Como nasceu Brasília, a capital do poder
Em 1761 o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propunha mudar a capital do império português para o interior do Brasil Colônia. O jornalista Hipólito José da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro jornal brasileiro, editado em Londres, em 1813 redigiu artigos em defesa da interiorização da capital do país, para uma área "próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura capital do Brasil, em 1823, como "Brasília".
Desde a primeira constituição republicana, de 1891, havia um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal. "Fato interessante dessa época foi o sonho "premonitório" tido pelo padre italiano São João Bosco, no qual disse ter visto uma terra de riquezas e prosperidade situada próxima a um lago e entre os paralelos 15 e 20 do Hemisfério Sul. Acredita-se que o sonho do padre seria a futura capital brasileira, pelo qual o padre, posteriormente canonizado, se tornou o orago de Brasília.
No ano de 1891 foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luís Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera Cruz".
Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o Deputado americano do Brasil apresenta um projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura Capital, no Planalto Central. O então Presidente da República, Epitácio Pessoa, baixa o decreto nº 4.494 de 18 de janeiro de 1922, determinando o assentamento da Pedra Fundamental e designa para a realização desta missão, o engenheiro Balduino Ernesto de Almeida, Diretor da estrada de ferro de Goiás com sede em Araguari, Minas Gerais. No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta de 40 pessoas é assentada a Pedra Fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a nove quilômetros da cidade de Planaltina.
Apenas no ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato à presidência, Juscelino Kubitschek, foi questionado por um eleitor se respeitaria a Constituição, interiorizando a Capital Federal, ao que JK afirmou que iria transferir a capital. Eleito presidente, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta síntese" de seu "Plano de Metas".
O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Para fazer a transferência simbólica da capital do Rio de Janeiro para Brasília, Juscelino fechou solenemente os portões do Palácio do Catete, sendo este então transformado em Museu da República, às 9 da manhã do dia 21 de abril de 1960, ao que a multidão reagiu com aplausos. A cidade de Brasília foi fundada no mesmo dia e mês em que se lembra a execução de Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira, e a fundação de Roma.
O princípio básico das estratégias políticas de Juscelino Kubitschek, segundo o próprio, era apropriado do moralista francês Joubert, para quem "não devemos cortar o nó que podemos desatar". Com base nessa máxima, Kubitschek viabilizou a construção de Brasília, oferecendo várias benesses à oposição, criando fatos consumados e queimando etapas. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infra-estrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 70. Todavia, ainda no início do Século XXI, muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na cidade do Rio de Janeiro.
Um fato que mostra o impacto provocado pelo modernismo da cidade recém construída foi a frase dita pelo cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar para o espaço, que ao visitar Brasília em 1961, disse: "Tenho a impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não na Terra".
Algúns dos fatores que mais influenciaram a transferência da capital foram a segurança nacional, pois acreditava-se que com a capital no litoral ela estava vulnerável a ataques estrangeiros (argumento militar-estratégico que teve como precursor Hipólito José da Costa), e uma interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional, já que devido a fatores econômicos e históricos a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado. Assim a transferência da capital para o interior forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.
Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, a população do Distrito Federal - Brasília e Cidades Satélites já atingia os 2,4 milhões de habitantes em 2008. A grande região metropolitana de Brasília (todo o DF) atualmente é a quarta capital mais populosa do Brasil.
Brasília
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Brasília é a capital federal do Brasil e a sede do governo do Distrito Federal. A cidade está localizada na região Centro-Oeste do país, ao longo da região geográfica conhecida como Planalto Central. No censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2010, sua população era de 2 562 963 habitantes, sendo, então, a quarta cidade brasileira mais populosa. Brasília também possui o segundo maior produto interno bruto per capita do Brasil (45 977,59 reais), o quinto maior entre as principais cidades da América Latina e cerca de três vezes maior que a renda média brasileira.
Como capital nacional, Brasília é a sede dos três principais ramos do governo, Legislativo, Executivo e Judiciário e hospeda 124 embaixadas estrangeiras.
A cidade também abriga a sede de muitas das principais empresas
brasileiras. A política de planejamento da cidade, como a localização de
prédios residenciais em grandes áreas urbanas, a construção da cidade
através de enormes avenidas e a sua divisão em setores, tem provocado
debates sobre o estilo de vida nas grandes cidades no século XX. O projeto da cidade
a divide em blocos numerados, além de setores para atividades
pré-determinadas, como o Setor Hoteleiro, Bancário ou de Embaixadas.
O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, adequou-o ao projeto do lago Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls. A cidade começou a ser planejada e desenvolvida em 1956 por Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília tornou-se formalmente a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. Vista de cima, a principal área da cidade se assemelha ao formato de um avião ou de uma borboleta. A cidade é comumente referida como "Capital Federal" ou "BSB".
A rigor, a palavra "Brasília" se refere apenas à Primeira Região Administrativa do Distrito Federal, que é formada pelo Plano Piloto e pelo Parque Nacional de Brasília. Muitas vezes, no entanto, o termo "Brasília" é aplicado a todo o Distrito Federal, como quando se considera, como gentílico do Distrito Federal, o termo "brasiliense".
Gentílico
"Brasiliense" é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília.
"Candango", que é, às vezes, utilizado erroneamente para designar os
brasilienses, é originalmente usada para se referir aos trabalhadores
que, em sua maioria provenientes da Região Nordeste do Brasil,
migravam à futura capital para trabalhar em sua construção; hoje há
candangos antigos e novos candangos provenientes da migração por
concursos públicos. Uma das vertentes etimológicas diz que o termo "candango" era usado pelos africanos para designar os portugueses. ;
De acordo com o dicionário Michaelis - Trabalhador, estudante vindo de
fora da região para estabelecimento de residência. Nome com que se
designam os trabalhadores comuns que colaboraram na construção de
Brasília. .
História
Primórdios
Antes da chegada dos portugueses ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés etc.
No século XVIII, a atual região ocupada pelo Distrito Federal brasileiro, que era cortada pela linha do Tratado de Tordesilhas
que dividia os domínios portugueses dos espanhóis, tornou-se rota de
passagem para os garimpeiros de origem portuguesa em direção às minas de
Mato Grosso e Goiás. Data dessa época a fundação do povoado de São Sebastião de Mestre d'Armas (atual região administrativa de Planaltina, no Distrito Federal).
Em 1761, o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propôs mudar a capital do império português para o interior do Brasil Colônia. O jornalista Hipólito José da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro jornal brasileiro, editado em Londres,
redigiu, em 1813, artigos em defesa da interiorização da capital do
país para uma área "próxima às vertentes dos caudalosos rios que se
dirigem para o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura capital do Brasil, em 1823, como "Brasília".
Idealização
Desde a primeira constituição republicana, de 1891, havia um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro
para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no
Planalto Central da República, uma zona de 14 400 quilômetros quadrados,
que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura
Capital Federal". Fato interessante dessa época foi o sonho premonitório do padre italiano São João Bosco, no qual disse ter visto uma terra de riquezas e prosperidade situada próxima a um lago e entre os paralelos 15 e 20 do Hemisfério Sul. Acredita-se que o sonho do padre tenha sido uma profecia sobre a futura capital brasileira, pelo qual o padre, posteriormente canonizado, se tornou o padroeiro de Brasília.
No ano de 1891, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luís Cruls
e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um
levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e
os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao governo republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera Cruz".
Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o deputado Antônio Americano do Brasil apresentou um projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura Capital, no Planalto Central. O então presidente da república, Epitácio Pessoa,
baixou o Decreto 4 494, de 18 de janeiro de 1922, determinando o
assentamento da pedra fundamental e designou, para a realização desta
missão, o engenheiro Balduíno Ernesto de Almeida, diretor da estrada de
ferro de Goiás, com sede em Araguari, em Minas Gerais. No dia 7 de setembro
de 1922, com uma caravana composta de 40 pessoas, foi assentada a pedra
fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a
nove quilômetros da cidade de Planaltina.
Em 1954, o marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi convidado pelo presidente Café Filho
para ocupar a presidência da Comissão de Localização da Nova Capital
Federal, encarregada de examinar as condições gerais de instalação da
cidade a ser construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do
sítio da nova capital e delimitou a área do futuro Distrito Federal,
determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos. A Comissão
de Planejamento e Localização da nova Capital, sob a Presidência de José Pessoa, foi a responsável pela exata escolha do local onde hoje se ergue Brasília.
A idealização do plano-piloto também foi obra da mesma comissão que,
em robusto relatório, redigido pelo Marechal José Pessôa, de título
"Nova Metrópole do Brasil" e entregue ao Presidente Café Filho, detalhou
os pormenores do arrojado planejamento que se realizou.
O marechal José Pessoa não imaginou o nome da capital como Brasília,
mas sim Vera Cruz, de modo a caracterizar o sentimento de um povo que
nasceu sob o signo da Cruz de Cristo e estabelecendo ligação com o
primeiro nome dado pelos descobridores portugueses. O plano elaborado
respeitava uma determinada interpretação da história e não
descaracterizava as tradições brasileiras. Grandes avenidas
chamar-se-iam "Independência", "Bandeirantes" etc., diferentes,
portanto, das atuais siglas alfa-numéricas de Brasília, como W3, SQS,
SCS, SMU e outras.
Por discordâncias com o presidente Juscelino Kubitschek, o marechal
José Pessoa abandonou a presidência da comissão, tendo sido sucedido
pelo coronel do exército Ernesto Silva,
que era o secretário da comissão. Ernesto Silva, que também era médico,
foi nomeado na sequência presidente da Comissão de Planejamento da
Construção e da Mudança da Capital Federal (1956) e Diretor da Companhia
Urbanizadora da Nova Capital – Novacap (1956/61), tendo assinado o
Edital do Concurso do Plano Piloto, em 1956, publicado no Diário Oficial
da União no dia 30 de setembro de 1956.
Planejamento e construção
Apenas no ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato à presidência, Juscelino Kubitschek,
foi questionado por um eleitor se respeitaria a constituição,
interiorizando a capital federal, ao que Juscelino afirmou que
transferiria a capital. Eleito, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta-síntese" de seu "Plano de Metas".
O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público nacional. O arquiteto Oscar Niemeyer
projetou os principais prédios públicos da cidade. Para fazer a
transferência simbólica da capital do Rio para Brasília, Juscelino
fechou solenemente os portões do Palácio do Catete,
então transformado em Museu da República, às 9 da manhã do dia 21 de
abril de 1960, ao que a multidão reagiu com aplausos. A cidade de
Brasília foi fundada no mesmo dia e mês em que se lembra a execução de Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira, e a fundação de Roma.
O princípio básico das estratégias políticas de Juscelino Kubitschek,
segundo o próprio, era apropriado do moralista francês Joubert, para
quem "não devemos cortar o nó que podemos desatar". Com base nessa
máxima, Kubitschek viabilizou a construção de Brasília, oferecendo
várias benesses à oposição, criando fatos consumados e queimando etapas.
Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a
transferência efetiva da infraestrutura governamental só ocorreu durante
os governos militares, já na década de 1970. Todavia, ainda no início do Século XXI, muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na cidade do Rio de Janeiro.
Mostra o efeito provocado pelo modernismo da cidade recém-construída a declaração do cosmonauta Yuri Gagarin,
primeiro homem a viajar para o espaço, ao visitá‐la em 1961: "Tenho a
impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não na
Terra".
Alguns dos fatores que mais influenciaram a transferência da capital foram a segurança nacional, pois acreditava-se que, com a capital no litoral, ela estava vulnerável a ataques estrangeiros (argumento militar-estratégico que teve como precursor Hipólito José da Costa)
e uma interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração
nacional, já que, devido a fatores econômicos e históricos, a população
brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país
pouco povoado. Assim, a transferência da capital para o interior
forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de
rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a
uma maior integração econômica.
Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, a
população do Distrito Federal já atingia os 2,5 milhões de habitantes
em 2010. Brasília, considerando-se todo o Distrito Federal, atualmente é
a quarta capital mais populosa do Brasil.
Geografia
Brasília se localiza a 15°50’16" sul, 47°42’48" oeste a uma altitude de 1 000 a 1 200 metros acima do nível do mar no chamado Planalto Central,
cujo relevo é na maior parte plano, apresentando algumas leves
ondulações. A flora corresponde à predominantemente típica do domínio do
cerrado. Em alguns lugares da cidade é possível observarem-se espécies de gimnospermas,
como os pinheiros e também diversos tipos de árvores provenientes de
outros biomas brasileiros. As espécies não nativas da região têm sido
retiradas pela empresa pública arborizadora da cidade (a Novacap) e substituídas por espécies nativas como ipês.
Os rios do Distrito Federal estão bem supridos pelos lençóis freáticos, razão pela qual não secam no período de estiagem. A fim de aumentar a quantidade de água disponível para a região, foi realizado o represamento de um dos rios da região, o rio Paranoá, para a construção de um lago artificial, o Lago Paranoá,
que tem 40 quilômetros quadrados de extensão, profundidade máxima de 48
metros e cerca de 80 quilômetros de perímetro. O lago possui uma grande
marina e é frequentado por praticantes de wakeboard, windsurf e pesca profissional.
O Distrito Federal possui grande variedade de vegetação, reunindo 150 espécies. A maioria é nativa, típica do cerrado, e de porte médio, com altura de 15 a 25 m. Muitas são tombadas pelo Patrimônio Ecológico do Distrito Federal, para garantir sua preservação. Algumas das principais: pindaíba, paineira, ipê-roxo, ipê-amarelo, pau-brasil e buriti.
A preservação da vegetação no Distrito Federal é um tema recorrente,
principalmente pela preocupação em conservar a flora original. O
desmatamento provocado pela expansão da agricultura é um dos problemas
enfrentados no Distrito Federal, sendo que, segundo a Unesco, desde sua criação, nos anos 1950, 57% da vegetação original não existe mais.
Para colaborar com a preservação, são realizados programas de
conscientização e de reformas estruturais para diminuir a degradação da
vegetação e também da fauna e rios da região.
Clima
O clima é tropical de altitude, com um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e relativamente frio. A temperatura média anual é de cerca de 21 °C,
podendo chegar aos 29,7 °C de média das máximas em setembro, e aos
12,5 °C de média das mínimas nas madrugadas de inverno em julho. A
temperatura, porém, varia de forma significativa nas áreas menos
urbanizadas, onde a média das mínimas de inverno cai para cerca de 10 °C
a 5 °C. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 70%, podendo
chegar aos 20% ou menos durante o inverno. A máxima histórica registrada na cidade foi de 35,8 °C em 28 de outubro de 2008, e a mínima com data conhecida foi de 1,6 °C em 18 de julho de 1975. No entanto, conforme o Weatherbase, já foi registrado 0 °C em junho (32 °F).
Dados climatológicos para Brasília | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima registrada (°C) | 35 | 32 | 33 | 32 | 32 | 32 | 36 | 37 | 36 | 37 | 34 | 33 | 37 |
Temperatura máxima média (°C) | 27 | 27 | 27 | 27 | 26 | 24 | 22 | 23 | 25 | 28 | 27 | 26 | 27 |
Temperatura mínima média (°C) | 17 | 17 | 16 | 16 | 13 | 10 | 8 | 12 | 15 | 17 | 17 | 17 | 8 |
Temperatura mínima registrada (°C) | 12 | 11 | 10 | 10 | 2 | 0 | 2 | 3 | 7 | 12 | 11 | 11 | 0 |
Precipitação (mm) | 241,4 | 214,7 | 188,9 | 123,8 | 39,3 | 8,8 | 11,8 | 12,8 | 51,9 | 172,1 | 238 | 248,6 | 1 552,1 |
Fonte: Weatherbase (temperaturas) | |||||||||||||
Fonte #2: Tempo Agora (precipitações) |
Demografia
Crescimento populacional | |||
---|---|---|---|
Censo | Pop. | %± | |
1960 | 140 165 | ||
1970 | 537 492 | 283,5% | |
1980 | 1 176 935 | 119,0% | |
1991 | 1 601 094 | 36,0% | |
2000 | 2 051 146 | 28,1% | |
2010 | 2 562 963 | 25,0% | |
O ritmo de crescimento populacional na primeira década foi de 14,4
por cento ao ano, com um aumento populacional de 285 por cento. Na
década de 1970, o crescimento médio anual foi de 8,1 por cento, com um
incremento total de 115,52 por cento. A população total de Brasília, que
não deveria ultrapassar 500 000 habitantes em 2000, atingiu esta cota
no início da década de 1970, e, entre 1980 e 1991, a população expandiu
em mais 36,06 por cento. O Plano Piloto, que, na inauguração,
concentrava 48 por cento da população do Distrito Federal,
gradativamente perdeu importância relativa, chegando a 13,26 por cento
em 1991, passando o predomínio para as "cidades-satélite". Em 2000, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicou 2 051 146 habitantes. O Índice de Desenvolvimento Humano na cidade está a 0,874 e a taxa de analfabetismo é de cerca de 4,35 por cento.
Brasília também caracteriza-se pela sua desigualdade social, sendo a
16ª grande cidade mais desigual do mundo e a 4ª mais desigual do Brasil,
segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas.
A população de Brasília é formada por migrantes de todas as regiões brasileiras, sobretudo do Sudeste e do Nordeste, além de estrangeiros que trabalham nas 123 embaixadas espalhadas pela capital.
Dados de 2003 apontavam que mais da metade da população de Brasília não
nasceu lá, sendo 1 milhão de brasilienses e 1,2 milhão de outros
locais.
Originalmente, Brasília seria o que hoje se denomina Região Administrativa de Brasília – RA I, composta em sua parte urbana pelo chamado Plano Piloto. Com cerca de 277 000 habitantes (só o Plano Piloto, composto pelos bairros Asa Sul e Asa Norte),
e uma área de 472,12 quilômetros quadrados, é a 2ª maior região
administrativa do Distrito Federal em termos de população, atrás de Ceilândia (com 332 455 habitantes), mas Taguatinga, também é populosa, com 223 452 habitantes.
Região metropolitana
Conhecida como RIDE,
a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno
compreende o Distrito Federal mais os municípios goianos de Novo Gama, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental, Luziânia, Cristalina, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Abadiânia, Pirenópolis, Corumbá, Cocalzinho, Padre Bernardo, Água Fria de Goiás, Planaltina de Goiás, Vila Boa, Formosa e Cabeceiras, e os municípios mineiros de Unaí e Buritis. Conta com 3 506 967 habitantes (IBGE/2007).
Segundo a geógrafa Nelba Azevedo Penna, do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília,
"em consequência dos processos de ordenamento de seu território,
ocorreu uma intensa expansão da urbanização para a periferia limítrofe
ao Distrito Federal, que deu origem a formação da região metropolitana
de Brasília (atualmente institucionalizada como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE)".
Criminalidade
Os índices de criminalidade são altos principalmente no Entorno de Brasília,
Segundo sociólogos, a criminalidade em Brasília, principalmente nas
cidades-satélites, é uma herança do crescimento desordenado, ainda que
assentado em núcleos urbanos planejados. Os níveis de criminalidade em
Brasília estão entre os maiores do Brasil, chegando ao ponto de haver
uma média de até dois assassinatos diários.
Existem diversas propostas para tentar diminuir a criminalidade na
capital: entre elas, um maior policiamento, medida esta que, aplicada,
tem levado a uma retração da violência.
Política e divisão administrativa
Brasília não possui prefeito ou vereadores, pois o artigo 32 da Constituição Federal de 1988 proíbe expressamente que o Distrito Federal seja dividido em municípios, sendo considerado uno. Seu último prefeito foi Wadjô da Costa Gomide (1969), quando o cargo foi transformado em governador. O DF tem status diferente dos municípios e dos estados, possuindo características legais e estruturais híbridas, além de ser custeado em parte pelo Governo Federal.
No Brasil, por definição legal, "cidade" é a sede de um "município". A partir do Estado Novo,
pelo decreto-lei nº 311, todas as sedes dos municípios passaram a ser
cidades, sendo que, até então, as menores sedes de municípios eram
denominadas "vilas". Porém, no Distrito Federal,
são chamados de "cidades" os diversos núcleos urbanos, sendo o
principal deles a região administrativa de Brasília, que por sua vez
também se confunde com a ideia do Plano Piloto. A rigor, os outros núcleos estão mais para bairros
distantes da capital do país do que para cidades distintas, pois a
Constituição do Brasil veda expressamente a divisão do Distrito Federal
em municípios.
Contudo, estes núcleos urbanos, na prática, funcionam como típicas
cidades, mas com a particularidade de não haver prefeitos ou vereadores,
e sim administradores regionais e secretários.
Segundo o geógrafo Aldo Paviani, Brasília é constituída por toda a
área urbana do Distrito Federal e não apenas a parte tombada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ou a região administrativa central, pois a cidade é polinucleada, constituída por várias regiões administrativas (RA's), de modo que as regiões periféricas estão articuladas às centrais, especialmente na questão do emprego e não podem ser entendidas como cidades autônomas. Entretanto algumas regiões administrativas do Distrito Federal possuem certa autonomia financeira, como Taguatinga que detêm mais de 50% do PIB do Distrito Federal
Há quem argumente que por todo o Brasil há regiões metropolitanas,
onde cidades periféricas acabam articuladas em relação às cidades
principais, sem que deixem por isso de ser consideradas cidades. A
diferença é que elas são sedes de município. Apesar disso, outros
núcleos urbanos do Distrito Federal, hoje chamados regiões
administrativas, sempre foram conhecidos por cidades-satélites. Alguns, atualmente, entendem como Brasília apenas a região administrativa de Brasília (formada por parte do Plano Piloto e pelo Parque Nacional de Brasília), e não todo o Distrito Federal. Contundo alguns destes núcleos urbanos, como Planaltina e Brazlândia, são mais antigos do que a própria Brasília. Planaltina foi município de Goiás, antes de ser incorporado ao Distrito Federal.
Por outro lado, a lei de organização do Distrito Federal é uma lei orgânica, típica de municípios e não uma constituição,
como ocorre nos estados da federação brasileira. Ademais, todas as
regiões administrativas do DF dispõem de certa autonomia
político-administrativa, sendo seus administradores regionais indicados
pela população local de cada região administrativa, através de um
processo seletivo dos candidatos indicados pelas entidades
representativas dos diversos segmentos da sociedade. Mas vale esclarecer
que órgãos oficiais de pesquisa, como o IBGE, o Dieese e o IPEA,
não distinguem Brasília do Distrito Federal para efeitos de contagem e
estatística pois seus dados são sempre elaborados levando-se em conta o
município. Como o DF não possui municípios, é considerado como um único
ente.
Cidades-irmãs
Brasília conta com pelo menos 23 cidades-irmãs, entre elas:
- Abergement-la-Ronce, França
- Abuja, Nigéria
- Amsterdã, Países Baixos
- Berlim, Alemanha
- Bogotá, Colômbia
- Boston , Estados Unidos
- Buenos Aires, Argentina
- Camberra, Austrália
- Chaoyang, distrito de Pequim, China
- Guadalajara, México
- Lima, Peru
- Lisboa, Portugal
- Luxor, Egito
- Doha, Qatar
- Montevidéu, Uruguai
- Roma, Itália
- Santiago, Chile
- Washington, D.C., Estados Unidos
- Xian, China
Economia
Além de ser centro político, Brasília é um importante centro
econômico. É a terceira cidade mais rica do Brasil, exibindo um Produto
Interno Bruto (PIB) de 99,5 bilhões de reais, ou 3,76 % de todo o PIB brasileiro. Brasília está entre as áreas urbanas de maior índice de renda per capita do Brasil.
Segundo pesquisa da consultoria Mercer sobre o custo de vida para
funcionários estrangeiros, Brasília está colocada na posição 33 entre as
cidades mais caras do mundo em 2011, subindo da posição 70 em 2010.
Superada no Brasil em 2011 somente pelas cidades de São Paulo (10) e Rio de Janeiro (12), Brasília entra na classificação logo depois de Nova Iorque (32), a cidade mais cara dos Estados Unidos.
A principal atividade econômica da capital federal resulta de sua
função administrativa. Por isso seu planejamento industrial é estudado
com muito cuidado pelo Governo do Distrito Federal. Por ser uma cidade tombada pela Unesco, o governo de Brasília tem optado em incentivar o desenvolvimento de indústrias não poluentes como a de software, do cinema, vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico, preservando o patrimônio da cidade.
A economia de Brasília sempre teve como principais bases a construção civil e o varejo.
Foi construída em terreno totalmente livre, portanto ainda existem
muitos espaços nos quais se pode construir novos edifícios. À medida que
a cidade recebe novos moradores, a demanda pelo setor terciário aumenta, motivo pelo qual Brasília tem uma grande quantidade de lojas, com destaque para o Conjunto Nacional,
localizado no centro da capital. A agricultura e a avicultura ocupam
lugar de destaque na economia brasiliense. Um cinturão verde na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.
Turismo
Brasília é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, uma agência da ONU
e recebe cerca de um milhão de visitantes anualmente. Entre as suas
atrações mais visitadas estão os diversos projetos arquitetônicos de Oscar Niemeyer.
O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os
órgãos governamentais da administração direta e os representantes dos
três poderes republicanos. Os principais edifícios governamentais
encontram-se no Eixo Monumental, onde estão o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo brasileiro, a Praça dos Três Poderes, a Catedral, o Catetinho, a Torre de TV, o Memorial JK, o Panteão da Pátria, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Santuário Dom Bosco e o Museu Vivo da Memória Candanga. Outra bela obra arquitetônica é a recém-construída ponte Juscelino Kubitschek, premiada internacionalmente, pela beleza de sua arquitetura.
Brasília ainda é conhecida por suas comunidades espiritualistas (como o Vale do Amanhecer, em Planaltina (DF), a Cidade Eclética e a Cidade da Paz) localizadas nos seus arredores e também por modernistas templos religiosos, como o Templo da Boa Vontade da LBV.
A cidade oferece também ecoturismo por estar localizada a 1 000 metros acima do nível do mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde nascem quase todas as grandes bacias hidrográficas brasileiras. A cidade ainda conta com várias áreas verdes, como o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral e o Jardim Botânico.
O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período
posterior à fundação, mas também resgata locais e fatos anteriores a
1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de 3 000 quilômetros,
aberta em 1736 para ligar a cidade de Salvador a Vila Bela, antiga capital do Mato Grosso.
Estrutura urbana
Educação
A educação de Brasília, no período de construção da capital, tinha
como propósito se diferenciar da educação no restante do Brasil. Sob os
pressupostos do movimento Escola Nova, comandado pelo educador Anísio Teixeira e seguido, em especial, pelo antropólogo Darcy Ribeiro, o qual priorizava o desenvolvimento do intelecto em detrimento da memorização, as escolas primárias
foram divididas entre escolas-classe e escolas-parque. Nas primeiras,
as crianças passariam quatro horas diárias aprendendo conteúdos e nas
segundas, mais quatro horas praticando atividades extracurriculares:
artes e esportes, por exemplo.
O fator educação do Índice de Desenvolvimento Humano no município atingiu a marca de 0,935 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo censo demográfico
de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foi de 5,68
por cento. Nota-se que o analfabetismo vem se reduzindo nos últimos 30
anos, tanto na cidade como no país (no Brasil, a taxa de analfabetismo é
de 13,6 por cento).
Brasília tem um sistema de ensino primário e secundário, público e privado, e uma variedade de profissionais de escolas técnicas. Em 2009, havia, na cidade, 833 estabelecimentos de ensino fundamental, 622 unidades pré-escolares, 187 escolas de nível médio e mais algumas instituições de nível superior, a rede de ensino da cidade é extensa. No total, foram 418 913 matrículas e 16 785 docentes registrados em 2009. No ensino superior, destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas. Dentre as principais instituições de ensino superior da cidade, estão a Universidade de Brasília (UnB), Universidade Católica de Brasília (UCB), Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), Centro Universitário do Distrito Federal (UDF),Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Universidade Paulista (UNIP) e União Pioneira da Integração Social (UPIS).
Há uma concentração extrema de instituições de ensino superior no Plano Piloto. Em 2006, foi instalado um novo campus daUniversidade de Brasília em Planaltina. Existem também núcleos da UnB nas regiões administrativas de Ceilândia e Gama. O número de bibliotecas
não é proporcional ao tamanho da população na área central. As
principais bibliotecas públicas do Distrito Federal se localizam no Plano Piloto, como a biblioteca da Universidade de Brasília, a Biblioteca da Câmara e do Senado e a Biblioteca Demonstrativa de Brasília. Há ainda a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola, também conhecida como Biblioteca Nacional de Brasília, inaugurada em 2006.
Tomando por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) de 2007, o município obteve 4,5 pontos, e a tendência é
de se chegar a 6 em 2017. Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2008, duas escolas da cidade figuraram entre as 50 melhores do ranking, sendo os colégios Olympo e CED Sigma os respectivos sexto e quadragésimo nono colocados.
Transportes
Brasília, por estar localizada no centro do Brasil, serve como ligação terrestre e aérea para o país. O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek
é um dos mais movimentados do Brasil por número de passageiros,
recebendo mais de 10 milhões de passageiros por ano para 44 destinos
distintos. Oito rodovias radiais fazem a ligação da capital federal com outras regiões do Brasil.
A atual conjuntura do sistema de transportes do Distrito Federal gera
um quadro de pouca mobilidade urbana, com um serviço de ônibus
notadamente caro e ineficiente, e uma infraestrutura que privilegia o
automóvel particular. Isso gera uma tendência de aumento no número de
carros a níveis para os quais a cidade não foi projetada. A cada mês, 5
mil veículos entram em circulação em Brasília, existindo um veículo para
2,3 habitantes do Distrito Federal.
Em março de 2008 a frota do DF chegou a 995 903 veículos,
correspondente a uma taxa de motorização de 390 veículos por cada 1 000
habitantes, e esta taxa é ainda maior na área central de Brasília
(Plano Piloto, Sudoeste, Lago Sul e Norte). Começaram a surgir inúmeros
engarrafamentos na cidade e alguns lugares se tornam intransitáveis na hora de pico (rush). Os ônibus transportam pouco mais de 14 milhões de passageiros por mês, mas a maior parte da frota já ultrapassou os sete anos limite impostos por lei.
Para tentar amenizar esse quadro, foi construído um metrô,
mas devido à sua extensão limitada e ao próprio crescimento da cidade,
ele não alterou significativamente o problema de trânsito na cidade e
desde o início da sua construção em 1991, gera prejuízos da ordem de 60
milhões de reais anuais ao governo. Das 29 estações planejadas, 24 estão em funcionamento, ligando o centro do Plano Piloto (rodoviária) ao Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. O Metrô de Brasília transporta cerca de 150 mil usuários por dia. Em 1º de fevereiro de 2009, entrou em funcionamento a integração dos sistemas de micro-ônibus e metrô, com bilhetes eletrônicos. Ainda está em implementação o projeto Brasília Integrada, que contempla a criação de corredores especiais para ônibus e a integração destes com o metropolitano.
Um novo terminal rodoviário interestadual foi inaugurado em julho de 2010, ao lado da Estação Shopping do metrô.
Saúde
Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
Brasília dispunha de um total de 1 756 estabelecimentos de saúde em
2009, sendo 148 públicos e 1 608 privados, os quais dispunham no seu
conjunto de 5 294 leitos para internação, sendo que quase 3 700 são
públicos. A cidade também conta com atendimento médico ambulatorial em
especialidades básicas, atendimento odontológico com dentista e presta
serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em abril de 2010 existiam 920 696 mulheres em idade fértil (entre 10 e 49 anos). Brasília contava em dezembro de 2009 com 595 anestesistas,
7 205 auxiliares de enfermagem, 633 cirurgiões gerais, 4 004 cirurgiões
dentistas, 1 729 clínicos gerais, 2 745 enfermeiros, 530 farmacêuticos,
841 fisioterapeutas, 278 fonoaudiólogos,
1 371 gineco-obstetras, 146 médicos de família, 439 nutricionistas,
1 275 pediatras, 893 psicólogos, 223 psiquiatras, 465 radiologistas e
2 551 técnicos de enfermagem. Em 2008 foram registrados 44 168 nascidos
vivos, sendo que 7,5% nasceram prematuros, 51,6% foram de partos cesáreos e 14,2% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,6% entre 10 e 14 anos). A taxa bruta de natalidade era de 17,3 por 100 mil habitantes. No mesmo ano, a taxa de mortalidade infantil era de 11,9 por mil nascidos vivos e a taxa de óbitos era de 4 por mil habitantes.
A região administrativa de Brasília possui diversos hospitais
públicos, como o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o Hospital
Regional da Asa Norte (HRAN), o Hospital Regional da Asa Sul (HRAS),
pertencentes ao Governo do Distrito Federal, além do Hospital
Universitário de Brasília, da Universidade de Brasília
(UnB). Algumas das demais RAs também possuem hospitais públicos da
Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em um total de 12. O sistema de
saúde pública da capital recebe diferentes reclamações e críticas (como
é comum no Brasil), principalmente por casos de mau atendimento,
desigualdade entre negros e brancos e ineficiência. Por outro lado, Brasília tem um dos maiores projetos de informatização do sistema de saúde no Brasil.
Quanto a doenças comuns, o Distrito Federal teve 3.147 ocorrências de dengue de janeiro a agosto de 2008, quase duas vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2007. Brasília tem uma das maiores taxas de ocorrência de câncer do Brasil. Em 2005, o Distrito Federal foi o recordista nacional de mortes de mulheres por câncer de mama, e os novos casos não diminuiram no ano seguinte. Também são numerosos os casos de câncer de pulmão, devido aos altos índices de tabagismo.
Cultura
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Património Mundial da UNESCO | ||||
Palácio da Alvorada à noite.
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País | Brasil | |||
Tipo | ||||
Critérios | i, iv | |||
Referência | 445 | |||
Região** | Brasil | |||
Coordenadas | 15º47'S 47º54'W | |||
Histórico de inscrição | ||||
Inscrição | 1987 (11ª sessão) | |||
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial. ** Região, segundo a classificação pela UNESCO. |
Em Barcelona, Espanha, no dia 12 de dezembro de 2007, o Bureau Internacional de Capitais Culturais nomeou Brasília como a Capital Americana da Cultura para o ano de 2008, sucedendo Cuzco. O Bureau promoveu uma votação popular que elegeu as sete maravilhas do Patrimônio Cultural Material de Brasília: a Catedral, o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Templo da Boa Vontade, o Santuário Dom Bosco e a Ponte JK.
Os principais museus da cidade estão localizados no Eixo Monumental. O Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, projetado por Oscar Niemeyer em forma de pomba e inaugurado em 1986 traz o "Livro dos Heróis da Pátria" com a história daqueles que teriam lutado pela união da nação. O Memorial JK apresenta diversos objetos pessoais (fotos, presentes, cartas) e o próprio túmulo do idealizador da cidade. O Memorial dos Povos Indígenas tem como objetivo mostrar um pouco da riqueza das culturas indígenas nacionais.
Em 15 de dezembro de 2006, foi inaugurado o Complexo Cultural da República, um centro cultural localizado ao longo do Eixo Monumental, formado pela Biblioteca Nacional de Brasília e pelo Museu Nacional da República. A Biblioteca Nacional de Brasília ocupa uma área de 14 000 m², contando com salas de leitura e estudo, auditório e uma coleção de mais de 300 000 itens. O Museu Nacional da República é constituído por uma área de 14 500 m², dois auditórios com capacidade de 780 lugares e um laboratório. O espaço é usado principalmente para exibir exposições de arte temporárias.
Fora do Eixo Monumental, existe ainda o Museu de Arte de Brasília que
conta com exposição permanente voltada para a arte moderna e o Museu de Valores do Banco Central. No Setor de Diversões Norte, em forma de uma grande pirâmide irregular, está localizado o principal teatro da cidade, o Teatro Nacional Cláudio Santoro com três salas - nomeadas em homenagem a Villa-Lobos, Martins Pena e Alberto Nepomuceno.
Eventos
No campo da moda, acontece a Capital Fashion Week, evento que segue o exemplo do São Paulo Fashion Week e tenta divulgar nacionalmente as marcas e modelos da região Centro-Oeste do Brasil e de Brasília.
O Carnaval é marcado atualmente pelos desfiles de escolas de samba e blocos, sendo notadamente influenciado pelo carnaval do Rio de Janeiro. Em Ceilândia, existe o Ceilambódromo onde se pode assistir a desfile.
Cinema
Na produção local de cinema, destaca-se o diretor Afonso Brazza, que se tornou cult
graças a seus filmes policiais de baixo orçamento. Outro cineasta
radicado na capital e muito conhecido não só na cidade mas em todo país é
o documentarista Vladimir Carvalho,
professor de cinema da Universidade de Brasília, que produziu 21 filmes
documentários, parte deles sobre a própria história e realidades
sociocultural e política do Distrito Federal e Goiás.
Além disso, acontece, anualmente, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Realizado desde 1965, quando se chamava Semana do Cinema Brasileiro,
firmou-se como um dos mais tradicionais do Brasil, sendo comparável ao Festival do Cinema Brasileiro de Gramado,
porém sempre preservando a tradição de somente inscrever e premiar
filmes brasileiros, princípio que nos momentos mais críticos da história
cinematográfica brasileira foi abandonado por Gramado.
Alguns filmes brasileiros ambientados em Brasília são: O sonho não acabou, Momento Trágico, Palco dos Sonhos, As Vidas de Maria, Doces Poderes, Redentor, O Casamento de Louise, Celeste e Estrela, Brasília 18%, Vestibular 70, A Concepção, Brasília segundo Feldman, Brasília: contradições de uma cidade nova, Barra 68 e Conterrâneos Velhos de Guerra.
Atores e atrizes como Patrícia Pillar, Maria Paula, Murilo Rosa, Mateus Solano, Rosanne Mulholland, Rafaela Mandelli e Rafael Almeida são nascidos na cidade.
Música
No final dos anos 1970, predominavam os ritmos regionais como o forró e a música sertaneja; nessa época, despontava no grupo Secos e Molhados o cantor Ney Matogrosso, que fora profissional da área de saúde na capital federal. No começo dos anos 1980, surgiram várias bandas de rock vindas de Brasília que despontaram no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. Na mesma época, um carioca criado em Minas Gerais, Oswaldo Montenegro, se tornava conhecido na cidade, montando espetáculos de cujo elenco fazia parte Cássia Eller.
Nesta mesma época surgiu, paralelamente ao cenário rock, o reggae de Renato Matos e outros movimentos culturais que criaram o Projeto Cabeças, de onde surgiram vários artistas de Brasília. Na década seguinte, despontaram o hardcore dos Raimundos e o reggae do Natiruts. Alguns músicos e cantores que moraram em Brasília durante esse período foram Ney Matogrosso, Zélia Duncan e membros da Legião Urbana e dos Paralamas do Sucesso.
Atualmente, Brasília conta com o Festival Porão do Rock,, que tenta revelar novas bandas no cenário nacional. Este evento, lançado em 1998 na Concha Acústica a partir de um grupo de músicos que se reunia no subsolo de um prédio comercial em uma das quadras da Asa Norte, ganhou, em 2000, sua primeira versão em maior escala no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, onde é realizado desde então. Também é realizado na cidade, anualmente, o Brasília Music Festival. Mais recentemente, o choro vem ganhando adeptos em Brasília, resultando na criação de clubes de choro, como o Clube de Choro de Brasília. Brasília também tem se firmado no hip hop. São originarios da cidade os grupos Câmbio Negro, Viela 17, Guind'art 121 e o rapper GOG.
Patrimônio urbanístico
O projeto urbanístico de Brasília foi projetado por Lúcio Costa, vencedor do concurso de 1957 para o plano da Nova Capital, e teve sua forma inspirada pelo sinal da cruz. No entanto, o formato da área é popularmente comparado ao de um avião.
Na extremidade noroeste do Eixo Monumental estão os edifícios
regionais, enquanto no extremo sudeste, perto da costa do Lago Paranoá,
estão os edifícios do governo federal, em torno da Praça dos Três Poderes, o coração conceitual de Brasília. A cidade é divida em setores temáticos, como o Hospitalar, Hoteleiro e de Diversões.
Lúcio Costa projetou o Eixo Monumental como uma área aberta no centro da cidade onde se situa a Esplanada dos Ministérios.
O gramado retangular da área é cercado por duas amplas vias expressas,
que formam a principal avenida da cidade, onde muitos edifícios
públicos, monumentos e memoriais estão localizados. Este é o corpo
principal do "avião" que forma da cidade, como previsto por Lúcio Costa. O Eixo Monumental assemelha-se ao National Mall, em Washington, DC, e é a via pública mais larga do mundo, com 250 metros de largura. A Praça dos Três Poderes, o centro conceitual do plano piloto, é um amplo espaço aberto entre os três edifícios monumentais que representam os três poderes da República: o Palácio do Planalto (Executivo), o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e o Congresso Nacional (Legislativo).
Como em quase todos os logradouros de Brasília, a parte urbanística foi
idealizada por Lúcio Costa e as construções foram projetadas por Oscar Niemeyer.
Conjuntos habitacionais de baixo custo foram construídos pelo governo
no plano piloto. As zonas residenciais da cidade são organizados em
"superquadras", que são grupos de edifícios de apartamentos, juntamente
com um determinada quantidade e tipo de escolas, lojas e espaços
abertos. No extremo norte do Lago Paranoá, separado do centro da cidade,
há uma península
com muitas casas de luxo e um bairro semelhante existe na margem do
Lago Sul. Originalmente, os planejadores da cidade imaginaram extensas
áreas públicas ao longo das margens do lago artificial, mas durante o
desenvolvimento inicial da capital, clubes privados, hotéis e
residências de luxo ocuparam a área torno da água. Bem separados da cidade estão as suburbanas cidades-satélites, que incluem Gama, Ceilândia, Taguatinga, Núcleo Bandeirante, Sobradinho e Planaltina. Estas cidades, com exceção da Gama e Sobradinho, não foram planejados e desenvolveram-se naturalmente. A capital do Brasil é a única cidade do mundo construída no século 20 para ser premiado (em 1987) o status de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, uma agência da ONU.
A cidade tem sido aclamada por seu uso em larga escala da arquitetura modernista e por seu plano urbanístico um tanto utópico. Após uma visita a Brasília, o escritor francês Simone de Beauvoir se queixou de que todas as superquadras da cidade exalavam "o mesmo ar de monotonia elegante". Apesar de algumas falhas, como o privilégio dado ao transporte rodoviário,
o projeto de Brasília produziu uma cidade de qualidade relativamente
alta de vida, em que os cidadãos vivem em áreas arborizadas, com
esportes, lazer e estrutura, ladeadas por pequenas áreas comerciais,
livrarias e cafés, a cidade é famosa por sua culinária e trânsito
eficiente.
Mesmo estas características positivas provocaram alguma controvérsia,
o que foi expresso no apelido de "ilha da fantasia", indicando o forte
contraste entre a cidade e as regiões vizinhas, marcadas pela pobreza e desorganização das cidades do estado de Goiás, no entorno de Brasília. Os críticos da grande escala de Brasília têm a caracterizado como uma fantasia platônica modernista sobre o futuro.
Patrimônio arquitetônico
O edifício do Congresso Nacional do Brasil, tal como a maioria dos edifícios oficiais na cidade, foi projetado por Oscar Niemeyer seguindo o estilo da arquitetura moderna brasileira. Vistas desde o Eixo Monumental, a calota à esquerda é a sede do Senado e a da direita é a sede da Câmara dos Deputados.
Entre eles há duas torres de escritórios. O Congresso também ocupa
outros edifícios no entorno, alguns deles interligados por um túnel. Na
frente do prédio, há um grande gramado e um lago, enquanto do outro lado
do edifício está a Praça dos Três Poderes. O paisagista brasileiro Roberto Burle Marx projetou os jardins modernistas de alguns dos principais edifícios da cidade.
O Palácio da Alvorada é a residência oficial do Presidente do Brasil, foi concebido por Oscar Niemeyer
e inaugurado em 1958. O prédio foi uma das primeiras estruturas
construídas na nova capital, localizado sobre uma península nas margens
do Lago Paranoá.
O espectador tem uma sensação de olhar para uma caixa de vidro,
aterrada suavemente sobre o solo, com o apoio externo de finas colunas. O
edifício tem uma área de 7 000 m² e tem três pisos, além de auditório,
cozinha, lavanderia, centro médico, centro administrativo, quatro
suítes, dois apartamentos privados, biblioteca, piscina, sala de música,
duas salas de jantar e várias salas de reunião.
O Palácio do Planalto é o local onde está localizado o Gabinete do Presidente do Brasil, sendo portando a sede do Poder Executivo
do governo do país. O palácio faz parte do projeto do Plano Piloto da
cidade e foi um dos primeiros edifícios construídos na capital. A
construção do edifício começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu a
projeto arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer em 1956. A obra foi
concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das festividades da
inauguração da nova Capital, em 21 de abril de 1960. O Palácio Itamaraty, também conhecido como Palácio dos Arcos, outro projeto modernista de Niemeyer, foi inaugurado em 21 de abril de 1970 e é onde está localizado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
A Catedral de Brasília
é outra obra idealizada por Niemeyer. Teve sua estrutura pronta em
1960, onde aparecia somente a área circular de 70 metors de diâmetro da
qual se elevam 16 colunas de concreto (pilares de secção parabólica),
que pesam 90 toneladas. Em 31 de maio de 1970, foi inaugurada
oficialmente, já com os vidros externos transparentes. Na praça de
acesso ao templo, encontram-se quatro esculturas em bronze com três
metros de altura, representando os evangelistas; as esculturas foram realizadas com o auxílio do escultor Dante Croce, em 1968. No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço.
A Ponte Juscelino Kubitschek serve como ligação entre o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião e a parte central do Plano Piloto, através do Eixo Monumental, atravessando o Lago Paranoá. Inaugurada em 15 de dezembro de 2002,
a estrutura da ponte tem um comprimento de travessia total de 1 200
metros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três faixas
de rolamento, duas passarelas nas laterais para uso de ciclistas e
pedestres e comprimento total dos vãos de 720 metros. Ela foi projetada pelo arquiteto Alexandre Chan e estruturada pelo engenheiro
Mário Vila Verde. Chan ganhou a Medalha Gustav Lindenthal por este
projeto. A ponte é constituída por três arcos de aço assimétricos de 60
metros de altura que se cruzam em diagonal. Foi concluída a um custo de US$ 56,8 milhões.
Além dos edifícios já mencionadas, outras grandes patrimônios arquitetônicos da cidade são o Complexo Cultural da República, Memorial JK, Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, Torre de TV de Brasília, a sede da Procuradoria Geral da República, o Palácio do Buriti, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, além várias embaixadas estrangeiras que criativamente encarnam características de sua arquitetura nacional.
Esportes
Obras do Estádio Nacional de Brasília, o Mané Garrincha, uma das sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014. |
O Distrito Federal é sede de dois clubes de futebol reconhecidos nacionalmente: o Brasiliense Futebol Clube (de Taguatinga) e a Sociedade Esportiva do Gama (ou simplesmente Gama), que chegaram a participar da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol, sendo que o melhor resultado da história foi o vice-campeonato do Brasiliense na Copa do Brasil na edição de 2002.
Os principais estádios de futebol são o Estádio Mané Garrincha, o Serejão e o recém-reformado Bezerrão. Brasília é uma das 12 cidades sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014, da qual o Brasil será o anfitrião. O estádio que será usado será o Estádio Nacional de Brasília, que no momento esta construção. Ao lado do estádio se encontra o Ginásio Nilson Nelson, que já recebeu partidas da Seleção Brasileira de Vôlei e do Campeonato Mundial de Futsal de 2008. Brasília foi postulante a sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2000, mas teve sua candidatura retirada e também candidata a Universíada de Verão de 2017, no entanto perdeu para Taipei,em Taiwan.
Por ser uma cidade localizada em altitude superior a 1000 metros do
nível do mar, Brasília tem revelado atletas de alto nível, corredores de
fundo e meio fundo como: Joaquim Cruz e Hudson de Souza (800 e 1500 mts rasos); Carmem de Oliveira e Lucélia Peres (5000, 10 000 e maratona); Valdenor Pereira dos Santos (5000 e 10 000 m); Marilson Gomes dos Santos (5000, 10 000, meia-maratona e maratona). No tênis, o principal torneio é o Aberto de Brasília, disputado em oito quadras da Academia de Tênis Resort, às margens do lago Paranoá. O torneio faz parte do ATP Challenger Tour, circuito que acontece em cerca de 40 países, com 178 eventos atuais. Brasília é também a sede do Universo/BRB/Brasília, um dos maiores times do basquete nacional e atual campeão brasileiro.
PLANALTINA - DISTRITO FEDERAL
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 15° 37' S 47° 40'
PLANALTINA - DISTRITO FEDERAL
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Coordenadas: 15° 37' S 47° 40'
BANDEIRA DE PLANALTINA
HINO DE PLANALTINA
Fundação: 19 de agosto de 1859 Lei de criação: 4545 de 10 de dezembro de 1964.
Distância de Brasília: 38 km
HINO DE PLANALTINA
Fundação: 19 de agosto de 1859 Lei de criação: 4545 de 10 de dezembro de 1964.
Distância de Brasília: 38 km
População em 2011: 164.939 hab.
Área: 1534 km²
Altitude: 944m
Humidade relativa do ar: em média muito baixa, chegando por vezes aos 31ºC
É uma Região Administrativa do Distrito Federal Brasileiro
HISTÓRIA
A partir da primeira metade do século XVIII, inicia-se a exploração das minas de ouro e esmeraldas e o povoamento do interior de Goiás pelos bandeirantes; desde então essa região passa a ser frequentada como ponto de passagem da estrada real, utilizada para o escoamento de ouro e arrecadação de dízimos territoriais à coroa. Os documentos existentes não indicam a data exata da fundação de Planaltina, no entanto a data convencionada de fundação de Planaltina é 19 de agosto de 1859, mas, há relatos de alguns historiadores de que a cidade possua mais de 200 anos. Segundo a tradição oral, o primeiro nome do povoado foi Mestre D'armas, devido ao fato de que na região se instalara um ferreiro, perito na arte de consertar e manejar armas, que recebeu o título de Mestre, expressão que passou a identificar o local. Atribui-se, entretanto, a fundação do núcleo em que se originou Planaltina a José Gomes Rabelo, fazendeiro que se transferiu da então Capital da Província de Goiás para a Lagoa Bonita, estendendo posteriormente suas posses até à morada do "Mestre D'armas" . Construíram uma Capela de Taipa, em pagamento de voto feito a São Sebastião, para se livrarem de uma epidemia que os atacava na época. Dona Marta Carlos Alarcão encomendou de Portugal, uma imagem do Santo, trabalhada em madeira, para ser colocada na capela, sendo mais tarde substituída por outra maior, ao ampliarem a construção. A atual Igreja de São Sebastião conserva até hoje as mesmas características da sua criação. O território onde se situava "Mestre D'armas" pertenceu, de início, à Vila de Santa Luzia (hoje Luziânia), tendo-se transferido para o Julgado de Couros (hoje Formosa) em 20 de junho de 1837. Sucessivas anexações e desanexações ocorreram, a partir de então, provocadas por manifestações da população local, levando o povoado a pertencer, de acordo com as preferências do poder dominante, ora a Vila de Santa Luzia, ora a Vila de Formosa. Em 19 de agosto de 1859 pela Lei nº 03 da Assembléia Provincial de Goiás, criou-se o Distrito de Mestre D'armas, nos termos da Lei ficou pertencendo ao município de Formosa. Esta, mais tarde, passou a ser a data oficial da fundação da cidade de Planaltina, nos termos do disposto no artigo 2º do Decreto "N" nº 571, de 19 de janeiro de 1967. Mais tarde, na cidade foi instalado um posto da coletoria responsável pela cobrança de impostos estaduais e federais. No ano de 1892, aconteceu um fato que ligaria definitivamente a história de Planaltina à de Brasília. Trata-se da vinda da Comissão Cruls, que realizou os primeiros estudos para a implantação da futura Capital Federal no Planalto Central. O então Presidente da República Epitácio Pessoa, baixou o decreto nº 4494 de 18 de janeiro de 1922, determinando o assentamento da Pedra Fundamental. No dia 7 de setembro de 1922, foi lançada a pedra fundamental onde pretendia-se construir a futura capital do Brasil. Pedra Fundamental de Brasília-Brasil. Após a inauguração de Brasília nos anos 60, Planaltina foi anexada como então cidade-satélite de Brasília. Planaltina hoje possui cerca de 164.939 habitantes (PDAD 2010/2011). O padroeiro da cidade é São Sebastião, cuja festa litúrgica se dá em 20 de janeiro. Etimologia Em 14 de julho de 1917 pela lei nº 451, a cidade passa a denominar-se Planaltina. Não existe um consenso sobre a origem desse nome. Missão Cruls. O astrônomo belga Luís Cruls chefiou a missão exploratória que em 1892, a partir do Rio de Janeiro, viajou pelo interior do país para escolher o local onde seria construída a nova capital do Brasil. A partir do dia 21 de abril de 1960, data da inauguração de Brasília como capital do Brasil, Planaltina teve seu território desmembrado em duas partes. A antiga sede do município goiano estava localizada na parte que ficou dentro da extensão do Distrito Federal, e foi ajuntada à estrutura administrativa que se implantou, na categoria de região administrativa do Distrito Federal. A outra parte do município, que ficou fora do quadrilátero do Distrito Federal, continuou a pertencer ao estado de Goiás e sua nova sede recebeu o nome de Planaltina de Goiás, popularmente conhecida como Brasilinha. Vários grupos de teatro surgiram em Planaltina. Jovens atores e pessoas com grande experiência no mundo das artes que atuam na cidade, se apresentam nos palcos do Distrito Federal e do Brasil. São mais de 3 mil atores e figurantes nos espetáculos cênicos de Planaltina. Grupos vencedores de prêmios nacionais de dramaturgia. Apesar de todos esses talentos, na cidade há apenas um auditório público para as apresentações, e a Secretaria de Cultura do Distrito Federal não possui uma política de apoio a esses artistas. Toda sexta-feira Santa, a cidade realiza o maior teatro a céu aberto do Brasil. A Paixão de Cristo acontece na cidade cenográfica de Jerusalem, no Morro da Capelinha. 1.400 atores se revesam na subida de 1km do morro para reviver 15 estações cênicas que representam o julgamento, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. Todos os anos pessoas de vários estados do Brasil e diversos países do mundo compõem o público de 150 mil pessoas da encenação. A região administrativa de Planaltina possui uma rede de comunicação que engloba blogs, canais de rádio, sites de notícias e jornais impressos. Um veículo de comunicação de destaque é a Rádio Utopia, uma rádio comunitária que é transmitida pela frequência 98,1 FM e se destaca pela sua programação voltada para a Música Popular Brasileira e pelo seu jornalismo local. A Rádio já fez denúncias de desvios de dinheiro público envolvendo a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço). Os repórteres da emissora fazem denúncias de descaso e abandono por parte do Governo do Distrito Federal (GDF) e outras autoridades públicas. No centro de Planaltina ainda é possível encontrar casarões do século XVIIII em estado de preservação. A Igreja de São Sebastião construída a 200 anos por portugueses e luso- afro- brasileiros, também faz parte do acervo histórico da cidade. O cenário se parece com o centro da cidade de São Luiz, no Maranhão. No Vale do Amanhecer Em Planaltina, está localizado o maior centro espirita do Brasil. O templo fica dentro do bairro de mesmo nome, hoje com cerca de 50 mil habitantes. O local foi fundado por Neiva Chaves Zelaya, uma clarividente famosa em todo o mundo.
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