BATALHA DE GUARARAPES

Batalha dos Guararapes
Por Tiago Ferreira da Silva



Após romperem com o domínio espanhol sobre seus territórios, os holandeses partiram para a África e América com o objetivo de manterem o monopólio do tráfico negreiro. No Nordeste brasileiro, as Invasões Holandesas eram justificadas pelo interesse em comercializar o açúcar produzido naquela região.

Depois de muita repressão aos nordestinos, em 1648 os holandeses pretendiam conquistar a região do Cabo, em Pernambuco, através do Recife. Para chegar até lá, eles teriam que atravessar a Estrada da Batalha, onde ficava o Monte dos Guararapes.

Porém, os colonizadores portugueses queriam manter sua hegemonia no território brasileiro e estavam indignados com as conquistas holandesas. Portanto, formaram uma frente para impedir a passagem do exército comandado por Von Schkoppe.

Nomeados de Patriotas, os insurgentes perceberam as intenções holandesas de explorar o território pernambucano e se anteciparam ao Monte dos Guararapes, através de uma marcha noturna que contava com mais de 2.000 combatentes.

A estratégia foi a seguinte: Francisco Barreto Menezes, comandante dos Patriotas, ordenou que o indígena potiguar Felipe Camarão defendesse o flanco direito com sua tribo, em uma área repleta de matagal. No lado esquerdo, colocou o ex-escravo Henrique Dias com seu agrupamento negro na região do Morro do Oitizeiro. O centro, próximo ao córrego da batalha, estava guarnecido pelo terço dos brancos sob comando de Fernandes Vieira, senhor de engenho português, que comandou a infantaria. Na retaguarda, ficava na espreita o terço branco sob as ordens de André Vidal de Negreiros, que facilitava a migração da população sertaneja do Nordeste.

ARMADA A EMBOSCADA

Antônio Dias Cardoso ficou responsável por entrar em contato com os holandeses pela Estrada da Batalha, com mais de 200 homens. Ao confrontá-los, Cardoso atraiu-os até o Boqueirão para chegar próximo ao reforço dos Patriotas. Sem saber do que os esperava, os holandeses iniciaram o ataque lançando um regimento pelo flanco esquerdo. Quando o regimento central avançou, deparou-se com uma quantidade de insurgentes inesperada, batendo de frente contra os terços de Fernandes Vieira e Vidal de Negreiros. O flanco esquerdo foi completamente derrotado pelos índios de Felipe Camarão.

Resistentes, os holandeses tentaram uma investida pelo flanco direito, mas confrontaram com o terço de Henrique Dias. Na tentativa de derrotar os Patriotas, o comandante Van Der Branden desceu até o Morro dos Telégrafos para atraí-los até o Morro da Igreja, mas percebeu que o embate estava perdido quando seu superior Von Schkoppe ordenou retirada total do Recife.

Em fevereiro de 1649 uma nova batalha ocorreu, mas os holandeses foram novamente derrotados pelos Patriotas e aprisionados na cidade de Recife até o ano de 1654. Pela grande insurreição nacionalista o dia 19 de abril, data do primeiro confronto entre Patriotas e holandeses, é considerado o dia da origem do Exército Brasileiro.

Fontes:
http://www.cmne.eb.mil.br/guararapes.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_holandesas_do_Brasil
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Data de publicação: 08/03/2010
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