Acabo de assitir a final da copa do mundo de 2014 no Maracanã de tantas e saudosas recordações para mim, pois nasci e morei muitos anos no Rio de Janeiro e como bom vascaíno, dificilmente perdi-a uma decisão de meu time neste estádio. E mesmo com algumas decepções que este, vez por outra me dava, ainda assim guardo belas recordações e até certo romantismo por este que já foi durante muitas décadas o maior estádio do mundo! Mas, infelizmente, sabia que essa alegria de outrora não iria repetir-se nesta atípica Copa do Mundo. Desta vez, porém, os deuses de outrora, estiveram ausentes e não quiseram nada com a nossa seleção, até porque ela também não quis nada com eles!
Sem preparo físico e psicológico, sem organização e sem comando, nossos jogadores entravam campo já cabisbaixos e tristes, como se estivessem entrando num velório!!!
E deu no que deu! As causas são diversas, mas a meu ver, a principal, foi psicológica. A rede social colocou em suas cabeças a obrigação de vencer a copa a qualquer custo, pois além de jogarem em casa e contarem com o apoio "
popular", tinham em mente os planos para investir em suas poupanças o prémio milionário oferecido pela CBF em caso de vitória. Com toda essa responsabilidade nas chuteiras e sem um preparo físico e psicológico adequado, foi tudo por água abaixo!!! Outro fator que também contribuíu para o apagão de nossa seleção, foram essas manifestações de protesto nas ruas e na mídia contra os gastos na reparação e construção de novos estádios, além dos altos preços cobrados pela entrada nos mesmos, que acabaram por afastar o povo da festa!
Quanto às demais seleções participantes e que não chegaram à final, tiro o chapéu para a
Costa Rica, que a meu ver foi a grande surpresa. A Holanda também merecia melhor sorte, e até achei que o seu Robben deveria dividir o prémio de melhor jogador com o Messi. México e Chile também agradaram, mas a sorte não lhes sorriu e seus técnicos também cometeram alguns erros fatais, principalmente o do México, Miguel Herrera que, em momentos decisivos de alguns jogos, fez substituições erradas. A Bélgica apesar de não ter ido tão longe, ainda assim mostrou um bom futebol. Quanto aos países africanos, Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Nigéria, a Argélia me pareceu a melhor delas. A Rússia se não melhorar, vai passar pela mesma vergonha do Brasil!!! Quanto à França, mostrou o futebol de sempre, belisca, belisca mas não petisca.
Agora vou falar daquelas seleções, que, junto com o Brasil, também não se prepararam adequadamente para este grande evento do futebol mundial, Espanha e Portugal. Vou falar primeiro de Portugal, país irmão e do qual descendo com muito orgulho!
Gente, os rapazes das cinco quinas também não levaram a sério esta copa do mundo! Num país, que também é deles, por laços históricos e culturais deveriam ser os primeiros a por aqui aportar, para se adaptarem às condições climatéricas locais e retribuirem ao povo irmão brasileiro todo o carinho com que por ele foram recebidos. Mas, preferiram estagiar num país onde o clima e a cultura nada tinham a ver com o local da disputa. Assim mesmo, como não poderia deixar de ser, receberam, depois do Brasil, a mais carinhosa recepção entre todas as outras seleções que participaram do evento, principalmente em Campinas, onde ficaram sediados. Enquanto isso, a seleção alemã, chegou com antecedência, alugou mansões próximo ao local do primeiro jogo justamente contra Portugal, trouxe as famílias dos jogadores e juntos curtiram as belezas naturais de Porto Seguro, Cabrália e outros pontos do litoral baiano, num clima quase igual ao de Salvador, local de estreia na copa. E, com muita humildade, mas com muita responsabilidade e sem nenhuma preocupação em ganhar o importante caneco, se prepararam melhor que os demais para ganhá-lo. E tudo começou naquele 16 de junho às 13h, quando dispararam uma humilhante goleada de 4x0 naqueles despreparados e cansados rapagões da Terra de Camões, e, em rítmo de valsa, a
valsa da despedida!!!
Depois não acertaram mais o passo, empataram com os Estates em 2x2, venceram a duras penas, a seleção de Gana pelo placard de 2x1 e foi só! Voltaram para casa com uma melancólica goleada sofrida na estréia que deve ter deixado estes quase 200 milhões de lusófonos, tristes e decepcionados! A esperança da lusofonia porém, continuava, pois o maior país lusófono do mundo, o Brasil, que também não vinha lá bem das pernas, mas conseguira passar às quartas de finais, poderia minimizar um pouco a depressão dos irmãos lusitanos! Havia a esperança de que essa forte e bem preparada Alemanha viesse a tremer frente à fama dos pentacampeões do mundo e o lado psicológico se encarregasse do resto!
Só que para mais tristeza e desespero destes irmãos e dos mais de 200 milhões de lusófonos, espalhados pelo Brasil e pelo mundo, quem acabou tremendo e humilhado com aqueles ridículos e vergonhosos 7x0, a maior goleada até hoje sofrida por uma seleção brasileira em copas do mundo, foi..... o Brasil.
A Espanha também aprontou, pois seus jogadores, poucos dias antes da copa, estavam envolvidos em disputas desgastantes, tais como copa do rei, campeonato espanhol, copa da Europa, et., etc., além da alta média de idade de alguns de seus jogadores. Tal como Portugal, logo de saída tomou uma histórica goleada da boa e bem preparada seleção holandesa pelo placard de 5x1, justamente no mesmo palco onde onde os rapazes de Camões viriam a dançar três dias após em rítmo de
Bandertanz. Isto tudo num palco construído por seus ancestrais...
Foi um 16 de junho trágico, que matou de vergonha o povo lusófono e mexeu com os túmulos dos construtores de Salvador, Tomé de Souza, por sinal ali bem pertinho da Fonte Nova, o grande Nóbrega e seus mais de 1000 trabalhadores luso - brasileiros.
Em resumo, aquela que foi a primeira capital do Brasil, acabou se transformando num pesadelo para a seleção portuguesa, pois a derrota ali sofrida, devido ao vergonhoso placard de 4x0, acabou por tirar todas as esperanças de Portugal na competição, devido ao saldo de gols favorável aos Estates, que por isso acabaram ganhando a vaga nas quartas de final.
A Espanha que tem uma imensa colônia em Salvador, também não teve melhor sorte que Portugal na Arena Fonte Nova e também voltou mais cedo para casa.
Parabéns à Alemanha e Argentina. Realmente foram as melhores seleções e se equivaleram em campo em volume e qualidade de jogo, apenas a Alemanha levou vantagem no aspecto físico. A Argentina foi um pouquinho inferior nesse detalhe.
Mas se no aspecto esportivo esta copa foi tão questionada e criticada pelos movimentos sociais e parte da grande mídia, pelo menos no aspecto político e cultural foi um sucesso. Mais de 700.000 turistas de todas as partes do mundo vão levar do Brasil uma imagem bem diferente daquela que lhes é passada diariamente pela grande mídia internacional! Nossas belezas naturais e a hospitalidade de nosso povo certamente atrairão a partir de agora um enorme fluxo de turistas ao nosso país, que irá gerar a curto prazo um aumento de empregos e de renda para nosso povo, além do interesse que despertou em nossas crianças e de outros países pela cultura brasileira. E finalmente pela organizaçao do mega-evento, que despertou a atenção de outros países a ponto de afirmarem que esta foi a melhor e mais pacífica copa de todos os tempos, sem atentados e sem violência.
Parabéns a todas as outras seleções, mesmo àquelas que não estiveram tão bem como as finalistas e até 2018 na bela e culta Moscou, capital do maior país em superfície do mundo e um dos mais desenvolvidos, A Rússia.
Perdemos a copa, mas ganhamos o respeito e a admiração do mundo e continuamos sendo o melhor futebol do planeta Terra, não só pelo número de copas conquistadas, cinco até agora, mas sim pelo potencial e qualidade de nossos jogadores, conforme mostram os números do mercado internacional. Somos o único país no mundo que pode formar mais de cinco seleções de mesmo nível técnico e que até hoje nunca ficou fora de nenhuma copa. Mas, para não perdermos a hegemonia desse futebol, agora ameaçada, há que haver uma grande mudança de métodos amministrativos na CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
JPL
Copa do Mundo FIFA de 1930
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Copa do Mundo FIFA de 1930 |
1er Campeonato Mundial de Football |
|
Dados |
Participantes |
13 |
Organização |
FIFA |
Anfitrião |
Uruguai |
Período |
13 – 30 de julho |
Gol(o)s |
70 |
Jogos |
18 |
Média |
3,89 gol(o)s por partida |
Campeão |
Uruguai (1º título) |
Vice-campeão |
Argentina |
3º colocado |
Estados Unidos |
4º colocado |
Iugoslávia |
Melhor marcador |
ARG Stábile – 8 gols |
Melhor ataque (fase inicial) |
Argentina – 10 gols |
Melhor defesa (fase inicial) |
Nenhum gol:
- Uruguai
- Estados Unidos
|
Maiores goleadas
(diferença) |
Argentina 6 – 1 Estados Unidos
Estádio Centenário, Montevidéu
26 de julho, Semifinais |
|
Uruguai 6 – 1 Iugoslávia
Estádio Centenário, Montevidéu
27 de julho, Semifinais |
Público |
434 500 |
Média |
24 138,9 pessoas por partida |
|
|
Itália 1934 ►► |
|
A
Copa do Mundo FIFA de 1930 foi a primeira edição da Copa do Mundo de Futebol. Sediada no Uruguai, a competição ocorreu entre 13 e 30 de julho envolvendo 13 seleções. Todas as partidas foram disputadas na capital Montevidéu, a maioria no Estádio Centenário, que foi construído especialmente para o torneio. A FIFA escolheu o Uruguai como país sede numa conferência em Barcelona em 18 de maio de 1929 pois o país celebraria o centenário de sua independência e a Seleção Uruguaia vinha de dois títulos olímpicos.
Não houve eliminatórias e apenas treze nações se inscreveram: sete da América do Sul, quatro da Europa e duas da América do Norte.
Poucas equipes europeias decidiram participar por causa dos custos e da
duração da viagem. Uma briga entre cartolas paulistas e cariocas
impediu que a seleção brasileira levasse sua força máxima ao Mundial. Um
único paulista, Araken, integrou a delegação.
As duas primeiras partidas da história da Copa do Mundo ocorreram simultaneamente e foram vencidas pela França e pelos Estados Unidos, que bateram respectivamente o México por 4 a 1 e a Bélgica por 3 a 0. O primeiro gol das Copas foi marcado por Lucien Laurent da França. Na final, o país-sede e favorito Uruguai bateu a Argentina por 4 a 2 em frente a uma torcida de 93.000 pessoas e se tornou a primeira nação a vencer uma Copa do Mundo.
Origens
Em 1914 a FIFA concordou em reconhecer o torneio olímpico de futebol como um "campeonato mundial de futebol para amadores", e tomou a responsabilidade por comandar o evento nas próximas três Olimpíadas: de 1920 a 1928 (Nos Jogos Olímpicos de 1908 e nos de 1912 as competições futebolísticas foram organizadas pela The Football Association e pela Svenska Fotbollförbundet respectivamente).
Nos Jogos Olímpicos de 1932, realizados em Los Angeles, não havia o futebol no programa de competições por causa da baixa popularidade do esporte nos Estados Unidos, uma vez que era o futebol americano que crescia em popularidade. A FIFA e o Comitê Olímpico Internacional também divergiram na questão dos jogadores amadores e assim o futebol foi excluído dos jogos. Em 26 de maio de 1928, na conferência de Amsterdã e dia de abertura do torneio olímpico de futebol, o presidente da FIFA Jules Rimet anunciou planos de criar um torneio distinto das Olimpíadas, aberto a todos os membros da FIFA. Itália, Suécia, Países Baixos, Espanha e Uruguai se inscreveriam para sede do evento.
Eliminatórias
Todos os países afiliados à FIFA foram convidados a competir. 28 de fevereiro de 1930 foi a data estabelecida para que os times se registrassem para o torneio no Uruguai. Brasil, Argentina, Peru, Paraguai, Chile, Bolívia, Estados Unidos e México se inscreveram a tempo, mas a data se passou sem que uma nação do outro lado do Oceano Atlântico
se inscrevesse. Uma vez que viagens trans-atlânticas eram longas e
caras, poucas equipes européias se interessaram o bastante para
competir. A Asociación Uruguaya de Fútbol chegou a mandar uma carta à Football Association (à época ainda não filiada à FIFA). O convite foi declinado pelo comitê da FA em 18 de novembro de 1929 ; até dois meses antes do início do torneio, nenhuma seleção européia tinha oficialmente se inscrito. O presidente da FIFA Jules Rimet interveio, junto com o governo uruguaio, prometendo custear as despesas de viagem de qualquer equipe européia.
Quatro times europeus acabaram viajando: Bélgica, França, Romênia e Iugoslávia. Os romenos (que perderam para a Iugoslávia um mês antes da competição mas venceriam a Copa dos Balcãs em 1931), dirigidos por Constantin Radulescu e treinados pelo capitão Rudolf Wetzer e Octav Luchide, embarcaram o SS
Conte Verde em Gênova. Os franceses embarcaram em Villefranche-sur-Mer em 21 de junho de 1930 e os Chelse embarcaram em Barcelona. O
Conte Verde seria o mesmo barco pelo qual viria Jules Rimet, a taça e três árbitros europeus: os belgas Jean Langenus e Henri Christophe além de Thomas Balvay, um parisiense de possível origem inglesa. O Brasil pegou o mesmo barco quando este atracou no Rio de Janeiro em 29 de junho de 1930 antes que ele chegasse ao Uruguai em 4 de julho de 1930.
Foi no Rio que Balway soube que sua esposa havia morrido na França. Os
iugoslavos viajaram no navio correio "SarMarine" partindo de Marselha.
Lista dos participantes
- Argentina
- Bélgica
- Bolívia
- Brasil
- Chile
- Estados Unidos
- França
- Iugoslávia
- México
- Paraguai
- Peru
- Romênia
- Uruguai
Estádios
|
O Estádio Centenário abrigou a maioria das partidas da Copa |
|
O Estádio Parque Central na época de sua inauguração. |
Todas as partidas foram disputadas na capital, Montevidéu. Três estádios foram utilizados: o Estádio Centenário, o Estádio Pocitos e o Estádio Parque Central.
O Centenário,
com capacidade para 100 000 pessoas, foi construído especialmente para a
Copa do Mundo. Seu nome vem da celebração do centenário da
independência uruguaia. Foi o principal estádio da Copa, sendo apelidado
por Jules Rimet de
"O Templo do Futebol". O estádio abrigou dez das dezoito partidas do Mundial, incluindo as semifinais e a final.
O restante das partidas foi disputado em pequenos estádios freqüentemente utilizados pelos clubes de futebol de Montevidéu: o Estádio Parque Central e o Estádio Pocitos, com capacidade máxima de 20.000 pessoas cada um.
A competição
Os treze times foram divididos em quatro grupos, como todos os jogos se realizando na capital uruguaia, Montevidéu. Não houve sorteio para os grupos da Copa. Os grupos foram determinados pela FIFA.
Uma vez que não houve Eliminatórias para esta Copa, as duas partidas de
abertura do torneio foram as primeiras partidas da história das Copas,
sendo realizados simultaneamente em 13 de julho; a França bateu o México por 4 a 1 no Estádio Pocitos, enquanto os Estados Unidos derrotaram a Bélgica por 3 a 0 ao mesmo tempo no Estádio Gran Parque Central. O francês Lucien Laurent foi o marcador do primeiro gol da história das Copas do Mundo. Laurent depois diria: "
Estávamos
enfrentando o México e estava nevando, uma vez que era inverno no
hemisfério sul. Um dos meus colegas de time cruzou a bola e eu segui seu
caminho cuidadosamente, dando um voleio com meu pé direito. Todos
ficamos felizes mas não ficamos rolando pelo chão - ninguém percebeu que
estávamos a fazer história. Um rápido aperto de mãos e voltamos pro
jogo. E não houve nenhum bonus; éramos todos amadores àquela época."
Grupo 1
|
Dois dos jogadores da Seleção Francesa, Lucien Laurent, falecido em
2005, e Marcel Langiller. Laurent marcou o primeiro gol da história das
Copas. |
Este grupo foi o único a conter quatro times: Argentina, Chile,
França e México. Dois dias após a vitória da França sobre o México, os
franceses encarariam os argentinos. O único tento da partida foi marcado
pelo argentino Luis Monti, de falta. O jogo apresentou uma controversa arbitragem do brasileiro Gilberto de Almeida Rego
que erroneamente apitou o final do jogo seis minutos antes do final do
tempo regulamentar, com o jogo devidamente encerrado apenas após
protestos dos jogadores franceses. O segundo jogo dos argentinos, contra
o México, apresentou o primeiro pênalti
da história das Copas. Um total de cinco pênaltis, três de maneira
controversa, foram marcados durante a partida que foi apitada pelo
técnico da Bolívia, Ulises Saucedo. Guillermo Stábile marcou um hat-trick na sua estréia internacional
na vitória argentina sobre os mexicanos por 6 a 3. A classificação foi
decidida na última rodada do grupo, quando Argentina e Chile se
enfrentaram e o placar marcou 3 a 1 para os argentinos, classificando
estes para a fase final.
Grupo 2
|
Brasil e Iugoslávia, na estreia de ambas as seleções. Os jogadores são Milovan Jakšić (goleiro), Dragan Mihajlović e Teóphilo. |
O segundo grupo: Brasil, Bolívia e Iugoslávia. Brasil mandou um time
composto quase que totalmente de cariocas (sendo o paulista Araken a única exceção) por causa de uma briga entre cartolas paulistas e cariocas,
mas mesmo assim o time brasileiro poderia progredir. Porém, na partida
de abertura do grupo a Iugoslávia conseguiu uma vitória de 2 a 1 sobre a
seleção, que na época usava uniformes brancos. Ambos os times bateram a
Bolívia por 4 a 0. No jogo entre Brasil e Bolívia ambas as equipes
jogaram com o mesmo uniforme por 45 minutos, até que os bolivianos
decidiram trocar o uniforme. Com os resultados a Iugoslávia estava na
fase seguinte.
Grupo 3
Os anfitriões uruguaios se emparelharam numa chave com Peru e
Romênia. Na partida de abertura do grupo ocorreu a primeira expulsão da
história das Copas, quando Plácido Galindo do Peru foi dispensado de campo contra a Romênia.
A vantagem em campo ajudou os romenos a construirem a vitória de 3 a 1,
uma vez que dois gols foram marcados após a expulsão. Devido a atrasos
na construção do Estádio Centenário,
a primeira partida da seleção uruguaia se deu apenas cinco dias depois
do início do torneio. A primeira partida a ser jogada no Centenário foi
precedida por uma cerimônia em honra ao centenário de independência do
Uruguai. Os donos da casa venceram uma partida dura contra os peruanos
por 1 a 0. Depois a
celeste sacramentaria sua classificação com relativa facilidade ao golear a Romênia por 4 gols a 0.
Grupo 4
Os Estados Unidos dominaram o quarto grupo. A equipe dos EUA, que continha um ex-profissional de origem britânica e migrantes de várias origens.Os belgas, primeiros oponentes dos EUA foram batidos por 3 a 0. A facilidade da vitória foi inesperada; o jornal uruguaio
Imparcial escreveu que "o grande placar da vitória americana
(sic) realmente surpreendeu os especialistas". Repórteres belgas criticaram o estado do gramado e as decisões da arbitragem, dizendo que o segundo gol estava impedido. A segunda partida do grupo foi entre Paraguai e Estados Unidos. Neste jogo ocorreu o primeiro hat-trick da história das Copas, marcado por Bert Patenaude dos Estados Unidos. Porém, até 10 de novembro de 2006
o primeiro hat-trick era atribuído pela FIFA a Guillermo Stábile da
Argentina, dois dias após Patenaude. Em 2006 a FIFA anunciou que a
solicitação de Patenaude para ser o primeiro marcador de hat-trick da
história das Copas era válida, pois o gol de Tom Florie tinha sido erroneamente marcado, na verdade pertencia a Patenaude. Os quatro vencedores dos grupos: Argentina, Iugoslávia, Uruguai e Estados Unidos foram às semi-finais.
Semifinal
As duas semifinais tiveram placares idênticos. Na primeira semi, um
gol de Minto do meio de campo no primeiro tempo deu a Argentina uma
liderança de 1 a 0 contra os Estados Unidos no intervalo. No segundo
tempo a força do time dos Estados Unidos foi batida pelo ritmo dos
ataques argentinos, com a partida terminando 6 a 1 para a Argentina. Os
jogadores dos Estados Unidos ainda reclamaram à Jean Langenus mas sem efeito.
Na segunda semifinal; novo encontro entre iugoslavos e uruguaios depois da partida nos Jogos Olímpicos de 1924. Agora a Iugoslávia sairia na frente com Sekulić
marcando. O Uruguai conseguiu a virada em 2 a 1, mas pouco antes do
intervalo a Iugoslávia teve um gol anulado de maneira controversa por
impedimento. Os anfitriões marcaram mais quatro gols no segundo tempo,
com um hat-trick de Pedro Cea, assegurando a vitória por 6 a 1.
Final
|
A bola utilizada na partida final. |
A final marcou o reencontro entre os finalistas dos Jogos Olímpicos
de 1928, Uruguai e Argentina. Uma vez que a disputa do terceiro lugar
não se estabeleceu até a Copa seguinte,
a Copa de 1930 é única no fato em que não ocorreram partidas entre as
semifinais e a final. Porém, algumas fontes, notadamente um Boletim da
FIFA de 1984, afirmam que houve sim uma partida do terceiro lugar e que
foi vencida por 3 a 1 pela Iugoslávia. Essa informação nunca foi oficialmente confirmada.
A final foi disputada no Estádio Centenário em 30 de julho.
Os portões do estádio foram abertos às oito da manhã, seis horas antes
do pontapé inicial, e ao meio-dia os lugares estavam tomados,
oficialmente comportando 93.000 pessoas.
Antes do início da partida ocorreu uma discordância em relação a bola
que seria usada na partida, forçando a FIFA a interferir decretando que a
bola argentina seria usada no primeiro tempo e uma uruguaia no segundo.
O jogo acabou 4 a 2 para os uruguaios (que perdiam de 2 a 1 no
intervalo) que adicionaram ao seu palmarés o título de campeões do
mundo, assim que Jules Rimet os presenteou com a Copa do Mundo, que seria depois nomeada em sua homenagem. O dia seguinte à partida foi declarado feriado nacional no Uruguai; em Buenos Aires arruaceiros jogaram pedras no consulado uruguaio.
O argentino Francisco Varallo, que era o último sobrevivente dentre os que atuaram na final, faleceu em 31 de agosto de 2010, aos 100 anos de idade.
França, Iugoslávia e Estados Unidos jogariam amistosos na América do Sul após a competição. O Brasil enfrentaria a França em 1 de agosto, a Iugoslávia em 10 de agosto e os Estados Unidos em 17 de agosto, enquanto a Argentina recebeu a Iugoslávia em 3 de agosto
Todas as copas tem os mesmos efeitos de jogos das eliminações, a
escolha do país da copa e os países que irão participar desse tipo de
comemoração esportiva.
Jogos
1ª Fase
Grupo 1
- Artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 1930 - Grupo 1
|
Classificado para a semifinal |
Pos. |
Seleção |
Pts |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
SG |
1 |
Argentina |
6 |
3 |
3 |
0 |
0 |
10 |
4 |
6 |
2 |
Chile |
4 |
3 |
2 |
0 |
1 |
5 |
3 |
2 |
3 |
França |
2 |
3 |
1 |
0 |
2 |
4 |
3 |
1 |
4 |
México |
0 |
3 |
0 |
0 |
3 |
4 |
13 |
-9 |
12 de julho |
França |
4 – 1 |
México |
Estádio Pocitos, Montevidéu |
15:00 |
Lucien Laurent 19'
Marcel Langiller 40'
André Maschinot 43', 87' |
relatório |
Juan Carreño Sandoval 70' |
Público: 1 000
Árbitro: URU Domingo Lombardi |
15 de julho |
Argentina |
1 – 0 |
França |
Estádio Parque Central |
16:00 |
Luis Monti 81' |
relatório |
|
Público: 23 409
Árbitro: BRA Gilberto de Almeida Rego |
16 de julho |
Chile |
3 – 0 |
México |
Estádio Parque Central, Montevidéu |
14:45 |
Guillermo Subiabre 3', 52'
Carlos Vidal 65' |
relatório |
|
Público: 500
Árbitro: BEL Henri Christophe |
19 de julho |
Chile |
1 – 0 |
França |
Estádio Centenário, Montevidéu |
12:50 |
Guillermo Subiabre 65' |
relatório |
|
Público: 2 000
Árbitro: URU Anibal Tejada |
19 de julho |
Argentina |
6 – 3 |
México |
Estádio Centenário, Montevidéu |
15:00 |
Guillermo Stábile 8', 17', 80'
Adolfo Zumelzú 12', 55'
Francisco Varallo 53' |
relatório |
Manuel Rosas 42' (pen), 65'
Roberto Gayón 75' |
Público: 42 100
Árbitro: BOL Ulises Saucedo |
22 de julho |
Argentina |
3 – 1 |
Chile |
Estádio Centenário, Montevidéu |
14:45 |
Guillermo Stábile 12', 13'
Mario Evaristo 51' |
relatório |
Guillermo Subriabre 15' |
Público: 41 459
Árbitro: BEL John Langenus |
Grupo 2
- Artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 1930 - Grupo 2
|
Classificado para a semifinal |
Pos. |
Seleção |
Pts |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
SG |
1 |
Iugoslávia |
4 |
2 |
2 |
0 |
0 |
6 |
1 |
5 |
2 |
Brasil |
2 |
2 |
1 |
0 |
1 |
5 |
2 |
3 |
3 |
Bolívia |
0 |
2 |
0 |
0 |
2 |
0 |
8 |
-8 |
14 de julho |
Iugoslávia |
2 – 1 |
Brasil |
Estádio Parque Central, Montevidéu |
12:45 |
Aleksandar Tirnanić 21'
Ivan Bek 30' |
relatório |
Preguinho 62' |
Público: 5 000
Árbitro: URU Anibal Tejada |
17 de julho |
Iugoslávia |
4 – 0 |
Bolívia |
Estádio Parque Central, Montevidéu |
12:45 |
Ivan Bek 60', 67'
Blagoje Marjanović 65'
Vujadinović 85' |
relatório |
|
Público: 800
Árbitro: URU Francisco Mateucci |
20 de julho |
Brasil |
4 – 0 |
Bolívia |
Estádio Centenário, Montevidéu |
13:00 |
Moderato Winsteiner 37', 73'
Preguinho 57', 83' |
relatório |
|
Público: 1 200
Árbitro: FRA Thomas Balvay |
Grupo 3
- Artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 1930 - Grupo 3
|
Classificado para a semifinal |
Pos. |
Seleção |
Pts |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
SG |
1 |
Uruguai |
4 |
2 |
2 |
0 |
0 |
5 |
0 |
5 |
2 |
Romênia |
2 |
2 |
1 |
0 |
1 |
3 |
5 |
-2 |
3 |
Peru |
0 |
2 |
0 |
0 |
2 |
1 |
4 |
-3 |
14 de julho |
Romênia |
3 – 1 |
Peru |
Estádio Pocitos, Montevidéu |
14:50 |
Adalbert Deșu 1'
Ştefan Barbu 85'
Constantin Stanciu 85' |
relatório |
Luis de Souza Ferreira 75' |
Público: 300
Árbitro: CHI Alberto Warnken |
18 de julho |
Uruguai |
1 – 0 |
Peru |
Estádio Centenário, Montevidéu |
14:30 |
Héctor Castro 65' |
relatório |
|
Público: 70 000
Árbitro: BEL John Langenus |
21 de julho |
Uruguai |
4 – 0 |
Romênia |
Estádio Centenário, Montevidéu |
14:50 |
Pablo Dorado 7'
Héctor Scarone 26'
Perigrino Anselmo 31'
Pedro Cea 35' |
relatório |
|
Público: 80 000
Árbitro: BRA Gilberto de Almeida Rego |
Grupo 4
- Artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 1930 - Grupo 4
|
Classificado para a semifinal |
Pos. |
Seleção |
Pts |
J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
SG |
1 |
Estados Unidos |
4 |
2 |
2 |
0 |
0 |
6 |
0 |
6 |
2 |
Paraguai |
2 |
2 |
1 |
0 |
1 |
1 |
3 |
-2 |
3 |
Bélgica |
0 |
2 |
0 |
0 |
2 |
0 |
4 |
-4 |
13 de julho |
Estados Unidos |
3 – 0 |
Bélgica |
Estádio Parque Central, Montevidéu |
15:00 |
Bart McGhee 41', 45'
Bert Patenaude 88' |
relatório |
|
Público: 10 000
Árbitro: ARG José Bartolomé Macías |
17 de julho |
Estados Unidos |
3 – 0 |
Paraguai |
Estádio Parque Central, Montevidéu |
14:45 |
Bert Patenaude 10', 15', 50' |
relatório |
|
Público: 800
Árbitro: ARG José Bartolomé Macías |
20 de julho |
Paraguai |
1 – 0 |
Bélgica |
Estádio Centenário, Montevidéu |
15:00 |
Luis Peña 40' |
relatório |
|
Público: 900
Árbitro: URU Ricardo Vallarino |
Fase final
- Artigo principal: Copa do Mundo FIFA de 1930 - Fase final
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Semi finais |
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Finais |
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26 de Julho – Montevidéu |
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Argentina |
6 |
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Estados Unidos |
1 |
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30 de Julho – Montevidéu |
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Uruguai |
4 |
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Argentina |
2 |
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27 de Julho - Montevidéu |
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Uruguai |
6 |
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Iugoslávia |
1 |
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Semifinais
26 de julho |
Argentina |
6 – 1 |
Estados Unidos |
Estádio Centenário, Montevidéu |
14:45 |
Luis Monti 20'
Alejandro Scopelli 56'
Guillermo Stábile 69', 87'
Carlos Peucelle 80', 85' |
relatório |
Jim Brown 89' |
Público: 72 886
Árbitro: BEL John Langenus |
27 de julho |
Uruguai |
6 – 1 |
Iugoslávia |
Estádio Centenário, Montevidéu |
14:45 |
Pedro Cea 18', 67', 72'
Peregrino Anselmo 20', 31'
Santos Iriarte 61' |
relatório |
Branislav Sekulić 4' |
Público: 93 000
Árbitro: BRA Gilberto de Almeida Rego |
Final
- Artigo principal: Final da Copa do Mundo FIFA de 1930
30 de julho |
Uruguai |
4 – 2 |
Argentina |
Estádio Centenário, Montevidéu |
15:30 |
Pablo Dorado 12'
Pedro Cea 57'
Santos Iriarte 68'
Héctor Castro 89' |
relatório |
Carlos Peucelle 20'
Guillermo Stábile 37' |
Público: 68 346
Árbitro: BEL John Langenus |
Premiação
Campeão da Copa do Mundo FIFA de 1930 |
Uruguai
Primeiro Título |
Artilharia
- 8 gols (1)
- ARG Guillermo Stábile
- 5 gols (1)
- URU Pedro Cea
- 4 gols (2)
- CHI Guillermo Subiabre
- USA Bert Patenaude
- 3 gols (4)
- ARG Carlos Peucelle
- BRA Preguinho
- URU Peregrino Anselmo
- IUG Ivan Bek
|
- 2 gols (9)
- ARG Luis Monti
- ARG Adolfo Zumelzú
- BRA Moderato Winsteiner
- FRA André Maschinot
- MEX Manuel Rosas
- URU Héctor Castro
- URU Pablo Dorado
- URU Santos Iriarte
- USA Bart McGhee
- 1 gol (19)
- ARG Mario Evaristo
- ARG Alejandro Scopelli
- ARG Francisco Varallo
- CHI Carlos Vidal
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- 1 gol (continuação)
- FRA Marcel Langiller
- FRA Lucien Laurent
- MEX Juan Carreño
- MEX Roberto Gayón
- PAR Luis Vargas Peña
- PER Luis Souza Ferreira
- ROM Ştefan Barbu
- ROM Adalbert Deșu
- ROM Constantin Stanciu
- USA Jim Brown
- URU Héctor Scarone
- IUG Blagoje Marjanović
- IUG Branislav Sekulić
- IUG Aleksandar Tirnanić
- IUG Đorđe Vujadinović
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O argentino Guillermo Stábile, o artilheiro da primeira Copa. |
Curiosidades
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- Quando a imprensa elegeu o time combinado perfeito do Mundial de 30,
apenas um brasileiro entrou para a lista: Fausto. Outros dois países
tiveram um jogador cada escolhidos, Iugoslávia e França. Os outros jogadores estavam divididos entre uruguaios e argentinos.
- O primeiro jogador a perder um pênalti em Copas do Mundo foi o
chileno Carlos Vidal. Ele desperdiçou a cobrança aos 35 minutos do
primeiro tempo no jogo entre Chile e França, no Mundial de 1930.
- João Coelho Neto, o Preguinho, marcou o primeiro gol do Brasil em uma Copa do Mundo. Foi na derrota de 2 X 1 para a Iugoslávia. Ele era filho do escritor Coelho Neto
e também praticava natação, vôlei e atletismo. Ele foi o artilheiro
brasileiro na competição, marcando três gols em duas partidas. Além de
Preguinho, Veloso foi o primeiro goleiro a defender um pênalti em
mundiais, esse no segundo jogo do Brasil, contra a Bolívia, que terminou
com vitória brasileira por 4 a 0.
- Em entrevista a um jornal uruguaio após a Copa, o presidente da FIFA, Jules Rimet, disse que o mundial seguinte seria realizado somente em 1938 e que o Uruguai seria campeão do mundo por oito anos.
- Com receio de problemas entre a torcida local e os milhares de
argentinos que atravessariam o rio da Prata para ver a final, a polícia
de Montevidéu destacou 10 mil homens para realizar a segurança.
- O capitão da seleção francesa, Villaplane, foi acusado de colaborar com a Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial e fuzilado em 1945.
- O centroavante argentino Manuel Ferreyra não pôde defender sua seleção no jogo contra o México porque tinha, na mesma hora, prova da faculdade. Em seu lugar entrou Guillermo Stábile,
que fez três gols, ganhou a posição e terminou como artilheiro da Copa.
Ferreyra reconquistou um lugar entre os titulares, mas teve de ser
deslocado para a ponta direita.
- Nas semifinais contra a Argentina,
o médico dos EUA invadiu o gramado para protestar contra uma marcação
do árbitro. Sem querer, derrubou sua sacola, quebrando uma garrafa de
clorofórmio. O norte-americano foi coberto pela fumaça e teve de receber
atendimento.
- O atacante uruguaio Castro não tinha a mão direita. Por isso,
recebeu o apelido de "El Manco". Ele marcou, contra o Peru, o primeiro
gol do Estádio Centenário e ainda fez o quarto – e último – do Uruguai na final contra a Argentina.
- Na véspera da final, Carlos Gardel, maior nome do tango, visitou a concentração da Argentina.
Porém, ele também foi cumprimentar os jogadores uruguaios, o que
irritou os compatriotas, que consideravam o cantor patrimônio nacional.
- O atacante argentino Francisco Varallo, morreu em 30 de agosto de 2010, sendo o último jogador que participou deste mundial a falecer.
- Antes do início da final, ocorreu uma discordância entre os dois países pra saber qual bola seria usada na final. A FIFA
decidiu então que cada tempo seria jogado com a bola de um país. Assim,
argentinos venceram o primeiro tempo (2x1) com sua bola e os uruguaios
venceram o segundo com a bola deles, fechando o jogo em 4x2.
- O boliviano Ulices Saucedo, além de ser técnico da Bolívia, támbem
apitou a partida Argentina x México, no qual os argentinos venceram por 6
a 3.
o Belga – Copa do Mundo de 1930 |
Referências
- History of FIFA - The first FIFA World Cup (em inglês). FIFA.com. Página visitada em 20 de setembro de 2010.
- The Olympic Odyssey so far… (Part 1: 1908 - 1964) Sítio oficial da FIFA. Acessado em 25/2/2007.
- Uruguay 1930 BBC. Acessado em 25/2/2007.
- Overview of Uruguay 1930 - Sítio oficial da Copa do Mundo FIFA
- Uruguay 1930 - Marca.com
- Brian Glanville. The Story of the World Cup. [S.l.]: Faber, 2005. 17 p. ISBN 0-571-22944-1
- Lucien Laurent: The World Cup's First Goal Scorer. CBC.
- Six countries entered bidding for first World Cup. India Times.
- =373666&nav= golden+boot 1930 Golden Boot - Guillermo Stabile. Sky Sports.
- Brazil in the 1930 World Cup. V-Brazil.
- Rony J. Almeida. Where It All Began. [S.l.]: Lulu, 2006. 91 p. ISBN 978-1-4116-7906-1
- American Bert Patenaude credited with first hat trick in FIFA World Cup™ history FIFA.com
- World Cup 1930 - full details by RSSSF
- FIFA World Cup OriginPDF (53.6 KiB), FIFA Media Release. Retrieved on May 20, 2007.