Covid-19: Maioria dos portugueses quer continuar a trabalhar a partir de casa
Lisboa, 31 mai 2021 – Menos
de metade dos portugueses ainda estava em teletrabalho em março, um ano
após o início da pandemia de covid-19, mas a grande maioria preferia
continuar a trabalhar a partir de casa, de forma integral ou em regime
misto.
Estas são algumas das conclusões,
hoje divulgadas, de um estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa,
da Universidade Católica em Lisboa, que procurou perceber o impacto da
pandemia na vida dos portugueses.
Em março
do ano passado, a pandemia de covid-19 obrigou a maioria dos portugueses
a ficar em casa, mas muitos puderam continuar a trabalhar, trocando o
escritório por uma divisão de casa.
Um ano
depois, dos mil inquiridos entre 27 e 30 de março, apenas 41,4%
continuavam em teletrabalho, mas desses a grande maioria preferia
manter-se nessa situação ou num regime misto.
“80,4%
dos participantes mostram-se interessados ou muito interessados em
continuar no regime de teletrabalho”, revelam os resultados, que apontam
também que 77,9% gostavam de trabalhar a partir de casa até quatro dias
por semana.
Por outro lado, aqueles que
ainda estão em teletrabalho concordam que têm conseguido gerir o seu
trabalho de forma autónoma, mas referem uma “diminuição da perceção de
qualidade das condições de trabalho”.
Além
do teletrabalho, o estudo avaliou também os níveis de satisfação em
relação às medidas de restrição e de desconfinamento, à vacinação e ao
Serviço Nacional de Saúde (SNS), e os hábitos de consumo dos
portugueses.
Em relação à vacinação contra a
covid-19, 69,5% dos inquiridos tencionam ser vacinados e a maioria
acredita tanto na proteção conferida pela vacinação (82,2%), como confia
nas próprias vacinas (69,1%).
Ainda
assim, cerca de metade dos inquiridos (51,9%) considera que há vacinas
mais seguras do que outras e a minoria que ainda está indecisa acerca da
vacinação (17%) ou não tenciona ser vacinado (6,4%) justifica a sua
posição sobretudo com o receio dos efeitos secundários ou a descrença na
eficácia da vacina.
Quanto às entidades
envolvidas no combate à pandemia, os resultados do inquérito apontam uma
satisfação “bastante elevada” quanto à prestação dos médicos,
enfermeiros e técnicos auxiliares do SNS.
Em
relação ao reforço das medidas de restrição durante o período da
Páscoa, os inquiridos consideraram-no eficaz, em níveis moderadamente
elevados, sobretudo a proibição de circulação entre concelhos durante a
Semana Santa (66,4%) e a aplicação de coimas em caso de desrespeito das
medidas de restrição (66,5%).
Já sobre o
desconfinamento, cuja primeira fase arrancou em 15 de março, apenas
cerca de metade dos inquiridos reportou níveis de concordância com o
momento da implementação das medidas, sendo que pouco menos de metade
(44,9%) defende, por exemplo, que a venda ao postigo no comércio não
essencial deveria ter sido permitida mais cedo, à semelhança de
livrarias e bibliotecas (45,9%), mas ao contrário do levantamento da
proibição das deslocações para fora do território continental, que para
46,8% deveria ter acontecido mais tarde.
Para
a segunda, terceira e quarta fases, mantém-se a mesma tendência, com
cerca de metade dos participantes a concordarem com os prazos definidos
para ambas.
Sobre os padrões de consumo, o
estudo conclui que “os portugueses acreditam que no período pós-pandemia
irão voltar a consumir apenas moderadamente, em relação à forma como o
faziam antes da pandemia”, mas manifestam a intenção de começar a
consumir produtos mais saudáveis e sustentáveis.
O
relatório refere ainda que, um ano após o início da pandemia da
covid-19 em Portugal, os portugueses estão mais otimistas em relação ao
futuro e sentem-se mais relaxados, contentes e calmos, e menos
preocupados, ansiosos e tensos
Um
estudo que analisou publicações sobre a COVID-19 desde o início da
pandemia mostrou que as mensagens do presidente Jair Bolsonaro e de seus
apoiadores nas redes sociais insulflaram uma onda de ataques à vacina
CoronaVac.
A
pesquisa avaliou milhões de postagens nas redes sociais de Bolsonaro e
seus seguidores, concluindo que, em um período crítico da pandemia, foi
gerada uma campanha descrédito do imunizante produzido pelo laboratório
chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
De acordo com os autores do estudo, ligados à Rede de Pesquisa
Solidária, a onda de ataques contra a vacina CoronaVac disseminou
dúvidas sobre a segurança e a eficácia do imunizante, atrasando o
desenvolvimento do acordo para a aquisição da vacina.
O cientista político e professor da Faculdade Presbiteriana Mackenzie
Brasília, Márcio Coimbra, em entrevista à Sputnik Brasil, afirmou que a
retórica hostil à China do governo Bolsonaro diz mais respeito a interesses nacionais do que a uma política externa.
"Essa posição do presidente Bolsonaro visa não uma posição
internacional do Brasil, mas ela visa um projeto político nacional do
presidente Bolsonaro em se aproximar de um determinado grupo político
que é o bolsonarismo, estar sedimentado dentro deste grupo tendo a
possibilidade de conseguir no mínimo 20% das intenções de voto nas
eleições do próximo ano para a presidência, para assim passar ao segundo
turno", argumentou.
De acordo com o especialista, a radicalização de um discurso hostil à
China era uma forma do presidente Bolsonaro "continuar fiel aos seus
seguidores" para manter essa base que pode levá-lo ao segundo turno nas
próximas eleições.
Por outro lado, o cientista político observou que o descrédito da
China, estimulado pelos apoiadores de Bolsonaro, contribui também para
que o país asiático adote uma posição mais hostil contra o Brasil,
provocando o atraso no envio de insumos para a produção da vacina, por
exemplo.
"Esses apoiadores conseguem ter
influência muito forte dentro das políticas e da ideia de poder tanto
nacional quanto internacional do presidente Jair Bolsonaro [...] Ao
formar essa ideia do presidente Jair Bolsonaro, eles estimulam esse
descrédito às vacinas e à China e certamente contribuem para uma tensão
entre os dois países", afirmou Coimbra.
Ao comentar se a hostilidade que os seguidores de Jair Bolsonaro
promoveram em relação à China pode ser um precedente para dificultar a
aquisição de outros imunizantes, o especialista afirmou que o presidente
é muito pautado pela parcela mais radical dos seus apoiadores, o que
pode virar um obstáculo para outras vacinas sim.
Simpatizantes
do presidente Jair Bolsonaro realizam ato contra a vacina chinesa
CoronaVac e contra o governador João Doria em São Paulo
"Em relação às outras vacinas, o descrédito de Bolsonaro e seus
apoiadores certamente pode se estender, porque o presidente Jair
Bolsonaro é muito pautado pela posição dos seus apoiadores mais
radicais, e esses apoiadores mais radicais que compõem hoje 14% dos seus
apoiadores, e pode chegar a 20% nas eleições, têm esse discurso
radical", disse.
De acordo com ele, o presidente Bolsonaro acena para esse eleitorado com esse discurso "cada vez que ele se sente mais acuado".
"Cada vez mais que a CPI da Covid, por
exemplo, avança e deixa o governo mais encurralado em determinados
aspectos, o presidente Jair Bolsonaro tende a radicalizar o discurso. E,
ao radicalizar o discurso, ele pretende se colocar mais alinhado com
esses apoiadores dentro desse círculo de 20%", disse.
"Então isso sim pode virar levar ao descrédito de outras vacinas como
a da China e também a de outros países, caso esses apoiadores vejam
isso como uma ameaça", completou o cientista político.
Os Territórios Palestinos ou Territórios Palestinianos compreendem três regiões não contíguas - a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Após a extinção do Mandato Britânico da Palestina, esses territórios foram capturados e ocupados pela Jordânia e pelo Egito durante a Guerra árabe-israelense de 1948. Durante a Guerra dos seis dias (1967), foram ocupados por Israel.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP) considera Jerusalém Oriental
como parte da Cisjordânia e, portanto, com parte dos Territórios
Palestinos, enquanto o governo israelense considera que seja parte do
Estado de Israel. Em 1980, Israel anexou Jerusalém Oriental, retirando-a da Cisjordânia, mas o Conselho de Segurança da ONU, conforme a sua Resolução 478, considera nula tal anexação, afirmando tratar-se de uma violação da lei internacional.
Após a assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993, porções dos territórios palestinianos têm sido governadas, em diferentes graus, pela Autoridade Palestiniana.
Israel não considera que Jerusalém Oriental e a anterior terra de
ninguém Israelo-Jordana (a primeira, anexada em 1980, e a segunda, em
1967) façam parte da Cisjordânia. Israel alega que ambas estão sob
controlo total israelita. 58% do território da Cisjordânia (ou do que
Israel considera que seja a Cisjordânia) é governado pela Administração
Civil Israelita da Judeia e Samaria.
Isto não foi reconhecido por nenhum outro país, uma vez que as
anexações unilaterais estão proibidas pelas leis e costumes
interna
Nome
Há diferentes opiniões sobre o nome que deve ser dado aos territórios palestinianos.
As Nações Unidas, o Tribunal Internacional de Justiça, a União Europeia, o Comité Internacional da Cruz Vermelha e o Governo do Reino Unido referem-se a "Territórios Palestinianos Ocupados". Jornalistas também usam a descrição para indicar terras fora da Linha Verde. O termo é muitas vezes usado intermutavelmente com Territórios ocupados, embora este termo seja também aplicado aos Montes Golan, que são internacionalmente reconhecidos como parte da Síria
e não são reclamados pelos Palestinianos. A confusão vem do facto de
todos estes territórios terem sido capturados por Israel em 1967 na Guerra dos seis dias e serem tratados pelas Nações Unidas como territórios ocupados por Israel.
Outros termos usados para descrever estas áreas coletivamente incluem "os territórios disputados", "Territórios ocupados por Israel", e "os territórios ocupados". Mais termos incluem Yesha (Judeia-Samaria- Gaza), Yosh (Judeia e Samaria), a faixa Katif (Faixa de Gaza), entre outros.
Muitos líderes árabes ou islâmicos, incluindo alguns
palestinianos, usam a designação "Palestina" e "Palestina ocupada", para
implicar uma reclamação política ou religiosa sobre a totalidade do
anterior território do mandato britânico a oeste do Rio Jordão, incluindo a totalidade de Israel.
Muitos deles vêm a terra da Palestina como um Waqfislâmico
para futuras gerações. Existe um paralelo com as aspirações de alguns
sionistas e líderes religiosos judeus, para estabelecer um estado
soberano judeu cobrindo todo o Grande Israel para o povo. judeuHistória
Em 1922, após o colapso do Império Otomano, que governara a Palestina durante quatro séculos (1517–1917), foi estabelecido o Mandato Britânico para a Palestina. Durante o mandato britânico, ocorreu uma imigração judaica em larga escala, sobretudo proveniente da Europa Oriental, embora a imigração judaica ocorresse durante o período otomano.
O futuro da Palestina foi objeto de ardente disputa entre árabes e judeus. Em 1947, a propriedade total de terra por judeus, na Palestina, era de 1 850 000 dunans ou 1 850 km², representando 7.04% da terra total da Palestina. As terras de propriedade pública ou as "terras da coroa", majoritariamente situadas no Negueve,
pertencentes ao mandato britânico da Palestina, correspondiam a cerca
de 70% da área total, sendo que os árabes (cristãos e muçulmanos) e
outros eram proprietários dos restantes 23%.
Em 1947, o Plano da ONU para a partição da Palestina propõe a divisão da Palestina, sob mandato britânico, entre um estado árabe e um judeu, definindo Jerusalém e a área circundante como corpus separatum
(corpo separado) - uma área sob regime internacional especial. As
regiões propostas para o estado árabe incluíam o que se veio a tornar a
faixa de Gaza e a maior parte do que se tornou a Cisjordânia, assim como
outras áreas.
Divisões
Áreas
Territórios ocupados por Israel
Área A (total controle civil e de segurança da Autoridade Nacional Palestina): cerca de 3% da Cisjordânia, exceto Jerusalém Oriental (primeira fase, 1995).
Em 2011: 18%. Esta área inclui todas as cidades palestinas e seus arredores, sem assentamentos israelenses. A entrada nesta área é proibida a todos os cidadãos israelenses. As Forças de Defesa de Israel mantêm nenhuma presença na região, mas às vezes realizam incursões para prender supostos militantes.
Área B (controle civil palestino e controle de segurança conjunto israelense-palestino): cerca de 25% (primeira fase, 1995). Em 2011: 21%. Inclui áreas de muitas cidades e vilas palestinas, sem assentamentos israelenses.
Área C (total controle civil e militar israelense, exceto sob civis palestinos): cerca de 72% (primeira fase, 1995). Em 2011: 61%.
Estas áreas incluem todos os assentamentos israelenses (cidades, vilas e
aldeias), terras vizinhas, a maioria das estradas que ligam as
povoações (e que agora estão restritas aos israelenses), bem como áreas
estratégicas descritas como "zonas de segurança".
Havia 1 000 colonos israelenses que viviam na Área C em 1972. Em 1993,
sua população tinha aumentado para 110 mil colonos. Em 2012, os
israelense somavam mais de 300 mil - contra 150 mil palestinos, a
maioria dos quais são beduínos e fellahin.
Subdivisões administrativas
Províncias (ou "governorates") e áreas formalmente controladas por palestinos (em verde escuro).
Pelo Acordo de Oslo II,
os territórios palestinos foram divididos em três áreas administrativas
temporárias - as áreas A, B e C - até que fosse estabelecido um acordo
definitivo. As três áreas não são contíguas mas fragmentadas. Assim, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza foram divididas em áreas (A, B e C) e províncias (ou "governorates").
Na área A, ficaria sob controle da ANP (controle civil e da segurança). A área B ficaria sob controle militar de Israel e controle civil palestino. A área C refere-se à área dos assentamentos judeus, sob total controle israelense .
Desde a Batalha de Gaza (2007) a maior parte da Faixa de Gaza está sob controle do Hamas, e a Autoridade Palestina afirma que já não tem, oficialmente, o controle da Faixa.
A ANP divide os territórios palestinos em 16 províncias:
Na Faixa de Gaza
Província de Gaza
Província de Deir el-Balah
Província de Khan Yunis
Província de Rafah
Província de Gaza do Norte
Na Cisjordânia
Província de Jenin
Província de Tubas
Província de Nablus
Província de Tulkarm
Província de Salfit
Província de Qalqilya
Província de Ramallah e al-Bireh
Província de Jericó
Província de Jerusalém
Província de Belém
Província de Hebron
Demografia
Cerca de 90% dos palestinianos que vivem em Gaza e na Cisjordânia são muçulmanos ou drusos (uma seita que se separou do islamismo no século XI). Os restantes são cristãos.
A proporção de cristãos nos territórios palestinianos era há dez anos
de cerca de 30% da população total. Muitos dos cristãos partiram por
causa da vida difícil nas áreas palestinianas e pela crescente
islamização do movimento nacionalista palestiniano.
Os grupos radicais islâmicos armados (Hamas, Jihad Islâmica e
Brigada dos Mártires de Al-Aqsa) lideram ataques contra israelitas nos
territórios ocupados e em território israelita. Desses grupos, o Hamas
também oferece serviços sociais aos palestinianos, tornando-se uma
estrutura alternativa para a Autoridade Palestiniana.
Estatuto político
Estado da Palestina
O estatuto político dos territórios tem sido objecto de negociação entre Israel e a Organização de Libertação da Palestina (OLP) e de inúmeras declarações e resoluções pelas Nações Unidas. Lista das resoluções das Nações Unidas concernentes a Israel.) Desde 1994, a autónoma Autoridade Nacional Palestiniana tem exercido vários graus de controlo em partes dos territórios, como resultado da Declaração de Princípios contida nos Acordos de Oslo.
O governo dos Estados Unidos reconhece a Cisjordânia e Gaza como um
país. Considera a Cisjordânia e Gaza como uma única entidade para
efeitos políticos, económicos, legais e outros. O Departamento de Estado e outras agências governamentais americanas
têm estado ocupadas com projectos na área da democracia,
governabilidade, recursos e infraestruturas. Parte da missão da USAID é
fornecer suporte discreto e flexível para a implementação do "Mapa do caminho para a Paz no Oriente Médio" (Road Map for peace in the Middle East) proposto pelo chamado Quarteto de Madri (formado em 2002 por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas).
O Mapa do Caminho é um plano apoiado internacionalmente para o
desenvolvimento progressivo de um estado palestiniano viável na
Cisjordânia e Faixa de Gaza. Os estados participantes fornecem
assistência através de contribuições directas ou através da conta do
Estado Palestiniano estabelecida pelo Banco Mundial. Após o Hamas ter ganho a maioria dos assentos em eleições para o Parlamento Palestiniano, os Estados Unidos e Israel instituíram um bloqueio económico à Faixa de Gaza.
O estatuto final dos "Territórios Palestinianos" tem vindo a ser
um estado independente para "Árabes" e é apoiado por países que apoiam o
Mapa do Caminho proposto pelo Quarteto de Madri. O governo de Israel
também aceitou o Mapa do Caminho, mas com 14 objecções.
A posição palestina é de que a criação e presença de colonatos
israelitas nessas áreas é uma violação da lei internacional. Isto tem
também sido afirmado pela maioria dos membros da convenção de Genebra.
Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas
A Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas (S/RES/242), uma das resoluções da ONU mais comumente referidas em política do Médio Oriente, foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU em 22 de Novembro de 1967, após a Guerra dos seis dias. Foi incorporada ao capítulo VI da Carta das Nações Unidas, e reafirmada pela resolução nº 338 do Conselho de Segurança da ONU, adotada após a Guerra do Yom Kippur (1973).
A resolução preconiza a "retirada das Forças Armadas de Israel dos territórios ocupados durante o recente conflito" (houve dúvida se isso significaria todos
os territórios e o "encerramento de todas as reivindicações ou estados
de beligerância". A resolução também apela para o mútuo reconhecimento
pelas partes beligerantes (Israel, Egipto, Síria, Jordânia) dos seus
respectivos estados e pelo estabelecimento de fronteiras seguras e
reconhecidas por todas as partes envolvidas.
Fronteiras
Os territórios palestinianos consistem em duas, ou três, áreas distintas (dependendo da interpretação sobre se Jerusalém Oriental faz parte da Cisjordânia) — a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.
Israel considera que Jerusalém Oriental não faz parte da Cisjordânia, considerando-o como parte de um Jerusalém unificado, a sua capital. O limite oriental da Cisjordânia seria, assim, a fronteira com a Jordânia. O Tratado de paz Israel-Jordânia define essa fronteira como uma fronteira internacional, e a Jordânia renunciou a todos os territórios a oeste dela. O segmento de fronteira entre a Jordânia e a Cisjordânia foi deixado indefinido até um acordo definitivo sobre o estatuto do território.
O limite sul da Faixa de Gaza é a fronteira com o Egipto. O Egipto renunciou a todas as terras a norte da sua fronteira internacional, incluindo a Faixa de Gaza, no Tratado de Paz Israelo-Egípcio. Os Palestinianos não fizeram parte de nenhum dos acordos.
Evolução do Mandato da Palestina e dos Territórios Palestinos modernos
Propostas de 1916-22: As três propostas para a administração da Palestina após a Primeira Guerra Mundial. A linha vermelha é a "Administração Internacional" proposta em 1916 no Acordo Sykes-Picot; a linha azul pontilhada foi proposta pela Organização Sionista Mundial durante a Conferência de Paz de Paris em 1919 e a linha azul se refere às fronteiras finais do Mandato Britânico da Palestina entre 1923-48.
Situação em 1947: Mandato da Palestina, mostrando em azul as áreas controladas por judeus
na Palestina em 1947, que constituíam 6% da área territorial do
mandato, das quais mais da metade eram controladas pelo Fundo Nacional
Judaico (FNJ) e pela Associação da Colonização Judaica da Palestina. A
população de judeus cresceu de 83 790 pessoas em 1922 para 608 000 em
1946.
Proposta de 1947: Proposta do plano da ONU para a partilha da Palestina de 1947 (Assembleia Geral das Nações Unidas - Resolução 181 (II), 1947), antes da Guerra árabe-israelense de 1948. A proposta incluía o corpus separatum de Jerusalém, estradas extraterritoriais entre as áreas não contíguas e a consolidação de Jafa como uma exclave árabe.
Situação entre 1948-67: Ocupação da Cisjordânia pela Jordânia e ocupação da Faixa de Gaza pelo Egito (observe a linha pontilhada entre os territórios palestinos e Jordânia/Egito) após a Guerra árabe-israelense de 1948, mostrando a linhas de armistício criadas em 1949 com Israel (linha azul).
Situação atual: Em verde, a região restante que ainda é administrada pela Autoridade Nacional Palestina (sob Oslo 2). A linha azul demarca as fronteiras dos territórios controlados pelo governo israelense.
Referências
UN Transcription of session referring to Chapter VI prior to the introduction of the Resolution». Consultado em 9 de novembro de 2009. Arquivado do original em 6 de março de 2008
O povo luso afro brasileiro, neste momento tão triste para as
criancinhas palestinas e israelenses, através destes sons da PALOP,
deixa aqui sua manifestação de solidariedade a estes dois povos, aos
quais também, com suas ricas e antigas culturas, ajudaram na construção
de nossos países. As crianças israelenses e palestinas querem brincar juntas e ao contrário dos senhores monstros da guerra, querem viver em paz!!! JPL
Epidemiologista
teme uma nova piora das condições sanitárias do país devido ao atraso
de dez dias para anunciar restrições de voos vindos da Índia, o que
teria ajudado a conter a cepa com "característica de maior
transmissibilidade".
O
governo federal brasileiro ignorou por dez dias uma recomendação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para suspender voos
vindos da Índia.
Além de registrar recordes diários de casos e mortes por COVID-19,
o país é o berço de uma nova variante do SARS-CoV-2 classificada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) como "preocupante".
A recomendação da Anvisa foi enviada ao Comitê de Crise para
Supervisão e Monitoramento dos Impactos da COVID-19 no dia 4 de maio,
mas a decisão do governo de Jair Bolsonaro sobre restrições só foi decretada na última sexta-feira (14).
Estados Unidos, Canadá, Austrália e diversos países europeus e
asiáticos já haviam suspendido voos da Índia - muitos deles, desde
abril.
Além da Índia, o Brasil já aplicou medidas de restrições para o Reino
Unido e a África do Sul, onde também foram identificadas variantes do
coronavírus.
"Ficam proibidos, em caráter
temporário, voos internacionais com destino à República Federativa do
Brasil que tenham origem ou passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da
Índia", diz o texto da portaria 653 da Casa Civil, publicada em edição
extra do Diário Oficial da União na última sexta-feira (14).
Com mais crianças mortas do lado palestino do que o total de
mortos em Israel, Sanders pede corte de financiamento mas defende que
Israel se defenda
Por: Redação do Diário Causa Operária
Publicado em:
16/05/2021
Edição nº 6377 – domingo – 16/05/2021
O senador democrata Bernie Sanders publicou mensagem nas redes
sociais defendendo o fim do suporte financeiro americano ao Estado de
Israel:
“A devastação em Gaza é inescrupulosa. Devemos exigir um cessar-fogo
imediato. A matança de palestinos e israelenses deve acabar. Devemos
também examinar seriamente quase US$4 bilhões por ano em ajuda militar a
Israel. É ilegal a ajuda dos Estados Unidos apoiar violações dos
direitos humanos”, postou Sanders em seu Twitter.
De origem judia, Bernie Sanders disse ainda que é preciso uma
política imparcial, que garanta a segurança de Israel. Desde a retomada
dos conflitos na Palestina até o último dia 16, cerca de 192 palestinos,
incluindo ao menos 58 crianças, morreram pelos atques de Israel, que
por seu lado, teve apenas 12 baixas.
D.
Dinis de Portugal, O Lavrador, foi Rei de Portugal e do Algarve de 1279
até sua morte. Era o filho mais velho do rei Afonso III de Portugal e
sua segunda esposa Beatriz de Castela.
Foi grande amante das artes e letras.Wikipédia
Nascimento: 9 de outubro de 1261, Lisboa, Portugal
Falecimento: 7 de janeiro de 1325 ainda na dinastia afonsina, Santarém, Portugal
Cônjuge: Isabel de Aragão, Rainha de Portugal (de 1288 a 1325)
Filhos: Afonso IV de Portugal, Pedro Afonso, conde de Barcelos,MAIS
Colonização portuguesa da África de língua portuguesa
A
colonização portuguesa de África foi o resultado dos descobrimentos e
começou com a ocupação das Ilhas Canárias ainda no princípio do século
XIV. A primeira ocupação dos portugueses na África foi a conquista de
Ceuta em 1415.Wikipédia
Veja, através do vídeo abaixo a ocupação do continente africano pela China no princípio do século XXI. JPL Matéria em construção...
O
mandatário argentino também encontrou o secretário de Estado, cardeal
Pietro Parolin, e o secretário para as Relações com os Estados, Dom Paul
Richard Gallagher.
Vatican News
O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira,
13, no Vaticano, o presidente da República da Argentina, sr. Alberto
Fernández, que posteriormente encontrou o cardeal secretário de Estado
Pietro Parolin, acompanhado pelo secretário para as Relações com os
Estados, arcebispo Paul Richard Gallagher.
Durante os cordiais colóquios com os superiores da Secretaria de
Estado – diz a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé - foi manifestado o
apreço pelas boas relações bilaterais existentes e a intenção de
aprofundar a colaboração em setores de mútuo interesse.
Ademais, falou-se sobre a situação do país sul-americano, com
particular referência a alguns problemas como a gestão da emergência
pandêmica, a crise econômico-financeira e a luta contra a pobreza, sendo
destacado neste contexto, o significativo contributo que a Igreja
Católica tem oferecido e continua a assegurar. Por fim, foram tratados
temas de caráter regional e internacional.
Além de textos sobre a paz e outros documentos, o Santo Padre
presenteou o mandatário argentino com um mosaico representando o homem e
a mulher que respondem ao convite do Senhor em Gênesis (Gn 2,15) e
cultivam a terra, assumindo seu cuidado. Ao lado do mosaico, acompanha a
inscrição: “Que o fruto da terra e do trabalho do homem se tornem para
nós alimento da vida eterna”.
O presidente Alberto Fernández, por sua vez, presenteou o Pontífice
com uma estola, uma estátua de São José com Jesus nos braços, algumas
hóstias e mel produzidos por cooperativas na Argentina.
Que Deus conforte os corações de todos os familiares que neste momento estão sofrendo com a violência contra suas crianças no Brasil e no mundo, principalmente as de Kazan. São os votos deste Blog neste 13 de maio de 2021.
quinta-feira,
12 de
maio de
2016,
15h15
O oferecimento que agrada a Deus ensinado pela Virgem Maria
A Virgem Maria foi enviada por Deus para visitar a humanidade a
treze de maio de 1917, na Cova da Iria, em Fátima, Portugal,
trazendo-nos uma mensagem de esperança e um convite à conversão através
de uma vida de oração assídua e de penitência.
Passaram-se noventa e nove anos, porém a
mensagem que Ela nos trouxe continua atual e ajuda-nos a vivenciar as
palavras de Jesus: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no evangelho.”
(Mc 1, 15) Com o seu amor materno, a Virgem Santíssima preocupa-se com a
nossa salvação e interpela-nos a vivermos uma vida ofertada e centrada
no amor de seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Cristo no centro
Pastorinhos de Fátima: Lúcia, Francisco e Jacinta (Foto:pastorinhos.com)
No dia treze de maio de 1917, na aparição aos pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, Nossa Senhora falou: “Quereis
oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser
enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e
de súplica pela conversão dos pecadores?”(Memórias da Ir. Lúcia)
É importante salientar nas palavras da Virgem Maria o seu empenho em conduzir-nos a uma centralidade em Deus, quando diz: “quereis oferecer-vos a Deus”…
Ela interpela-nos a uma vida ofertada, seguindo o exemplo de Jesus
Cristo que na sua infinita misericórdia deu a Sua vida pela salvação da
humanidade. Unindo-nos a Jesus e ofertando a nossa vida livremente ao
Pai por seu intermédio, colaboramos e vivenciamos com Ele a sua grande
Paixão: A SALVAÇÃO DAS ALMAS.
A Virgem Maria prometeu aos pastorinhos que a
graça de Deus seria o conforto deles mediante os sofrimentos que viriam
diante do “sim” que eles deram. E assim Ela vela por cada um de nós
concedendo-nos as graças necessárias especialmente nos momentos cruciais
em que vivemos.
A Santíssima Virgem em Fátima veio
despertar-nos do comodismo que muitas vezes nos paralisa e tira a nossa
visão espiritual. Com Ela aprendemos que não podemos perder tempo, que
devemos nos empenhar assiduamente na nossa própria conversão, pois,
somente assim, trabalharemos pela conversão dos pecadores que Ela tanto
pediu.
Reparar é amar
Com a Virgem Maria aprendemos que reparar é
amar e que é justamente o amor a Deus que dá sentido aos atos de
reparação que fazemos. Para viver cada oferta reparadora precisamos
estar imbuídos de amor, centrados em Jesus Cristo, que é o Amor por
excelência, como nos ensina S. João: “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.” (1 Jo 4, 8)
Falando de reparação, Nossa Senhora pediu à
irmã Lúcia em Pontevedra, Espanha, a devoção reparadora dos cinco
primeiros sábados. Ela pediu que fizéssemos quatro atos reparadores,
para reparar o seu coração Imaculado. Disse a SS. Virgem:
“Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos que os homens
ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões.
Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5
meses, ao 1.° sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão,
rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15
mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo
assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a
salvação dessas almas.” (Memórias da Ir. Lúcia)
A Virgem Maria disse “Tu, ao menos, vê de Me consolar”
para enfatizar que cada um de nós precisa assumir pessoalmente a sua
parcela de contribuição na vivência da santidade e dos atos reparadores.
Agora que já sabemos o que é reparação, podemos praticar os atos
reparadores ensinados por Nossa Senhora, oferecendo a Deus os
sofrimentos involuntários que nos surpreendem quotidianamente e também
aqueles voluntários através das penitências que fazemos, para reparar o
Coração Imaculado da Santíssima Virgem e o Coração de Nosso Senhor.
Nossa Senhora nos pediu em todas as aparições de Fátima a oração diária do Terço para
alcançarmos a paz. Ela quis escolher esta oração, por ser uma oração
cristocêntrica, onde meditamos os mistérios, da vida de Nosso Senhor
Jesus Cristo e também por ser uma oração acessível a todos. A Virgem nos
ensina a grande importância da perseverança na nossa vida de oração
como elemento imprescindível para a nossa comunhão com Deus e para a
nossa salvação.
(Foto: fatimPapa João Paulo II no Santuário de Fátima, na beatificação de Francisco e Jacinta Marto, 2000a.pt)
Entrar na “escola de Maria“
Ela ensinou aos pastorinhos a amar a Nosso Senhor, concedendo-lhes um
profundo desejo de consolar o Seu coração, de converter os pecadores e
reparar o Seu Coração.
Conforme São João Paulo II falou na homilia da beatificação do Francisco e da Jacinta (2000), devemos nos matricular na escola de Maria, pois Ela nos mostra um caminho rápido e seguro para o Céu. “Pedi
aos vossos pais e educadores que vos metam na «escola» de Nossa
Senhora, para que Ela vos ensine a ser como os pastorinhos, que
procuravam fazer tudo o que lhes pedia. Digo-vos que «se avança mais em
pouco tempo de submissão e dependência de Maria, que durante anos
inteiros de iniciativas pessoais, apoiados apenas em si mesmos» (S. Luís de Montfort, Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 155). Foi assim que os pastorinhos se tornaram santos depressa.”
Que Nossa Senhora nos ajude enquanto peregrinos no tempo, a sermos
alunos assíduos na Sua escola, para que possamos progredir na vivência
do evangelho, trazendo Jesus para o centro da nossa vida. Desta forma
contemplaremos nas nossas vidas o cumprimento da Sua promessa amorosa: “Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará”! (Memórias da Ir. Lúcia)
Áurea Maria Missionária da Comunidade Canção Nova, que residiu por 10 anos na Frente de Missão de Fátima, Portugal
Embora
não assuma, China vê Filipe Martins, assessor da Presidência para
assuntos internacionais, como obstáculo e pode pressionar para tirá-lo
do cargo nos bastidores, disse especialista à Sputnik Brasil.
Apelidado
entre seus detratores de Robespirralho - referência ao fato dele ser
muito jovem e uma menção ao líder jacobino da Revolução Francesa
Robespierre - Filipe Martins, embora não seja quadro do Itamaraty,
representa a permanência da ala olavista na polícia externa do governo
Bolsonaro, após a demissão do chanceler Ernesto Araújo.
Muitas dos discursos e falas do presidente considerados agressivos
são colocados na conta da influência de Martins sobre Bolsonaro e seus
filhos. Segundo a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, a
Embaixada da China estaria pressionando o governo para que o assessor
seja demitido.
Para o cientista político Paulo Velasco, coordenador do programa de
pós-graduação em relações internacionais da Universidade do Estado do
Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisador do Centro Brasileiro de Relações
Internacionais (Cebri), embora não ocorra de forma direta, a China pode
sim estar pressionando pela saída de Martins do cargo.
"Não acho improvável, isso é
relativamente comum na diplomacia, nas relações entre Estados. esse tipo
de pressão acontece. Claro que não é uma coisa direta. Mas se um país
identificar um obstáculo concreto na relação com outro, pode querer
remover esse obstáculo, que pode ser um lobby que contraria interesses
ou uma pessoa da burocracia em Brasília", disse o especialista.
Gesto supremacista
Martins já ficou várias vezes ameaçado no cargo e agora está na corda
bamba mais uma vez. Na semana passada, a Polícia Legislativa concluiu
que o assessor cometeu crime de preconceito durante uma audiência no
Senado.
Na ocasião, Martins acompanhava a fala do então ministro das Relações
Exteriores Ernesto Araújo sobre os esforços do Itamaraty para
viabilizar a aquisição de vacinas contra a COVID-19.
O assessor estava sentado atrás dele na sala do plenário virtual e,
durante discurso de abertura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(DEM-MG), Martins juntou os dedos indicador e polegar da mão direita de
forma arredondada e passou sobre o paletó do terno que trajava.
O gesto foi considerado obsceno pelos parlamentares e associado a uma
saudação utilizada por supremacistas brancos, já que a mão posicionada
desse jeito forma as letras WP (white power, ou poder branco). Além
disso, o Ministério Público deu um prazo para que Martins dê explicações
sobre o ocorrido. A pressão da China para sua demissão teria aumentado
após esse fato.
'Brasil já se livrou de Ernesto Araújo'
"Quando a gente pensa nos incômodos causados com a China, o Brasil já
se livrou do Ernesto Araújo, mas o Filipe Martins, conseguiu se manter
no cargo. Embora seja um posto que perdeu um pouco de seu poder, ainda
tem o deu destaque”, ressaltou Velasco. “Removê-lo do cargo
representaria uma maior fluidez nas relações do Brasil com a China, o
que é tudo o que a China quer, e tudo o que o Brasil, convenhamos,
precisa", acrescentou.
Nesta segunda-feira (10), o governador de São Paulo, João Doria,
culpou a diplomacia brasileira pelo fato de 10 mil litros de insumos
para a fabricação da vacina CoronaVac estarem retidos em território
chinês.
'No final da fila'
Em ocasiões anteriores, a dificuldade de trazer os insumos da China
para o Brasil foi vista como uma retaliação do país asiático a
declarações de membros do governo Bolsonaro, ou dos filhos do
presidente.
"Claro que os chineses não vão reconhecer isso abertamente, mas a
China pode criar dificuldades e alegar fatores técnicos. Isso é mais
comum do que a gente pensa nas relações entre os Estados. Embora os dois
lados neguem, o Brasil diga que não politiza a vacina, e a China que
são questões técnicos, vimos isso acontecer no passado. Na pior das
hipóteses, o Brasil fica no final da fila. Simples assim”, disse Paulo
Velasco.
Martins é 'corresponsável'
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), membro da Comissão de Relações
Exteriores do Senado, a “gestão do ex-ministro Araújo foi trágica para o
Brasil, para seus interesses comerciais e, particularmente, ao longo da
pandemia da COVID-19”.
"O chanceler dificultou sempre que
pôde o relacionamento com produtores importantes de insumos, como Índia e
China. “Quanto a Filipe Martins, na condição de ser o principal
conselheiro do presidente da em política externa, é também
corresponsável por essa situação que vivemos hoje: conflitos
desnecessários, de confrontações inúteis, com a China em particular,
trazendo prejuízo grave ao nosso país", disse o parlamentar à Sputnik
Brasil.
As relações
sino-africanas é um assunto que tem interessado o mundo acadêmico e a
política internacional. Durante as lutas de libertação nacional, a China
apoiou o continente africano, ganhando assim a confiança do mesmo. A
expansão chinesa para a África é de extrema importância para o
continente, que vê nesse país um aliado que não impõem condições
especiais para a realização de investimentos e apoio político.
O grande desenvolvimento chinês das últimas décadas gerou mudanças
radicais nas conexões internacionais entre a Ásia e o resto do mundo. A
aproximação com a África, até então marginalizada na economia mundial,
se mostra fundamental para essa mudança. A grande demanda chinesa
por matérias primas, fontes de alimentos e de energia, e por mercados
consumidores, impacta positivamenteas economias africanas. Essa
aproximação, entretanto, tem gerado uma série de críticas, sobretudo das
potências Ocidentais, que veem suas estruturas de dominação sendo
corroídas e seu espaço nocontinente sendo diminuído, sendo Pequim
acusada de promover um “neocolonialismo à chinesa”. O envolvimento da
China, contudo, é bem visto pelos africanos, que percebem nesses
investimentos a intenção chinesa de estabelecer uma ligação duradoura
com o continente. Estaria a China se tornando efetivamente um polo
imperialista ou um parceiro do desenvolvimento africano? É uma questão a
que este artigo busca responder.
A cooperação China-África e a hipocrisia ocidental
Nos anos 90, Pequim apostou na diplomacia
Sul-Sul: passou a investir mais no continente africano, sem imposição
político-militar, alavancando projetos nacionais de desenvolvimento. Mas
isso despertou a soberba das potências ocidentais…
OutrasPalavras
Descolonizações
por Diego Pautasso
Publicado 13/01/2021 às 16:11 - Atualizado 13/01/2021 às 17:28
Kiir Mayardit, presidente do Sudão do Sul, cumprimenta o presidente chinês, Xi Jinping. Imagem: EPA/EFE
Texto do cientista político e geógrafo brasileiro Diego
Pautasso, que estuda o país asiático há 15 anos.
A densificação das relações sino-africanas remonta ao quadro de
forças emergido no Pós Guerra Fria. A China buscava evitar o isolamento
internacional após os eventos da Praça da Paz Celestial (1989) e o
sequencial colapso do campo socialista. Assim, mobilizou esforços para
garantir fontes de recursos (hidrocarbonetos, alimentos e
matérias-primas) e a paralela abertura de novos mercados, capazes de
contribuir com seu acelerado processo de modernização. O panorama de
marginalização do continente africano no ciclo de globalização
neoliberal foi percebido pela China como oportunidade, e permitiu a
conformação daquilo que os chineses intitularam de diplomacia zhoubian (periférica).
Desde então, são ascendentes as relações entre a China e os países do
continente africano, como bem evidenciam os números. Se em 1996 o fluxo
comercial era de US$ 4 bilhões, em 2000 já chegava em US$ 10 bilhões, e
mais contemporaneamente, em 2018, em quase US$ 185 bilhões – bem acima
dos US$ 61,8 bilhões do fluxo comercial do continente com os Estados
Unidos da América (EUA) no mesmo ano. Nesse mesmo sentido, os
investimentos externos diretos (IED) chineses na África vêm aumentando
constantemente. Entre 2003 e 2018, o número passou de US$ 75 milhões
para US$ 5,4 bilhões – ultrapassando o montante dos EUA desde 2014, já
que estes têm diminuído seus investimentos na África desde 2010.
Ressalte-se que a China tem instituído Zonas Econômicas Especiais
(ZEEs) no continente africano, impulsionando a geração de empregos, a
industrialização e a consequente redução da pobreza em muitos de seus
países. Entre 2003 e 2015, a ajuda ao desenvolvimento prestada
pela China ao continente africano aumentou constantemente, passando de
US$ 631 milhões em 2003 para quase US$ 3,3 bilhões em 2018.
Ainda mais importante, a cooperação multilateral se multiplicou e se
institucionalizou. Seu mais relevante mecanismo é o Fórum de Cooperação
China-África (FOCAC), criado em 2000, que realiza Conferências
Ministeriais a cada três anos, sediadas de forma alternada entre a China
e os países africanos, elaborando complexos Planos de Ações. Além
disso, com a cooperação China-África em constante expansão e
aprofundamento, vários fóruns foram estabelecidos no âmbito do próprio
FOCAC, tais como o Fórum do Povo China-África, o Fórum de Jovens Líderes
China-África, o Fórum Ministerial de Cooperação em Saúde China-África, o
Fórum de Cooperação Mídia China-África, a Conferência de
Desenvolvimento e Redução da Pobreza China-África, o FOCAC-Fórum
Jurídico, o Fórum sobre a China Cooperação entre governos locais, entre
outros. As relações da China com a União Africana ou mesmo o papel da
África do Sul no BRICS intensificam ainda mais estas interações.
Traçados esses parâmetros empíricos, é possível refletirmos sobre as
abordagens ocidentalistas voltadas a configurar a presença da China na
África como imperialista ou neocolonial. E nisso reside o entrelaçamento
entre a má-fé patrocinada pelo centro do sistema com certas tendências
etnocêntricas e até mesmo profundas incompreensões teóricas acerca
dessas dinâmicas. Por um lado, atribuir perfil neocolonial à atuação
chinesa na África significa assumir o desconhecimento acerca da história
do imperialismo do século XIX e mesmo das práticas atuais das grandes
potências norte-atlânticas, notadamente dos Estados Unidos da América,
pautadas nas mais diversas ingerências externas diretas e indiretas em
diversas regiões do globo.
Por outro lado, é preciso considerar que, apesar das assimetrias, há
importantes pontos de convergência entre os países emergentes e os
países periféricos, em razão das disputas pela distribuição de poder no
mundo. Ou seja, o relacionamento Sul-Sul se torna uma alternativa
crucial para resistir aos constrangimentos que os países periféricos e
emergentes estão submetidos ao adotarem seus projetos de desenvolvimento
nacionais não alinhados aos interesses norte-atlânticos. Assim, não
raramente estes mobilizam suas estruturas de poder e seus princípios
legitimadores, como a defesa da “democracia”, dos “direitos humanos” e
da “liberdade” para impor seus interesses.
Em outras palavras, o imperialismo não pode ser reduzido ao processo
de exportação de capitais, e de fato nunca foi, afinal a soberania
política, a autodeterminação e o desenvolvimento nacionais conformam,
conjuntamente, uma complexidade infinita de variáveis. Se as relações
interestatais estão impregnadas de interesses nacionais e corporativos,
de conflitos e assimetrias, é preciso compreender os padrões de
relacionamento levando em conta a correlação de forças e as alternativas
políticas em questão. Não se pode, pois, negligenciar que as relações
sino-africanas não têm sido baseadas em qualquer imposição de modelos
político-institucionais e de ajustes macroeconômicos; não recorrem às
práticas de desestabilização e ingerências políticas e militares; têm
proporcionado vantajosas condições de financiamento e disposição para a
cooperação tecnológica; e ainda possuem uma agenda diplomática em muitos
aspectos convergentes no que se refere à reorganização da governança do
sistema internacional.
Aliás, segundo Deborah Bräutigam, uma das maiores especialistas nas
relações entre China e África, os recorrentes argumentos anti-chineses
não se sustentam quando confrontados com a realidade: cerca de 75% dos
trabalhadores em obras chinesas no continente são africanos; longe de
atenderem a interesses especulativos, 70% dos empréstimos servem às
obras de infraestrutura energética e de transporte, com taxas de juros
baixas e longos períodos de pagamento; e, apesar de setores midiáticos
anunciarem com tom catastrofista que empresas chinesas já teriam
adquirido “6 milhões de hectares” de terras africanas (que na verdade
não ultrapassam a marca de 1% de todas as terras agricultáveis da
África), sequer o dado é verdadeiro, afinal pesquisas indicam a compra
de apenas 240.000 hectares (ou seja, apenas 4% da porção relatada).
Isto não quer dizer que a presença da China e dos demais países
emergentes na África esteja isenta de problemas e contradições. Ou seja,
de modo algum se deve negligenciar as agendas conflitantes das
distintas nações, os conflitos sociais intra e interestatais ou os
embates entre os interesses governamentais e de certas corporações. No
entanto, o dado central dessa questão reside no fato de que a presença
dos emergentes – especialmente da China, mas também do Brasil, Índia e
demais – têm ocorrido em prejuízo das grandes potências
norte-atlânticas, sobretudo das antigas detentoras de vastos impérios
coloniais (França, Reino Unido, Bélgica e Portugal), dos
“desinteressados” e “altruístas” países nórdicos e da grande
superpotência mundial, os EUA. A mesma carga dos frágeis argumentos que
ataca as relações dos países africanos com a China também já foi
utilizada quando do crescente adensamento dos vínculos entre o Brasil e
os países africanos e até mesmo com seus vizinhos sul-americanos. Como
exemplo, foi amplamente estimulada por veículos midiáticos franceses e
ativistas políticos desorientados para obstruir relevantes iniciativas
como a cooperação trilateral Brasil-Japão-Moçambique para a
implementação do ProSavana em Moçambique, que teria crucial participação
da Embrapa.
Assim, distintamente do que vem sendo apontado pelos formuladores do
“neocolonialismo chinês” (ou até mesmo do “subimperialismo brasileiro”),
essas relações têm se constituído, de forma geral, num flagrante
elemento de promoção da estabilidade e desenvolvimento – e endossadas
sem mecanismos de imposição político-militar ou técnicas de regime change.
Isso ocorre porque se apresentam como alternativas para os países
africanos na busca por melhores condições de crédito, pela atração de
investimentos, pela obtenção de cooperação técnica, pelo fortalecimento
de suas soberanias e, consequentemente, por maior convergência
diplomática nas articulações em prol das reformas dos principais
organismos multilaterais globais. Longe de representarem anseios
imperialistas ou predatórios, atuam no sentido contrário, e exatamente
por isso se tornam alvo predileto daqueles que, por detrás da retórica
da liberdade e de um denuncismo de frágil sustentação empírica, visam
sustentar as apodrecidas estruturas de dominação que lhes garantem um
lugar ao sol.
Brasil enfrentando COVID-19 no início de maio
(20)
Os
estados do Nordeste apresentaram à Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) novos documentos sobre a vacina russa Sputnik V nesta
terça-feira (4).
Foram
dois documentos enviados: um relatório do Centro Nacional de Pesquisa
de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya (Centro Gamaleya) e uma
manifestação técnica do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus do
Consórcio do Nordeste, formado pelos nove estados da região. Ambos foram
publicados pelo site Brasil 247.
No relatório
do Centro Gamaleya, que foi traduzido do inglês, há esclarecimentos
sobre o imunizante. Em um dos trechos, o Centro Gamaleya aponta que
houve "entendimento incorreto dos relatórios" por parte da Anvisa. Em
outra parte do documento, diz que houve uma "interpretação incorreta".
Na manifestação
técnica, o Consórcio Nordeste defende a eficácia e segurança da Sputnik
V, argumentando que os dados já foram provados em testes clínicos e publicados em revistas científicas de alto prestígio, além de citar a vacinação em massa em diversos países.
Pessoal, estou em Brasília, onde logo mais estarei em reunião na Embaixada da Rússia.#BoraTrabalhar pic.twitter.com/QVWeqLLZpz
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) May 4, 2021
Em paralelo ao envio dos documentos, os governadores do Piauí,
Wellington Dias, e do Pará, Helder Barbalho, se reuniram com o
embaixador da Rússia em Brasília, Aleksei Labetskiy. Durante a conversa,
o interesse dos estados nordestinos na vacina russa foi reafirmado.
Os três mísseis do tipo Katiusha não causaram baixas.
Pelo
menos três mísseis atingiram esta segunda-feira uma base aérea militar
no norte de Bagdad, capital do Iraque, onde estão aquartelados militares
norte-americanos.
A informação é adiantada pela France-Presse (AFP), que cita um oficial dos serviços de segurança, sob a condição de anonimato.
Segundo a EFE, os três mísseis do tipo Katiusha que atingiram a base de Al Balad não causaram baixas.
A base é o quartel-general de uma empresa de manutenção de caças F-16 dos Estados Unidos.
O chefe da base, general Diaa Mohsen confirmou o ataque em declarações à agência estatal iraquiana INA.
Atentado não causou "danos significativos"
Segundo a INA, o atentado não causou "danos significativos" em Al Balad, uma das maiores bases aéreas do Iraque e alvo deste tipo de atentado em várias ocasiões.
Este
é o segundo ataque em menos de 24 horas, depois de duas granadas de
morteiro atingirem na noite de domingo o aeroporto de Bagdad, onde um
contingente norte-americano está destacado, na sequência da coligação
internacional contra o autodenominado Estado Islâmico do Iraque e da
Síria (ISIS, na sigla inglesa).
Estes incidentes ocorrem na mesma altura em que Teerão está a tentar retomar o diálogo sobre o programa nuclear com Washington, o principal inimigo a par de Israel, e com Riade, o grande rival na região e que também partilha fronteiras com o Iraque.
O
ataque não foi reivindicado imediatamente, mas dezenas de ações
similares têm sido atribuídas por Washington aos grupos armados
iraquianos a favor do Irão. Um dos engenhos foi intercetado pelos
sistemas de defesa C-RAM, indicou à AFP um responsável dos serviços de
segurança sob a condição de anonimato.
No
total, e desde a chegada ao poder no final de janeiro do Presidente dos
Estados Unidos da América, o democrata Joe Biden, cerca de 30 ataques
visaram colunas logísticas iraquianas da coligação internacional contra
os jihadistas liderada por Washington, bases com a presença de militares
norte-americanos ou representações diplomáticas.
Dezenas de outros ataques também foram dirigidos contra norte-americanos,
incluindo funcionários contratados, desde o outono de 2019 e durante a
administração do republicano Donald Trump, com diversos mortos e
feridos, à semelhança do que tem acontecido desde janeiro.
Em
meados de abril, os ataques atingiram um novo patamar, quando pela
primeira vez fações iraquianas a favor do Irão efetuaram um ataque com
um drone suicida sobre uma base com militares norte-americanos no
aeroporto de Ebril, o norte curdo do país.