver incendiado a nau inimiga, para não perecer
no incêndio que a fez naufragar. Mais tarde retornou ao local e chefiou a retirada, do fundo do
rio, dos canhões do barco submergido. Transportou
-
os para Belém, onde foram reforçar as
defesas do
Forte do Castello, hoje muda testemunha de suas façanhas e que deve, por um
imperativo cívico, ser preservado de destruição ou descaracterização, como relicário nacional,
de igual forma que os Montes Guararapes, onde despertaria 7
anos após a morte desse
v
aloroso soldado, o espírito da Nacionalidade do Exército Brasileiro que eIe ajudou a forjar.
EXPLORADOR E CONQUISTADOR DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Em 1626 e 1628, chefiou Tropas de Resgates, respectivamente em expedições aos
vales do Tapa jós e Negro. De 1637
a 1639 realizou sua grande epopéia que o consagraria
com o merecido título “Conquistador da Amazônia Brasileira”.
4
Recebeu a chefia de uma grande expedição inspirada e ordenada, sob forte
reação popular e das Câmaras do Senado e de Belém e São Luís, por Ja
come de Noronha,
Governador do Estado do Maranhão e Grão
-
Pará, este criado, em 1621, desvinculado do
restante do Brasil.
Nesta altura Portugal
j
á tramava sua independência de Espanha. E Jacome de
Noronha, herói intrépido das lutas para firmar a Soberania I
bérica no estuário do grande rio,
procurou antecipar
-
se à Espanha na conquista efetiva da Amazônia, embora correndo o risco
de desamparar seu estado aos holandeses
,
em franco expansionismo, a partir do Recife, sob
a direção de Maurício de Nassau.
Jacome d
e Noronha teve de convencer a população que a expedição era fundamental
para conquistar
-
se a amizade dos índios do Amazonas que se encarregariam de bloquear o
ace
s
so holandês, pelo rio, às ricas minas de Potosi, no Peru.
PEDRO TEIXEIRA chegou a Belém em 25
de julho de 1637. Em 28 de outubro partiu
Portugal e Espanha, desde 1580 unidas sob a cabeça do rei da Espanha
.
Em 16 de agosto de 1639 em gesto solene, em presença de militares da Expedição de
religiosos espanhóis, PEDRO TEIXEIRA, após apanhar um
punhado de terra e lançá
-
lo ao
ar,proferiu em altas vozes estas palavras de tão grande proleção nas dimensões continentais
do Brasil e nos destinos de grandeza, sob Deus, da Nacionalidade Brasileira:
“Tomo posse destas terras, pea Coroa de Portugal, em
nom
e do Rei Felipe IV, nosso senhor, Rei de Portugal e Espanha; e
se houver entre os presentes alguém que a contradiga ou a
embargue que o escrivão da expedição o registre, pois, presentes,
por ordem da real audiência de Quito, encontram
-
se religiosos da
comp
anhia de Jesus ...”
O Escrivão da Expedição lavrou o “Termo de Posse” respectivo, assinado por todos os
oficiais e graduados da Expedição, o qual, após o término desta, foi transcrito nos livros da
Provedoria e Câmara do Senado de Belém.
Alegoria do pintor Antônio Parreiras existente no Palacio do Governo do Pará
,
em que Pedro Teixeira na
foz do rio Aguarico com o Napo, na atual fronteira
Perú
-
Equador, funda FRANCISCANA e toma posse em
nome do Rei de Espanha e Portugal. Das terras situadas
a leste daquele ponto
Os citados registros
serviria
m
, mais tarde, de primeiro argumento da doutrina do
UTIPOSSIDETIS qu
e
presidiu o Tratado de Madrid de 1750, o qual torn
ou
sem efeito o
Meridiano das TordesiIhas, Belém
-
Laguna em Santa Catarina,
e
confi
rmou a conquista luso
-
brasileira
da Amazônia
.
realizada por PEDRO TEIXEIRA e seus bravos expedicio nários.
5
Pouco
depois d
o retorno da expedição a Belém, Portugal tornou
-
se independente de Espanha
e na posse de uma colônia Continente, graças a
esta expedição e a de outros bandeirantes
como Raposo Tavares, “O herói de todas as distâncias”, que atingiu Belém, 11 anos
depois
d
a expedição PEDRO TE!XERA, descendo o rio Amazonas pelo Madeiraproveniente de São
Paulo.
MORTE DO HERÓI
PEDRO TEIXEIRA foi nomeado Capitão
-
Mor do Grão
-
Pará, função equivalente, hole,
a de Comandante Militar da Amazônia. Demitiu
-
se desta função, pouco antes de sua morte
em Belém, em 1641, vítima de rápida e insidiosa moléstia.
Na ocasião preparava
-
s
e para viaiar para Lisboa, profundamente desgostotso com as
atitudes do Governador do Maranhão, Bento Maciel Parente, que somente denotava
preocupação em resguardar seus interesses particulares contra os holandeses, ou seja a
defesa da capitania da qual er
a donatário, o atual Amapá, onde concentrou o grosso das
tropas disponíveis, em detrimento das defesas do Pará e Maranhão, este, invadido e
conquistado pelos holandeses, em 25 de novembro de 1641, graças a um ardil, O governador
Bento Maciel
Parente foi pr
eso e exilado no Rio Grande do Norte.
Pouco
depois
, o Grão
-
Pará receberia um Capitão
-
Mor à altura de PEDRO TEIXEIRA.
Tratava
-
se de Jerônimo de Albuquerque, o herói da resistência do Forte do Rio
Fo
rmoso, em Pernambuco, em 7 de fevereiro de 1631, onde es
crevera uma das mais belas e
épicas páginas da História Militar do Brasil. Este bravo encontra
-
se sepultado em Belém, na
Igreja de N. S. do Carmo.
E que t
eve destacada atuação na libertação do Maranhão do jugo
holandês, em 28 de fevereiro de 1645.
Em 6 de outubro de 1966, por iniciativa da Comunidade Portuguesa do Pará e
colaboração da Prefeitura de Belém, foi inaugurado um monumento a PEDRO TEIXEIRA, na
Praça Mauá. No Palácio do Governo do Pará existe
a citada
pintura a óleo que fixa para a
poster
idade, a fundação de FRANCISCANA por PEDRO TEIXEIRA, na fronteira Peru
-
Equador.
PEDRO TEIXEIRA encontra
-
se sepultado ria Catedral Metropolitana de Belém, na
entrada da Amazônia Brasileira que conquistou e na foz do Amazonas,
“O Príncipe dos
r
ios
do Mundo”
, cenário de suas glórias e que ele teve o privilégio de ser o primeiro luso
-
brasileiro a
o
percorrer oficialmente e a desvendar seus encantos, mistérios é riquezas.
FIDELIDADE A UM IDEAL NACIONAL
PEDRO TEIXEIRA
foi fidelíssimo ao ideal político português
Dilatar a fé católica e o
império”
e, na Amazônia, ao pensamento militar decorrente, assim sintetizado de modo muito
feliz, pelo consagrado historiador militar brasileiro, General F
rancisco
. de Paula Cidade,
Comandante da 8.° RM durante a Segunda Guerra Mundial.
Julgada a causa justa, pedir proteção divina e atuar
ofensivamente,mesmo em inferioridade de meios
.”
Foi por certo pensando na obra de homens da dimensão de PEDRO TEIXEIRA que Joaquim
Nabuco afirmou
com grande autoridade certa feita :
6
“Nada da conquista de Portugal é mais extraordinário do que a
conquista da Amazônia.”
Nada da construção do grande Brasil de nossos filhos e netos é mais grandioso, épico e
comovente, do que a batalha para a
Integração e Desenvolvimento da Amazônia, sob
inspiração de Deus. Batalha que vem sendo travada, por brasileiros civis e militares, com
comovente determinação, audácia e patriolismo, para vence
r
rem, com soluções brasileiras,
os des
a
fi
os amazõnicos
, o
“De
safio Brasileiro do Século
XX
I
“.
Batalham com decisão, mas c
om humildade
cristã, face à grandeza dos des
afios su
perados pelos que conquistaram a mantiveram, até nossos dias, a lnte
gr
i
dad
e a Soberania
Brasileira na área.
Foi sob a emoção desta obra
c
onsagradora
de nossa geração aos pósteros
que
poeta
Tenente
-
Coronel José Carvalho Filho escreveu esta poesia a bordo de um Búfalo FAB,
sobrevoando Roraima
onde o autor estava presente
A UM PUNHADO DE
BRAVOS
No coração da Selva Amazônica,
Eu vi o homem brasileiro,
A golpes de ousadia
Criar a dimensão
De uma nova nação !
Vi, à sombra das árvores imensas
Surgirem construções,
Guiadas pelos sulcos vermelhos
Das estradas pioneiras ...
Sob o sol, sob
a chuva
Eu vi a natureza,
Num gesto de humildade
Curvar
-
se ante os heróis !
Vi um punhado de bravos !
Vi ...
Mãos
Calejadas pela rotina incansável,
Pés
Mergulhados nos igarapés virgens
Rostos
Marcados pelo bronze do sol,
Corpos
Suados pelo mor
maço da selva,
Olhos
Voltados para o novo amanh
ã
E senti,
No coração de cada um,
Aquela fé inquebrantável
Dos que marcaram encontro com o impossível
Para vencê
-
lo
7
FONTES CONSULTADAS
1
.
BENTO, Cléudio Moreira, maj.
A
Batalhas dos Guararapes,
Recife,
UFPE, 1871, 2 v.2
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Janeiro:
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. Rio, Bibliex,
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Paraíso e Inferno
. Rio
de Janeiro
, Bibliex, 1970.
12
SUDAM.
Amazônia, Modelo de Integração
. Belém Divisão de Documentação, 1973.
A presente abordagem é uma adpatação para ser colocada na Internet em Livros no site da
FAHIMTB.
www.ahimtb.org.br
da plaqueta do autor.
A Conquista da Amazônia
. Rio de
Janeiro:
DNER,c. 1973. Site que em Livros se en
contra o livro cujas capas vide a seguir
Na página anterior capas do livro
Amazônia Brasileira. Conquista.Consolidação.
Manutenção.História Militar Terrestre da Amazônia.
Porto Alegre:AHIMTB/GENESIS,
2003
.
Editor
e autor das orelhas ,
academico benemerito Flavio Camargo, Prefácio
academico emérito Gen Ex Luiz Gonzaga
.
ex
-
comandante da Amazônia, Posfácio do
falecido Gen Bda Claudimar Magalhães Nunes ex
-
comandante da 1ª Brigada de Infantaria
de Selva. Apresentaçao do academico benemérit
o Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis e capas
do coloborador emérito
CMG Carlos Norberto Stumpf Bento,
criador e administração do site
da FAHIMTB
8
SUBSIDIOS
COMPLEMENTARES
O General de Estado e Marques de Aquella Branca Pedro Teixeira, pelo patrono de cadeira na FAHIMTB
pintor Miranda Junior
,
na História do Exército Brasileiro
-
perfil militar de um Povo. Rio de Janeiro:EME,
1972.
v.1,p.227.
A verdade histórica é o resultado a aproximações sucessivas. Em realidade o
Capitão Pedro Teixeira conquistou a Amazônia Como General de Estado e Marques de
Aquella Branca
,
conforme subsidio que
ora
acrescentamos
decorridos
42 anos
à
pla
queta
CONQUISTA DA AMAZÔNIA,e s
a qual repetimos dados de 1973 nela
constantes
General Pedro Teixeira (1570
-
1641)
-
O conquistador da Amazônia
Cel Claudio Moreira Bento
Nosso herói nasceu em
Cantanhede, distrito de Coimbra, Portugal, sendo de nobre
ascendência. Era Cavaleiro da Ordem de Cristo e Moço Fidalgo da Casa Real.
Casou com D. Ana Cunha, filha do Sargento
-
Maior Diogo de Campos Moreno, na localidade
de
Praia,
nos
Açores.
Chegou ao B
rasil com 37 anos, em 1607, contribuindo para a expulsão dos franceses do
Maranhão, onde se tornou notável por sua intrepidez.
Em 19 de novembro de 1614, defendeu do ataque dos franceses, em Guaxinguba, no
Maranhão, o Forte da Natividade.
Integrou a expedi
ção comandada pelo Capitão Francisco Caldeira Castello Branco, que
deixou São Luiz no Natal de 1615, via marítima, para fundar Belém, aonde chegou depois de
18 dias de viagem.
Em 7 de março de 1616, a expedição foi enviada por terra a São Luiz, com alguns
soldados
e índios para, entre outras missões, levar notícias da fundação de Belém, retornando via
marítima com reforços.
Em 7 de agosto de 1616, o agora Tenente Pedro Teixeira foi escalado para punir um barco
holandês. Sua força punitiva foi constituída p
elo Alferes Gaspar de Freitas Macedo, 20
soldados e muitos guerreiros tupinambás.
Em 9 de agosto atacou o navio, sendo ferido em ação, mas o incendiou e se apossou da sua
Artilharia.
Por esse feito foi promovido a capitão em 28 de agosto de 1618, aos 48 an
os.
Com a deposição do Capitão Castello Branco e sua conseqüente prisão, situação em que
veio a falecer, houve uma revolta em Belém. Os tupinambás, então, resolveram atacar o
forte do Castelo, sendo acalmados os ânimos com um tiro do Capitão Gaspar Fragoso
o
qual atingiu o cacique Cabelo de Velha.
Para cobrir o vácuo deixado pela ausência de comando, foi constituída uma Junta
Governativa de 3
membros a qual, em 1620, ficou reduzida ao Capitão Pedro Teixeira.
Em 1622, Pedro Teixeira recebeu a missão de const
ruir uma estrada ligando o Pará ao
Maranhão, iniciando em Ourém em direção a Viana, no Maranhão.
Em 1625, chefiou expedição ao rio Xingu para lá destruir o forte Mandiutuba, construído
9
pelos holandeses. Com 50 soldados e 700 índios guerreiros atacou o fort
e liderado pelo
Capitão Nikolaus e o conquistou, em que pese a tenaz resistência dos defensores.
Em 1625 recebeu a missão de expulsar os ingleses do Forte Torrego. E em 24 de outubro
conquistou o forte, perecendo nessa ação o comandante inglês do forte.
Em
10 de julho de 1632, para vingar seu colega, chegou ao Amazonas, com dois navios, o
Capitão Roberto North, que atacou o Forte de Gurupá, onde se encontrava o Capitão Pedro
Teixeira.
O Forte foi atacado, mas o Capitão North foi derrotado e obrigado a se r
etirar para a margem
esquerda do Amazonas para procurar local para outro forte.
Com a notícia chegada a Belém da presença espanhola no Alto Amazonas, o Capitão
General do Grão
-
Pará decidiu conquistar a maior parte da Bacia Amazônica.
Incumbiu dessa missão
o Capitão Pedro Teixeira, aos 66 anos de idade, que então recebeu
a patente de Capitão
-
Mor e General de Estado
,
com plenos poderes para levar a efeito sua
missão.
O General
Pedro Teixeira nomeou os seguintes militares para integrar a sua expedição: Cel
Be
nto Rodrigues de Oliveira, pernambucano (como sub
-
comandante); Capitão Pedro da
Costa Favela (cartógrafo); Capitão Bento da Costa (Piloto
-
Mor); Capitão Antônio de
Azambuja (Mestre de Campo); Felipe de Matos Cotrim (Sargento
-
Mor); Capitães de
Infantaria Ped
ro Baião de Abreu e Inácio de Gusmão; Alferes Fernão Mendes Gago,
Bartolomeu Dias de Matos e Antônio de Oliveira, Maurício de Heliaste (Ajudante); Sargentos
Diogo Rodrigues e Domingos Gonçalves; Manuel de Matos Oliveira (Almoxarife), João
Gomes de Andrade
(Escrivão) e Agostinho das Chagas.
Fizeram parte da expedição seis soldados espanhóis que haviam descido o Amazonas e
agora regressavam como guias.
A expedição era constituída de 70 canoas das quais 45 eram grandes, com 20 remadores
cada. O efetivo militar
era constituído por 70 soldados e 1200 índios guerreiros e flecheiros
que eram acompanhados por mulheres e filhos, o que elevava o total para cerca de 2.000
pessoas. É difícil conceber que cada canoa transportasse 29 pessoas (2.000:70 = 29
pessoas). Se fo
i esta a quantidade, seguramente os índios em grande parte viajaram em
outras canoas.
Pedro Teixeira deixou Gurupá em 28 de outubro de 1637 e chegou à foz do rio Napo em 3
de julho de 1638, depois de cerca de oito meses de viagem.
Dali viajou ora a cavalo,
ora no lombo de mula, ora a pé. No dia 10 de novembro de 1638,
depois de um ano do início de sua viagem, foi recebido em audiência pelo Governador em
Quito.
No dia 16 de fevereiro de 1639, depois de cerca de três meses de permanência em Quito,
Pedro Teixe
ira deu início à viagem de retorno.
Em 15 de agosto de 1639, à margem esquerda do rio Aguarico (atual rio do Ouro), tomou
posse da Amazônia daquele ponto para o leste em nome do rei comum de Espanha e
Portugal e da coroa lusitana.
E ali plantou um marco e
um povoado a que chamou de Franciscana, em homenagem a 2
padres franciscanos mortos pelos índios Los Encabelados.
O ato de posse foi registrado no dia seguinte pelo Escrivão da Expedição.
Pedro Teixeira chegou a Belém em 12 de dezembro de 1639, depois de,
aproximadamente,
10 meses de viagem de retorno e 2 anos e 2 meses de ali haver partido.
Desde então, a atual Amazônia Brasileira passou a ser legítimo domínio de Portugal,
reconhecido mais tarde pelos tratados de Madrid de 1750 e confirmado pelo Tratado de
Santo Ildefonso de 1777. A partir de 1822, passou a ser domínio do Brasil.
Em 28 de fevereiro de 1640, o General Pedro Teixeira assumiu as funções de Capitão
-
Mor
do Pará.
Neste período recebeu do rei Felipe IV de Portugal e Espanha o título de
Marquês de
Aquella Branca.
Em novembro de 1640 foi nomeado Governador do Pará, situação que o alcançou quando
da separação, em 1 de dezembro de 1640, dos reinos de Espanha e Portugal, ao qual ele
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acresceu a imensa Amazônia Brasileira, fato assim interpretado pelo his
toriador Almirante
Max Justo Guedes:
“A expedição fluvial de Pedro Teixeira é sem dúvida o segundo maior feito da nossa
História”.
Não foi possível realizar seu sonho de retornar à sua Cantanhede, em Portugal, de onde
saíra há 34 anos, pois faleceu em 6 de
junho de 1641, com 71 anos, tendo sido sepultado na
atual Catedral de Belém.
Seu feito épico de conquista da Amazônia Brasileira aos 69 anos cresce em projeção a cada
dia que passa, em especial o desafio logístico vencido de sustentar, durante 2 anos, es
sa
enorme expedição navegando pelo Amazonas.
Essas dificuldades poderão ser apreciadas e avaliadas em meu livro
Amazônia
Brasileira....Historia Militar Terrestre da Amazônia
onde abordo a viagem do Capitão
General Mendonça ,de Belém a Barcelos, em 1754, m
ais de um século mais tarde.
Se não tivesse acontecido essa feliz e oportuna expedição rio acima, seguramente ela teria
sido feita por espanhóis rio abaixo, e a atual Amazônia Brasileira teria sido conquistada para
a Espanha. O exemplo dessa “facilidade” r
io abaixo foi a chegada de seis soldados
espanhóis a Belém os quais o General Pedro Teixeira levou de volta como guias.
A nacionalidade brasileira tem agradecido e imortalizado, de diversas formas, o feito
extraordinário do General Pedro Teixeira e Marquês
de Aquella Branca.
Por ocasião da inauguração da Rodovia Pedro Teixeira, São Luiz
-
Belém, em 1973, como
membro da Comissão de História do Estado
-
Maior do Exército fomos honrados pelo
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) com o pedido de ela
borar a
plaqueta A conquista da Amazônia, focalizando a saga do Capitão Pedro Teixeira, que foi
distribuída amplamente no local da cerimônia inaugural.
Pedro Teixeira já fora homenageado em nota de cinco reais. Um barco de nossa Marinha de
Guerra da Flotil
ha do Rio Amazonas recebeu o seu nome. Em 1966, nos 350 anos de
fundação de Belém, a cidade ganhou sua estátua. Os pintores Antônio Parreiras e J. M.
Machado imortalizaram a sua Conquista da Amazônia em óleos no Museu do Pará e no
Ipiranga, em São Paulo. H
umberto de Campos cantou seus feitos no soneto Os
descobridores.
O Exército o homenageou dando seu nome como denominação histórica do Batalhão da
Selva, sediado em Manaus.
Talvez seja muito pouco para celebrar a sua glória, que cresce de projeção a cada di
a que
passa, aqui no Brasil.
No Restelo, em Lisboa existe rua com o seu nome por empenho do historiador brasileiro
Leandro Tocantins, grande estudioso da Amazônia. Existe em Cantanhede, terra natal de
Pedro Teixeira, um largo com o seu nome e sua estátua.
Outras referências à ação do herói constam de nossa plaqueta
A conquista da Amazônia

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