SPORT LISBOA E BENFICA

SPORT LISBOA E BENFICA


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Benfica

Nome: Sport Lisboa e Benfica
Alcunhas: Águias
Encarnados
Glorioso
Diabos Vermelhos
Torcedor Benfiquista
Mascote Águia Vitória
Fundação: 28 de Fevereiro de 1904 (107 anos)
Estádio: Estádio da Luz,
LSB.png Lisboa
Capacidade: 65 400
Presidente: Luís Filipe Vieira
Treinador: Jorge Jesus
Patrocinadores: Portugal Telecom, Sagres
Material esportivo Adidas

Competição Primeira Liga
2009/10 1.º lugar (campeão)
2008/09 3.º lugar
2007/08 4.º lugar

Uniforme:
1º - camisa vermelha, calção branco e meias vermelhas
2º - camisa laranja, calção branco e meias vermelhas
3º - camisa branca, calção grená e meias brancas

Sport Lisboa e Benfica: é um clube multidesportivo sediado em Lisboa. O seu eclectismo, historial e forte base de adeptos faz do Benfica o maior e mais significativo de Portugal e um dos mais prestigiados a nível mundial. As estimativas em relação ao número de adeptos apontam para cerca de 14 milhões espalhados por todo o mundo. Segundo o Guiness, o Benfica é o clube do mundo com mais sócios ativos, cerca de 160.000, na altura,atingindo agora os 200.000 sócios. É considerado pela IFFHS como o nono melhor clube do século XX. Além do futebol, este clube distingue-se também noutras modalidades (apresentadas no final do artigo). Utiliza como cores principais o vermelho e o branco e como símbolo uma águia, chamada Vitória.

Conquistou o seu último título como campeão nacional de futebol na época de 2009-2010 no dia 9 de Maio de 2010, no Estádio da Luz, frente ao Rio Ave (2-1) com golos de Óscar Cardozo que assim foi o melhor marcador daquela época.



HISTÓRIA

Os Primeiros Anos

Em 28 de Fevereiro de 1904, um grupo de ex-alunos da Real Casa Pia de Lisboa (24 elementos de onde se destacava a figura de Cosme Damião), criou, nas traseiras da Farmácia Franco, na zona de Belém, o Sport Lisboa (com uma única seção, a de futebol). Nessa reunião histórica, ficou definido que o novo clube jogaria de vermelho e branco e que teria no emblema uma águia e o moto "E Pluribus Unum".

O primeiro campo de jogos foi na Quinta da Feiteira, mas os tempos eram difíceis. Devido a problemas financeiros, vários jogadores da primeira equipa abandonaram o Benfica para o mais abastado Sporting, o que contribuiu para a fusão do Sport Lisboa com o Grupo Sport Benfica (que tinha como prática o Ciclismo), levando à origem do actual emblema (com a introdução da roda de bicicleta) e o nome definitivo: Sport Lisboa e Benfica, na data de 1908, a real data de fundação do Clube.

Contudo, as dificuldades mantêm-se. Nestes primeiros tempos, o Benfica salta de campo em campo: Em 1913 muda-se para Sete Rios, mas devido à elevada renda, quatro anos depois o clube vê-se obrigado a mudar para o campo de Benfica, onde em 1919 efectua, pela 1ª vez em toda a península ibérica, jogos noturnos. Em 1925 o Benfica compra uns terrenos nas Amoreiras e fica pela 1ª vez proprietário de um estádio, com capacidade para 15.000 espectadores. É neste estádio que o Benfica conquista os primeiros títulos nacionais.

Entretanto, já o Benfica tinha criado as seções de Hóquei em Patins, Hóquei em Campo, Râguebi, Basquetebol, Andebol, Bilhar e Voleibol.

Os primeiros campeonatos nacionais de futebol arrancam em 1935 e após perder a 1ª edição, o Benfica vence as 3 seguintes entre 1936 e 1939. Em 1940 o Benfica vence a sua primeira Taça de Portugal.

No ano seguinte, o Benfica volta a mudar-se, desta vez para o Campo Grande. É neste campo que o Benfica luta contra o domínio do Sporting. Na década de 1940, o Benfica é apenas campeão por 3 vezes, em 1942, 43 e 45, e conquista a Taça de Portugal em 4 ocasiões: 1940, 43, 44 e 48.

Contudo, em 1950 o Benfica atinge o seu 1º grande feito internacional com a conquista da Taça Latina. Após ultrapassar a Lazio nas meias-finais, o Benfica defronta o Bordéus de França na final e depois de um empate a 3 bolas, o jogo é repetido uma semana mais tarde e aí o Benfica acaba por ganhar por duas bolas a uma, com o golo decisivo a ser marcado, após dois prolongamentos, no minuto 146. O clube encarnado é o único clube português a ter vencido esta competição.

Em 1954 chega um momento vital na História do clube: com a larga contribuição de muitos associados e simpatizantes, o Benfica inaugura o Estádio da Luz, de princípio com capacidade para 30.000 espectadores, onde jogaria até 2003.

Finalmente com campo próprio e com a chegada do treinador brasileiro, Otto Glória, que introduz o profissionalismo em toda a estrutura encarnada e treinos inovadores em Portugal, o Benfica começa a fazer frente ao domínio sportinguista. Em 54/55 o Benfica conquista o campeonato, após 4 anos com o Sporting a terminar sistematicamente campeão. Em 1957 o Benfica faz a 3ª dobradinha da sua História e participa pela 1ª vez na Taça dos Campeões Europeus.

A nível de modalidades, é de destacar a importância de José Maria Nicolau, vencedor de duas edições da Volta a Portugal na década de 1930 e que de camisola encarnada espalhou a admiração pelo clube a todo o país.

A Década de 1960

Para a nova década, foi acrescentado um 3º anel (embora incompleto) ao estádio da Luz, aumentando a capacidade para 80.000 espectadores, ao mesmo tempo que chegava para treinador, vindo do rival FC Porto, um Húngaro que teria um impacto imediato: Béla Guttmann.

O Benfica sagra-se campeão nacional em 59/60 e 60/61, mas mais do que isso, atinge pela 1ª vez na sua História a Final da Taça dos Campeões Europeus (TCE), em 1961, onde defronta o Barcelona. Num jogo bastante emotivo, os encarnados vencem por 3-2 e conquistam a sua 1ª taça europeia.

No ano seguinte, o Benfica não vai além do 3º lugar no Campeonato, em grande medida porque se concentra em nova aventura europeia (pelo meio vence também a Taça de Portugal), atingindo de novo a final da TCE. Já com Eusébio na equipa, o Benfica recupera de 2 desvantagens no marcador, para vencer por uns sensacionais 5-3 o Real Madrid, com 2 golos do Pantera Negra. O Benfica sagrava-se bicampeão da Europa.



Contudo, no final desta partida Béla Guttmann resolve sair do Benfica e lançar a famosa maldição: "Nos próximos 100 anos, o Benfica não voltará a ser campeão europeu!" O que é certo é que desde então nunca mais o Benfica venceu uma final europeia, apesar de ter marcado presença em várias.

Já com novo treinador (Fernando Riera), o Benfica recupera o título de campeão em 62/63, ao mesmo tempo que atinge novamente a final da TCE. Mas desta vez sai derrotado, por 1-2 frente ao AC Milan, tendo uma lesão de Mário Coluna a meio do jogo sido fulcral para o desfecho.

Na época seguinte, o Benfica faz o pleno doméstico, com campeonato e Taça de Portugal (vitória de 6-2 na final frente ao FC Porto) e em 64/65 chega ao tricampeonato. Pela 4ª vez nos últimos 5 anos o Benfica apresenta-se em nova final da TCE (tendo, no percurso para a final, alcançado uma memorável vitória sobre o Real Madrid por 5-1), mas mais uma vez sai derrotado. Defrontando o Inter de Milão em San Siro, o Benfica perde por 1-0, ficando famoso o frango de Costa Pereira e a lesão do mesmo, minutos depois, obrigando o Benfica a jogar grande parte da partida com 10 elementos e Germano na baliza.

65/66 revela-se a única temporada da década de 1960 sem títulos para o futebol do Benfica, mas na época seguinte o título de campeão nacional regressa à Luz. Em 67/68 chega o bicampeonato e a 5ª presença na final da TCE em 8 anos. Encontrando o Manchester United em Wembley, o jogo termina empatado a 1 bola, mas no prolongamento os ingleses marcam 3 golos e vencem por 4-1. Eusébio teve uma oportunidade de ouro no minuto 90 para vencer a Taça para o Benfica, mas não conseguiu transpôr o guarda-redes do Manchester.

Em 68/69 o Benfica faz mais uma dobradinha. A final da Taça de Portugal é vencida frente à Académica de Coimbra, num encontro marcado por grande importância política, devido à oposição dos estudantes ao regime ditatorial.

Nas modalidades, o Hóquei em Patins e o Basquetebol destacam-se ambos com 6 campeonatos conquistados. Nesta década o Benfica vence por 3 vezes a Volta a Portugal.

A Década de 1970

Após mais uma Taça de Portugal em 69/70 (vitória na final sobre o Sporting por 3-1), em 1970 chega ao Benfica um treinador inglês, Jimmy Hagan, que impulsionaria o clube para 3 anos de ouro. Em 70/71 o Benfica recupera de uma grande desvantagem no campeonato, para o vencer em grande estilo, ao passo que na época seguinte junta a Taça de Portugal ao campeonato. A final revelou-se uma das mais emotivas de sempre, com o Benfica a vencer o eterno rival Sporting por 3-2, no prolongamento, com um hat-trick de Eusébio. Também na europa o Benfica brilha, com especial destaque para uma vitória de 5-1 sobre o Feyenoord, mas a caminhada europeia terminaria nas ½ finais da TCE, aos pés do Ajax de Johan Cruyff.

Em 72/73 o Benfica torna-se no campeão mais perfeito da História do futebol Português. 28 vitórias, 2 empates, 0 derrotas, 101 golos marcados, apenas 13 sofridos. O 1º campeonato invicto da História do futebol Português.

Contudo, Jimmy Hagan abandona o Benfica no início da época seguinte, e em 73/74 o Benfica nada vence. Dá-se entretanto a Revolução dos Cravos, o que traz implicações para o clube encarnado: perde as colónias como campo de recrutamento de jogadores (recorde-se que o Benfica à época utilizava apenas jogadores portugueses) e as dificuldades económicas que atingem o país também afectam o Benfica que é pela 1ª vez obrigado a vender os seus melhores jogadores para o estrangeiro. De qualquer maneira, o Benfica atinge o 4º tricampeonato consecutivo entre 1975 e 1977, atingindo a impressionante soma de 14 campeonatos em 18 anos.

Contudo, entre 1978 e 1980 o Benfica fica 3 anos sem vencer o campeonato. Em 77/78, apesar de fazer novo percurso invicto, perde o título para o FCPorto por diferença de golos; em 78/79 fica a 1 ponto da liderança; e em 79/80 termina na 3ª posição.

Tal sequência de maus resultados, terá contribuído para a decisão dos sócios de permitir que o Benfica passasse a poder contratar jogadores estrangeiros. E curiosamente é um deles, o Brasileiro César, que marca o solitário golo na vitória na final da Taça de Portugal sobre o FC Porto, que marca o regresso do Benfica às conquistas.

Entretanto, nas outras modalidades, são inauguradas as piscinas e o pavilhão Borges Coutinho e no voleibol feminino fica famosa a equipa conhecida como "As Marias" que vence 9 Campeonatos consecutivos entre 1966 e 1975.

A Década de 1980

O Benfica abriu a década de 1980 com novo pleno nacional: Campeonato, Taça de Portugal (3-1 ao FCPorto na final) e a Supertaça Cândido de Oliveira, pela 1ª vez na História do clube.

Contudo, a época seguinte foi negativa, o Benfica nada venceu e era chegada a altura de escolher novo treinador. E da Suécia chegou um jovem treinador chamado Sven Göran Eriksson que iria revolucionar o futebol benfiquista e por extensão o futebol Português. Com métodos novos e modernos para a época, e apoiado por um conjunto de grandes jogadores, o Benfica faz nova temporada de ouro. Conquista o campeonato, a Taça de Portugal (1-0 novamente ao FC Porto, jogo disputado no estádio das Antas) e chega à final da Taça UEFA. Contudo, a tripla é falhada, pois o Benfica perde por 1-2 para o Anderlecht no total das duas eliminatórias.

Na época seguinte, chega o bicampeonato e Eriksson parte para a AS Roma. O pós Eriksson revela-se, contudo, difícil e o Benfica falha os títulos de 84/85 e 85/86. Mas não falha nos outros troféus já que conquista neste período as 2 edições da Taça de Portugal em disputa (3-1 ao FC Porto; 2-0 ao Belenenses nas finais) e mais uma Supertaça Cândido de Oliveira. Entretanto, o 3º anel do estádio da Luz é fechado, aumentando a capacidade para uns impressionantes 120.000 lugares.

Em 86/87, o Benfica sofre a maior goleada de sempre aos pés do Sporting (1-7), mas vinga-se meses depois com uma vitória sobre o eterno rival que lhe dá o campeonato e outra na final da Taça de Portugal (2-1), conquistando assim a dobradinha pela 9ª vez na sua História. O Benfica vencia a prova rainha pela 3ª vez consecutiva e a 6ª nos últimos 8 anos.

Em 87/88, o Benfica falha o bicampeonato, mas volta a brilhar na Europa, atingindo 20 anos depois de Wembley’68, a final da TCE. Num jogo muito renhido, o Benfica acaba por perder a final nas grandes penalidades para o PSV.

No ano seguinte o Benfica recupera o título de campeão e em 89/90, já com Eriksson de volta, para além de mais uma Supertaça, o Benfica atinge novamente a final da TCE. Só que mais uma vez, volta a perder, desta vez para o AC Milan por 1-0.

Nas modalidades, arranca, nos finais da década a hegemonia do basquetebol que duraria até meios da década de 1990.

A Década de 1990

O Benfica arranca a nova década com um campeonato quase perfeito (32 vitórias, 5 empates e apenas 1 derrota), em que o título foi assegurado com uma épica vitória nas Antas, por 2-0, com ambos os golos a serem marcados já perto do fim, por César Brito.

Contudo, 91/92 revela-se uma época sem títulos, com apenas um ponto alto (uma vitória sobre o campeão inglês Arsenal, em Highbury, por 3-1, para uma eliminatória da TCE) e Eriksson abandona novamente o clube.

Na temporada seguinte, o Benfica tem uma equipa cheia de talento, mas falha novamente o título. Vinga-se na Taça de Portugal, derrotando na final o Boavista por uns sensacionais 5-2. E no ano seguinte, chega ao 30º Campeonato da sua História, com o título a ser praticamente assegurado com uma esmagadora vitória por 6-3 no campo do Sporting.

Contudo, este ano marca um ponto de viragem, já que as dificuldades económicas, e as constantes más escolhas de presidente, treinadores e jogadores, levam o Benfica a entrar numa crise financeira e desportiva profunda, que dura de certa maneira até aos dias de hoje.

Em 94/95, o Benfica não vai além da 3ª posição no campeonato e em 95/96 fica-se pelo 2º lugar. Contudo, esta época acaba num bom plano, já que o Benfica vence mais uma Taça de Portugal, desta vez derrotando o Sporting por 3-1.

Na época seguinte, nova má classificação no campeonato (3º lugar) e nova presença no Jamor, mas desta vez para perder a Taça para o Boavista por 2-3.

A crise vai-se aprofundando e o Benfica continua longe do título. 2º lugar em 97/98, 3º lugar em 98/99 e novo 3º lugar em 99/00. Nesta época, o Benfica sofre a maior derrota europeia da sua História, sofrendo 7 golos aos pés do Celta de Vigo.

Nas outras modalidades, destaca-se o Basquetebol que tem um período de ouro, entre 1985 e 1995, em que conquista 10 campeonatos em 11 possíveis (7 deles de forma consecutiva), o Hóquei em Patins com 5 campeonatos e 1 Taça CERS, e o ciclismo, com o Benfica a vencer a Volta a Portugal de 1999, por equipas e individual (David Plaza).

O novo milénio

Se a década de 90 tinha terminado mal, a nova não começou muito melhor. 2000/01 é talvez a pior época da História do clube, já que o Benfica termina o campeonato num inacreditável 6º lugar. E no ano seguinte não faz muito melhor, ficando-se pela 4ª posição.

Mas em 2002/03 o Benfica recupera, subindo para a 2ª posição, o que repete em 2003/04, sendo que esta época (que é a do centenário) marca o regresso do Benfica às conquistas: a Taça de Portugal é conquistada com uma vitória por 2-1, no prolongamento, sobre o FC Porto. Esta época fica marcada também pela inauguração de um novo estádio da Luz, com capacidade para 65 000 pessoas e pelo triste falecimento de Miklós Fehér, enquanto envergava a camisola do clube.

2004/05,orientado pelo conceituado e experiente técnico Italiano Geovanni Trappattoni, após 11 anos terríveis,chega o título de campeão. Num título disputado até ao fim, uma vitória sobre o Sporting na penúltima jornada garante praticamente o 31.º Campeonato.

Contudo, nas três épocas seguintes o Benfica volta aos maus resultados, conquistando apenas a Supertaça Cândido de Oliveira em 2005/06 e Taça da Liga em 2008/2009, somando classificações no Campeonato além dos dois primeiros lugares: 3.º lugar em 05/06, 3.º lugar em 06/07 e 4.º lugar em 07/08.

Nas demais modalidades, destacou-se primeiro o hóquei em patins, com várias conquistas e grandes exibições (que já não conquista um campeonato há uma década), mas também o voleibol, basquetebol,ou andebol. Neste milénio em 2001 foi criada a modalidade do Futsal,tendo começado na 2ª liga,logo nesse primeiro ano de existência subiu a 1ª liga,tendo logo no 2º ano na principal liga portuguesa,conquistado o campeonato nacional, desde então já ganharam mais 4 campeonatos,e várias taças e supertaças. No voleibol após vários anos sem conquistar qualquer título,em 2004/2005 conquistou-se o campeonato nacional e também a taça de Portugal, enquanto que no andebol em 2007/2008, após 18 anos de jejum,chega a conquista do título, e em 2008/2009 a taça da liga, e no basquetebol surge o título de campeão nacional na época 2008/2009, troféu que já fugia há mais de uma década.

O Renascimento

Quando o Benfica começou a pré-época 2009-2010 houve mudanças notórias no clube: o novo treinador Jorge Jesus (vindo do Braga), a compra ao Real Madrid por cinco milhões de euros de Saviola e a venda de inúmeros jogadores tais como Yebda. Ainda durante a pré-época o Benfica ganhou contra o AC Milan a Taça Eusébio após um 1-1 até aos penáltis, onde o Benfica vence.

No início da liga, começa com um empate frente ao Marítimo como todos os outros clubes, onde se exclui o jogo Braga-Académica, em que o Braga sai vitorioso. Na terceira jornada goleia o V. Setúbal por 8-1, um resultado que à muito não se via em Portugal! E a partir daí, começaria uma grande época de muitas goleadas. Na quinta jornada derrota o Leixões e, a seguir na Liga Europa, derrota o Everton por 5-0. Mais tarde, derrota o Nacional por 6-1 e pela primeira vez consegue liderança do campeonato, graças ao empate do Braga frente ao Rio Ave. É somente derrotado pelo AEK, para a Liga Europa, e na nona jornada pelos bracarenses. Empata com o Sporting e vence o FC Porto por 1-0, golo de Saviola. O V. Guimarães vence o Benfica por 1-0 na Taça de Portugal, eliminando o clube desta competição, enquanto as outras competições continuam normalmente, até à vitória por 3-0 frente ao FC Porto na Carlsberg Cup em Março. Na Liga Europa o clube derrota o Hertha de Berlim, empata em casa com o Marselha e ganha fora nos Oitavos de Final. Derrota os bracarenses por 1-0, na 2ª volta, com golo de Luisão, e fica 6 pontos a frente do seu principal inimigo, o próprio Braga. Vence o Sporting e começa uma final de época de muito suspense. Ganha com uma reviravolta ao Liverpool, em casa, mas é vencido por 4-1 em Inglaterra e acaba o seu grande sonho europeu.

No fim da época o Benfica é derrotado por 3-1 contra o FC Porto e fica com apenas 3 pontos de vantagem sobre o Braga. Em 9 de Maio o Benfica sagra-se campeão nacional derrontando o Rio Ave por 2-1, com dois golos de Óscar Cardozo.
Dados gerais

A águia à porta do Estádio da Luz.

* Fundação: 28 de Fevereiro de 1904
* SAD: 10 de Fevereiro de 2000
* Número de sócios: 200 000
* Estádio: Do Sport Lisboa e Benfica - Popularmente conhecido como Estádio da Luz, Catedral ou mesmo Inferno da luz
* Lotação oficial: 65 400
* Dimensões do Relvado: 105 x 68 metros
* Presidente: Luís Filipe Ferreira Vieira, eleito em 3 de Novembro de 2003 - 33º presidente

O Benfica ganhou 32 Campeonatos de Futebol no actual formato, 27 Taças de Portugal e 4 Supertaças de Portugal de Futebol — sendo assim o clube com mais vitórias no total das competições a nível nacional —, em comparação com o Porto, que ganhou 22, 17 e 15 e o Sporting, que ganhou 18, 18 e 6, respectivamente. Ganhou também duas Taças dos Campeões Europeus, ambas no início dos anos sessenta (1960/1961 e 1961/1962), a segunda delas com a ajuda do lendário Eusébio, um eterno símbolo benfiquista, que após o final da sua carreira se tornou um embaixador itinerante do Benfica e de Portugal.

O Benfica é a equipa portuguesa que movimenta mais adeptos, dentro e fora de Portugal. O Benfica encontra-se entre as equipas mais populares do mundo com uma estimativa de 14 milhões de adeptos. Clubes como São Paulo, Corinthians, Flamengo, Vasco e Santos que concentram bastantes adeptos no Brasil ou Real Madrid, Juventus, Barcelona e Manchester United, que possuem popularidade além fronteiras são dos poucos clubes que possuem como o Benfica uma massa adepta superior a dez milhões.

O que ajudou o crescimento do Benfica foi a própria grande história do clube que conta como fatos de solidariedade a fundação do Estádio da Luz que levou a população benfiquista a ajudar o clube a pagar os custos da construção do seu antigo estádio, através de doações e mesmo oferta de trabalho ou as exibições lendárias que levou a lenda de jogar à Benfica especialmente contra equipas europeias ou em confrontos com rivais.

O seu antigo jogador, Eusébio foi eleito o terceiro melhor jogador de sempre numa votação online que deu vitória a Diego Maradona e o segundo lugar a Pelé comprovando a imensa popularidade do jogador moçambicano e o reconhecimento da sua qualidade.

Associados

O número, a 30 de Dezembro de 2006, oficial de sócios pagantes era de 161.410, o que faz atualmente do clube o maior do mundo nesta área. Neste dia, o clube entrou para o Livro Guiness dos Recordes pelo feito alcançado.

As receitas provenientes do pagamento das quotas representaram 12% do proveitos totais do clube em 2005.

Cerca de 17% do número total de sócios são do sexo feminino. 56% dos sócios tem menos de 34 anos, sendo que 23% são menores.

Sócios por distrito

1. Lisboa - 48,4% (68.639)
2. Setúbal - 11,4% (16.167)
3. Outros - 11,2% (15.883)
4. Porto - 5,8% (8.225)
5. Santarém - 4,8% (6.807)
6. Leiria - 4,1% (5.815)
7. Estrangeiro - 3,6% (5.106)
8. Faro 3,3% - (4.680)
9. Braga 3,1% - (4.396)
10. Aveiro 2,5% - (3.546)
11. Coimbra 1,8% - (2.552)

* TOTAL - 205.000(aproximadamente)

Equipamento

Equipamento actual

* 1º - Camisola vermelha, calção branco e meias vermelhas;
* 2º - Camisola laranja, calção e meias azuis-marinho;
* 3º - Camisola branca, calção grená e meias brancas.

Temporada 2010/2011

Equipa técnica

A apresentação oficial da composição da equipa técnica para a nova época foi a 29 de Junho de 2009.[15]
Nome Posição Proveniente de:
Portugal Jorge Jesus Treinador principal S.C. Braga
Portugal Luís de Matos Treinador de Guarda-Redes Benfica (Juniores)
Portugal Miguel Quaresma Treinador-Adjunto (defesas)
Portugal Raul José Treinador-Adjunto (avançados)
Portugal Minervino Pietra Treinador-Adjunto Benfica (gabinete de prospecção)
Portugal Mário Monteiro Preparador-Fisico


Elenco Atual

Atualizaçao,3 de Dezembro 2010.
Nº Posição Jogador
1 Portugal G Moreira
2 Brasil M Airton
3 Portugal D Fábio Faria
4 Brasil D Luisão
5 Portugal M Ruben Amorim
6 Espanha M Javi García
7 Paraguai A Óscar Cardozo
8 Argentina A Eduardo Salvio
10 Argentina M Pablo Aimar
11 Argentina A Franco Jara
12 Espanha G Roberto
13 Brasil G Júlio César
14 Uruguai D Maxi Pereira

Nº Posição Jogador
15 Portugal D Roderick Miranda
16 Brasil M Felipe Menezes
17 Portugal M Carlos Martins
18 Portugal D Fábio Coentrão
19 Brasil A Weldon
20 Argentina M Nicolás Gaitán
21 Portugal A Nuno Gomes
22 Portugal D Luís Filipe
23 Brasil D David Luiz
25 Portugal D César Peixoto
27 Brasil D Sidnei
30 Argentina A Javier Saviola
31 Brasil A Alan Kardec

yh
Mercado de transferências - época 2009/10
Mercado de Inverno

Entradas

* Brasil Airton - Flamengo
* Brasil Alan Kardec - Internacional
* Brasil Éder Luís - Atlético Mineiro



Saídas

* Brasil Edcarlos - Cruzeiro (E)
* Estados Unidos Freddy Adu - Aris Salónica (E)
* Roménia László Sepsi - FC Timişoara
* Uruguai Urreta - Peñarol (E)
* Brasil Ramires - Chelsea
* Brasil Éder Luís - Vasco da Gama



Sem situação definida

Mercado de transferências - época 2010/11

Entradas

* Brasil Ramires - Cruzeiro
* Brasil Patric - São Caetano
* Argentina Shaffer - Racing Club
* Argentina Saviola - Real Madrid
* Espanha Javi García - Real Madrid
* Brasil Weldon - Sport Recife
* Brasil Keirrison - FC Barcelona(E)
* Brasil Júlio César - Belenenses
* Portugal César Peixoto - Braga
* Brasil Felipe Menezes - Goiás

Saídas

* Grécia Katsouranis - Panathinaikos
* Portugal Miguel Rosa - Carregado(E)
* Portugal Ivan Santos - Carregado(E)
* Portugal Ruben Lima - V. Setúbal(E)
* Portugal André Carvalhas - Fátima(E)
* Portugal João Pereira - Fátima(E)
* Portugal David Simão - Fátima(E)
* Portugal Romeu Ribeiro - Trofense(E)
* Roménia László Sepsi - Racing Santander(E)
* Camarões Binya - Neuchâtel(E)
* Brasil Fellipe Bastos - Belenenses(E)
* Brasil Leandro da Silva - V. Guimarães(E)
* Portugal Makukula - Kayserispor(E)
* Brasil Moretto - rescisão
* Espanha José Antonio Reyes - fim de empréstimo
* Honduras David Suazo - fim de empréstimo
* República Popular da China Yu Dabao - Mafra(E)
* Estados Unidos Gana Freddy Adu - Belenenses(E)
* Argélia França Hassan Yebda - Portsmouth(E)
* Costa do Marfim Marc Zoro - V. Setúbal(E)
* Brasil Patric - Cruzeiro(E)
* Guiné Equatorial Espanha Javier Balboa - Cartagena(E)

Sem situação definida
* Portugal - Jorge Ribeiro

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Matéria em construção...

MAGIC CIRCUS SHOW

RABANADAS



JESUS, FILHO DE DAVI OU JOSÉ ?



O que significa que Jesus é o Filho de Davi? Pergunta: "O que significa que Jesus é o Filho de Davi?" Resposta: Dezessete versículos do Novo Testamento descrevem Jesus como o "filho de Davi". Entretanto, uma pergunta surge: como é que Jesus poderia ser o filho de Davi se Davi viveu cerca de 1000 anos antes de Jesus? A resposta é que Cristo (o Messias) foi o cumprimento da profecia da descendência de Davi (2 Samuel 7:14-16). Jesus era o Messias prometido, o que significa que Ele era da descendência de Davi. Mateus 1 dá uma prova genealógica de que Jesus, na Sua humanidade, foi um descendente direto de Davi por intermédio de José, o pai legal de Jesus. A genealogia em Lucas, capítulo 3, dá a linhagem de Jesus através de Sua mãe, Maria. Jesus é um descendente de Davi, por adoção através de José e pelo sangue por meio de Maria. Primeiramente, porém, quando referia-se a Cristo como o filho de Davi, a intenção era se referir ao Seu título messiânico encontrado nas profecias do Antigo Testamento a Seu respeito. Jesus foi intitulado de "Senhor, Filho de Davi" várias vezes por pessoas que, pela fé, buscavam perdão ou cura. A mulher cuja filha estava sendo atormentada por um demônio (Mateus 15:22), os dois homens cegos à beira do caminho (Mateus 20:30) e o cego Bartimeu (Marcos 10:47) todos clamaram ao filho de Davi por ajuda. Os títulos de honra que deram-lhe declaravam a sua fé nEle. Chamá-lo de "Senhor" expressava um sentimento da divindade, domínio e poder de Jesus, e ao chamá-lo"Filho de Davi", eles estavam professando que Ele era o Messias. Os fariseus também compreenderam o significado das pessoas chamando Jesus de "filho de Davi". Entretanto, ao contrário daqueles que clamaram em fé, eles estavam tão cegos pelo seu próprio orgulho e falta de compreensão das Escrituras que não podiam ver o que os mendigos cegos podiam ver - que aqui estava o Messias pelo qual haviam esperado por toda a vida. Os fariseus odiavam Jesus porque Ele não lhes dava a honra que achavam que mereciam. Então, quando ouviram o povo saudando Jesus como o Salvador, ficaram enfurecidos (Mateus 21:15) e planejaram matá-lo (Lucas 19:47). Jesus ainda confundiu os escribas e fariseus ao pedir-lhes que explicasse o significado deste título. Como é que o Messias podia ser o filho de Davi quando o próprio Davi se referiu a Ele como "meu Senhor" (Marcos 12:35-37)? Naturalmente, os professores da lei não podiam responder à pergunta. Jesus assim expôs a ineptidão dos líderes judeus como professores e sua ignorância quanto ao que o Antigo Testamento ensinava sobre a verdadeira natureza do Messias, alienando-os ainda mais Dele. Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus e o único meio de salvação para o mundo (Atos 4:12), é também o filho de Davi, tanto no sentido físico quanto no sentido espiritual.



Fuga para o Egito

Origem:  Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Fuga para o Egito. Por Fra Angelico, no Museo di San Marco, em Florença.

A Fuga para o Egito é um evento descrito no Evangelho de Mateus (Mateus 2:13-23) no qual José foge para o Egito com sua esposa Maria e seu filho recém-nascido Jesus, após a Adoração dos Magos, quando eles ficaram sabendo que o rei Herodes planeja matar todos os recém-nascidos da região. O episódio é um tema frequente na arte cristã e é considerado o episódio final da Natividade. Além disso, é componente frequente nos ciclos artísticos da Vida da Virgem e também da Vida de Cristo.

A fuga


A Fuga para o Egito.
Azulejos na cidade de Porto,
na Igreja de Trofa, em Portugal.


Quando os Magos estavam procurando por Jesus, eles foram primeiro até Herodes, o Grande, em Jerusalém e perguntaram-lhe onde encontrar o recém-nascido "Rei dos Judeus". O rei então ficou temeroso de que a criança um dia lhe tomaria o trono e planejou matá-la e iniciou o episódio conhecido como Massacre dos Inocentes. Porém, um anjo apareceu para José e ordenou que ele tomasse Jesus e Maria os levasse para o Egito.
O Egito era o lugar ideal para o refúgio, pois estava fora do domínio do rei Herodes, mas ainda dentro dos territórios do Império Romano, o que tornava a viagem muito mais fácil e segura.

 

Retorno do Egito

José e sua família retornaram do Egito após, segundo o texto, seus inimigos terem morrido. Acredita-se que Herodes tenha morrido por volta de 4 a.C. e, apesar de Mateus não mencionar como, o historiador judeu Flávio Josefo relata com detalhes a sua horrenda morte.
O lugar para onde eles retornaram é identificada como sendo "Israel", o único ponto em todo o Novo Testamento onde esta palavra faz a função de um topônimo para toda a região da Judeia e da Galileia ao invés de se referir ao povo judeu em geral. É, porém, para a Judeia que eles inicialmente retornaram, mas, ao descobrirem que Arquelau havia se tornado o rei da região, eles fugiram para a Galileia. Historicamente, Arquelau se mostrou um rei tão violento e agressivo que no ano 6 d.C. ele foi deposto pelos romanos para atender os pedidos da população da região. A Galileia era governada por um rei muito mais tranquilo, Herodes Antipas, e há evidências históricas de que a região era um refúgio tradicional para os que se sentiam perseguidos por Arquelau.

Relatos fora da Bíblia

A Sagrada Família descansando durante a viagem. Por Caravaggio, na Galleria Doria Pamphilj, em Roma.
O relato de Mateus é a única referência a este evento na Bíblia, embora existam diversas tradições sobre ele relatadas nos apócrifos do Novo Testamento. Estas obras posteriores contém diversas histórias milagrosas que teriam acontecido durante a viagem, como palmeiras se curvando perante o Menino Jesus, os animais do deserto vindo lhe fazer romaria e o encontro com os dois ladrões que seriam depois crucificados ao lado de Jesus. Nestes contos posteriores, a sagrada família levou consigo Salomé como babá de Jesus. Mateus dá poucos detalhes sobre o período que eles ficaram no Egito, mas há também diversos contos preenchendo esta lacuna nos apócrifos. Estas histórias sobre o período no Egito são especialmente importantes para a Igreja Copta, que é baseada em Alexandria, no Egito.
Por todo o Egito há diversas igrejas e templos que supostamente marcam os locais onde a família teria estado. O mais importante deles é a Igreja de São Sérgio e São Baco (chamada de Abu Serghis), no Cairo, que marca o local onde a família teria supostamente feito a sua moradia.

Historicidade

Robert Funk, do Jesus Seminar, sugeriu que os relatos de Lucas e Mateus sobre a infância de Jesus são fabricações. Um tema particularmente importante para Mateus era aproximar a figura de Jesus à de Moisés para o público judeu e a fuga para o Egito serve idealmente a este propósito. Alguns céticos interpretam a passagem como uma justificação de como Jesus poderia ter crescido em Nazaré, uma pequena cidade da Galileia, mesmo tendo nascido em Belém, que era uma cidade de grande importância religiosa ligada ao Rei Davi.

Tradições cristãs associadas ao evento

Uma tradição local francesa afirma que Santo Afrodísio, um santo egípcio que é venerado como o primeiro bispo de Béziers, foi quem abrigou a Sagrada Família quando eles estavam no Egito. Tradicionalmente, a família teria ainda visitado diversos locais no Egito, como Farama, Tel Basta, Wadi El Natrun, Samanoud, Bilbais, Samalout, Maadi, Al-Maṭariyyah e Asiut, entre outros. É também pela tradição que se acredita que a família teria visitado Cairo Copta e morado no local onde hoje está a Igreja de São Sérgio e São Baco (Abu Serghis) e também no local onde está Igreja da Santa Virgem (Babylon El-Darag).

Na arte

Pintura de paisagem representando a fuga. Por Claude Lorrain, na Gemäldegalerie Alte Meister, de Dresden, Alemanha.


Obra orientalista representando a fuga. Por Edwin Longsden Long, na Gemäldegalerie Alte Meister, de Dresden, Alemanha.

Nos Países Baixos, do século XV em diante, se tornou muito mais comum representar o tema não-bíblico da Sagrada Família descansando durante a viagem (o Descanso na Fuga para o Egito), geralmente acompanhada por anjos e, nas imagens mais antigas, um garoto mais velho, que pode representar Tiago, irmão de Jesus, interpretado como sendo o filho de José de um casamento anterior (vide Irmãos de Jesus). A cena geralmente representa a Sagrada Família, em fuga para o Egito, buscando refúgio ao ser alertada de que Herodes, o Grande, pretendia assassinar o Menino Jesus. De acordo com a lenda, José e Maria interromperam sua fuga em um bosque e Jesus ordenou às árvores que se curvassem, assim José poderia apanhar frutos para eles, e em seguida ordenou que uma fonte de água jorrasse das raízes para que seus pais pudessem saciar a sede. Esta história básica adquiriu muitos detalhes extras durante os séculos.
O cenário para estas representações geralmente (até o Concílio de Trento dificultar essas "interpretações" das Escrituras) incluem diversos milagres das histórias apócrifas. No Milagre do Trigo, os soldados em perseguição interrogam os camponeses enquanto a família estava passando. Os camponeses afirmam, verdadeiramente, que estavam apenas semeando o trigo na ocasião, quando ele milagrosamente brota e cresce. No Milagre do Ídolo, uma estátua pagã cai de seu pedestal quando o Menino Jesus passa por ela e uma fonte brota no deserto (originalmente histórias separadas, elas são geralmente representadas juntas na arte). Em outras lendas, mais raramente representadas, um bando de ladrões desiste de roubar os viajantes e palmeiras se curvam para que a família pegue seus frutos e este último é também representado no Alcorão. Há duas histórias diferentes sobre a queda da estátua, uma relacionada à chegada da família à cidade egípcia de Sotina e outra que geralmente ocorre no caminho. Por vezes, ambas são representadas na mesma obra. Durante o século XVI, conforme o interesse em pintura de paisagens creceu, o tema se tornou popular, geralmente com os personagens pequenos numa grande paisagem, particularmente entre os pintores alemães românticos e, posteriormente (século XIX) entre os pintores orientalistas. Peculiarmente, o artista Gianbattista Tiepolo, do século XVIII, produziu uma série de rascunhos com 24 cenas mostrando diferentes visões da viagem da família.
Um outro tema que ocorre após a a chegada no Egito é o encontro do Menino Jesus com seu primo, João Batista, que, de acordo com a lenda, fora resgatado de Belém antes do massacre pelo Arcanjo Uriel e se juntara à Sagrada Família no Egito. Este encontro das duas crianças foi pintado por muitos artistas durante o período renascentista, após ter se popularizado pelas mãos de Leonardo da Vinci e Rafael Sanzio em obras como a Virgem das Rochas.
Duas peças do ciclo medieval Ordo Rachelis contém um relato da Fuga para o Egito e a que está no Livre de Jeux de Fleury contém a única representação dramática do evento.

Galeria

Fuga para o Egito, de Giotto,
na Capela Scrovegni em Pádua.
Iluminura da lenda apócrifa
da queda da estátua
pagã durante a fuga. Pelo chamado
Mestre de Bedford.
.
Obra do século XI em marfim. No Museo Civico Medievale deBolonha, na Itália.










Vitral na Catedral de Notre-Dame em Paris.
Por Rembrandt,
no Musée des Beaux-Arts
de Tours, na França.





Cena noturna.
Por Adam Elsheimer,
na Stara Pinakoteka de Munique


Bibliografia

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  • Brown, Raymond E. The Birth of the Messiah: A Commentary on the Infancy Narratives in Matthew and Luke. London: G. Chapman, 1977. (em inglês)
  • Clarke, Howard W. The Gospel of Matthew and its Readers: A Historical Introduction to the First Gospel. Bloomington: Indiana University Press, 2003. (em inglês)
  • France, R.T. The Gospel According to Matthew: an Introduction and Commentary. Leicester: Inter-Varsity, 1985. (em inglês)
  • France, R.T. "The Formula Quotations of Matthew 2 and the Problem of Communications." New Testament Studies. Vol. 27, 1981. (em inglês)
  • Goulder, M.D. Midrash and Lection in Matthew. London: SPCK, 1974. (em inglês)
  • Gundry, Robert H. Matthew a Commentary on his Literary and Theological Art. Grand Rapids: William B. Eerdmans Publishing Company, 1982. (em inglês)
  • Jones, Alexander. The Gospel According to St. Matthew. London: Geoffrey Chapman, 1965. (em inglês)
  • Schweizer, Eduard. The Good News According to Matthew. Atlanta: John Knox Press, 1975. (em inglês)

 Natal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Natal
Nativity tree2011.jpg
Uma representação da Natividade com uma árvore de Natal ao fundo.
Tipo Cristão, cultural
Seguido por Cristãos
Muitos não-cristãos
Data 25 de Dezembro
7 de Janeiro (Rússia e Ucrânia) 22 de novembro (Japão)
Observações Celebra o Nascimento de Cristo
Natal ou Dia de Natal é um feriado e festival religioso cristão comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro), originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis), e adaptado pela Igreja Católica no terceiro século d.C., para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano, passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré. O Natal é o centro dos feriados de fim de ano e da temporada de férias, sendo, no cristianismo, o marco inicial do Ciclo do Natal que dura doze dias.
Embora tradicionalmente seja um dia santificado cristão, o Natal é amplamente comemorado por muitos não-cristãos, sendo que alguns de seus costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos típicos do feriado incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição de decorações diferentes; incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e guirlandas, visco, presépios e ilex. Além disso, o Papai Noel (conhecido como Pai Natal em Portugal) é uma figura mitológica popular em muitos países, associada com os presentes para crianças.
Como a troca de presentes e muitos outros aspectos da festa de Natal envolvem um aumento da atividade econômica entre cristãos e não cristãos, a festa tornou-se um acontecimento significativo e um período chave de vendas para os varejistas e para as empresas. O impacto econômico do Natal é um fator que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo.

Etimologia

A palavra natal do português já foi nātālis no latim, derivada do verbo nāscor (nāsceris, nāscī, nātus sum) que tem sentido de nascer. De nātālis do latim, evoluíram também natale do italiano, noël do francês, nadal do catalão, natal do castelhano, sendo que a palavra natal do castelhano foi progressivamente substituída por navidad, como nome do dia religioso.
Já a palavra Christmas, do inglês, evoluiu de Christes maesse ('Christ's mass') que quer dizer missa de Cristo.

Uso

Como adjetivo, significa também o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. Como festa religiosa, o Natal, comemorado no dia 25 de dezembro desde o Século IV pela Igreja ocidental e desde o século V pela Igreja oriental, celebra o nascimento de Jesus Cristo e assim é o seu significado nas línguas neolatinas. Muitos historiadores localizam a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C, no entanto parece que os primeiros registos da celebração do Natal têm origem anterior, na Turquia, a 25 de Dezembro, já em meados do sec II .

História

Mapa de países onde o Natal não é um feriado oficial.
Os primeiros indícios da comemoração de uma festa cristã litúrgica do nascimento de Jesus em 25 de dezembro é a partir do Cronógrafo de 354. Essa comemoração começou em Roma, enquanto no cristianismo oriental o nascimento de Jesus já era celebrado em conexão com a Epifania, em 6 de janeiro. A comemoração em 25 de dezembro foi importada para o oriente mais tarde: em Antioquia por João Crisóstomo, no final do século IV, provavelmente, em 388, e em Alexandria somente no século seguinte Mesmo no ocidente, a celebração da natividade de Jesus em 6 de janeiro parece ter continuado até depois de 380. .
No ano 350, o Papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada e proclamou o dia 25 de Dezembro como data oficial e o Imperador Justiniano, em 529, declarou-o feriado nacional .
Muitos costumes populares associados ao Natal desenvolveram-se de forma independente da comemoração do nascimento de Jesus, com certos elementos de origens em festivais pré-cristãos que eram celebradas em torno do solstício de inverno pelas populações pagãs que foram mais tarde convertidas ao cristianismo. Estes elementos, incluindo o madeiros, do festival Yule, e a troca presentes, da Saturnalia, tornaram-se sincretizados ao Natal ao longo dos séculos. A atmosfera prevalecente do Natal também tem evoluído continuamente desde o início do feriado, o que foi desde um estado carnavalesca na Idade Média , a um feriado orientado para a família e centrado nas crianças, introduzido na Reforma do século XIX . Além disso, a celebração do Natal foi proibida em mais de uma ocasião, dentro da cristandade protestante, devido a preocupações de que a data é muito pagã ou anti-bíblica.

Pré-cristianismo

Mosaico de Jesus como Christo Sole
(Cristo, o Sol) no Mausoléu M
na necrópole do século 4 sob a Basílica
de São Pedro, em Roma.

Dies Natalis Solis Invicti

Estudiosos modernos argumentam que esse festival foi colocado sobre a data do solstício, porque foi neste dia que o Sol voltou atrás em sua partida em direção ao o sul e provou ser "invencível". Alguns escritores cristãos primitivos ligaram o renascimento do sol com o nascimento de Jesus . "Ó, quão maravilhosamente agiu Providência que naquele dia em que o sol nasceu...Cristo deveria nascer", Cipriano escreveu. João Crisóstomo também comentou sobre a conexão: "Eles chamam isso de 'aniversário do invicto'. Quem de fato é tão invencível como Nosso Senhor...?" .
Embora o Dies Natalis Solis Invicti seja objeto de uma grande dose de especulação acadêmica, a única fonte antiga para isso é uma menção no Cronógrafo de 354 e o estudioso moderno do Sol Steven Hijmans argumenta que não há evidência que essa celebração anteceda a do Natal: "Enquanto o solstício de inverno em torno de 25 de dezembro foi bem estabelecido no calendário imperial romano, não há nenhuma evidência de que uma celebração religiosa do Sol naquele dia antecedia a celebração de Natal e nenhuma que indica que Aureliano teve parte na sua instituição" .

Festivais de inverno

Os festivais de inverno eram os festivais mais populares do ano em muitas culturas. Entre as razões para isso, incluí-se o fato de que menos trabalho agrícola precisava ser feito durante o inverno, devido a expectativa de melhores condições meteorológicas com a primavera que se aproximava. As tradições de Natal modernas incluem: troca de presentes e folia do festival romano da Saturnalia; verde, luzes e caridade do Ano Novo Romano;. madeiros do Yule e diversos alimentos de festas germânicas .
A Escandinávia pagã comemorava um festival de inverno chamado Yule, realizado do final de dezembro ao período de início do janeiro. Como o Norte da Europa foi a última parte do continente a ser cristianizada, suas tradições pagãs tinham uma grande influência sobre o Natal . Os escandinavos continuam a chamar o Natal de Jul.

Cristianismo

Geburt Christi de Geertgen tot Sint Jans.
O Natal não se encontrava entre as primitivas festividades cristãs. Irineu e Tertuliano não o mencionam nas suas listas de festas. De facto, a primeira evidência da festa procede do Egito . A primeira vez que existe referência direta à observância do Natal, entre os cristãos, acontece no pontificado do papa Libério (352-366) .
A Bíblia diz que os pastores estavam nos campos cuidando das ovelhas na noite em que Jesus Cristo nasceu. O mês judaico de Kislev, correspondente aproximadamente à segunda metade de novembro e primeira metade de dezembro no calendário gregoriano era um mês frio e chuvoso. Sendo assim, não era um mês propício aos pastores ficarem nos campos passando frio e cuidando de ovelhas. Entretanto, o evangelista Lucas afirma que havia pastores vivendo ao ar livre e mantendo vigias sobre os rebanhos à noite perto do local onde Jesus nasceu. Eles foram avisados no evento chamado de Anunciação aos pastores .

Anúncio do anjo Gabriel e nascimento de Jesus

O nascimento de Jesus se deu por volta de dois anos antes da morte do Rei Herodes, denominado "o Grande", ou seja, considerando que este morreu em 4 AEC, então Jesus só pode ter nascido em 6 AEC. Segundo a Bíblia, antes de morrer, Herodes mandou matar os meninos de Belém até aos 2 anos, de acordo com o tempo que apareceu a "estrela" aos magos. (Mateus 2:1, 16-19 - Era seu desejo se livrar de um possível novo "rei dos judeus").
Ainda, segundo a Bíblia, antes do nascimento de Jesus, o imperador Octávio César Augusto decretou que todos os habitantes do Império fossem se recensear, cada um à sua cidade natal. Isso obrigou José a viajar de Nazaré (na Galileia) até Belém (na Judeia), a fim de registar-se com Maria, sua esposa. Deste modo, fica claro que não seria um recenseamento para fins tributários.
Anbetung der Hirten de Gerard van Honthorst.
"Este primeiro recenseamento" fora ordenado quando o cônsul Públio Sulplício Quirín' "era governador [em grego: hegemoneuo] da província romana da Síria." (Lucas 2,1-3 - O termo grego hegemoneuo vertido por "governador", significa apenas "estar liderando" ou "a cargo de". Pode referir-se a um "governador territorial", "governador de província" ou "governador militar". As evidências apontam que nessa ocasião, Quiríno fosse um comandante militar em operações na província da Síria, sob as ordens directas do Imperador.)
Sabe-se que os governadores da Província da Síria durante a parte final do governo do Rei Herodes foram: Sentio Saturnino (de 9 AEC a 6 AEC), e o seu sucessor, foi Quintilio Varo. Quirínio só foi Governador da Província da Síria, em 6 EC. O único recenseamento relacionado a Quirínio, documentado fora dos Evangelhos, é o referido pelo historiador judeu Flávio Josefo como tendo ocorrido no início do seu governo (Antiguidades Judaicas, Vol. 18, Cap. 26). Obviamente, este recenseamento não era o "primeiro recenseamento".
A viagem de Nazaré a Belém - distância de uns 150 km - deveria ter sido muito cansativa para Maria que estava em adiantado estado de gravidez. Enquanto estavam em Belém, Maria teve o seu filho primogénito. Envolveu-o em faixas de panos e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar disponível para eles no alojamento [isto é, não havia divisões disponíveis na casa que os hospedava; em gr. tô kataluma, em lat. in deversorio]. Maria necessitava de um local tranquilo e isolado para o parto (Lucas 2:4-8). Lucas diz que no dia do nascimento de Jesus, os pastores estavam no campo guardando seus rebanhos "durante as vigílias da noite". Os rebanhos saíam para os campos em Março e recolhiam nos princípios de Novembro.
A vaca e o jumento junto da manjedoura conforme representado nos presépios, resulta de uma simbologia inspirada em Isaías 1:3 que diz: "O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não têm conhecimento, o meu povo não entende". Não há nenhuma informação fidedigna que prove que havia animais junto do recém-nascido Jesus. A menção de "um boi e de um jumento na gruta" deve-se também a alguns Evangelhos Apócrifos.
A Adoração dos Magos por Vicente Gil.

A estrela de Belém

Após o nascimento de Jesus em Belém, ainda governava a Judeia o Rei Herodes, chegaram "do Oriente a Jerusalém uns magos guiados por uma estrela ou um objecto controverso que, segundo a descrição do Evangelho segundo Mateus, anunciou o nascimento de Jesus e levou os Três Reis Magos ao local onde este se encontrava. A natureza real da Estrela de Belém é alvo de discussão entre os biblistas.

Visita dos magos

Os "magos", em gr. magoi, que vinham do Leste de Jerusalém, não eram reis. Julga-se que terá sido Tertuliano de Cartago, que no início do 3.º Século terá escrito que os Magos do Oriente eram reis. O motivo parece advir de algumas referências do Antigo Testamento, como é o caso do Salmo 68:29: "Por amor do Teu Templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes."
Em vez disso, os "magos" eram sacerdotes astrólogos, talvez seguidores do Zoroastrismo. Eram considerados "Sábios", e por isso, conselheiros de reis. Podiam ter vindo de Babilónia, mas não podemos descartar a Pérsia (Irão). São Justino, no 2.º Século, considera que os Magos vieram da Arábia. Quantos eram e os seus nomes, não foram revelados nos Evangelhos canónicos. Os nomes de Gaspar, Melchior e Baltazar constam dos Evangelhos Apócrifos. Deduz-se terem sido 3 magos, em vista dos 3 tipos de presentes. Tampouco se menciona em que animais os Magos vieram montados.
Outro factor muito importante tem a ver com a existência de uma grande comunidade de raiz judaica na antiga Babilónia, o que sem dúvida teria permitido o conhecimento das profecias messiânicas dos judeus, e a sua posterior associação de simbolismos aos fenómenos celestes que ocorriam.

Símbolos e tradições

Decorações


Terreiro do Paço,
em Lisboa, Portugal
em época natalícia.
Uma outra tradição do Natal é a decoração de casas, edifícios, elementos estáticos, como postes, pontes e árvores, estabelecimentos comerciais, prédios públicos e cidades com elementos que representam o Natal, como, por exemplo, as luzes de natal e guirlandas. Em alguns lugares, existe até uma competição para ver qual casa, ou estabelecimento, teve a decoração mais bonita, com direito a receber um prêmio.
A árvore de Natal é considerado por alguns como uma "cristianização" da tradições e rituais pagãos em torno do Solstício de Inverno, que incluía o uso de ramos verdes, além de ser uma adaptação de adoração pagã das árvores. Outra versão sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, uma das mais populares atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Parque Ibirapuera, em São Paulo,
Brasil, em época natalina.
Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.
As esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, além das representações teatrais semilitúrgicas que aconteciam durante a Missa de Natal serviram de inspiração para que se criasse o presépio. A tradição católica diz que o presépio (do lat. praesepio) surgiu em 1223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo o mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse cenário, foi celebrada a Missa de Natal.
O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no século XVIII. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao longo do século XIX, e na França, não o fez até inícios do século XX. Em todas as religiões cristãs, é consensual que o Presépio é o único símbolo do Natal de Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.
O dia de montar as decorações natalinas variam em cada país. No Brasil, o dia certo para montar a Árvore de Natal é no Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro, dia que marca o início do Advento. Em Portugal, é costume montar a Árvore de Natal no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do país. No dia 6 de Janeiro, comemora-se o Dia de Reis, data que assinala a chegada dos Três Reis Magos à Belém, encerrando a magia do Natal, quando a árvore de natal e demais decorações natalinas são desfeitas.

Músicas natalinas

Trombeteira em um concerto
de músicas de Natal.
As canções natalinas são símbolos do Natal e as letras retratam as tradições das comemorações, o nascimento de Jesus, a paz, a fraternidade, o amor, os valores cristãos. Os Estados Unidos têm antiga tradição de celebrar o Natal com músicas típicas.
No Brasil, esta tradição, além das familiares, só se tornou comercial popular nos anos 1990, com o CD 25 de Dezembro lançado pela cantora Simone: Ao lançar este disco natalino, a cantora Simone quebrou um tabu. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, os cantores brasileiros não têm o costume de lançar, no mês de dezembro, discos com músicas de Natal. As canções natalinas tradicionais, no Brasil, estão sendo paulatinamente esquecidas, com algumas exceções como "Noite Feliz", devido a falta de interesse popular.

Amigo secreto ou oculto

No Brasil, é muito comum a prática entre amigos, funcionários de uma empresa, amigos e colegas de escola e na família, da brincadeira do amigo oculto (secreto). Essa brincadeira consiste de cada pessoa selecionar um nome de uma outra pessoa que esteja participando desta (obviamente a pessoa não pode sortear ela mesma) e presenteá-la no dia, ou na véspera. É comum que sejam dadas dicas sobre o amigo oculto, como características físicas ou qualidades, até que todos descubram quem é o amigo oculto. Alguns dizem características totalmente opostas para deixar a brincadeira ainda mais divertida.
Acredita-se que a brincadeira venha dos povos nórdicos. Porém, é também uma brincadeira de costumes e tradições de povos pagãos. A brincadeira se popularizou no ano de 1929, em plena depressão onde não tinha dinheiro para comprar presentes para todos se fazia a brincadeira para que todos pudessem sair com presentes

Personagens lendários


Sinterklaas ou São Nicolau,
considerado por muitos
o Papai Noel (ou Pai Natal) original.
Uma série de figuras de origem cristã e mítica têm sido associadas ao Natal e às doações sazonais de presentes. Entre estas estão o Papai Noel (Pai Natal em Portugal), também conhecido como Santa Claus (na anglofonia), Père Noël e o Weihnachtsmann; São Nicolau ou Sinterklaas, Christkind; Kris Kringle; Joulupukki; Babbo Natale, São Basílio e Ded Moroz.
A mais famosa e difundida destas figuras na comemoração moderna do Natal em todo o mundo é o Papai Noel, um mítico portador de presentes, vestido de vermelho, cujas origens têm diversas fontes. A origem do nome em inglês Santa Claus pode ser rastreada até o Sinterklaas holandês, que significa simplesmente São Nicolau. Nicolau foi bispo de Mira, na atual Turquia, durante o século IV. Entre outros atributos dados ao santo, ele foi associado ao cuidado das crianças, à generosidade e à doação de presentes. Sua festa em 6 de dezembro passou a ser comemorada em muitos países com a troca de presentes .
São Nicolau tradicionalmente aparecia em trajes de bispo, acompanhado por ajudantes, indagando as crianças sobre o seu comportamento durante o ano passado antes de decidir se elas mereciam um presente ou não. Por volta do século XIII, São Nicolau era bem conhecido nos Países Baixos e a prática de dar presentes em seu nome se espalhou para outras partes da Europa central e do sul. Na Reforma Protestante nos séculos XVI e XVII na Europa, muitos protestantes mudaram o personagem portador de presente para o Menino Jesus ou Christkindl e a data de dar presentes passou de 6 de dezembro para a véspera de Natal .
No entanto, a imagem popular moderna do Papai Noel foi criada nos Estados Unidos e, em particular, em Nova York. A transformação foi realizada com o auxílio de colaboradores notáveis, incluindo Washington Irving e o cartunista germano-americano Thomas Nast (1840-1902). Após a Guerra Revolucionária Americana, alguns dos habitantes da cidade de Nova York procuraram símbolos do passado não-inglês da cidade. Nova York tinha sido originalmente estabelecida como a cidade colonial holandesa de Nova Amsterdã e a tradição holandesa do Sinterklaas foi reinventada como São Nicolau.

Impacto econômico

Loja de departamento
Galeries Lafayette
,
em Paris, decorada para o natal.
O natal é normalmente o maior estímulo econômico anual para muitas nações ao redor do mundo. As vendas aumentam dramaticamente em quase todas as áreas de varejo e lojas introduzem novos produtos para as pessoas comprarem, como brindes, decoração e suprimentos. Nos Estados Unidos, a "temporada de compras de Natal" começa já em outubro. No Canadá, os comerciantes começam campanhas publicitárias, pouco antes do Dia das Bruxas (31 de outubro), e intensificam a sua comercialização em novembro. No Reino Unido e na Irlanda, a temporada de compras de Natal começa a partir de meados de novembro, no momento em que a comemoração de natal das ruas é montada . Nos Estados Unidos, foi calculado que um quarto de todos os gastos pessoais acontece durante a temporada de compras de Natal. Dados do United States Census Bureau revela que as despesas em lojas de departamento em todo o país subiu de US$ 20,8 bilhões em novembro de 2004 para US$ 31,9 bilhões em dezembro de 2004, um aumento de 54%. Em outros setores, o aumento dos gastos pré-natal foi ainda maior, havendo um aumento de compras de 100% nas livrarias e 170% em lojas de jóias no período entre novembro e dezembro. No mesmo ano, o emprego em lojas de varejo americanas aumentou de 1.6 a 1.8 milhões nos dois meses que antecederam o Natal.. Indústrias completamente dependentes do natal incluí os fabricantes de cartões de natal, os quais 1,9 bilhões são enviados nos Estados Unidos a cada ano, e árvores de natal vivas, das quais 20,8 milhões foram cortadas nos Estados Unidos em 2002 No Reino Unido, em 2010, até £ 8 bilhões era esperado para serem gastos on-line no natal, aproximadamente um quarto do total das vendas de varejo. .
Na maioria das nações ocidentais, o dia de Natal é o dia menos ativo do ano para os negócios e o comércio, quase todas as empresas de varejo, comerciais e institucionais estão fechadas, e quase todas as atividades industriais cessam (mais do que em qualquer outro dia do ano). Na Inglaterra e País de Gales, o Christmas Day (Trading) Act 2004 impede que todas as grandes lojas façam comércio no dia de natal. Estúdios de cinema realizam muitos filmes de alto orçamento durante a temporada de férias, incluindo filmes de natal, fantasia ou dramas com elevados valores de produção.
Uma análise de um economista calcula que, apesar do aumento de despesa global, o natal é um peso-morto na teoria microeconômica ortodoxa, devido ao efeito de dar presentes. Esta perda é calculada como a diferença entre o que o doador do presente gasta com o item e o que o receptor teria pago pelo item. Estima-se que em 2001, o natal resultou em um peso-morto de cerca de US$ 4 bilhões só nos Estados Unidos. Por causa de fatores complicadores, esta análise é por vezes utilizada para discutir possíveis falhas na teoria microeconômica atual. Outras perdas de peso-morto incluem os efeitos do natal sobre o meio-ambiente e o fato de que presentes materiais são muitas vezes percebidos como elefantes brancos, impondo custos para a manutenção e armazenamento e contribuindo para a desordem.

Controvérsias e críticas

Bolas e enfeites de Natal
Ao longo da história do feriado, o natal tem sido objeto de controvérsia e críticas de uma ampla variedade de fontes distintas. A primeira controvérsia documentada em relação ao natal foi liderada por cristãos e começou durante o Interregno Inglês, quando a Inglaterra era governada por um Parlamento Puritano . Os puritanos (incluindo aqueles que fugiram para a América) procuraram remover os elementos pagãos restantes do natal. Durante este breve período, o Parlamento Inglês proibiu por completo a celebração do natal, considerando-o "um festival papista sem justificação bíblica" e uma época de comportamento perdulário e imoral .
As controvérsias e críticas continuam nos dias de hoje, onde alguns cristãos e não-cristãos têm afirmado que uma afronta ao natal (apelidada de "guerra contra o Natal" por alguns) está em curso . Nos Estados Unidos, tem havido uma tendência para substituir a saudação Feliz Natal para Boas Festas . Grupos como a União Americana pelas Liberdades Civis iniciaram processos judiciais para impedir a exibição de imagens e outros materiais referentes ao natal em bens públicos, incluindo escolas . Esses grupos argumentam que o financiamento do governo para exibir imagens e tradições do natal viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que proíbe a criação, pelo Congresso, de uma religião nacional . Em 1984, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu no processo Lynch vs Donnelly que uma exposição de Natal (que incluía um presépio) de propriedade e exibida pela cidade de Pawtucket, em Rhode Island, não violava a Primeira Emenda . Em novembro de 2009, o tribunal federal de apelações na Filadélfia endossou uma proibição ao distrito escolar sobre o canto de canções de natal .
Na esfera privada também tem sido alegado que qualquer menção específica do termo "natal" ou dos seus aspectos religiosos está sendo cada vez mais censurada, evitada ou desestimulada por vários anunciantes e varejistas. Em resposta, a Associação da Família Americana e outros grupos organizados boicotaram varejistas .
Muito do que se tem contestado em controvérsias e críticas ao Natal entre os cristãos, segundo a pintora sacra e pesquisadora, mestre catedrática, da Universidade de Brasília, Lia Irma Eifler de Vasconcellos, se prende e refere a data precisa de nascimento de Jesus Cristo, do aniversariante. Uns apontam o nascimento entre 23 de agosto a 6 de janeiro, outros entre 31 de outubro a 6 de janeiro e outros ainda, os tradicionalistas em maior número, entre 6 de dezembro e 6 de janeiro. Isso ;e devido à mudança do calendário que era Lunar e passou a ser Solar. Antes os meses eram de 28(vinte e oito) dias e o ano de 12 meses de 28 dias,o Lunar, que depois teve uma nova configuração mensal, em torno de 28 a 31 dias num total de doze meses de 365 dias e um quarto de dia e/ou seis horas, criando os anos bissextos de 366 dias, no mês de fevereiro em que os seis dias de quatro em quatro anos formavam um dia.

BIBLIOGRAFIA
* VASCONCELLOS, Lia Irma Eifler PINTURAS SACRAS E SUAS SIGNIFICAÇÕES Editora Biblioteca da Universidade de Brasília, 1967.



Aos queridos amigos internautas do Centro Cultural Luso Brasileiro, desejo que tenham um bom Natal e um próspero Ano Novo, extensivo a todas as suas famíĺias e amigos e mais uma vez obrigado pelo apoio ao nosso projeto da lusofilía e da lusofonia, que, acredito seja a saída para este vazio espirtitual, que tomou conta do nosso planeta, apesar de tanto progresso material.
A lusofilía é o leite desta vitamina chamada Brasil, como já ficou demonstrado em todos os momentos em que o Brasil esteve à beira da rutura, tal como agora na era da globalização em que nossos heróis responsáveis por nossa "Unidade Nacional" estão sendo substituídos por esses heróis mediáticos de procedência estrangeira!
Foram muitos os heróis deste país, mas dois deles deveriam ser sempre lembrados e assumidos por nossas crianças e também por nossos políticos: - Felipe Camarão, que ao ser tentado pelas promessas dos calvinistas holandeses, respondeu com a seguinte frase: - "respondo às vossas promessas de corrupção com a pólvora de meus canhões"!!!
A reação de outro herói esquecido, foi a de padre Nóbrega em 1567, ali em plena Praça XV de Novembro no centro do Rio de Janeiro, que, ao ver seu Brasil tomado do Maranhão ao Rio de Janeiro pelo calvinismo francês, ergueu, desesperado, as mãos para o Céu exclamando: - Ó Deus fazei com que esta Terra continue sempre Católica e lusitana!!!        
 São estes e tantos outros milhares de heróis, que gostaríamos de ver nas telas de nossos televisores, nos nosso currículos escolares e até dentro de nossas igrejas!!!
Perdemos uma grande chance de apresentar estes heróis a nossos jovens e aos jovens do mundo, quando da visita papal ao nosso país agora em julho de 2013...
 Mas é assim mesmo a ingratidão do mundo em que vivemos! Vamos continuar trabalhando, procurando a união entre todos os povos do mundo, rompendo definitivamente com este separatismo nojento e perverso que nos acompanha há tantos e tantos séculos, inclusive dentro da própria  comunidade lusófona.  
A este separatismo mesquinho e hiprócrita responderemos com a frase de Jesus Cristo no derradeiro e doloroso momento de sua vida! "O Pai perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem" 

BOAS FESTAS!!!

 JPL