Resposta do presidente catalão determinará futuras decisões governo espanhol, que pode restringir autonomia da região.
Esse questionamento é um requisito formal para que alguma medida seja
tomada sob o artigo 155 da Constituição, que pode suspender a autonomia
da região.
Declaração confusa
Na terça-feira (10), o presidente regional da Catalunha, Carles
Puigdemont, anunciou no parlamento o resultado do refendo em que aprovou
o "sim" à independência catalã - aprovada por 90% dos votantes. Para o
líder catalão, com esse resultado, a região ganhou o "direito de ser
independente, a ser ouvida e a ser respeitada", mas propôs a abertura de um processo de diálogo com Madri.
Porém, após a declaração, foi assinado um documento que proclamava a
"República Catalã" - classificado nesta quarta como apenas como ato
simbólico pelo governo catalão.
O pronunciamento frustrou os independentistas que esparavam a
declaração unilateral clara da separação e não deixou evidente a posição
do governo catalão, o que gera dúvidas sobre o futuro da relação da
região autônoma com a Espanha.
VEJA AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE A INDEPENDÊNCIA DA CATALUNHA
Governo espanhol
Após o pronunciamento no parlamento catalão, o governo espanhol
convocou uma reunião de emergência com os ministros para discutir os
próximos passos na crise do governo central com a região da Catalunha.
Fontes do governo da Espanha ouvidas pela agência Efe classificaram
como inadmissível "fazer uma declaração implícita de independência para
depois deixá-la suspensa de maneira explícita".
Em 1º de outubro, a Catalunha realizou um referendo pela independência,
que teve comparecimento de apenas 43%, dos quais mais de 90% afirmaram
que querem a separação do país e a formação de uma república. Desde o
princípio, a votação foi considerada ilegal pelo governo de Madri, que
enviou as forças de segurança para reprimir a votação. O confronto entre
independentistas e forças de segurança terminou com mais de 800
feridos.
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