Está outra vez nasmãos do povo português o destino de Portugal. Ele é que vai decidir no próximo dia quatro de outubro se está satisfeito com o atual governo da coligação PDS (Partido Democrata Social) e do CDS (Centro Democrático Social) do primeiro ministro Pedro Passos Coelho e Paulo Portas respectivamente, ou se prefere trazer de volta ao poder o PS (Partido Socialista) de Antônio Costa e Mário Soares.
A menos de 15 dias do pleito as pesquisas ainda não definemclaramentequem governará Portugal nos próximos quatro anos, embora, há medida que o pleito se aproxima, se possa sentir uma aderência maior do eleitorado lusitano ao Partido de Mário Soares. São os votos dos eleitores indecisos e que são muitos, pois o povo português ainda não atingiu um grau de politização a nível desejável, que irão dizer se os portugueses em sua maioria estão ou não de acordo com a política do atual governo. Os sociais democráticos alegam que tudo que está acontecendo agora é uma herança do governo socialista, que gastou demais em obras desnecessárias ou adiáveis. Herança ou não é que quem continua pagando a conta são os trabalhadores em geral, os reformados, os pensionistas, a degradação familiar, o abandono da saúde saúde e do ensino, enfim, o PSD durante estes quatro anos outra preocupação não teve senão defender o grande capital! Os banqueiros e a TROIKA que o digam!!! Realmente é esta maioria de indecisos, que poderá decidir as eleições de quatro de outubro a favor dos socialistas, se estes tiverem competência para convencer este eleitorado de que a PEC-4 não previa esse sacrifício tão pesado sobre a maioria do povo trabalhador e nem essa entrega total da "Economia Portuguesa" ao grande capital estrangeiro.
O atual governo do PSD, desnacionalizouempresas como os estaleiros de Viana do Castelo, abarrotado de pedidos de navios, inclusive petroleiros para a Venezuela, desnacionalizou as Cimenteiras, os Correios de Portugal, uma das instituições públicas mais antigas do país, A TAP, orgulho dos portugueses, pois sempre foi considerada a companhia aérea de melhor atendimento ao público em todo o mundo. A RTP (Rádio e Televisão Portuguesa Internacional), que só ainda não foi privatizada graças à reação de seus funcionários e da opinião pública portuguesa, mas que vem sofrendo uma queda vertiginosa na qualidade de seus programas devido às aposentadorias forçadas daqueles funcionários que não rezam na cartilha do atual governo. Enfim, toda a Economia portuguesa está sendo entregue ao capital estrangeiro, o que gera revolta naqueles portugueses da gema e que ainda, apesar de tudo, são a maioria do povo português. É justamente esta maioria, que sofre na carne os efeitos negativos desta política liberal/entreguista, que no próximo dia quatro de outubro irá novamente decidir os destinos de Portugal.
O grande problema do país, responsável inclusive pelo acesso ao poder do atual governo da coligação PDS/CDS, é esta falta de união dos partidos de esquerda, como PCP (Partido Comunista Português) de Jerônimo de Sousa, BE (Bloco de Esquerda) de Catarina Martins, CDU(Coligação DemocráticaUnitária) de Heloísa Apolónia e outras dezenas de pequenos partidos, que insistem em avançar com candidaturas próprias, mesmo sabendo que seus candidatos irão trabalhar o voto útil em favor da direita, tal como já aconteceu na eleição passada de 2011 em que se tivessem apoiado o PS de José Sócrates teriam evitado toda essa política desnacionalizante e entreguista de Passos Coelho e evitado essa maldade da TROIKA em cima do povo português!
A PEC-4 de Sócrates teria sido menos traumatizante e evitaria essa humilhante invasão da TROIKA, que obrigou o governo a cortar investimentos onde nunca deveria ter cortado, como Educação e Saúde! Portugal, que no governo anterior havia chegado perto da cabeceira da Europa em Ciência e Tecnologia, pois houvera trazido de volta mais de mil cientistas portugueses, que trabalhavam no exterior, oferecendo-lhes salários quase iguais aos que ganhavam lá fora, de repente viu tudo a perder-se com a política liberalizante do atual governo de Pedro Passos Coelho, que sempre que era indagado sobre a fuga destes técnicos de novo para o exterior, ironizava com frases depreciativas, dizendo que ele também já fora emigrante.
Agora, a prioridade maior para os autênticos patriotas da Terra de Camões é tentar convencer os partidos políticos de esquerda a se unirem, deixando para depois das eleições suas vaidades e diferenças ideológicas e mandar para casa todos esses políticos que tanto mal causaram às famíĺias portuguesas, principalmente as de baixa renda e trazer de volta o PS, mesmo que este também por circunstâncias adversas não tenha conseguido fazer o melhor para o seu povo. Com esta atitude os partidos de esquerda, que na eleição de 2011 deram maioria absoluta ao governo de Passos Coelho, desta vez pelo menos estarão corrigindo um erro de estratégia política cujas consequências são essas que aí estão!!!
Se fizeram isso, isto é, somarem seus votos aos do PS, não estarão abdicando de suas convicções políticas ou ideológicas, mas tão somente dando uma demonstração de amor ao seu país, até porque em política como em qualquer outra coisa na vida, às vezes para se conseguir a vitória é necessário recuar e avançar...
Na quarta auscultação diária da
Universidade Católica para a RTP, a coligação Portugal à Frente
mantém-se à cabeça da corrida na estimativa de resultados, com 40 por
cento | Pedro A. Pina - RTP
Ao segundo dia de
campanha, a quarta sondagem quotidiana da Universidade Católica para a
RTP mantém PSD e CDS-PP à cabeça na estimativa de resultados, com uma
vantagem de cinco pontos sobre o PS. Os dados sugerem uma ligeira subida
da coligação nas intenções de voto. Mas a percentagem de indecisos é
ainda significativa.
É este o
cenário agora em perspetiva para o dia 4 de outubro: a coligação
Portugal à Frente mantém os mesmos 40 por cento de domingo, ao passo que
os socialistas continuam a obter um score de 35 por cento.
Com oito por cento, a CDU é uma vez mais a terceira força na estimativa
de resultados, preservando a vantagem de um ponto sobre o Bloco de
Esquerda. “A quantidade de indecisos é ainda muito grande, o
que pode afetar negativamente a qualidade das estimativas”, aponta o relatório da sondagem.
Os demais partidos somam agora quatro por cento, contra os três por cento da véspera.
Desta quarta sondagem sobressai a percentagem de eleitores que expressam
a intenção de ir às urnas mas que dizem não saber a quem vão c
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Nesta nova pesquisa da Universidade Católica confirma-se tudo que foi dito acima
PàF(Portugal à Frente), que é a coligação de PDS e CDS partidos liberais de direita de Passos Coelho e Paulo Portas nas pesquisas deste final de semana coservam a mesma diferença da semana anterior ou seja 40% da intenção dos votos válidos, enquanto o PS de Antônio Costa os mesmos 35%.
Era só os demais partidos da tabela abaixo, CDU, BE, e outros fazerem uma aliança de última hora com o PS para evitar o pior para Portugal.
“Os povos indígenas da Amazônia não legaram apenas a rede que nos embala o sono e alguns animais amansados pelas suas mãos, deram-nos também uma cozinha que […] se celebra com reverência e um necessário sensualismo. […] É o banquete da cozinha gerada no coração dos mitos, temperados pelas mãos das Amazonas guerreiras, saboreados por guerreiros incansáveis e legada generosamente a nós por essas culturas que se desvanecem…”
A forte presença indígena aliada com a imigração européia diferencia a gastronomia do Norte de qualquer outra encontrada no país.
Considerada por muitos como o maior exemplo de culinária tipicamente
nacional, a gastronomia proveniente da Região Norte do país mostra
raízes amazônicas, com influência forte de imigrantes portugueses-
fenômeno natural da colonização- bem como resquícios do ciclo da
borracha, que trouxe outros povos para a região. Estes deixaram seus
traços na cultura e consequentemente na culinária, com insumos e
técnicas como é o caso de libaneses, japoneses, italianos e até mesmo
dos próprios nordestinos que migraram para a região nesse mesmo período.
RORAÍMA: A Damorida, um caldo feito com
tucupi, peixe ou carne de caça originalmente e pimentas variadas, de
origem indígena é considerado o seu melhor gastronômico. Além disso,
podemos encontrar pratos como: carne de sol, paçoca com banana, tapioca ,
guisado de galinha, caldeirada, etc. Entre as frutas podemos destacar:
cupuaçu, graviola, buriti e açaí.
AMAZONAS: A culinária amazonense é uma das mais
exóticas do país e é marcada pela forte influência indígena. O peixe é a
base da alimentação e os pratos são temperados com pimenta, herança dos
índios que não conheciam o sal. Neste local tem-se à disposição peixes
de água doce e pratos como, pato no tucupi, tacacá, tambaqui na brasa,
pamonha, doce de buriti, pudim de cupuaçu, etc.
ACRE: O Acre apresenta uma mistura da cozinha
nordestina, paraense, síria e libanesa. Os seguintes pratos são
apreciados: carne de sol, baião de dois, cuscuz de milho, pamonha,
tapioca, quibe cru e frito, tabule, esfihas, macaxeira cozida e doces
como cocadas, bananadas, açaí, graviola, buriti, cajá e outras frutas
típicas.
RONDÔNIA: Assim como nos demais estados, em Rondônia
a culinária é a base de peixe, também com influência indígena. Possui
pratos variados, de outros estados, como caruru, caldeirada de tucunaré,
pato no tucupi, tacacá, munguzá e doces de buriti.
PARÁ: Na culinária paraense há predomínio de
influências indígenas e grande utilização de produtos oriundos da
floresta amazônica. A base da cozinha do Pará é a mandioca, utilizada no
preparo de beijus, pirões e mingaus. Além disso, em diversas
preparações utiliza-se a castanha-do-Pará. Outras preparações como pato
no tucupi, maniçoba, jambu e tacacá também são bastante consumidos.
AMAPÁ: Aqui podemos destacar pratos como o tucunaré
recheado, maniçoba, pescada da gurijuba, camarão ao bafo, etc. Na
sobremesa são consumidas as frutas típicas: bacuri, mucajá, murici,
pequiá e outras.
TOCANTINS: Há predomínio da cozinha indígena,
portuguesa, paulista e mineira. Encontra-se neste estado, arroz com
pequi, feijão tropeiro, galinhada, peixe na telha e outras preparações.
Pratos do dia: Para nossa primeira aula prática, o Professor
Francisco Amorim -Chicão, selecionou 4 preparações tipicas dessa região.
São elas: a maniçoba, o dadinho de tapioca, o típico beiju e o pão de
tapioca, nas versões doce e salgado.
O beiju, o pão de tapioca e o dadinho trazem como influência
nortista o uso da farinha de tapioca. No beiju é adicionada à farinha
peneirada de tapioca, sal e água para umedecer e criar uma farinha com
“grumos” que serão passados pela peneira diretamente para uma frigideira
quente, formando uma crosta crocante que pode ser recheada à gosto do
freguês.
Para o pão de tapioca mistura-se à farinha flocada de tapioca,
manteiga, ovos e leite, formando uma massa que será modelada de colher e
assada por 20 minutos em forma untada e forno médio. Depois de assados
podem ser passados no açúcar com canela para um resultado doce ou então
servidos com manteiga para uma variação salgada. Por fim, o dadinho de
tapioca leva leite quente, queijo coalho ralado e tapioca flocada que
será hidratada pelo leite e formará uma massa que deve ser prensada em
uma forma quadrada e descansar em geladeira por pelo menos 3 horas, até
adquirir textura de corte. Depois disso, serão cortados os dadinhos e
grelhados em azeite de oliva, podendo ser servido com redução de melaço
de cana e pimenta dedo de moça.
Beiju com geleia de pimenta, pãezinhos de rapioca e dadinhos com redução de melaço e pimenta.
Pão de tapioca
1 xícara de farinha de tapioca
¾ xícara de leite
1 ovo
1 colher de chá de manteiga
2 colheres de chá de açúcar
Canela em pó, opcional
Preparo:
1. Misture todos os ingredientes, menos a canela, até obter uma mistura homogênea;
2. Se a mistura estiver muito mole, acrescente um pouco mais de
açúcar, para que a massa ganhe a consistência que possibilite a
modelagem na colher;
3. Unte uma assadeira e com duas colheres vá modelando os bolinhos e solte-os na forma;
4. Leve-os para assar até dourarem e se desejar polvilhe com canela ou sirva com manteiga.
Dadinho de tapioca
250g de farinha de tapioca
500ml de leite
300g de queijo coalho
Sal e pimenta branca a gosto
Preparo:
1.Rale o queijo coalho. Misture o queijo, a tapioca, sal e pimenta
2.Depois junte ao leite bem quente, mexendo sempre para não formar grumos.
3.Quando a mistura começar a firmar, despeje em uma assadeira forrada
com filme plástico (para facilitar o desenformar) e cubra com papel
filme. Deixe resfriar em temperatura ambiente e leve à geladeira por
pelo menos 3h.
4.Corte em cubos e frite por imersão a 170°C até dourar.
Dica: Sirva acompanhado de redução de melaço, fazendo uma mistura de melaço, pimentas em conserva e vinagre.
José Aparecido de Oliveira (Conceição do Mato Dentro, 17 de fevereiro de 1929 — Belo Horizonte, 19 de outubro de 2007) foi um político brasileiro.
Foi governador do Distrito Federal de 1985 a 1988 e ministro da Cultura do governo do presidente José Sarney. Embaixador do Brasil em Portugal, foi um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, deputado federal dos mais votados em Minas Gerais, secretário particular de Jânio Quadros.
José Aparecido de Oliveira foi indicado pelo presidente José Sarney para ocupar o cargo de governador do Distrito Federal. Chefiou o Executivo entre 9 de maio de 1985 e 19 de setembro de 1988. Em sua gestão foram construídos o Museu de Arte Moderna e o Panteão da Democracia e da Liberdade
José Aparecido de Oliveira: Idealizador da CPLP é homenageado em Belo Horizonte
Ministro da Cultura, governador de Brasília, ex-embaixador do Brasil em Portugal e idealizador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) o político mineiro José Aparecido de Oliveira (1929-2007) é hoje homenageado em Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, em cerimónia que dará o seu nome ao Espaço Cultural da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa.
A solenidade será presidida pelo governador Aécio Neves e terá a participação de familiares de José Aparecido de Oliveira. Durante a homenagem, será lançado o livro “Jânio Quadros e José Aparecido - O Romance da Renúncia”, de José Augusto Ribeiro.
Em Novembro do ano passado, os Embaixadores da Comunidade dos Países de Expressão Portuguesa (CPLP) acreditados no Brasil prestaram homenagem à figura do embaixador José Aparecido de Oliveira, em sessão realizada no Centro Cultural Camões, da Embaixada de Portugal em Brasília, que contou com a presença do antigo Presidente brasileiro, José Sarney, do ministro das relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, e do secretário estadual de Cultura do Governo do Distrito Federal, Silvestre Gorgulho.
José Aparecido de Oliveira nasceu no distrito de Conceição do Mato
Dentro, chamado São Sebastião do Rio Preto, antiga Vila do Príncipe, a
cerca de 250 km de Belo Horizonte (MG), em 17 de fevereiro de 1929.
Filho de Modesto Justino de Oliveira Junior e Araci Pedrelina de Lima
Oliveira, seu nome foi uma homenagem de sua mãe a Nossa Senhora
Aparecida, fato com o qual Aparecido gostava de brincar, dizendo: "Nada
pode me atingir, sou descendente direto de Nossa Senhora Aparecida!"
O mineiro José Aparecido completou os estudos em Ouro Preto e Belo
Horizonte. Jornalista formado iniciou a carreira na Rádio Inconfidência,
dando continuidade a ela no Diário do Comércio, no Correio do Dia e no
Estado de Minas. Foi diretor da Revista Alterosa e trabalhou no Correio
da Manhã, no Rio de Janeiro. Dirigiu, também, a Associação Mineira de
Imprensa, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e a
Federação Nacional dos Jornalistas. Como reconhecimento do seu trabalho
efetivo no meio jornalístico, foi o orador oficial do Primeiro Congresso
Mundial de Jornalistas, em 1953, em Santiago do Chile.
Também se destacou, na condição de jornalista, como um dos
mais combativos líderes da democracia brasileira, o que possibilitou sua
entrada na vida pública, em 1960, no movimento que conduziu Jânio
Quadros à Presidência da República. Tornou-se secretário particular de
Jânio, em 1962. Nesse mesmo ano, José Aparecido foi eleito deputado
federal pela União Democrática Nacional (UDN), sendo um dos mais votados
em Minas Gerais.
Em 1964, com o golpe militar teve o mandato parlamentar cassado. Ficou
fora da política por quase duas décadas, apesar de apresentar protesto
judicial por intermédio de seu advogado, Sobral Pinto. Em 1982, obteve
de volta seus direitos políticos, foi reeleito deputado federal por
Minas Gerais e convidado pelo então governador Tancredo Neves para criar
a Secretaria de Estado da Cultura, sendo seu primeiro titular. Como
secretário de Cultura promoveu o Fórum Nacional de Secretários da
Cultura.
Em 1985, quando foi eleito presidente do Brasil, Tancredo
Neves convidou José Aparecido para ser ministro de Estado da Cultura,
cargo instituído pela primeira vez em âmbito nacional. Com a morte de
Tancredo Neves, o então empossado presidente José Sarney convidou o
mineiro José Aparecido para governar o Distrito Federal, cargo que
ocupou de 1985 a 1988.
Governador do Distrito Federal, José Aparecido retomou o
projeto de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer da construção de Brasília e
ajudou conquistar para a cidade o título de Patrimônio Cultural da
Humanidade, inserido na Lista de Monumentos Mundiais da United Nations
Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO). E, com seu
espírito empreendedor, José Aparecido foi um dos governadores que mais
fez pelo desenvolvimento e pelo progresso da capital. Preocupado com os
problemas estruturais que se apresentavam, iniciou, entre outras coisas,
a despoluição do Lago Paranoá.
Lutou pela preservação do solo e começou os estudos para a construção
do metrô. Construiu a cidade-satélite de Samambaia e o Jardim Botânico.
Incentivou a cultura, proporcionando a realização de diversos
espetáculos. Sua visão futurista proporcionou a construção de monumentos
públicos, a exemplo do Panteão da Pátria, Pira da Pátria, Museu de Arte
de Brasília, Memorial dos Povos Indígenas e dos espaços Oscar Niemeyer e
Lúcio Costa.
Ainda no governo Sarney, de 1988 a 1990, José
Aparecido regressou ministro ao Ministério da Cultura e, depois de muito
empenho e negociações, em 3 de novembro de 1989, no Maranhão, conseguiu
que fosse assinado o Ato Constitutivo do Instituto Internacional da
Língua Portuguesa abarcando países como Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Em 1992, durante o governo do presidente Itamar
Franco, José Aparecido foi nomeado embaixador do Brasil em Portugal e
apresentou a proposta de criação da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), que foi concretizada em junho de 1996 integrando
todos os países em que o português é a língua oficial: Angola, Brasil,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste.
José Aparecido também exerceu o cargo de assessor
especial de relações internacionais do governador de Minas Gerais,
Itamar Franco, e presidiu a Fundação Oscar Niemeyer.
Casado com Maria Leonor Gonçalves e pai de Maria
Cecília e do deputado federal pelo PV José Fernando Aparecido de
Oliveira, José Aparecido de Oliveira faleceu no dia 19 de outubro de
2007, aos 78 anos, de insuficiência respiratória, no Hospital Madre
Teresa, em Belo Horizonte. Foi velado no Palácio da Liberdade e
sepultado na sua cidade natal.
Conhecido e respeitado por fazer amigos em todas as
áreas em que atuava, José Aparecido ganhou a admiração de governantes de
vários países, tendo sido condecorado em alguns deles. Sua biografia
pode ser lida em dois livros: Jânio Quadros e José Aparecido – o romance
da renúncia, de José Augusto Ribeiro, e José Aparecido – inventor de
utopias, de Alan Viggiano.
Entre seus amigos, além dos políticos citados,
podemos incluir o político e empresário Magalhães Pinto, Carlos Castello
Branco e Otto Lara Rezende. O escritor e cartunista Ziraldo, não
escondendo a admiração que tinha por Aparecido, o chamava de "o melhor
mineiro do mundo". Nas palavras de outro escritor, Millôr Fernandes,
podemos perceber o perfil de um homem que deixou muitos admiradores:
"Dificilmente um homem sem eira nem beira, como José Aparecido de
Oliveira, consegue a emocionante satisfação de ser o centro de uma
espontânea confraria de pessoas ilustres, importantes, talentosas ou até
mesmo pura e simplesmente belas."
José Aparecido de Oliveira é enterrado em Minas
Publicada em 20/10/2007 às 12h29m
Globo Minas
RIO - O corpo do ex-ministro da cultura José Aparecido de Oliveira foi enterrado neste sábado, depois de ser velado no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte. Ele morreu aos 78 anos no início da noite de sexta-feira . Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Madre Tereza, desde o dia 1º de outubro. A saúde dele piorou nos últimos meses, por complicações decorrentes de um câncer no pulmão. De acordo com os médicos, a causa da morte foi insuficiência respiratória.
A movimentação de parentes, amigos e políticos foi grande durante toda a manhã. Entre os políticos que compareceram ao velório, estiveram ministros, deputados, o ex-presidente Itamar Franco e o governador de Minas, Aécio Neves. Aécio decretou luto oficial de três dias e em nota oficial lamentou a morte do ex-ministro.
O corpo de José Aparecido foi levado no início da tarde para Conceição do Mato Dentro, cidade onde ele nasceu. Ele foi transportado de carro, em cortejo fúnebre até o município, que fica a 150 quilômetros de Belo Horizonte, onde foi enterrado.
José Aparecido exerceu diversas funções públicas na política brasileira. Foi governador do Distrito Federal de 1985 a 1988; ministro da Cultura do governo do presidente José Sarney, entre setembro de 1988 e março de 1990; embaixador do Brasil em Portugal durante o governo Itamar Franco; deputado federal dos mais votados em Minas Gerais; e secretário particular do ex-presidente Jânio Quadros.
Ele estava afastado da política desde 2002. Vários órgãos públicos divulgaram nota lamentando a morte do ex-embaixador. Ele também foi secretário de Cultura de Minas, contribuiu para a restauração do Convento do Caraça - do século XIX; do Mosteiro de Macaúbas - primeiro educandário do estado; e da Estação Ferroviária de Araxá, construída em 1926. Ele dizia que um de seus maiores feitos, foi o reconhecimento pela Unesco da cidade de Brasília como um patrimônio cultural da humanidade.
José Aparecido também era jornalista e foi um dos criadores da comunidade de países da língua portuguesa. O ex-ministro era casado com Maria Leonor e tinha dois filhos, o deputado José Fernando de Oliveira, e Maria Cecília de Oliveira.
Justiça proíbe advogado que ameaçou Dilma de ir à desfile de 7 de Setembro
A Justiça Federal do Distrito Federal proibiu o advogado Matheus Sathler Garcia, que ameaçou matar a presidente Dilma Rousseff, de comparecer ao desfile do 7 de Setembro, que ocorrerá nesta segunda-feira em Brasília.
Candidato a deputado federal pelo PSDB nas últimas eleições, Garcia publicou vídeos nas redes sociais em que prometia "arrancar a cabeça" de Dilma, caso ela não renunciasse ou se suicidasse até este domingo.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) já havia determinado que a Polícia Federal abrisse um inquérito para investigar as ameaças publicadas na internet.
Em decisão proferida nesta sexta (4), o juiz Macus Vinicius Bastos determinou que Garcia permaneça a uma distância mínima de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios, onde haverá as festividades.
O advogado tucano também está proibido de sair da capital e será monitorado pela Polícia Federal, provavelmente, por meio de uma TORNOZELEIRA eletrônica que identifica sua localização.
A família de Garcia argumentou à Polícia Federal que ele sofre de problemas psicológicos. O magistrado argumentou, porém, que o fato de exercer uma profissão, ser casado e bem articulado comprova que o advogado é capaz de cumprir a determinação judicial.
Fonte: G-1
COMEMORANDO O SEPARATISMO- 7 DE SETEMBRO
Entra governo sai governo e este separatismo mesquinho e perverso não nos deixa em paz!!! Desde o descobrimento em 1500 até aos nossos dias, este separatismo tenta separar povos irmãos de mesma cultura! Não se discute aqui, se na formação desta Terra de Santa Cruz houve violências contra esta ou aquela tribo! Pois, certamente que houve e não foram poucas! Nossos antepassados encontraram uma Terra dividida por terríveis guerras tribais, milhares de dialetos e algumas práticas canibais e tiveram, em certos momentos, para acabar com estas práticas, de recorrer à força! Não só em nome de sua unidade religiosa, mas também por impulsos pacificadores, econômicos e outros. Tudo isso aconteceu no começo desta linda Terra de Santa Cruz, que tão bem recebeu os portugueses! Cabral e seus comandados foram tão bem recebidos pelos nativos, a ponto do marinheiro Fernando de Sousa ter sido arrastado à força para o navio, pois não queria seguir viagem para a Índia. Queria ficar...
Realmente essa palavra força é muito pesada e para os menos conhecedores de nossa História-comum pode até soar como um massacre à nossa cultura nativa como tanto gostam de enfatizar os sociólogos das esquinas do pecado da vida! Mas, no caso brasileiro isso não aconteceu, pois os nossos antepassados após o descobrimento, nem sequer se preocuparam muito com a nova Terra, pois estavam mais preocupados com as especiarias da Índia e após rápida parada por aqui seguiram seu destino. Só depois que a pirataria internacional infernizou nosso imenso litoral para saquear nossas riquezas naturais como pau-brasil, etc., etc., corrompendo e matando nossos nativos é que a coroa portuguesa resolveu povoar o Brasil.
Expedições guarda-costas, capitanias hereditárias, que por motivos diversos não deram certo, foram algumas tentativas do coroa portuguesa todas fracassadas.
Só em 1550, quando começa realmente a construção do Brasil lusófilo com a chegada de Tomé de Sousa e seus mil e duzentos homens, entre os quais muitos intelectuais como Nóbrega e mais padres, pedreiros, carpinteiros e demais colonos civis para construirem a primeira capital do Brasil, Salvador, é que toda essa pirataria começa a ser combatida. Embora franceses e holandeses continuassem resistindo principalmente no nordeste, Daí em diante a obra da lusofilia foi se concretizando, o Brasil demarcou suas fronteiras, transformou mais de mil dialetos numa só língua, acabou com o canibalismo nativo e nos deu esta cultura integracionista, humanística e universalista que é a cultura lusófila, que os separatistas xenófilos da mídia, das artes, do esporte, das instituições de ensino, das ordens, dos governos em geral e pasmem das próprias cúpulas das instituições luso-brasileiras, sempre perdidas em faustosos almoços de confraternização tanto combatem e tentam destruir!!!
Sabem porque este separatismo mau e perverso faz isto? Primeiro por interesses econômicos, pois um lusófilo assumido e eu falei assumido, como por ex. o grande Felipe Camarão, que no auge daquelas batalhas, respondeu às promessas de corrupção dos holandeses com a célebre frase, que hoje bem poderia ser repetida por nosso povo e seus representantes maiores! - ÀS TENTATIVAS DE CORRUPÇÃO DE VOSSOS PAPÉIS RESPONDO COM A MORAL DAS BALAS DE MEU CANHÃO...
Estas
palavras ditas a um enviado de Maurício de Nassau, que viera
oferecer-lhe vantagens em troca de abandonar a luta contra os
holandeses, diz bem do caráter deste luso-brasileiro, que chegou mesmo a
responder à Coroa Portuguesa, quando esta tentou convencê-lo de que
seria melhor abandonar a luta, pois, o próprio povo se encarregaria de
expulsá-los... Respondeu então à Coroa, que por um Brasil Católico, não
exitaria em lutar até ao último homem!
Mas, naqueles dois séculos tão distantes, o Brasil lusófilo era um celeiro de patriotas, que mesmo muitas vezes inferior em homens e equipamentos bélicos ao adversário, conseguia manter unida a família luso-brasileira!
Baseado no exemplo de Camarão e outros heróis daqueles dois primeiros séculos distantes, gostaria de fazer um apelo às nossas autoridades, vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, congresso "nacional", instituições de ensino particulares e públicas, cúpula da comunidade luso-brasileira, cúpula da igreja católica e demais igrejas e principalmente à presidente Dilma, que sigam o exemplo de Camarão, de Tomé de Sousa, Nóbrega, Anchieta, Henrique Dias, Araribóia, Jerônino de Albuquerque (O Adão Pernambucano) e tantos outros luso-descendentes daqueles primórdios da formação da família luso brasileira, para que tomam medidas urgentes a fim de que esta nossa cultura-comum não morra e continue sendo passada para nossas gerações futuras para que este país não vire um desses infernos que é o mundo globalizado, aculturado e robotizado de hoje.
Faço este apelo, mas também gostaria de dar algumas sugestões, pois sinto que o separatismo de hoje tem armas mais poderosas e destruidoras do que naqueles primórdios! Então senhora Dilma! Porque não fazer uma reforma educacional desde o primário à universidade, que inclua essa História? Por quê em vez de gastar rios de dinheiro em desfiles militares, poluindo os ares com fumaça de aviões, tanques, caminhões e outros agentes poluidores, a senhora não reduz esses gastos, trazendo delegações culturais e esportivas de Portugal e dos países da PALOP para que, em Brasília, em cadeia nacional e internacional, levar a pujança desta nossa cultura-comum a todas as crianças brasileiras e da PALOP, pois com esses aparatos militares estamos fazendo o jogo separatista desses senhores, que ficam aí ao seu lado, trocando abraços, levando a mão ao peito, olhos lacrimejantes, sorrisos e que sorrisos!!!!!!!! E até como bons artistas hasteando a bandeira verde-amarela, quando no congresso "nacional" só fazem defender os interesses das multinacionais e dos grandes banqueiros, além de não aprovarem seus projetos em proveito de nosso povo!
E tudo isto se torna mais absurdo, quando o governo alega que não tem caixa para antecipar a metade do 13º salário dos aposentados, ou mesmo melhorar-lhes seus proventos, em constante defasagem a partir de suas aposentadorias!
Se a senhora tiver vontade política para atender a este meu apelo, então tente convencer esse congresso em sua maioria separatista a apoiá-la a defender esta nossa cultura-comum responsável maior por esta nossa ainda "Unidade Nacional", aí sim, muito em breve, finalmente, estaremos comemorando nosso verdadeiro 07 de setembro e nosso esquecido 22 de abril!!!
Viva o Brasil!
Viva o 22 de abril!
Viva Portugal!
Viva o 25 de abril!
Viva a Lusofilia!
Morra o separatismo!!!
JPL
Desfile de 7 de Setembro, em Brasília
JPL
CRISTÓVÃO JACQUES - EXPEDIÇÕES GUARDA-COSTAS
Cristóvão Jacques comandou as duas expedições guarda-costas organizadas pela Coroa. A primeira em 1516 e, a segunda, em 1526.
Ambas mostraram-se insuficientes para combater o
contrabando e a constante ameaça de ocupação estrangeira, diante da
vasta extensão do litoral. O historiador brasileiro Capistrano de Abreu
ressaltou outra grande dificuldade: as alianças feitas entre os europeus
e os indígenas. Os Tupinambás se aliavam, com freqüência, aos franceses
e os portugueses tinham ao seu lado os Tupiniquins. E, segundo
Capistrano, "durante anos ficou indeciso se o Brasil ficaria pertencendo
aos Peró (portugueses) ou aos Mair (franceses)."
As Capitanias Hereditárias e a Administração colonial
Mapa das Capitanias Hereditárias
As Capitanias hereditárias foi um
sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D.
João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território
brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para
particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa
Portuguesa).
Este sistema foi criado pelo rei de
Portugal com o objetivo de colonizar o Brasil, evitando assim invasões
estrangeiras. Ganharam o nome de CapitaniasHereditárias, pois eram
transmitidas de pai para filho (de forma hereditária).
Estas pessoas que recebiam a concessão
de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão
colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o
direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).
O sistema não funcionou muito bem.
Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Podemos
citar como motivos do fracasso: a grande extensão territorial para
administrar (e suas obrigações), falta de recursos econômicos e os
constantes ataques indígenas.
O sistema de Capitanias Hereditárias vigorou até o ano de 1759, quando foi extinto pelo Marquês de Pombal.
O GOVERNO-GERAL
a) CRIAÇÃO DO GOVERNO-GERAL
Achava D. João III que as capitanias não progrediam porque faltava uma autoridade a que todos os donatários obedecessem. Foi essa autoridade, nomeada por ele, em 1548, que se chamou governador-geral.
Para a sede do governo-geral, o rei escolheu a Bahia. É que essa
capitania ficava mais ou menos no meio da costa brasileira e o
governador podia, assim, atender às necessidades do norte e do sul da colônia.
Entretanto, como as capitanias eram hereditárias, passando de
pai para filho, nem o próprio rei que as havia criado, tinha poderes
para tomá-las de seus donatários. Por isso D, João III foi
obrigado a comprar a capitania da Bahia ao filho de Francisco Pereira
Coutinho, para nela poder estabelecer a sede do governo-geral.
Para auxiliar Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral do Brasil, o rei nomeou um alcaide-mor, chefe da milícia, um ouvidor geral, que cuidava da justiça, um capitão-mor da Costa, para defender o litoral dos ataques dos estrangeiros, e um provedor-mor da Fazenda, que cuidava das rendas da colônia, como cobrança dos impostos, e das despesas, como pagamento dos funcionários.
b) ADMINISTRAÇÃO DE TOMÉ DE SOUSA - PRIMEIRO GOVERNADOR GERAL DO BRASIL
Tomé de Sousa recebeu do rei grandes poderes: deveria
fundar na baía de Todos os Santos a cidade do Salvador; tratar bem os
índios que se mostrassem amigos dos portugueses, podendo até condenar
à morte os colonos que os escravizassem; deveria ainda nomear
funcionários e conceder sesmarias (grandes extensões de terras) aos que quisessem estabelecer-se com engenhos de açúcar.
Em março de 1549, chegou à baía de Todos os Santos a
esquadra que trazia, além de Tomé de Sousa, o ouvidor-geral da
Justiça Pêro Borges, o provedor-mor da Fazenda Antônio Cardoso de Barros, também donatário da capitania do Ceará, e Vero Góis da Silveira, nomeado
para o cargo de capitão-mor da Costa. Também vinham na
esquadra homens de ofício, carpinteiros, pedreiros, muitos
soldados e colonos, além de vários jesuítas, os primeiros que chegaram ao Brasil, chefiados por Manuel da Nóbrega.
Ajudado pelos índios de Diogo Álvares, o Caramuru, Tomé de Sousa
iniciou a construção da cidade do Salvador, inaugurada alguns meses
depois. O próprio governador-geral, porque era homem simples e
trabalhador, levava em seus ombros as tábuas e outros materiais para a
construção das casas.
Foi muito proveitosa a administração de Tomé de Sousa: desenvolveram-se as plantações e iniciou-se a atividade pastoril, com as primeiras cabeças de gado que o governador-geral mandou vir das ilhas do Cabo Verde. Os jesuítas começaram a catequese dos
índios e, por conselho do Padre Manuel da Nóbrega, criou-se o primeiro
bispado, sendo nomeado, para servir na Bahia, o bispo D. Pero Fernandes Sardinha.
Tomé de Sousa percorreu as capitanias do Sul, pois queria saber
pessoalmente quais as medidas que deveria tomar para que elas
continuassem progredindo: na de São Vicente aprovou a fundação da Vila
de Santos e, ao passar pela baía de Guanabara, ficou entusiasmado
com o lugar e aconselhou ao rei fosse fundada uma povoação para
garantir a defesa desse litoral contra os estrangeiros. Se o seu
conselho fosse seguido por D. João III, os franceses não teriam invadido o Rio de Janeiro em 1555.
Tomé de Sousa ainda se interessou em verificar se havia ouro no Brasil e por isso organizou uma expedição ou entrada, a de Francisco Bruza Espinosa,que partiu para o sertão baiano, já no governo seguinte.
Em 1553, Tomé de Sousa foi substituído por D. Duarte da Costa.
c) SEGUNDO GOVERNADOR-GERAL - DUARTE DA COSTA
Com o segundo governador-geral vieram vários jesuítas, além do noviço José de Anchieta, então com dezenove anos de idade. Também acompanhava o novo governador o seu filho, D. Álvaro da Costa, moço valente mas de maus costumes. Por isso, D. Álvaro foi censurado pelo bispo.
O governador tornou a defesa do filho, o que provocou agitações na
Bahia: muitas pessoas apoiavam o bispo, enquanto outras estavam a favor
de D. Duarte. Com o fim de explicar ao rei o que acontecia no Brasil,
embarcou o bispo para a Europa. Mas o navio em que viajava, Nossa Senhora da Ajuda, naufragou na costa de Alagoas e D. Pêro Fernandes Sardinha foi morto e devorado pelos caetés. Um dos seus companheiros, que também teve & mesmo fim, foi António Cardoso de Barros, donatário da capitania do Ceará.
Ainda no governo de D. Duarte da Costa, em novembro de 1555, os’ franceses ocuparam o Rio de Janeiro; eram chefiados por Nicolau Durand de Villegagnon e contavam com a aliança dos índios tamoios, inimigos dos portugueses.
Em 1554, verificou-se, na capitania de São Vicente, importante acontecimento: foi fundado pelos jesuítas, no planalto de Piratininga, a 25 de janeiro (dia da conversão de São Paulo), o colégio de São Paulo, origem da cidade do mesmo nome.
Dois outros acontecimentos ocorreram no governo de D. Duarte da Costa: em Portugal morreu o rei D. João III e na Bahia, na Vila do Pereira, o Caramuru, que tanto ajudou Tomé de Sousa na fundação da cidade do Salvador.
d) TERCEIRO GOVERNADOR-GERAL - MEM DE SÁ
Mem de Sá
começou a governar em 1558 e fèz boa administração. Quando ele chegou à
Bahia, a capital estava em desordem, provocada pelas brigas entre as
pessoas que tinham apoiado o bispo e as que foram partidárias de D.
Duarte da Costa. Mem de Sá agiu com energia: restabeleceu a ordem, combateu o jogo, então muito praticado, e acabou com uma epidemia de varíola, doença de origem africana e que na capital fazia muitas vítimas.
Aconselhado pelo Padre Manuel da Nóbrega, Mem de Sá reuniu os índios mansos em aldeias ou missões e fèz guerra aos que não queriam aceitar a amizade dos portugueses. Nessas lutas perdeu a vida. seu filho, Fernão de Sá, morto a flechadas quando combatia os selvagens da capitania de São Vicente.
Cena típica do Brasil no século XVIII,
(Detalhe de um desenho de Rugendas).
Mas o maior serviço prestado por Mem de Sá ao Brasil foi a
expulsão dos franceses, que desde o governo de D. Duarte da Costa
ocupavam o Rio de Janeiro.
Em 1560, com uma pequena esquadra e com a ajuda enviada pela
capitania de São Vicente, o governador-geral atacou e destruiu o forte
de Coligny que os franceses haviam fundado na ilha de Sergipe, depois
chamada ilha de Villegagnon. Mas, quando Mem de Sá regressou à Bahia, o
inimigo, que se havia ocultado nas matas do litoral, voltou a ocupar
suas antigas posições.
Em 1565 chegou ao Rio de Janeiro uma esquadra comandada pelo sobrinho do governador, Estado de Sá, que a 1.° de março desse ano iniciou uma povoação entre o Pão de Açúcar e o Cara de Cão. Essa data, 1.° de março de 1565, é a da fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Durante dois anos, de 1565 a 1567, a luta permaneceu indecisa.
Nesse período José de Anchieta, indo à Bahia para tornar-se padre, pois era ainda noviço, transmitiu
ao govemador-geral o pedido de ajuda que lhe fazia o sobrinho. Mem de
Sá partiu então para o Sul, recebeu mais reforços na capitania de São
Vicente e, em janeiro de 1567, juntou suas forças com as de Estácio de
Sá.
Os franceses foram vencidos em dois combates, no de Uruçu-Mirim e no de Paranapecu (depois ilha do Governador), no qual Estácio de Sá foi ferido por flecha, vindo a morrer no mês seguinte.
A 1.° de março de 1567 a cidade de São Sebastião foi transferida pelo govemador-geral para o morro do Castelo ou São Januário, hoje demolido, sendo nomeado para governá-la outro sobrinho de Mem de Sá, Salvador Correia de Sá.
Ainda durante o governo de Mem de Sá verificou-se a pacificação dos tamoios, conseguida
por Nóbrega e Anchieta. Os índios de São Paulo e Rio de Janeiro
ha-viam-se unido para guerrear os portugueses. Dessa aliança, chamada Confederação dos Tamoios, fazia parte Cunhambebe, chefe indígena famoso por sua crueldade.
Depois de vários combates, que não decidiram o fim da luta, esses
dois jesuítas conseguiram a paz por meio de um acordo com os índios.
Nessa ocasião José de Anchieta, só, entre os selvagens da aldeia de Iperoig, escreveu, em latim, na areia da praia, um poema à Virgem Maria.
Voltando para a Bahia, Mem de Sá morreu em Salvador, em 1572, sem
poder realizar seu último desejo, o de voltar para Portugal.
Seu sucessor, D. Luís de Vasconcelos, não chegou ao Brasil, pois morreu na viagem, atacado por corsários franceses.
Também morreram, nessa ocasião, os quarenta jesuítas que acompanhavam o
governador ao Brasil. Esses padres ficaram conhecidos pelo nome de os Quarenta Mártires do Brasil.
e) OS SUCESSORES DE MEM DE SÁ
Em 1573 o Brasil foi dividido cm dois governos: para o Norte, com a capital em Salvador, foi nomeado Luis de Brito c Almeida e para o Sul, com sede no Rio de janeiro, António Salema.
Luís de Brito combateu os índios do rio Real (Sergipe) e fun-,dou a vila de Santa Luzia. Interessado cm descobrir riquezas minerais, mandou ao sertão da Bahia a entrada chefiada por António Dias Adorno.
António Salema fez guerra aos famoios de Cabo Frio porque esses índios eram aliados dos franceses que, nessa região, faziam o contrabando do pau-brasil.
Em 1577 ficou só no poder Luís de Brito, mas, já no ano seguinte, era substituído por Lourenço da Veiga. Governava Lourenço da Veiga quando, em 1580, Portugal e suas colónias passaram para o domínio espanhol.
Em 1640 houve a Restauração: Portugal libertou-se do domínio espanhol. Ainda nesse ano, um governador-geral teve o título de vice-rei do Brasil. Chamava-se D. Jorge de Mascarenhas.
O último governador-geral e vice-rei do Brasil foi o oitavo Conde dos Arcos, que governou até 1S0S. Nesse ano chegou no Brasil o príncipe D. João. que
assumiu o governo. Quando D. João voltou para Portugal, em 1S21, em
lugar de nomear, para o Brasil, um governador-geral, deixou seu próprio
filho, D. Pedro, como príncipe regente.
Raposo Tavares.
O GOVERNO GERAL
a) Criação do governo-geral
Razão da escolha da Bahia para sede do governo-geral: sua posição entre
o Sul e o Norte.
Á compra da Bahia ao filho do donatário: o donatário Francisco Pereira Coutinho fora morto pelos índios. Os auxiliares de Tomé de Sousa: alcaide-mor, chefe da milícia, ouvidor geral
(cuidava da justiça), capitão-mor da Costa (para a defesa do
litoral), e providor-mor da Fazenda (cuidava das rendas da colônia).
b) Administração de Tomé de Sousa
Os poderes de Tomé de Sousa: fundação do Salvador, tratar bem os índios mansos, nomear funcionários e conceder sesmarias. Principais figuras da administração: Pêro Borges
(ouvidor-geral), António Cardoso de Barros (provedor-mor da Fazenda) e
capitão-mor da Costa (Poro Góis da Silveira). Administração de Tomé de Sousa: início da catequese, da atividade pasloril e aprovação da vila de Santos.
c) Segundo governador geral
Acompanhantes de D. Duarte da Costa: José de Anchieta e D. Álvaro da Costa Acontecimentos do governo de D. Duarte da Costa: morte do bispo, ocupação
do Rio de janeiro pelos franceses, fundação do Colégio de São Paulo (25 de
janeiro de 1554), morte de D. João III e de Caramuru.
d) Terceiro governador-geral
Ação de Mem de Sá na Bahia: combate ao jogo, à epidemia da varíola e organização das aldeias ou missões de índios mansos. Mem de Sá no Rio de Janeiro (1560): vitória contra os franceses e destruirão do forte de Coligny. Estácio de Sá no Rio de Janeiro (1565-1567): fundação da
cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1.° de março de 1565),
vitória dos portugueses em Uruçu-Mirim e Paranapecu, morte de Estácio de
Sá e transferência da cidade (1.° de março de 1567).
A Confederação dos Tamoios: pacificada por Nóbrega e Anchieta. O sucessor de Mem de Sá: D. Luís de Vasconcelos, morto, juntamente com os Quarenta Mártires do Brasil, pelos corsários.
e) Os sucessores de Mem de Sá
Divisão do Brasil em dois governos: Norte (capital Salvador) com Luís de Brito o Almeida e Sul (capital Rio de Janeiro) com António Salema.
Lourenço da Veiga, sucessor de Luís de Brito: passagem do Brasil para o domínio espanhol (1580). Primeiro vice-rei do Brasil: D. Jorge de Mascarenhas (1640). Último governador-geral e vice-rei do Brasil: oitavo Conde dos Arcos, até 1808.
QUESTIONÁRIO – Perguntas sobre o governo-geral
Por que D. João III criou o governo-geral?
Por que o rei escolheu a Bahia para sede do governo-geral?
Quais eram os cargos criados com o de governador-geral?
Quais foram os auxiliares de Tomé de Sousa?
Que fez Tomé de Sousa?
Como foi o conflito entre D. Duarte da Costa e o bispo?
Qual a origem da cidade de São Paulo?
Quais as pessoas importantes que morreram no governo de D. Duarte da Costa?
Que fez Mem de Sá quando chegou à Bahia?
Como agiu Mem de Sá no Rio de Janeiro, em 1560?
Quando foi fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro?
Como foram vencidos os franceses no Rio de Janeiro?
Quem foi D. Luís de Vasconcelos?
Quem foi Lourenço da Veiga?
Como terminou o regime do governo-geral?
Antônio José BORGES HERMIDA – compêndio de História do Brasil (1963)