LITERATURA DE CORDEL



O que é literatura de cordel

Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma artística, uma manifestação cultural. Por meio da escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as histórias do povo — pelo próprio povo.

O nome de Cordel teve origem em Portugal, onde os livretos, antigamente, eram expostos em barbantes, como roupas no varal.



Literatura de Cordel - Os livros são pendurados em barbantes


Origens da literatura de cordel

As primeiras manifestações da literatura popular no ocidente ocorreram por volta do século XII. Peregrinos encontravam-se no sul da França, em direção à Palestina; no norte da Itália, para chegar a Roma; e ainda na Galícia, no santuário de Santiago.

Nesses encontros eram transmitidas as histórias e compostos os primeiros versos, de forma muito primitiva.

O que interessa para nós é que foi dessa forma que surgiram os primeiros núcleos de cultura regional que espalharam-se pela Europa e, posteriormente, pela América.

A literatura de cordel no Brasil

Devido ao atraso da chegada da imprensa por aqui e seu acesso pelo público, as produções literárias de populares tiveram seu apogeu apenas no século XX.

Nossa literatura de cordel é caracterizada, principalmente, pela poesia popular. A prosa aparece muito mais na forma oral, que passa de geração para geração.

Como é uma manifestação muito mais cultural do que intelectual, destaca-se em regiões onde a cultura é mais valorizada e delineada. Aqui no Brasil essas regiões são a Nordeste e a Sul.

Grandes autores da poesia popular brasileira

Centenas, talvez milhares de autores poderiam ser listados aqui, mas vou falar dos quatro mais conhecidos.

Leandro Gomes de Barros

Foi o mais importante e mais famoso autor da literatura de cordel brasileira. Seu livreto “O Cachorro dos mortos” vendeu mais de um milhão de exemplares.

História do Cachorro dos mortos

Trecho do livro “História do Cachorro dos mortos”, de Leandro Gomes de Barros

Os nossos antepassados
Eram muito prevenidos
Diziam: matos têm olhos
e paredes tem ouvidos
os crimes são descobertos
por mais que sejam escondidos

Em oitocentos e seis
na província da Bahia
distante da capital
3 léguas ou menos seria
Sebastião de Oliveira
ali num canto vivia

Ele, a mulher e duas filhas
e um filho já homem feio
o rapaz era empregado
e estudava Direito
o velho não era rico
mas vivia satisfeito

As duas filhas eram moças
honestas e trabalhadoras
logravam na capital
o nome de encantadoras
chamavam atenção de todos
as grandes tranças tão louras

Êsse velho era ferreiro
e ferreiro habilitado
vivia do seu ofício
plantando e criando gado
por 3 vezes enjeitou o cargo de delegado

Havia um vizinho dele
Eliziário Amorim
êsse tinha um filho único da espécie de Caim
enquanto o espanhol velho
até não era ruim

O filho dêsse espanhol
uma fera carniceira
veio provocar namôro com as filhas de Oliveira
uma delas disse a ele:
de nós não há quem o queira
Ele disse: tu não sabes
que meu pai possui dinheiro
em terras de criações
é o maior fazendeiro?
ela disse: o meu é pobre
planta, cria e é ferreiro

- Minha mãe tece de ganho
nós vivemos de costura
meu pai vive da sua arte
e de sua agricultura
meu irmão é empregado
para que maior ventura?

O sedutor conhecendo
seus planos serem debaldes
e só podia vencê-la
por meio da falsidade
que é a arma mais própria
onde existe a maldade
(…)

João Martins de Athayde

Autor popular que mais produziu. Comprou os direitos autorais de Leandro Gomes de Barros quando da sua morte, passando a editar também seus poemas.

Cuíca de Santo Amaro

O mais terrível poeta popular. Fazia denúncias contra corruptos e poderosos de sua época. Era amigo íntimo de Jorge Amado, que o incluiu como personagem em seus Tereza Batista, Cansada de Guerra e no conto A, morte de Quincas Berro D’água.

Cuíca de Santo Amaro


CUÍCA DE SANTO AMARO

Um cronista do cotidiano, mistura de trovador e repórter, infernizou a vida de Salvador, Bahia, dos anos 40 aos 60.

Batizado de José Gomes, foi com a alcunha de Cuíca de Santo Amaro que se celebrizou como um dos personagens mais importantes da história recente da cultura baiana.

Seus versos virulentos assustavam poderosos e gente comum, e não havia segredo guardado a sete chaves que escapasse do seu faro para escândalos, que tornava públicos na cidade através de cordéis.

Este foi, ao longo da vida, o seu ganha-pão. Venal para uns, genial para outros, uma coisa,
porém, ninguém nega: este personagem do século passado mantém uma atualidade singular, que não se insere em nenhum rótulo.
__________

José Gomes, o famoso Cuíca de Santo Amaro, cordelista respeitado, em Salvador. Fazia ponto no Elevador Lacerda e era uma figura conhecida e amada pelos baianos. Foi uma espécie de reporter e cronista do cotidiano da Bahia. Era muito querido e respeitado; sobreviveu até à morte, da venda dos seus cordéis, vindo a falecer em 1964.
Aparecia um fato intrigante, um marido traído, uma fofoca de patrão com a empregada, um assassinato, a mulher de Brotas (que capou o marido), logo, logo, lá estava Cuíca com seu cordel a verberar na fila do Elevador Lacerda, ponto mais movimentado de Salvador.
E sua freguesia era fiel.



Ao grande Cuíca de Santo Amaro, in memoriam

Cuíca de Santo Amaro
Grande fidalgo baiano
Morava em São Salvador...
Um bom cronista, de faro,
Contava o cotidiano
Do coitado e do doutor...

Viveu há cinqüenta anos
Na cidade da Bahia
Que lhe rendia homenagem...
Os seus versos mais insanos
Traziam humor e alegria
E lhe abriam passagem...

Lembro o Elevador Lacerda
bem perto do meio-dia:
A multidão apressada
E gente que andava lerda
Dois minutinhos perdia
Pra ficar bem informada...

Bengala e óculo escuro
Cuíca, bem alto, lia
O seu cordel encantado...
Tinha gente sobre o muro
Que sua voz, atenta ouvia
Sobre fato consumado...

Era cego de nascença
Um cantador diferente
Que contava cada história...
Pra êle, não tinha crença
Fosse inimigo ou parente,
Que escapasse da memória...

Mulher que capou marido
Filho que matou o pai
A boazuda do patrão...
O Cuíca era inxirido
Bota pra fora o que sai
Tudo o que lhe vem à mão...

Seus livretos pendurados
No varal improvisado
Custavam o valor de um pão...
E todo o mundo queria
Participar da alegria
Que tinha em seu coração...

Ricardo De Benedictis

Antônio Barreto

Além de cordelista, Antônio Barreto é poeta e professor. Graduado em Letras e Pós-graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira, lamenta a falta da cadeira do cordel na academia.


Por Sá de João Pessoa em
Out 07 2008, às 13:05pm

EXPLICAÇÃO

Lucélia Pardim, André,
Júlia, Salomão, Gabi,
Iara, Alex e Aline,
Que bom ver vocês aqui
Todo mundo neste “Lendo”,
Estudando e aprendendo,
O que eu nunca aprendi…

Digo isso só porque
Tudo que sei e escrevo,
Da nossa literatura,
Arte de muito relevo,
Diploma de Faculdade
Adquiri com a idade,
Somente aos poetas devo.

A poesia popular
Já foi demais atacada,
Por seu estilo brutal
Por todos é criticada,
Quantas vezes já ouvi
Se divulgar por aí
Que ela está enterrada.

No entanto sobrevive
Aos mais duros terremotos,
Quanto mais é desprezada
Mais aumentam seus devotos,
Resistiu aos furacões,
Superou todos os senões,
Nos países mais remotos.

Não pensem que é só aqui
Em nossa terra menina
Que o cordel é cantado,
Tal e qual ouro da mina,
A poesia de cordel
Brota do favo igual mel
Nesta América Latina!

Muitos de nossos poetas,
Como Drummond de Andrade,
Beberam água das fontes
De excelente qualidade,
Para “Maria e João”
Ele achou inspiração
Que não tem na faculdade.

Não sei se dei o exemplo
Igual que a ciência pede,
A poesia de cordel
Não se conta nem se mede,
Com esses versos à toa
Este Sá de João Pessoa
Com carinho se despede.

FIM

 

Literatura de Cordel


Por Marcia


No canto dos trovadores, a voz rasgada do povo



“Veja só quanta miséria/veja só quanta agonia/veja a que ponto chegou a nossa Bahia/o povo sem trabalhar/por falta de energia” (Cuíca de Santo Amaro). Um dos poetas mais conceituado do Brasil foi o baiano Cuíca de Santo Amaro, autor do famoso “O homem que inventou o trabalho”. Seu verdadeiro nome era José Gomes (1907/1964) e os seus primeiros trabalhos começaram, a ser divulgados em 1927. Figura controvertida, amigo de grandes personalidades da época, inclusive de Getúlio Vargas, preso algumas vezes por causa de sua mordacidade – Cuíca era um poeta satírico na linha de Gregório de Matos -, personagem de livros feitos na Bahia para alguns era um engodo e para outros era a maior expressão em literatura de cordel no Brasil. Em mais de trinta anos de atividade literária, o poeta Cuíca de Santo Amaro documentou da maneira mais completa a vida cotidiana baiana. Problemas como a carestia do povo, os costumes, os usos e a moral vigentes na cidade de Salvador, os crimes, os desastres e os pequenos casos escabrosos da vida particular baiana.

Outro consagrado cordelista é Minelvino Francisco Silva (1926/1999), o trovador Apóstolo. Ele é autor de ABC dos Tubarões, e História do Touro que Engoliu o Fazendeiro. A característica mais marcante do trovador é sem dúvida, o seu acentuado senso crítico, além da sua capacidade para fazer rimas. Mas nem sempre o trovador utiliza dos seus versos para glosar. Há folhetos só de exaltação como “A Chegada de Catulo no Céu”, de Rodolfo Cavalcante. Rodolfo (1917/1987) é autor de obras como ABC da Carestia e As Belezas de Brasília e as Misérias do Nordeste. Ele lutou a favor da classe dos poetas de bancada. Publicou artigos em jornal, organizou congressos e fundou associações e agremiações e com isso, tornou mais digna e representativa a classe dos poetas populares. “Não vês a nossa política/prometendo endireitar/a gente passando fome/tudo subindo subindo/a gente se sucumbindo/o mundo vai se acabar”.

É comum na literatura de cordel – diz o crítico Carlos Alberto Azevedo – o culto do herói: Zé Garcia, João Grilo, Vira Mundo, Padre Cícero, Frei Damião e tantos outros, pois que os folhetos decantam a personalidade de um injustiçado, beato ou “santo”. O herói da literatura popular é forjado na própria estrutura social rural, seja em qualquer zona fisiográfica da região (mata, agreste, sertão). O herói é aquele que se rebela contra o statuo quo. Seja ele sertanejo forte e corado ou um Zéamarelinho ancilostizado da zona da mata.

“Com esse aperto de vida/o povo que nada pode/pra se esquecer da fome/leva tudo no pagode/agora, na eleição/nas urnas de Jaboatão/o povo votou num bode/não é coisa de poeta/nem é boato inventado/o caso foi verdadeiro/o rádio tem divulgado/se a gente que não crê no jornal tem o clichê/do bode fotografado” (A Vitória de Cheiroso, o Bode Vereador, de Delorme Monteiro e Silva). A temática da seca atinge o ápice da expressão comunicativa, enquanto crônica, narrativa, protesto político-social, jornalismo na literatura de cordel. É preciso não esquecer que, até meados do século XX, tanto o folheto quanto o poeta popular, que improvisava e cantava nas feiras livres nordestinas, os casos e "causos", exerciam a função comunicativa que hoje cabe à mídia, em particular, ao rádio e à televisão.

"A Triste partida", de Patativa do Assaré, cantada por Luiz Gonzaga, talvez seja a síntese de tudo que pode acontecer e se relacionar à seca, não passando despercebido da sensibilidade do poeta popular, conforme se observa nos versos: “Setembro passou/Outubro e novembro/Já tamo em dezembro/Meu Deus, que é de nós?/Assim fala o pobre/Do seco Nordeste/Com medo da peste/E da fome feroz/A 13 do mês ele fez experiência/Perdeu sua crença nas pedra de sal/Mas noutra experiência com força se agarra/Pensando na barra do alegre Natal/Rompeu-se o Natal, porém barra não veio/O sol bem vermeio nasceu muito além/Na copa da mata buzina a cigarra/Ninguém vê a barra, pois barra não tem/Sem chuva na terra descamba janeiro/Depois fevereiro e o mermo verão/Entonce o nortista, pensando consigo/Diz: isso é castigo, não chove mais não/Apela pra março, que é o mês preferido/Do santo querido, o senhor São José/Mas nada de chuva, tá tudo sem jeito/Lhe foge do peito o resto de fé/Agora pensando ele segue outra trilha/Chamando a família começa a dizer:/Eu vendo o meu burro, meu jegue, o cavalo/Nós vamo a São Paulo vivê ou morre...”

Juscelino Kubitscheck, João Goulart e Jânio Quadros foram os presidentes cantados sobretudo em poemas circunstanciais, após suas eleições, no momento de sua instalação no poder e no momento do encerramento de suas funções. Convém juntar o nome de Getúlio Vargas onde o número de folhetos sobre o presidente gaúcho, após sua morte em 1954, é bem superior ao número de folhetos de cada um de seus sucessores. “Amigo agora peço/a vossa honrada atenção/vou rimar, entre soluços/que me vêm do coração/as horas, tristes, amargas/da morte de Dr.Vargas/Presidente da Nação” (A Vida e Tragédia do Presidente Getúlio Vargas, de Antonio Teodoro dos Santos).

A literatura de cordel é um importante meio de expressão popular com valor informativo, documental e de crônica poética e histórica. O cordelista ao mesmo tempo é poeta e jornalista, conselheiro do povo e historiador popular. Em 100 anos de existência a literatura de cordel testemunha a longa evolução percorrida durante mais de um milênio pela literatura européia: a transformação de sua “literatura oral” em literatura na concepção moderna do termo. No Brasil, os encontros, as pelejas, as narrativas de encantamento, os folhetos "de época" vão continuar percorrendo o sertão. E hoje, o cordel é objeto de estudo de vários especialistas. Vida longa ao cordel!.

5 comentários:

A Oficina do Autor disse...

Um matuto aputalado
No país da roubalheira
Vendo assim tanta besteira
Nada de bom pro seu lado
Sentindo-se tão enojado
Rasgou o “Tito” de inleitor
Se lasque o “Gunvernador”
Presidente do senado
Se arrombe os deputado
Pois neles num voto mais
Ô Raça de satanais
Disgraçado inganador


Prefeito e Veriador
Uma corja de mardito
Neles eu num mais cridito
São do povo enrolador
Num respeita professor
Nem trabaiador braçal
Uns monte de animal
Roubano minha cidade
A ninguém faz caridade
Essa cambada de ladrão A mim num ingana não
Cum gesto de farsidade


As muié desses mardito
São quengas bem disfarçada
Trambiquera mazelada
Que tentam levar no grito
Lamento do povo aflito
Que pede ajuda aos pranto
È festa pra todo canto
Interior e capitá
Festança pra se daná
Gastando a crença do povo
Que vive a dançar de novo
Nas terras do meu lugá


Das veis que eu já votei
Não tive bom resultado
Eu cri num cabra safado
Com ele eu me enganei
Nada com este ganhei
A não ser decepção
Comprou até o meu chão
Pagando u’a micharia
Por eu tá nas agonia
Duns trocados precisando
Ele foi logo pagando
Menos do que merecia


Montou farmácia e mercado
Ao genro deu de presente
A filha era gerente
De um comercio encostado
Encheu fazenda de gado
O povo quieto olhando
Ninguém tava investigando
A roubalheira tramada
Sua família montada
Na grana que escorria
Quem fiscaliza não via
Fingia não era nada


Os conchavos e propinas
No meio da madrugada
As malas tão recheada
Para dar aos seus sovinas
Corja de imundos suínas
Rapador de coisa alheia
A coisa tava tão feia
Acho que não consertou
Essa quadrilha desviou
Nossa cidade ficando
O progresso atrasando
Pagou caro quem votou


Fazendas e mais fazendas
No Estado da Bahia
Era o que mais se via
Ninguém fazia contendas
Parecia inté parlendas
E o povo nem se mexia
Amargava a agonia
De ver ladrão se armando
E a todos ali comandando
Por muito tempo passado
Mas o troco será dado
Estamos nos preparando






E-mail carlossilvampb@yahoo.com.br
http://cantosemcordeis.blogspot.com
www.bandasdegaragem.com.br/carlossilvacantador
www.carlossilva.com.br
www.aloartista.com
11 7679-4241 5942-0385

A Oficina do Autor disse...

Na terra de cego amigo
Quem tem um olho é Rei
Jamais me enganarei
E pra não correr perigo
Aprendi com o castigo
Não me meto com canalha
Se minha mente não falha
Nunca mais vou me meter
E tão pouco eleger
Bandido e nem trambiqueiro
Nem por rio de dinheiro
Lhe butarei no puder


Saúde e educação
Isso é coisa do passado
Hospital já foi fechado
La vem suplementação
Nome esquisito do cão
Para os buracos tapar
Legisladores a esperar
Pelo seu voto vendido
Que não é mais escondido
A falta de lealdade
E assim a tal cidade
É governada por bandido


Analfabetos no poder
Querendo enganar o povo
La vem pedindo de novo
Achando-se merecer
Ele quer enriquecer
As custas de quem é do bem
Quando chegar o ano que vem
La vem cheio de promessa
E a pancada é sempre essa
Dizendo que vai mudar
As coisas vão melhorar
Só que não podem ter pressa


Mudar de partido é ligeiro
O jogo do jogo é assim
Isso nunca terá fim
È o poder do dinheiro
Que ajuda o desordeiro
Brincar com o inleitor
O cabra confiador
Fica decepcionado
Sentindo-se tão enganado
Naquele que confiava
E neste depositava
Seu voto encabrestado


Gunvernador veio cá
Falou palavra bonita
E o povo todo cridita
Pois veio pra iscutá
O homem então discursá
Com jeito inteligente
Desses que mentem pra gente
Todo dia e toda hora
E o povo inda implora
Melhorar a comunidade
Conversa de farsidade
Tempo leva sem demora


É uma vela pra Deus
E uma reza pro cão
É um covil de ladrão
Reunião de ateus
Que roubam os sonhos meus
Afogam as esperança
E quem lhes dá confiança
Morre sem vê resultado
Tudo que tem é roubado
Com o apoio do inleitor
Que torna-se apoiador
Do politico safado


Eu já tô aresolvido
Nunca mais hei de votar
Mas sempre vou opinar
É meu direito adquirido
Por tanto ano sufrido
Em que fui um votador
Mas deixo para o senhor
Entendedor desta vida
A luta é merecida
De quem luta pra mudar
Então saiba manejar
Boa escolha na lida

Carlos Silva disse...

Estes versos de cordeis acima, são de autoria do poeta e cantador CARLOS SILVA, Um paulistano criado na Bahia, musico e compositor.

Carlos Silva disse...

Nunca venda o seu voto
Não traia sua confiança
Mantenha a esperança
Sem ser do besta devoto
Esse conselho lhe boto
Pense assim na sua gente
Seja mais inteligente
Na hora da votação
A arma tá na sua mão
Então vote consciente
E não seja negligente
Ajude sua nação

Dei o meu ponto de vista
Você segue se quiser
Faça a escolha que fizer
Seja honesto e calculista
Siga sua própria pista
Não se venda nem se traia
Em armadilha não caia
Lute por sua cidade
Pois a tal felicidade
Inda existe sim senhor
A ela então dê mais valor
Preserve sua honestidade


São esses versos rimados
De boa modalidade
Em 12 assim de verdade
Compostos bem humorados
E com carinho preparados
Numa linguagem matuta
Porém correta é a luta
De quem sonha e espera
Que mude essa esfera
Com responsabilidade
E que tenhamos na verdade
Mudança de nova era


É mera coincidência
Os fatos aqui descritos
Em meio a tantos gritos
Não perco a paciência
Se você tem a ciência
De ver em fato narrado
Nesse meu cordel traçado
Não mexo com sua cidade
Pois tenho maturidade
Não vou mudar seu pensar
Então queira respeitar
Minha criatividade

Minha estrofe em 12 versos
Deu-me a inspiração
Em linguagem bem matuta
Faço minha expressão
Mas isso é um recado
Se estiveres preparado
Votarás certo, ou não.

Sou um poeta brasileiro
Sou um cidadão do mundo
E conheço bem a fundo
Este meu país inteiro
O nosso povo ordeiro
Carrega dignidade
Espalha felicidade
Em verso prosa e canção
Na cidade ou no sertão
A luta é tão guerreira
Minha nação brasileira
Que me enriquece de emoção


Sou um poeta paulistano
Na Bahia fui criado
Amando esse Estado
Já me sinto um bom baiano
E ando fazendo plano
Do meu livro publicar
No Brasil irei lançar
Relatando em poesia
Fonte da minha alegria
No verso do canto falado
Um paulistano abaianado
Um versador em cantoria

Carlos Silva disse...

Cada um tem sua arte
A sua escolha de lida
Rebusco nessa medida
Lutar com dignidade
Ouvindo assim com vontade
Somando a paz escolhida

Somos parte desse povo
Imitando o bom viver
Luta sonho e pensamento
Valorizar cada momento
Aprimorando o meu saber


Com Gonzagão aprendi
As coisas deste sertão
Com Jessier nosso irmão
Muita coisa dele ouvi
Foi então que escolhi
Traçar a vida em verso
Vagando nesse universo
Na saga da poesia
Que me enche de alegria
Nesse meu torrão amado
Sou um abrasileirado
Neste mundo de leotria

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