Caramurú

Caramuru

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Aventureiro português e patriarca da Bahia (1475?-1557). Entra para a história por passar a vida entre os índios e facilitar o contato deles com os primeiros administradores e missionários portugueses.
Diogo Álvares Correia (1475?-1557) é apelidado de Caramuru pelos tupinambás. Pouco se sabe sobre os primeiros anos de sua vida. O tempo em que passou em terras brasileiras é repleto de lendas. É encontrado entre os tupinambás na Baía de Todos os Santos, em 1531, pela expedição de Martim Afonso de Souza. Segundo relato da época, havia 22 anos que vivia entre os índios. Calcula-se que tenha nascido em Viana do Castelo e naufragado em costas brasileiras, junto com uma nau portuguesa, em 1509. Oito companheiros que com ele alcançam as praias são devorados pelos tupinambás. Há várias versões para explicar por que Caramuru é poupado. Uma delas diz que ele teria imposto respeito aos índios ao disparar uma arma de fogo, daí o novo nome, que significaria homem do fogo, filho do trovão. Outra versão afirma apenas que ele era magro demais e não teria apetecido aos canibais. Nesse caso, Caramuru seria o nome indígena para o peixe moréia. De qualquer modo, ganha a confiança da tribo e casa-se com a índia Paraguaçu. Caramuru morre em Salvador em 1557 e Paraguaçu vive mais 26 anos. O casal deixa quatro filhas que, casadas com colonos portugueses, dão origem a algumas das mais tradicionais famílias baianas, como os Moniz, os da Torre e os Garcia d'Ávila.



Estátua de Caramurú e sua esposa Paraguassú
no centro de Viana do Castelo
POEMA ÉPICO DO DESCOBRIMENTO DA BAHIA
 
- O Autor: [Frei José Santa Rita Durão]

Frei José Santa Rita Durão nasceu em Minas, em 1722, e morreu em Portugal, em 1784. Lecionou na Universidade de Coimbra, após a reforma pombalina.

É autor do poema épico 'Caramuru' que tem como assunto a história da Bahia e o retrato do desenvolvimento do Brasil nos primeiros momentos de vida. O herói é Diogo Álvares Correia, o Caramuru. A seu lado,aparecem alguns personagens indígenas, como Gupeva, Sergipe, Jararaca, Moema e Paraguaçu.

A composição é de caráter informativo, constituindo-se num verdadeiro registro histórico através dos usos, costumes, crenças e temperamento dos selvagens brasileiros, que aparecem na exótica paisagem da natureza tropical.

II- Obra:

Caramuru - Poema Épico do Descobrimento da Bahia é composto de dez cantos e, de acordo com o gênero, divide-se em cinco partes: proposição, invocação, dedicação, narração e epílogo.

Canto I

Na primeira estrofe, o poeta introduz a terra a ser cantada e o herói - Filho do Trovão -, propondo narrar seus feitos [proposição]. Na estrofe seguinte, pede a Deus que o auxilie na realização do intento [invocação], e da terceira à oitava estrofes, dedica o poema a D. José I, pedindo atenção para o Brasil, principalmente a seus habitantes primitivos, dignos e capazes de serem integrados à civilização cristã. Se isso for feito, prevê Portugal renascendo no Brasil.

Da nona estrofe em diante, tem-se a narração. A caminho do Brasil, o navio de Diogo Álvares Correia naufraga. Ele e mais sete companheiros conseguem se salvar. Na praia, são acolhidos pelos nativos que ficam temerosos e desconfiados. Os náufragos, por sua vez, também temem aquelas criaturas antropófagas, vermelhas que, sem pudor, andam nuas. Assim que um dos marinheiros morre, retalham-no e comem-lhe, cruas mesmo, todas as partes.

Sem saber o futuro, os sete são presos em uma gruta, perto do mar, e, para que engordem, são bem alimentados. Notando que os índios nada sabem de armas, Diogo, durante os passeios na praia, retira, do barco destroçado, toda pólvora e munições, guardando-as na gruta. Desde então, como vagaroso enfermo, passa a se utilizar de uma espingarda como cajado.

Para entreter os amigos, Fernando, um dos náufragos, ao som da cítara, canta a lenda de uma estátua profética que, no ponto mais alto da ilha açoriana, aponta para o Brasil, indicando a futuros missionários o caminho a seguir.Um dia, excetuando-se Diogo, que ainda estava enfermo e fraco, os outros seis são encaminhados para os fossos em brasa. Todavia, quando iam matar os náufragos, a tribo do Tupinambá Gupeva é ferozmente atacada por Sergipe. Após sangrenta luta, muitos morrem ou fogem; outros se rendem ao vencedor que liberta os pobres homens que desaparecem, no meio da mata, sem deixar rastro.

Canto II




 

Enquanto a luta se desenvolve, Diogo, magro e enfermo para a gula dos canibais, veste a armadura e, munido de fuzil e pólvora, sai para ajudar os seis companheiros que serão comidos. Na fuga, muitos índios buscam esconderijo na gruta, inclusive Gupeva que, ao se deparar com o lusitano, saindo daquele jeito, cai prostrado, tremendo; os que o seguiam fazem o mesmo; todos acham que o demônio habita o fantasma-armadura.

Álvares Correia, que já conhecia um pouco a língua dos índios, espera amansá-los com horror e arte. Levantando a viseira, convida Gupeva a tocar a armadura e o capacete. Observa, amigavelmente, que tudo aquilo o protege, afastando o inimigo, desde que não se coma carne humana. Ainda aterrorizado, o chefe indígena segue-o para dentro da gruta, onde Diogo acende a candeia, levando-o a crer que o náufrago tem poder nas mãos.

Sob a luz, vê, sem interesse, tudo que o branco retirara da nau. Aqui, o poeta, louva a ausência de cobiça dessa gente. Entre os objetos guardados pelos náufragos, Gupeva encanta-se com a beleza da virgem em uma gravura.Tão bela assim não seria a esposa de Tupã? Ou a mãe de Tupã? Nesse momento, encantado pela intuição do bárbaro, Diogo o catequiza, ganhando-lhe, assim a dedicação.

Saindo da gruta, o índio, agora manso e diferente, fala a seu povo Tupinambá, ao redor da gruta. Conta-lhes sobre o feito do emboaba, Diogo, e que Tupã o mandara para protegê-los. Para banquetear o amigo, saem para caçar. Durante o trajeto, Álvares Correia usa a espingarda, aterrorizando a todos que exclamam e gritam: Tupã Caramuru! Desde esse dia, o herói passa a ser o respeitado Caramuru - Filho do Trovão. Querendo terror e não culto, Diogo afirma-lhes que, como eles, é filho de Tupã e a este, também, se humilha. Mas que como filho do trovão, [dispara outro tiro] queimará aquele que negar obediência ao grande Gupeva.

Nas estrofes seguintes, o poeta descreve os costumes da selva. Caramuru instala-se na aldeia, onde imensas cabanas abrigam muitas famílias, que vivem em harmonia. Muitos índios querem vê-lo, tocá-lo. Outros, em sinal de hospitalidade, despem-no e colocam-no sobre a rede, deixando-o tranquilo. Paraguaçu é uma índia, de pele branca e traços finos e suaves. Apesar de não amar Gupeva, está na tribo por ter-lhe sido prometida. Como sabe a língua portuguesa, Diogo quer vê-la. Após o encontro os dois estão apaixonados.

Canto III

À noite, Gupeva e Diogo conversam sob a tradução feita por Paraguaçu. O lusitano fica pasmo ao saber que, para o chefe da tribo, existe um princípio eterno; há alguém, Tupã, ser possante que rege o mundo; aquele que vence o nada, criando o universo. O espírito de Deus, de alguma maneira, comunica-se com essa gente.

Gupeva eloquente fala acerca da concepção dos selvagens sobre o tempo, o Céu, o Inferno. Abordam a lenda da pregação de S. Tomé em terras americanas. Concluindo a conversa, o cacique diz que estão para ser atacados pelos inimigos; Caramuru aconselha-o a ter calma. De repente, chegam os ferozes índios Caetés que, ao primeiro estrondo do mosquete, batem em retirada, correndo, caindo; achando, enfim, que o céu todo lhes cai em cima.

Canto IV



O temido invasor noturno é o Caeté, Jararaca, que ama Paraguaçu perdidamente. Ao saber que ela esta destinada a Gupeva, declara guerra. Após o ataque estrondoso do Filho do Trovão, Jararaca convoca outras nações indígenas com as quais tinha aliança: Ovecates, Pitiguares, Carijós, Agirapirangas, Itatis. Conta-lhes que Gupeva prostrou-se aos pés de um emboaba pelo pouco fogo que acendera, oferecendo-lhe até a própria noiva. O cacique alerta-os que se todos agirem assim, correm o risco de serem desterrados e escravizados em sua própria terra, enchendo de emboabas a Bahia. Apela para a coragem dos nativos, dizendo que apesar do raio do Caramuru ser verdadeiro, ele nada teme, porque não vem de Deus. Não há forças fabricadas que a eles destruam. A guerra tem início e Paraguaçu também luta heroicamente e, num momento de perigo, é salva pelo amado lusitano.

Canto V

Depois da batalha, os amantes discorrem sobre o mal que habita o ser humano e qual a razão de Deus para permiti-lo. Em seguida, em Itaparica, o herói faz com que todos os índios se submetam ao catolicismo.


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 Elevador Lacerda-Salvador-BA

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Igreja Sr.do Bomfim-Salvador-BA  

 

Matéria em construção...

ANTÔNIO VIVALDI







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Antonio Vivaldi Compositor Antonio Lucio Vivaldi foi um grande compositor e músico italiano do estilo barroco tardio. Tinha a alcunha de il Prete Rosso por ser um sacerdote católico de cabelos ruivos. Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. Wikipédia Nascimento: 4 de março de 1678, Veneza, Itália Falecimento: 28 de julho de 1741, Viena, Áustria Nacionalidade: Italiano Irmãos: Francesco Gaetano Vivaldi, Cecilia Maria Vivaldi, mais Filiação: Camilla Calicchio, Giovanni Battista Vivaldi

FOLCLORE ALENTEJANO

FOLCLORE BRASLEIRO

FOLCLORE BRASILEIRO

FOLCLORE DA NICARÁGUA

FOLCLORE ITALIANO




Polenta com frango

Ingredientes

  • 500 g de fubá branco
  • Sal
  • 1 1/2 col sopa de manteiga
  • 4 dentes de alho amassados
  • 3 colher sopa óleo
  • Bacon picado a gosto
  • 1/2 xícara de cheiro verde picado
  • Paro o molho
  • 1 peito de frango grande cozido e desfiado
  • Cebola
  • Alho
  • Molho de tomate
  • Pimenta
  • Alecrim seco
  • Óleo
  • Água (suficiente para não deixar o molhor muito ralo)
  • Queijo muzarela ralado a gosto

Modo de Preparo

  1. Cozinhe a polenta conforme instrução no pacote
  2. Dica: Quanto maior o tempo de cozimento melhor a polenta ficará
  3. enquanto a polenta cozinha prepare o molho de frango
  4. Em uma panela frite a cebola e o alho, acrescente o frango desfiado o molho de tomate, água, sal, pimenta e o alecrim, cozinhe por 15 minutos
  5. O molho não pode ficar muito encorpado
  6. Em uma frigideira a parte frite o bacon e o alho (reserve)
  7. Quanto a polenta estiver pronta coloque a manteiga, o bancon frito com o alho e o cheiro verde picado, misture bem
  8. Em uma travessa grande e untada monte a polenta da seguinte maneira:
  9. polenta, molho, queijo, polenta, molho, queijo, terminando a montagem com o queijo
  10. Leve ao forno para gratinar por 5 minutos e sirva bem quente
  11. Sirva com um bom vinho e bom apetite

FOLCLORE DA VENEZUELA

ENTENDA A GUERRA NA SÍRIA

IGOR FUSER: O CINISMO E A IGNORÂNCIA DE UM BLOGUEIRO DA “VEJA”


março 11, 2015 23:19
Amigos Estamos começando uma serie de vídeos no youtube para mostrar a História do Brasil que poucos conhecem. A serie começa explicando o que é o Separatismo!
Conto com a ajuda de todos para o sucesso deste trabalho!
Se gostarem deixe um gostei no vídeo, se inscreva no nosso canal e receba sempre novos vídeos que logo estaram no youtube.
Agradeço a todos!

Descobrimento do Brasil - Portugal a caminho do mar (1/4)




 O que é o Separatismo parte 1:



 O que é o Separatismo parte 2:



... E ASSIM NASCEU SÃO VICENTE

São Vicente (São Paulo)

Primeiro município brasileiro
 
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de São Vicente
"A Primeira Vila Brasileira"
"Cellula-Mater da Nacionalidade"
"Berço da Democracia nas Américas"
Vista parcial da cidade.

Vista parcial da cidade.
Bandeira de São Vicente
Brasão de São Vicente
Bandeira Brasão

Fundação 22 de janeiro de 1532 (483 anos)
Gentílico vicentino ou calunga
Lema CELLVLA MATER
(traduzido do latim, significa: "Célula-mãe")
CEP 11300-000 até 11399-999
Prefeito(a) Luis Cláudio Bili Lins da Silva (Bili) (PP)
(2013–2016)
Localização
Localização de São Vicente
Localização de São Vicente em São Paulo
São Vicente está localizado em: Brasil
São Vicente
Localização de São Vicente no Brasil
23° 57' 46" S 46° 23' 31" O
Unidade federativa  São Paulo
Mesorregião Metropolitana de São Paulo IBGE/2008
Microrregião Santos IBGE/2008
Região metropolitana Baixada Santista
Municípios limítrofes Norte: São Paulo, São Bernardo do Campo, Cubatão;
Leste: Santos e
Sudoeste: Itanhaém, Praia Grande e Mongaguá.
Distância até a capital 70 km
Características geográficas
Área 148,424 km² 
População 353 040 hab. (SP:19º) –  estatísticas IBGE/2014
Densidade 2 378,59 hab./km²
Altitude 6 m
Clima subtropical Cfa
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,768 alto PNUD/2010
PIB R$ 2 458 746,691 mil IBGE/2008
PIB per capita R$ 7 484,27 IBGE/2008
Página oficial
Prefeitura Prefeitura Municipal de São Vicente
Fundação de São Vicente,
por Benedito Calixto
Ponte pênsil
São Vicente
Vista do alto do monumento dos 500 anos
São Vicente é um município da Microrregião de Santos, na Região Metropolitana da Baixada Santista, no estado de São Paulo, no Brasil. A sua população estimada pelo IBGE para 1° de Julho de 2014, era de 353 040 habitantes. A sua área é de 148,424 km², o que resulta numa densidade demográfica de 2 378,59 habitantes por quilômetro quadrado.
Foi a primeira vila fundada pelos portugueses na América, em 1532. Nesse mesmo ano, a 22 de agosto, ocorreu a primeira eleição da América, em que foram escolhidos os primeiros oficiais da Câmara, atualmente equivalente ao cargo de vereador . Hoje, a cidade, situada na metade ocidental da Ilha de São Vicente, que compartilha com Santos, baseia a sua economia no comércio e turismo.

De Santos, SP
Para São Vicente - SP
De: Santos, SP Para: São Vicente - SP
21 min (7,8 km) via Av. Pres. Wilson
 
Parte do município se estende pelo continente, em duas porções distintas: o bairro de Japuí, ligado à cidade por uma ponte construída em 1914 pelo engenheiro Saturnino de Brito no caminho que ruma à Praia Grande, e ao distrito de Samaritá, que inclui também os bairros do Jardim Humaitá, Parque Continental, Parque das Bandeiras, Jardim Rio Branco, Samaritá, Vila Ema e o Quarentenário, situados ao longo da rodovia Padre Manuel da Nóbrega, entre Cubatão, Praia Grande e os contrafortes da Serra do Mar.




História

Por volta do ano 1000, índios tupis procedentes da Amazônia conquistaram a região atualmente ocupada por São Vicente, expulsando, para o interior, os seus habitantes anteriores (os chamados tapuias) . Quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou ao Brasil, em 22 de janeiro de 1502, deu, à ilha, o nome de São Vicente, em homenagem a Vicente de Saragoça, um dos padroeiros de Portugal. O local, no entanto, já era conhecido pelos índios tupiniquins que a habitavam como ilha de Gohayó .
Outro fidalgo português, Martim Afonso de Sousa, nomeado pelo rei de Portugal dom João III donatário de duas capitanias hereditárias que incluíam a ilha, foi enviado pela coroa portuguesa para explorar a nova colônia e colocar marcos territoriais no litoral atlântico e no Rio da Prata. Fundou, então, a vila de São Vicente em 22 de janeiro de 1532, não sem oposição dos nativos locais. "Sustentou, por espaço de três anos, contínuas guerras com os bárbaros índios carijós, guaianases e tamoios, que os conquistou apesar da oposição que neles achou, sendo-lhe necessário valer de todo o seu esforço contra a contumácia com que lhe resistiu; porque, na posse da liberdade natural, reputavam em menos as vidas que a sujeição do poder estranho; mas, vencidos em vários encontros, cedeu a rebeldia para que, com maior merecimento e glória, fundasse Martim Afonso a vila de S. Vicente" .
Martim Afonso instalou, então, em sua nova vila, os símbolos do poder organizado, construindo um pelourinho, uma igreja e uma câmara e realizando, em 22 de agosto de 1532, as primeiras eleições em todo o continente americano. Como atividade econômica da nova vila, começou a cultura da cana-de-açúcar e a instalação de engenhos para a manufatura do açúcar, principal produto do período colonial. Mas a implantação deste esquema exigiu atividades complementares, consideradas secundárias, porém fundamentais para a produção açucareira. Estas eram a pecuária e a agricultura de subsistência. As primeiras cabeças de gado a chegarem ao Brasil vieram do arquipélago de Cabo Verde, em 1534, para a capitania de São Vicente.





Guerra de Iguape

Esta batalha ocorreu entre os anos de 1534 e 1536, na região de São Vicente. Em virtude de uma interpretação particular do Tratado de Tordesilhas, alguns espanhóis, liderados por Ruy Garcia de Moschera, instalaram-se nos arredores da província vicentina. Aliados aos índios carijós, fundaram uma vila (a I-Caa-Para) e venceram algumas batalhas contra corsários franceses. Quando as forças de defesa luso-brasileiras enfrentaram o contingente espanhol, foram prontamente derrotadas. Em contrapartida, Garcia de Moschera e seus seguidores embarcaram no navio francês e atacaram a vila de São Vicente, que saquearam e incendiaram, levando inclusive o Livro do Tombo, deixando-a praticamente destruída, matando dois terços dos seus habitantes. No entanto, em virtude das incursões sistemáticas das forças luso-brasileiras (que arregimentaram outros índios rivais, "de serra acima", cf. Donato, p. 89), os espanhóis foram forçados a se retirarem: primeiro, para a Ilha de Santa Catarina e, depois, para Buenos Aires. Barreto (1958) menciona o episódio do saque de São Vicente por Moschera, porém datando-o de 1537 (op. cit., p. 258).

Símbolos municipais

Jorge Bierrenbach Senra, ex-prefeito deste município, através da Lei nº 1684 de 22 de março de 1976, instituiu o brasão de armas e a bandeira municipal de São Vicente.
O brasão de armas, de autoria de Lauro Ribeiro Escobar, assim se descreve: escudo baleado, de prata, com um leão rompante de púrpura e bordadura de goles, carregada de oito cruzes páteas de ouro; o escudo é encimado por coroa moral de prata, de oito torres, suas portas abertas de goles tem como suportes, hastes de cana-de-açúcar natural, listel de goles (vermelho) com a divisa "Cellular Mater" em letras de ouro.
Já a bandeira de São Vicente é retangular, de branco, com um leão rompante de púrpura e bordadura de vermelho, carregada de oito cruzes páteas em amarelo.

Geografia

Praias

Sem dúvida o grande atrativo da cidade para os visitantes são as praias. A cidade possui cinco praias:
  • Praia do Itararé
  • Praia dos Milionários
  • Praia de São Vicente (mais conhecida como praia do Gonzaguinha)
  • Praia de Paranapuã
  • Praia de Itaquitanduva

Hidrografia

Entre os acidentes físicos hidrográficos destacam-se no município: a Baía de São Vicente; a Baía de Santos; o Mar Pequeno; os rios: Bugres, Piassubuçú, Branco, Cacheta, Emídio, Cruz, Cobras, Cubatão, Cubatão de Baixo, Cubatão de Cima, Pilões, Branco de Cima, Acarau de Baixo, Acarau de Cima, Tapuá, Santana, Guaramar e Pompeba; os córregos: Divisa e Mãe Maria, o Ribeirão Cagecas, a Cachoeira de Itu e o Canal Barreiros.

Clima

Uma das características da região é a alta taxa de umidade relativa durante todo o ano, sempre superior a oitenta por cento. Essa taxa tão elevada resulta de intensa evaporação e das constantes inversões de massa de ar de origem polar associado ao relevo escarpado. As temperaturas médias durante o verão são em torno de 24 graus centígrados; no inverno, em torno dos dezessete graus centígrados.
 Dados climatológicos para São Vicente 
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 28,2 28,8 28 26,1 24,6 23 22,6 22,5 23,6 24,9 26,1 27 25,4
Temperatura média (°C) 25,1 25,4 24,3 22,2 20,4 18,8 18,8 19,3 20,3 21,7 22,8 23,5 21,9
Temperatura mínima média (°C) 22,1 22 20,7 18,4 16,2 14,7 15 16,2 17,1 18,5 19,6 20,1 18,4
Precipitação (mm) 324 318 317 229 160 110 103 101 150 231 222 286 2 551
Fonte: Climate-Data.

Vias de Ligação

A região da Baixada Santista é ligada à Grande São Paulo por rodovia através do Sistema Anchieta – Imigrantes. A Rodovia dos Imigrantes atinge o Município, cruzando a área da ilha urbana e seguindo em direção à Praia Grande pela transposição do Canal dos Barreiros através da Ponte do Mar Pequeno. Em direção ao Litoral Sul, partindo da Rodovia dos Imigrantes, tem-se a Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, que corta toda a porção Continental do Município entre Serra do Mar e a planície de Samaritá. O Município é cortado de leste a oeste na ilha e na parte continental pelas linhas da América Latina Logística - ALL (antiga malha da Ferrovia Paulista - FEPASA), que em direção a oeste, interliga São Vicente com Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe; em direção a leste com Santos e em direção ao norte, chega ao Planalto Paulistano, ao sul da Grande São Paulo, em Embu-Guaçu.

Rodovias

  • SP-55 - Rodovia Padre Manoel da Nóbrega
  • SP-160 - Rodovia dos Imigrantes

Demografia

São Vicente.
O Território do Município de São Vicente integra a complexa planície sedimentar da Baixada Santista, formada pelas planícies de Praia Grande e Bertioga. Estas planícies apresentam morros isolados na ilha de São Vicente (Santos/São Vicente) e de Santo Amaro (Guarujá), sendo delimitada pela linha de costa, e em sua porção interior, pelas cristas da escarpa da Serra do Mar.


Religião

O município pertence à Diocese de Santos.
O município pertence aos Presbitérios de Santos e São Vicente (Para as igrejas protestantes presbiterianas, um conjunto de igrejas forma um presbitério, um conjunto de presbitérios forma um sínodo e por fim o conjunto dos sínodos o concilio, sendo o Supremo concilio a presidência da igreja no Brasil. No caso do município de São Vicente a igreja Matriz mais as igrejas de Santos, Guarujá, Cubatão e Bertioga formam o Presbitério de Santos enquanto as outras igrejas do município mais as de Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe formam o Presbitério de São Vicente).

Administração

  • Prefeito: Luiz Cláudio Bili (PP) (2012/2016)
  • Vice-prefeito: João da Silva
  • Presidente da câmara: Fernando Bispo (PROS) (2012/2016)

Comércio e serviços

O centro de São Vicente (arredores das praças 22 de Janeiro, Coronel Lopes e Barão do Rio Branco) é um ponto de comércio que têm se desenvolvido em relação a outros pontos da região metropolitana desde meados da década de 2000, deixando de ser predominantemente utilizado por pessoas de baixa renda a partir de obras de revitalização central e políticas de atração com investimentos privados, como a instalação de shopping center em 2007, que impulsionou hipermercados, trouxe grandes redes de lojas, cinemas e restaurantes, explorando finalmente seu potencial estagnado das décadas anteriores.
Tal área privilegia-se de localização centralizada, pois atende tanto à demanda dos munícipes situados na área insular, quanto da área continental através da Ponte dos Barreiros como, ainda, de quem desce a serra para acessar ao município de Santos na parte da zona noroeste e de outro às praias e proximidades na zona leste ou, por fim, como acesso ao município de Praia Grande pela esplendorosa Ponte Pênsil. Por isso, atentou-se em identificar nas vias denominadas como linhas amarela e vermelha, para integrar o trânsito que aproxima-se à região entre o Centro e os bairros do Itararé e Gonzaguinha.

Cultura e turismo

Marco Padrão em São Vicente.
São Vicente não guardou muitos vestígios de sua história antiga, embora existam testemunhos valiosos. A cidade hoje é eminentemente turística, e desenvolveu-se muito no século XX devido ao turismo de veraneio, mas tem por base a sua condição histórica antiga com títulos de Cidade Monumento da História Pátria, ou de Cellula Mater da Nacionalidade. Embora a rede hoteleira seja restrita, os veranistas em geral alugam imóveis mobiliados para a temporada. Por ser um balneário antigo, a cidade possui infraestrutura consolidada, especialmente com bares, restaurantes e clubes.
Na semana de aniversário da cidade, ocorrida na data de 22 de janeiro, é realizado o evento que reúne artistas e população, utilizando-se de um grande palco ao ar livre onde se dá a Encenação da vila de São Vicente e se reafirma sua condição histórica.



Pontos turísticos

Praça 22 de Janeiro

O local antigamente conhecido como Largo da Fonte passou a ser chamado por Largo Treze de Maio com a abolição da escravatura em 1888 e, a partir de 1918, passou a ser como uma praça que leva a data da fundação da vila em sua denominação. Nela, podem ser vistos o Relógio do Sol, e as estátuas de Benedito Calixto e do Soldado Pérsio de Queiroz Filho.

Praça João Pessoa

Paróquia São Vicente Mártir
O local antigamente denominado por Largo Santo Antônio abrigava a Casa da Câmara e a Cadeia, foi construído em 1729 e em 1925 foi demolido. Atualmente, abriga o Mercado Municipal, inaugurado em 1929, onde era o centro de abastecimento local. Hoje, abriga algumas lojas em prédio histórico e a atual Igreja Matriz, que teve a sua primeira construção próxima à praia concluída em 1532 e destruída por maremoto dez anos depois, reconstruída pelo povo já na praça, em 1559, e atacada pelos piratas Thomas Cavendish em 1590 e Joris Van Spilbergen em 1615. A terceira reconstrução ocorreu em 1757 a partir das bases da segunda e permanece até hoje, tendo sofrido incêndio no ano de 2000 que revelou algumas características da antiga igreja que passam por restauração até a atualidade.
Biquinha
Biquinha de São Vicente.
No início da colonização brasileira, o Padre José de Anchieta contribuiu na catequização dos índios e na harmonização do povoado através do colégio vicentino e ministrou suas aulas de catecismo junto à denominada Bica da Fonte do Povoado que, atualmente, é fonte histórica denominada afetivamente como "Biquinha".

Ponte Pênsil

Ponte Pênsil de São Vicente,
por Benedito Calixto.
A Ponte Pênsil foi construída em 1914 e projetada pelo Engenheiro Saturnino de Brito que, na época, fez aplicação de tecnologia alemã de escoamento de esgoto para a Ponte de Itaipu, e hoje liga a ilha de São Vicente ao continente para o acesso ao município de Praia Grande e é também uma das principais atrações turísticas da cidade pela sua beleza.

Praça Kotoku Iha

Desde 1998, a localidade conhecida pelos pescadores passou a abrigar um recanto japonês, simbolizando a união da cidade de São Vicente com a de Naha, situada na Província de Okinawa, no Japão, abrigando a construção de um portal e a pedra da sorte à denominada Rua Japão.

Casa Martim Afonso

Em 1895 foi erguido um casarão por Rafael Tobias de Aguiar, conhecido como o II Barão de Piracicaba, que possui nos fundos a mais antiga construção de alvenaria do Brasil, datada da primeira década do século XVI, construída por Cosme Fernandes, o Bacharel de Cananéia, que passou a ser denominada Martim Afonso de Sousa em 1932.


Marco Padrão

Em memória à colônia portuguesa, surgiu à região o Marco Padrão, construído em 1932 sobre uma pequena ilha denominada Pedra do Mato, que apresenta escudos representativos de Portugal Quinhentista, Ordem de Cristo, atual pátria brasileira e de Martim Afonso de Sousa. Ao atravessar a plataforma de pesca e lazer e apreciar-se a vista de toda a Baía de São Vicente, chega-se ao acesso para a Ponte Pênsil.

Parque da Prainha

Em 22 de janeiro de 1502 o navegador Gaspar Lemos, comandado pelo Bacharel Cosme Fernandes, junto a um grupo de degredados construiu o Porto das Naus, localizado na área continental e batizou a ilha do lado oposto como "Ilha de São Vicente". Funcionou como estaleiro e comércio. Em 1532, Martim Afonso o transformou como trapiche alfandegário. Já em 1580 abrigou um engenho de cana de açúcar por Jerônimo Leitão. Já Pero Correa incluiu a Capela de Nossa Senhora das Naus. As instalações foram posteriormente destruídas em um ataque corsário holandês de 1615 por Joris Van Spilbergen.

Morro da Asa Delta

Local explorado para a prática do voo livre, tem seu acesso a partir do Morro José Menino na divisa com Santos e permite a visão dessas cidades, além de Guarujá, Praia Grande e até Cubatão.

Ilha Porchat

Ilha Porchat

Local frequentado para diversão noturna e altamente explorado em época de veraneio, abriga o Monumento dos 500 Anos do Brasil, projetado por Oscar Niemeyer e localizado no pico da ilha, de onde é possível se obter uma ótima vista da cidade.

 

 Casa do Barão

Casarão térreo com reserva ecológica de 6.500m2 construído em 1925 com tijolos, cobertura em telhas francesas, porão e uma grande varanda apoiada em colunas duplas. Serviu de residência ao Barão Kurt Von Pritzelwitz, gerente da firma exportadora de café Theodor Wille & Cia. Em 1946, o imóvel passou a sediar o Instituto São Vicente, e em 1972 o Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, que expõe seu acervo aos visitantes. O casarão conta também com a Biblioteca Municipal em suas dependências. Foi tombado como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT em 1988.

Estância balneária

São Vicente.
São Vicente é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo estado, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.



Cidades-irmãs

A cidade de São Vicente tem dez cidades em seis países diferentes que são consideradas suas irmãs. São elas:
  • Santarém, Belmonte e Ansião ,  Portugal;
  • Naha,  Japão;
  • Corrientes e Resistência,  Argentina;
  • Havana e Holguín,  Cuba e
  • Assunção, Paraguai;
  • Zacatecas (cidade),  México.

Filhos ilustres

Artes

  • Ivani Ribeiro - autora de telenovelas
  • Max Fercondini - ator e apresentador
  • José Miguel Wisnik - músico e compositor

Esportes

  • Felipe Garcia dos Prazeres - futebolista (goleiro)
  • Jefferson de Oliveira Galvão - futebolista (goleiro)
  • Robson de Souza - futebolista (atacante)
  • Wlamir Marques - basquetebolista (ala)

Moda

  • Fernando Pires - estilista

Política

  • Esmeraldo Tarquínio - vereador, deputado estadual e prefeito

Religião

  • Frei Gaspar da Madre de Deus - religioso e historiador
  • Beato André de Soveral - religioso (mártir)

Referências



  • Editores do VOLP (2009). Busca no vocabulário Academia Brasileira de Letras. Visitado em 29/04/2013.

    1. Site oficial da Prefeitura.

    Bibliografia

    • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
    • BUENO, Eduardo. Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. 288 p. il. ISBN 8573022523
    • DONATO, Hernâni. Dicionário das batalhas brasileiras. São Paulo: Ibrasa, 1987.
    • Luz Soriano, Simão José da. Historia da Guerra Civil e do estabelecimento do governo parlamentar em Portugal, comprehedendo a historia diplomática, militar e política d'este reino desde 1777 até 1834. Lisboa, Impr. Nacional, vol IV, 1870 p. 497.
    • YOUNG, Ernesto G. Esboço Histórico da Fundação da cidade de Iguape. Revista do IHGSP, vol II, São Paulo, 1896 pp. 49–151.
    • LÍVIO FERREIRA, Tito. História da Civilização Brasileira.
    • CONDEPHASV - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Cultural e Turístico de São Vicente.

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