A culinária sergipana possui dialeto próprio, com uma série de nomenclaturas capazes de confundir o visitante. O pé-de-moleque local, por exemplo, nada tem a ver com o doce de amendoim que conhecemos. Trata-se de mais um subproduto do beiju. É feito de tapioca úmida com coco ralado, leite e pouco açúcar e vem enrolado em folha de bananeira.
O pão de queijo sergipano difere bastante do mineiro. Trata-se de um pão com queijo ralado em cima e recheado com requeijão. Se for pedir uma carne frita, será servido um ensopado. Se não for essa a sua intenção, peça uma carne "assada no óleo". Os ensopados se chamam guisados.
Durante uma festa junina, se o seu desejo for uma canjica, peça pelo nome de munguzá. Caso contrário lhe será servido um curau.
Uma das atrações gastronômicas mais distintas é a feijoada sergipana. É feita com feijão marrom e legumes: abóbora, maxixe, quiabo, cenoura. Leva pouca carne de porco e muito charque. Todos os ingredientes são cozidos na mesma panela.
Já o pirão de leite, outra iguaria nativa, é feito à base de leite, farinha de mandioca e margarina e é servido com a tradicional carne-de-sol.
Há ainda uma grande oferta tanto de peixes e crustáceos de água doce como de frutos do mar. Vale experimentar, por exemplo, o pitu. É um camarão grande, geralmente pescado nos rios São Francisco e Real, e servido frito ou em moqueca.
Em geral, percebe-se que a moqueca sergipana, se comparada com a versão baiana, leva menos azeite-de-dendê e menos leite de coco. É um pouco mais leve, portanto. Já o surubim, uma espécie de peixe de água doce, fica delicioso se cozido e servido com molho de coco.
Na praia de Atalaia, em Aracaju, fica a Passarela do Caranguejo. Há vários restaurantes colados uns aos outros, nos quais é possível pedir a iguaria por unidade. Cada peça custa de R$ 1,50 a R$ 2. Há dias da semana em que, pelo mesmo preço, leva-se em dobro. O ritual é conhecido: tábua e martelo na mão e alguma paciência para descobrir o ninho de carne. São servidos também pratos de carne de caranguejo já separada, na forma de casquinha de siri.
O caranguejo é tão abundante nos mangues de Sergipe que chega a ser "exportado" para outros Estados, como Pernambuco, Bahia, Alagoas e Ceará. Dizem que os melhores caranguejos são pescados de maio a agosto, nos meses que não têm a letra "r". É quando o animal está mais gordo, momentos antes de trocar de casca.
Quanto às frutas típicas, deve-se destacar a mangaba. É uma fruta pequena, verde e bastante mole, utilizada como base para sorvetes, bolos, doces e, principalmente, sucos. Seu gosto lembra uma mistura de banana com pêra, podendo ser um pouco adstringente se a fruta não estiver madura.
Já o caju merece ser provado como sobremesa: em calda, cristalizado ou desidratado. Do jenipapo também são feitos sucos e doces.
CASQUINHA DE SIRI
Ingredientes
500 g de carne de siri
3 fatias de pão de fôrma sem casca
1/2 xícara (chá) de leite
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 colher (chá) de azeite de dendê
1/2 cebola picada
2 colheres (sopa) de salsinha picada
1 colher (chá) de extrato de tomate
1 colher (sopa) de conhaque
2 gemas
1 gema para pincelar
farinha de rosca para polvilhar
sal e pimenta-do-reino a gosto
6 casquinhas de siri
Modo de Preparo
1. Preaqueça o forno a 200ºC (temperatura alta).
2. Numa tigela, coloque o leite e os pães. Reserve.
3. Lave bem a carne de siri sob água corrente e transfira para um escorredor. Reserve.
4. Numa panela média, coloque o azeite de oliva e o azeite de dendê e leve ao fogo médio. Quando esquentar, adicione a cebola e refogue por 2 minutos. Acrescente a carne de siri bem escorrida, a salsinha, o extrato de tomate, o conhaque, as 2 gemas e o preparado com o pão. Tempere com sal e pimenta-do-reino, de preferência moída na hora. Mexa bem e cozinhe em fogo baixo por mais 2 minutos.
5. Coloque a mistura de siri nas casquinhas ou em tigelinhas individuais, pincele com a gema e polvilhe com a farinha de rosca.
6. Numa assadeira, disponha as casquinhas. Leve ao forno preaquecido e deixe dourar por cerca de 15 minutos. Sirva a seguir.
Fonte:panelinha
O pão de queijo sergipano difere bastante do mineiro. Trata-se de um pão com queijo ralado em cima e recheado com requeijão. Se for pedir uma carne frita, será servido um ensopado. Se não for essa a sua intenção, peça uma carne "assada no óleo". Os ensopados se chamam guisados.
Durante uma festa junina, se o seu desejo for uma canjica, peça pelo nome de munguzá. Caso contrário lhe será servido um curau.
Uma das atrações gastronômicas mais distintas é a feijoada sergipana. É feita com feijão marrom e legumes: abóbora, maxixe, quiabo, cenoura. Leva pouca carne de porco e muito charque. Todos os ingredientes são cozidos na mesma panela.
Já o pirão de leite, outra iguaria nativa, é feito à base de leite, farinha de mandioca e margarina e é servido com a tradicional carne-de-sol.
Há ainda uma grande oferta tanto de peixes e crustáceos de água doce como de frutos do mar. Vale experimentar, por exemplo, o pitu. É um camarão grande, geralmente pescado nos rios São Francisco e Real, e servido frito ou em moqueca.
Em geral, percebe-se que a moqueca sergipana, se comparada com a versão baiana, leva menos azeite-de-dendê e menos leite de coco. É um pouco mais leve, portanto. Já o surubim, uma espécie de peixe de água doce, fica delicioso se cozido e servido com molho de coco.
Na praia de Atalaia, em Aracaju, fica a Passarela do Caranguejo. Há vários restaurantes colados uns aos outros, nos quais é possível pedir a iguaria por unidade. Cada peça custa de R$ 1,50 a R$ 2. Há dias da semana em que, pelo mesmo preço, leva-se em dobro. O ritual é conhecido: tábua e martelo na mão e alguma paciência para descobrir o ninho de carne. São servidos também pratos de carne de caranguejo já separada, na forma de casquinha de siri.
O caranguejo é tão abundante nos mangues de Sergipe que chega a ser "exportado" para outros Estados, como Pernambuco, Bahia, Alagoas e Ceará. Dizem que os melhores caranguejos são pescados de maio a agosto, nos meses que não têm a letra "r". É quando o animal está mais gordo, momentos antes de trocar de casca.
Quanto às frutas típicas, deve-se destacar a mangaba. É uma fruta pequena, verde e bastante mole, utilizada como base para sorvetes, bolos, doces e, principalmente, sucos. Seu gosto lembra uma mistura de banana com pêra, podendo ser um pouco adstringente se a fruta não estiver madura.
Já o caju merece ser provado como sobremesa: em calda, cristalizado ou desidratado. Do jenipapo também são feitos sucos e doces.
CASQUINHA DE SIRI
Ingredientes
500 g de carne de siri
3 fatias de pão de fôrma sem casca
1/2 xícara (chá) de leite
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 colher (chá) de azeite de dendê
1/2 cebola picada
2 colheres (sopa) de salsinha picada
1 colher (chá) de extrato de tomate
1 colher (sopa) de conhaque
2 gemas
1 gema para pincelar
farinha de rosca para polvilhar
sal e pimenta-do-reino a gosto
6 casquinhas de siri
Modo de Preparo
1. Preaqueça o forno a 200ºC (temperatura alta).
2. Numa tigela, coloque o leite e os pães. Reserve.
3. Lave bem a carne de siri sob água corrente e transfira para um escorredor. Reserve.
4. Numa panela média, coloque o azeite de oliva e o azeite de dendê e leve ao fogo médio. Quando esquentar, adicione a cebola e refogue por 2 minutos. Acrescente a carne de siri bem escorrida, a salsinha, o extrato de tomate, o conhaque, as 2 gemas e o preparado com o pão. Tempere com sal e pimenta-do-reino, de preferência moída na hora. Mexa bem e cozinhe em fogo baixo por mais 2 minutos.
5. Coloque a mistura de siri nas casquinhas ou em tigelinhas individuais, pincele com a gema e polvilhe com a farinha de rosca.
6. Numa assadeira, disponha as casquinhas. Leve ao forno preaquecido e deixe dourar por cerca de 15 minutos. Sirva a seguir.
Fonte:panelinha
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