Mário Soares não cedeu às pressões da Rússia e levou o país para a UE





 No ano em que a social-democracia europeia e o império americano começa a desmoronar, a morte de Mário Soares, figura mais importante da esquerda democrática portuguesa, apresenta uma dimensão simbólica.

Nascido numa família de tradição laica e republicana, uma família que respeitava todas as tendências religiosas mas não seguia nenhuma, Soares começou a carreira circulando nos grupos comunistas antes de se afastar para criar, em 1955, o seu próprio movimento anti salazarista, a "Resistência Republicana e Socialista", protótipo do Partido Socialista que viria a fundar em 1973.

Durante os anos 1950 e meados dos 1970, Soares foi um dos principais opositores à ditadura salazarista, ao lado do presidente do PCP (partido comunista português) Álvaro Cunhal e do general dissidente Humberto Delgado. Advogou inúmeras vezes em defesa dos perseguidos pela ditadura, o que lhe custou ser preso doze vezes, além de exílios, em São Tomé e Príncipe e em Paris.

Seu regresso a Lisboa aconteceu três dias após o movimento do 25 de abril no chamado trem da liberdade, Continue lendo...

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