Na ONU, Rússia propõe tratado de desarmamento e critica volta da Doutrina Monroe na América Latina


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Sergei Lavrov,
 Em discurso na Assembleia Geral da ONU, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apresentou um projeto de resolução que busca garantir o desarmamento e o controle de armas no mundo. A medida vai na contramão dos planos do presidente Jair Bolsonaro, que quer aumentar a circulação de armamentos no Brasil. Além disso, Lavrov também criticou o que ele chamou de um retorno da Doutrina Monroe na América Latina, citando diretamente o caso da Venezuela.
“Hoje gostaria de anunciar: nesta sessão da Assembleia Geral estamos apresentando o projeto de resolução ‘Fortalecimento e desenvolvimento do sistema de acordos sobre controle de armas, desarmamento e não-proliferação’. Convido a todos a participar nas negociações construtivas”, anunciou o chanceler russo, que representou o país na ausência de Vladimir Putin.
Lavrov disse ainda que este projeto tem como objetivo preparar as negociações da Conferência de Exame do TNP [Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares], após desentendimentos dos EUA e da Rússia em matéria de armas nucleares. Os EUA saíram do tratado INF, que regulava as armas de médio alcance de Rússia e EUA, e, em resposta, os russos deixaram um tratado com a OTAN.
Doutrina Monroe
Lavrov ainda condenou a reemergência da Doutrina Monroe na América Latina. “A Rússia rechaça a tentativa de promover o retorno das regras da Doutrina Monroe na América Latina, utilizado pelos Estados Unidos para derrubar regimes em estados soberanos realizando uma coerção ilícita, como bloqueios que acontecem em Cuba – desafiando resoluções das Nações Unidas”, declarou.
Nesse sentido repreendeu os ataques contra a Venezuela. “Estamos vendo tentativas de acrescentar a Venezuela na lista de países cujo Estado foi destruído, ante nossos olhos, mediante agressões ou golpes promovidos no exterior”, declarou.
Em coletiva proferida logo depois do discurso, Lavrov condenou a tentativa de acionamento do tratado militar TIAR contra a Venezuela, que se retirou do pacto em 2012, e criticou o líder opositor Juan Guaidó. “Os caprichos de Guaidó durante as negociações com o governo venezuelano demonstram que ele uma figura independente”, declarou.




Rodrigo Janot revela que quase tentou matar Gilmar Mendes

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasil

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot revelou em entrevistas para a imprensa que chegou perto de matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
Em matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, contou que "ia matar ele [Gilmar Mendes] e depois me suicidar". Janot disse ainda que "não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo".

O ex-procurador da República afirmou que foi armado para uma sessão do STF com esse objetivo. O caso ocorreu em maio de 2017.  Janot explicou que sua raiva de Mendes começou após o procurador solicitar um impedimento contra o juiz analisar um habeas corpus de Eike Batista, com a justificativa de que a mulher do ministro era sócia de um escritório de advocacia que representava o empresário.

Para se defender, Mendes disse na época que a filha de Janot advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo o juiz, ela poderia ser "credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato".

Segundo Janot, a acusação era falsa, o que o irritou: "Minha filha nunca advogou na área penal [...] E aí eu saí do sério". O ex-PGR disse na entrevista que encontrou Mendes na sala do cafezinho do STF. "Ele estava sozinho", afirmou.

'Mão de Deus'

O procurador afirmou então porquê de não cometer o crime: "Foi a mão de Deus".

Em entrevista publicada pela Revista Veja, Janot disse que chegou a dois metros de distância de Mendes na sala onde os ministros se reúnem antes dos julgamentos, e sacou uma pistola de coldre escondida sob a beca e a engatilhou. "Ia atirar na cara dele", contou.
Na época, as divergências entre os dois eram notórias, assim como as críticas que faziam um ao outro.

"Estava movido pela ira. Não havia escrito carta de despedida, não conseguia pensar em mais nada. Também não disse a ninguém o que eu pretendia fazer. Esse ministro costuma chegar atrasado às sessões. Quando cheguei à antessala do plenário, para minha surpresa, ele já estava lá. Não pensei duas vezes. Tirei a minha pistola da cintura, engatilhei, mantive-a encostada à perna e fui para cima dele", disse na entrevista à Veja.

'Meu dedo paralisou'

Janot ficou muito perto de cometer o crime: "Mas algo estranho aconteceu. Quando procurei o gatilho, meu dedo indicador ficou paralisado. Eu sou destro. Mudei de mão. Tentei posicionar a pistola na mão esquerda, mas meu dedo paralisou de novo. Nesse momento, eu estava a menos de 2 metros dele. Não erro um tiro nessa distância. Pensei: ‘Isso é um sinal’. Acho que ele nem percebeu que esteve perto da morte".

O ex-procurador-geral da República lançará na semana que vem o livro Nada Menos que Tudo, escrito pelos jornalistas Jailton de Carvalho e Guilherme Evelin. Nele, Janot narra episódios sobre os quatro anos em que esteve à frente da PGR. Na obra, ele cita o episódio do quase assassinato, mas não revela quem seria seu alvo.

STF forma maioria, mas adia anulação de condenações da Lava Jato e de Lula



Felipe Amorim e Bernardo Barbosa

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

26/09/2019 15h21Atualizada em 26/09/2019 21h02



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O STF (Supremo Tribunal Federal) formou, nesta noite, maioria no julgamento de um caso que pode levar à anulação de diversas condenações, incluindo algumas da Operação Lava Jato. A Corte avalia um pedido para que réus delatados sejam ouvidos após os delatores -- para poderem, assim, se defender das acusações.

Até o momento, 9 dos 11 ministros votaram - sendo 6 a favor da tese, que pode resultar no cancelamento de condenações que não seguiram essa regra. Os 2 ministros que ainda precisam manifestar voto o farão na próxima quarta-feira (2). Mesmo quem já se manifestou pode mudar o voto.
  
Resumo da notícia
  • 6 dos 11 ministros do STF votaram a favor de tese que pode anular algumas condenações da Lava Jato
  • Votação será retomada na próxima quarta (2)
  • Está em jogo se réu tem direito a se manifestar após delator
  • Também será decidido se condenações que não seguiram essa regra devem ser anuladas
  • Lula poderá ser um dos beneficiados da decisão

Leilão de tecnologia 5G deixa Brasil no cabo de guerra entre EUA e China

Logotipo da Huawei com bandeira chinesa em segundo plano

© REUTERS / Dado Ruvic
Brasil

O leilão do 5G no Brasil é motivo de disputa entre EUA e China. A Sputnik Brasil conversou com o especialista Alexandre Uehara sobre a possível reação do Brasil à pressão da administração de Trump para a exclusão da Huawei do leilão.

O presidente Donald Trump tem feito pressão para que a chinesa Hauwei seja excluída do leilão do 5G no Brasil, previsto para acontecer em 2020. O líder norte-americano acusa a empresa chinesa de espionagem e roubo de dados.

O professor de Relações Internacionais da USP, Alexandre Uehara, em entrevista à Sputnik Brasil, observou que a abertura de um grande mercado como o do Brasil para a tecnologia chinesa gera bastante preocupação para os EUA.

"No primeiro momento essa disputa pareceu como um elemento de disputa na área de segurança, o governo americano e o presidente Donald Trump apontando que a tecnologia chinesa 5G permitiria à Hauwei fazer espionagem ou quebra de sigilo, mas a gente percebe que não é só isso. Existe uma preocupação muito grande com o mercado que se abre a partir da tecnologia 5G", observou Uehara.

"Em termos de patentes relacionadas à tecnologia 5G, a China tem uma relação de 4 pra 1, ou seja, a China tem 4 patentes pra cada uma patente norte-americana de tecnologia relacionada ao 5G.
A china tem uma vantagem competitiva em relação aos EUA que é importante. Esse é um dos fatores que faz com que a tecnologia americana tema essa concorrência", acrescentou o professor de Relações Internacionais.

Ao comentar sobre qual deve ser a posição do Brasil em relação à China, tendo em vista o alinhamento de Bolsonaro com a administração Trump, Alexandre Uehara afirmou que o governo brasileiro deve adotar uma postura mais pragmática.
"O que a gente tem percebido desde o governo Bolsonaro em que houve discursos em que de fato a China aparecia como um vilão, principalmente nas relações econômicas com o Brasil. 

Mas o peso econômico que a China tem sobre o Brasil sendo o principal parceiro comercial, fez com que o presidente e toda a sua equipe percebesse o peso que a China tem", destacou o especialista.

De acordo com ele, ainda que haja um alinhamento político entre o Trump e Bolsonaro, "existe um caráter pragmático que são os interesses econômicos e isso tem feito com que o Brasil tenha uma relação com a Chinha diferente de como foi no início do governo".

Huawei, a gigante chinesa

A Huawei é pioneira no campo emergente de telecomunicações de próxima geração, ou 5G, que trará internet mais rápida e suportará carros autônomos e outras aplicações futuristas. Isso alimenta as preocupações de segurança ocidentais e torna o 5G politicamente sensível.
Os Estados Unidos defendem que seus aliados não devem utilizar produtos da gigante chinesa sob alegações de segurança.

Em meados de maio, o Departamento de Comércio dos EUA colocou a companhia Huawei e as suas filiais em uma lista negra por alegadamente ameaçarem a segurança nacional, o que impede a empresa chinesa de comprar componentes e tecnologias de fabricantes norte-americanos.

Uruguai ameaça sair do TIAR caso OEA aprove intervenção armada na Venezuela, diz chanceler


Rodolfo Nin Novoa, Chaceler do Uruguai

Rodolfo Nin Novoa. 


© AP Photo / Marcelo Hernandez


O Uruguai sairá do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) caso seja aprovada uma intervenção militar na Venezuela nesta segunda-feira (23) em Nova York, informou aos meios de comunicação o chanceler do país, Rodolfo Nin Novoa.

“O TIAR é para países que estão sofrendo agressões armadas por parte de uma nação estrangeira não signatária do TIAR; o Uruguai vai refletir muito sobre esse tratado, e se essa votação tiver as consequências que parece que pode ter (a intervenção armada), nós vamos o denunciar e vamos sair do tratado, com toda certeza”, disse Nin Novoa ao jornal local La República.

O chanceler esclareceu que esta decisão será tratada ao “nível de governo, mas essa é pelo menos a posição da chancelaria até o presente momento”.
Os ministros das Relações Exteriores dos Estados signatários do TIAR irão se reunir nesta segunda-feira em Nova York, às 20h00 no horário de Brasília. A reunião cumpre o previsto na resolução de 11 de setembro deste ano, que prevê discussão entre os líderes sobre a possibilidade de invocar o tratado.

O TIAR, assinado em 1947 em pleno início da Guerra Fria e antes da criação da Organização dos Estados Americanos (OEA), nunca foi invocado. O tratado contempla medidas que cobrem desde negociações até a ruptura de relações diplomáticas, suspensão de acordos econômicos e na área de transportes, interrupção nas comunicações e, por fim, ações coercitivas como a intervenção militar.

A Venezuela denunciou o tratado em 2014, ainda sob o governo de Hugo Chávez (1999-2013), que alertou sobre a possibilidade de o mesmo ser utilizado para uma ação contra o seu país



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EUA estão à beira da falência devido a gastos militares, diz mídia



O complexo militar-industrial dos EUA, junto com um governo corrupto e funcionários pouco competentes, faz o país mergulhar cada vez mais no buraco da dívida, escreve a edição CounterPunch.

Segundo a edição, os crescentes gastos militares estão levando os EUA à falência. O governo e altos funcionários enganam a população, exigindo cada vez mais dinheiro para o Exército.

Na qualidade de exemplo a CounterPunch cita os resultados da investigação da organização Open the Government, segundo a qual os militares estadunidenses gastam somas enormes com compras não ligadas ao serviço militar, em particular, uma poltrona por 9.241 dólares (R$ 35.200), talheres de porcelana por 53 mil dólares (R$ 202 mil), bebidas alcoólicas por 308 mil dólares (R$ 1,2 milhões), bem como mariscos de luxo por 4,6 milhões de dólares (R$ 17,5 milhões).
Membro do grupo KKK
© Foto / ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
Terrorismo de direita e racista cresce nos EUA
Além disso, o governo norte-americano gasta muito mais do que recebe dos impostos e, por isso, é obrigado a pedir emprestado a outros países. Esse dinheiro é usado para financiamento das instituições estatais e guerras incessantes por todo o mundo, enquanto a educação, a saúde pública e a infraestrutura se encontram em decadência, ressaltou a edição.

"Finalmente, os impérios militares inevitavelmente colapsam, ao se expandirem e gastarem tudo até ao último cêntimo. O mesmo aconteceu com Roma e agora se repete de novo. O império americano já está se destruindo. Estamos nos aproximando da massa crítica", afirma a CounterPunch.

Os EUA se atolam cada vez mais em dívidas, sendo todas as decisões ligadas ao financiamento tomadas pelo complexo militar-industrial do país. Segundo a edição, desde 2001 os EUA gastaram 4,7 trilhões de dólares com as guerras no exterior. A dívida pública aumenta 32 milhões de dólares por hora, mas o governo gasta a cada cinco segundos no Iraque mais de que um americano médio recebe em um ano inteiro.
Sistema de mísseis estratégico Sarmat
© Sputnik / Aleksandr Vilf
Vice-ministro: Rússia não planeja instalar mísseis a menos que os EUA o façam na Europa
No entanto, Washington não tornou o mundo mais seguro. De acordo com as avaliações de investigadores, os militares estadunidenses lançam bombas a cada 12 minutos em algum ponto do mundo, mas desde 2001 a morte de 500 mil pessoas está ligada às ações dos EUA.
A edição concluiu que os EUA estão caminhando para a falência total e no país já estão visíveis vestígios da falência da sociedade praticamente em todas as esferas, mas o governo americano está pronto a reprimir quaisquer manifestações de descontentamento.









Universidade de Coimbra diz 'não' ao uso de carne bovina nas cantinas e indigna agropecuaristas

Universidade de Coimbra, Portugal (foto de arquivo)

© Folhapress / Ricardo Ribeiro
Europa

O reitor da Universidade de Coimbra, em Portugal, anunciou que os refeitórios da instituição vão deixar de servir carne bovina. A declaração foi feita durante a recepção de novos alunos nesta terça-feira (17) e gera polêmica em Portugal.
A medida faz parte de um conjunto de ações para que, até 2030, a Universidade de Coimbra se torne a primeira instituição portuguesa neutra nas emissões de gás carbônico. "O primeiro passo será dado já em janeiro de 2020, com a eliminação total da aquisição e consumo de carne de vaca na nossa oferta alimentar nas cantinas universitárias", declarou o reitor Amílcar Falcão.
A Universidade de Coimbra tem 14 refeitórios que consomem, por ano, 20 toneladas de carne bovina. Segundo o reitor, o produto vai ser substituído "por outros nutrientes que irão ser estudados, mas que será também uma forma de diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal".

Indignação do setor agropecuário

A medida não foi bem recebida pelo setor agropecuário nacional. Em comunicado enviado à Sputnik Brasil, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) se diz "perplexa" com a notícia.

"A anunciada imposição, que privará alunos, professores e funcionários, de um elemento que faz parte da dieta alimentar portuguesa e mediterrânica, é uma limitação à sua liberdade de escolha e contribui para confundir os portugueses, porque é alarmista e assenta em pressupostos infundados", lê-se na nota.


A entidade reconhece que as atuais emergências climáticas devem ser consideradas, mas afirma que a decisão da Universidade de Coimbra tem base em "alarmismos incompreensíveis".

"O esforço de descarbonização faz-se com a Agricultura e com os Agricultores e não contra a Agricultura e contra os Agricultores. As pastagens biodiversas fixam mais toneladas de CO2 do que aquelas que são emitidas, ou seja, há um balanço positivo, que será tão mais positivo quanto mais produzirmos em território nacional com o nosso tradicional tipo de produção", afirma a CAP na nota.

Outras entidades do setor, como a Confederação Nacional de Agricultura e Associação dos Produtores de Leite de Portugal, também se manifestaram publicamente contra a medida. A Associação Académica de Coimbra, que representa os estudantes, apoiou a decisão do reitor.
Gado na pastagem em Alcáçovas, região de Alentejo, Portugal
Gado na pastagem em Alcáçovas, região de Alentejo, Portugal
© AFP 2019 / PATRICIA DE MELO MOREIRA

Alarme das Nações Unidas

Dados da ONU apontam que a criação de gado é responsável por 18% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo e as previsões são de aumento caso o modelo atual de agricultura não seja revisto. Até 2050, a Fundação das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estima um crescimento de 70% na produção de carne global.

'Universidade mais brasileira fora do Brasil'

Fundada em 1290, a Universidade de Coimbra é a nona mais antiga do mundo e tem renome internacional. Patrimônio Mundial da Unesco desde 2013, foi a primeira instituição portuguesa a aderir ao programa Enem Portugal, em 2014, que aceita a nota do Exame Nacional do Ensino Médio para o ingresso de brasileiros. Atualmente, é considerada a "universidade mais brasileira fora do Brasil", com mais de dois mil estudantes do país matriculados.

Fernão de Magalhães e a 1ª Viagem de Circum-Navegação

Por Misleine Neris de Souza Silva
Fernão de Magalhães nasceu em Sabrosa, na região norte de Portugal em Trás-os-Montes, no dia 3 de Fevereiro de 1480. Quando ainda criança foi para Lisboa e pertenceu à quarta ordem da nobreza portuguesa. Foi também pajem da corte da rainha D. Leonor, esposa de D. João II.

Ficou conhecido como o navegante e capitão da armada que foi a pioneira em navegar os oceanos Atlântico, Pacifico e Indico com o intuito de uma rota alternativa para chegar às Índias e obter as tão almejadas especiarias.

Fernão de Magalhães.

Quando tinha 25 anos, acompanhado do vice- rei, participou nas viagens para as Índias Orientais que envolvia as regiões da China, Japão, Índia, Arábia e Pérsia. Em 1513 lutou na região de Azamor na conquista de Marrocos, onde ficou gravemente ferido de uma perna.

Foi acusado de traição pelos portugueses que disseram que ele havia feito negociações com os mouros. O rei D. Manuel acatou os rumores e o impediu de continuar prestando serviços à pátria.
Fernão decepcionado sai do país e se oferece para trabalhar ao rei da Espanha Carlos V.
Como seu amigo Rui Faleiro também havia sido exilado, juntos uniram seus conhecimentos e elaboraram vários planos de viagens, mapearam lugares através dos astros e os apresentaram à coroa espanhola. Com o auxilio de Cristóvão de Haro que era inimigo do rei de Portugal, juraram lealdade ao rei da Espanha e assinaram um contrato afirmando que todas as terras encontradas seriam espanholas.

Assim, partiram cinco embarcações em Naus carregadas de itens de subsistência, armamentos e munições. Composta por aproximadamente 265 homens de várias nacionalidades, se assegurando de que não teriam problemas de comunicação com os povos que pudessem encontrar pelo caminho.

No dia 20 de Setembro de 1519 partiram em direção ao Brasil chegando ao Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco onde ficaram até 13 de dezembro. Depois seguiram para o Rio de Janeiro, onde passaram o fim de ano para após seguirem viagem. No dia 10 de Janeiro de 1520 avistaram um rio, que posteriormente seria o Rio da Prata.

As expedições comandadas por Fernão Magalhães continuaram até chegar ao Golfo de São Matias, onde encontraram pessoas altas que receberam por eles o nome de “ patagones” e a região foi batizada de Patagônia.

Infelizmente em Maio do mesmo ano uma nau afundou com vários marinheiros a bordo e por sorte, alguns conseguiram se salvar. A frota seguiu viagem em 24 de Agosto, mas tiveram que parar por dois meses por causa do mau tempo. Em Outubro encontraram o “Cabo das Onze Mil Virgens” que os permitiu passar para o outro lado do oceano. Relatos afirmam que o caminho era estreito e assustador.

O itinerário durou 27 dias e hoje é conhecido como “ Estreito de Magalhães”. Ao chegarem ao novo oceano batizaram o mesmo de “Pacifico” devido às suas águas calmas. Após muitos dias navegando, quando já estavam quase sem mantimentos, avistaram as Filipinas no dia 16 de Março de 1521, uma ilha que os proporcionou muitas frutas e água potável.

Após descansarem e abastecerem seus barcos, seguiram em direção a Mactán. Ao desembarcarem no dia 27 de Abril Fernão de Magalhães foi recebido com uma flecha no peito. Ele não resistiu e morreu na praia. 
Abalados, os marinheiros continuaram a viagem ao comando de Juan Sebastián Elcano. No dia 21 de Dezembro chegaram ao destino tão almejado por Fernão: Ilhas Molucas.

No regresso, voltaram apenas 18 homens. Essas viagens entraram para a história de Fernão de Magalhães que, apesar de não ter concluído seus objetivos, conseguiu provas de que seu mapeamento estava correto através da teoria de que a Terra era redonda. Vários lugares por onde passou em meio às suas embarcações, hoje leva seu nome como homenagem.

ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE ESQUERDA E DIREITA NO OCIDENTE


Dentro dessa visão, ser de esquerda presumiria lutar pelos direitos dos trabalhadores e da população mais pobre. Já a direita representaria uma visão mais conservadora, ligada a um comportamento tradicional, que busca manter o poder da elite e promover o bem estar individual. 

Com o passar do tempo, as duas expressões passaram a ser usadas em outros contextos. Atualmente, por exemplo, os partidários que se colocam contra as ações do regime vigente (oposição) seriam entendidos como “de esquerda” e os defensores do governo em vigência (situação) seriam a ala “de direita”. Embora os dois lados realizem reformas, uma diferença seria que a esquerda busca promover a justiça social enquanto a direita trabalha pela liberdade individual. 

Após a queda do Muro de Berlim (1989), que pôs fim a Guerra Fria, um novo cenário político se abriu. Por isso, hoje, as palavras ‘esquerda’ e ‘direita’ parecem não dar conta da diversidade política do século 21. Isso não quer dizer que a divisão não faça sentido, apenas que ‘esquerda’ e ‘direita’ não são palavras que designam conteúdos fixados de uma vez para sempre. Podem designar diversos conteúdos conforme os tempos e situações.

No Brasil, essa divisão se fortaleceu no período da Ditadura Militar, onde quem apoiou o golpe dos militares era considerado da direita, e quem defendia a instauração de um regime socialista baseado nas ideias de Karl Marx, de esquerda. Com o tempo, outras divisões apareceram dentro de cada uma dessas ideologias. Hoje, os partidos de direita abrangem conservadores, democratas-cristãos, liberais e nacionalistas, e ainda o nazismo e fascismo na chamada extrema direita. 

Na esquerda, temos os social-democratas, progressistas, socialistas democráticos e ambientalistas. Na extrema-esquerda temos movimentos simultaneamente igualitários e autoritários, como movimentos operários e comunistas pelo o fim da propriedade privada. Há ainda posição de "centro". Esse pensamento consegue defender o capitalismo sem deixar de se preocupar com o lado social. Em teoria, a política de centro prega mais tolerância e equilíbrio na sociedade. No entanto, ela pode estar mais alinhada com a política de esquerda ou de direita. A origem desse termo vem da Roma Antiga, que o descreve na frase: "In mediun itos" (a virtude está no meio).
 
Panorama ideológico dos partidos brasileiros
Outro tema fundamental é a visão sobre a economia. Os de esquerda pregam uma economia mais justa e solidária, com maior distribuição de renda e interferência do Estado. Os de direita seriam associados ao liberalismo, doutrina que na economia pode indicar os que procuram manter a livre iniciativa de mercado e os direitos à propriedade particular. Algumas interpretações defendem a total não intervenção do governo na economia, a redução de impostos sobre empresas, a extinção e simplificação da regulamentação governamental, e outros. Lembrando que há governos de direita também com forte intervenção estatal, como o ocorrido durante o período militar no Brasil.

O liberalismo não significa necessariamente conservadorismo moral. Na raiz, o adjetivo liberal é associado à pessoa que tem ideias e uma atitude aberta ou tolerante, que pode incluir a defesa de liberdades civis e direitos humanos. Já o conservador seria aquele com um pensamento tradicional. Na política, o conservadorismo busca manter o sistema político existente, que seria oposto ao progressismo.

Direita e esquerda também têm a ver com questões éticas e culturais. Avanços na legislação em direitos civis e temas como o casamento LGBT e legalização das drogas e aborto são vistas como bandeiras da esquerda, com a direita assumindo a defesa da família tradicional. No que nos faz perceber que esses conceitos são mais flexíveis hoje em dia.
 
EM RESUMO A DIREITA REPRESENTA O GRANDE CAPITAL CONCENTRADO EM MÃOS DAS MULTINACIONAIS E DOS BANCOS EM MÃOS DE POUCAS FAMÍLIAS, ENQUANTO A ESQUERDA REPRESENTA O CAPITAL MAIS DISTRIBUÍDO ENTRE TODAS AS CLASSES SOCIAIS. 
 
JPL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

MORRE UM DOS MAIORES DIVULGADORES DA CULTURA LUSO BRASILEIRA

15 de setembro de 2019
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Morte de Roberto Leal. 
O cantor Roberto Leal morreu às 3h37 da manhã do último domingo, 15, em decorrência de um melanoma maligno que evoluiu, atingindo seu fígado e causando síndrome de insuficiência hepato-renal. Ele vinha realizando tratamento contra um câncer de pele, descoberto há cerca de dois anos.6 horas atrás
  
   
Cantor português Roberto Leal morre em São Paulo
Publicado em 15/09/2019 - 12:16
Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil Brasília

O cantor português Roberto Leal morreu na madrugada deste domingo (15), em São Paulo, aos 67 anos. A informação foi confirmada pelo Hospital Samaritano, onde o cantor estava internado.
De acordo com a assessoria de Roberto Leal, ele faleceu às 3h37 vítima de um melanoma maligno (câncer de pele) que evoluiu, atingindo o fígado, causando síndrome de insuficiência hepato-renal. Leal estava internado no hospital desde terça-feira (10).
ROBERTO LEAL
Roberto Leal morreu aos 67 anos - Divulgação/Prefeitura de Porto Belo/SC



O velório será aberto ao público e está marcado para segunda-feira (16) na Casa Portugal, das 7h às 14h. O enterro será às 15h, no Cemitério de Congonhas, na zona sul da capital paulista, informou a assessoria do cantor.

Biografia

Roberto Leal nasceu em 1951 na aldeia de Vale da Porca, no norte de Portugal. Aos 11 anos, veio para o Brasil acompanhado pelos nove irmãos e pelos pais. O cantor ficou famoso no Brasil pela música Arrebita, que estreou nos palcos em 1971, na Discoteca do Chacrinha, da TV Globo. Em sua carreira, vendeu mais de 25 milhões de discos.

Navio da Marinha brasileira ganha prêmio de sustentabilidade em competição internacional

© Sputnik / Caroline Ribeiro
Brasil

O navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha brasileira, foi eleito o "mais sustentável" entre os participantes da The Tall Ship Races. A competição reúne, anualmente, embarcações à vela de grande porte do mundo todo.
O Cisne Branco apresentou à competição ações de sustentabilidade que tem adotado nos últimos meses.

"Durante as nossas travessias, não usamos mais nada de plástico. Compramos até algumas canecas de alumínio, porcelana, para não usar plástico durante as refeições. Também não fazemos esgoto no mar. Temos alguns tanques e quando chegamos em um porto entregamos os resíduos para um caminhão que faz a coleta. Além disso, na limpeza do navio só usamos sabão biodegradável. O oceano é a nossa segunda casa, então temos que cuidar", conta à Sputnik Brasil o Capitão Tenente Deivid Gonçalves.

 
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Além do prêmio de sustentabilidade, o Cisne Branco também ganhou como a tripulação mais animada do concurso. A The Tall Ship Races ocorreu nos meses de julho e agosto, com viagens entre Noruega e Dinamarca. A competição foi uma das atividades no percurso, que começou no dia 24 de março, quando o Cisne Branco partiu do Rio de Janeiro.

"O principal objetivo desta missão é estreitar os laços históricos de amizade entre as diversas marinhas e entre os próprios países onde paramos. Também falamos sobre a importância do mar, em termos de desenvolvimento econômico e social", explica à Sputnik Brasil o Comandante Adriano Marcelino Batista.

Missão Europa 2019

A missão Europa 2019 do Cisne Branco começou em 24 de março e prevê paradas em portos de 12 países e só termina no dia 12 de outubro, quando o navio retorna ao Rio de Janeiro. A embarcação está atracada agora em Lisboa. De acordo com o comandante, um momento bastante simbólico.

"O Cisne Branco foi construído por uma empresa holandesa, mas foi entregue à marinha brasileira em 2000 em Lisboa. Daqui saiu fazendo a mesma viagem que Pedro Álvares Cabral fez em 1500, como homenagem pelos 500 anos da chegada ao Brasil. Temos aqui uma santa que é uma réplica menor da que Cabral tinha na sua embarcação", conta o comandante.
O detalhe da santa não passa despercebido pelos visitantes.

"Senti que o Cisne Branco aproxima as nossas histórias", diz à Sputnik Brasil a portuguesa Beatriz Câmara, que entrou na embarcação com o marido.
A imponência do Cisne Branco chama a atenção. O navio tem 76 metros de comprimento e preserva características de uma embarcação antiga.

"É lindo, parece um pedaço de história real, que a gente consegue ver e tocar", conta à Sputnik Brasil o engenheiro João Antônio Vieira, que está de férias em Lisboa.

A missão conta com 66 tripulantes e, até agora, o navio já recebeu 185 mil visitantes. O Cisne Branco ficou aberto para visitação em Lisboa, no terminal de passageiros Rocha Conde de Óbidos, até terça-feira (3). 

PARABÉNS ESPANHA


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A Espanha sagrou-se, este domingo, campeã mundial de basquete pela segunda vez na sua história, 13 anos depois, ao bater a Argentina por 95-75, na final da 18.ª edição da prova, em Pequim, na China.

A formação comandada por Sergio Scariolo, que ao intervalo liderava por 43-31, comandou o encontro do princípio ao fim, à semelhança do que tinha feito em 2006, em Saitama, no Japão, na final com a Grécia (70-47).

Os espanhóis, que sucedem aos Estados Unidos, tornaram-se o quinto país a conseguir mais do que um cetro, juntando-se aos norte-americanos (cinco títulos), à Jugoslávia (cinco), à União Soviética (três) e ao Brasil (dois).

BALLET DA RÚSSIA

“Uma guerra contra a Venezuela seria longa e a Venezuela venceria”, alerta chanceler de Maduro

Chefe da diplomacia venezuelana insiste, ao UOL, que Caracas não quer um conflito. Mas que, se atacada, terá de se defender

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Jorge Arreaza
              

GENEBRA – Respondendo a uma pergunta da reportagem do UOL, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, garantiu que Caracas não quer uma guerra na região. Mas que, se atacada, terá de se defender e garante que os 30 milhões de venezuelanos vão atuar pelo país . "Uma guerra seria longa. Mas a Venezuela venceria", disse o ministro, em uma reunião em Genebra.
Visitando a ONU para encontros sobre a crise no país sul-americano, o chefe da diplomacia de Nicolas Maduro explicou que exercícios militares foram convocados pelo governo desde ontem. Mas repetiu pelo menos três vezes que seu país não quer um conflito.


Nesta semana, os Estados Unidos e onze outros países americanos convocaram os ministros das Relações Exteriores que fazem parte do tratado de defesa do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) para uma reunião. Na agenda está o "impacto desestabilizador" da crise na Venezuela.
Arreaza estima que a iniciativa não tem legitimidade, já que a reunião foi chamada por uma delegação de Juan Guaidó, o presidente interino venezuelano reconhecido pelo Brasil, EUA e outros governos. Mas admite que o gesto "é perigoso, pois o espírito implica que ativaram mecanismos para atacar militarmente".
O que significa isso tudo é que a ameaça militar contra a Venezuela não é apenas de Washington. Mas também da Colômbia e Brasil.
"Jamais agrediríamos um país-irmão. Isso está descartado. Mas iremos nos defender", garantiu. "O presidente Maduro anunciou exercícios militares, que estão ocorrendo neste momento", disse.
"A Venezuela não quer uma confrontação com ninguém. Vamos nos defender e sabemos nos defender. Temos uma Força Armada bem equipada, profissional e temos 3 milhões de homens. Em caso de agressão, seria uma catástrofe. Seria uma guerra muito longa, e que venceríamos. Espero que esse erro nunca ocorra", disse.
O chanceler lembrou que, dos 34 países da OEA, apenas doze aprovaram a proposta, já que alguns se recusaram a aceitar a convocação da reuniões e outros já tinham abandonado o mecanismo nos últimos anos.

30 milhões de venezuelanos 

Horas depois de conversar com o UOL, o chefe da diplomacia venezuelana declarou à imprensa internacional na ONU que o governo está "preparado para defender o território com nossas armas, milícias e com os 30 milhões de venezuelanos". "Não vamos ficar com os braços cruzados enquanto estão se preparando para nos atacar", disse. "Temos a obrigação de defender nosso território e estamos preparado para responder", garantiu.
[Os americanos] não entendem o patriotismo dos venezuelanos. Os reis da Espanha tampouco nos entenderam.
Arreaza também rejeitou a tese de que, ao colocar 150 mil soldados nas regiões mais próximas da fronteira da Colômbia, Caracas estaria "provocando" Bogotá. "Quem é que está de provocação? Quem é que acionou o TIAR?", atacou.

Segundo o chanceler, Caracas passou para a inteligência do presidente Ivan Duque dados e endereços de locais no território colombiano onde paramilitares e ex-soldados venezuelanos estariam treinando para atacar a Venezuela. Mas nada foi feito.
Apesar dos ataques e ameaças, o ministro insiste que continua disposto a negociar e dialogar, inclusive com Duque, para evitar um conflito.

Maduro inicia manobra militares em fronteira com a Colômbia

Em Washington, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, tentou descartar a hipótese de um conflito.
"Não significa ação militar, de forma nenhuma, não é isso que nós queremos, o Tiar não é simplesmente um acordo de ação militar, é um acordo para ação coletiva diante de ameaças à segurança, como claramente é. O chanceler da Colômbia, se não me engano, fez uma apresentação muito clara nesse sentido, com o fato de o regime Maduro estar abrigando terroristas", afirmou Araújo.
Arreaza, em Genebra, alertou que o tratado jamais representou "uma proteção ao povo latino-americano". "Esse é um instrumento para controlar todo o continente americano e para que os EUA possam invadi-lo", declarou.
O venezuelano lembrou que a Argentina foi o único país sul-americano a recorrer do tratado, em 1982 na Guerra das Malvinas. Mas apontou como Washington optou por apoiar o Reino Unido.