Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Litografia em rótulo de cigarro com os quatro heróis: Vidal de Negreiros, Fernandes Vieira, Henrique Dias e Felipe Camarão.
Palácio Felipe Camarão em Natal.
Antônio Felipe Camarão, foi um indígena brasileiro da tribo potiguar, nascido no início do século XVII no bairro de Igapó, na cidade de Natal, na então Capitania do Rio Grande (hoje o estado do Rio Grande do Norte) ou, de acordo com alguns historiadores, na Capitania de Pernambuco (hoje o estado de Pernambuco). Tendo como nome de nascença Poti ou Potiguaçu que significa camarão. Ao ser batizado e convertido ao catolicismo em (1614) recebeu o nome de Antônio e adotou Filipe Camarão em homenagem ao soberano D. Felipe II (1598-1621).
Educado pelos jesuítas, era ele, segundo Frei Manuel Calado, "destro em ler e escrever e com algum princípio de latim"; considerava de suma importância a correção gramatical e a pronúncia do português, "era tão exagerado em suas coisas, que, quando falava com pessoas principais, o fazia por intérprete (posto que falava bem o português) dizendo que fazia isto porque, falando em português, podia cair em algum erro no pronunciar as palavras por ser índio". Seu trato era comedido e "mui cortesão em suas palavras e mui grave e pontual, que se quer mui respeitado".
Uma visão romântica de Felipe Camarão, por Victor Meirelles de Lima.
No contexto das invasões holandesas do Brasil, auxiliou a resistência organizada por Matias de Albuquerque desde 1630, como voluntário para a reconquista de Olinda e do Recife. À frente dos guerreiros de sua tribo organizou ações de guerrilha que se revelaram essenciais para conter o avanço dos invasores.
Sempre acompanhado de sua esposa, Clara Camarão, tão combatente quanto ele, destacou-se nas batalhas de São Lourenço (1636), de Porto Calvo (1637) e de Mata Redonda (1638). Nesse último ano participou ainda da defesa de Salvador, atacada por Maurício de Nassau.
Distinguiu-se comandando a ala direita do exército rebelde na Primeira Batalha dos Guararapes (1648), quando os holandeses foram definitivamente expulsos do Brasil, pelo que foi agraciado com a mercê de Dom, o hábito de cavaleiro da Ordem de Cristo, o foro de fidalgo com brasão de armas e o título de Capitão-Mor de Todos os índios do Brasil.
Faleceu no Arraial (novo) do Bom Jesus (Pernambuco), em 24 de agosto de 1648, em conseqüência de ferimentos sofridos no mês anterior, durante a Batalha dos Guararapes. Após a sua morte foi sucedido no comando dos soldados insurgentes indígenas por seu sobrinho D. Diogo Pinheiro Camarão.
O Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura de Natal, e um bairro da mesma cidade, homenageiam o seu nome. Da mesma forma, o Exército Brasileiro denomina a Sétima Brigada de Infantaria Motorizada como Brigada Felipe Camarão.
ÀS TENTATIVAS DE CORRUPÇÃO DE VOSSOS PAPÉIS RESPONDO COM A MORAL DAS BALAS DE MEUS CANHÕES
Estas palavras ditas a um enviado de Maurício de Nassau, que viera oferecer-lhe vantagens em troca de abandonar a luta contra os holandeses, diz bem do caráter deste luso brasileiro, que chegou mesmo a responder à Coroa Portuguesa, quando esta tentou convencê-lo de que seria melhor abandonar a luta, pois o próprio povo se encarregaria de expulsá-los... Respondeu À Coroa, que por um Brasil Católico, não exitaria em lutar até ao último homem!
Retrato anônimo de Felipe Camarão, século XVII, Museu do Estado de Pernambuco.
Bibliografia
* NAVARRO, Jurandyr. Rio Grande do Norte: os notáveis dos 500 anos. Departamento Estadual de Imprensa, 2004.
* GONSALVES DE MELLO, José Antônio, D. Antônio Felipe Camarão, Capitão-mor dos Índios da Costa do Nordeste do Brasil. Recife: Universidade do Recife, 1954, p. 16-17, 48-49.
Ligações externas
* Matéria na revista História Viva
* Brigada Felipe Camarão (exercito.gov.br)
Litografia em rótulo de cigarro com os quatro heróis: Vidal de Negreiros, Fernandes Vieira, Henrique Dias e Felipe Camarão.
Palácio Felipe Camarão em Natal.
Antônio Felipe Camarão, foi um indígena brasileiro da tribo potiguar, nascido no início do século XVII no bairro de Igapó, na cidade de Natal, na então Capitania do Rio Grande (hoje o estado do Rio Grande do Norte) ou, de acordo com alguns historiadores, na Capitania de Pernambuco (hoje o estado de Pernambuco). Tendo como nome de nascença Poti ou Potiguaçu que significa camarão. Ao ser batizado e convertido ao catolicismo em (1614) recebeu o nome de Antônio e adotou Filipe Camarão em homenagem ao soberano D. Felipe II (1598-1621).
Educado pelos jesuítas, era ele, segundo Frei Manuel Calado, "destro em ler e escrever e com algum princípio de latim"; considerava de suma importância a correção gramatical e a pronúncia do português, "era tão exagerado em suas coisas, que, quando falava com pessoas principais, o fazia por intérprete (posto que falava bem o português) dizendo que fazia isto porque, falando em português, podia cair em algum erro no pronunciar as palavras por ser índio". Seu trato era comedido e "mui cortesão em suas palavras e mui grave e pontual, que se quer mui respeitado".
Uma visão romântica de Felipe Camarão, por Victor Meirelles de Lima.
No contexto das invasões holandesas do Brasil, auxiliou a resistência organizada por Matias de Albuquerque desde 1630, como voluntário para a reconquista de Olinda e do Recife. À frente dos guerreiros de sua tribo organizou ações de guerrilha que se revelaram essenciais para conter o avanço dos invasores.
Sempre acompanhado de sua esposa, Clara Camarão, tão combatente quanto ele, destacou-se nas batalhas de São Lourenço (1636), de Porto Calvo (1637) e de Mata Redonda (1638). Nesse último ano participou ainda da defesa de Salvador, atacada por Maurício de Nassau.
Distinguiu-se comandando a ala direita do exército rebelde na Primeira Batalha dos Guararapes (1648), quando os holandeses foram definitivamente expulsos do Brasil, pelo que foi agraciado com a mercê de Dom, o hábito de cavaleiro da Ordem de Cristo, o foro de fidalgo com brasão de armas e o título de Capitão-Mor de Todos os índios do Brasil.
Faleceu no Arraial (novo) do Bom Jesus (Pernambuco), em 24 de agosto de 1648, em conseqüência de ferimentos sofridos no mês anterior, durante a Batalha dos Guararapes. Após a sua morte foi sucedido no comando dos soldados insurgentes indígenas por seu sobrinho D. Diogo Pinheiro Camarão.
O Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura de Natal, e um bairro da mesma cidade, homenageiam o seu nome. Da mesma forma, o Exército Brasileiro denomina a Sétima Brigada de Infantaria Motorizada como Brigada Felipe Camarão.
ÀS TENTATIVAS DE CORRUPÇÃO DE VOSSOS PAPÉIS RESPONDO COM A MORAL DAS BALAS DE MEUS CANHÕES
Estas palavras ditas a um enviado de Maurício de Nassau, que viera oferecer-lhe vantagens em troca de abandonar a luta contra os holandeses, diz bem do caráter deste luso brasileiro, que chegou mesmo a responder à Coroa Portuguesa, quando esta tentou convencê-lo de que seria melhor abandonar a luta, pois o próprio povo se encarregaria de expulsá-los... Respondeu À Coroa, que por um Brasil Católico, não exitaria em lutar até ao último homem!
Retrato anônimo de Felipe Camarão, século XVII, Museu do Estado de Pernambuco.
Bibliografia
* NAVARRO, Jurandyr. Rio Grande do Norte: os notáveis dos 500 anos. Departamento Estadual de Imprensa, 2004.
* GONSALVES DE MELLO, José Antônio, D. Antônio Felipe Camarão, Capitão-mor dos Índios da Costa do Nordeste do Brasil. Recife: Universidade do Recife, 1954, p. 16-17, 48-49.
Ligações externas
* Matéria na revista História Viva
* Brigada Felipe Camarão (exercito.gov.br)
0 comentários:
Postar um comentário