'Incitação a atos violentos': ministro Alexandre de Moraes manda PF prender blogueiro bolsonarista

23:41 06 Setembro 2021
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Brasil

O blogueiro cearense Wellington Macedo é alvo de investigação por incitação a atos violentos e financiamento de atos contra as instituições e a democracia.

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (3) o blogueiro cearense Wellington Macedo de Souza. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

"A medida, cumprida em Brasília, tem o objetivo de aprofundar investigações em curso nos autos de inquérito que tramita naquela Corte", diz o comunicado da PF citado pelo portal G1.

Macedo divulgou vídeos convocando apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para um ato no feriado de 7 de setembro para pedir a deposição de ministros do STF e se apresentar como coordenador das manifestações. Em um dos vídeos, o blogueiro contou com a participação do cantor Sérgio Reis. 

Sérgio Reis
© Foto / Agência Brasil/Antônio Cruz
Sérgio Reis

Macedo já havia sido alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos. A ação investiga, além dele, o cantor Sérgio Reis e o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) por incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia. O mandado de prisão foi cumprido em um hotel, em Brasília.

Atos contra STF

Em 20 de agosto, a PF visitou pelo menos quatro endereços em Brasília e Rio de Janeiro ligados ao deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e ao cantor Sérgio Reis.

Em nota, a PF afirmou que o objetivo das buscas consistiu na apuração de um crime possível "de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia" e várias instituições estatais do poder.

Otoni de Paula passou a ser investigado no ano passado pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas ao ministro Alexandre de Moraes. No vídeo, Otoni chamou Moraes de "lixo", "tirano" e "canalha". Posteriormente, o deputado pediu desculpas pela publicação do conteúdo.

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