Ai almas dos poetas
Não as entende ninguém,
São almas de violeta
Que são poetas também.
Andam perdidas na vida,
Como estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!
Só quem embala no peito
Dores amargas secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas.
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma para sentir
A dos poetas também!
Florbela Espanca
A Autora:
Florbela D´Alma da Conceição Espanca nasceu em 1894 na Vila Viçosa em Portugal. Era uma época em que a condição das mulheres era submeter-se aos homens. Nasceu de uma relacionamento clandestino entre João Maria Espanca (seu pai) e Antónia da Conceição Lobo (sua mãe). Seu pai era um homem casado e de posses, cuja esposa sabia da amante. Sua mãe Antónia fora abandonada por seus pais ainda criança, sendo criada por uma mulher que trabalhava nos correios. Antónia levava uma vida desregrada e teve outro filho com João, chamado Apeles Espanca, que foi um irmão muito querido por Florbela.
Após a morte de sua mãe natural, Florbela e Apeles foram morar com seu pai e sua madrasta.
Florbela vai estudar no Liceu André Gouveia, em Évora, para onde sua família tinha mudado. Em 8 de Dezembro de 1913, exatamente no dia de seu aniversário, Florbela casou-se com seu primeiro namorado, Alberto Moutinho. Mudaram-se para Redondo e Florbela passou a se corresponder com a diretora de "O Século" que ao ler os manuscritos de Florbela pensou que eram plágios. Florbela vai estudar Direito em Lisboa, a contra-gosto do marido. Com o relacionamento desgastado e encantada por Lisboa, Florbela decide ficar na cidade e conhece o alferes da artilharia, Antonio Guimarães por quem se apaixona.
Divorcia-se em 30 de Abril de 1921 e casa-se com Antonio Guimarães em 29 de Junho de 1921. Em 1923 é publicada a obra "Livro de Sóror Saudade" no qual as temáticas amorosas começam a se destacar.
Como Antonio é um homem habituado à disciplina militar, seu relacionamento com Florbela começa a desgastar-se. Sua personalidade violenta e rude mostra sua pouca capacidade de compreender a sensibilidade de Florbela, uma mulher que estava a frente de seu tempo. A vida de Florbela transforma-se num pesadelo e sua saúde fica debilitada.
É nesse momento em que conhece o Dr. Mário lage, médico que acompanhou seu tratamento. Após recuperar-se, em 23 de unho de 1925 Florbela divorcia-se alegando maus-tratos do marido. Esse segundo casamento desfeito abala o relacionamento de Florbela com sua família, especialmente com seu pai e o seu irmão.
Mário Lage assume seu amor pela poetisa e casa-se com ela em 29 de Outubro de 1925. Ambos mudam-se para Matosinhos.
Com a morte de seu irmão em 1927, Florbela fica novamente doente e começa a escrever uma obra narrativa, "As Máscaras do Destino", em homenagem a Apeles Espanca. Desiludida com seu casamento e debilitada com a morte de seu irmão Apeles, Florbela ingere uma quantidade excessiva de Veronal (um sonífero extremamente forte e nocivo para doentes pulmonares e cardíacos) e se suicida em 8 de Dezembro de 1930, exatamente no dia de seu aniverário de 36 anos.
Após a morte de sua mãe natural, Florbela e Apeles foram morar com seu pai e sua madrasta.
Florbela vai estudar no Liceu André Gouveia, em Évora, para onde sua família tinha mudado. Em 8 de Dezembro de 1913, exatamente no dia de seu aniversário, Florbela casou-se com seu primeiro namorado, Alberto Moutinho. Mudaram-se para Redondo e Florbela passou a se corresponder com a diretora de "O Século" que ao ler os manuscritos de Florbela pensou que eram plágios. Florbela vai estudar Direito em Lisboa, a contra-gosto do marido. Com o relacionamento desgastado e encantada por Lisboa, Florbela decide ficar na cidade e conhece o alferes da artilharia, Antonio Guimarães por quem se apaixona.
Divorcia-se em 30 de Abril de 1921 e casa-se com Antonio Guimarães em 29 de Junho de 1921. Em 1923 é publicada a obra "Livro de Sóror Saudade" no qual as temáticas amorosas começam a se destacar.
Como Antonio é um homem habituado à disciplina militar, seu relacionamento com Florbela começa a desgastar-se. Sua personalidade violenta e rude mostra sua pouca capacidade de compreender a sensibilidade de Florbela, uma mulher que estava a frente de seu tempo. A vida de Florbela transforma-se num pesadelo e sua saúde fica debilitada.
É nesse momento em que conhece o Dr. Mário lage, médico que acompanhou seu tratamento. Após recuperar-se, em 23 de unho de 1925 Florbela divorcia-se alegando maus-tratos do marido. Esse segundo casamento desfeito abala o relacionamento de Florbela com sua família, especialmente com seu pai e o seu irmão.
Mário Lage assume seu amor pela poetisa e casa-se com ela em 29 de Outubro de 1925. Ambos mudam-se para Matosinhos.
Com a morte de seu irmão em 1927, Florbela fica novamente doente e começa a escrever uma obra narrativa, "As Máscaras do Destino", em homenagem a Apeles Espanca. Desiludida com seu casamento e debilitada com a morte de seu irmão Apeles, Florbela ingere uma quantidade excessiva de Veronal (um sonífero extremamente forte e nocivo para doentes pulmonares e cardíacos) e se suicida em 8 de Dezembro de 1930, exatamente no dia de seu aniverário de 36 anos.
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