...E ASSIM NASCEU SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Município de São José dos Campos
"Capital do Vale"
"SJC"
Vista parcial noturna de São José dos Campos

Vista parcial noturna de São José dos Campos
Bandeira de São José dos Campos
Brasão de São José dos Campos
Bandeira Brasão
Fundação 27 de julho de 1767 (247 anos)
Gentílico joseense
Lema Aura terraque generosa
"Generosos são os ares de minha terra"
Prefeito(a) Carlinhos Almeida (PT)
(2013–2016)
Localização
Localização de São José dos Campos
Localização de São José dos Campos em São Paulo
São José dos Campos está localizado em: Brasil
São José dos Campos
Localização de São José dos Campos no Brasil
23° 10' 44" S 45° 53' 13" O
Unidade federativa  São Paulo
Mesorregião Vale do Paraíba Paulista IBGE/2008
Microrregião São José dos Campos IBGE/2008
Região metropolitana Vale do Paraíba e Litoral Norte
Municípios limítrofes Norte: Camanducaia, Sapucaí-Mirim;
Sul: Jacareí, Jambeiro;
Leste: Monteiro Lobato, Caçapava;
Oeste: Igaratá, Joanópolis e Piracaia.
Distância até a capital 94 km
Características geográficas
Área 1 099,77 km² 
População 681 036 hab. (SP: 7º) –  estatísticas IBGE/2014
Densidade 619,25 hab./km²
Altitude 600 m
Clima tropical de altitude Cwa
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,807 (SP: 12°) – muito alto IBGE/2010
PIB R$ 24 117 145 mil (BR: 22º) – IBGE/2010
Página oficial




São José dos Campos faz parte dos primeiros povoamentos da região, foi criado a partir de um aldeamento jesuíta de índios, de nome aldeia de São José. No início, teve um desenvolvimento lento, devido a não fazer parte dos caminhos mais importantes para as Minas Gerais. No entanto, no final do século XIX, já começam a aparecer as primeiras fábricas.

Porém, seu salto de desenvolvimento se dará mesmo no século XX, tendo seu pico com a chegada da Rodovia Presidente Dutra, e do CTA (Centro Técnico Aero Espacial), além do ITA (Instituto Técnológico da Aeronáutica).

Tornar-se-à, assim, numa cidade de cunho industrial, com grande número de indústrias, escolas, centros culturais e de lazer, etc.
 
São José dos Campos (pronúncia em português: [sɐ̃w̃ ʒuˈzɛ dus ˈkɐ̃pus]) é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo. Pertence à Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista e Microrregião de São José dos Campos. É sede da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, localizando-se a leste da capital do estado, distando desta cerca de 94 km. Ocupa uma área de 1 099,6 km², sendo que 353,9 km² estão em perímetro urbano e os 745,7 km² restantes constituem a zona rural. Em 2014 sua população foi estimada pelo IBGE em 681 036 habitantes, sendo neste ano o sétimo mais populoso de São Paulo e o 27º de todo o país.
A sede tem uma temperatura média anual de 21,3 °C e na vegetação original do município predomina a mata atlântica. Com 98% de seus habitantes vivendo na zona urbana, o município contava em 2009 com 289 estabelecimentos de saúde. Em 2010, o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) era de 0,807, considerando-se assim como elevado em relação ao país, sendo o 12º maior do estado. O município está integrado — junto com a Grande São Paulo, a Região Metropolitana de Campinas, Região Metropolitana de Sorocaba e a Baixada Santista — ao Complexo Metropolitano Expandido, uma megalópole que ultrapassa os 30 milhões de habitantes (cerca 75% da população paulista) e que é a primeira aglomeração urbana do tipo no hemisfério sul.
São José dos Campos foi elevada à categoria de vila em 1767. No decorrer do século XIX a agricultura desenvolveu-se no município, com destaque para o café, principalmente a partir da década de 1880. Porém na segunda metade do século XX a indústria ganhou força, sendo este o momento que a cidade descobre sua vocação para a área da tecnologia. Hoje estão instaladas importantes empresas, como: Panasonic, Johnson & Johnson, Ericsson, Philips, General Motors (GM), Petrobras, Monsanto, Embraer (sede), entre outras. Possui importantes centros de ensino e pesquisas, tais como: o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto de Estudos Avançados (IEAv), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), a Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento (IP&D), sendo um importante tecnopolo de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da América Latina.
Além da importância econômica ainda é um importante centro cultural do Vale do Paraíba. A Reserva Ecológica Augusto Ruschi, o distrito de São Francisco Xavier e o Banhado configuram-se como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que o Parque Santos Dumont, o Parque da Cidade e o Parque Vicentina Aranha são relevantes pontos de visitação localizados na zona urbana, além dos projetos e eventos culturais realizados pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), órgão responsável por projetar a vida cultural joseense.





Números Gerais

Fundação: 1.767
Altitude: 600 m
População: 627.544 habitantes
Homens: 307.394
Mulheres: 320.150
Urbana: 615.610
Rural: 11.934
Área Total: 1.099,6 km²
Densidade Demográfica: 570,70 hab/km²
CEP: 12200-000
DDD: 12

Sites Oficiais:

Prefeitura Municipal: www.sjc.sp.gov.br
Câmara Municipal: www.camarasjc.sp.gov.br

Informações Complementares

Localização:
• São José dos Campos está situado no Trópico de Capricórnio e na anomalia do campo magnético da terra
Classificação:
• Município Turístico

Vocação:
• Turismo Tecnológico, Ecológico e Histórico-Cultural
Coordenadas Geográficas:
• Latitude: 23º 11' 15" sul
• Longitude: 45º 56' 15" W

Distâncias:
• São Paulo - 84 km
• Rio de Janeiro - 321 km
• Belo Horizonte - 611 km
• Brasília - 1.114 km
• Jacareí - 16 km
• Caçapava - 22 km
• Jambeiro - 32 km
• Monteiro Lobato - 33 km
• Igaratá - 35 km
• Taubaté - 42 km
• Caraguatatuba - 84 km
• Sapucaí Mirim - 85 km
• Campos do Jordão - 93 km
• Piracaia - 100 km
• Joanópolis - 118 km
• Santos - 160 km
• Camanducaia - 177 km
• Monte Verde - 210 km

Acessos:
• BR-116 - Rodovia Presidente Dutra
• SP-50 - Rodovia Estadual
• SP 99 - Rodovia dos Tamoios
• Rodovia Estadual Carvalho Pinto
• Rodovia Estadual D. Pedro I

Limites:
• Norte - Camanducaia, Sapucaí Mirim
• Sul - Jacareí, Jambeiro
• Leste - Monteiro Lobato, Caçapava
• Oeste - Igaratá, Joanópolis, Piracaia

Clima

 Vista da cidade durante um temporal.
O clima da cidade é mesotérmico úmido, e as chuvas abundantes vão de novembro a março, correspondendo a 72% do volume anual, ficando os 28% restantes entre maio e outubro. A umidade relativa média anual é de 76%. As massas de ar tropical predominam durante 50% do ano, seguidas pelas de ar frio.



Temperatura:
• Verão - Média da temperatura máxima - 29,6° C
• Inverno - Média da temperatura mínima - 12° C





 


 Relevo e hidrografia


Vista parcial de São José dos Campos.
O relevo nas proximidades da malha
urbana é predominantemente ondulado.
No relevo de São José dos Campos apresenta-se predominância de áreas com colinas, que são mais acentuadas a norte, cujas alturas variam de 660 a 975 metros; os chamados mares de morros. Onde está a parte urbana da cidade essas colinas se transformam em terraços tabulares. As serras do Planalto Atlântico, cujas altitudes atingem 800 metros, assim como as regiões alpinas, são compostas por morros, serras e picos que têm altitudes que variam de 619 a 2.082 metros, sendo esta a altura máxima do Pico do Selado, localizado no distrito de São Francisco Xavier, figurando entre os 32 pontos mais altos do país. A altitude mínima é de 500 m., atingida na planície aluvial do Rio Paraíba do Sul. A área do município situa-se no planalto atlântico e inclui-se em subdivisões naturais (denominadas zonas), determinadas por feições morfológicas distintas: Serra da Mantiqueira, Médio Vale do Paraíba e Planalto de Paraitinga.
Em São José dos Campos ocorre uma grande diversidade de rochas. O predomínio é de rochas oriundas do embasamento cristalino, atribuídas aos grupos Paraíba e Açungui, nas partes norte e extremo sul do município. Sedimentos terciários do grupo Taubaté ocorrem ao centro-sul (zona do Médio Vale do Paraíba). Sedimentos aluvionares acumulados mais recentemente são significativos ao longo das margens dos rios Paraíba do Sul e Buquira e mais restritos às drenagens de outros menores.
A bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, bacia que São José dos Campos e região estão localizadas, estende-se por uma área de 55400 km², abrangendo o nordeste do estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e leste do Rio de Janeiro, sendo um dos principais do Brasil. Ele corta transversalmente o território do município, sendo que na margem esquerda há afluentes com maior volume de água (tais como o Rio Jaguari e o Rio Buquira), enquanto que à esquerda estão os afluentes que abastecem a zona urbana municipal (como os rios Comprido, Pararangaba e Alambari). No Rio Jaguari há ainda a Usina Hidrelétrica Jaguari, cujo reservatório tem 56 km² de extensão, tendo função de permitir a vazão do Rio Paraíba do Sul.

Topografia


Montanhosa, com colinas ao norte que variam de 660 a 975 metros, denominadas "Mar de Morros"; terraços e colinas tubulares, onde encontra-se a parte urbana da cidade; as serras do Planalto Atlântico, cujas altitudes atingem 800 metros, além das regiões alpinas, compostas por morros, serras e picos, com altitudes que variam de 619 a 2.082 metros, figurando entre os 32 pontos mais altos do país.

Hidrografia

 O município de São José dos Campos está inserido na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, que atravessa longitudinalmente o município e caracteriza-se por possuir em sua margem esquerda afluentes mais significativos em volume de água que os existentes em sua margem direita, onde destaca-se o Rio Jaguari e o Rio Buquira. Já em sua margem direita, ocorrem vários tributários, que se não apresentam um volume de água significativo, tem grande importância, porque percorrem toda a malha urbana e constituem grande parte do sistema de drenagem urbana do município destacando-se o Rio Comprido, o Rio Pararangaba e o Rio Alambari.

Dentro da riquíssima rede hidrográfica do município, de importância tanto para o abastecimento da População quanto para a pecuária, ressalta-se a existência do rio do Peixe, afluente do rio Jaguari, e que constitui uma extensa bacia hidrográfica que ocupa grande parte da região norte do município, cujas águas contribuem significativamente para a represa do Jaguari, grande reservatório da CESP para a produção de energia elétrica na região.

Aliada ao relevo montanhoso, esta rede hidrográfica produz grande número de acidentes fluviais e cachoeiras. A qualidade da água do lençol freático é ótima, e os poços artesianos da região possuem vazão média de 30m²/hora.

Meio ambiente

 Vista do Banhado.
A vegetação original e predominante no município é a mata atlântica, sendo que a vegetação nativa remanescente está mais presente nas encostas da Serra da Mantiqueira, principalmente no distrito São Francisco Xavier, e às margens do Rio Paraíba do Sul e dos principais afluentes, nas denominadas matas ciliares. Em alguns pontos mais isolados, principalmente a sul do território municipal, também há presença de cerrado. Fora das áreas onde o predomínio é de matas remanescente e ciliar, as principais áreas verdes estão nos parques municipais e reservas ecológicas.
O Parque Municipal Roberto Burle Marx, conhecido como Parque da Cidade, tem uma área de 516 mil metros quadrados, contando com dois lagos e alguns animais nativos da região como a capivara. O Banhado, tem uma área de proteção ambiental de 4,32 milhões de metros quadrados em frente ao centro da cidade, a favela localizada no local esta congelada e a atividade agrícola vem diminuindo. A Reserva Ecológica Augusto Ruschi, com dois milhões e meio de metros quadrados, fora do perímetro urbano, é uma Área de Proteção Ambiental de espécies nativas. O distrito de São Francisco Xavier tem a metade de sua área (que é de 322 quilômetros quadrados) definida como Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira. O Parque Santos Dumont está na região do centro da cidade, e conta com mais de 46 mil m², sendo uma das principais áreas verdes do perímetro urbano.

História

Séculos XVII e XVIII — Povoamento

Quando o rei Felipe II de Portugal assinou a lei de 10 de setembro de 1611 que reconhecia a liberdade dos índios, (mas admitindo-lhes o cativeiro em caso de guerras ou de antropofagia), e que regulamentava os aldeamentos indígenas nos pontos que melhor conviessem aos interesses do Reino de Portugal, muitos índios do Planalto de Piratininga, onde se localizava a Vila de São Paulo de Piratininga, deslocaram-se para o interior da Capitania de São Vicente, para os sertões.

Entre os 11 antigos aldeamentos dos padres da Companhia de Jesus, os jesuítas, ao redor da Vila de São Paulo do Piratininga e por eles administrados, figurava, no vale do rio Paraíba do Sul, a leste da Vila de São Paulo, o aldeamento de São José localizado no bairro do Rio Comprido, a dez quilômetros de onde hoje se situa o centro da atual cidade de São José dos Campos.

Ao todo os jesuítas fizeram onze aldeamentos, ao redor de São Paulo, entre eles, a aldeia de São Miguel Paulista, a aldeia dos índios Guarulhos, a aldeia da Escada, hoje Guararema, e a aldeia de Carapicuíba.

Os padres jesuítas trazendo mais alguns silvícolas, conseguiram entrar em entendimentos com os índios guaianases e dar certa vida ao aldeamento, mas, devido às desvantagens da localização deste, resolveram buscar um ponto melhor. Em 1643, a aldeia de São José foi transferida para onde é hoje a Praça do Padre João Guimarães no centro da cidade.

De 1643 a 1660, os religiosos e vários povoadores obtiveram para os índios diversas léguas de terras, em sesmarias concedidas, em 1650, pelo Capitão-Mór da Capitania de São Vicente Dionísio da Costa. Essas terras situavam-se em magnífica planície, onde hoje se acha atualmente o centro de São José dos Campos.

A aldeia de São José, a partir de 1653, passa a pertencer à Vila de Jacareí, criada naquele ano e desmembrada da vila de Mogi das Cruzes, e pertencente à Capitania de São Vicente.

A aldeia de São José estava, portanto, situada nos limites da Capitania de São Vicente com a Capitania de Itanhaém, a qual compreendia o restante do Vale do Paraíba paulista e seguia até Angra dos Reis e compreendia, também, parte do litoral sul paulista.

Sabe-se ainda que a organização urbana no plano teórico e prático da aldeia é obra atribuída ao padre jesuíta Manuel de Leão, cuja principal ocupação era a de ser administrador, estando em São Paulo desde o ano de 1663, encontrava-se à frente das fazendas mais remotas. Entre estas, figurava-se o aldeamento em solo joseense.

Toda a região do Vale do Paraíba sofreu um esvaziamento populacional com as descobertas do ouro nas Minas Gerais dos Goitacases a partir de 1692.

Em 1710, a Capitania de Itanhaém e a Capitania de São Vicente (que, a partir de 1683, passou a se chamar Capitania de São Paulo, com a transferência da capital da capitania para São Paulo), passaram a integrar a nova "Capitania de São Paulo e Minas do Ouro".

A aldeia de São José progredia mais e mais, passando a ser denominada "Vila Nova de São José", quando se tornou vila em 1767.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do reino de Portugal e das suas colônias pelo Marquês de Pombal; Com isso, alguns brancos agregaram-se aos índios sob a direção de José de Araújo Coimbra, Capitão-Mor da Vila de Jacareí e deram impulso à povoação.

O governador-geral da recém recriada Capitania de São Paulo, (que havia sido extinta em 1748 e anexada a do Rio de Janeiro), D. Luís António de Sousa Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, criou várias vilas para dar impulso à Capitania. Havia décadas que não se criavam vilas ao sul do Rio de Janeiro.

Assim, em 27 de Julho de 1767, pelo Ouvidor e Corregedor Salvador Pereira da Silva, foi criada a nova vila com o nome de "Vila Nova de São José", depois Vila de São José do Sul, e, mais tarde, Vila de São José do Paraíba.

No mesmo dia 27 de julho, foram eleitos os três primeiros vereadores da nova vila, os quais eram índios, dando início à sua autonomia administrativa. Os primeiros oficiais da Câmara da nova vila foram: Juízes Ordinários: Fernando de Sousa Pousado e Gabriel Furtado; vereadores: Vicente de Carvalho, Viríssimo Correia e Luís Batista; Procurador: Domingos Cordeiro.

A nova vila foi desmembrada do termo da Vila de Jacareí - sem ter sido antes freguesia. A freguesia só foi criada pela Ordem de 3 de novembro de 1768 e instalada em 1769.

Século XIX — Crescimento econômico

Vista da nova Estação Ferroviária.
A original foi inaugurada em agosto
de 1876, e, fechada em 1925,
para dar lugar a essa, que foi
construída, em 1925, e abandonada
em 2006.

O Coronel José Arouche de Toledo Rondon, em uma pesquisa sobre as 11 antigas aldeias jesuíticas ( Memória das Aldeias de São Paulo), em 1800, registra a grande pobreza da Vila de São José.

A principal dificuldade de São José era o fato de a "Estrada Real", que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro, passar fora de seus domínios. O algodão teve uma rápida evolução na região quando São José conseguiu algum destaque e cuja produção atinge seu apogeu em 1864.

Em 22 de abril de 1864, pela lei provincial nº 27, foi elevada a categoria de cidade.

A Lei provincial nº 47, de 4 de abril de 1871, mudou-lhe a denominação para São José dos Campos. Pela Lei provincial n° 46, de 6 de abril de 1872, foi criada a Comarca de São José dos Campos.

A partir de 1871, o município passou por duas fases distintas: o desenvolvimento agrícola - com forte preponderância da cultura do café - e a criação da estância climática, consequência natural de seus bons ares.

Quase simultaneamente, há o desenvolvimento da cultura cafeeira no Vale do Paraíba que começa a ter alguma expressão a partir de 1870, já contando, inclusive com a participação de São José.

No entanto, foi no ano de 1886, quando já contava com o apoio de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, que mais tarde foi chamada de Estrada de Ferro Central do Brasil, inaugurada em 1877, que a produção cafeeira joseense teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia a decadência dessa cultura na região, conseguindo ainda algum destaque até por volta de 1930. A antiga estação de trem ficava na confluência da rua Euclides Miragaia com a avenida João Guilhermino, sendo transferida na década de 1920 para o seu lugar atual.

Rui Barbosa, candidato civilista.


Em 15 de dezembro de 1909, a cidade parou para receber e saudar, na antiga estação de trem, próximo da atual Avenida João Guilhermino com a Rua Euclides Miragaia, o candidato a presidente da república Rui Barbosa apoiado pelos paulistas, na campanha civilista. No livro "Excursão Eleitoral pelo Estado de São Paulo", é dito que foi saudado pelo dr. Francisco Rafael e Araujo e Silva e que a banda "Euterpe Santanense" executou o Hino Nacional e é assim, descrito, o entusiasmo do povo:


" !Às 5:30 silvou na subida do Lavapés (próximo ao atual Paço Municipal) a máquina comboiando o (trem) especial que conduzia a São Paulo, o conselheiro Rui Barbosa. Um fremito de contentamento e agradável emoção agitou a multidão que prorrompeu em vibrantes e entusiásticos vivas ao eminente brasileiro. S. Excia. foi coberto de flores por um grande número de meninas trajadas de branco, postadas em alas na plataforma. Durante os cinco minutos de demora do especial na estação desta cidade, a aclamação ao candidato civilista não se interromperam por um instante sequer..até que o trem partiu conduzindo o ilustre itinerante saudados por vivas patrióticos levantados à sua personalidade emérita por milhares de vozes que se agitavam num burburinho indescritível de satisfação e contentamento vitoriando sempre e mais o peclaro compatrício. " — do livro "Excursão Eleitoral ao Estado de São Paulo"


Século XX — Desenvolvimento estrutural e populacional

Na década de 1910, surge a primeira ponte sobre o rio Paraíba, uma ponte metálica de 80 metros de comprimento, ligando o centro da cidade e o Bairro de Santana à zona norte do município e a Minas Gerais. Esta ponte foi elogiada como moderna, em 1917, no "Primeiro Congresso Paulista de Estradas de Rodagem ", que teve suas atas publicadas em livro homônimo.

A inauguração da primeira rodovia que atravessava o Vale do Paraíba deu novo impulso à região. A Estrada São Paulo-Rio, que ligou São Paulo a Bananal, em 1924, construída pelo presidente do estado de São Paulo Dr. Washington Luís, que, em 1928, já como presidente da república, concluiu a rodovia até a cidade do Rio de Janeiro. Essa estrada ainda existe, no trecho paulista, com diversas denominações como SP-62, SP-64, SP-66 e SP-68 e é conhecida como "Estrada Velha".

Na sua mensagem ao Congresso do Estado de São Paulo, em 1922, o Dr. Washington Luís mostra como melhorou os transportes no Vale do Paraíba devido à sua prioridade "Governar é Abrir Estradas". As primeiras obras rodoviarias de seu governo, (1920-1924), foram no Vale do Paraíba:

" Já começou também a estabelecer ligações terrestres do litoral norte com o Vale do Paraíba. Já fez o caminho, por cavaleiros, tropas e pedestres entre Ubatuba e São Luís do Paraitinga, de onde se vai a Taubaté, por automóveis em duas horas, sendo que na subida da serra, em 9 quilômetros, encontrou-o todo revestido de lageões, serviço de há mais de 50 anos cuja restauração foi fácil. Fez também a ligação de caminho idêntico entre São Sebastião e Caraguatatuba e vai atacar, nas mesmas condições, o que desta cidade vai a Paraibuna, cidade que já se comunica por automóveis em duas horas com São José dos Campos e Jacareí! "

Avião no Aeroporto de São José dos Campos
com a cidade ao fundo.
Na década de 1920, surgem as primeiras unidades industriais: os Laticínios Vigor, a Fábrica de Louças Santo Eugênio, a Cerâmica Paulo Becker, a Tecelagem Parahyba e a Cerâmica Weiss.

A procura do município de São José dos Campos para o tratamento de tuberculose pulmonar, teria se tornado perceptível no início deste século, devido às condições climáticas supostamente favoráveis. Entretanto, somente em 1935, quando o município foi transformado em Estância Climática e depois Estância Hidromineral, que São José passou a receber recursos oficiais que puderam ser aplicados na área sanatorial, por outro lado, São José passou a ter prefeitos nomeados, chamados de "prefeitos sanitaristas". Através de lei estadual de 1977, São José pode voltar a eleger seus prefeitos, sendo que a primeira eleição para prefeito, se deu, então, em 15 de novembro de 1978. Foram sete os principais sanatórios: O Vicentina Aranha, pertencente à Santa Casa de São Paulo, inaugurado em 1924, pelo presidente de São Paulo Dr. Washington Luís, o Vila Samaritana, pertencente à comunidade evangélica, o Ezra, pertencente à comunidade judaica, o Maria Imaculada e o Sanatório Antoninho da Rocha Marmo, pertencentes à Igreja Católica, o Ruy Dória, criado e pertencente ao médico Dr. Ruy Rodrigues Dória, e o Sanatório Ademar de Barros, criado pelo governador Dr. Adhemar Pereira de Barros e dirigido e mantido pela "Liga de Assistência Social". Existiu também na rua Paraibuna, o Sanatório São José, do doutor Jorge Zarur. Os sanatórios foram assim, esforço coletivo de todas as comunhões religiosas, de particulares e estadistas idealistas.

Além do Dr. Ruy Dória, se destacaram como médicos sanitaristas: Jorge Zarur, Orlando Campos, João Batista de Souza Soares, Ivan de Souza Lopes, Décio Lemes Campos, Amaury Louzada Velozo e Nelson Silveira D´Avila.

Muitos doentes que não conseguiam vagas nos sanatórios, ficavam nas pensões, principalmente aquelas da rua Vilaça, perto do sanatório do Dr. Ruy Dória.

A consolidação da Urbanização.

A consolidação da urbanização
deu-se no decorrer do século XX,
principalmente após a década de 1950.
O processo de industrialização do município toma impulso a partir da instalação do ITA e do Centro Técnico Aeroespacial-CTA, em 1950, e posteriormente do INPE e também com a inauguração da Rodovia Presidente Dutra em 1951, possibilitando assim uma ligação mais rápida entre Rio de Janeiro e São Paulo, pela primeira vez, em estrada asfaltada, e cortando a parte urbana de São José dos Campos. Nessa mesma época, doaram-se terrenos às margens da nova rodovia, onde se instalaram várias fábricas, iniciando-se a industrialização da cidade. Novo impulso foi dado com a duplicação da Rodovia Presidente Dutra, obra iniciada em 1964 e concluída em 1967.

Em 1969, a criação da EMBRAER, originada em um setor de desenvolvimento de aeronaves do CTA, chamado PAR, coloca a cidade em uma nova era de desenvolvimento tecnológico, gerando muitos empregos e mão-de-obra especializada, sendo atualmente a maior empregadora da cidade, e fazendo que a cidade seja considerada a Capital do Avião. Fundamental para o desenvolvimento da EMBRAER foi a mão de obra especializada formada pelo ITA.

Refinaria de Petróleo.
Em 1977, a inauguração da REVAP trouxe mais empregos e tecnologia à cidade, a qual, atualmente está sendo ampliada. Também, neste ano, a cidade recuperou sua autonomia administrativa, voltando a eleger seus prefeitos.

Refinaria Henrique Lage
A Refinaria Henrique Lage (REVAP) é uma refinaria de petróleo da Petrobras, localizada em São José dos Campos, no estado de São Paulo.

Sua construção foi iniciada em 19 de fevereiro de 1974 e foi planejada para viabilizar as metas do II Plano Nacional de Desenvolvimento. Foi a quarta e última refinaria a entrar em funcionamento no estado de São Paulo e a última a ser construída no país. Inaugurada em 1980, a unidade homenageia o engenheiro naval Henrique Lage.

Dados

* Área: 10,3 km2
* Contribuição em impostos: R$ 800 milhões/2002 (ICMS).
* Principais produtos: nafta petroquímica, óleo diesel, gasolina, gás de cozinha, óleo combustível, asfalto e querosene de aviação.
* Capacidade instalada: 251 mil barris/dia.
* Em processo de modernização

Fonte
* Petrobras

Em 1994 é inaugurado um novo acesso da cidade de São Paulo à região de São José dos Campos, a rodovia Carvalho Pinto.

A conjunção desses fatores permitiu que o município caminhasse para o potencial científico-tecnológico em que se encontra.

A população é formada por pessoas que vieram de várias partes do país, como Sul de Minas, cidades como Soledade de Minas, Caxambu, Itanhandu, Camanducaia, entre outras; e várias outras regiões. Pessoas que viram em São José uma oportunidade de crescerem na vida, visto as inúmeras oportunidades que a cidade oferece, e que aqui se estabeleceram.

Hoje São José dos Campos é um centro de referência no Vale do Paraíba, Sul de Minas, Sul Fluminense e Litoral de SP, sendo também referência do Estado de São Paulo e em todo país, na área de estudos, medicina, trabalho e serviços diversos.

Atualmente, em São José, está sendo instalado um parque tecnológico estadual, com instituições de ensino e de pesquisa na área de tecnologia voltadas para as indústrias típicas da cidade como a área aeronáutica e aeroespacial.

Política

A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo. Atualmente o prefeito municipal é Carlinhos Almeida, do Partido dos Trabalhadores (PT), que venceu as eleições municipais no Brasil em 2012 com 180 794 votos (50,99% dos eleitores). Carlinhos sucedeu Eduardo Pedrosa Cury, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), eleito nas eleições de 2008. Apesar de ter mais de 200 mil eleitores não houve segundo turno em São José dos Campos pelo fato de Eduardo ter conseguido mais de 50% do total de votos.
A presidente Dilma Rousseff
em visita à Embraer, em junho de 2010.
O Poder legislativo é constituído pela câmara, composta por 21 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição ) e está composta por quatro cadeiras do Partido dos Trabalhadores (PT); quatro cadeiras do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); três cadeiras do Democratas (DEM); três cadeiras do Partido Progressista (PP); duas cadeiras do Partido Socialista Brasileiro (PSB); uma cadeira do Partido Republicano Brasileiro (PRB); uma do Partido Popular Socialista (PPS); uma do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); uma do Partido Verde (PV); e uma do Partido Republicano Progressista (PRP). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
O município se rege ainda por lei orgânica, que foi promulgada em 24 de setembro de 2002 e entrou em vigor nesta mesma data, e é sede da Comarca de São José dos Campos. O município possuía 450 840 eleitores em março de 2012, o que representava 1,459% do total do estado de São Paulo. Possui três cidades-irmãs, sendo estas Kadoma, Japão, desde 1973; Jacareí (1962); e Caçapava (1971).

Subdivisões

Divisão municipal em distritos
O município é composto por três distritos: São José dos Campos (Sede), Eugênio de Melo e São Francisco Xavier. De acordo com o IBGE, a Sede possuía, em 2000, 468 325 habitantes. Eugênio Melo contava com 68 121 pessoas, sendo que 34 529 eram homens e 33 592 mulheres, estando na Zona Leste da cidade, em uma área com grande predomínio de indústrias. São Francisco Xavier contava com 2 867 habitantes (1 497 homens e 1 370 mulheres, sendo que foi fundado em 1892 e está a norte do território municipal, a 59 km da Sede. O destaque no lugar é a Área de Preservação Ambiental (APA), onde estão diversos atrativos naturais, como montanhas, rios, cachoeiras e a fauna e flora típicas da mata atlântica.
O município de São José dos Campos é dividido em seis zonas administrativas: Centro, Norte, Sul, Leste, Oeste e Sudeste. Segundo o IBGE, em 2000 a Região Centro contava com 80 bairros (oficiais e não oficiais, incluindo favelas, loteamentos e condomínios) e 70,863 habitantes, havendo predomínio de residências da classe C (47,3% do total). A Região Norte possuía naquele ano 68 bairros, 56 187 habitantes e predomínio de residências da classe C (45,0%). Na Região Sul havia cerca de 80 bairros, 199 913 pessoas e predomínio da classe C (44,7%). A Leste possuía cerca de 100 bairros, 136 180 moradores e prevalência de classe C (47,3%). A Oeste tinha 25 bairros, 25 182 moradores e predomínio da classe B1 (24,5%). A Região Sudeste contava com 36 bairros, 38 761 habitantes e prevalência da classe C (44,9%).
No começo de 2012 São José dos Campos foi palco da Desocupação do Pinheirinho, uma operação de reintegração de posse realizada na comunidade de Pinheirinho. O lugar era uma ocupação irregular cujo número de habitantes era estimado entre 6 e 9 mil moradores, que ocupavam a área abandonada desde 2004. O terreno pertence a uma massa falida da Selecta SA, que tem como proprietário Naji Nahas.
Vista panorâmica de São José dos Campos à noite.


Curiosidades



O motor a álcool foi criado em São José

Ele foi desenvolvido no Centro Técnico Aeroespacial (atual Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA), localizado em São José dos Campos. Em 1976, um Dodge Polara 1800, um Fusca 1300 e um Gurgel Xavante(carro 100% brasileieiro) partiram de nossa cidade para uma viagem de 23 dias pelo país; e percorreram 8.500 quilômetros, comprovaram o sucesso da tecnologia nacional.
A Urna Eletrônica também nasceu aqui O projeto da Urna Eletrônica, solução inovadora em nível mundial e, ao mesmo tempo, simples de operar e bastante confiável desde sua primeira utilização (1996), foi desenvolvido por pesquisadores do então CTA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A partir de São José, um Bandeirante conquistou o mundo Em 1965, a fabricação de um avião brasileiro era um sonho acalentado pela Embraer. Três anos depois, o primeiro protótipo do Projeto IPD-6504 decolava e, em 1972, tinha seu voo inaugural. Assim surgia o Bandeirante, grande sucesso aeronáutico que consagrou a Embraer, hoje a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo.
Um joseense na ABL Um dos filhos mais ilustres de nossa cidade é Cassiano Ricardo, que nasceu em 26 de julho de 1895 e faleceu em 1974. Jornalista, poeta e ensaísta, ele ocupou a Cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras, além de pertencer ao Conselho Federal de Cultura e à Academia Paulista de Letras.
Um sanatório para tratamento respiratório virou um dos “pulmões” da cidade Construído em 1918 e inaugurado em 1924, o Sanatório Vicentina Aranha foi uma das primeiras instituições a tratar a tuberculose no Brasil, além de uma das maiores da América Latina. Hoje, é um grande parque arborizado, com as antigas instalações tombadas pelo CONDEPHAAT.
Uma cidade em meio à natureza. Mais de 50% (mais propriamente, 52,36%) de São José dos Campos é classificada como Área de Proteção Ambiental. Além de possuir muitos parques e praças espalhados por todo o município, São José “abraça” uma enorme área verde conhecida como Banhado e administra o distrito de São Francisco Xavier, um local paradisíaco localizado no pé da Serra da Mantiqueira.
O bem-estar da população, em números; a infraestrutura de São José, que se traduz em ótimas condições de vida para o cidadão, é invejável. Os números falam por si:
• Abastecimento de água – 95,4%
• Coleta de Lixo – 94,9%
• Energia Elétrica – 99,9%
• Esgoto Sanitário – 87,2%
• Guias e Sarjetas – 85,5%
• Iluminação Pública – 95,3%
• Pavimentação – 87,1%
• Transporte Coletivo – 95,9%

São José - abriga uma das mais importantes Escolas de Engenharia Em 2010, o ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica – que completa 60 anos. A instituição, reconhecida no mundo todo e que faz parte do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), forma engenheiros nas áreas da Computação, Eletrônica, Aeronáutica, Mecânica-Aeronáutica e Civil-Aeronáutica, em nível de graduação e pós-graduação.

São José diz não à pichação.
Com o total apoio dado pela cidade ao Programa Antipichação, existente desde 2001, somente em 2009, nada menos do que 140 mil metros quadrados de muro foram limpose e pintados.

Câmeras colaboram para a segurança do joseense
Comandadas pelo COI – Centro de Operações Integradas – 232 câmeras monitoram diversas vias públicas, assim como prédios públicos e privados. A cada 15 dias, são armazenados no COI cerca de 50 mil horas de imagens.
Em São José dos Campos, o primeiro semáforo efetivo foi instalado no fim da década de 60 Ele era eletromecânico e só permitia um tempo de programação.

Curiosidade:

O primeiro conjunto de semáforos eletrônicos de São José foi instalado na Rua Francisco Paes em 1986, no trecho que vai da Rua Antonio Sales até à Rua Madre Teresa. Esse tipo de controlador semafórico permitia adotar 16 planos de programação, podendo ser usado em diversas situações ao longo do dia, se adequando ao fluxo viário deste trecho da cidade.

O primeiro grande supermercado da cidade foi o Peg-Pag, mas a rede não existe mais, pois foi adquirida por outra rede de supermercados.

Shopping Centers
O shopping CenterVale foi uma filial da fábrica da Ericsson, o Vale Sul era sede da Alpargatas e o shopping Colinas abrigou inicialmente uma galeria de arte, que ficou fechada até que a área foi transformada no shopping. O primeiro shopping da cidade foi o Shopping Centro, que atraía a garotada por causa da escada rolante.

Edifícios

O primeiro edifício comercial da cidade foi o Cinelândia e o de residencial foi o Pierino Rossi.

Teatro Municipal

O andar onde fica o atual Teatro Municipal abrigou, no final da década de 70, a primeira discoteca particular da cidade: a Circus, que foi um enorme sucesso.

Iluminação Pública
Quando ainda era Aldeia de São José, utilizava-se de tochas de fogo de lã de carneiro, embebidas em cera. Na época em que era Vila de São José do Parayba, a iluminação vinha do lampião e querosene.

Luz e energia elétrica Inaugurada em 1º de janeiro de 1910, a iluminação pública de São José dos Campos registrou, naquele ano, o total de 10.352 velas.

Tentativa de industrialização

A primeira tentativa para tornar São José dos Campos uma cidade industrial, aconteceu em 1920. A Câmara Municipal promulgou lei concedendo incentivos a qualquer indústria que aqui se instalasse com capital mínimo de 50 contos de réis e empregasse mais de 100 operários.

Faculdade de Direito

Começou na década de 50, quando São José dos Campos prosseguiu na arrancada para a industrialização. Um dos primeiros membros da diretoria da faculdade foi composta pelos seus fundadores, professores: Dr. Luiz de Azevedo Castro, Doutor Neif de Oliveira Mattar e prof. Domingos de Macedo Custódio.

Correios e Telégrafos

Em 1830, foi inaugurada a agência postal e nomeado o seu primeiro funcionário, sr. João de Souza Faria. Somente em janeiro de 1922 os dois serviços, Correios e Telégrafos, foram reunidos sob a denominação de Serviço Postal Telegráfico.

Imprensa

A imprensa de São José dos Campos surgiu no ano de 1877. Chamava-se “Jovem América”.

Primeiro médico

O primeiro médico, que residiu em São José dos Campos, foi o dr. João Guilhermino, instalando seu consultório à rua 15 de Novembro nº 17.


Religião

Fachada da Igreja Matriz, um dos principais templos católicos da cidade.
Tal qual a variedade cultural verificável em São José dos Campos, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos joseenses declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, espiritismo, entre outras. Nas últimas décadas, o budismo e as religiões orientais têm crescido bastante na cidade. Também são consideráveis as comunidades judaica, mórmon, e das religiões afro-brasileiras. De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população joseense está composta por: católicos (67,10%), protestantes (22,67%), pessoas sem religião (4,60%), espíritas (2,24%) e outros (3,19%).

Igreja Católica Apostólica Romana

Segundo divisão feita pela Igreja Católica, o município está situado na Província Eclesiástica de Aparecida, com sede em Aparecida. Também faz parte da Arquidiocese de Aparecida, criada em 19 de abril de 1958, e é sede da Diocese de São José dos Campos, instalada a 1º de maio de 1981, envolvendo, além de São José dos Campos, outras cinco cidades próximas. Atualmente a Diocese é dividida em sete Regiões Pastorais, totalizando 43 Paróquias.
A emancipação da Diocese de São José dos Campos deve-se ao rápido povoamento daquela região entre as décadas de 1960 e 1970, que consequentemente fez com que o catolicismo se desenvolvesse no lugar. Antes da criação as cidades que compõem a Diocese de São José dos Campos pertenciam a Diocese de Taubaté (exceto Igaratá, que pertencia à Diocese de Mogi das Cruzes). No ano de criação a Diocese contava com 21 paróquias; 125 capelas (62 na zona rural e 63 na zona urbana); 25 presbíteros, sendo 16 diocesanos e 9 religiosos; 7 diáconos permanentes; 194 religiosas (distribuídas por 8 congregações e 18 comunidades) e 37 seminaristas.

Igrejas protestantes

A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, a Igreja Cristã Maranata, Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana, as igrejas batistas, a Igrejas Assembleias de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras. Como citado acima, de acordo com o IBGE, em 2010, 22,67% da população eram protestantes. Desse total, 12,14% são das igrejas evangélicas de origem pentecostal; 3,56% são das evangélicas de missão; e 6,98% são das evangélicas sem vínculo institucional.
Ainda existem também cristãos de várias outras denominações, tais como as Testemunhas de Jeová (que representam 0,20% dos habitantes) e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,20%), também conhecida como Igreja Mórmon.

Etnias

Em 2010, segundo dados do Censo IBGE daquele ano, a população joseense era composta por 456 322 brancos (72,62%); 28 102 pretos (4,47%); 13,439 pardos (21,39%); 9 034 amarelos (1,44%); 473 indígenas (0,08%); além dos 11 sem declaração.
No ano de 2010 havia 2 228 emigrantes que vieram de outras partes do estado de São Paulo e do Brasil, de acordo com o IBGE. Os Núcleos Coloniais com emigrantes oriundos de outras partes do mundo foram estabelecidos no final do século XIX e início do século XX, com foco na política de incentivo à imigração de europeus para o Brasil. Serviam como importante mão-de-obra para a agricultura e produção de alimentos na região, que estavam em constante desenvolvimento, abastecendo os mercados locais.
Na cidade estabeleceram-se principalmente japoneses, italianos, alemães e portugueses, que muito colaboraram no crescimento das lavouras, principalmente com o café. Atualmente a população é miscigenada.


Palmeiras Imperiais

Parque da Cidade Roberto Burle Marx
- Arquitetura Rino Levi,
Paisagismo Roberto Burle Marx
Crédito: robneander

As Palmeiras Imperiais são, aproximadamente, da década de 50/60. No aniversário de Olivo Gomes, sua esposa deu-lhe de presente algumas mudas e elas foram plantadas em fila para indicar o caminho da escola para os filhos dos funcionários da fábrica.
Parque da Cidade O Parque da Cidade foi palco para o filme Aparecida, de
Tizuka Yamasaki, que deve ter estréia em todo país ainda em 2010.

O bairro mais antigo

Santana é o bairro mais antigo de São José dos Campos, sendo sua Igreja de Santana construída em 1869. Foi em Santana que ocorreram as primeiras transações comerciais de SJC.

 Banhado



Antigamente, quando chovia muito, o Rio Paraíba do Sul enchia, transbordava e toda a área que hoje é conhecida como Banhado ficava alagada, ou seja, ficava banhado pelo rio; por isso, o nome banhado.




Parque Santos Dumont

Parque Santos Dumont por AdrianoFernandes

O Parque Santos Dumont foi inaugurado em 1936, como Sanatório Ezra, com 120 leitos. Era propriedade da Sociedade Israelita de Beneficência “Ezra” e voltado para auxiliar seus integrantes, contaminados pela tuberculose. Em 1970, com o fim das atividades do sanatório, o prédio foi demolido e em sua área foi inaugurado, em 23/10/1970, o Parque Santos Dumont (no dia do Aviador).


Educação


Biblioteca do ITA, desenhada
por Oscar Niemeyer.


São José dos Campos é um centro de pesquisas importante no Brasil. O INPE tem seu quartel-general na cidade e coordena pesquisas e desenvolvimento em áreas como observação da Terra e ciências e tecnologias espaciais. O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial também tem sua sede na cidade.

A cidade conta com 212 pré-escolas, 76 escolas de ensino médio e outras 179 de ensino fundamental, entre públicas e privadas.

A grande maioria dos cursos de ensino superior da cidade é fornecida por Universidades particulares, sendo do total de 53.064 alunos 36.546 em instituições privadas segundo o Semesp.
 
Ciência e tecnologia
Relógio Solar na sede do INPE.
Como polo de indústrias aeroespaciais, de telecomunicações e automotivas, o município atrai grande contingente de visitantes com interesse voltado para a tecnologia que se desenvolve, tais como o Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento (IPDM), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), sendo que dentro deste estão incluídos o Instituto de Estudos Avançados (IEAV), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto de Fomento Industrial (IFI) e o Centro de Computaçao da Aeronáutica de São José dos Campos (CCASJ).
A cidade ainda conta com seus parques tecnológicos, onde concentram-se várias instâncias oficiais que também se dedicam ao fomento do setor da tecnologia e da ciência. O Parque Tecnológico Univap conta com a parceria de empresas nas áreas de Aeronáutica, Espaço e Projetos de Engenharia; Saúde, Biotecnologia e Produtos Médico-Hospitalares; Tecnologia da Informação e Desenvolvimento de Software; Geo-processamento e Sensoriamento Remoto Satélite e Radar; Serviços de Apoio. O Parque Tecnológico de São José dos Campos possui centros de desenvolvimento tecnológicos nas áreas de energia aeronáutica, saúde, e recursos hídricos e saneamento ambiental; e possui um centro empresarial com empresas atuantes nos setores de tecnologia da informação e comunicação, instrumentação eletrônica, geoprocessamento, aeronáutica, e biomedicina.

Transportes
Entrada principal do Aeroporto
de São José dos Campos/Professor
Urbano Ernesto Stumpf.
Aeroviário
O aeroporto do município é o Aeroporto de São José dos Campos/Professor Urbano Ernesto Stumpf, utilizado para voos comerciais civis, para uso militar e pela Embraer, servindo para atender ao grande número de indústrias da região do Cone-Leste Paulista e aos turistas do Vale do Paraíba, da Serra da Mantiqueira, de Aparecida e ainda do litoral paulista. Conta atualmente com serviço de táxi, locadora de veículos e telefones públicos, e nele opera a Azul Linhas Aéreas Brasileiras com destino somente para o Rio de Janeiro.  Tramita-se ainda a construção de um novo aeroporto na cidade.
Ferroviário e metroviário
A primeira ferrovia a chegar a São José dos Campos foi a Estrada de Ferro do Norte, tendo a primeira estação ferroviária da cidade inaugurada em 1º de agosto de 1876 e fechada em 1925 para dar lugar à nova. Esta foi a principal do município, tendo sido inaugurada em 19 de setembro de 1925 e contou com três concessionárias diferentes, até ser abandonada em 2006 pela MRS Logística S.A., quando fazia parte da Estrada de Ferro Central do Brasil. Hoje há apenas transporte de cargas. Além destas ainda houve a Estação Ferroviária do Limoeiro, que foi fundada em 5 de outubro de 1894 e fechada em 1998, a Estação Eugênio de Mello, aberta em 22 de março de 1894 e abandonada em 1996, e a Estação Jaguari, criada em 1957 e demolida em 1996, após o fechamento da ferrovia que ligava São José dos Campos à Estação Eng. Manuel Feio.
Atualmente o único projeto que envolva transporte sobre trilhos na cidade é a construção do Metrô de Superfície em São José, que também deve ligar à cidade de Jacareí. Também prevê-se que o Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo (TAV RJ-SP) conte com uma parada na cidade.
Rodoviário
Devido à geografia do município e do seu padrão de expansão urbana dividido por áreas de preservação ambiental, as rodovias Presidente Dutra e Tamoios, o Rio Paraiba do Sul e o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), se tornou necessário dispor de uma extensa malha de vias expressas para a integração das zonas e circulação de veículos pela cidade sem a utilização das vias intra-urbanas. Entre os projetos podem-se citar o Anel Viário, a Via Oeste (interligando a zona oeste à zona central) e a Via Norte (em construção, ligando o centro da cidade à zona norte). As seguintes rodovias passam pelo município:
Via Dutra, no trecho
correspondente à zona Sul.
  • BR-116 (Rodovia Presidente Dutra) — Rodovia que divide São José dos Campos ao meio, cortando a cidade no eixo sudoeste-nordeste.
  • SP-50 (Rodovia Monteiro Lobato) — Estrada que liga São José à Campos do Jordão. É conhecida como a Estrada Velha de Campos e o mais antigo acesso da cidade serrana à Via Dutra.
  • SP-99 (Rodovia dos Tamoios) — Estrada que inicia-se em São José dos Campos e termina em Caraguatatuba, no Litoral Norte.
  • SP-70 (Rodovia Carvalho Pinto) — Liga a Rodovia Ayrton Senna até a cidade de Taubaté. Acesso a São José dos Campos a partir da Rodovia dos Tamoios, com a qual faz conexão.
  • SP-65 (Rodovia Dom Pedro I) — Liga Jacareí e o outras cidades do Vale do Paraíba à cidade de Campinas e sua Região Metropolitana. Apesar de iniciar-se no município limítrofe de Jacareí, seu acesso a partir de São José é rápido e fácil, podendo ser feito tanto a partir da Via Dutra quanto da Carvalho Pinto.
  • SP-66 (Rodovia Geraldo Scavone) — Trecho remanescente da antiga estrada Rio-São Paulo e que faz a ligação do município com Jacareí.
  • SP-62 (Rodovia Prefeito Edmir Vianna Moura) — Trecho remanescente da antiga estrada velha Rio-São Paulo e que faz a ligação do distrito de São José dos Campos com o distrito de Eugênio de Melo e com o municipio de Caçapava.
Urbano
 Tráfego de pedestres e ônibus
coletivos na Região Central da cidade.
A Secretaria de Transportes é responsável pelo controle e manutenção do trânsito do município, desde a fiscalização das vias públicas e comportamento de motoristas e pedestres até a elaboração de projetos de engenharia de tráfego, pavimentação, construção de obras viárias e gerenciamento de serviços tais como os de táxis, alternativos, ônibus, fretados e escolares.
A frota municipal no ano de 2010 era de 319 026 veículos, sendo 224 301 automóveis, 6 207 caminhões, 1 049 caminhões trator, 18 821 caminhonetes, 10 134 caminhonetas, 1 632 micro-ônibus, 44 549 motocicletas, 4 501 motonetas, 1 398 ônibus, 136 tratores de rodas, 1 420 utilitários e 4 878 outros tipos de veículos. As avenidas duplicadas e pavimentadas e diversos semáforos facilitam o trânsito da cidade, mas o crescimento no número de veículos nos últimos dez anos está gerando um tráfego cada vez mais lento de carros, principalmente na Sede do município. Além disso, tem se tornado difícil encontrar vagas para estacionar no centro comercial da cidade, o que vem gerando alguns prejuízos ao comércio.
A cidade conta com dezenas de linhas de ônibus urbano e interurbano, ligando cidades vizinhas, como Taubaté, Jacareí, Caçapava, Monteiro Lobato, Jambeiro, Paraibuna, Guararema, Santa Isabel e até Mogi das Cruzes. Atualmente três empresas operam o sistema de ônibus urbano (Saens Peña, no lote 1; CS Brasil, no lote 2 e Expresso Maringá, no lote 3). A integração total das linhas, implantada em 2011 e disponível através da utilização do cartão eletrônico, tem gerado uma maior adesão a este meio, contribuindo assim para a diminuição da poluição do município que tem se agravado.
 
Cultura




Apresentação do Bloco
"Pirô Piraquara" do "Projeto Piraquara"
sendo realizada pela Fundação
Cultural Cassiano Ricardo (FCCR).
A responsável pelo setor cultural de São José dos Campos é a Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. Até 1985, a política cultural do município era gerida pelo Departamento Municipal de Cultura, porém em novembro daquele ano, devido à grande movimentação da sociedade em prol de uma instituição cultural com maior autonomia, foi aprovada a lei municipal nº 3.050, autorizando a criação da fundação, o que ocorreu oficialmente em março de 1986. A Secretaria de Esportes e Lazer também é responsável por outras áreas (mais específicas) da cultura joseense, tais como atividades de lazer e práticas desportivas.

Artes cênicas

A cidade conta com vários espaços dedicados à realização de eventos culturais das áreas teatral e musical. O Teatro Municipal de São José dos Campos foi inaugurado em 1978, então como um cinema, sendo transformado em teatro em 31 de julho de 1989 e reinaugurado em 2001. Com capacidade para receber cerca de 500 pessoas, possui infraestrutura para eventos diversificados, como apresentações de dança, música, teatro e palestras. O Cine Santana foi criado no dia 12 de outubro de 1952 com uma capacidade de 800 espectadores, sendo inaugurado como cinema, porém com o surgimento das salas de cinema nos shoppings, além do crescimento da televisão e do início da comercialização de videocassetes, foi fechado no final da década de 1980. Em 1994 o prédio foi relocado pela Fundação Cultural e atualmente é usado como teatro para artes cênicas e dança. A FCCR criou ainda 12 "espaços culturais" espalhados em cada parte da cidade. Neles são realizados cursos e oficinas gratuitos à população, com atividades relacionadas ao artesanato, música, dança e culinária. Também destaca-se o Estúdio Nosso Som, projeto criado em 1999 onde pequenos músicos da cidade gravam seus CDs para demonstração, sendo que lá eles recebem a estrutura necessária.
Peça folclórica de teatro infantil
sendo realizada em praça de
São José dos Campos.
A Fundação Cultural promove ainda diversos festivais e concursos, sendo que destacam-se em âmbito nacional o Festidança e o Festivale, ambos realizados anualmente. O primeiro citado ocorre sempre no mês de junho, promovendo apresentações concorrentes e convidadas nas modalidades de ballet clássico de repertório, ballet clássico de criação, dança contemporânea, jazz, dança de rua, dança de Salão, sapateado, danças folclóricas e étnicas e estilos livres, além de palestras, debates e a realização da Mostra Nacional de Dança. Já o Festivale é organizado em setembro, sendo o principal festival de teatro da região, onde são realizados espetáculos de rua e palco, teatros com bonecos e peças infanto-juvenis. Ainda há outros com destaque regional e por vezes estadual, tais como o Festival da Mantiqueira, com foco à área da leitura, o Festival de Bandas e Fanfarras, o projeto Teatro nos Parques e a Festa do Mineiro, onde há exposição de artesanato e comidas típicas de Minas Gerais.
No município também há outras instituições com foco ao desenvolvimento cultural joseense, que são patrocinadas pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo. A Cia. Jovem de Dança cria núcleos de dança, seja amador ou profissional, compostos por jovens já iniciados na formação em dança, sendo que foi criada em 2005. O Coro Jovem também foi criado em 2005 e reúne jovens da cidade, porém é voltado para a área do canto. A Orquestra Sinfônica de São José dos Campos (OSJC) foi criada em 2002, sendo uma orquestra com cunho erúdito.

Atrativos naturais e arquitetônicos

Vista do Parque da Cidade.
Além dos atrativos cênicos, São José dos Campos ainda possui uma banda de monumentos históricos, atrativos naturais e lugares para visita. O Parque da Cidade teve seus jardins planejados por Burle Marx, e abriga ainda a antiga residência de Olivo Gomes, com projeto arquitetônico de Rino Levi. Foi transformado em Parque Municipal em 1996 e ocupa atualmente uma área de 960.160,17m², sendo que nesta área estava a antiga Fazenda da Tecelagem Parayba. A Reserva Ecológica Augusto Ruschi tem área total de dois milhões e meio de metros quadrados e possui vegetação característica de mata atlântica e mata de altitude, sendo estas características seus principais atrativos. Seu território foi sendo adquirido aos poucos, entre os anos de 1902 e 1932. Em 1979 foi transformado em reserva florestal e no ano de 1982 em área de preservação ambiental. O Parque Santos Dumont está na região do centro da cidade, sendo que foi inaugurado em 23 de outubro de 1971 e conta ainda com espaços para prática de esportes. O distrito de São Francisco Xavier, localizado aos pés da Serra da Mantiqueira, é bastante frequentado por turistas que vão em busca de suas cachoeiras, trilhas e montanhas para escalada. O Parque Vicentina Aranha situa-se em meio ao perímetro urbano, sendo que foi inaugurado em 27 de julho de 2007 e abriga em seu interior um extenso bosque com espécies vegetais nativas da mata atlântica.
Vista noturna do Pq. Santos Dumont.
A Fundação Cultural Cassiano Ricardo é a responsável por reger os espaços públicos culturais de São José dos Campos, dentre eles os museus. O Museu de Arte Sacra foi inaugurado no dia 17 de dezembro de 2007 e possui um acervo religioso com mais de 50 peças, dentre imagens, objetos litúrgicos, oratórios, livros religiosos, bandeiras de procissão. O Museu do Folclore reúne acervos e exposições do folclore da região do Vale do Paraíba.
Outro museu da cidade é o Memorial Aeroespacial, que foi criado por parceria entre a Associação Brasileira de Cultura Aeroespacial e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O local conta com aviões e foguetes em exposição na área externa. Próximo a um lago, um monumento foi erguido em homenagem aos pesquisadores mortos no acidente ocorrido no Centro de Lançamento de Alcântara, na maioria, funcionários do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA). Há, ainda, um galpão que expõe a história da instalação do ITA. O lugar ainda é usado para que empresas, tanto pequenas e médias quanto grandes, e instituições produtoras de tecnologia possam divulgar seus trabalhos, oferecendo também espaço para reuniões, convenções e eventos de ordem tecnológica.

Esporte

Estádio Martins Pereira em jogo
noturno da Águia.
A cidade tem diversos clubes esportivos, são eles o Clube Luso-brasileiro, Tênis Clube São José (importante centro de basquete e de vôlei do interior paulista), Associação Esportiva São José (entidade desportiva de ponta em natação; oferece ainda cursos de golfe em seu clube de campo, o Santa Rita), o Thermas do Vale (que conta com um bom parque aquático) e AD Parahyba.

Tênis Clube e a A.E. São José sediaram o 35º Banana Bowl, da International Tennis Federation Juniors Circuit, em 2005 e 2006.

O principal estádio de futebol da cidade, o Estádio Martins Pereira, tem capacidade para receber 16.500 pessoas. O estádio está construído pela metade, uma vez que o anel superior, previsto no projeto original, nunca foi construído. O Martins Pereira é palco de jogos dos times profissionais da cidade, além de abrigar alguns torneios amadores, assim como eventos de grande público.

A cidade conta também, com clubes tradicionais como a AASP - Associação Atlética Santana do Paraíba, fundada em 1914, do bairro de Santana e o Esporte Clube Oriente, pertencente ao bairro Jardim Oriente, que são um dos grandes times da história do município, com vários títulos conquistados no decorrer dos anos, lançando vários jogadores ao mercado da bola.

O Folclore de São José

Museu do Folclore



O que é?

O museu é uma instituição aberta ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e que executa um trabalho permanente com o patrimônio cultural, em suas diversas manifestações. No museu o patrimônio cultural é visto como recurso educacional, turístico e de inclusão social. Acervos e exposições são colocados a serviço da sociedade com o objetivo de propiciar a ampliação do campo de possibilidades de construção da identidade, da percepção crítica da realidade, da produção de conhecimentos e do lazer. (adaptado do documento Política Nacional de Museus – Memória e Cidadania. Brasília: MinC, 2003).

“A missão do Museu do Folclore de São José dos Campos é desenvolver ações de salvaguarda, divulgação, formação e informação, que levem à valorização do folclore na região de São José dos Campos, Vale do Paraíba e Litoral Norte, contribuindo para o fortalecimento da identidade cultural e formação da cidadania”.
Está situado no Parque da cidade, antiga casa da família Olivo e tem uma área de 2.457.436,75m² ou 102 alqueires.



  Embraer KC-390
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Embraer KC-390
Apresentação do primeiro protótipo do KC-390
Descrição
Fabricante BrasilEmbraer Defesa e Segurança
Primeiro voo 3 de fevereiro de 2015
Entrada em serviço 2016 (previsão)
Missão Transporte militar tático/logístico e reabastecedor em voo
Tripulação 3 + 80 soldados ou 64 paraquedistas
Dimensões
Comprimento 35,20 m
Envergadura 35,05 m
Altura 11,84 m
Peso
Tara 51.000 kg
Peso total missões táticas: 67.000 kg; normal: 74.400 kg e transporte logístico: 81.000 kg
Peso bruto máximo carga útil máx tático:16.000; logístico: 23.000 kg
Propulsão
Motores 2 turbofans IAE V2500-E5
Força (por motor) 139,4 kN
Performance
Velocidade máxima 870 km/h
Alcance (cruzeiro de longo alcance) 6 200 km e (raio de ação para transferência de combustível) 2 495 km
Teto máximo 11 000 m
Armamento
Mísseis/Bombas não possui armamentos
O Embraer KC-390 é uma aeronave para transporte tático/logístico e reabastecimento em voo desenvolvido e fabricado pela Embraer Defesa e Segurança, subsidiária do grupo brasileiro Embraer.
A aeronave estabelece um novo padrão para o transporte militar médio, visando atender os requisitos operacionais da Força Aérea Brasileira, em substituição ao C-130 Hercules.
A fabricante pretende ainda alça-lo como substituto para as demais Forças Aéreas que possuem em sua frota essa classe de cargueiro militar. É também o maior avião produzido na América Latina.

Histórico de desenvolvimento

Cabine de comando do KC-390 em Mock-up (modelo para simulação)
Apresentação do KC-390 (protótipo PT-ZNF) em 21 de outubro de 2014
O KC-390 é um projeto desenvolvido para a produção de um jato militar de transporte, anunciado pela primeira vez na feira de materiais de defesa Latin America Aero & Defence (LAAD), no Rio de Janeiro no ano de 2007. Na edição de 2009 do mesmo evento foi anunciado formalmente o lançamento do programa.
É equipado com dois motores turbofan Pratt & Whitney, modelo IAE V2500-E5, com empuxo de 31 330 lbf (139 400 N) cada. Utiliza a tecnologia fly-by-wire em sua aviônica e tem capacidade para transportar 23 toneladas de carga, inclusive veículos.
Em outubro de 2008, o Congresso Brasileiro aprovou o uso de cerca de R$ 800 milhões pela então EMBRAER para o desenvolvimento da aeronave. Essa verba seria liberada pela FAB via aval do Executivo.
No início de março de 2009, o Executivo Brasileiro anunciou um investimento inicial entre R$ 50 e R$ 60 milhões. Esse montante representava cerca de 5% do custo de desenvolvimento. Enquanto a empresa não fechava outras parcerias, a FAB preparou a proposta de compra de um lote de 30 unidades (incluindo os dois protótipos). O valor deste primeiro contrato deveria chegar a US$ 1,3 bilhão, em um mercado estimado pela fabricante em no mínimo US$ 20 bilhões.
Ainda em março de 2009 o Governo brasileiro, durante as turbulências da economia mundial, reiterou investimentos no projeto, a fim de garantir empregos na fabricante brasileira e dotar a Força Aérea Brasileira com o novo equipamento. Até novembro de 2012 o projeto da nova aeronave já havia criado mil oportunidades de trabalho dentro da própria Embraer, com a recém criada Embraer Defesa e Segurança.
Em março de 2013, a Força Aérea Brasileira e a Embraer Defesa e Segurança concluíram a Revisão Crítica de Projeto (CDR) da aeronave.
Após cinco anos de desenvolvimento, foram concluídos os modelos para integração de todos os sistemas da aeronave e simulações de voo, realizadas em mock-up (simuladores em tamanho real da cabine de comando).
O desenvolvimento do projeto e a produção, envolvendo a integração de tecnologias, sistemas eletrônicos e aviônica foram de responsabilidade da Embraer Defesa e Segurança, unidade da Embraer criada no início de 2011, sediada na cidade de Gavião Peixoto.
O KC-390 pode transportar até 23 000 kg
O desenvolvimento do KC-390 contou com R$ 4,5 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além do apoio ao programa, o PAC também investiu entre 2011 e 2014, R$ 5,5 bilhões em programas militares da Marinha e Aeronáutica.
A Embraer assinou com o governo brasileiro em 20 de maio de 2014 o primeiro contrato para produção em série do cargueiro KC-390, em um negócio estimado em R$ 7,2 bilhões, que incluía suporte logístico, peças sobressalentes e manutenção.

Parcerias

Para o desenvolvimento e produção da aeronave, a Embraer firmou parcerias com a Argentina, Portugal e República Tcheca. A empresa brasileira fornece a seção dianteira da fuselagem com a cabine de pilotagem, asas, seção intermediária da fuselagem e estabilizadores vertical e horizontal. Executa também a integração dos comandos de voo, softwares, aviônica e equipamentos como os trens de pouso, que também produz, através de sua subsidiária Eleb. A Argentina fornece as portas do trem de pouso dianteiro, porta dianteira direita, parte da rampa de acesso traseira, flaps e cone de cauda. Portugal fornece a seção central da fuselagem, sponson e portas do trem de pouso principal e leme de profundidade. A República Tcheca fornece a porta dianteira esquerda, portas traseiras, parte da rampa de acesso traseira e seção traseira da fuselagem.

Protótipos e primeiro voo

Em 21 de outubro de 2014, foi apresentado o primeiro protótipo da aeronave na unidade Embraer Defesa e Segurança em Gavião Peixoto, no interior do estado de São Paulo.
O primeiro voo do KC-390 ocorreu em 3 de fevereiro de 2015 em Gavião Peixoto.

Missões

  • Transporte e lançamento de cargas e tropas
  • Reabastecimento em voo - caças, transporte ou (ISR) e no solo
  • Evacuação Aeromédica (UTI móvel, remoção de feridos)
  • Transporte de cargas paletizadas
  • Transporte de veículos leves e médios
  • Ajuda humanitária
  • Lançamento a baixa altura (LAPES - Low Altitude Parachute Extracting System)
  • Lançamento de cargas e paraquedistas em todas as altitudes
  • Operação em pistas não pavimentadas e curtas
  • Combate a incêndios florestais
Existe a possibilidade de serem desenvolvidas versões para fins não militares, que seriam utilizadas na indústria petrolífera, de mineração e transporte de cargas civis.

Ficha técnica (Embraer KC-390)

Embraer-KC-390-3-Side-View.svg
Especificações.

Dimensões externas

  • Envergadura: 35,05 m
  • Comprimento: 35,20 m
  • Altura: 11,84 m

Dimensões internas do compartimento de carga

  • Comprimento máximo: 18,54 m
  • Altura máxima: 3,20 m
  • Largura máxima: 3.35 m

Pesos e capacidades

  • Vazio: 51 000 kg (112 000 lb)
  • Máximo de decolagem (MTOW) 67 000 kg (148 000 lb) (missões táticas); 74 400 kg (164 000 lb) (normal) e 81 000 kg (179 000 lb) (transporte logístico)
  • Carga útil máxima: 23 000 kg (50 700 lb)
  • Combustível nas asas: 23 200 litros (6 130 galões)
  • Tripulação: 3 (1 piloto, 1 co-piloto e 1 engenheiro de voo) e 80 soldados equipados ou 64 paraquedistas (configuração típica)

Desempenho

  • Velocidade máxima: Mach 0,8
  • Velocidade máxima de cruzeiro: 470 kn (870 km/h)
  • Alcance com carga útil máxima: 1 380 m.n. (2 560 km)
  • Alcance de traslado: 3 350 m.n. (6 200 km)
  • Transferência de combustível: 2 495 km (raio de missão REVO)
  • Atitude máxima da operação: 36 000 ft (11 000 m)
  • Distância de decolagem: 1 100 m (missões táticas); 1 300 m (normal) e 1 630 m (transporte logístico)

Estrutura

  • Fator de carga: 3,0 g (missões táticas em pista semipreparada); 2,5 g (normal) e 2,25 g (transporte logístico)
  • Pressurização: 7,6 psi (52 400 Pa)
 Sistema reserva de geração elétrica
do KC-390, fabricado pela
Safran_Hispano-Suiza

Propulsão

  • 2 Turbofans Pratt & Whitney IAE V2500-E5 - 31 330 lbf (139 400 N) de empuxo cada.

Sistemas e equipamentos

  • RWR / chaff & flare (sistemas de autodefesa)
  • Sistema de reabastecimento em voo
  • Sistema HUD duplo
  • Iluminação da cabina compatível com sistemas de visão noturna
  • Sistema de cálculo preciso do ponto de lançamento de carga

Operadores

Fonte: DefesaNet
  •  Brasil - 30 aeronaves (somados os 2 protótipos).
  •  Colômbia - 12 aeronaves (intenção de compra)
  •  Portugal - 06 aeronaves (intenção de compra)
  •  Chile - 06 aeronaves (intenção de compra)
  •  Argentina - 06 aeronaves (intenção de compra)
  •  República Checa - 02 aeronaves (intenção de compra)




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