OEIRAS
Oeiras é uma vila situada na freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, concelho de Oeiras (de onde é sede), Distrito de Lisboa,
em Portugal, com cerca de 33 820 habitantes. Apesar de ser uma das
vilas mais populosas de Portugal, Oeiras permanece ainda oficialmente
vila. Demograficamente é a quarta vila mais populosa em Portugal, após Algueirão-Mem Martins, Corroios e Rio de Mouro
É sede de um pequeno concelho com elevada densidade populacional. Possui 45,84 km² de área, 172 120 habitantes (2011) e encontra-se subdividido em 10 freguesias. O município situa-se na margem direita do estuário do Tejo e é limitado a norte pelos municípios de Sintra e Amadora, a leste por Lisboa, a oeste por Cascais e a sul tem costa na zona da foz do rio Tejo, onde o estuário termina e começa o oceano Atlântico, situando-se frente a Almada.
Insere-se na Costa do Estoril e Sintra, desta forma beneficiando de
um clima temperado marítimo adequado a atividades ao ar livre e
utilização das praias do concelho.
Freguesias
As freguesias de Oeiras são as seguintes:
- Algés
- Barcarena
- Carnaxide
- Caxias
- Cruz Quebrada - Dafundo
- Linda-a-Velha
- Oeiras e São Julião da Barra
- Paço de Arcos
- Porto Salvo
- Queijas
História
O clima ameno, a abundância de água, a qualidade dos solos e a posição geográfica privilegiada oferecidas pela zona ribeirinha do estuário do Rio Tejo foram desde a Pré-história factores determinantes para a fixação da população neste local . A existência, no interior, de alguns "cabeços" ou altos, proporcionaram a exploração agrícola e o estabelecimento de alguns castros agro-pastoris. É exemplo deste tipo de ocupação o Castro Eneolítico de Leceia, (classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1963) cujas escavações arqueológicas realizadas mostram um conjunto de estruturas habitacionais e defensivas do Calcolítico Inicial. Em termos de registos pré-históricos acrescentam-se a Gruta da Ponte da Laje ocupada desde o Paleolítico à Idade do Ferro, e a jazida de Outurela datada da Idade do Ferro .
Do Período Romano podem encontrar-se vestígios em vários
locais do concelho, destacando-se o mosaico romano existente na Rua das
Alcássimas, em Oeiras e a Ponte Romana. Também do Período Árabe chegaram até hoje algumas marcas, nomeadamente alguns topónimos como: Alcássimas, Algés, Alpendroado, Quinta da Moura, etc.
Na época das Descobertas instalam-se novas actividades industriais e comerciais e Oeiras assume funções de celeiro de Lisboa e de centro industrial. Surge assim a Fábrica da Pólvora Negra de Barcarena destinada à manipulação de pólvora e fabrico de armas, e dá-se também a exploração de pedreiras e a construção de fornos de cal em Paço de Arcos. Constroem-se também fortificações ao longo da orla marítima de modo a defender a costa e controlar o movimento de navios na entrada da Barra do Tejo, construções que duraram do século XVI até ao século XVIII.
Estabelecimento do Concelho
Em Carta Régia de 7 de Junho de 1759 a jurisdição das terras é atribuída pelo Rei D. José I ao seu Primeiro-ministro Marquês de Pombal, que se tornou o primeiro Conde de Oeiras da vila de Oeiras. Decorrido um mês após a elevação a vila, é constituído o concelho em Carta Régia de 13 de Julho de 1759..
Muito embora as origens do povoado datem do século XII (1147) Oeiras
registou uma ocupação efectiva desde a pré-história; no entanto foi
neste reinado que Oeiras conheceu um desenvolvimento a nível económico e
social, proporcionado pelo Marquês de Pombal, ao apostar na inovação e
no aproveitamento das condições fornecidas pelo estuário do Tejo. Em 1770 ordenou a realização da primeira feira agrícola e industrial realizada em Portugal, e porventura na Europa.
Apesar desta feira ter permitido um destaque a nível nacional, a sua
obra municipal passa igualmente pela criação de um porto de abrigo para
pescadores, uma alfândega e feitoria, entre outras obras. Uma das principais heranças desta época é a Quinta do Marquês de Pombal,
que se encontra praticamente na forma original com os jardins, o
palácio, as dependências agrícolas (adega e o celeiro), e ainda a parte
da exploração agrícola que veio a constituir uma estação agrícola
experimental onde hoje se situam alguns dos mais importantes institutos
portugueses na área das Bio-Ciências (Estação Agronómica Nacional).
Em 1894 o concelho foi extinto, tendo sido restabelecido a 13 de Janeiro de 1898; perdeu no entanto Carcavelos a favor de Cascais e adquiriu uma parte da freguesia de Benfica (Lisboa) representada pela Amadora, ficando com uma área aproximada à actual.
Nos século XVII e XVIII surgiram vários palácios e quintas destinadas
ao recreio e à exploração agrícola, principalmente de cultura cerealífera e vinícola constituindo importantes fontes de abastecimento de Lisboa.
No século XIX a actividade agrícola entra em declínio paralelamente
ao aparecimento de novas indústrias e da inauguração, em 1889, da linha de caminho-de-ferro Lisboa-Cascais, com o comboio a vapor. Surgem as grandes unidades fabris sendo as mais importantes nesta época a Fábrica do Papel, a Fundição de Oeiras, a Lusalite e os Fermentos Holandeses.
Século XX
Entre os séculos XIX e XX crescem também as actividades de lazer
e Oeiras torna-se num local privilegiado de "banhos" para a elite
portuguesa. Assim, no princípio do século XX as praias da linha eram
muito frequentadas, especialmente pelas classes sociais mais altas, que
aqui se dirigiam por indicação médica, já que se considerava que o ar e a
água das praias do concelho tinham efeitos medicinais. Com a construção da Estrada Marginal,
ligando Lisboa a Cascais, e a disponibilidade dos novos meios de
transporte acentua-se a dinâmica balnear e turística de cariz mais
popular e consequentemente expandem-se os centros urbanos no sentido da
costa, surgindo na zona litoral pequenos "chalets" e moradias de recreio. Em simultâneo, aumenta a concentração das actividades económicas em Lisboa, o que desencadeia fortes correntes de migrações
internas de todas as regiões do país em direcção a Lisboa e concelhos
vizinhos, como foi o caso de Oeiras, que dispunha de fáceis acessos à capital.
A partir de 1940/1950 o concelho de Oeiras é influenciado pelo crescimento da capital; funciona como local de passagem entre esta e Cascais e torna-se num subúrbio do tipo dormitório cujo período critico se dá na década de 1970 com o aparecimento de urbanizações ilegais e bairros de barracas.
Até à década de 1980 o Concelho entrou numa fase de dependência e
ausência de perspectivas. No entanto, a partir de finais dos anos 1980,
Oeiras constituiu-se como pólo económico autónomo na Área Metropolitana de Lisboa,
apostando no desenvolvimento de actividades terciárias ligadas à
Ciência e Investigação e às Tecnologias de Informação e Comunicação.
Actualmente o concelho apresenta um dos mais elevados índices de qualidade de vida em Portugal,
tendo deixado de ser considerado apenas como local de passagem entre
Lisboa e Cascais e assumindo-se como a sede de importantes empresas ligadas às novas tecnologias (são exemplo disso o TagusPark, maior parque de Ciência e Tecnologia de Portugal, e o LagoasPark) e à prestação de serviços.
Os elevados padrões de qualidade de vida
e trabalho são reconhecidos pelos sucessivos prémios que esta autarquia
tem ganho nos últimos anos, nomeadamente:"Melhor Concelho para
trabalhar", "Município de excelência", "European Entreprise Awards" e
o"ECOXXI".
Evolução Demográfica
A maior expansão demográfica do concelho de Oeiras, assim como a de
outros concelhos vizinhos, deu-se na transição da primeira para a
segunda metade do século XX Atendendo a esse crescimento e com o
objectivo de controlar o ordenamento do território é publicado, em 1948,
o Plano de Urbanização da Costa do Sol (P.U.C.S.), o qual ficou em
vigor até à publicação do Plano Director Municipal, em 1994.
Actualmente, 52,6% dos habitantes são do sexo feminino, enquanto que
47,4% são homens. A maioria dos habitantes tem entre 25 e 64 anos
(92.978 hab), seguida pela faixa etária dos 65 ou mais anos (24.153) e
pela faixa dos 0 aos 14 anos (22.685).
População do concelho de Oeiras (1801 – 2011) | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1801 | 1849 | 1900 | 1930 | 1960 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | |
6 069 | 5 072 | 10 447 | 29 440 | 94 255 | 149 328 | 151 342 | 162 128 | 172 120 |
Política
Administração Municipal
Câmara municipal de Oeiras |
O município de Oeiras é administrado por uma câmara municipal composta por 11 vereadores. Existe uma assembleia municipal, que é o órgão legislativo do município, constituída por 43 deputados (dos quais 33 eleitos diretamente).
O cargo de Presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Isaltino Morais, re-eleito nas eleições autárquicas de 2009
por um grupo de cidadãos independentes que concorreu às eleições com o
nome Isaltino, Oeiras Mais à Frente, tendo maioria relativa de
vereadores na câmara (5). Existem ainda três vereadores eleitos pelo PS, dois pela coligação Mais Oeiras (PSD/CDS-PP/PPM) e um pela CDU.
Na Assembleia Municipal o partido mais representado é novamente o grupo
de cidadãos independentes Isaltino, Oeiras Mais à Frente com 14
deputados eleitos e 9 presidentes de Juntas de Freguesia (maioria
absoluta), seguindo-se o PS (9; 1), a coligação Mais Oeiras
(PSD/CDS-PP/PPM) (6; 0 - dos quais um do CDS-PP), a CDU (3; 0) e o Bloco de Esquerda
(1; 0). O Presidente da Assembleia Municipal é Domingos Ferreira
Pereira dos Santos do grupo de cidadãos Isaltino, Oeiras Mais à Frente.
|
Juntas de Freguesia:
- Algés (IOMAF)
- Barcarena (IOMAF)
- Carnaxide (IOMAF)
- Caxias (IOMAF)
- Cruz Quebrada-Dafundo (PS)
- Linda-a-Velha (IOMAF)
- Oeiras e S.Julião da Barra (IOMAF)
- Paço de Arcos (IOMAF)
- Porto Salvo (IOMAF)
- Queijas (IOMAF)
Cidades Geminadas
- Saint-Étienne, (França)
- San José, (Estados Unidos)
- Oeiras, (Brasil)
- Mindelo, (Cabo Verde)
- São Vicente, (Cabo Verde)
- Príncipe, (São Tomé e Príncipe)
- Benguela, (Angola)
- Inhambane, (Moçambique)
- Quinhamel, (Guiné-Bissau)
- Sal, (Cabo Verde)
- Praia, (Cabo Verde)
Economia
Oeiras é um dos concelhos mais desenvolvidos e ricos da península Ibérica e mesmo da Europa. No seu território encontram-se instaladas muitas multinacionais como a Nestlé, a Microsoft, a Netjets, a General Electric, a HP, a Unisys, a Nokia, a Toshiba, a Philips, a Glaxo Smith Kline, a LG, entre muitas outras.
O concelho concentra ainda cerca de 30% da capacidade científica do país sendo um dos principais pólos de I&D da Europa.
Em 2003 o volume de negócios de empresas sedeadas no concelho de Oeiras atingiu cerca de 18 000 milhões de euros. Actualmente pensa-se que esse valor tenha crescido entre 40% a 60%.
Actualmente o concelho posiciona-se como um destino de excelência
para investimentos que criem valor acrescentado para a região. Alguns
dos novos projectos a ser desenvolvidos são o "Lisbon Medical Park", o
"Arquiparque II", a "Torre de Monsanto II", o "Parque das Cidades
(Office Park)" e o projecto de renovação urbana da fundição.
Por essas razões, Oeiras é apelidada como o Silicon Valley da
europa, principalmente devido ao grande dinamismo do seu tecido
empresarial. Ainda recentemente a americana MIPS Technologies adquiriu a
Chipidea num negócio que elevou ainda mais a exposição internacional do
concelho.
Entre os parques empresariais presentes neste Concelho estão:
Neopark |
- Taguspark
- Lagoas Park
- Arquiparque I
- Arquiparque II
- Quinta da Fonte
- Parque Suécia
- Parque Holanda
- Neopark
Para além dos parques empresariais, Oeiras apresenta no seu território importantes institutos de investigação científica:
- Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC)
- Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB)
- Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET)
- Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (IPIMAR)
- Instituto Nacional de Investigação Agrária
Perspectivas Futuras
No futuro espera-se que Oeiras continue a atrair cada vez mais
multinacionais, cimentando a sua posição no contexto Ibérico e Europeu.
Para isso irá contribuir a partilha de sinergias entre universidades e
empresas o que irá permitir aumentar know-how da região.
A Investigação & Desenvolvimento será um dos potenciadores deste
novo ciclo de desenvolvimento que pretende a criação de grupos
tecnológicos fortes com origem em Oeiras e que possam competir no
mercado globalizado.
Um dos exemplos desse novo modelo é a assinatura de protocolos com o Massachusetts Institute of Technology e a Universidade Harvard para a partilha de sinergias com o tecido empresarial do concelho.
Comércio e Serviços
Central Parque - Linda-a-Velha |
Centros Comerciais
Galerias Alto da Barra - Oeiras |
- Galerias Alto da Barra - Oeiras
- Oeiras Parque - Paço de Arcos
- Dolce Vita Miraflores - Algés
- Central Parque - Linda-a-Velha
- Alegro Alfragide - Carnaxide
Polos de Comércio de Rua
Os principais polos de comércio de rua em Oeiras situam-se nas freguesias de Oeiras, Paço de Arcos e Algés:
- Vila de Oeiras - centro histórico (Largo 5 de Outubro - Igreja Matriz, Rua Cândido dos Reis, Rua Febus Moniz, Rua 7 de Junho)
- Vila de Paço de Arcos
- Centro de Algés
Cultura
Monumentos
Dos principais pontos turísticos no Concelho de Oeiras descritos em seguida, salienta-se o número de fortificações marítimas
situadas ao longo da costa de Oeiras. Estes foram construídos ao longo
dos séculos XVI, XVII e XVIII com o intuito de defender e controlar os
navios na entrada da Barra do Tejo.
- Bateria da Feitoria, em Oeiras e São Julião da Barra
- Forte de São Bruno de Caxias, em Caxias
- Forte de São João das Maias, em Oeiras e São Julião da Barra
- Forte de São Julião da Barra, em Oeiras e São Julião da Barra
- Forte de Nossa Senhora das Mercês de Catalazete, em Oeiras e São Julião da Barra
- Forte de Nossa Senhora de Porto Salvo (ou da Giribita), em Paço de Arcos
- Forte de São Pedro de Paço de Arcos , em Paço de Arcos
- Forte de Santo Amaro do Areeiro, em Oeiras e São Julião da Barra
- Forte de São Lourenço do Bugio, em Oeiras e São Julião da Barra
Torre do Bugio ou Fortaleza de S. Lourenço da Cabeça Seca
Da mesma forma, as Igrejas e Ordens Religiosas foram importantes para a evolução do concelho uma vez que foi em volta destas que as populações se foram instalando.
As obras desta original fortaleza circular foram iniciadas no século XVI, sob a direcção de Frei Vicêncio Casale.
Os trabalhos de construção da fortaleza prosseguiram durante a Restauração.
O primeiro farol foi instalado no local no século XVIII.
Em 1945, o Bugio foi entregue, pelo então ministro da Guerra, ao Ministério da Marinha.
CLASSIFICAÇÃO: Imóvel de interesse público, Decreto nº 41191/57, de 18 de Julho de 1957.
Da mesma forma, as Igrejas e Ordens Religiosas foram importantes para a evolução do concelho uma vez que foi em volta destas que as populações se foram instalando.
A Igreja Matriz de Oeiras
está situada na zona antiga de Oeiras, onde domina o centro da vila e a
área envolvente. As referências a esta igreja remontam a XVI embora só
no século XVIII se tenham iniciado as obras de ampliação. A fachada principal mantém duas torres sineiras e na porta consta a data de 1744. O interior tem uma só nave e os altares são revestidos com mármores e retábulos. A Capela do Senhor Jesus dos Navegantes situa-se na zona antiga de Paço de Arcos, pertence à paróquia de Paço de Arcos e é o centro de manifestação religiosas da população. A construção deste pequeno templo é anterior a 1698, sendo que em 1782 a capela era propriedade do Hospital São José que a reedificou em 1877. Actualmente realiza-se na ultima semana de Agosto uma procissão em hora do Senhor Jesus dos Navegantes.
O Convento da Cartuxa, em Laveiras foi fundado no século XVIII, sendo que o pequeno claustro
foi mandado construir pelo Cardeal D. Luís de Sousa. O templo primitivo
terá sido destruído na sequência de uma ampliação do Convento em 1736.
Este é, juntamente com o de Convento da Cartuxa (Évora), um dos dois únicos conventos cartuxos portugueses.
Destacam-se igualmente as seguintes:
- Capela de Nossa Senhora das Merçes
- Capela de Santo Amaro de Oeiras
- Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo
- Igreja de S. Pedro de Barcarena
- Capela de S. Sebastião
- Igreja de S. Romão
- Santuário de Nossa Senhora da Rocha, em Queijas
Capela de Santo Amaro
Templo
de fundação muito antiga, erguido pela Irmandade da Conceição. A
tradição popular conta-nos que D. Manuel I tinha grande fé em Santo
Amaro e visitava frequentemente a pequena capela. O edifício foi
reconstruído e remodelado no século XVIII.
O seu interior é formado por uma nave e capela-mor. Os três altares
apresentam retábulos dos finais do século XVIII. As abobadas são
adornadas de estuques em estilo rococó. Os silhares de azulejo são do
século XVIII, possivelmente provenientes da Real Fábrica do Rato. A
sacristia possui um curioso pavimento e lavabo – século XVII.
CLASSIFICAÇÃO: Imóvel de valor concelhio, de acordo com o Edital nº
184/2004 (2ª série), publicado no Diário da República, Nº 67, II Série,
19 de Março de 2004.
O concelho é igualmente rico em edificações de outro tipo, dos quais se destacam:
Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras |
- Palácio do Ribamar, em Algés
- Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras
- Palácio dos Arcos, em Paço de Arcos
- Quinta Real de Caxias, em Caxias
- Quinta da Terrugem, em Paço de Arcos
- Convento de S.José de Ribamar, em Algés
- Palácio Anjos, em Algés
- Palácio do Egipto, em Oeiras
- Palácio Bessone, em Paço de Arcos
- Quinta dos Aciprestes, em Linda-a-Velha
- Casa de Cesário Verde, em Queijas
- Casa da Pesca na Estação Agronómica Nacional, em Oeiras
Museus
- Clube do Automóvel Antigo, em Paço de Arcos
- Fábrica da Pólvora e Museu da Pólvora Negra, em Barcarena
- Povoado Pré-Histórico de Leceia
- Fornos de Cal, em Paço de Arcos
- Aquário Vasco da Gama, em Algés
Espaços públicos
No concelho de Oeiras prevalece uma preocupação paisagística que se
traduz no planeamento, criação, manutenção e diversificação dos espaços
verdes. Neste sentido, existe a possibilidade dos moradores deste
município solicitarem a plantação gratuita de plantas na sua residência.
Um dos principais jardins do concelho situa-se na Real Quinta de
Caxias cuja obra e embelezamento se arrastaram durante o século XVIII e
início de XIX. O conjunto dos jardins e da quinta tiveram várias fases
de construção, tendo a propriedade sido progressivamente aumentada. Nos Jardins da Quinta Real de Caxias, em Caxias,
existia uma malha geométrica que percorria a propriedade de acordo com
os eixos definidos pelo caminho principal e cujas diagonais se
interceptavam formando clareiras enquadradas por canteiros de buxo onde se localizavam pequenos lagos. A cascata
foi construída pelos irmãos Mathias Francisco e situa-se no centro do
jardim sendo ornamentada com elementos escultóricos de onde partem
jactos de água.
O Parque dos Poetas, em Oeiras, consiste num jardim de 10 hectares com diversas praças, jardins temáticos com as esculturas de poetas, estádio de futebol, um parque infantil, um parque polidesportivo, um anfiteatro ao ar livre e uma «Fonte Cibernética», com efeitos de água. Em Oeiras é possível encontrar-se também os Jardins do Palácio do Marquês de Pombal.
Além dos jardins, Oeiras possui um Passeio Marítimo ao longo de 3500 metros da orla marítima e no qual é possível passear ou fazer desporto. O Porto de Recreio permite também a prática de desportos náuticos, tendo 282 amarrações em molhado e 150 lugares em seco. A Piscina Oceânica,
situa-se igualmente junto à costa e possui pranchas de saltos e uma
piscina para crianças, ambas alimentadas com água salgada. Para a
prática de outros desportos destaca-se o Complexo Desportivo do Jamor no qual se insere o Estádio Nacional do Jamor onde decorre o final da Taça de Portugal.
Teatros e Auditórios
- Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Algés
- Auditório Municipal Eunice Munoz, em Oeiras
- Auditório Municipal Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha
- Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide
Gastronomia
Oeiras é também região demarcada do vinho licoroso de Carcavelos que ainda hoje é produzido no concelho, nomeadamente na Estação Agronómica Nacional,
tendo a Câmara Municipal estabelecido com esta entidade um protocolo
que visa a cooperação na produção e recuperação do vinho, e da adega. É
considerado um VLQPRD - vinho licoroso de qualidade produzido em região
demarcada - com denominação de origem controlada (DOC). O estágio deve
durar pelo menos dois anos, de modo a adquirir as seguintes
características : vinho licoroso, de cor topázio, delicado, aveludado,
com aroma amêndoado, adquirindo um perfume característico com o
envelhecimento. As castas recomendadas são - tintas - castelão (periquita), preto martinho (trincadeira) e - brancas - galego dourado, ratinho e arinto (pedemã).
Infra estruturas e Transportes
Em termos de estradas, Oeiras está rodeada de bons acessos, entre os quais se destacam a auto-estrada A5,
a Estrada Marginal ou a Estrada Nacional 149-3. Possui uma linha
ferroviária que faz a ligação de Lisboa a Cascais e uma rede de
autocarros regulares que ligam Oeiras ás áreas envolventes.
Possui um meio de transporte inovador, o SATU (Sistema Automático de Tranporte Urbano) que consiste num monocarril eléctrico suspenso totalmente automático, ecológico e que pretende ligar o centro histórico da vila de Paço de Arcos ao jardim do Parque dos Poetas.
O SATU e a sua implementação têm sido tudo menos pacíficos. As
vantagens a ele inerentes não evitaram a formulação de críticas e
processos judiciais por parte dos moradores do bairro da tapada do
mocho, reportadas ao ruído por este emitido, bem como pelo facto de a
linha do SATU estar junto a janelas, rente a edifícios de habitação
preexistentes, sombra criada sobre os edifícios e perda de vistas para o
mar, destruição de espaços verdes e praga de pombos que usam a estação
como refúgio, tratando-se ainda de um meio de transporte sem
utilizadores, sendo já conhecido como 'comboio-fantasma'. A isso
juntam-se também os protestos dos vereadores da oposição pelos elevados
custos de manutenção aliados às baixas taxas de ocupação.
Eventos
Realizam-se anualmente no Estádio Nacional do Jamor o Estoril Open (prova de ténis do ranking ATP
no qual estão presentes profissionais nacionais e internacionais) e
também a Final da Taça de Futebol Português. Ocorrem também a Corrida do
Tejo (prova de corrida a pé) , o "Mexa-se na Marginal" e a "Marginal à
noite".
Usualmente em Junho, o Grupo de Serenatas da FMH - GSFMH organiza a
Noite de Tunas de Oeiras, em parceria com o Município de Oeiras,
integrado nas Festas do Concelho. Este evento, iniciado em 1994, tem
entrada livre por tradição e localiza-se na Estação Agronómica Nacional -
Casa da Pesca.
No ano de 2010 foi também realizado o 1º E'TMIST, Encontro de Tunas
Mistas do Instituto Superior Técnico no póolo do Taguspark, com a
presença de várias tunas importantes no meio tunante, e organizado pela
TMIS (Tuna Mista do Instituto Superior Técnico).
Referências
- ↑ a b c d e f g h Ribeiro, Aquilino (1993). Oeiras. Queluz: Câmara Municipal de Oeiras (3ª edição)
- ↑ "Oeiras: Factos e Números". Câmara Municipal de Oeiras, Julho 2003 Dados do Concelho
- ↑ Câmara Municipal de Oeiras. Geminações » Plano Internacional.
- ↑ Portugal: Um retrato territorial 2005, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa, 2007 - Estatísticas do Ganho Médio Mensal
- ↑ Sites das respectivas empresas
- ↑ Oeiras constrói primeira residência para cientistas
- ↑ FUE do INE, Instituto Nacional de Estatística
- ↑ Press Release da Chipidea
- ↑ Oeiras: Universidade inicia colaboração com Harvard e MIT
- ↑ Sobre o Vinho de Carcavelos
- Diversos panfletos com informação sobre o concelho - Posto de Turismo da Câmara Municipal de Oeiras
Concelhos Portugueses com mais de 100 mil habitantes
Lisboa | Sintra | Vila Nova de Gaia | Porto | Cascais | Loures | Braga | Matosinhos | Amadora | Almada | Oeiras | Gondomar | Seixal | Guimarães | Odivelas | Coimbra Santa Maria da Feira | Vila Franca de Xira | Maia | Vila Nova de Famalicão | Leiria | Setúbal | Barcelos | Funchal |
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