ARROZ DE PATO À MODA DE BRAGA


Arroz de Pato à Moda de Braga

 Ingredientes: 

1 pato 
500 g de arroz 
250 g de presunto 
1 chouriço de carne 
1/2 orelha de porco 
1 colher de sopa de manteiga 
1 ramo de salsa 
1 limão 
1 cravinho 
sal 
pimenta




 Confecção: Arranja-se o pato e a orelha de porco e leva-se ao lume em água abundante temperada com sal e pimenta, juntamente com o presunto, o chouriço, a salsa e o cravinho. 
Retira-se a espuma que se forma no início da cozedura. Quando as carnes estiverem bem cozidas, mas sem se desmanchar o pato, retiram-se e deixa-se arrefecer o caldo. Com uma colher, tira-se parte da gordura que se forma à superfície do caldo e côa-se. Mede-se o arroz depois de lavado e enxuto. 
Numa panela deita-se o caldo (duas vezes o volume do arroz) e assim que ferver junta-se o arroz e o sumo de limão e rectificam-se os temperos. Deixa-se abrir um pouco o arroz. 
Muda-se para um alguidar de barro achatado, típico da região, e leva-se a forno bem quente. Quando o caldo tiver desaparecido, enterra-se o pato no arroz, previamente barrado com a manteiga, e deixa-se acabar de cozer o arroz e alourar. Antes de servir, trincha-se o pato, retirando-lhe os ossos e cortando a carne em fatias. Corta-se também o presunto e a orelha de porco em bocados e o chouriço em rodelas. Dispõem-se as carnes alternadas sobre o arroz. 
Serve-se bem quente, podendo envolver-se o alguidar numa toalha de linho e acompanha-se com laranjas cortadas às rodelas ou aos gomos. 

Rendimento:  6 pessoas

Fonte: Editorial Verbo

...E ASSIM NASCEU FAFE...




Historial da Cidade Fafe

 É uma jovem cidade do Minho, mas com origens antigas. Por aqui andaram povos como os Lusitanos e os Romanos, que deixaram marcas consideráveis, hoje pontos atrativos aos visitantes.

Praça 25 de abril















Bandeira de Fafe
 











 Brasão do município de Fafe

Fafe é uma terra, pequena, mas com valor, pois possui inúmeros monumentos e agradáveis espaços verdes. Fafe é também conhecida pelo lema “ Com Fafe ninguém fanfe”, lema esse que apareceu quando, há muitos anos atrás, se fez justiça a favor do Visconde Moreira de Rei. Nesse tempo, como agora, o lema provoca um sorriso de simpatia por todos os fafenses. Talvez por isso e por ser uma pequena cidade que tão bem acolhe os visitantes, Fafe foi e ainda é considerada a SALA DE VISITAS DO MINHO.


Sala de Visitas do Minho
Fafe é uma cidade recente, mas que, como povoação, existe desde o Séc. XIII, sendo apenas uma freguesia do conselho de Montelongo, o qual recebeu o foral do Rei D. Manuel em 5 de Novembro de 1513. Esta freguesia desde muito cedo, iniciou o seu desenvolvimento. Assim em 1836 torna-se sede de conselho e quatro anos mais tarde sobe à categoria de Vila, tomando para designação o nome Fafe em desfavor do nome Montelongo. Este Topónimo surge como que por homenagem às duas famílias mais poderosas da região ( Egas Fafe e Dom Fafes Serafins). É nesta altura, com cerca de 10.282 habitantes que Fafe começa o seu verdadeiro desenvolvimento. Durante o próximo século a sua população aumenta. Torna-se uma Vila que vive à base da indústria têxtil, da agricultura e dos serviços. Em 1980 já tinha 48.000 habitantes, 36 freguesias e era uma Vila bastante desenvolvida. Passando então, por mérito próprio à categoria de Cidade. O continuado desenvolvimento da cidade deve-se aos autarcas, como também à sua população, visto ser esta uma das principais responsáveis por toda a evolução da nossa terra pois sempre se preocupou em trabalhar quer na agricultura ( no seu inicio), quer nos outros ramos, indústria e comercio (mais recentemente ) para que a nossa terra enriquecesse tanto a nível financeiro, como a nível cultural. Fafe é agora uma terra relativamente desenvolvida, mas que tem na memória o seu passado e as suas origens.

 Rancho Folclórico de Fafe
Localização geográfica:

 Fafe é uma das cidades da província(estado) do Minho, do distrito e arquidiocese de Braga e situa-se a 32 Km a este da Capital de Distrito. O conselho de Fafe possui uma área de 216,72 Km2 aproximadamente, de que fazem parte 36 freguesias, às quais se encontram circundadas pelos conselhos de Cabeceiras e Celorico de Basto, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Felgueiras e Vieira do Minho. Fafe situa-se num vale entre a Serra da Lameira, os Montes da Penha e outras montanhas. Numa vista aérea destacam-se três rios ladeados por arvoredo e que se espreguiçam pela periferia da cidade. São eles o Rio Ferro, que tem a sua nascente para o lado de Moreira de Rei, o Rio do Bugio, que inicia o seu percurso para os lados de S. Gens e o Rio Vizela, que acolhe os outros dois e desagua no Rio Ave. Ainda recentemente o Rio Vizela foi enriquecido com uma Barragem na freguesia de Queimadela, podendo proporcionar aos visitantes o agradável sossego e frescura de uma praia fluvial ladeada pela verdura da natureza.

 Monumentos históricos

 O concelho de Fafe possui alguns monumentos históricos, deixados pelos primeiros povos que por aqui passaram, tais como a civilização castreja, de que é testemunho o castro de Sto. Ovídeo onde podemos ver vestígios das suas construções, e onde foi encontrada a estátua de um guerreiro Galaico, atualmente exposto no Museu Martins Sarmento em Guimarães. Existem ainda duas igrejas de estilo Românico, apesar de se encontrarem já bastante adulteradas; são elas a Igreja Românica de Arões, construída no séc.XIII e a Igreja de S. Gens, que é o que resta de um antigo Mosteiro de traça Românica.

Igreja Românica de Arões

 Existem ainda residências apalaçadas de arquitetura com fortes marcas brasileiras, uma vez que foram construídas por “ brasileiros de torna – viagem “ como forma de investir os seus capitais. • Nestas arquiteturas é de salientar a Igreja Matriz de Sta. Eulália (séc. XVIII-XIX ), o Solar do Santo Velho (séc. XVIII), o Solar da Luz (séc. XVIII-XIX) e o Teatro- Cinema construído em 1923, que apresenta uma bela fachada pintada.

 • Igreja Matriz Solar da Luz 













-  Cine Teatro de Fafe













 A Justiça de Fafe

 A Justiça de Fafe “ é o símbolo que mais caracteriza a cidade. Falar de Fafe, para muitos, é falar da “ Terra da Justiça” e consequentemente da lenda “ Com Fafe Ninguém Fanfe “. pelo nosso Portugal afora, Fafe é conhecida principalmente pela imagem da Justiça e pelo lema que a ela está associado, marcando assim os seus habitantes. • Contam as pessoas mais antigas, que esta tradição surgiu quando nas Cortes do Reino, um Visconde de Moreira de Rei se atrasou para uma sessão e ao chegar, um Fidalgo, que assistia, o insultou, julgando-o um vilão. No momento o Visconde ignorou os insultos, mas no final da sessão, o Fidalgo continuou a censurá-lo, atirando-lhe as luvas à cara. Então ajustou--se um duelo, na qual o Visconde é que escolhia as armas. Marcou-se o dia, a hora e o local. De acordo com o combinado, apareceram todos e constatou-se que a arma era um pau de marmeleiro. Visto que o Fidalgo não sabia muito bem manejar o pau num duelo, o Visconde deu a primeira paulada. A assistência, vendo tal “ palhaçada”, pois o Fidalgo limitou-se a defender-se, o que fez com que todos se desatassem às gargalhadas, proclamando “ Viva a Justiça de Fafe e com Fafe Ninguém Fanfe”. Explica-se assim o aparecimento da nossa mais conhecida lenda, da qual não se sabe a data, mas orgulhou e orgulha os habitantes desta Terra.


Matéria em construção...

CASQUINHA DE SIRI

A culinária sergipana possui dialeto próprio, com uma série de nomenclaturas capazes de confundir o visitante. O pé-de-moleque local, por exemplo, nada tem a ver com o doce de amendoim que conhecemos. Trata-se de mais um subproduto do beiju. É feito de tapioca úmida com coco ralado, leite e pouco açúcar e vem enrolado em folha de bananeira.

O pão de queijo sergipano difere bastante do mineiro. Trata-se de um pão com queijo ralado em cima e recheado com requeijão. Se for pedir uma carne frita, será servido um ensopado. Se não for essa a sua intenção, peça uma carne "assada no óleo". Os ensopados se chamam guisados.

Durante uma festa junina, se o seu desejo for uma canjica, peça pelo nome de munguzá. Caso contrário lhe será servido um curau.

Uma das atrações gastronômicas mais distintas é a feijoada sergipana. É feita com feijão marrom e legumes: abóbora, maxixe, quiabo, cenoura. Leva pouca carne de porco e muito charque. Todos os ingredientes são cozidos na mesma panela.

Já o pirão de leite, outra iguaria nativa, é feito à base de leite, farinha de mandioca e margarina e é servido com a tradicional carne-de-sol.

Há ainda uma grande oferta tanto de peixes e crustáceos de água doce como de frutos do mar. Vale experimentar, por exemplo, o pitu. É um camarão grande, geralmente pescado nos rios São Francisco e Real, e servido frito ou em moqueca.

Em geral, percebe-se que a moqueca sergipana, se comparada com a versão baiana, leva menos azeite-de-dendê e menos leite de coco. É um pouco mais leve, portanto. Já o surubim, uma espécie de peixe de água doce, fica delicioso se cozido e servido com molho de coco.

Na praia de Atalaia, em Aracaju, fica a Passarela do Caranguejo. Há vários restaurantes colados uns aos outros, nos quais é possível pedir a iguaria por unidade. Cada peça custa de R$ 1,50 a R$ 2. Há dias da semana em que, pelo mesmo preço, leva-se em dobro. O ritual é conhecido: tábua e martelo na mão e alguma paciência para descobrir o ninho de carne. São servidos também pratos de carne de caranguejo já separada, na forma de casquinha de siri.

O caranguejo é tão abundante nos mangues de Sergipe que chega a ser "exportado" para outros Estados, como Pernambuco, Bahia, Alagoas e Ceará. Dizem que os melhores caranguejos são pescados de maio a agosto, nos meses que não têm a letra "r". É quando o animal está mais gordo, momentos antes de trocar de casca.

Quanto às frutas típicas, deve-se destacar a mangaba. É uma fruta pequena, verde e bastante mole, utilizada como base para sorvetes, bolos, doces e, principalmente, sucos. Seu gosto lembra uma mistura de banana com pêra, podendo ser um pouco adstringente se a fruta não estiver madura.

Já o caju merece ser provado como sobremesa: em calda, cristalizado ou desidratado. Do jenipapo também são feitos sucos e doces.

CASQUINHA DE SIRI



Ingredientes
500 g de carne de siri
3 fatias de pão de fôrma sem casca
1/2 xícara (chá) de leite
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 colher (chá) de azeite de dendê
1/2 cebola picada
2 colheres (sopa) de salsinha picada
1 colher (chá) de extrato de tomate
1 colher (sopa) de conhaque
2 gemas
1 gema para pincelar
farinha de rosca para polvilhar
sal e pimenta-do-reino a gosto
6 casquinhas de siri

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 200ºC (temperatura alta).

2. Numa tigela, coloque o leite e os pães. Reserve.

3. Lave bem a carne de siri sob água corrente e transfira para um escorredor. Reserve.

4. Numa panela média, coloque o azeite de oliva e o azeite de dendê e leve ao fogo médio. Quando esquentar, adicione a cebola e refogue por 2 minutos. Acrescente a carne de siri bem escorrida, a salsinha, o extrato de tomate, o conhaque, as 2 gemas e o preparado com o pão. Tempere com sal e pimenta-do-reino, de preferência moída na hora. Mexa bem e cozinhe em fogo baixo por mais 2 minutos.

5. Coloque a mistura de siri nas casquinhas ou em tigelinhas individuais, pincele com a gema e polvilhe com a farinha de rosca.

6. Numa assadeira, disponha as casquinhas. Leve ao forno preaquecido e deixe dourar por cerca de 15 minutos. Sirva a seguir.

Fonte:panelinha

GUAXENDUBA

MILAGRE DE GUAXENDUBA



* Postado por Clarinha Melo em 24 março 2009 às 9:03

No início da colonização brasileira, as terras do Maranhão não foram ocupadas pelos portugueses (apesar de duas expedições feitas nesse sentido terem terminado tragicamente), e por isso os franceses começaram a se interessar por elas. O primeiro deles que chegou foi o pirata Jacques Riffault, que por aqui esteve com uma armada de três navios (1594), retornou ao seu país e voltou mais tarde com alguns colonos.
Em 1612 foi a vez do navegador Daniel de La Touche, o Senhor de La Ravardiére (1570-1631), que com o título de vice-almirante do Brasil aportou em uma ilha do litoral centro-norte daquele estado e ali construiu um forte ao qual deu o nome de São Luis, em homenagem ao rei infante da França, Luis XIII.

Mas três anos depois, em 1615, o capitão-mor do Pará, Jerônimo Fragoso de Albuquerque (?-1619), comandou a expedição que partiu de Pernambuco com a missão de expulsar os invasores franceses, derrotando-os após alguns combates sangrentos (na ilustração, busto de Daniel de la Touche).

Conta a lenda que num deles, travado em 19 de novembro de 1615, diante do forte de Santa Maria de Guaxenduba, a situação dos luso - brasileiros era crítica, não só em virtude de sua inferioridade numérica, mas principalmente porque lhes faltavam as armas e munições com que poderiam sustentar suas posições e depois arremeter sobre os inimigos. Em determinado instante, quando o ânimo dos soldados lusitanos havia atingido o seu ponto mais baixo, surgiu entre eles uma formosa mulher irradiando luz brilhante, e ela, com suas mãos, passou a transformar a areia em pólvora e o cascalho em balas. Diante disso, os combatentes de Jerônimo de Albuquerque (ilustração) se reanimaram e acabaram infligindo aos franceses uma severa derrota, e a estes só restou, então, o recurso da rendição.
Este feito militar foi comemorado com o entusiasmo que merecia, e mais tarde, para que sua lembrança não se apagasse e caísse então no esquecimento popular, a Virgem foi aclamada como padroeira da cidade de São Luiz do Maranhão, sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória.

O relato histórico desse acontecimento está presente no livro “Histórias da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará”, de 1759, escrito pelo padre José de Moraes, no qual, em determinado trecho, ele diz que “Foi fama constante, e ainda hoje se conserva por tradição, que a virgem Senhora foi vista entre os nossos batalhões, animando os soldados em todo o tempo do combate”.

O escritor maranhense Humberto de Campos (1886-1934) celebrou esta lenda no soneto intitulado “O Milagre de Guaxenduba”, cujos versos são os seguintes:

Minha Terra natal, em Guaxenduba;
Na trincheira, em que o luso ainda trabalha,
A artilharia, que ao francês derruba,
Por três bocas letais pragueja e ralha.

O leão de França, arregaçando a juba,
Saltou. E o luso, como um tigre, o atalha.
Troveja a boca do arcabuz, e a tuba
Do índio corta o clamor e o medo espalha.

Foi então que se viu, sagrando a guerra,
Nossa Senhora, com o Menino ao colo,
Surgir lutando pela minha terra.

Foi-lhe vista na mão a espada em brilho...
Pátria, se a Virgem quis assim teu solo,
Que por ti não fará quem for teu filho?

Catedral de São Luís do Maranhão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Vista da Catedral de São Luís, com o Palácio Episcopal à esquerda.

A Catedral de São Luís do Maranhão (Catedral de Nossa Senhora da Vitória) é a sede da arquidiocese do mesmo nome. Localiza-se na Praça Pedro II, no centro de São Luís, capital do estado do Maranhão, no Brasil. É um importante monumento do núcleo antigo da cidade, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
 

Gravura de 1860 da Catedral de São Luís
A diocese de São Luís do Maranhão foi criada em 1677, abrangindo desde o Ceará até o Cabo Norte (Amapá), sendo à época dependente do Patriarcado de Lisboa. Nos inícios da diocese, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória foi utilizada como 
O edifício da atual Sé Catedral não foi construído com o objetivo de ser sede catedralícia. Trata-se da antiga igreja jesuíta, construída a partir de 1690 pela Companhia de Jesus, instalada no Maranhão desde os inícios do século XVII. Esta igreja, dedicada a Nossa Senhora da Luz, foi levantada com mão-de-obra indígena e inaugurada em 1699. Os planos foram traçados pelo padre luxemburguês João Felipe Bettendorf e enviados a Roma, para sua aprovação. Ao lado da igreja localizava-se o Colégio Jesuíta, um grande centro cultural da região. Em 1760, sua livraria possuía 5000 volumes.
Com a expulsão dos jesuítas em 1759, os bens da Companhia passaram à coroa. Em 1761, numa reforma urbanística ordenada pelo governador Joaquim de Melo e Póvoas, a antiga Sé foi demolida para arejar o largo em frente ao Palácio dos Governadores. Os edifícios jesuítas, que estavam desocupados, ganharam novos usos: o colégio passou a ser o palácio dos bispos e a igreja da Companhia tornou-se a catedral da cidade. A feição decorativa atual do palácio é derivada de uma reforma no século XIX. A fachada da catedral foi alterada no início do século XX, quando ganhou duas torres. Em 1921-22 foi elevada a sede de arquidiocese.

Retábulo de talha da capela-mor (fins do séc. XVII).
O maior destaque da catedral é o retábulo em talha dourada no altar-mor, realizado nos finais do século XVII. Trata-se de um dos melhores exemplares da época no Brasil colônia, apesar de ter sido um pouco alterado nos inícios do século XIX com a adição de um camarim na parte central. Foi desenhado pelo irmão João Felipe Bettendorf e executado pelo entalhador português Manuel Manços. O retábulo foi tombado pelo IPHAN em 1954.

Referências

  1. a b Dados históricos e geográficos. Arquidiocese de São Luís. 
  2. a b Germana Costa Queiroz. Igreja Católica e Estado no Maranhão Colonial (1750-1777). Monografia – Universidade Estadual do Maranhão, 2007. 
  3. a b Retábulo da Igreja Nossa Senhora da Vitória (São Luís, MA) no sítio do IPHAN 
  4. Luiz Antonio Gonçalves da Silva. As bibliotecas dos jesuítas: uma visão a partir da obra de Serafim Leite. Perspect. ciênc. inf. vol.13 no.2 Belo Horizonte May/Aug. 2008
  5. a b Antonia da Silva Mota et al. Cais da Sagração: O Processo de Modernização da Cidade de São Luís no século XIX 
  6. Lúcio Costa. A arquitetura dos jesuítas no Brasil. Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 5, p.105-169, 1941. 

Bibliografia

Retábulo da Igreja Nossa Senhora da Vitória

A catedral de São Luís, construída pelos padres jesuítas no ano de 1762, em homenagem a Nossa Senhora da Vitória. De acordo com a história, a Santa apareceu durante a batalha de Guaxenduba, para proteger os portugueses, que estavam em minoria e lutavam contra os franceses. a fim de expulsá-los das terras maranhenses. O altar-mor da igreja foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional.

O cclbdobrasil.blogspot.com,
em nome de todos luso-brasileiros, que amam e cultuam suas raízes, aproveita esta página de nossa História - Comum, tão bem narrada por nossa querida internauta, a Clarinha Melo, para começar finalmente a comemorar o nosso 22 de abril e acabar de vez com este hiato separatista, que nos acompanha há mais 500 anos...
Num país onde tudo se comemora, não comemorar o 22 de abril representa a maior ingratidão para com nossos ancestrais...

Fonte: www.efecade.com.br


MILAGRES E PRODÍGIOS DA LUSO BRASILIDADE

Milagres e prodígios na História do Brasil!

Tema silenciado em nossa Historia: intervenções sobrenaturais em prol dos brasileiros, especialmente em sua luta contra o herege invasor


Carlos Sodré Lanna

A providência Divina protegeu o País desde seu descobrimento, tanto na defesa das fronteiras do oeste quanto na expulsão dos invasores estrangeiros, manifestando claramente sua predileção por nossos ancestrais luso-brasileiros. Estudando a História do Brasil, chegamos facilmente à conclusão de que a unidade religiosa e política do País foi mais obra de Deus do que dos homens. Nos estreitos limites de um simples artigo, apresentaremos alguns exemplos que ilustram esse pendor da Providência e de Nossa Senhora para com o povo brasileiro. No Brasil-colônia dos séculos XVI, XVII e XVIII era tão grande a devoção a Nossa Senhora do Carmo, que todos os postos da fronteira oeste a adotaram como Padroeira. Tal devoção já era muito antiga entre os militares portugueses, sendo a Virgem do Carmo considerada protetora dos que iam combater forças mais poderosas.

Um desses episódios milagrosos da História pátria ocorreu em 1864, quando uma flotilha paraguaia atacou o Forte de Coimbra, perto de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com 13 embarcações e 3.200 homens. Do lado brasileiro, havia apenas 155 homens e 70 mulheres, o que representava uma proporção de trinta para um, a favor dos paraguaios. Após dois dias de cerco e combates, a munição brasileira chegava ao fim. Entretanto, nenhum dos defensores da guarnição havia caído morto e nem eles estavam dispostos a se entregar.

Do lado inimigo, contudo, já se verifica uma perda de 42 mortos e 164 feridos. Foi quando o comandante Portocarrero recorreu à imagem de Nossa Senhora do Carmo, Padroeira do Forte, colocando-a sobre a muralha, o que acarretou a imediata paralisação do exército paraguaio. Isto permitiu aos brasileiros uma retirada com honra. Sob a proteção da noite, subiram eles o rio em direção a Cuiabá, conduzindo a imagem.

Devido a esse e muitos outros milagres, Nossa Senhora do Carmo é venerada como Padroeira da Fronteira Oeste, tendo direito à guarda de honra do Exército brasileiro correspondente ao posto de General-de-Brigada, representada na imagem do Forte de Coimbra (cfr. "Noticiário do Exército", Brasília, 15-7-92).


LUTA CONTRA O HEREGE HOLANDÊS

Durante vinte e quatro anos, de 1630 a 1654, os holandeses invadiram e permaneceram em nosso território. Eram eles calvinistas que traziam na alma sentimentos de ódio ao Catolicismo, espalhando por toda parte a morte. Violavam lares, profanavam templos católicos e praticavam os crimes mais hediondos. Deus, entretanto, protegia a Terra de Santa Cruz, suscitando para sua defesa autênticos heróis, além de operar vários milagres, comprovados por documentos históricos, em defesa dos brasileiros.

Nos dias 15 de julho e 2 de outubro de 1645, foram barbaramente assassinadas 60 pessoas nas localidades de Cunhaú e Uruaçu, pertencentes hoje aos municípios de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante, próximos de Natal, no Rio Grande do Norte.

Martírios acompanhados de prodígios

Cunhaú era um grande engenho de açúcar, ao redor do qual surgira uma pequena vila. A chegada do delegado holandês Jacó Rabe, em 15 de julho de 1645, acompanhado de índios tapuias e potiguares, quebrou a tranqüilidade do povoado.

Toda a população foi convocada a se reunir na igreja, onde seriam transmitidas ordens do governo holandês que dominava o Nordeste. Depois de todos reunidos, Rabe ordenou que o vigário, Padre André de Soreval, celebrasse uma Missa. Prevendo que algo de pior poderia acontecer, o celebrante interrompeu o Santo Sacrifício e fez uma advertência aos índios e holandeses: aquele que tocasse nele, no altar ou nos vasos sagrados ficaria com os braços secos e morreria de modo atroz. Logo depois, os holandeses fecharam as portas da igreja e realizaram uma matança de todos os presentes, inclusive do sacerdote.

Poucos dias após a chacina, a maldição se cumpriu: os Índios que haviam desobedecido o padre ficaram com seus braços paralisados e ressequidos; e, tomados de desespero, puseram fim às suas vidas, matando-se uns aos outros.

No dia 2 de outubro, o mesmo Jacó Rabe, em companhia de 200 indígenas, invadiu a aldeia de Uruaçu e trucidou toda a população, depois de longas sessões de tortura, não permitindo que os cadáveres fossem sepultados.

Passados quinze dias, foram os parentes sepultar o que restara do morticínio. Chegando ao local, encontraram os restos mortais frescos e incorruptos, bem como o sangue a brilhar como se as vítimas acabassem de ser mortas.

Pairava no local um odor agradável e intenso que perdurou ainda por muito tempo. À noite, de retorno ao povoado, os parentes dos mártires ouviram uma música celestial, que provinha do local do sepultamento, a qual foi percebida também por muitos holandeses.

Há um pedido de exame do processo de canonização desses 60 mártires de Cunhaú e Uruaçu junto à Sagrada Congregação para as Causas dos Santos. em Roma. E entre os católicos, na região norte do País, é difundida a fama de martírio e santidade dessas vítimas do invasor calvinista.

Naquela mesma ocasião, uma menina, filha de Diogo Pinheiro, escondeu-se em seu quarto e chorava em virtude daquelas atrocidades, quando uma formosa Senhora lhe apareceu com o chicote na mão, dizendo-lhe com muita gravidade: "Não chores menina, que, com este chicote, hão de ser castigados os ministros da crueldade, que logo verás". Em seguida desapareceu. Era Nossa Senhora que fazia a previsão, sem demora cumprida: fo­ram passados a fio de espada pelos luso-bra­sileiros todos os agressores, inclusive o pérfido comandante holandês Jacó Rabe.

A milagrosa vitória do Monte das Tabocas



No intervalo entre as duas chacinas acima referidas, a 3 de agosto de 1645, travou-se a famosa Batalha do Monte das Tabocas, aproximadamente a 30 quilômetros de Recife, a qual resultou na primeira derrota sofrida pelos holandeses: 400 deles foram mortos nos combates, contra 28 do lado luso-brasileiro! Narram os historiadores que, ao final da luta, os holandeses encurralavam os católicos para cima do monte, quando o Padre Manoel de Morais ergueu alto um crucifixo e bradou:

"Senhor Deus, Misericórdia. Irmãos, digamos todos uma Salve Regina à Virgem Mãe de Deus". Enquanto todo o exército rezava com fervor essa oração, os calvinistas holandeses, tomados de indescritível pânico, começaram a fugir, em grande confusão, enquanto os nossos bradavam: "Vitória!"

No dia seguinte, muitos holandeses aprisionados contaram que, no auge da batalha, viram caminhar entre os católicos uma Mulher muito formosa, com um Menino nos braços; e, junto a Ela, um venerando ancião vestido de branco. Eles davam armas, pólvora e munições aos nossos soldados, sendo tal o resplendor lançado pela Mulher e pelo Menino, que lhes cegava os olhos. Essa visão cau­sou-lhes tanto terror, que se retiraram logo em grande confusão.

Os historiadores são unânimes em afirmar que se tratava de Nossa Senhora com o Menino Jesus e de Santo Antão - o venerando velho - ao qual estava dedicada, a curta distância dali, uma pequena igreja (cfr. Catolicismo, setembro/86).

Expulsão dos franceses nos séculos XVI e XVII


Estácio de Sá

No dia 20 de janeiro de 1567, ocorreram no Rio de Janeiro as célebres vitórias alcançadas pelos luso-brasileiros em Uruçumirim, hoje Outeiro da Glória, e em Paranapuã, atual Ilha do Governador, contra invasores franceses calvinistas. Estácio de Sá, o jovem sobrinho do Governador Geral Mem de Sá, comandou heroicamente nossos compatriotas nessas batalhas, vindo a falecer nos combates em virtude de uma flechada que atingiu seu rosto.

Foram muitos os milagres e prodígios ocorridos naquela ocasião. Conta a legenda que São Sebastião apareceu, no dia de sua festa, que se comemora a 20 de janeiro, ao lado dos luso-brasileiros em Uruçumirim, comandando-os na investida contra as posições inimigas.

As flechas dos indígenas, aliados dos inimigos, atiradas contra os padres jesuítas, não os atingiam, o que deu mais ânimo aos combatentes luso-brasileiros.

Os franceses, ao final dos combates, tiveram suas fortificações arrasadas e suas tropas desbaratadas. Desarmava assim o sonho dos hereges de instalar a França Antártica na Guanabara.

A destruição da França Equinocial

No Maranhão, 47 anos após essa derrota dos calvinistas, houve a tentativa de fundação da França Equinocial, embora, nessa ocasião, os invasores fossem católicos. Seu plano frus­trou-se com a vitória de nossos compatriotas na batalha de Guaxenduba. Sob o comando de Daniel de La Touche, os franceses foram vencidos pelas forças comandadas pelo heróico Jerônimo de Albuquerque.

Trezentos franceses e dois mil índios, seus aliados, enfrentaram, em 19 de novembro de 1614, 200 brasileiros e 100 indígenas, numa batalha que durou seis horas, em uma praia localizada na Baía de São José, ao lado da capital maranhense, São Luiz. Em artigo publicado em nossa edição de março de 1992, esse assunto foi abordado especificamente, com base em sólida documentação histórica.

Narram os historiadores que, no fragor dos combates, uma Senhora de aparência radiosa apareceu entre os luso-brasileiros, percorrendo suas fileiras, enquanto os incentivava à luta. Ela apanhava areia da praia e a oferecia já transformada em pólvora, aos soldados, ao mesmo tempo em que curava os feridos. Era a Mãe de Deus que, dessa forma, revigorava nossos compatriotas com sua presença, assumindo a posição de verdadeira comandante das tropas luso-brasileiras. Com a vitoriosa batalha de Guaxenduba terminou o domínio francês no Maranhão.

Em todos esses episódios, a predileção da Providência Divina e de Nossa Senhora por nossa Pátria, desde os primórdios da colonização, fica patente. Cabe a nós, brasileiros, corresponder, com a autenticidade de um ardente Catolicismo, a tantas e assinaladas graças concedidas à Terra de Santa Cruz.
Os fatos acima descritos e tantos outros registrados em nossa história-comum ao longo dos séculos, provam a necessidade urgente de nos unir-mos para evitar que esta pátria vire um desses infernos que é o mundo separatista de nossos dias.

Matéria em construção...

BIBLIOGRAFIA

1. Manoel E. Altenfelder Silva, Brasileiros Heróis da Fé. Livraria Salesiana Editora, São Paulo, 1928.

2. Pedro Calmon, História do Brasil. Livraria José Olímpio Editora, Rio de Janeiro, 1959.

3. Mário M. Meirelles, França Equinocial. Civilização Brasileira, São Luís, 1982.

O MAR ENROLA NA AREIA

APITA O COMBÓIO(TREM)

UBERLÂNDIA

Uberlândia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




"Portal do Cerrado"
"Terra gentil que seduz"
"Udão"





















Acima, à esquerda, o Mercado Municipal de Uberlândia; ao centro, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário; e, à direita, a Avenida Cesário Alvim. Ao meio, o Complexo Parque do Sabiá à esquerda e uma vista do Centro da cidade, à direita. Abaixo, uma vista panorâmica noturna de Uberlândia.



Bandeira de Uberlândia

Fundação 31 de agosto de 1888 (123 anos)
Gentílico uberlandense
Prefeito(a) Odelmo Leão Carneiro (PP)
(2009–2012)
Localização

Localização de Uberlândia em Minas Gerais



















Localização de Uberlândia no Brasil

18° 55' 08" S 48° 16' 37" O18° 55' 08" S 48° 16' 37" O

Unidade federativa: Minas Gerais
Mesorregião: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba IBGE/2008
Microrregião: Uberlândia IBGE/2008
Municípios limítrofes: Araguari (N); Monte Alegre de Minas (W); Prata (SW); Indianópolis (E); Uberaba (SE); Veríssimo (S); e Tupaciguara (NW).
Distância até a capital: 556 km

Características geográficas
Área: 4 115,822 km²
População: 611,903 hab. (MG: 2º) – estimativa IBGE/2011
Densidade: 0,15 hab./km²
Altitude: 776 m
Clima: tropical de altitude Cwa
Fuso horário: UTC−3

Indicadores
IDH: 0,830 elevado PNUD/2000
PIB: R$ 14 270 392,490 mil (BR: 27º) – IBGE/2008
PIB per capita: R$ 22 926,50 IBGE/2008



Uberlândia é um município no interior do estado de Minas Gerais, no Brasil. A cidade localiza-se no Triângulo Mineiro e também pertence à Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e à microrregião de mesmo nome. Localiza-se a oeste da capital do estado, distando desta cerca de 556 quilômetros. Sua população, segundo estatísticas de 2011, é de 611,903 habitantes, sendo o mais populoso da região do Triângulo Mineiro, segundo mais populoso de Minas Gerais, e o trigésimo do Brasil, além de ser a quarta maior cidade do interior do país, e efetivamente a maior fora de São Paulo, atrás apenas de Campinas, São José dos Campos e Ribeirão Preto. Ocupa uma área de 4 115,82 quilômetros quadrados, sendo que 135,3492 quilômetros quadrados estão em perímetro urbano.

A sede tem uma temperatura média anual de 22,3 graus centígrados. Na vegetação do município, predomina o cerrado. Em relação à frota automobilística, em 2009 foram contabilizados 261 318 veículos. Com uma taxa de urbanização da ordem de 97,56 por cento, o município contava, em 2008, com 198 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,830, considerado como elevado em relação ao do estado, que é de 0,800.

A cidade de Uberlândia foi emancipada de Uberaba no final da década de 1880. Sua denominação atual foi introduzida pela Lei Estadual 1 128, de 19 de outubro de 1929. É também a principal e maior cidade do Triângulo Mineiro. Conta ainda com localização geográfica privilegiada, já que, com a sua malha rodoviária, está ligada aos grandes centros nacionais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília. Os maiores centros econômicos do Brasil contam com Uberlândia como ponto de ligação.

O município conta ainda com uma importante tradição cultural, que vai desde o seu artesanato até o teatro, a música e o esporte. Seu principal e mais tradicional clube de futebol é o Uberlândia Esporte Clube, fundado em novembro de 1922. Uberlândia também é destaque no turismo, com seus diversos atrativos culturais, naturais e arquitetônicos. Alguns dos principais são o Mercado Municipal, o Parque do Sabiá e o Parque Municipal Victorio Siquierolli. Um dos principais eventos é o carnaval de Uberlândia, que, além de bailes de clubes, conta ainda com a participação de quatro escolas de samba e blocos que realizam um carnaval de rua na cidade. O município possui destaque também no turismo de negócio em escala nacional.

Topônimo

O primeiro nome que a atual cidade de Uberlândia teve foi São Pedro de Uberabinha, denominação recebida quando elevada a distrito de Uberaba em 1857. Pela Lei Estadual 23, de 14 de março de 1891, passou a denominar-se Uberabinha, mesma data de sua instalação. Pela Lei Estadual 1 128, de 19 de outubro de 1929, a cidade passou a chamar-se Uberlândia, denominação que permanece até os tempos atuais.

"Uberlândia" é um termo composto por dois termos de origens diferentes: "uber" e "lândia".

* "Uber" pode provir do alemão über ("super"), do latino VBERE ("fecundo") ou do tupi 'yberaba ("água brilhante").
* "Lândia" provém do inglês land ("terra").

História

Monumento a Bartolomeu Bueno da Silva, em Goiânia.

Origens e Pioneirismo

O primeiro homem de origem europeia a pisar na região do atual município de Uberlândia, território até então habitado por índios caiapós e bororós, foi o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, em 1632. A região, então pertencente à Capitania de São Vicente, passou a pertencer à Capitania de Minas Gerais e São Paulo por Carta Régia de 3 de novembro de 1709. João Pereira da Rocha (1818), após o desbravamento da região pelos bandeirantes, fixou-se na região, demarcando área próxima à Aldeia de Santana (atual Indianópolis). Ali, ele instalou a sede da sesmaria, que denominou Fazenda São Francisco, dando origem ao município. Demarcou, ainda, a Fazenda Letreiro e a do Salto e deu o nome de Ribeirão São Pedro a um curso d'água encontrado. A vinda de João Pereira atraiu muitas outras famílias, inclusive os Carrejos, que, em 1835, adquiriram parte da Fazenda São Francisco e de outras próximas, formando as sedes nas quais se instalaram aqueles irmãos: Olhos d'Água, Lage, Marimbondo e Tenda (a de Felisberto). Felisberto Alves Carrijo que, em 1964, foi legalmente reconhecido como fundador da cidade, era professor com formação adquirida em colégios de missionários. Instalou em sua casa a primeira escola do município e, aos domingos, rezava o terço. Formou um povoado, sendo este, em seguida, denominado como Nossa Senhora do Carmo em homenagem à capela de mesmo nome, inaugurada em 20 de outubro de 1853.

Em 11 de junho de 1857, foram incorporadas, ao patrimônio do povoado, mais doze alqueires doados pela esposa de Luís Alves Pereira, Custódia Fernandes dos Santos e outros cidadãos. Essa área já era habitada por escravos e deu origem ao Bairro Patrimônio, pela Lei Provincial 831. Exatamente um mês mais tarde, foi criada a Freguesia de São Pedro de Uberabinha. Em 1861, a Capela de Nossa Senhora do Carmo foi ampliada, tornando-se a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo de São Pedro de Uberabinha, que viria a ser demolida em 1943.

Formação Administrativa e Política

Através do Decreto 51, de 7 de junho de 1888, as freguesias de Santa Maria e São Pedro de Uberabinha foram elevadas à categoria de vila. Dois meses mais tarde, em 31 de agosto daquele ano, foi criado o município de São Pedro de Uberabinha, atual Uberlândia, emancipando-se de Uberaba, pela Lei Provincial 3 643. Ao longo dos anos, houve várias alterações na subdivisão distrital. Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1911, o município era constituído dos distritos de Uberabinha (sede) e Santa Maria. Pela Lei Estadual 843, de 7 de setembro de 1923, criou-se o distrito de Martinópolis com terras desmembradas do distrito sede. Pelo Decreto-lei Estadual 1 058, de 31 de dezembro de 1943, foram criados distritos de Tapuirama e Cruzeiro dos Peixotos. Sob o mesmo decreto-lei estadual o distrito de Santa Maria passou a denominar-se Miraporanga e Martinópolis a chamar-se Martinésia.

Em 14 de março de 1891, foi instalada a Vila de São Pedro de Uberabinha, além de ocorrer a posse do 1º Conselho da Intendência Municipal. A criação da Comarca de São Pedro de Uberabinha ocorreu pela Lei Onze, de 13 de novembro daquele ano. Em 21 de dezembro, instalou-se o Foro Civil do Termo Judiciário de Uberabinha, Comarca de Araguari. Em 7 de março de 1892, aconteceu a posse da primeira Câmara Municipal de São Pedro de Uberabinha, sendo agente executivo Augusto César Ferreira e Souza. Em 22 de março, ocorreu a primeira sessão do júri, sendo presidente do tribunal Duarte Pimentel de Ulhôa - primeiro juiz de direito da comarca.

Desenvolvimento Econômico e Social









Tipografia "O Progresso", 1908.










Estação Mojiana de Uberlândia.


Após a emancipação de Uberlândia, houve um grande crescimento da área urbana da cidade. Em 1897, foi instalada a primeira escola secundária do município: o Colégio Uberabinhense. Em 7 de janeiro daquele mesmo ano teve início a circulação da folha "A Reforma", o primeiro Jornal da cidade, sendo seu fundador e diretor proprietário o professor João Luiz da Silva. No início do século XX, a cidade já possuía uma diversificação nos ramos industriais, tais como: fábrica de cerveja, sapataria, fábrica de cigarros, ferreiro, marceneiro, selaria, etc. Além dessas indústrias não muito complexas, cuja produção se caracterizava pela fabricação de utensílios domésticos, materiais para construção civil, ferramentas agrícolas, aparatos para montaria, etc., existia a indústria agro-pastoril, que apesar de rudimentar, foi regulamentada pelo Código de Posturas. A indústria pastoril movimentava-se em torno da criação do gado bovino para consumo interno e criação de suínos para o consumo e exportação para outros municípios e estados.

Nas ruas e avenidas sem pavimentação trafegavam carroças, charretes e carros-de-boi cujo tráfego era regulamentado por legislação. Essa lei implicava sobre o emplacamento dos carros, a lotação de passageiros permitido em cada charrete, o valor de cada corrida e prescrevia os cuidados que deveriam ser dispensados no trato com os animais. Além das carroças e charretes, os carros-de-boi foram um dos mais relevantes e requisitados meios de transporte. Nem com a chegada da Estrada de Ferro Mogiana em Uberabinha, no ano de 1895, esses meios perderam a sua importância, pois o comércio entre essa cidade e os locais por onde não passavam os trilhos de ferro, era realizado o transporte das mercadorias via carros-de-boi. Para as compras de poucas mercadorias, visitas e em muitas outras atividades, o cavalo era utilizado como meio de transporte.

Até o ano de 1908, as atividades sociais da população se baseavam nas comemorações religiosas e também dos sacramentos, como ir à missa aos domingos, participar dos batizados, casamentos, organizar e frequentar as quermesses, que ajudavam a botar os fiéis em dia com os seus deveres religiosos e para estreitar o convívio. Também ocorriam apresentações de bandas de músicas aos domingos eram também. Além dessas atividades, parte da população se divertia também realizando e participando de concursos de beleza. Existiam também casas de jogos, que eram chamadas de casas de tavolagem, também considerados espaços de interação.

História recente

Com o desenvolvimento demográfico da cidade, houve necessidade de investir na infraestrutura municipal e na área da cultura. Ao longo de todo o século XX, foram criados cerca de dez cinemas em Uberlândia. Ainda foram inauguradas diversas casas de diversão, os teatros e a Casa da Cultura, que é uma instituição que abriga acervos culturais do município, inaugurada em 2008. Sua sede está situada em um prédio que foi construído entre 1922 e 1924 com a meta de se tornar residência de Eduardo Marquez, intendente municipal entre 1923 a 1926.

Com o crescimento de Uberlândia e cidades próximas, foi criada a Microrregião de Uberlândia, reunindo além do município, outras dez cidades. São elas: Araguari, Araporã, Canápolis, Cascalho Rico, Centralina, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Prata e Tupaciguara. Em 2010 sua população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em cerca de 1 003 762 habitantes em uma área total de 18 790 km². Seu Índice de desenvolvimento humano (IDH) médio era de 0,821 e o PIB per capita médio de R$ 20.671,09 em 2003. Localiza-se na mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Geografia

A área do município é de 4.115,82 km², representando 0,7017 % do estado, 0,4452 % da Região Sudeste e 0,0484 % de todo o território brasileiro. Desse total 135,3492 km² estão em perímetro urbano.

Relevo e hidrografia

Uberlândia tem a altitude média de 776 m. O ponto culminante do município está localizado na cabeceira do Córrego Cachoeirinha, que mede 930 m. A altitude mínima se encontra na foz do Rio Uberabinha, com 622 m. A sede municipal se encontra em altitude de 863,18 m. O município de Uberlândia está situado no domínio dos Planaltos e Chapadas da Bacia Sedimentar do Paraná, estando inserido na sub-unidade do Planalto Meridional da Bacia do Paraná. Possui relevo típico de chapada (suavemente ondulado sobre formações sedimentares, apresentando vales espaçados e raros). Nesse conjunto a vegetação característica é o cerrado e suas variáveis. Os solos são ácidos e pouco férteis. Cerca de 70% do território uberlandende é de terras onduladas e nos 30% restantes o terreno é planificado.

Rio Araguari visto da BR-050.

Uberlândia está localizada junto à bacia do rio Paranaíba, tendo em seu território várias sub-bacias de pequenos e médios córregos com papéis importantes em sua configuração, e sendo drenado pelas bacia hidrográfica do Rio Tejuco (o segundo maior afluente do rio Paranaíba) e tem sua bacia a sul e sudoeste do município, que possui como principais afluentes os Ribeirões Babilônia, Douradinho e Estiva, e o Rio Cabaçal, todos estes na zona rural e Rio Araguari. A bacia do Araguari abrange a porção leste do município. Seu principal afluente, na área do município, é o rio Uberabinha, que passa dentro do perímetro urbano. Há exploração do potencial hidrelétrico desse rio, que vem sendo explorado através das usinas hidroelétricas de Nova Ponte, de Miranda e Amador Aguiar I e II.

O Rio Uberabinha, integrante da bacia do Rio Araguari, possui grande relevância para a cidade, constituindo-se em conjunto com seus afluentes, no manancial usado para o abastecimento de água para a população. Os principais afluentes do Araguari estão na zona rural, que são os Ribeirões Beija-Flor, Rio das Pedras e o Ribeirão Bom Jardim, outro importante manancial para o abastecimento do município. Na zona urbana o Rio Uberabinha tem afluentes menores, como os córregos Cajubá, Tabocas, São Pedro (totalmente canalizados), Vinhedo, Lagoinha, Liso, do Salto, Guaribas, Bons Olhos, do Óleo, Cavalo, dentre outros.

Clima

Gráfico climático para Uberlândia (1981 - 2003)

O clima de Uberlândia é caracterizado tropical de altitude (tipo Cwa segundo Köppen), com diminuição de chuvas no inverno e temperatura média anual de 22,3°C, tendo invernos secos e amenos e verões chuvosos com temperaturas altas. O mês mais quente, outubro, têm temperatura média de 23,9°C e o mês mais frio, junho, de 19,3°C. outono e primavera são estações de transição. Na época seca é comum o município registrar índices de umidade relativa do ar críticos, algumas vezes abaixo de 20%, sendo que abaixo de 30% já é considerado estado de atenção.

A precipitação média anual é de 1.583,6 mm, sendo julho o mês mais seco, quando ocorrem apenas 14,0 mm. Em dezembro, o mês mais chuvoso, a média fica em 318,9mm. Nos últimos anos, entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes, não raro ultrapassando a marca dos 28°C especialmente entre os meses de julho e setembro. Durante a época das secas e em longos veranicos em pleno período chuvoso, também são comuns registros de fumaça de queimadas em morros e matagais, principalmente na zona rural da cidade. Em agosto de 2010 a precipitação de chuva não passou dos 0 mm.
A temperatura mínima registrada na cidade foi de 0,2 °C, em 10 de julho de 1994. A máxima registrada foi de 37,5 °C, em outubro do ano de 1998. Nesse mesmo período, o maior índice pluviométrico em menos de 24 horas já observado na cidade foi de 158 mm registrados em dezembro de 1986. Outros grandes volumes de precipitação registrados foram de 147 mm em janeiro de 2002 e 114 mm em novembro de 1999. Tempestades de granizo também não são comuns na cidade, mas algumas das mais recentes ocorreram em 3 de novembro de 2009 e em 15 de janeiro de 2009.

Ecologia e meio ambiente

Vegetação de cerrado nas proximidades da cidade.

A vegetação predominante do município é o cerrado e suas variáveis como veredas, campos limpos, campos sujos ou cerradinhos, cerradões, matas de várzea, matas de galeria ou ciliares e matas mesofíticas. Apenas na parte oeste do município, em locais onde a altitude varia de 700 a 850 m, os solos são mais rasos com baixa fertilidade e a vegetação predominante é a Mata Sub-Caducifólia. A cidade conta com onze áreas protegidas pela legislação ambiental, as chamadas Unidades de Conservação que contam com a presença de mata ciliar às margens dos cursos d’água (rios, ribeirões, córregos, etc), que protegem suas águas contra o assoreamento e suas vertentes contra erosão, colaborando para preservação da fauna e da flora do Cerrado.

Também com o objetivo de preservar o meio ambiente, a prefeitura organiza anualmente, em junho, desde 2007, a Semana do Meio Ambiente, que conta com a participação média de aproximadamente 1.500 pessoas. São realizadas palestras, oficinas e visitas monitoradas. Segundo estudos realizados, Uberlândia está localizada no país de maior biodiversidade do planeta.

Demografia

Crescimento populacional de Uberlândia

Ano --- População
1970 ---- 126 112
1980 ---- 240 967
1991 ---- 367 061
2000 ---- 501 214
2010 ---- 600 285

Em 2011 a população do município era de em 611 903 habitantes, segundo estatísticas, sendo o segundo mais populoso do estado e o 30º do país, apresentando uma densidade populacional de 148,67 habitantes por km².
Segundo o censo de 2000, 49,02% da população eram homens (245 701 habitantes), 50,98% (255 513 habitantes) mulheres, 97,56% (488 982 habitantes) vivia na zona urbana e 2,44% (12 232 habitantes) na zona rural.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Uberlândia é considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Seu valor é de 0,830, sendo o sexto maior de todo estado de Minas Gerais (em 853), o 41° de toda a Região Sudeste do Brasil (em 1666 municípios) e o 123° de todo o Brasil (entre 5 507 municípios). No ano de 2007, considerando apenas a educação, o valor do índice é de 0,848, enquanto o do Brasil é 0,849. O índice da saúde é de 0,910 (o brasileiro é 0,787) e o de renda é de 0,725 (o do Brasil é 0,723). A cidade possui todos os indicadores elevados e acima da média nacional segundo o PNUD. A renda per capita é de 22 926,50 reais. Seu Índice de Gini é de 0,39, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 0,41%; o limite inferior da incidência de pobreza é de 6,00%, o superior é de 6,00% e a incidência da pobreza subjetiva é de 9,79%. No ano de 2000, a população uberlandense era composta por 325.429 brancos (64,93%); 32.237 pretos (6,43%); 138.260 pardos (27,59%); 1.507 amarelos (0,30%); 1.551 indígenas (0,31%); além dos 2.229 sem declaração (0,44%).

Religião

Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na Região Central da cidade.

Tal como a variedade cultural em Uberlândia, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes. Além disso o crescimento dos sem-religião também vem sido notado, chegando a quase 9% da população.

A cidade de Uberlândia está localizada no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009, ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico. A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como por exemplo a Assembleia de Deus.

De acordo com dados do censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população de Uberlândia é composta por: Católicos (64,94%), evangélicos (16,78%), pessoas sem religião (8,70%), espíritas (6,86%) e 2,72% estão divididas entre outras religiões.

Política

Administração

Sede da Câmara Muncipal de Uberlândia, na avenida João Naves de Ávila, zona Leste da cidade.

De acordo com a Constituição de 1988, Uberlândia está localizada em uma república federativa presidencialista. Foi inspirada no modelo estadunidense, no entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição romano-germânica do Direito positivo. A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.

Antes de 1930 os municípios eram dirigidos pelos presidentes das câmaras municipais, também chamados de agentes executivos ou intendentes. Somente após a Revolução de 1930 é que foram separados os poderes municipais em executivo e legislativo. O primeiro intendente do município foi Antônio Alves dos Santos e o primeiro líder do poder executivo e prefeito do município foi Lúcio Libânio. Em vinte e nove mandatos, 25 prefeitos passaram pela prefeitura de Uberlândia, além dos dez agentes executivos. Em 2009 o prefeito eleito nas Eleições municipais no Brasil foi Odelmo Leão Carneiro Sobrinho, do Partido Progressista (PP), sendo reeleito com 59.36% dos votos válidos. Apesar de ter mais de 200 mil eleitores, o município não teve segundo turno por Odelmo ter conseguido mais de 50% das intenções no primeiro turno.

O Poder legislativo é constituído pela câmara, composta por 21 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição e está composta da seguinte forma: quatro cadeiras do Partido Progressista (PP); três cadeiras do Partido dos Trabalhadores (PT); três cadeiras do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB); duas cadeiras do Partido Democrático Trabalhista (PDT); duas cadeiras do Partido Social Cristão (PSC); uma cadeira do Partido Socialista Brasileiro (PSB); uma do Partido da República (PR); uma do Partido Social Democrata Cristão (PSDC); uma do Partido Social Liberal (PSL); uma do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB); uma do Democratas (DEM); e uma do Partido Popular Socialista (PPS). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo (Lei de Diretrizes Orçamentárias). O município de Uberlândia se rege por leis orgânicas. A cidade é ainda a sede de uma Comarca. De acordo com o TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais), o município possuía em 2006, 373 744 eleitores.

Cidades irmãs

Cidades-irmãs é uma iniciativa do Núcleo das Relações Internacionais, que busca a integração entre a cidade e demais municípios nacionais e estrangeiros. A integração entre os municípios é firmada por meio de convênios de cooperação, que têm o objetivo de assegurar a manutenção da paz entre os povos, baseada na fraternidade, felicidade, amizade e respeito recíproco entre as nações. Oficialmente, a única cidade irmã de Uberlândia é Heze, República Popular da China China (6 de dezembro de 2006).

Subdivisões

* Quando emancipada, Uberlândia constituía-se apenas em dois distritos: São Pedro de Uberabinha (Sede) e Santa Maria (atual Miraporanga), oficializados pela lei provincial nº 3643, de 31 de agosto de 1888, que declarou a elevação de Uberlândia à categoria de município. Atualmente está oficialmente subdividida em cinco distritos. São eles: Cruzeiro dos Peixotos, Martinésia, Miraporanga, a Sede e Tapuirama. A última alteração distrital foi feita a partir do decreto-lei estadual nº 1058, de 16 de dezembro de 1943, quando foram criados distritos de Tapuirama e Cruzeiro dos Peixotos anexados ao município de Uberlândia.

O município também é subdividido em cinco regiões, denominadas pela prefeitura de setores. São elas: Região Central, Zona Leste, Zona Oeste, Zona Norte e Zona Sul. A cidade também se subdividi em cerca de 160 bairros. Entretanto, com o objetivo de reduzir esse grande número, a prefeitura vem organizando desde a década de 1980 o projeto "Bairros Integrados", que visa na união de diversos bairros da cidade para criar condições para um estudo detalhado da atual malha urbana. A meta é reduzir o número de bairros em apenas oitenta.

Economia

O Produto interno bruto - PIB de Uberlândia é o 27º maior do Brasil, destacando-se na área de prestação de serviços. Nos dados do IBGE de 2008 o município possuía R$ 14 270 392,490 mil no seu Produto Interno Bruto. Desse total, 2.003.554 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O PIB per capita é de R$ 22 926,50.

Setor primário

A agricultura é o setor menos relevante da economia de Uberlândia. De todo o PIB da cidade 271.271 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2008 o município possuía um rebanho de 205.709 bovinos, 619.464 suínos, 6.169 equinos, 762 caprinos, 78 bufalinos, 319 asinos, 541 muares, 4.633 ovinos, 378 coelhos e 5.798.617 aves, dentre estas 2.480.000 galinhas e 3.318.617 galos, frangos e pintinhos.[66] Em 2008 a cidade produziu 48.900 mil litros de leite de 31.623 vacas. Foram produzidos 50.068 mil dúzias de ovos de galinha e 1.400 quilos de mel-de-abelha.[66] Na lavoura temporária são produzidos principalmente o milho (140.400 toneladas), a soja (138.330 toneladas) e a cana de açúcar (28.500 toneladas).

Center Shopping Uberlândia, considerado como o maior shopping center do estado.

Setor secundário

A indústria atualmente é o segundo setor mais relevante para a economia uberlandense. 2 729 956 mil reais do PIB municipal são do valor adicionado bruto da indústria (setor secundário). Uma importante parcela de participação do setor secundário municipal é oriunda do Distrito Industrial Guiomar de Freitas Costa, localizado na zona norte da cidade. Nele estão as principais indústrias da cidade, inclusive instalações de algumas das maiores empresas do Brasil e ainda multinacionais,[68] como Cargill Agrícola, Casas Bahia, Companhia de Telecomunicações do Brasil Central (CTBC), Monsanto, Petrobras, Sadia, Souza Cruz e Coca-Cola.

Setor terciário

7 479 038 mil reais do PIB municipal são de prestações de serviços (terciário). O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB uberlandense. De acordo com o IBGE a cidade possuía no ano de 2008 21.492 empresas e 339 922 trabalhadores, sendo 183 888 pessoal ocupado total e 156 034 ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 2.358.463 reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,9 salários mínimos. Uberlândia conta com alguns dos maiores shopping centers da região do Triângulo Mineiro, como o Pratic Shopping, o Griff Shopping e o Center Shopping Uberlândia, considerado como o maior shopping center do estado e o sétimo do país. Há ainda o Uberlândia Shopping, que está em construção e será o segundo maior shopping de Minas Gerais. Assim como no resto do país o maior período de vendas em Uberlândia é o Natal.

Estrutura urbana

Uberlândia conta com boa infraestrutura. No ano de 2000 a cidade tinha 144 461 domicílios entre apartamentos, casas, e cômodos. Desse total 93 233 eram imóveis próprios, sendo 69 040 próprios já quitados (47,79%), 24 193 em aquisição (16,75%) e 37 358 alugados (25,86%); 13507 imóveis foram cedidos, sendo 2 599 por empregador (1,80%) e 10 908 cedidos de outra maneira (7,55%). 363 foram ocupados de outra forma (0,25%). O município conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. Em 2000, 97,68% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água; 97,38% das moradias possuíam coleta de lixo e 96,10% das residências possuíam escoadouro sanitário.

Saúde

Hospital do Câncer de Uberlândia, na Zona Leste da cidade.

Segundo o índice de desempenho do SUS(IDSUS) em 2010 Uberlândia possuía a nota 5,32 sendo o 4º pior índice no grupo de cidades com semelhanças em que foi inserida, alem de estar a baixo da media do estado 5.87 e do Brasil 5.46. Em 2005 o município possuía 198 estabelecimentos de saúde, sendo 64 deles privados e 134 públicos entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles a cidade possui 944 leitos para internação, sendo 420 privados e 524 privados. Na cidade existem doze hospitais gerais, sendo dois públicos e dez filantrópicos. Uberlândia conta ainda com 1 261 técnicos de enfermagem, 963 auxiliares de enfermagem, 937 cirurgiões dentistas, 885 clínicos gerais, 498 pediatras, e 2 698 distribuídos em outras categorias, totalizando 7 242 profissionais de saúde. No ano de 2008 foram registrados 8 160 de nascidos vivos, sendo que 10,2% nasceram prematuros, 88,2% foram de partos casarios e 15,5% foram de mães entre 10 e 19 anos (0,7% entre 10 e 14 anos). A Taxa Bruta de Natalidade é de 13,1.

A cidade é considerada como referência em saúde para a região do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Noroeste de Minas e Sul Goiano, contando com mais de uma dezena de hospitais, tanto privados como públicos, como o Hospital das Clínicas (SUS/UFU); Unidade de Atendimento Integrado (UAIs) administradas pela prefeitura e Fundação Maçônica, localizadas em oito bairros da cidade; Hospital Santa Marta (cirurgias e atendimento pelo SUS); Hospital do Câncer (SUS) e Hospital São Franscisco (SUS). A cidade também conta com o Hospital e Maternidade Municipal, que possui 258 leitos para assistência de média complexidade, pediatria e maternidade. São 40 salas de UTI individuais e 12 UTIs neonatal, além de integrar a Rede de Atenção em Saúde.

Educação

Uberlândia conta com escolas em todas as regiões do município. Devido à intensa urbanização os poucos habitantes da zona rural têm fácil acesso a escolas em bairros urbanos próximos. A educação nas escolas municipais tem um nível inferior ao das escolas estaduais, mas a prefeitura está criando estudos para tornar a educação pública municipal ainda melhor, de modo a conseguir melhores resultados no IDEB. O município em 2008 contava com aproximadamente 18.493 matrículas, 1.149 docentes e 67 escolas nas redes públicas e particulares. A primeira escola pública da cidade foi a Escola Estadual Bueno Brandão, criada pelo então governador Júlio Bueno Brandão e autorizada pelo decreto-lei nº 3200 de 20 de junho de 1911. A escola iniciou suas atividades em 1º de fevereiro de 1915 e completou seu centenário em 20 de junho de 2011.

A cidade também conta com várias faculdades e uma universidade federal, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), tendo uma população universitária de aproximadamente cinquenta mil estudantes. Foi inicialmente autorizada a funcionar em 14 de agosto de 1969 pelo decreto-lei nº. 762 e se tornou uma universidade federal através da Lei nº. 6.532, de 24 de maio de 1978. Uberlândia, além de um Campus do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (Antiga Escola Agrotécnica), situada na Zona Rural, oferece cursos técnicos semestralmente e cursos superiores. Também conta com uma das maiores universidades particulares do estado, a Faculdade Pitágoras, representada pela UNIMINAS.

Criminalidade e segurança pública

Brasão da Polícia Militar de Minas Gerais.

Como na maioria dos municípios médios e grandes brasileiros, a criminalidade é um problema também em Uberlândia. Em 2006 a taxa média de homicídios no município foi de 18,2 para cada 100 mil habitantes. O índice de óbitos por arma de fogo, que era de 4,6 em 2002, pulou para 11,7 em 2003, sendo de 12,4 e 10,0 em 2004 e 2005, respectivamente, voltando a subir em 2006, ficando em 12,0 neste ano. A taxa de óbitos por acidentes de trânsito, que era de 121 em 2002, cresceu para 147 em 2006. Uberlândia também ocupa a 128ª posição das 256 cidades brasileiras com população superior a 100 mil habitantes que tiveram o maior número de ocorrências envolvendo o uso, porte e tráfico de drogas. Em 2005 foram registradas 213 ocorrências deste tipo de crime na cidade, o que resultou em uma média de 36,4 para cada grupo de 100 mil moradores. Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), grande parte dos assassinatos que ocorrem na cidade (78%) envolve gangues que estão disputando o tráfico de drogas.

Para combater essas altas taxas e índices de criminalidade no município, a prefeitura, juntamente com a Polícia Militar estão fazendo diversos investimentos na segurança pública. Entre 2006 e 2009 a região recebeu 245 viaturas policiais e 984 homens ingressaram na Polícia Militar. Também foi feito o reforço do combate ao narcotráfico. E esses investimentos vem mostrando resultados positivos. Segundo Gilmar Souza de Freitas, chefe da 9ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), em 2005 foram registradas 48.951 ocorrências criminais na região. Já em 2009 esse número baixou para 37.152.

Serviços e comunicações

O serviço de abastecimento de água de toda a cidade é feito pela Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE). As metas de segurança e qualidade possuem como base as metas do Ministério da Saúde. A qualidade da água de Uberlândia é atestada pelo levantamento de 80 parâmetros, realizado mensalmente pelo laboratório Bioagri Ambiental. Já a coleta de esgoto é realizada pela própria prefeitura. No município, assim como em todo o estado de Minas Gerais, o serviço de abastecimento de energia elétrica é feito pela Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig. No ano de 2003 existiam 194.018 consumidores e foram consumidos 1.058.828.354 KWh de energia. Ainda há serviços de internet discada e banda larga (ADSL) sendo oferecidos por diversos provedores de acesso gratuitos e pagos. O serviço telefônico móvel, por telefone celular, é oferecido por diversas operadoras. Existe também acesso 3G. O código de área (DDD) de Uberlândia é 034 e o Código de Endereçamento Postal (CEP) da cidade vai de 38.400-000 a 38.415-999. No dia 12 de janeiro de 2009 o município passou a ser servido pela portabilidade, juntamente com toda a Zona da Mata mineira, Campo das Vertentes e outras cidades de DDD 16 (interior de São Paulo), 41 (Paraná), 34 e 35 (Minas Gerais) e 74 (Bahia). A portabilidade é um serviço que possibilita a troca da operadora sem a necessidade de se trocar o número do aparelho.

O município conta ainda com jornais em circulação. No ano de 2004 eram quatro no total. Atualmente os principais são o Correio de Uberlândia, a Gazeta de Uberlândia, e o Tudo Já. Em 2001 existiam quatro emissoras de rádio, de acordo com a Associação Mineira de Rádio e TV e a Telecomunicações de Minas Gerais S.A. São algumas delas a América AM 580; a Cultura HD FM 95,1; e a Líder FM 93,1. O município recebe também sinal de diversas emissoras de televisão. A primeira na cidade foi a Rede Integração, antiga TV Triângulo. Desde 16 de março de 2009 a cidade é atendida pela transmissão digital.

Transportes

Vista lateral de um ônibus do transporte público municipal, no ano de 2004.













Avenida Cesário Alvim, importante logradouro da cidade, localizada no Centro e zona Leste de Uberlândia.

O sistema de ônibus é composto por cinco terminais estrategicamente localizados nos principais bairros da cidade, devidamente interligados por ônibus expressos. Além da interligação por ônibus expressos, onde os trajetos são desprovidos de paradas intermediárias, os terminais são providos de ônibus alimentadores, que compõem a ramificação secundária deste sistema de transporte de massas.

A cidade também possui treze corredores ou estações de ônibus localizados nos principais pontos da avenida João Naves de Ávila, interligando dois terminais em um trajeto de dez quilômetros (nessa avenida também há os ônibus expressos que não param nas estações) tal ligam: o Terminal Central ao Terminal Santa Luzia, a linha expressa E131 e a linha parador T131. Atualmente a cidade recebeu três novas empresas de transporte, São Miguel, Sorriso de Minas e Auto Trans, com ônibus novos.

Transporte rodoviário e ferroviário

A frota municipal no ano de 2010 era de 291.318 veículos, sendo 167.795 automóveis, 9.795 caminhões, 2.935 caminhões trator, 16.781 caminhonete, 873 micro-ônibus, 77.612 motocicletas, 13.951 motonetas, 1.440 ônibus e 136 tratores de roda. As avenidas duplicadas e pavimentadas e diversos semáforos facilitam o trânsito da cidade, mas o crescimento no número de veículos nos últimos dez anos está gerando um tráfego cada vez mais lento de carros, principalmente na Sede do município - onde às vezes o congestionamento em algumas grandes vias chega a 2,5 km. Além disso, tem se tornado difícil encontrar vagas para estacionar no centro comercial da cidade, o que vem gerando alguns prejuízos ao comércio. A Secretaria de Trânsito e Transportes (SETTRAN) é o órgão municipal responsável pelo sistema de trânsito e de transporte da cidade. Ela regulamenta e regulariza o sistema de transporte público, gerencia o trânsito e, através de seus Agentes de Trânsito, aplica autuações aos motoristas que cometem infrações de trânsito.

O município possui fácil acesso à BR-050 para Uberaba e São Paulo ao sul (sendo duplicada até São Paulo) e Araguari, Catalão e Brasília ao norte; BR-267 para Porto Murtinho; BR-365 para Ituiutaba, Patrocínio, Patos de Minas e Montes Claros; BR-452 para Rio Verde, Itumbiara, Araxá e Belo Horizonte; e BR-497 para Prata, Campina Verde e Iturama. Além disso, tem acesso às rodovias de importância estadual e até nacional através de rodovias vicinais pavimentadas e com pista dupla.

A cidade também possuía duas estações ferroviárias: a Estação Uberabinha (na zona urbana) e do Sobradinho (na zona rural), sendo que essa última foi tombada como Patrimônio Histórico Municipal pelo Decreto nº 10.228 de 31 de março de 2006. Ambas pertenciam à Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Foram as grandes responsáveis pelo crescimento do município no mercado regional e nacional, porém, após o rebaixamento do café na região do triângulo mineiro e do crescente aumento do transporte rodoviário, o transporte ferroviário de passageiros entrou em colapso, obrigando as empresas a diminuírem suas linhas e aperfeiçoarem seus serviços.

Transporte aeroviário

Uberlândia possui o Aeroporto Tenente Coronel Aviador César Bombonato, conhecido simplesmente por Aeroporto de Uberlândia. É o terceiro maior aeroporto de Minas Gerais e o 27º do Brasil em número de passageiros transportados e possui capacidade para atender mais de 600 mil passageiros por ano e aviões de porte maior, como o Airbus A320 e o Boeing 737, após a reforma realizada em 2005. O aeroporto opera com voos diretos para Belo Horizonte, São Paulo, Goiânia, Brasília, Ribeirão Preto, Campinas, Franca, Uberaba, Araxá, Porto Seguro, Rio de Janeiro, Cuiabá, Salvador, Curitiba. Operam no aeroporto diversas empresas, como a Tam, Gol Linhas Aéreas, Passaredo, TRIP Linhas Aéreas, Gol Cargas, Tam Express (Cargas) e WebJet Linhas Aéreas Econômicas.

Foi anunciada para breve a assinatura de um Termo de Convênio entre a Infraero, o Governo de Minas Gerais e a Prefeitura de Uberlândia para a construção de um novo terminal no aeroporto. A expectativa é que o terminal atenda a 1,5 milhões de passageiros, demanda prevista para 2014.

Cultura e lazer Tradições e artes



Vista noturna da Praça Tubal Vilela, no Centro, tombada como Patrimônio Histórico Municipal pelo Decreto nº 9.676, de 22 de novembro de 2004.

A cidade conta com um rico patrimônio cultural. Possui 19 bens tombados,sendo alguns deles a Praça Tubal Vilela, tombada como Patrimônio Histórico Municipal pelo Decreto nº 9.676, de 22 de novembro de 2004, sendo parte dos projetos urbanísticos elaborados no final do século XIX objetivando a construção de uma cidade moderna; a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, tombada pela Lei nº 4.263 de 9 de dezembro de 1985, conhecida por ser o prédio religioso mais antigo no espaço urbano de Uberlândia, tendo suas obras iniciadas em 1893; Igreja do Espírito Santo do Cerrado, registrada pela Lei Municipal nº 5.207, de 27 de fevereiro de 1991, foi projetada em 1975 pela arquiteta Lina Bo Bardi a pedido do Frei Egydio Parisi e o Frei Fúlvio; dentro outros.

A cidade também organiza diversas festas e eventos, realizados muitas vezes em locais públicos. São os mais tradicionais o carnaval, que primitivamente era onde se cantava de tudo: valsas, marzurcas, xotes, porém a grande atração era a catira. Hoje, além de bailes de clubes, o município conta ainda com a participação de quatro escolas de samba - Tabajara, Acadêmicos do Samba, Garotos do Samba, Unidos do Chatão e os blocos "Axé" e "Unidos de São Gabriel", que realizam o Carnaval de rua em Uberlândia; e as Festas Juninas, que São muito comemoradas durante o mês de Junho. São festas em louvor a três santos - Santo Antônio, dia 13; São João Batista, dia 24; e São Pedro, dia 29. Na cidade, as Festas Juninas, a cada ano, se estendem mais e mais pelo mês de julho. São as chamadas Festas Julinas. São consumidos alimentos churrascados, como a batata-doce e castanha de caju, além das comidas típicas juninas, derivadas principalmente do milho, amendoim e mandioca. Ainda no campo das tradições, no município se destaca o "Congado de Uberlândia", que, ainda no tempo da escravatura, um grupo de negros escravos se reunia no mato e cantavam e dançavam em louvor a sua santa protetora, Nossa Senhora do Rosário. Por volta de 1874 começou o movimento do Congado em Uberlândia. Com o passar dos anos, eles sentiram a necessidade de realizar a Festa do Congado na cidade. Os negros vinham em carros de bois e se agrupavam de baixo de uma grande árvore, onde hoje se encontra a Praça Tubal Vilela. Depois eles seguiam por uma trilha até a Capela de Nossa Senhora do Rosário, construída de pau-a-pique e buritis, onde é hoje a Praça Doutor Duarte, e ali realizavam a Festa. Esta Capela foi construída por volta de 1880.

O perfil de Uberlândia na área da culinária segue os padrões típicos da região do cerrado. Se destacam receitas como Arroz com suã, galinhada, molho de pequi, de mamão verde, guariroba, cambuquira, frango ao molho pardo, angu de milho verde, temperados com açafrão, colorau ou pimenta. São muitas vezes feitos com produtos naturais encontrados na própria região. São típicos da região também os doces do pau de mamão, cajuzinho do campo, ambrósia, ameixinha de queijo, geléia de mocotó e outros acompanhados de queijo fresco e requeijão caipira.
Turismo
Vista do Mercado Municipal de Uberlândia, no Centro da cidade.













Região Central de Uberlândia.

A cidade de Uberlândia possui bastantes atrativos turísticos, tanto de valor arquitetônico quanto cultural e natural. São alguns dos principais pontos da cidade:

* Mercado Municipal de Uberlândia: Está localizado no Centro da cidade. Foi instituído em 1923, mas só teve suas obras executadas em 1944, no mandato do prefeito Vasconcelos Costa, com arquitetura moderna para a época. Foi centro atacadista até 1977, quando o comércio foi transferido para a Ceasa. Situado à Rua Olegário Maciel, e oferece diversos produtos típicos de Minas Gerais e serviços variados.

* Museu Municipal de Uberlândia: Fica localizado no Centro da cidade, na Praça Clarimundo Carneiro. O mesmo foi sede da Prefeitura da cidade e também abrigou a Câmara Municipal. Totalmente reformado, hoje é palco de importantes trabalhos e é onde são realizados diversos projetos culturais.

* Parque do Sabiá: É um parque/zoológico administrado pela FUTEL (Fundação Uberlandense de Turismo, Esporte e Lazer), localizado no bairro Tibery, Zona Leste da cidade. É um complexo verde composto por Zoológico com animais em cativeiro de dezenas de espécies; Sete lagos que formam uma grande Lagoa; Aquário, que comporta 36 aquários e 36 espécies diferentes de peixes; Pista de Cooper de 5.100 metros de extensão; além de outros atrativos.
* Parque Municipal Victorio Siquierolli: Está localizado na Zona Norte de Uberlândia, sendo onde encontram-se legítimos exemplos da vegetação do cerrado, com suas árvores de folhas coreáceas, troncos retorcidos e cascudos, flores coloridas e frutos agrestes, além de um espaço com brinquedos para crianças e museu de biodiversidade do cerrado. Conta com área total de 232 300 metros quadrados e fica entre os bairros Jardim América II, Residencial Gramado, Nossa Senhora das Graças e Cruzeiro do Sul.

* Avenida Governador Rondon Pacheco: É considerada o "corredor gastronômico" de Uberlândia. Nela concentra a vida noturna da cidade, contando com vários bares, restaurantes, cachaçarias, pizzarias, cafeterias, sorveterias e docerias. São mais de 60 estabelecimentos com quase 8 mil lugares na avenida. Além disso a avenida conta com hotéis, lojas de conveniência, postos de gasolina, supermercados, e hipermercado aberto 24 horas (Extra Hipermercados).

Turismo de negócios

Uberlândia se destaca na área de turismo de negócio em escala nacional e no turismo comercial em âmbito regional. Recentemente a cidade foi classificada pela International Congress and Convention Association (ICCA) (a principal entidade do segmento de turismo e eventos internacionais) como uma das cidades brasileiras que mais sedia eventos internacionais, ficando na nona posição. Entre as doze cidades melhores colocadas, Uberlândia é a única que não é capital, e superada apenas por grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Anualmente são realizados na cidade centenas de eventos de várias partes do país e até de outros países.

Um estudo feito por entidades revelou que o turismo é o maior gerador de oportunidade de trabalho mundial com mais de 200 milhões de empregos, além de ter grande relevância no PIB e atingir diretamente cerca de 50 setores da economia. E dentre os segmentos, o turismo de eventos é considerado como o que mais cresce no mundo, movimentando US$ 4 trilhões anualmente. Em Uberlândia, 17% das empresas que realizam eventos, 50% são de grande porte e em 82% dos eventos o público-alvo são os funcionários das empresas.

Esporte

Vista aérea do Complexo do Sabiá (Parque do Sabiá, Sabiazinho e o Estádio Municipal João Havelange.

Assim como em grande parte do país, em Uberlândia o esporte mais popular é o futebol. O principal clube da cidade é o Uberlândia Esporte Clube, que foi fundado em 1º de novembro de 1922. Manda seus jogos no Estádio Municipal João Havelange, fundado em 27 de maio de 1982 e que hoje conta com capacidade de até 50.000 pessoas. Entretanto o recorde de público foi na partida amistosa entre Brasil 7 x 0 Irlanda, sendo esse o primeiro jogo realizado, com público aproximado de 75.000 pessoas. É conhecido também por Parque do Sabiá.

O município também se destaca em outros esportes. No basquete, por exemplo, possui o Unitri/Uberlândia, equipe profissional de basquete formado em agosto de 1998, com a vinda do então técnico Ary Vidal. O ginásio utilizado pelo equipe é o Ginásio Homero Santos e a Arena Multiuso Tancredo Neves - Sabiazinho. A cidade conta ainda com times de rugby, se destacando o Uberlândia Rugby Clube, fundado em 28 de fevereiro de 2010; futebol americano; hoquei; futebol de salão (futsal); dentre outras equipes de diferentes modalidades esportivas.

A prefeitura disponibiliza diversas escolinhas de esportes no município. Nos chamados núcleos de esportes, foram oferecidas 15 mil vagas para crianças e adolescentes nas modalidades voleibol, basquete, handebol, futsal, natação, futebol, caratê, judô e atletismo. Os núcleos de esportes incentivam o acesso às atividades de iniciação e treinamento esportivo, como lazer e recreação, ou como preparação para competições. Em todos os núcleos existem quadras, campos de futebol, vestiários, sanitários e toda uma infra-estrutura propícia ao desenvolvimento do esporte comunitário. São oferecidas aulas de voleibol, basquete, handebol, futsal, natação, futebol, caratê, judô, atletismo e ginástica olímpica.
Arena Tancredo Neves, durante jogo amistoso da Seleção Brasileira de Voleibol Masculino contra os Estados Unidos, em 25 de setembro de 2009.

Feriados

Em Uberlândia há quatro feriados municipais, oito feriados nacionais e três pontos facultativos. Os feriados municipais são: a Sexta-Feira Santa, celebrada sempre em março ou abril; o Corpus Christi, que sempre é realizado na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade; o dia de Nossa Senhora da Abadia, em 15 de agosto; e o aniversário de emancipação do município juntamente com o dia de São Raimundo, em 31 de agosto. De acordo com a lei federal nº 9.093 de 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais, já incluso neste, a Sexta-Feira Santa.

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