Alenquer é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Lisboa, região Centro e sub-região do Oeste, com perto de 9 000 habitantes. É banhada pelo rio do mesmo nome.
É sede de um município com 304,22 km² de área e 43 267 habitantes (2011), subdividido em 11 freguesias. O município é limitado a norte pelo município do Cadaval, a leste pela Azambuja, a sudeste por Vila Franca de Xira, a sul por Arruda dos Vinhos, a sudoeste por Sobral de Monte Agraço e a oeste por Torres Vedras.
História
Alenquer de "Alen Ker" significa "A vontade de Alão". O Cão alano,
uma raça conhecida pelas suas qualidades na caça e combate, continua a
proteger a vila de Alenquer no seu brasão. Alenquer foi fundada por
muçulmanos e conquistada por D. Afonso Henriques. Recebeu foral em 1212 da infanta D. Sancha, filha de Sancho I de Portugal,
esta é uma das versões outras autores preferem referir sobre a
etimologia de Alenquer referir que a vila de origem romana, dizendo que
então se chamara Jerabrica, querem outros que fosse fundação dos alanos,
no ano de Cristo de 418, e que estes a denominaram Alan Kerke, na sua
língua «Templo dos Alanos».
O concelho de Alenquer desempenhou um papel preponderante em cada
época, em cada momento, da História de Portugal. Desses tempos ficaram
vestígios materiais, lendas, memórias, tradições, que sendo patrimônio
de todos nós deve ser entendido e acarinhado.
Pré-história
De entre os fósseis de animais pré-históricos encontrados na região de Alenquer, destaca-se o Apatosaurus alenquerensis. Foi descoberto pelo geólogo americano Harold Weston Robbins que então trabalhava por conta da Companhia Portuguesa de Petróleos.
As ossadas apareceram no meio de um caminho rural, algumas dezenas de
metros a Norte de um moinho arruinado chamado Moinho do Carmo, situado a
cerca de 1500 metros a Sul de Alenquer.
Depois de uma visita ao local, pessoal dos Serviços Geológicos, sob a direção de Georges Zbyszewski, realizou, em junho de 1949, as escavações, recolhendo 26 enormes vértebras pertencentes ao fóssil de um mesmo animal, muito frágeis, permitindo no entanto serem reconstituídas.
O estudo paleontológico dos achados revelou tratar-se de um animal do período Jurássico
(135-165 milhões de anos), de proporções gigantescas (podendo atingir
35 toneladas de peso, 22 metros de comprimento e 6 de altura),
pertencente à família dos Saurópodes herbívoros.
Por se tratar de nova espécie, semelhante ao Apatosaurus da América, e tendo em conta o local onde foi encontrado, recebeu o nome de Apatosaurus alenquerensis. Encontra-se no Museu dos Serviços Geológicos, em Lisboa.
Origens de Alenquer
A descoberta pelo arqueólogo Hipólito Cabaço
de objetos polidos no sítio do Castelo (sem precisar exatamente a
localização) e de fragmentos cerâmicos junto da vulgarmente chamada
Porta da Conceição parece indício seguro de uma origem pré-histórica da
vila, no espaço depois limitado pela fortificação medieval.
As cerâmicas, classificadas por Cabaço como Eneolítico, são por ele descritas como “Diversos fragmentos de vasos campaniformes com desenhos incisos encontrados por baixo da muralha da Porta da Conceição – Alenquer”.
Localizado a meia-encosta, o sítio da Porta da Conceição levanta
dúvidas quanto à localização e estrutura do povoado a que estariam
associados aqueles vasos. João José Fernandes Gomes, que estudou o
espólio, aponta duas possibilidades: a de se tratar de um povoado de
tipo castrejo, que ocupara o topo do outeiro do Castelo, a 107 metros de
altitude; ou de um povoado que ocupara uma das vertentes do mesmo
monte.
A primeira parece, contudo, comprometida. Hipólito Cabaço, que nos anos trinta do século XX
realizou escavações na zona da alcáçova do castelo medieval nada
encontrou de tempos pré-históricos. Como escreveu Luciano Ribeiro:
“Supoz-se que, abaixo do piso relativo à primeira dinastia alguma coisa
houvesse das civilizações anteriores. Porém, infelizmente: nada!”.
Aceitando a segunda hipótese – povoado de encosta - não será
indiferente a proximidade da Porta da Conceição às inúmeras fontes e
nascentes que brotavam no sítio das Águas, de ambos os lados do rio, que
era abundante de peixes, conforme relatos modernos.
Também para lá do rio, no monte fronteiro a esta encosta da Porta da
Conceição, chamado do Pedregal, Cabaço recolheu, para além de restos
paleontológicos e antropológicos, materiais eneolíticos.
Atividades econômicas
O concelho de Alenquer pode ser visto, em traços gerais, como um
espaço em processo de expansão, sobretudo urbanisticamente, e em que a
base econômica é fortemente marcada pela agricultura, em especial a
vinha e o vinho.
A evolução tem vindo a ser condicionada pelo posicionamento
territorial do concelho em relação à Área Metropolitana de Lisboa (AML),
principal centro de produção e consumo do país. Esta circunstância,
muito ligada à proximidade geográfica e à crescente dotação em matéria
de infraestruturas de transporte, conferiu a Alenquer (nomeadamente às
zonas do concelho melhor servidas neste domínio) uma significativa
vantagem competitiva com efeitos na criação de importantes dinâmicas de
desenvolvimento.
Veja também: Alenquer do Brasil
Veja também: Alenquer do Brasil
0 comentários:
Postar um comentário