Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Viaana é um conceito que foi trabalhado partir da lenda "Vi a Ana!". E que foi implementada em dezembro de 2007 pelo GAF - Gabinete de Atendimento à Família uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social, portanto sem fins lucrativos) de Viana do Castelo.
Surgiu quase como um movimento, que tem por lema: - Os amores na história, e a história com amor. A partir de conceitos desenvolvidos a partir de 2002 pelo Designer Nézé (Manuel Felgueiras). Com objetivo de [re]criar produtos que façam parte do quotidiano, ou do universo Artesanal (utilizando apenas industrias do próprio tecido empresarial). E que possam servir de veículo para a promoção regional.
Os seus segredos são três: - A valorização da história, contextualizando-a no espaço físico, versos espaço temporal; - Inserção da história nas lendas, nas paixões, nos objetos e nos costumes regionais. - Utilização de industrias e materiais locais para os seus produtos.
Para que assim a história e produtos sejam melhor entendidos. Tornando-se por si só, num motor de compreensão, veículo de auto-estima, de mudança e desenvolvimento.
Missão
Pretende-se fazer parte ativa no desenvolvimento das regiões com a valorização da História.
Enquadramento
Rendibilizando as sinergias resultantes da interdisciplinaridade característica do GAF e conciliando a História, as lendas e os valores regionais, surgiu em 2007 o primeiro produto "Vi a Ana" ou "viaana", é um azulejo em terracota com a lenda popular que deu o nome à Cidade de Viana do Castelo, servindo de veículo de auto-estima regional e indo contra um mercado globalizado. Pretende-se que o conceito seja replicado em outras regiões, com as suas historias e valores, utilizando os seus próprios meios de manufatura, tornando-se numa mais valia para o produto. E ao mesmo tempo promovendo as condições de vida das populações locais, sendo um contributo para a erradicação de focos de pobreza em regiões deprimidas com a nossa.
A lenda "Via a Ana!
Uma história de Amor a partir da qual surgiu o nome VIAANA e o conceito.
Junto à Foz do Rio Lima (riu Lethes) um punhado de famílias fixou-se no lugar do Átrio ou Adro, situado na zona da atual Capela das Almas, esta capela foi a primeira igreja do burgo .
As populações do Átrio dedicavam-se essencialmente à pesca no mar. Quando este estava revolto viravam-se para o estuário do rio. Embora os terrenos à sua volta fossem férteis, sempre estiveram mais vocacionados para as fainas da pesca, preferindo trocar o peixe pelos produtos agrícolas cultivados ao longo do vale.
Conta a lenda que um barqueiro que transportava mercadorias rio abaixo e rio acima, até Ponte de Lima, apaixonou-se por uma jovem, como tantas outras, de personalidade alegre, jeito desempoeirado, e de feições helénicas. O nome dado por batismo à bela rapariga fora de Ana, toda a gente a conhecia. O moço não tinha olhos para mais ninguém, passava o tempo a falar da Ana enquanto carregava e descarregava as mercadorias… Umas vezes perguntava: -Viram a Ana? E a resposta: Sim, Vi a Ana. Outras vezes era ele que de feliz afirmava: -Hoje vi a Ana, vi a Ana! Tantas vezes repetida, a expressão: «Vi Ana», provavelmente deu origem a Viana. Como em qualquer lenda não temos a certeza se esta é a verdadeira origem do topónimo. Mas não restam dúvidas que D. Afonso III, em 1258, ao conceder o foral a este povoado, proclamou: «Quero fazer uma povoação nova no lugar que se chama Átrio, em a foz do rio Lima, à qual povoação (…) imponho o nome de Viana».
Na verdade, nunca mais deixou de ser Viana. Foi Viana de Riba do Minho, Viana do Lima, Viana de Caminha, Viana da Foz do Lima e, mais tarde, pelo foral de D. Maria II, que a elevou à categoria de cidade, em 1848, tornou-se Viana do Castelo.
Viana do Castelo é uma cidade portuguesa com 37 997 habitantes (2011), sede do Distrito de Viana do Castelo, na região Norte e integra a sub-região NUT III do Minho-Lima. A cidade é constituída atualmente pelas freguesias de Areosa, Darque, Meadela, Monserrate e Santa Maria Maior.
É sede de um município com 314,36 km² de área, 88 717 mil habitantes (Censos 2011) distribuídos por 31.978 famílias, residentes em 40 freguesias. O concelho é limitado a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.
Até ser elevada a cidade em 20 de janeiro de 1848, a atual Viana do Castelo chamava-se simplesmente "Viana" (também referida como "Viana da Foz do Lima" e "Viana do Minho", para diferenciá-la de Viana do Alentejo). Em 1977, fora elevada a sede de diocese católica.
História
Viana, enquanto localidade com esse nome, nasceu no século XIII, mas a sua área foi habitada desde o mesolitico conforme atestam os inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré-romana no monte de Santa Luzia. Viana da Foz do Lima, como era chamada, deve a sua fundação a D. Afonso III concedeu-lhe foral em 18 de julho de 1258, tornando-se um importante entreposto comercial perto da foz do rio Lima, e onde foi edificada uma torre forte, a fim de afastar os piratas da Galiza e Norte de África, que frequentavam esta cidade.
O comércio marítimo prospera com o norte da Europa, onde os barcos tomariam o vinho, frutas e sal em troca de trazer talheres, panos, tapeçarias e vidro, produzidos na região de Viana e onde os proprietários ricos possuíam casas comerciais. O espírito comercial de Viana atinge tais proporções que D. Maria II atribuiu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852, naquela que é na atualidade a 4ª entidade patronal mais antiga do país.
D. Maria II, com um gesto para recompensar a fidelidade da população de Viana, que não se renderam às forças que se levantaram de Conde das Antas, decidiu elevar a Viana para uma categoria de cidade, com o nome de Viana do Castelo no dia 20 de Janeiro de 1848.
Urbanismo
Na cidade contemporânea, que cresceu ao longo do rio Lima, poderemos encontrar ruas velhas e talvez sejamos capazes de ouvir o murmúrio da cidade antiga.
Veja a Catedral (século XV) e as ruas circundantes, o pólo central da velha cidade,
a Misericórdia (século XVI) e a antiga Câmara Municipal na Praça da República (antiga Praça da Rainha). E, claro, não perca a Basílica de Santa Luzia, numa colina com o mesmo nome, onde se maravilhar com as fantásticas vistas do estuário do Lima, a cidade e o mar.
"É difícil resistir ao charme da cidade de Viana do Castelo, quando a luz cria sombras fortes entre o geométrico majestoso edifícios históricos, onde os estilos manuelino, barroco, renascimento e Art Déco predominam. As ruas e vielas do centro histórico, das mais belas e bem preservadas do país, chamam a atenção para si, quer por armorial fachadas bonitas, ou por painéis de azulejos ricos em traço e cor, constituindo um verdadeiro compêndio da história da arquitetura portuguesa."
Não perca ainda a fonte do século XVI. É uma fonte em granito, com uma bacia de casal e tanque, construído em 1559. A Catedral, um edifício de estilo gótico feita durante o século XV e a Capela das Almas, a partir do século XIII, entre outros, são marcos importantes de um passado com história.
O centro urbano forma um retângulo, delimitado pelos vestígios de antigas muralhas. Aqui cruzam-se becos com artérias maiores viradas para o rio Lima. A melhor maneira de "perceber" a cidade é a pé ou subir a colina de Santa Luzia, dominando a cidade. É no alto desta colina que se encontra a Basílica do Sagrado Coração de Jesus ou Santa Luzia, cuja construção começou em 1903,inspirada no Sacré-Coeur de Paris.
Cultura
Se é verdade que, em maio, com a Festa das Rosas de Vila Franca do Lima, que inicia o ciclo de festas de Viana é, sem dúvida, em Agosto com a Romaria incomparável e magnífica de Nossa Senhora da Agonia (Senhora d'Agonia), que a tradição atinge o seu maior expoente. A procissão ao mar e as ruas da Ribeira, enfeitadas com tapetes florais, são testemunhos da profunda devoção religiosa.
A etnografia tem o seu espaço no desfile e na Festa do Traje Etnográfico, onde podemos admirar os trajes antigos nas "moçoilas" vestidas com lindos peitos cheios de filigrana, autênticas obras de arte em ouro. A festa continua ... tocar concertina e percussão, dança do camponês ... Uma grande serenata de fogo de artifício ilumina toda a cidade, começando pela ponte Eiffel. É um abraço de Viana a todos que visitam esta cidade, na terceira semana de Agosto.
População
Freguesias
* Afife
* Alvarães
* Amonde
* Vila Nova de Anha
* Areosa (Viana do Castelo)
* Barroselas
* Cardielos
* Carreço
* Carvoeiro
* Castelo do Neiva
* Chafé
* Darque (Viana do Castelo)
* Deão
* Deocriste
* Freixieiro de Soutelo
* Lanheses
* Mazarefes
* Meadela (Viana do Castelo)
* Meixedo
* Monserrate (Viana do Castelo)
* Montaria
* Moreira de Geraz do Lima
* Mujães
* São Romão de Neiva
* Nogueira
* Outeiro
* Perre
* Portela Susã
* Santa Marta de Portuzelo, anteriormente Portuzelo
* Santa Leocádia de Geraz do Lima
* Santa Maria de Geraz do Lima
* Santa Maria Maior (Viana do Castelo)
* Serreleis
* Subportela
* Torre
* Vila de Punhe
* Vila Franca
* Vila Fria
* Vila Mou
* Vilar de Murteda
Património
* Chafariz da Praça da República
* Convento de São Francisco do Monte
* Elevador de Santa Luzia
* Forte de Santiago da Barra
* Igreja de Santa Luzia
* Ponte Eiffel
* Castelo de Portuzelo
* Paço de Lanheses
* Pelourinho de Lanheses
Estaleiros Navais de Viana do Castelo
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) são uma sociedade anónima, actualmente de capitais maioritarimente públicos, vocacionada para a construção e reparação naval.
Os ENVC começaram pois por se dedicar essencialmente à construção de navios de pesca de longo curso. Posteriormente o seu leque de construções foi-se alargando para navios de outro tipo, incluindo desde ferry-boats a navios de guerra.
Em 1975 os estaleiros foram nacionalizados, passando a ser uma empresa pública. Em 1991, os ENVC são transformados em sociedade anónima, mas mantendo-se o Estado como seu principal accionista.
A 18 de Novembro de 2004 o XVI Governo Constitucional de Portugal firmou com os ENVC um contrato-programa de 300 milhões de euros para a construção de 11 navios para a Marinha Portuguesa, correspondentes a 6 navios da Classe Viana do Castelo e cinco lanchas de fiscalização. Este contrato visava o lançamento dos ENVC no mercado internacional através da comercialização dos navios patrulha oceânica a outras marinhas do mundo. Em 10 de Dezembro de 2013 foi afirmado numa audição parlamentar pelo presidente da Empordef que todas estas tentativas de captação de negócio fracassaram devido ao «deficit de imagem terrível» dos ENVC.
Em Setembro de 2006, inicia-se o Caso do navio Atlântida, quando Governo Regional dos Açores, presidido por Carlos César adjudica aos ENVC a construção de dois navios para a ligação entre as ilhas daquele arquipélago, através da empresa pública Atânticoline.
A 9 de Abril de 2009, o Governo Regional dos Açores tomou a decisão de rescindir o contrato de construção do navio Atlântida - já concluído pelos estaleiros - e do segundo navio, ainda em construção em Viana do Castelo, alegando o não cumprimento dos requisitos de velocidade e de data de entrega.
O cancelamento do Atlântida e do segundo navio pelo governo de Carlos César - com os subsequentes processos judiciais e prejuízos para os estaleiros - viria a ser descrito como "a certidão de óbito" dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
Em Junho de 2009 foi anunciado que a entrega do NRP Viana do Castelo à Marinha de Portugal estaria prevista para Julho desse ano, sendo os atrasos atribuídos a "detalhes de natureza técnica que tiveram de ser afinados para que o modelo cumpra todos os requisitos que são necessários".
Em Abril de 2011, motivada pela inactividade na maior parte dos sectores dos estaleiros e a necessidade de cortar na despesa com o pessoal, os trabalhadores dos estaleiros foram convidados pela administração a ficar em casa nos 4 meses seguintes recebendo 70% do salário.
Em 28 de Agosto de 2011, a empresa detinha dívidas acumuladas de 240 milhões de euros e tinha como única actividade a produção de navios militares como as encomendas pelo estado português dos navios da classe Viana do Castelo .
Em Novembro de 2011, falha definitivamente a tentativa de venda do navio Atlântida ao Governo da Venezuela.
A 5 de Fevereiro de 2012 os estaleiros receberam o primeiro serviço desde Novembro de 2011, com a reparação no valor de 400 mil euros do porta-contentores "Ponta do Sol" da Transinsular.
A 13 de Setembro de 2012 o governo revogou encomenda de construção para a Marinha de seis navios patrulha oceânica da classe Viana do Castelo e cinco lanchas de fiscalização costeira. De acordo com fonte governamental, a revogação "pretende salvaguardar o interesse do Estado" no processo de reprivatização dos estaleiros.
De acordo com o Relatório de Contas de 2012 dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, os contratos de construção de 2 Navios de Combate à poluição e 5 lanchas de fiscalização costeira foi revogado pela Resolução de Conselho de Ministros 79/2012. A actividade comercial dos estaleiros nesse ano limitou-se à conclusão da construção do NRP Figueira da Foz, projecto de dois navios asfalteiros para a empresa petrolífera da Venezuela, e a reparação de 21 navios, que na totalidade rendeu aos estaleiros uma receita de 3 milhões de euros. A quebra de actividade dos estaleiros foi atribuída à "diminuição da actividade económica, com os preços dos fretes a atingirem níveis historicamente baixos", que levou os armadores a "adiarem o mais possível as reparações e, quando não as podiam evitar, [efectuar] apenas o mínimo dos trabalhos, negociando preços e forçando descontos, para além do que era habitual". Em paralelo, é referido também "o colapso a nível europeu do mercado das construções, que levou à entrada no mercado das reparações de muitos estaleiros que anteriormente apenas se dedicavam à actividade de construção", cuja política de preços praticada foi apontada como sendo inferior a entre "30% e 50%" aos preços habituais de mercado.
A 10 de Agosto de 2013, a Comissão de Trabalhadores dos ENVC apelou ao boicote dos produtos dos Açores face ao novo concurso internacional lançado pelo Governo Regional para fretar navios, quando o Atlântida continuava ancorado.
Em novembro de 2013, foi anunciado que o grupo Martifer vai assumir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos Estaleiros de Viana, pela qual vai pagar anualmente 415 mil euros, prevendo criar 400 postos de trabalho durante três anos.
No âmbito do concurso público internacional lançado em Agosto "foi adjudicada" à Martifer Energy Systems e à Navalria (Aveiro), subsidiárias da Martifer, a subconcessão da utilização privativa do domínio público e das áreas afectas à concessão dominial atribuída aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo .
Pela subconcessão, que vigorará até 2031 o grupo pagará 415 mil euros por ano, envolvendo a mesma "única e exclusivamente", a utilização dos terrenos, edifícios, infra-estruturas e alguns equipamentos afectos.
Neste processo, contudo, ainda não é conhecido o destino dos trabalhadores dos estaleiros, sendo expectável o recrutamento de parte dos actuais 62013 .
O Estado deverá receber um total de 7,05 milhões de euros em rendas que serão pagas pela Martifer para utilizar os terrenos e o equipamento dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo até 2031. Mas muito antes disso, o Estado terá de pagar até janeiro de 2014 cerca de 30 milhões de euros para despedir os 609 trabalhadores dos estaleiros.
A Viaana é um conceito que foi trabalhado partir da lenda "Vi a Ana!". E que foi implementada em dezembro de 2007 pelo GAF - Gabinete de Atendimento à Família uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social, portanto sem fins lucrativos) de Viana do Castelo.
Surgiu quase como um movimento, que tem por lema: - Os amores na história, e a história com amor. A partir de conceitos desenvolvidos a partir de 2002 pelo Designer Nézé (Manuel Felgueiras). Com objetivo de [re]criar produtos que façam parte do quotidiano, ou do universo Artesanal (utilizando apenas industrias do próprio tecido empresarial). E que possam servir de veículo para a promoção regional.
Os seus segredos são três: - A valorização da história, contextualizando-a no espaço físico, versos espaço temporal; - Inserção da história nas lendas, nas paixões, nos objetos e nos costumes regionais. - Utilização de industrias e materiais locais para os seus produtos.
Para que assim a história e produtos sejam melhor entendidos. Tornando-se por si só, num motor de compreensão, veículo de auto-estima, de mudança e desenvolvimento.
Missão
Pretende-se fazer parte ativa no desenvolvimento das regiões com a valorização da História.
Enquadramento
Rendibilizando as sinergias resultantes da interdisciplinaridade característica do GAF e conciliando a História, as lendas e os valores regionais, surgiu em 2007 o primeiro produto "Vi a Ana" ou "viaana", é um azulejo em terracota com a lenda popular que deu o nome à Cidade de Viana do Castelo, servindo de veículo de auto-estima regional e indo contra um mercado globalizado. Pretende-se que o conceito seja replicado em outras regiões, com as suas historias e valores, utilizando os seus próprios meios de manufatura, tornando-se numa mais valia para o produto. E ao mesmo tempo promovendo as condições de vida das populações locais, sendo um contributo para a erradicação de focos de pobreza em regiões deprimidas com a nossa.
A lenda "Via a Ana!
Uma história de Amor a partir da qual surgiu o nome VIAANA e o conceito.
Junto à Foz do Rio Lima (riu Lethes) um punhado de famílias fixou-se no lugar do Átrio ou Adro, situado na zona da atual Capela das Almas, esta capela foi a primeira igreja do burgo .
As populações do Átrio dedicavam-se essencialmente à pesca no mar. Quando este estava revolto viravam-se para o estuário do rio. Embora os terrenos à sua volta fossem férteis, sempre estiveram mais vocacionados para as fainas da pesca, preferindo trocar o peixe pelos produtos agrícolas cultivados ao longo do vale.
Conta a lenda que um barqueiro que transportava mercadorias rio abaixo e rio acima, até Ponte de Lima, apaixonou-se por uma jovem, como tantas outras, de personalidade alegre, jeito desempoeirado, e de feições helénicas. O nome dado por batismo à bela rapariga fora de Ana, toda a gente a conhecia. O moço não tinha olhos para mais ninguém, passava o tempo a falar da Ana enquanto carregava e descarregava as mercadorias… Umas vezes perguntava: -Viram a Ana? E a resposta: Sim, Vi a Ana. Outras vezes era ele que de feliz afirmava: -Hoje vi a Ana, vi a Ana! Tantas vezes repetida, a expressão: «Vi Ana», provavelmente deu origem a Viana. Como em qualquer lenda não temos a certeza se esta é a verdadeira origem do topónimo. Mas não restam dúvidas que D. Afonso III, em 1258, ao conceder o foral a este povoado, proclamou: «Quero fazer uma povoação nova no lugar que se chama Átrio, em a foz do rio Lima, à qual povoação (…) imponho o nome de Viana».
Na verdade, nunca mais deixou de ser Viana. Foi Viana de Riba do Minho, Viana do Lima, Viana de Caminha, Viana da Foz do Lima e, mais tarde, pelo foral de D. Maria II, que a elevou à categoria de cidade, em 1848, tornou-se Viana do Castelo.
Viana do Castelo é uma cidade portuguesa com 37 997 habitantes (2011), sede do Distrito de Viana do Castelo, na região Norte e integra a sub-região NUT III do Minho-Lima. A cidade é constituída atualmente pelas freguesias de Areosa, Darque, Meadela, Monserrate e Santa Maria Maior.
É sede de um município com 314,36 km² de área, 88 717 mil habitantes (Censos 2011) distribuídos por 31.978 famílias, residentes em 40 freguesias. O concelho é limitado a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.
Até ser elevada a cidade em 20 de janeiro de 1848, a atual Viana do Castelo chamava-se simplesmente "Viana" (também referida como "Viana da Foz do Lima" e "Viana do Minho", para diferenciá-la de Viana do Alentejo). Em 1977, fora elevada a sede de diocese católica.
História
Foi durante o reinado da D. Maria II que se mandou edificar a Linha do Minho que trouxe o comboio a Viana do Castelo. |
Viana, enquanto localidade com esse nome, nasceu no século XIII, mas a sua área foi habitada desde o mesolitico conforme atestam os inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré-romana no monte de Santa Luzia. Viana da Foz do Lima, como era chamada, deve a sua fundação a D. Afonso III concedeu-lhe foral em 18 de julho de 1258, tornando-se um importante entreposto comercial perto da foz do rio Lima, e onde foi edificada uma torre forte, a fim de afastar os piratas da Galiza e Norte de África, que frequentavam esta cidade.
O comércio marítimo prospera com o norte da Europa, onde os barcos tomariam o vinho, frutas e sal em troca de trazer talheres, panos, tapeçarias e vidro, produzidos na região de Viana e onde os proprietários ricos possuíam casas comerciais. O espírito comercial de Viana atinge tais proporções que D. Maria II atribuiu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852, naquela que é na atualidade a 4ª entidade patronal mais antiga do país.
D. Maria II, com um gesto para recompensar a fidelidade da população de Viana, que não se renderam às forças que se levantaram de Conde das Antas, decidiu elevar a Viana para uma categoria de cidade, com o nome de Viana do Castelo no dia 20 de Janeiro de 1848.
Urbanismo
Na cidade contemporânea, que cresceu ao longo do rio Lima, poderemos encontrar ruas velhas e talvez sejamos capazes de ouvir o murmúrio da cidade antiga.
Veja a Catedral (século XV) e as ruas circundantes, o pólo central da velha cidade,
a Misericórdia (século XVI) e a antiga Câmara Municipal na Praça da República (antiga Praça da Rainha). E, claro, não perca a Basílica de Santa Luzia, numa colina com o mesmo nome, onde se maravilhar com as fantásticas vistas do estuário do Lima, a cidade e o mar.
"É difícil resistir ao charme da cidade de Viana do Castelo, quando a luz cria sombras fortes entre o geométrico majestoso edifícios históricos, onde os estilos manuelino, barroco, renascimento e Art Déco predominam. As ruas e vielas do centro histórico, das mais belas e bem preservadas do país, chamam a atenção para si, quer por armorial fachadas bonitas, ou por painéis de azulejos ricos em traço e cor, constituindo um verdadeiro compêndio da história da arquitetura portuguesa."
Não perca ainda a fonte do século XVI. É uma fonte em granito, com uma bacia de casal e tanque, construído em 1559. A Catedral, um edifício de estilo gótico feita durante o século XV e a Capela das Almas, a partir do século XIII, entre outros, são marcos importantes de um passado com história.
O centro urbano forma um retângulo, delimitado pelos vestígios de antigas muralhas. Aqui cruzam-se becos com artérias maiores viradas para o rio Lima. A melhor maneira de "perceber" a cidade é a pé ou subir a colina de Santa Luzia, dominando a cidade. É no alto desta colina que se encontra a Basílica do Sagrado Coração de Jesus ou Santa Luzia, cuja construção começou em 1903,inspirada no Sacré-Coeur de Paris.
Cultura
Se é verdade que, em maio, com a Festa das Rosas de Vila Franca do Lima, que inicia o ciclo de festas de Viana é, sem dúvida, em Agosto com a Romaria incomparável e magnífica de Nossa Senhora da Agonia (Senhora d'Agonia), que a tradição atinge o seu maior expoente. A procissão ao mar e as ruas da Ribeira, enfeitadas com tapetes florais, são testemunhos da profunda devoção religiosa.
A etnografia tem o seu espaço no desfile e na Festa do Traje Etnográfico, onde podemos admirar os trajes antigos nas "moçoilas" vestidas com lindos peitos cheios de filigrana, autênticas obras de arte em ouro. A festa continua ... tocar concertina e percussão, dança do camponês ... Uma grande serenata de fogo de artifício ilumina toda a cidade, começando pela ponte Eiffel. É um abraço de Viana a todos que visitam esta cidade, na terceira semana de Agosto.
População
População do concelho de Viana do Castelo (1801 – 2013) | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1801 | 1849 | 1900 | 1930 | 1960 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | 2012 | 2013 |
17 889 | 36 084 | 47 311 | 53 380 | 75 320 | 81 009 | 83 095 | 88 631 | 88 725 | 87 896 | 87 243 |
Freguesias
* Afife
* Alvarães
* Amonde
* Vila Nova de Anha
* Areosa (Viana do Castelo)
* Barroselas
* Cardielos
* Carreço
* Carvoeiro
* Castelo do Neiva
* Chafé
* Darque (Viana do Castelo)
* Deão
* Deocriste
* Freixieiro de Soutelo
* Lanheses
* Mazarefes
* Meadela (Viana do Castelo)
* Meixedo
* Monserrate (Viana do Castelo)
* Montaria
* Moreira de Geraz do Lima
* Mujães
* São Romão de Neiva
* Nogueira
* Outeiro
* Perre
* Portela Susã
* Santa Marta de Portuzelo, anteriormente Portuzelo
* Santa Leocádia de Geraz do Lima
* Santa Maria de Geraz do Lima
* Santa Maria Maior (Viana do Castelo)
* Serreleis
* Subportela
* Torre
* Vila de Punhe
* Vila Franca
* Vila Fria
* Vila Mou
* Vilar de Murteda
Património
* Chafariz da Praça da República
* Convento de São Francisco do Monte
* Elevador de Santa Luzia
* Forte de Santiago da Barra
* Igreja de Santa Luzia
* Ponte Eiffel
* Castelo de Portuzelo
* Paço de Lanheses
* Pelourinho de Lanheses
Estaleiros Navais de Viana do Castelo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Infraestruturas
Os ENVC estão instalados na área portuária de Viana do Castelo. Presentemente, as suas infraestruturas principais incluem:- Cais de amarração de 300 m
- 2 cais de aprestamentos, cada um com 190 m
- Doca seca de 127 X 18 m
- Doca seca de 203 X 30 m
- Plataforma de construção de 140 X 30 m
- Carreira de lançamento de 120 x 40 m
História
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo foram criados em Junho de 1944, por incentivo do Governo, que pretendia um desenvolvimento e modernização da frota de pesca portuguesa de longo alcance. Os primeiros sócios foram técnicos de construção naval do Porto de Lisboa associados a empresas do ramo da pesca do bacalhau.Os ENVC começaram pois por se dedicar essencialmente à construção de navios de pesca de longo curso. Posteriormente o seu leque de construções foi-se alargando para navios de outro tipo, incluindo desde ferry-boats a navios de guerra.
Em 1975 os estaleiros foram nacionalizados, passando a ser uma empresa pública. Em 1991, os ENVC são transformados em sociedade anónima, mas mantendo-se o Estado como seu principal accionista.
A 18 de Novembro de 2004 o XVI Governo Constitucional de Portugal firmou com os ENVC um contrato-programa de 300 milhões de euros para a construção de 11 navios para a Marinha Portuguesa, correspondentes a 6 navios da Classe Viana do Castelo e cinco lanchas de fiscalização. Este contrato visava o lançamento dos ENVC no mercado internacional através da comercialização dos navios patrulha oceânica a outras marinhas do mundo. Em 10 de Dezembro de 2013 foi afirmado numa audição parlamentar pelo presidente da Empordef que todas estas tentativas de captação de negócio fracassaram devido ao «deficit de imagem terrível» dos ENVC.
Em Setembro de 2006, inicia-se o Caso do navio Atlântida, quando Governo Regional dos Açores, presidido por Carlos César adjudica aos ENVC a construção de dois navios para a ligação entre as ilhas daquele arquipélago, através da empresa pública Atânticoline.
A 9 de Abril de 2009, o Governo Regional dos Açores tomou a decisão de rescindir o contrato de construção do navio Atlântida - já concluído pelos estaleiros - e do segundo navio, ainda em construção em Viana do Castelo, alegando o não cumprimento dos requisitos de velocidade e de data de entrega.
O cancelamento do Atlântida e do segundo navio pelo governo de Carlos César - com os subsequentes processos judiciais e prejuízos para os estaleiros - viria a ser descrito como "a certidão de óbito" dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
Em Junho de 2009 foi anunciado que a entrega do NRP Viana do Castelo à Marinha de Portugal estaria prevista para Julho desse ano, sendo os atrasos atribuídos a "detalhes de natureza técnica que tiveram de ser afinados para que o modelo cumpra todos os requisitos que são necessários".
Em Abril de 2011, motivada pela inactividade na maior parte dos sectores dos estaleiros e a necessidade de cortar na despesa com o pessoal, os trabalhadores dos estaleiros foram convidados pela administração a ficar em casa nos 4 meses seguintes recebendo 70% do salário.
Em 28 de Agosto de 2011, a empresa detinha dívidas acumuladas de 240 milhões de euros e tinha como única actividade a produção de navios militares como as encomendas pelo estado português dos navios da classe Viana do Castelo .
Em Novembro de 2011, falha definitivamente a tentativa de venda do navio Atlântida ao Governo da Venezuela.
A 5 de Fevereiro de 2012 os estaleiros receberam o primeiro serviço desde Novembro de 2011, com a reparação no valor de 400 mil euros do porta-contentores "Ponta do Sol" da Transinsular.
A 13 de Setembro de 2012 o governo revogou encomenda de construção para a Marinha de seis navios patrulha oceânica da classe Viana do Castelo e cinco lanchas de fiscalização costeira. De acordo com fonte governamental, a revogação "pretende salvaguardar o interesse do Estado" no processo de reprivatização dos estaleiros.
De acordo com o Relatório de Contas de 2012 dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, os contratos de construção de 2 Navios de Combate à poluição e 5 lanchas de fiscalização costeira foi revogado pela Resolução de Conselho de Ministros 79/2012. A actividade comercial dos estaleiros nesse ano limitou-se à conclusão da construção do NRP Figueira da Foz, projecto de dois navios asfalteiros para a empresa petrolífera da Venezuela, e a reparação de 21 navios, que na totalidade rendeu aos estaleiros uma receita de 3 milhões de euros. A quebra de actividade dos estaleiros foi atribuída à "diminuição da actividade económica, com os preços dos fretes a atingirem níveis historicamente baixos", que levou os armadores a "adiarem o mais possível as reparações e, quando não as podiam evitar, [efectuar] apenas o mínimo dos trabalhos, negociando preços e forçando descontos, para além do que era habitual". Em paralelo, é referido também "o colapso a nível europeu do mercado das construções, que levou à entrada no mercado das reparações de muitos estaleiros que anteriormente apenas se dedicavam à actividade de construção", cuja política de preços praticada foi apontada como sendo inferior a entre "30% e 50%" aos preços habituais de mercado.
A 10 de Agosto de 2013, a Comissão de Trabalhadores dos ENVC apelou ao boicote dos produtos dos Açores face ao novo concurso internacional lançado pelo Governo Regional para fretar navios, quando o Atlântida continuava ancorado.
Em novembro de 2013, foi anunciado que o grupo Martifer vai assumir a subconcessão dos terrenos e infraestruturas dos Estaleiros de Viana, pela qual vai pagar anualmente 415 mil euros, prevendo criar 400 postos de trabalho durante três anos.
No âmbito do concurso público internacional lançado em Agosto "foi adjudicada" à Martifer Energy Systems e à Navalria (Aveiro), subsidiárias da Martifer, a subconcessão da utilização privativa do domínio público e das áreas afectas à concessão dominial atribuída aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo .
Pela subconcessão, que vigorará até 2031 o grupo pagará 415 mil euros por ano, envolvendo a mesma "única e exclusivamente", a utilização dos terrenos, edifícios, infra-estruturas e alguns equipamentos afectos.
Neste processo, contudo, ainda não é conhecido o destino dos trabalhadores dos estaleiros, sendo expectável o recrutamento de parte dos actuais 62013 .
O Estado deverá receber um total de 7,05 milhões de euros em rendas que serão pagas pela Martifer para utilizar os terrenos e o equipamento dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo até 2031. Mas muito antes disso, o Estado terá de pagar até janeiro de 2014 cerca de 30 milhões de euros para despedir os 609 trabalhadores dos estaleiros.
Ao longo da sua história, os ENVC construiram mais de 200 navios de todos os tipos. Dos mais recentes, ou ainda em construção, destacam-se:
- Ferry de passageiros Atlântida
- Navios de Cruzeiro Fluvial e Costeiro de 90 t Algarve Cruiser e Douro Queen
- Ferry de Passageiros de 800 t Lobo Marinho
- Navios de Patrulha Oceânica de 1600 t da Classe Viana do Castelo: NRP Viana do Castelo e NRP Figueira da Foz
- Porta-contentores de 8 000 t Industrial Diamond
- Navios Reefer (transporte de contentores + porão frigorífico) de 15 000 t Carmel Ecofrech e Carmel Bio-Top
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