COMEMORANDO O SEPARATISMO - SETE DE SETEMBRO

 

Justiça proíbe advogado que ameaçou Dilma de ir à desfile de 7 de Setembro

 

 

A Justiça Federal do Distrito Federal proibiu o advogado Matheus Sathler Garcia, que ameaçou matar a presidente Dilma Rousseff, de comparecer ao desfile do 7 de Setembro, que ocorrerá nesta segunda-feira em Brasília.

Candidato a deputado federal pelo PSDB nas últimas eleições, Garcia publicou vídeos nas redes sociais em que prometia "arrancar a cabeça" de Dilma, caso ela não renunciasse ou se suicidasse até este domingo.

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) já havia determinado que a Polícia Federal abrisse um inquérito para investigar as ameaças publicadas na internet.

Em decisão proferida nesta sexta (4), o juiz Macus Vinicius Bastos determinou que Garcia permaneça a uma distância mínima de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios, onde haverá as festividades.

O advogado tucano também está proibido de sair da capital e será monitorado pela Polícia Federal, provavelmente, por meio de uma TORNOZELEIRA eletrônica que identifica sua localização.
A família de Garcia argumentou à Polícia Federal que ele sofre de problemas psicológicos. O magistrado argumentou, porém, que o fato de exercer uma profissão, ser casado e bem articulado comprova que o advogado é capaz de cumprir a determinação judicial.
Fonte: G-1

COMEMORANDO O SEPARATISMO - 7 DE SETEMBRO



   Entra governo sai governo e este separatismo mesquinho e perverso não nos deixa em paz!!! Desde o descobrimento em 1500 até aos nossos dias, este separatismo tenta separar povos irmãos de mesma cultura! Não se discute aqui, se na formação desta Terra de Santa Cruz houve violências contra esta ou aquela tribo! Pois, certamente que houve e não foram poucas! Nossos antepassados encontraram uma Terra dividida por terríveis guerras tribais,  milhares de dialetos e algumas práticas canibais e tiveram, em certos momentos, para acabar com estas práticas, de recorrer à força!  Não só em nome de sua unidade religiosa, mas também por impulsos pacificadores, econômicos e outros.  Tudo isso aconteceu no começo desta linda Terra de Santa Cruz, que tão bem recebeu os portugueses!  Cabral e seus comandados foram tão bem recebidos pelos nativos, a ponto do marinheiro Fernando de Sousa ter sido arrastado à força para o navio, pois não queria seguir viagem para a Índia. Queria ficar...

    Realmente essa palavra força é muito pesada e para os menos conhecedores de nossa História-comum pode até soar como um massacre à nossa cultura nativa como tanto gostam de enfatizar os sociólogos das esquinas do pecado da vida! Mas, no caso brasileiro isso não aconteceu, pois os nossos antepassados após o descobrimento, nem sequer se preocuparam muito com a nova Terra, pois estavam mais preocupados com as especiarias da Índia e após rápida parada por aqui seguiram seu destino.  Só depois que a pirataria internacional infernizou nosso imenso litoral para saquear nossas riquezas naturais como pau-brasil, etc., etc.,  corrompendo e matando nossos nativos é que a coroa portuguesa resolveu povoar o Brasil.
Expedições guarda-costas, capitanias hereditárias, que por motivos diversos não deram certo, foram algumas tentativas do coroa portuguesa todas fracassadas.

   Só em 1550, quando começa realmente a construção do Brasil lusófilo com a chegada de Tomé de Sousa e seus mil e duzentos homens, entre os quais muitos intelectuais como Nóbrega e mais padres, pedreiros, carpinteiros e demais colonos civis para construirem a primeira capital do Brasil, Salvador, é que toda essa pirataria começa a ser combatida. Embora franceses e holandeses continuassem resistindo principalmente no nordeste,  Daí em diante a obra da lusofilia foi se concretizando, o Brasil demarcou suas fronteiras, transformou mais de mil dialetos numa só língua, acabou com o canibalismo nativo e nos deu esta cultura integracionista, humanística e universalista que é a cultura lusófila, que os separatistas xenófilos da mídia, das artes, do esporte, das instituições de ensino, das ordens, dos governos em geral e pasmem das próprias cúpulas das instituições luso-brasileiras, sempre perdidas em faustosos almoços de confraternização tanto combatem e tentam destruir!!!

   Sabem porque este separatismo  mau e perverso faz isto? Primeiro por interesses econômicos, pois um lusófilo assumido e eu falei assumido, como por ex. o grande Felipe Camarão, que no auge daquelas batalhas, respondeu às promessas de corrupção dos holandeses com a célebre frase, que hoje bem poderia ser repetida por nosso povo e seus representantes maiores! -  ÀS TENTATIVAS DE CORRUPÇÃO DE VOSSOS PAPÉIS RESPONDO COM A MORAL DAS BALAS DE MEU CANHÃO...
Estas palavras ditas a um enviado de Maurício de Nassau, que viera oferecer-lhe vantagens em troca de abandonar a luta contra os holandeses, diz bem do caráter deste luso-brasileiro, que chegou mesmo a responder à Coroa Portuguesa, quando esta tentou convencê-lo de que seria melhor abandonar a luta, pois, o próprio povo se encarregaria de expulsá-los... Respondeu então à Coroa, que por um Brasil Católico, não exitaria em lutar até ao último homem!
Mas, naqueles dois séculos tão distantes, o Brasil lusófilo era um celeiro de patriotas, que mesmo muitas vezes inferior em homens e equipamentos bélicos ao adversário, conseguia manter unida a família luso-brasileira!

   Baseado no exemplo de Camarão e outros heróis daqueles dois primeiros séculos distantes, gostaria de fazer um apelo às nossas autoridades, vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, congresso "nacional", instituições de ensino particulares e públicas, cúpula da comunidade luso-brasileira, cúpula da igreja católica e demais igrejas e principalmente à presidente Dilma, que sigam o exemplo de Camarão, de Tomé de Sousa, Nóbrega, Anchieta, Henrique Dias, Araribóia, Jerônino de Albuquerque (O Adão Pernambucano) e tantos outros luso-descendentes daqueles primórdios da formação da família luso brasileira, para que tomam medidas urgentes a fim de que esta nossa cultura-comum não morra e continue sendo passada para nossas gerações futuras para que este país não vire um desses infernos que é o mundo globalizado, aculturado e robotizado de hoje.       

   Faço este apelo, mas também gostaria de dar algumas sugestões, pois sinto que o separatismo de hoje tem armas mais poderosas e destruidoras do que naqueles primórdios! Então senhora Dilma! Porque não fazer uma reforma educacional desde o primário à universidade, que inclua essa História?  Por quê em vez de gastar rios de dinheiro em desfiles militares, poluindo os ares com fumaça de aviões, tanques, caminhões e outros agentes poluidores, a senhora não reduz esses gastos, trazendo delegações culturais e esportivas de Portugal e dos países da PALOP para que, em Brasília, em cadeia nacional e internacional, levar a pujança desta nossa cultura-comum a todas as crianças brasileiras e da PALOP, pois com esses aparatos militares estamos fazendo o jogo separatista desses senhores, que ficam aí ao seu lado, trocando abraços, levando a mão ao peito, olhos lacrimejantes, sorrisos e que sorrisos!!!!!!!! E até como bons artistas hasteando a bandeira verde-amarela, quando no congresso "nacional" só fazem defender os interesses das multinacionais e dos grandes banqueiros, além de não aprovarem seus projetos em proveito de nosso povo!

    E tudo isto se torna mais absurdo, quando o governo alega que não tem caixa para antecipar a metade do 13º salário dos aposentados, ou mesmo melhorar-lhes seus proventos, em constante defasagem a partir de suas aposentadorias!

   Se a senhora tiver vontade política para atender a este meu apelo, então tente convencer esse congresso em sua maioria separatista a apoiá-la a defender esta nossa cultura-comum responsável maior por esta nossa ainda "Unidade Nacional", aí sim, muito em breve, finalmente, estaremos comemorando nosso verdadeiro 07 de setembro e nosso esquecido 22 de abril!!!

Viva o Brasil! 
Viva o 22 de abril!
Viva Portugal!
Viva o 25 de abril! 
Viva a Lusofilia!

Morra o separatismo!!!

 JPL


Desfile de 7 de Setembro, em Brasília JPL


CRISTÓVÃO JACQUES - EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTAS

Cristóvão Jacques comandou as duas expedições guarda-costas organizadas pela Coroa. A primeira em 1516 e, a segunda, em 1526.
Imagem 1

Ambas mostraram-se insuficientes para combater o contrabando e a constante ameaça de ocupação estrangeira, diante da vasta extensão do litoral. O historiador brasileiro Capistrano de Abreu ressaltou outra grande dificuldade: as alianças feitas entre os europeus e os indígenas. Os Tupinambás se aliavam, com freqüência, aos franceses e os portugueses tinham ao seu lado os Tupiniquins. E, segundo Capistrano, "durante anos ficou indeciso se o Brasil ficaria pertencendo aos Peró (portugueses) ou aos Mair (franceses)."






As Capitanias Hereditárias e a Administração colonial 

Mapa das Capitanias Hereditárias
Mapa das Capitanias
Hereditárias
As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa).

Este sistema foi criado pelo rei de Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária).

Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).

O sistema não funcionou muito bem. Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os constantes ataques indígenas.

O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.

O GOVERNO-GERAL

a) CRIAÇÃO DO GOVERNO-GERAL

Achava D. João III que as capitanias não progrediam porque faltava uma autoridade a que todos os donatários obedecessem. Foi essa autoridade, nomeada por ele, em 1548, que se chamou governador-geral.
Para a sede do governo-geral, o rei escolheu a Bahia. É que essa capitania ficava mais ou menos no meio da costa brasileira e o governador podia, assim, atender às necessidades do norte e do sul da colônia.
Entretanto, como as capitanias eram hereditárias, passando de pai para filho, nem o próprio rei que as havia criado, tinha poderes para tomá-las de seus donatários.    Por isso D, João  III foi obrigado  a comprar a capitania da Bahia ao filho de Francisco Pereira Coutinho, para nela poder estabelecer a sede do governo-geral.
Para auxiliar Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil, o rei nomeou um alcaide-mor, chefe da milícia, um ouvidor geral, que cuidava da justiça, um capitão-mor da Costa, para defender o litoral dos ataques dos estrangeiros, e um provedor-mor da Fazenda, que cuidava das rendas da colônia, como cobrança dos impostos, e das despesas, como pagamento dos funcionários.

b) ADMINISTRAÇÃO DE TOMÉ DE SOUSA - PRIMEIRO GOVERNADOR GERAL DO BRASIL

Tomé de Sousa recebeu do rei grandes  poderes:   deveria  fundar na baía de Todos os Santos a cidade do Salvador; tratar bem os índios que se mostrassem amigos dos portugueses, podendo até condenar à morte os colonos que os escravizassem; deveria ainda nomear funcionários e conceder sesmarias (grandes extensões de terras)  aos que quisessem estabelecer-se com engenhos de açúcar.
Em março  de  1549, chegou  à baía de Todos os Santos a esquadra que trazia, além de Tomé de Sousa, o ouvidor-geral da Justiça Pêro Borges, o provedor-mor da Fazenda Antônio Cardoso de Barros, também donatário da capitania do Ceará, e Vero Góis da Silveira, nomeado para o cargo de capitão-mor   da  Costa.   Também vinham na  esquadra homens  de ofício, carpinteiros, pedreiros, muitos soldados e colonos, além de vários jesuítas, os primeiros que chegaram ao Brasil, chefiados por Manuel da Nóbrega.
Ajudado pelos índios de Diogo Álvares, o Caramuru, Tomé de Sousa iniciou a construção da cidade do Salvador, inaugurada alguns meses depois. O próprio governador-geral, porque era homem simples e trabalhador, levava em seus ombros as tábuas e outros materiais para a construção das casas.

Foi muito proveitosa a administração de Tomé de Sousa: desenvolveram-se as plantações e iniciou-se a atividade pastoril, com as primeiras cabeças de gado que o governador-geral mandou vir das ilhas do Cabo Verde. Os jesuítas começaram a catequese dos índios e, por conselho do Padre Manuel da Nóbrega, criou-se o primeiro bispado, sendo nomeado, para servir na Bahia, o bispo D. Pero Fernandes Sardinha.
Tomé de Sousa percorreu as capitanias do Sul, pois queria saber pessoalmente   quais   as   medidas que deveria tomar para que elas continuassem  progredindo: na de São Vicente aprovou a fundação da Vila de Santos e, ao passar pela baía  de  Guanabara,  ficou   entusiasmado com o lugar e aconselhou ao rei fosse fundada uma povoação para garantir a defesa desse litoral  contra os  estrangeiros.  Se o seu conselho fosse seguido por  D. João III, os franceses não teriam invadido o Rio de Janeiro em 1555.
Tomé de Sousa ainda se interessou em verificar se havia ouro no Brasil e por isso organizou uma expedição ou entrada, a de Francisco Bruza Espinosa, que partiu para o sertão baiano, já no governo seguinte.
Em 1553, Tomé de Sousa foi substituído por D. Duarte da Costa.

c) SEGUNDO GOVERNADOR-GERAL - DUARTE DA COSTA

Com o segundo governador-geral vieram vários jesuítas, além do noviço José de Anchieta, então com dezenove anos de idade. Também acompanhava o novo governador o seu filho, D. Álvaro da Costa, moço valente mas de maus costumes. Por isso, D. Álvaro foi censurado pelo bispo.
O governador tornou a defesa do filho, o que provocou agitações na Bahia: muitas pessoas apoiavam o bispo, enquanto outras estavam a favor de D. Duarte. Com o fim de explicar ao rei o que acontecia no Brasil, embarcou o bispo para a Europa. Mas o navio em que viajava, Nossa Senhora da Ajuda, naufragou na costa de Alagoas e D. Pêro Fernandes Sardinha foi morto e devorado pelos caetés. Um dos seus companheiros, que também teve & mesmo fim, foi António Cardoso de Barros, donatário da capitania do Ceará.
Ainda no governo de D. Duarte da Costa, em novembro de 1555, os’ franceses ocuparam o Rio de Janeiro; eram chefiados por Nicolau Durand de Villegagnon e contavam com a aliança dos índios tamoios, inimigos dos portugueses.
Em 1554, verificou-se, na capitania de São Vicente, importante acontecimento: foi fundado pelos jesuítas, no planalto de Piratininga, a 25 de janeiro (dia da conversão de São Paulo), o colégio de São Paulo, origem da cidade do mesmo nome.
Dois outros acontecimentos ocorreram no governo de D. Duarte da Costa: em Portugal morreu o rei D. João III e na Bahia, na Vila do Pereira, o Caramuru, que tanto ajudou Tomé de Sousa na fundação da cidade do Salvador.

d)  TERCEIRO GOVERNADOR-GERAL - MEM DE SÁ


Mem de Sá começou a governar em 1558 e fèz boa administração. Quando ele chegou à Bahia, a capital estava em desordem, provocada pelas brigas entre as pessoas que tinham apoiado o bispo e as que foram partidárias de D. Duarte da Costa. Mem de Sá agiu com energia: restabeleceu a ordem, combateu o jogo, então muito praticado, e acabou com uma epidemia de varíola, doença de origem africana e que na capital fazia muitas vítimas.
Aconselhado pelo Padre Manuel da Nóbrega, Mem de Sá reuniu os índios mansos em aldeias ou missões e fèz guerra aos que não queriam aceitar a amizade dos portugueses. Nessas lutas perdeu a vida. seu filho, Fernão de Sá, morto a flechadas quando combatia os selvagens da capitania de São Vicente.

Cena típica do Brasil no século XVIII - ilustração de Rugendas
Cena típica do Brasil no século XVIII,
(Detalhe   de   um   desenho   de   Rugendas).


Mas o maior serviço prestado por Mem de Sá ao Brasil foi a expulsão dos franceses, que desde o governo de D. Duarte da Costa ocupavam o Rio de Janeiro.
Em 1560, com uma pequena esquadra e com a ajuda enviada pela capitania de São Vicente, o governador-geral atacou e destruiu o forte de Coligny que os franceses haviam fundado na ilha de Sergipe, depois chamada ilha de Villegagnon. Mas, quando Mem de Sá regressou à Bahia, o inimigo, que se havia ocultado nas matas do litoral, voltou a ocupar suas antigas posições.
Em 1565 chegou ao Rio de Janeiro uma esquadra comandada pelo sobrinho do governador, Estado de Sá, que a 1.° de março desse ano iniciou uma povoação entre o Pão de Açúcar e o Cara de Cão. Essa data, 1.° de março de 1565, é a da fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Durante dois anos, de 1565 a 1567, a luta permaneceu indecisa. Nesse período José de Anchieta, indo à Bahia para tornar-se padre, pois era ainda noviço, transmitiu ao govemador-geral o pedido de ajuda que lhe fazia o sobrinho. Mem de Sá partiu então para o Sul, recebeu mais reforços na capitania de São Vicente e, em janeiro de 1567, juntou suas forças com as de Estácio de Sá.

Os franceses foram vencidos em dois combates, no de Uruçu-Mirim e no de Paranapecu (depois ilha do Governador), no qual Estácio de Sá foi ferido por flecha, vindo a morrer no mês seguinte.
A 1.° de março de 1567 a cidade de São Sebastião foi transferida pelo govemador-geral para o morro do Castelo ou São Januário, hoje demolido, sendo nomeado para governá-la outro sobrinho de Mem de Sá, Salvador Correia de Sá.
Ainda durante o governo de Mem de Sá verificou-se a pacificação dos tamoios, conseguida por Nóbrega e Anchieta. Os índios de São Paulo e Rio de Janeiro ha-viam-se unido para guerrear os portugueses. Dessa aliança, chamada Confederação dos Tamoios, fazia parte Cunhambebe, chefe indígena famoso por sua crueldade.
Depois de vários combates, que não decidiram o fim da luta, esses dois jesuítas conseguiram a paz por meio de um acordo com os índios. Nessa ocasião José de Anchieta, só, entre os selvagens da aldeia de Iperoig, escreveu, em latim, na areia da praia, um poema à Virgem Maria.
Voltando para a Bahia, Mem de Sá morreu em Salvador, em 1572, sem poder realizar seu último desejo,  o   de  voltar para  Portugal.


Seu sucessor, D. Luís de Vasconcelos, não chegou ao Brasil, pois morreu na viagem, atacado por corsários franceses. Também morreram, nessa ocasião, os quarenta jesuítas que acompanhavam o governador ao Brasil. Esses padres ficaram conhecidos pelo nome de os Quarenta Mártires do Brasil.

e) OS SUCESSORES DE MEM DE SÁ


Em 1573 o Brasil foi dividido cm dois governos: para o Norte, com a capital em Salvador, foi nomeado Luis de Brito c Almeida e para o Sul, com sede no Rio de janeiro, António Salema.
Luís de Brito combateu os índios do rio Real (Sergipe) e fun-,dou a vila de Santa Luzia. Interessado cm descobrir riquezas minerais, mandou ao sertão da Bahia a entrada chefiada por António Dias Adorno.
António Salema fez guerra aos famoios de Cabo Frio porque esses índios eram aliados dos franceses que, nessa região, faziam o contrabando do pau-brasil.
Em 1577 ficou só no poder Luís de Brito, mas, já no ano seguinte, era substituído por Lourenço da Veiga. Governava Lourenço da Veiga quando, em 1580, Portugal e suas colónias passaram para o domínio espanhol.
Em 1640 houve a Restauração: Portugal libertou-se do domínio espanhol. Ainda nesse ano, um governador-geral teve o título de vice-rei do Brasil. Chamava-se D. Jorge de Mascarenhas.
O último governador-geral e vice-rei do Brasil foi o oitavo Conde dos Arcos, que governou até 1S0S. Nesse ano chegou no Brasil o príncipe D. João. que assumiu o governo. Quando D. João voltou para Portugal, em 1S21, em lugar de nomear, para o Brasil, um governador-geral, deixou seu próprio filho, D. Pedro, como príncipe regente.


Raposo tavares
Raposo Tavares.

O GOVERNO GERAL





a)  Criação   do   governo-geral


Razão   da   escolha  da  Bahia  para  sede  do  governo-geral:   sua  posição   entre o  Sul e  o  Norte.
Á compra da Bahia ao filho do donatário: o donatário Francisco Pereira Coutinho fora morto pelos índios. Os auxiliares de  Tomé de Sousa:  alcaide-mor, chefe  da milícia,  ouvidor geral
(cuidava da justiça), capitão-mor da Costa  (para a defesa do litoral),  e providor-mor da Fazenda   (cuidava das rendas  da colônia).

b)  Administração de Tomé de Sousa

Os poderes de Tomé de Sousa: fundação do Salvador, tratar bem os índios mansos,  nomear  funcionários  e  conceder  sesmarias.
Principais figuras da administração: Pêro Borges (ouvidor-geral), António Cardoso de Barros (provedor-mor da Fazenda) e capitão-mor da Costa (Poro Góis da Silveira).
Administração de Tomé de Sousa: início da catequese, da atividade pasloril e aprovação da vila de Santos.

c)   Segundo  governador geral


Acompanhantes de D. Duarte da Costa: José de Anchieta e D. Álvaro da Costa
Acontecimentos do governo de D. Duarte da Costa: morte do bispo, ocupação
do  Rio  de  janeiro  pelos  franceses,  fundação  do  Colégio   de   São  Paulo   (25  de
janeiro de 1554), morte de D. João III e de Caramuru.

d)   Terceiro   governador-geral


Ação de Mem de Sá na Bahia: combate ao jogo, à epidemia da varíola e organização das aldeias ou missões de índios mansos.
Mem de Sá no Rio de Janeiro (1560): vitória contra os franceses e destruirão do  forte  de  Coligny.
Estácio de Sá no Rio de Janeiro (1565-1567): fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1.° de março de 1565), vitória dos portugueses em Uruçu-Mirim e Paranapecu, morte de Estácio de Sá e transferência da cidade (1.°  de março  de   1567).
A Confederação dos Tamoios: pacificada por Nóbrega e Anchieta.
O sucessor de Mem de Sá: D. Luís de Vasconcelos, morto, juntamente com os  Quarenta  Mártires do Brasil,  pelos  corsários.

e)   Os sucessores de Mem de Sá


Divisão do Brasil em dois governos: Norte (capital Salvador) com Luís de Brito o Almeida e Sul (capital Rio de Janeiro)  com António Salema.

Lourenço  da  Veiga,  sucessor  de  Luís  de  Brito:   passagem   do   Brasil para   o domínio   espanhol   (1580).
Primeiro vice-rei do Brasil:  D. Jorge de Mascarenhas   (1640).
Último governador-geral e vice-rei do Brasil: oitavo Conde dos Arcos, até 1808.






QUESTIONÁRIO – Perguntas sobre o governo-geral

  1. Por que D. João III criou o governo-geral?
  2. Por que o rei escolheu a Bahia para sede do governo-geral?
  3. Quais   eram   os   cargos   criados  com   o   de   governador-geral?
  4. Quais foram os auxiliares de Tomé de Sousa?
  5. Que fez Tomé de Sousa?
  6. Como foi o conflito entre D. Duarte da Costa e o bispo?
  7. Qual a  origem  da cidade de São Paulo?
  8. Quais  as  pessoas  importantes  que morreram  no  governo  de  D.  Duarte  da Costa?
  9.    Que fez Mem de Sá quando chegou à Bahia?
  10. Como agiu Mem de Sá no Rio de Janeiro, em 1560?
  11. Quando foi fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro?
  12. Como foram vencidos os franceses no Rio de Janeiro?
  13. Quem foi D.   Luís  de Vasconcelos?
  14. Quem foi Lourenço da Veiga?
  15. Como terminou o regime do governo-geral?
Antônio José BORGES HERMIDA – compêndio de História do Brasil (1963)

                                   

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