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VICENTE CELESTINO
Vicente Celestino
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Informação geral
Nome completo: Antônio Vicente Filipe Celestino
Apelido: Voz Orgulho do Brasil
Nascimento: 12 de setembro de 1894
Origem: Rio de Janeiro, RJ
País: Brasil
Data de morte: 23 de agosto de 1968 (73 anos)
Gêneros: MPB
Extensão: vocal tenor
Período em atividade: 1915-1968
Gravadora(s): Odeon, Columbia, RCA Victor
Antônio Vicente Filipe Celestino (Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1894 — São Paulo, 23 de agosto de 1968) foi um dos mais importantes cantores brasileiros do século XX.
Biografia
Nasceu no bairro de Santa Teresa, filho de italianos da Calábria. Dos seis homens (eram onze irmãos), cinco dedicaram-se ao canto e um ao teatro (Amadeu Celestino). Desde os 8 anos, por causa de sua origem humilde, Celestino teve de trabalhar: sapateiro, vendedor de peixe, jornaleiro e, já rapaz, chefe de seção numa indústria de calçados.
Começou cantando para conhecidos e era fã de Enrico Caruso. Antes do teatro cantava muito em festas, serenatas e chopes-cantantes. Estreou profissionalmente cantando a valsa Flor do Mal no teatro São José e fez muito sucesso e também entrou no seu primeiro disco vendendo milhares de cópias em 1916 na Odeon (Casa Edison).
Em 1920 montou uma companhia de operetas, mas sem nunca deixar o carnavalesco de lado, emplacando sucessos como Urubu Subiu. Rapidamente, depois de oportunidade no teatro, alcançou renome. Formou companhias de revistas e operetas com atrizes-cantoras, primeiro com Laís Areda e depois com Carmen Dora. As excursões pelo Brasil renderam-lhe muito dinheiro e só fizeram aumentar sua popularidade. Nos anos 20, reinava absoluto como ídolo da canção. Na década de 30 começou a demonstrar seus dotes como compositor resultando em clássicas de seu reportório, como 'O Ébrio', sua música mais lembrada até hoje (inclusive transformada em filme por sua esposa). Vicente Celestino teve uma das mais longas carreiras entre os cantores brasileiros. Quando morreu, às vésperas dos 74 anos, no Hotel Normandie, em São Paulo, estava de saída para um show com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na famosa gafieira "Pérola Negra", que seria gravado para um programa de televisão.
Na fase mecânica de gravação, fez cerca de 28 discos com 52 canções. Com a gravação elétrica, em 1927, sentiu uma certa inaptação quanto ao rendimento técnico, logo superada. Aí recomeçaria os sucessos cantados em todo o Brasil. Em 1935 foi contratado pela RCA VICTOR, praticamente daí sua única gravadora até falecer. No total, gravou em 78 RPM cerca de 137 discos com 265 músicas, mais dez compactos e 31 LPs, nestes também incluídas reedições dos 78 RPM.
Vicente Celestino, que tocava violão e piano, foi o compositor inspirado de muitas das suas criações. Duas delas dariam o tema, mais tarde, para dois filmes de enorme público: O Ébrio (1946) e Coração Materno (1951). Neles Vicente foi dirigido por sua mulher Gilda Abreu (1904 - 1979), cantora, escritora, atriz e cineasta.
Celestino passaria incólume por todas as fases e modismos, mesmo quando, no final dos anos 50, fiel ao seu estilo, gravou "Conceição", "Creio em Ti" e "Se Todos Fossem Iguais a Você". Seu eterno arrebatamento, paixão e inigualável voz de tenor, fizeram com que o povo o elegesse como A Voz Orgulho do Brasil.
Nunca saiu do Brasil e manteve sua voz grave que era marca registrada independente do estilo musical que estava executando. Teve suas músicas regravadas por grandes nomes, como Caetano Veloso, Marisa Monte e Mutantes.
Sucessos
* Urubu Subiu, autor desconhecido (c/Bahiano; 1917)
* À Luz do Luar, de sua autoria (1928)
* Ai, Ioiô (Linda Flor), Cândido Costa e Henrique Vogeler
* Bem-Te-Vi, Melo Morais Filho e Emílio Pestana (1928)
* Caiuby (Canção da Cabocla Bonita), Pedro de Sá Pereira (1923)
* Coração Materno, de sua autoria (1937)
* Dileta, Índio (1933)
* Flor do Mal, Domingos Correia e Santos Coelho (1915)
* Malandragem, Ari Barroso (1933)
* Mia Gioconda, de sua autoria (1946)
* Nênias, Índio (1929)
* Noite Cheia de Estrelas, Índio (1932)
* O Cigano, Gastão Barroso e Marcelo Tupinambá (1924)
* O Ébrio, de sua autoria (1936)
* Ontem ao Luar, Catulo da Paixão Cearense e Pedro de Alcântara (1918)
* Ouvindo-Te, de sua autoria (c/Gilda de Abreu; 1935)
* Patativa, de sua autoria (1937)
* Porta Aberta, de sua autoria (1946)
* Serenata, de sua autoria (1940)
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