AFONSO DE ALBUQUERQUE


Afonso de Albuquerque
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Retrato de Afonso de Albuquerque em Goa, século XVI Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Nascimento: 1453
Alhandra: Portugal
Morte: 16 de Dezembro de 1515 -Goa, Índia
Nacionalidade: Portuguesa
Progenitores: Mãe, D. Leonor de Meneses
Pai: Gonçalo de Albuquerque
Filho(s) Brás de Albuquerque
Cargo: Governador da Índia Portuguesa

Afonso de Albuquerque: (Alhandra, 1453 — Goa, 16 de Dezembro de 1515), Nomeado O Grande, César do Oriente, Leão dos Mares, o Terribil e o Marte Português, foi um fidalgo, militar e o segundo governador da Índia portuguesa cujas ações militares e políticas foram determinantes para o estabelecimento do império português no oceano Índico.

Afonso de Albuquerque é reconhecido como um génio militar pelo sucesso da sua estratégia de expansão: procurou fechar todas as passagens navais para o Índico - no Atlântico, Mar Vermelho, Golfo Pérsico e oceano Pacífico - construindo uma cadeia de fortalezas em pontos chave para transformar este oceano num mare clausum português, sobrepondo-se ao poder dos otomanos, árabes e seus aliados hindus.

Destacou-se tanto pela ferocidade em batalha como pelos muitos contatos diplomáticos que estabeleceu. Nomeado governador após uma longa carreira militar no Norte de África, em apenas seis anos -os últimos da sua vida- com uma força nunca superior a quatro mil homens sucedeu a estabelecer a capital do Estado Português da Índia em Goa; conquistar Malaca, ponto mais oriental do comércio Índico; chegar às ambicionadas "Ilhas das especiarias", as ilhas Molucas; dominar Ormuz, entrada do Golfo Pérsico; e estabelecer contatos diplomáticos com numerosos reinos da Índia, Etiópia, Reino do Sião, Pérsia e até a China. Áden seria o único ponto estratégico cujo domínio falhou, embora tenha liderado a primeira frota europeia a navegar no Mar Vermelho, a montante do estreito Bab-el-Mandeb. Pouco antes da sua morte foi agraciado com o título de vice-rei e "Duque de Goa" pelo Rei D. Manuel I, que nunca usufruiu, no que foi o primeiro português a receber um título de além-mar e o primeiro duque nascido fora da família real. Foi o segundo europeu a fundar uma cidade na Ásia, o primeiro foi Alexandre o Grande.


Primeiros anos

Afonso de Albuquerque nasceu em Alhandra, nos arredores de Lisboa, no ano de 1453. Era o segundo dos quatro filhos de Gonçalo de Albuquerque, senhor de Vila Verde dos Francos, e de D. Leonor de Meneses, filha de D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, conde de Atouguia. Através de seu pai, que desempenhava um importante cargo na corte, descendia por via natural da família real portuguesa. Foi educado em matemática e latim clássico na corte de D. Afonso V, onde cresceu e travou amizade com príncipe D.João, futuro rei.

Afonso de Albuquerque serviu dez anos no Norte de África, onde adquiriu experiência militar: em 1471 acompanhou Afonso V nas conquistas de Tânger, Anafé e Arzila, onde permaneceu alguns anos como oficial na guarnição. Em 1476 acompanhou o príncipe D. João nas guerras contra Castela, tendo participado na batalha de Toro. Participou na esquadra enviada em 1480 em socorro de D. Fernando II rei de Aragão, Sicília e Nápoles «para reprimir o furor dos turcos» de avançar na península itálica, no Golfo de Tarento, em Otranto, que culminaria na vitória dos cristãos em 1481.

Em 1481, quando o príncipe D. João ascendeu ao trono como D. João II, Albuquerque regressou a Portugal e foi nomeado seu estribeiro-mor. Em 1489 retornou ao serviço no norte de África, onde comandou a defesa da fortaleza da Graciosa, situada na ilha que o rio Luco forma junto da cidade de Larache e em 1490 fez parte da guarda de D. João II, tendo regressado a Arzila em 1495, onde o seu irmão mais novo, Martim, morreu lutando a seu lado.

Primeira missão na Índia


Quando o novo rei D. Manuel I de Portugal ascendeu ao trono mostrou alguma reticência perante Afonso de Albuquerque, íntimo do temido D. João II e dezassete anos mais velho. Em 6 de Abril de 1503, já numa idade madura e com uma longa carreira militar, Afonso de Albuquerque foi enviado na sua primeira expedição para a Índia com o primo Francisco de Albuquerque, comandando cada qual três naus onde seguiam também Duarte Pacheco Pereira e Nicolau Coelho. Participaram em várias batalhas contra Calecute, onde sucederam a garantir a segurança no trono ao rajá de Cochim. Em retorno pelos serviços prestados obtiveram a permissão para construir uma fortaleza portuguesa em Cochim, que seria o primeiro assentamento europeu na índia e o ponto de partida para a expansão do império no oriente, estabelecendo relações comerciais com Coulão. De regresso ao reino em Julho de 1504 «mais cheio de glórias que de despojos», Afonso de Albuquerque foi bem recebido por D. Manuel I.

Capitão-mor da costa da Arábia, 1506-1509

Mapa de 1502 representando o Mar Vermelho e a ilha de Socotra (vermelho), e o Golfo Pérsico (azul) com o estreito e ilha de Ormuz, pormenor do planisfério de Cantino

No início de 1506, após ter participado no delinear da estratégia para o oriente, o rei confiou-lhe uma esquadra de cinco navios na armada de dezasseis navios chefiada por Tristão da Cunha com destino à Índia. Seguiam com o objetivo de tomar Socotra e aí iniciar uma fortaleza, na esperança de fechar o comércio no Mar Vermelho, transportando um forte de madeira para apoiar os trabalhos iniciais. Afonso de Albuquerque seguia como capitão-mor da "costa da Arábia" e "até Moçambique havia de ir debaixo da bandeira de Tristão da Cunha". Levava uma carta com a missão secreta, ordenada pelo rei, de uma vez cumprida a primeira missão substituir o vice-rei D.Francisco de Almeida, que terminaria o mandato dois anos depois. Antes de partir legitimara um filho natural nascido em 1500 e fizera o seu testamento.



Tomada de Socotra e Ormuz no Golfo Pérsico

A 6 de Abril de 1506 as duas armadas partiram de Lisboa. Afonso de Albuquerque seguia pilotando o seu próprio navio, pois o piloto designado desaparecera antes da partida. No canal de Moçambique encontraram João da Nova vindo da Índia, que aí invernava após um rombo no casco do seu navio Frol de la mar. Resgataram-no e à nau, juntando-os à frota. De Melinde, Tristão da Cunha enviou uma expedição portuguesa para a Etiópia, que então se pensava ser mais próxima. A missão incluia o padre João Gomes, João Sanches e o tunisino Sid Mohammed (sem conseguir atravessar por Melinde rumariam a Socotra, de onde Afonso de Albuquerque conseguiu desembarcá-los em Filuk, perto do Cabo Guardafui. Após uma série de ataques bem sucedidos às cidades árabes da costa oriental africana, seguiram para Socotra, onde havia notícia de cristãos, e que tomaram em Agosto de 1507, iniciando uma fortaleza.

Em Socotra os caminhos dos dois capitães separaram-se: Tristão da Cunha partiu para a Índia, indo apoiar os portugueses cercados em Cananor; Afonso de Albuquerque navegou com uma frota de seis navios e quinhentos homens rumo à ilha de Ormuz no Golfo Pérsico, um dos centros chave do comércio no oriente. No percurso conquistaram as cidades de Curiate (Kuryat), Mascate e Corfacão (atual Khor Fakkan), aceitando a submissão das cidades de Kalhat e Soar (Sohar).

A 25 de Setembro de 1507 chegaram a Ormuz precedidos de uma temível reputação e rapidamente tomaram posse da ilha, cujo rei concordou tornar-se tributário do rei de Portugal. Passados poucos dias, chegou um enviado da Pérsia que vinha exigir o pagamento de tributo ao xá Ismail I. O emissário persa foi enviado de volta com a resposta de que o tributo seria apenas balas de canhão e armas, começando assim a ligação entre Albuquerque e o xá Ismail I (muitas vezes referido por Xeque Ismael), fundador do império saváfida.

Forte de Nossa Senhora da Conceição de Ormuz, ruínas na ilha de Gerun, atual Irão, no estreito de Ormuz, à entrada do Golfo Pérsico

Como fruto do acordo com o rei de Ormuz, imediatamente Albuquerque iniciou a construção do Forte de Nossa Senhora da Vitória em Ormuz (mais tarde renomeado Forte de Nossa Senhora da Conceição). A primeira pedra foi colocada com pompa e entusiasmo por Albuquerque em 24 de Outubro, com os seus homens de todas as condições participando nos trabalhos de construção. Contudo, na sequência da crescente contestação dos seus capitães, que reclamavam dos duros trabalhos e difíceis condições, vários navios desertaram para a Índia. Com a frota reduzida a dois navios e sem mantimentos, Afonso de Albuquerque foi forçado a abandonar Ormuz em Abril de 1508. Retornou a Socotra, onde encontrou a guarnição portuguesa passando fome, e para reabastecer este assentamento assaltou navios muçulmanos e a cidade de Kālhāt (Bahrein). Voltou ainda a Ormuz e só depois rumou à Índia.

Preso em Cananor

Afonso de Albuquerque chegou a Cananor, na Índia, em Dezembro de 1508. Aí imediatamente abriu perante o vice-rei D. Francisco de Almeida a carta selada que recebera do rei nomeando-o Governador. D. Francisco de Almeida, junto do qual estavam já os capitães que haviam abandonado Albuquerque em Ormuz, confirmou que a ordem também lhe fora participada, mas recusou-se a passar de imediato o cargo, protestando que o seu mandato terminava apenas em Janeiro e que pretendia ainda vingar a morte do seu filho junto de Mirocem. Afonso de Albuquerque, ao ver recusada a sua promessa de travar a batalha ele mesmo, e posto que o vice-rei propôs pagar-lhe o devido ao cargo de governador, acatou esta ordem sem confrontar D. Francisco de Almeida e foi para Cochim, onde ficou a aguardar indicações do reino, sustentando do seu bolso a sua comitiva.

É descrito por Castanheda suportando pacientemente a oposição declarada do grupo que se juntara em torno de D. Francisco de Almeida, com o qual mantinha contatos formais. Progressivamente ostracizado, ao saber da chegada à Índia da armada do fidalgo Diogo Lopes de Sequeira com a missão de chegar a Malaca, escreveu-lhe para que intercedesse, mas este ignorou-o e juntou-se ao vice-rei. Simultaneamente Afonso de Albuquerque recusou as aproximações dos que o desafiavam a tomar o poder.

A 3 de Fevereiro de 1509 Francisco de Almeida avançou em força para a Batalha de Diu, que assumiu como vingança pessoal pela morte do seu filho Lourenço de Almeida em circunstâncias dramáticas na Batalha de Chaul. A sua vitória foi determinante: otomanos e mamelucos egípcios abandonaram as águas do Índico, permitindo o domínio português por mais de 100 anos.

Em Agosto, após uma petição dos antigos capitães e Diogo Lopes de Sequeira considerando Afonso de Albuquerque inapto para a governação, D. Francisco de Almeida enviou-o para a fortaleza de Santo Ângelo em Cananor. Aí permaneceu isolado, o que o próprio Albuquerque considerou ser sob prisão. Em setembro de 1509 Diogo Lopes de Sequeira avançou na missão de estabelecer contato com o sultão de Malaca, mas falhou deixando para trás 19 prisioneiros.

Governador da India Portuguesa, 1509-1515

Em Outubro, chegou a Cananor o Marechal do Reino, D. Fernando Coutinho. Era o mais importante fidalgo do reino, que alguma vez se deslocara ao Índico, parente de Afonso de Albuquerque, e trazia uma armada de quinze naus e 3000 homens enviada pelo rei para defender os seus direitos e tomar Calecute. A 4 de Novembro, Albuquerque iniciou a governação. Após a partida de D. Francisco de Almeida cinco dias depois, Albuquerque rapidamente demonstrou a sua energia e determinação como segundo governante do estado da Índia, cargo que ocuparia até à sua morte.

Afonso de Albuquerque pretendia construir fortalezas em pontos estratégicos da costa, capazes ser abastecidas por mar, para assim dominar o mundo muçulmano e controlar a rede de comércio no Índico, ideia a que D.Francisco de Almeida e os seus capitães se tinham oposto, por considerarem que não havia capacidade para as manter. Inicialmente D. Manuel I e o conselho do reino tentaram distribuir o poder a partir de Lisboa, criando três áreas de jurisdição no Índico: Albuquerque seguira com a missão de tomar Hormuz, Aden e Calecute, missão que até ao fim procurou cumprir; Diogo Lopes de Sequeira fora provido com uma frota e enviado para o sudoeste asiático, com a missão de tentar um acordo com o sultão de Malaca, mas falhou retornando a Cochim e ao reino; a Jorge de Aguiar fora dada a área entre o Cabo da Boa Esperança e Guzerate, sendo sucedido por Duarte de Lemos, que partiu para o reino deixando a Albuquerque os seus navios.

Ataque falhado a Calecute

Em Janeiro de 1510, cumprindo as ordens do reino e sabendo da ausência do samorim, Afonso de Albuquerque avançou para Calecute (atual Kozhikode). Contudo teve que recuar após o marechal D. Fernando Coutinho, contra os seus avisos, se ter embrenhado no interior da cidade fascinado pelo saque e sofrido uma emboscada. Para o salvar, Afonso de Albuquerque sofreu um rude ferimento e teve que recuar.

Conquista de Goa, 1510

Falhado o ataque a Calecute, Afonso de Albuquerque apressou-se a formar uma poderosa armada, reunindo vinte e três naus e 1200 homens. Relatos contemporâneos afirmam que pretendia combater a frota mameluca egípcia no Mar Vermelho ou regressar a Ormuz. Contudo, informado por Timoja (um corsário hindu ao serviço do Reino de Bisnaga) de que seria mais fácil encontrá-la em Goa, onde se havia refugiado após a Batalha de Diu, dada a doença do sultão Hidalcão e a guerra entre os sultanatos do Decão. Investiu de surpresa na captura de Goa ao sultanato de Bijapur. Cumpriu assim outra missão do reino, que não pretendia ser visto como eterno "hóspede" de Cochim, e cobiçava Goa por ser o melhor porto comercial da região, entreposto de cavalos árabes para os sultanatos do Decão.

A primeira investida a Goa deu-se de 4 de Março a 20 de Maio de 1510. Numa primeira ocupação, sentindo-se impossibilitado de segurar a cidade dadas as más condições das suas fortificações, a retração do apoio inicial da população hindu e a insubordinação entre os seus, após um forte ataque de Ismail Adil Shah, Afonso de Albuqerque recusou um vantajoso acordo de paz e abandonou-a em Agosto. A frota destroçada e uma revolta palaciana em Cochim dificultavam a sua recuperação. Quando chegaram novos navios do reino destinavam-se apenas a Malaca, sob o comando do fidalgo Diogo Mendes de Vasconcelos, a quem tinha sido dado o comando rival da região.

Apenas três meses depois, a 25 de Novembro, Albuquerque reapareceu em Goa com uma frota totalmente renovada e Diogo Mendes de Vasconcelos, contrariado, a seu lado com os reforços de Malaca e trezentos malabaris. Em menos de um dia tomou posse de Goa a Ismail Adil Shah e seus aliados otomanos, que se renderam a 10 de Dezembro. Estima-se que 6.000 dos 9.000 defensores muçulmanos da cidade morreram, quer na violenta batalha nas ruas ou afogados enquanto tentavam escapar. Reconquistou o apoio da população hindu, mas frustrou as expectativas de Timoja, que ambicionava tornar-se governador da cidade: Afonso de Albuquerque recompensou-o tornando-o representante do povo, como intérprete conhecedor dos costumes locais. Apesar de ataques constantes, Goa tornou-se o centro da presença portuguesa, com a conquista a desencadear o respeito dos reinos vizinhos: o sultão de Guzerate e o samorim de Calecute enviaram embaixadas, oferecendo alianças, concessões e locais para fortificar.

Perante queixas de escassez de moeda local, Albuquerque iniciou nesse ano em Goa a primeira cunhagem de moeda portuguesa fora do reino, aproveitando a oportunidade para anunciar a conquista territorial. A nova moeda mantinha o peso, forma e tamanho das moedas locais, mas apresentava numa face a cruz e na outra a esfera armilar que D. Manuel então adotara como símbolo.

Tomada de Malaca, 1511


"A
ont-style: italic; font-weight: bold;">Famosa" porta da fortaleza de Malaca mandada construir por Afonso de Albuquerque após a con
quista.

Em Fevereiro de 1511 chegou através de um mercador hindu chamado Nina Chatu uma carta de Rui de Araújo, um dos prisioneiros portugueses em Malaca, instando a avançar com a maior armada possível, e dando pormenores sobre os procedimentos. Albuquerque mostrou-a a Diogo Mendes de Vasconcelos, como argumento para avançar numa frota conjunta. Em Abril de 1511, após fortificar Goa, reuniu uma força de cerca de 900 portugueses e 200 mercenários hindus, com cerca de dezoito navios. Contrariando as ordens do reino e sob os protestos de Diogo Mendes de Vasconcelos, que reclamava para si o comando da expedição, zarpou de Goa para o sultanato de Malaca, preparado para a conquista e instado a libertar os portugueses. Sob as suas ordens estava Fernão de Magalhães, que participara na embaixada falhada de Diogo Lopes de Sequeira em 1509.

Após uma falsa partida em direcção ao Mar vermelho, contornou o cabo Comorim dirigindo-se ao estreito de Malaca. Era a mais rica cidade que os portugueses tentavam tomar, ponto mais importante a leste da rede onde se encontravam mercadores malaios, guzerates, chineses, japoneses, javaneses, bengaleses, persas e árabes, entre outros, num comércio descrito por Tomé Pires como senso de valores inestimáveis. Apesar da riqueza, era uma cidade com construções civis em madeira, com poucos edifícios em alvenaria. Em contrapartida era defendida por um poderoso exército de mercenários e artilharia, estimado em 20.000 homens e mais de 2000 peças. A sua maior fraqueza era a impopularidade do governo do sultão Mahmud Shah, que ao privilegiar os muçulmanos gerara insatisfação junto das dos restantes mercadores. Albuquerque avançou com arrojo os navios para a cidade, ornamentados com pendões e disparando salvas de canhão. Declarou-se então senhor de toda a navegação, exigindo ao sultão que libertasse os prisioneiros portugueses de 1509, que pagasse os danos causados e pedindo para construir uma feitoria fortificada. O sultão acabou por libertar os prisioneiros, mas sem se mostrar impressionado pelo pequeno contingente português. Albuquerque incendiou então alguns navios do porto e quatro edifícios costeiros, para testar a resposta do sultão. A cidade era dividida pelo rio de Malaca, e ligada por uma ponte, um ponto estratégico. A 25 de Julho ao amanhecer os portugueses desembarcaram numa luta renhida, onde foram atacados com flechas envenenadas, e ao entardecer tomaram a ponte, aguardando a reacção do sultão, mas recolheram aos navios. Sentindo que o sultão não reagia, preparam um junco alto que fora oferecido por mercadores chineses, enchendo-o de homens, artilharia, sacos de areia. Comandado por António de Abreu fizeram-no subir o rio na maré alta, até à ponte, com sucesso: no dia seguinte todo contingente tinha desembarcado. Investindo ferozmente, derrubaram as barricadas que tinham sido construidas entretanto. De súbito, o sultão finalmente apareceu, chefiando o seu exército de elefantes de guerra para esmagar os invasores. Apesar do espanto, um dos portugueses, Fernão Gomes de Lemos, aproximou-se e espicaçou um dos animais com uma lança, fazendo-o erguer-se e recuar. Outros portugueses imitaram-no e a frente de elefantes recuou em pânico, derrubando o exército que os seguia, e o próprio sultão, lançando o caos e dispersando-o. Seguiu-se uma semana de calmaria. Albuquerque descansou os seus homens e aguardou a reacção do sultão. Os mercadores aproximavam-se sucessivamente, apelando aos portugueses por protecção. Foram-lhes dadas bandeiras para assinalar os seus estabelecimentos, sinal de que não seriam saqueados. Em 24 de Agosto os portugueses atacaram de novo, mas o sultão e os seus aliados guzerates haviam partido. Sob ordens firmes procedem ao saque da cidade, respeitando as bandeiras, no que seria mesmo assim um saque fabuloso.

Albuquerque permaneceu na cidade, construindo de imediato uma fortaleza, preparando as defesas contra um eventual contra-ataque malaio, distribuindo os seus homens por turnos e utilizando as pedras da mesquita e do cemitério. Apesar dos atrasos causados pelo calor e pela malária, foi concluida em Novembro de 1511, e ficou conhecida como "a famosa", de que hoje sobrevive a porta. Terá sido então que Albuquerque mandou gravar uma grande pedra com os nomes dos principais participantes na conquista. Como se gerou grande discussão sobre a ordem em que deveriam surgir, Albuquerque tê-la-á mandado assentar voltada para a parede, apenas com a inscrição Lapidem quem reprobaverunt aedificantes. ("a pedra que os construtores rejeitaram", em latim da profecia de David, Salmos 118:22-23) na frente.

Em Malaca Albuquerque estabeleceu a administração portuguesa, nomeando Rui de Araújo feitor e designando Nina Chatu para substituir o anterior bendahara, como representante da população "kafir" e conselheiro. Além de auxiliar na governação da cidade e cunhagem de moeda, este forneceu também o juncos onde seguiram diversas missões diplomáticas. Simultaneamente, prendeu e executou impiedosamente o poderoso mercador javanês Utimuta Raja, a quem fora dado o cargo de representante da população javanesa, mas que manteve contactos com a família real no exílio.

Missões diplomáticas a partir de Malaca

Forte de São João Baptista de Ternate, na passagem para o Pacífico, construído na sequência da expedição de Francisco Serrão às Molucas

Missões diplomáticas a Pegu, Sumatra e Sião, 1511

Em Malaca Albuquerque investiu simultaneamente em esforços diplomáticos demonstrando ampla generosidade com os mercadores do sudeste asiático, como os chineses, na esperança de que estes fizessem eco das boas relações com os portugueses. Enviou várias missões aos territórios vizinhos: Rui Nunes da Cunha foi enviado para Pegu (atual Myanmar), com o rei Binyaram a enviar um emissário a Cochim em 1514 e, conhecendo as ambições siamesas sobre Malaca, imediatamente enviou Duarte Fernandes em missão diplomática ao Reino do Sião (atual Tailândia), onde foi o primeiro europeu a chegar viajando num junco chinês que retornava à China, estabelecendo relações amigáveis entre os reinos de Portugal e do Sião.

Chegada às Molucas, as "ilhas das especiarias", 1512



Ainda em Novembro desse ano, ao tomar conhecimento da localização secreta das chamadas "ilhas das especiarias", ordenou a partida dos primeiros navios portugueses para o sudeste asiático, comandado pelo seu homens de confiança António de Abreu e por Francisco Serrão, guiados por pilotos malaios. Estes são os primeiros europeus a chegar às Ilhas Banda nas Molucas. A nau de Serrão encalhou próximo a Ceram e o sultão de Ternate, Abu Lais, entrevendo uma oportunidade de aliar-se com uma poderosa nação estrangeira, trouxe os tripulantes para Ternate em 1512. A partir de então os portugueses foram autorizados a erguer uma fortificação-feitoria na ilha, na passagem para o oceano Pacífico: o Forte de São João Baptista de Ternate.

Contatos com a China, 1513

No início de 1513, navegando a partir de Pegu, numa missão ordenada por Afonso de Albuquerque, Jorge Álvares obteve autorização para aportar na Ilha de Lintin, no delta do rio das Pérolas, no sul da China. Pouco depois Afonso de Albuquerque enviou Rafael Perestrelo ao sul da China, procurando estabelecer relações comerciais com a Dinastia Ming. Em navios de Malaca, Rafael navegou até Cantão (Guangzhou) em 1513 e de novo em 1515-1516 para aí comerciar com mercadores chineses. Estas expedições, junto com as realizadas por Tomé Pires e Fernão Pires de Andrade, foram os primeiros contatos diplomáticos e comerciais diretos de europeus com a China.

Naufrágio na Flor de la Mar

Réplica do navio "Flor de la mar", no Museu Marítimo de Malaca

Na noite de 20 de Novembro de 1511, após quase um ano de permanência em Malaca, navegando de regresso à Índia com o valioso espólio da conquista de Malaca, uma tempestade fez naufragar a velha nau Frol de la mar onde seguia Afonso de Albuquerque. O naufrágio fez numerosas vítimas, Albuquerque salvou-se em condições difíceis "apenas com a roupa que trazia", com auxílio de uma jangada improvisada. Perdeu-se o valioso saque da conquista de Malaca, presentes do rei do Sião para o rei de Portugal e toda a sua fortuna.

Albuquerque voltou de Malaca para Cochim. Não navegara para Goa, porque enfrentava uma grave revolta liderada pelas forças de Ismael Adil Shah, sultão de Bijapur, liderada por Rasul Khan com a ajuda de alguns dos seus compatriotas. Enquanto se ausentara em Malaca, os portugueses que se opunham à tomada de Goa tinham renunciado à posse, tendo mesmo escrito ao rei, afirmando que seria melhor deixá-la. Impedido de navegar pela monção e com poucas forças disponíveis, teve que esperar a chegada de duas frotas com reforços, de seu sobrinho D. Garcia de Noronha e de Jorge de Mello Pereira.

Em 10 de Setembro de 1512, Albuquerque partiu de Cochim para Goa com quatorze navios transportando 1.700 soldados. Determinado a recuperar a fortaleza, preparou trincheiras e o derrube da muralha, mas na manhã do ataque planeado, Rasul Khan rendeu-se. Albuquerque exigiu a devolução do forte com toda a artilharia, munições e cavalos, e que os desertores fossem entregues. Alguns tinham-se juntado a Rasul Khan ao serem forçados a fugir Goa em Maio de 1510, outros durante o recente cerco. Rasul Khan consentiu, na condição de que as suas vidas fossem poupadas, abandonando Goa. Albuquerque manteve a sua palavra, mas puniu-os mutilando-os horrivelmente. Um dos renegados foi Fernão Lopes, enviado sob custódia para Portugal, que fugiu na ilha de Santa Helena levando uma vida de "Robinson Crusoé" por muitos anos. Após estas medidas fez da cidade o mais florescente dos assentamentos portugueses na Índia.

Regresso ao Mar Vermelho, 1513

Em Dezembro de 1512 chegara a Goa Mateus, um embaixador da Etiópia. Fora enviado pela rainha regente Eleni da Etiópia, na sequência da chegada dos enviados de Tristão da Cunha vindos de Socotra em 1507. Seguira como embaixador para o rei D. Manuel I de Portugal e ao Papa, em busca de uma aliança para fazer face ao crescente poder otomano na região. Apesar da desconfiança de alguns, que o consideravam um impostor ou espião muçulmano, Albuquerque recebeu-o com honras e imediatamente avisou o rei, que por sua vez informou da sua chegada o Papa Leão X em 1513. Visto como o muito esperado contacto com o lendário Preste João e com Pêro da Covilhã, Mateus foi enviado por Albuquerque de Cananor para Portugal.

Em Fevereiro de 1513, enquanto que Mateus estava em Portugal, Albuquerque zarpou para o Mar Vermelho com uma força de cerca de 1000 portugueses e 400 malabares. Estava, desde o início, investido sob ordens do reino na missão de garantir o domínio deste canal para Portugal. A árida ilha de Socotra revelara-se ineficaz para controlar a entrada do Mar Vermelho e fora abandonada. A sugestão de Albuquerque que Massawa poderia tornar-se uma boa base portuguesa pode ter sido influenciada pelos contactos com Mateus. Sabendo que os mamelucos preparavam uma segunda frota no Suez, quis avançar antes dos reforços chegarem a Áden e, assim, sitiou a cidade. Aden era uma cidade fortificada e, apesar de seguir equipado com escadas de assalto estas quebraram. Após meio dia dura batalha as forças de Albuquerque acabaram por retirar. Cruzaram então o Mar Vermelho no interior do estreito Bab-el-Mandeb, como a primeira frota europeia a ter navegado nessas águas. Albuquerque tentara chegar a Jeddah, mas os ventos eram desfavoráveis e em Maio recolheram à ilha de Kamaran, até que a doença e falta de água doce os forçou a partir. Em Agosto de 1513, após uma segunda tentativa para chegar a Áden, voltaram para a Índia, sem resultados significativos. Tentando destruir o poder do Egipto, consta que Albuquerque ponderou a ideia de desviar o rio Nilo para secar todo o país. Entre as intenções mais demonstrativas do seu temperamento destaca-se o plano de roubar o corpo do profeta Maomé, sequestrando-o como penhor enquanto todos os muçulmanos não abandonassem a Terra Santa.

Administração e diplomacia em Goa 1514

O "Rinoceronte de Dürer" (xilogravura de 1515).

Em 1514 na Índia Afonso de Albuquerque dedicou-se à administração e diplomacia, a concluir a paz com Calecute, a receber embaixadas e a consolidar e embelezar Goa, estimulando os casamentos com locais. Na época poucas portuguesas chegavam ao Índico e, desde 1511 o governo português incentivou os casamentos dos seus homens com locais, numa política definida por Albuquerque. Para promover a fixação, o rei de Portugal atribuia o estatuto de homem livre e isenção de pagamento de impostos à Coroa aos então conhecidos como "casados", ou "homens casados " que se aventuravam a estabelecer-se no exterior. Com o encorajamento de Albuquerque, e apesar de grande oposição, os casamentos mistos floresceram. Frequentemente nomeou locais para cargos da administração portuguesa e não interferiu nas tradições, com excepção do "sati", a imolação das viúvas, que proibiu.

No início de 1514 foi enviada ao Papa Leão X a embaixada faustosíssima do rei Manuel I, liderada por Tristão da Cunha, que percorreu as ruas da cidade numa extravagante procissão de animais das colónias e riquezas das Índias que impressionaram a Europa. Nesse ano, Afonso de Albuquerque enviara embaixadores ao Sultão Muzafar II de Cambaia (Guzerate), pedindo autorização para construir uma fortaleza em Diu. A missão voltou sem acordo, mas foram trocados presentes diplomáticos, incluindo um Rinoceronte-indiano. Albuquerque enviou-o ao Rei D. Manuel I, que por sua vez o enviou como presente ao Papa Leão X. Contudo morreu num naufrágio na costa italiana. Com base numa descrição escrita e num breve esboço, o pintor alemão Albrecht Dürer criou então o famoso rinoceronte de Dürer sem jamais ter visto o rinoceronte real, que foi o primeiro exemplar visto na Europa desde os tempos romanos. O seu prestígio chegara ao auge, criando as bases do Império Português no Oriente e sendo «Chamado o Grande pelas heroicas façanhas com que encheu de admiração a Europa e de pasmo e terror a Ásia».

Conquista de Ormuz e últimos dias, 1515

Em 1513 após regressar do Mar Vermelho, já em Cananor, Albuquerque fora visitado por um embaixador do xá Ismail I Safávida da Pérsia, que enviara embaixadores a Guzerate, Ormuz e Bijapur. O embaixador enviado a Bijapur visitou Albuquerque convidando-o a nomear um enviado de volta para a Pérsia. Miguel Ferreira foi enviado através de Ormuz para Tabriz, onde manteve várias conversações com o xá Ismail sobre os objetivos comuns de derrotar o sultão mameluco. Tendo retornado com ricos presentes e um embaixador, em Março de 1515 no regresso foram recebidos por Albuquerque em Ormuz, onde veio de estabelecer o seu domínio. A ilha no Golfo Pérsico rendeu-se-lhe sem resistência. Aí permaneceu, concluindo a construção da fortaleza de Ormuz em 1515, investindo em esforços diplomáticos para o seu plano de domínio dos pontos estratégicos que permitiam o controlo marítimo e o monopólio comercial da Índia e a receber enviados, mas cada vez mais doente. Em Novembro de 1515, decidiu voltar, mas não sobreviveu à viagem.

A carreira de Afonso de Albuquerque teve um final doloroso e ignominioso. Na corte portuguesa tinha vários inimigos que não perdiam a oportunidade de espicaçar a inveja do rei D. Manuel I contra ele, insinuando que pretendia a independência do poder na Índia. A sua conduta, por vezes imprudente e tirânica, serviu estes fins na perfeição. No regresso de Ormuz, à entrada do porto de Goa, cruzou-se com um navio vindo da europa que trazia a notícia da sua substituição pelo seu inimigo pessoal Lopo Soares de Albergaria, líder do grupo que se lhe opusera quando da substituição do vice-rei. O golpe foi demasiado para Afonso de Albuquerque, que morreu no mar a 16 de Dezembro de 1515.

É-lhe atribuída a frase de "Mal com el-rei por amor dos homens, mal com os homens por amor de el-rei.", que terá exclamado ao saber da notícia. Pouco antes de morrer, em resposta a uma carta do rei admoestando-o pelos gastos e conquistas excessivas, e por não se ter dedicado ao objectivo inicial, escreveu uma carta ao rei em tom digno e afectuoso, assumindo a sua conduta e pedindo para o seu filho natural as honras e recompensas que eram justamente devidas a si próprio:

“ "Senhor. - Eu nam escrevo a vos alteza per minha mão, porque, quando esta faço, tenho muito grande saluço, que he sinal de morrer: eu, senhor, deixo quá ese filho per minha memória, a que deixo toda minha fazemda, que he assaz de pouca, mas deixo lhe a obrigaçam de todos meus seruiços, que he mui grande: as cousas da india ellas falarám por mim e por elle: deixo a india com as principaes cabeças tomadas em voso poder, sem nela ficar outra pendença senam cerrar se e mui bem a porta do estreito; isto he o que me vosa alteza encomendou: eu, senhor, vos dey sempre por comselho, pera segurar de lá india, irdes vos tirando de despesas: peçoa vos alteza por mercee que se lembre de tudo isto, e que me faça meu filho grande, e lhe dè toda satisfaçam de meu seruiço: todas minhas confianças pus nas mãs de vos alteza e da senhora Rainha, a elles m emcomemdo, que façam minhas cousas grandes, pois acabo em cousas de voso seruiço, e por elles vollo tenho merecido; e as minhas tenças, as quaes comprey pela maior parte, como vossa alteza sabe, beijar lh ey as mãos pollas em meu filho: escrita no mar a 6 dias de dezembro de 1515. Afomso dalboquerque" carta de Afonso de Albuqerque ao rei D. Manuel I ”


O rei D. Manuel I enviara Lopo Soares de Albergaria em Março de 1515. Contudo em Agosto, através de contactos em Veneza, soube que o sultão mameluco do cairo, incomodado com os avanços no Mar Vermelho, preparara no Suez uma frota com homens e artilharia prontos para investir contra os portugueses na Índia e, principalmente, em Ormuz. Temendo os efeitos e arrependido de ter substituído Albuquerque, escreveu de imediato a Lopo Soares, pedindo-lhe que caso já tivesse iniciado a governação devolvesse a Albuquerque o comando das operações, provendo-o de meios para que este pudesse combater as forças rivais. Contudo quando a carta chegou, Albuquerque já havia falecido.

Segundo Brás de Albuquerque, antes e morrer Albuquerque pediu para vestir o manto da Ordem militar de Santiago, "já que era comendador". Em Goa o seu corpo foi recebido por uma multidão que não acreditava que Albuquerque tivesse morrido. Assim foi sepultado na igreja de Nossa Senhora da Serra em Goa» que mandara edificar em 1513, em cumprimento de um voto por se ter salvo com a sua nau "de uns baixios" na ilha de Kamaran (esta igreja foi demolida entre 1811 e 1842, durante o breve período de domínio britânico de Goa). Em 1566, passados 51 anos, «foi trasladado, como dispusera seu testamento, ao convento de Nossa Senhora da Graça dos Religiosos Eremitas de Santo Agostinho da corte, para onde foi conduzido em 19 de Maio de 1566 com pompa». A igreja da Graça ruiu com o terramoto de Lisboa de 1755 e foi reconstruida, perdendo-se o rasto do túmulo original.

Legado e descendência

Monumento (1902) na praça Afonso de Albuquerque, Belém, Lisboa.

* O rei D. Manuel I de Portugal, reconhecendo demasiado tarde a sua fidelidade, procurou reparar a injustiça com que fora tratado cumulando de honras o seu filho natural Brás de Albuquerque (1500—1580), cumprindo assim o último pedido de Afonso de Albuquerque. Baptizado Brás, este mudou o nome para Afonso «por insinuação do rei D. Manuel, querendo este Príncipe igualmente eternizar na sua pessoa a memória de seu ilustre progenitor».

* Em 1557 Brás de Albuquerque publicou uma selecção dos documentos de seu pai sob o título "Commentarios de Afonso dAlboquerque capitão geral & gouernador da India, colligidos... das proprias cartas que elle escreuia ao muyto poderoso Rey Dõ Manuel". Seriam impressos segunda vez em 1576, com o título "Comentários do Grande Afonso de Albuquerque". Nessa segunda edição, com já mais de 70 anos, Brás de Albuquerque corrigira e completara a informação, como afirma na dedicatória ao rei D. Sebastião de Portugal

* Em 1572 os feitos de Albuquerque foram celebrados por Luís Vaz de Camões em "Os Lusíadas", Canto X (estrofes 40 a 49).

* Em 1932 Fernando Pessoa retrata Albuquerque na obra "Mensagem" no capítulo a que chama Brasão, como uma asa do grifo simbólico do império português, sendo a outra D. João II de Portugal e a cabeça o Infante D. Henrique.

* Uma extraordinária e cara variedade de mango que Afonso de Albuquerque costumava trazer das suas viagens à Índia foi nomeada em sua honra e ainda hoje é vendida em todo o mundo como Manga Afonso.

Títulos e honras

Armas do duque de Goa.

Em 1515, com o fim do seu mandato de Governador, Afonso de Albuquerque foi feito vice-rei e "Duque de Goa" pelo Rei D. Manuel I, que então lhe concedeu o tratamento "Dom" e os títulos de "vice-rei da Índia" e de "Senhor do Mar Vermelho", títulos de que nunca usufruiu em vida. O título de Duque de Goa era o primeiro título nobiliárquico português de Duque concedido fora da família real e o primeiro referente a uma localidade fora do Reino. Sendo um título em vida, extinguiu-se com a sua morte nesse mesmo ano.

Bibliografia

* Albuquerque, Afonso de , D. Manuel I, António Baião, "Cartas para el-rei d. Manuel I", Editora Livraria Sá de Costa, 1957
* Castanheda, Fernão Lopes de (1552), História do descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses, Livro III (texto integral)
* Albuquerque, Brás de (1774). Commentarios do grande Afonso Dalboquerque, parte I", Lisbon: Na Regia Officina Typografica.
* Albuquerque, Brás de (1774). Commentarios do grande Afonso Dalboquerque, parte IV", Lisbon: Na Regia Officina Typografica
* Danvers, Frederick Charles (1894). The Portuguese in India. London: W. H. Allen. ISBN 978-1-4021-5080-7 (reprint)
* Diffie, Bailey W. and George D. Winius (1977). Foundations of the Portuguese Empire, 1415–1580. Minneapolis: University of Minnesota Press. ISBN 0-8166-0782-6.
* Henry Morse Stephens (1892), "Albuquerque", 1892, Oxford Clarendon Press- Asian Educational Services, 2000, ISBN 81-206-1524-7
* Marques, António Henrique R. de Oliveira (1972). History of Portugal, 2nd ed. New York: Columbia University Press. ISBN 0-231-08353-X.
* M. D. D. Newitt, "A history of Portuguese overseas expansion, 1400-1668", Routledge, 2005, ISBN 0-415-23980-X
* Panikkar, K. M. (1929). Malabar and the Portuguese: Being a History of the Relations of the Portuguese with Malabar from 1500 to 1663. Bombay: D.B. Taraporevala Sons. ASIN B000878T7Q
* Kerr, Robert, (1824) "A General History and Collection of Voyages and Travels, Arranged in Systematic Order", (volume 6, I chapter), William Blackwood, Edinburgh
* Sanceau, Elaine (1936), "Indies adventure: the amazing career of Afonso de Albuquerque, captain-general and governor of India (1509-1515)", Blackie, 1936
* vidaslusofonas.pt/afonso_de_albuquerque (em português)

Por que não se fazem novelas, filmes e peças teatrais com estes enredos?

FOLCLORE SERGIPANO

ALMA ALGARVIA

EÇA DE QUEIRÓZ




Eça de Queirós
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

"Os sentimentos mais genuinamente humanos logo se desumanizam na cidade."

"O jornal exerce todas as funções do defunto Satanás, de quem herdou a ubiquidade; e é não só o pai da mentira, mas o pai da discórdia."

"O amor eterno é o amor impossível.
Os amores possíveis começam a morrer
no dia em que se concretizam."

"Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo."


Nascimento: 25 de novembro de 1845 - Póvoa de Varzim
Morte: 16 de agosto de 1900 (54 anos) - Paris
Nacionalidade: Português
Ocupação: Romancista, contista
Escola/tradição: Romantismo, realismo

José Maria de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim, 25 de novembro de 1845 — Paris, 16 de agosto de 1900) é um dos mais importantes escritores lusos. Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de Os Maias e O crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

Biografia

Celebração de 1906 na Póvoa de Varzim com a colocação de uma placa comemorando o nascimento de Eça naquela casa da Praça do Almada.

José Maria de Eça de Queirós nasceu em novembro de 1845, numa casa da Praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro da cidade; foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde. Filho de José Maria Teixeira de Queirós, nascido no Rio de Janeiro em 1820, e de Carolina Augusta Pereira d'Eça, nascida em Monção em 1826. O pai de Eça de Queirós, magistrado e par do reino, convivia regularmente com Camilo Castelo Branco, quando este vinha à Póvoa para se divertir no Largo do Café Chinês.

Eça de Queirós foi batizado como «filho natural de José Maria d'Almeida de Teixeira de Queirós e de Mãe incógnita» fórmula comum que traduzia a solução usada em casos similares nos registos de baptismo quando a mãe pertencia a estratos sociais elevados.

Uma das teses para tentar justificar o facto dos pais do escritor não se terem casado antes do nascimento deste sustenta que Carolina Augusta Pereira de Eça não teria obtido o necessário consentimento da parte de sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça. De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se oporia, casaram-se os pais de Eça de Queirós, quando o menino tinha quase quatro anos.

Por via dessas contingências foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó paterna que em 1900 morreu. Nessa altura, foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra onde estudou direito. Além do escritor, os pais teriam mais seis filhos.

Estátua na Póvoa de Varzim.

O pai era magistrado, formado em Direito por Coimbra. Foi juiz instrutor do célebre processo de Camilo Castelo Branco, juiz da Relação e do Supremo Tribunal de Lisboa, presidente do Tribunal do Comércio, deputado por Aveiro, fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do Reino e do Conselho de Sua Majestade. Foi ainda escritor e poeta.

Em Coimbra, Eça foi amigo de Antero de Quental. Os seus primeiros trabalhos, publicados avulso na revista "Gazeta de Portugal", foram depois coligidos em livro, publicado postumamente com o título Prosas Bárbaras.

Em 1866, Eça de Queirós terminou a Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra e passou a viver em Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo. Foi director do periódico O Distrito de Évora. Porém continuaria a colaborar esporadicamente em jornais e revistas ocasionalmente durante toda a vida. Mais tarde fundaria a Revista de Portugal

Em 1869 e 1870, Eça de Queirós fez uma viagem de seis semanas ao Oriente (de 23 de outubro de 1869 a 3 de janeiro de 1870), em companhia de D. Luís de Castro, 5.º Conde de Resende, irmão da sua futura mulher, D. Emília de Castro, tendo assistido no Egipto à inauguração do canal do Suez: os jornais do Cairo referem «Le Comte de Rezende, grand amiral de Portugal et chevalier de Queirós». Visitaram, igualmente, a Palestina. Aproveitou as notas de viagem para alguns dos seus trabalhos, o mais notável dos quais o O mistério da estrada de Sintra, em 1870, e A relíquia, publicado em 1887. Em 1871, foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.

Em 1870 ingressou na Administração Pública, sendo nomeado administrador do Concelho de Leiria. Foi enquanto permaneceu nesta cidade, que Eça de Queirós escreveu a sua primeira novela realista, O Crime do Padre Amaro, publicada em 1875.

Tendo ingressado na carreira diplomática, em 1873 foi nomeado cônsul de Portugal em Havana. Os anos mais produtivos de sua carreira literária foram passados em Inglaterra, entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu o cargo em Newcastle e Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, como A Capital, escrito numa prosa hábil, plena de realismo. Manteve a sua actividade jornalística, publicando esporadicamente no Diário de Notícias, em Lisboa, a rubrica «Cartas de Inglaterra». Mais tarde, em 1888 seria nomeado cõnsul em Paris.

Seu último livro foi A Ilustre Casa de Ramires, sobre um fidalgo do século XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. É um romance imaginativo, entremeado com capítulos de uma aventura de vingança bárbara que se passa no século XII, escrita por Gonçalo Mendes Ramires, o protagonista. Trata-se de uma novela chamada A Torre de D. Ramires, em que antepassados de Gonçalo são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão moral e intelectual do rapaz.

Aos 40 anos casou com Emília de Resende, com quem teve 4 filhos: Alberto, António, José Maria e Maria.

Morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua casa de Neuilly, perto de Paris. Teve funeral de Estado. Está sepultado em Santa Cruz do Douro.

Foi também o autor da Correspondência de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925. Fradique Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da Estrada de Sintra. Seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente vinte línguas.

Obras

* O mistério da estrada de Sintra (1870)
* O Crime do Padre Amaro (1875)
* A Tragédia da Rua das Flores (1877-78)
* O Primo Basílio (1878)
* O Mandarim (1880)
* As Minas de Salomão (1885) (tradução)
* A Relíquia (1887)
* Os Maias (1888)
* Uma Campanha Alegre (1890-91)
* O Tesouro (1893)
* A Aia (1894)
* Adão e Eva no paraíso (1897)
* Correspondência de Fradique Mendes (1900)
* A Ilustre Casa de Ramires (1900)
* A Cidade e as Serras (1901, póstumo)
* Contos (1902, póstumo) (eBook)
* Prosas bárbaras (1903, póstumo)
* Cartas de Inglaterra (1905, póstumo)
* Ecos de Paris (1905, póstumo)
* Cartas familiares e bilhetes de Paris (1907, póstumo)
* Notas contemporâneas (1909, póstumo)
* Últimas páginas (1912, póstumo)
* A Capital (1925, póstumo)
* O conde de Abranhos (1925, póstumo)
* Alves & Companhia (1925, póstumo)
* Correspondência (1925, póstumo)
* O Egipto (1926, póstumo)
* Cartas inéditas de Fradique Mendes (1929, póstumo)
* Eça de Queirós entre os seus - Cartas íntimas (1949, póstumo).

PÓVOA DE VARZIM

A Enseada da Lagoa














Um desfile na Avenida dos Banhos com trajes tradicionais poveiros.



CAMARÃO À BAIANA



Ingredientes:
1 kg de camarão
sal a gosto,
pimenta
limão,
cheiros-verdes
1 kg de tomates (sem pele e sem sementes)
azeite de dendê
leite de côco

Preparo:

Limpar os camarões, retirar as cascas e as tripas, e lavando-os a seguir.
Temperar com sal, pimenta, suco de limão e cheiros-verdes.
Levar ao fogo uma panela com um pouco de azeite.
Quando o azeite estiver quente, colocar os camarões e deixar dourar bem, juntar os tomates formando um molho bem consistente.
Acrescentar o leite de coco, e deixar no fogo com panela bem tapada, por mais 10 minutos.
Por fim, juntar uma colher de azeite de dendê. Pimenta a gosto.

FEIJOADA TRANSMONTANA



Feijoada à Transmontana x Cistus Douro Tinto 2007


Feijoada à Transmontana (à moda de Valpaços)





Ingredientes (para 8 pessoas):


1 kg de feijão; 500 g de orelha de porco;
200 g de focinho de porco; 1 pé de porco;
1 linguiça; 100 g de salpicão; 100 g de presunto;
1 dl de azeite; 1 cebola; 1 ramo de salsa;
1 folha de louro; 1 dente de alho;
pimenta branca, malagueta e colorau;
sal.

Confecção: De véspera, põe-se de molho em água fria num recipiente o feijão previamente lavado e, num outro, as carnes, que são sempre fumadas; No dia seguinte, coze-se o feijão na água em que demolhou; Cozem-se as carnes noutro recipiente e, depois de bem cozidas (incluindo a linguiça e o salpicão), cortam-se em bocados; Cortam-se em rodelas a linguiça (chouriço de carne) e o salpicão; Aloira-se a cebola com o azeite e junta-se-lhe o feijão com a água em que cozeu (que não deve ser muita); Juntam-se as carnes e um pouco de água que serviu para as cozer; Rectifica-se o sal e juntam-se a salsa, o louro, o dente de alho picado, a malagueta e o colorau; Deixa-se apurar com o lume (fogo) muito brando; Acompanha com arroz branco bem seco.

Cistus Douro Tinto 2007 – Um DOC Douro com 14% de teor alcoólico, muito elegante, feito no Douro Superior pela Quinta do Vale da Perdiz Sociedade Agrícola Lda com uvas das castas Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca.

Fonte: Tovi

A HISTÓRIA DO SPORTING CLUBE DE BRAGA

Sporting Clube de Braga Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nome: Sporting Clube de Braga Alcunhas: Arsenalistas, Arcebispos, Braguistas, Bracarenses e Guerreiros do Minho Fundação: 1921 (90 anos) Estádio: Estádio AXA Capacidade: 30.286 pessoas Localização: Braga Presidente: António Salvador Treinador: Leonardo Jardim Patrocinador: AXA Material esportivo: Itália Macron Competição: Primeira Liga 2010/2011: 4.º lugar 2009/10: 2.º lugar 2008/09: 5.º lugar Brazão do Braga O Sporting Clube de Braga, frequentemente tratado por apenas Sporting de Braga, Braga ou pelo acrónimo SCB, é um clube desportivo fundado oficialmente em 19 de Janeiro em 1921 e sediado na cidade de Braga, em Portugal. Trata-se de um clube eclético que, para além do futebol, se distingue em modalidades como o atletismo e a natação, tendo já vencido vários troféus nacionais e internacionais. Atualmente milita na Primeira Liga de futebol. O Sporting de Braga é hoje um clube de referência nacional que disputa a hegemonia dos três principais clubes portugueses (Porto, Benfica e Sporting). O clube dispõe de um palmarés significativo que inclui a conquista da Taça de Portugal na época de 1966/67 e da Taça Federação Portuguesa de Futebol em 1976/77. Nas últimas épocas classificou-se repetidamente nos cinco primeiros postos do campeonato português, assegurando presença assídua na Taça UEFA com resultados meritórios. A conquista da Taça Intertoto em 2008, o segundo lugar no Campeonato em 2010, a presença inédita na edição 2010/11 da Liga dos Campeões e o segundo lugar na Liga Europa da UEFA de 2010-11, constituem-se como momentos ímpares da afirmação internacional do clube português que mais tem crescido nos últimos anos. O crescimento desportivo tem sido acompanhado pelo aumento significativo do número de sócios. Atualmente, o Braga conta com mais de 25.000 sócios, que acompanham a equipa de forma especial. No final da época de 2009/10, quando o clube disputava o primeiro lugar do campeonato com o Benfica, vários milhares de adeptos acompanharam a equipa nas deslocações às cidades de Leiria e Figueira da Foz. Em casa, o jogo com mais adeptos foi a recepção ao Marítimo da Ilha da Madeira em 14 de Fevereiro de 2010, que contou com 30.184 espectadores nas bancadas do Estádio Axa. Tem como principal rival o Vitória de Guimarães, o seu "vizinho" de cidade com quem protagoniza o "Derby do Minho". História O clube foi oficialmente fundado em 19 de Janeiro de 1921, mas o processo de criação inicou-se mais cedo, em meados do ano de 1919, quando um grupo de jovens, na sua maioria estudantes, de onde se destacaram Celestino Lobo, Carlos José de Morais, os irmãos Carvalho, Eurico Sameiro, Costinha, João Gomes, (que viria a ser o seu primeiro presidente) e ainda Joaquim de Oliveira Costa se reuniram à volta da ideia de criar um clube de futebol que representasse a cidade de Braga. O primeiro jogo do clube foi disputado no campo do Antigo Colégio de Espírito Santo, frente à equipa do Algés e Dafundo. O primeiro campo do Sporting de Braga localizava-se na Quinta Mitra, propriedade do Estado que a Sociedade de Melhoramentos de Braga tomou para arrendamento e onde se fez um pequeno campo para a prática do futebol. Depois de várias épocas na Segunda Divisão Nacional, o Sporting de Braga ascende pela primeira vez à Primeira Divisão Nacional ao sagrar-se campeão nacional da Segunda Divisão em 29 de Janeiro de 1947 com uma vitória por 2-0 sobre o "Onze Unidos", no Montijo. Em 1950 foi inaugurado o Estádio 28 de Maio (atualmente denominado Estádio 1º de Maio) e o Braga passou a contar com uma casa com capacidade para cerca de 40.000 espectadores. Nas décadas de 50 e 60, o clube começa a consolidar a sua presença na Primeira Divisão Nacional, alcançando o quinto lugar nas épocas de 1953-1954, 1954-1955 e 1957-1958. Em 1961 cai à Segunda Divisão e só havia de regressar à Primeira Divisão Nacional em 20 de Abril de 1964 ao vencer o Sporting da Covilhã por 4-1 perante 38.000 espectadores, naquela que foi a maior enchente do Estádio 28 de Maio após a inauguração. Em 20 de Maio de 1964 o Braga sagrava-se campeão nacional da Segunda Divisão pela segunda vez, ao vencer em Coimbra o Torreense por 2-1. Em 22 de Maio de 1966 o Braga venceu a Taça de Portugal no Estádio do Jamor em Lisboa, ao derrotar o Vitória de Setúbal por 1-0, com um golo de Perrichon. Com a vitória na Taça e o consequente acesso à Taça das Taças, estava garantida, pela primeira vez, a participação numa prova internacional de futebol. Após este sucesso, o clube volta a viver dificuldades e acaba por cair na Segunda Divisão na época de 1969-1970. Contudo, em 1974-1975 retorna à Primeira Divisão Nacional onde permanece desde então. O Sporting Clube de Braga, logo depois de Porto, Benfica e Sporting, é o quarto clube há mais anos consecutivos na Primeira Divisão Nacional. Em 1976-1977 vence a Taça Federação Portuguesa de Futebol, prova que apenas contou com uma edição. No presente século, o clube altera radicalmente o modelo de gestão com a eleição de António Salvador e inicia uma era de resultados que o projetam em termos nacionais e internacionais. Também a nível de insfraestruturas, o clube passa a utilizar o Estádio Municipal de Braga, construído para o Euro 2004. Desde a época 2003-2004 participa ininterruptamente nas competições europeias, tendo conquistado a Taça Intertoto na época 2008-2009 e atingido os oitavos-de-final da Taça UEFA nas épocas 2006-2007 e 2008-2009. Em 2010, depois de sagrar-se vice-campeão nacional, participa pela primeira vez na Liga dos Campeões. Na temporada 2010-2011, o Braga fez a sua estreia na Liga dos Campeões em casa, numa vitória por 3-0 contra o Celtic, na primeira mão da terceira pré-eliminatória. Apesar de ter perdido a segunda partida fora de casa por 2-1 no Celtic Park, passou para a próxima ronda com um resultado agregado de 4-2. Na quarta ronda de qualificação, venceu o Sevilla FC por 1-0 em casa e 4-3 fora, entrando assim na fase de grupos da Liga dos Campeões pela primeira vez. A 15 de Setembro de 2010, o Braga foi derrotado por 6-0 pelo Arsenal fora de casa, na sua primeira fase de grupos. A 28 de Setembro de 2010, o Braga perdeu por 3-0 contra o Shakhtar Donetsk. A 19 de Outubro de 2010, em Braga venceu por 2-0 contra o Partizan. Duas semanas depois, no dia 3 de Novembro de 2010, o Braga venceu por 1-0 o Partizan, em Belgrado. A 23 de Novembro de 2010, o Braga bateu o Arsenal por 2-0 em casa, mantendo as suas esperanças de se classificar para a fase eliminatória. No entanto, a 9 de Dezembro de 2010, o Braga perdeu por 2-0 com o Shakhtar Donetsk, enquanto o Arsenal FC venceu o Partizan por 3-1. O resultado fez com que o Shakhtar Donetsk e o Arsenal avançassem para a segunda ronda, mas o Braga terminou em terceiro no grupo para se qualificar para a fase eliminatória da Liga Europa, onde viria a eliminar o Lech Poznan (2-1 em agregado), o Liverpool (1-0 em agregado, chegando pela primeira vez aos quartos-de-final da Liga Europa), o Dínamo de Kiev (1-1 em agregado), avançando para as semifinais da Liga Europa pela primeira vez, através da regra dos golos fora de casa) e o Benfica (2-2 em agregado), avançando para a final da Liga Europa pela primeira vez, através da regra dos golos fora de casa). No dia 18 de Maio de 2011, o Braga perdeu com o Porto por 1-0 na final da Liga Europa 2010-2011 no Aviva Stadium(Dublin), acabando o seu sonho europeu. Palmarés * Vice-Campeão Nacional de Futebol: 2009-2010 * Vencedor da Taça de Portugal: 1965-1966 * Vencedor da Taça da FPF: 1976-1977 * Campeão Nacional da 2ª Divisão: 1946-1947, 1963-1964 Estádio 28 de Maio de Braga Inaugurado em 28 de Maio de 1950 para celebrar a Revolução de 28 de Maio, que partira da cidade de Braga em 1926, o Estádio 28 de Maio é um marco no panorama arquitetónico português. O estádio foi idealizado pelo arquiteto Travassos Valdez para ombrear com o Estádio Nacional do Jamor e, tal como este, é todo construído em pedra. Foi a casa do Sporting de Braga até Dezembro de 2003. Estádio Municipal de Braga Em 30 de Dezembro de 2004, o Sporting de Braga inaugurou o Estádio Municipal de Braga com uma vitória por 1-0 (golo de Paulo Jorge) em partida amigável com o Celta de Vigo. Trata-se de um estádio moderno, projetado pelo prestigiado arquitecto português Eduardo Souto Moura e construído para receber os jogos do Euro 2004. O estádio foi, por diversas vezes, considerado um dos mais originais e belos estádios do mundo, tendo obtido várias distinções nacionais e internacionais. Desde a inauguração, o estádio encheu em várias partidas e tem registado uma média crescente de espectadores. Assistências nos Jogos da Liga Média 2005/06 196.356 2006/07 183.838 2007/08 234.211 2008/09 158.278 2009/10 214.112 2010/11 217.630 Plantel 2011/12 Guarda-redes(goleiro) 1 Portugal- Quim 32 Itália- Berni 77 Brasil- Marcos Defesas 2 Brasil- Rodrigo Galo 13 Portugal- Henrique 23 Portugal- Emmanuel Imorou 20 Nigéria- Elderson 4 Portugal- André Coelho 5 Brasil- Ewerton 15 Brasil- Baiano 26 Brasil- Paulo Vinícius Centro-campistas 6 Brasil- Vinicius 8 Brasil- Mossoró Capitão Espanha- Fran Mérida Brasil- Gérson Magrão 25 Brasil- Leandro Salino 27 Portugal- Custódio 22 Chade- Djamal 40 Brasil- Guilherme 45 Portugal- Hugo Viana Capitão Avançados 7 Portugal- Ukra 9 Brasil- Paulo César 10 Portugal- Hélder Barbosa 29 Cabo Verde- Zé Luís 99 Brasil- Douglas 14 Brasil- Lima 19 Camarões- Meyong 21 Portugal- Nuno Gomes 30 Brasil- Alan Capitão 31 Portugal- Pizzi 18 Brasil- Brunno Azevedo Treinador Portugal Leonardo Jardim I Liga / 1ª Divisão o 2º lugar: 09/10 o 4º lugar: 77/78, 78/79, 83/84, 96/97, 00/01, 04/05, 05/06, 06/07, 10/11 o 5º lugar: 53/54, 54/55, 57/58, 03/04, 08/09 o 6º lugar: 80/81, 82/83, 88/89 o 7º lugar: 50/51, 58/59, 75/76, 81/82, 90/91, 07/08 o 8º lugar: 48/49, 49/50, 51/52, 76/77, 84/85, 95/96 o 9º lugar: 66/67, 67/68, 79/80, 85/86, 99/00 o 10º lugar: 64/65, 65/66, 94/95, 97/98, 98/99 o 11º lugar: 86/87, 87/88, 91/92 o 12º lugar: 59/60, 68/69, 89/90, 92/93 o 13º lugar: 47/48, 52/53, 60/61, 69/70 o 14º lugar: 55/56, 02/03 o 15º lugar: 93/94 * Taça de Portugal o Vencedor: 65/66 o Finalista: 76/77, 81/82, 97/98 o Semifinalista: 64/65, 66/67, 77/78, 78/79, 85/86, 88/89, 01/02, 03/04, 06/07 * Taça da FPF o Vencedor: 76/77 * Taça da Liga o 3ª ronda: 07/08, 09/10, 10/11 o 2ª ronda: 08/09 Guarda redes(goleiro) * Portugal Quim * Portugal Eduardo * Portugal Rui Correia * Portugal Armando * Portugal Paulo Santos Defesas * Portugal- Zé Nuno Azevedo * Portugal- Dito * Brasil- Moisés * Portugal Sílvio * Portugal- Artur Jorge * Brasil- João Cardoso * Portugal- Paulo Jorge * Portugal- Nunes * Peru- Rodríguez Médios * Portugal- Tiago * Portugal- Castanheira * Brasil- Vandinho * Portugal- Barroso * Brasil- Mossoró * Brasil- Alan * Portugal- Fernando Pires * Portugal- João Mendonça * Uruguai- Luis Aguiar * Portugal- Hugo Viana Avançados * Portugal- Nuno Gomes * Portugal- Jorge Mendonça * Portugal- Fernando Mendonça * Croácia- Karoglan * Hungria- Miklós Fehér * Portugal- João Pinto * Portugal- Pedro Lavoura * Portugal- Chico Faria * Portugal- Alberto Augusto * Brasil- Wender * Brasil- Matheus * Portugal- Chico Gordo * Portugal- João Tomás * Brasil- Lima * Brasil- Brunno Azevedo Treinadores Notáveis * Portugal- Domingos Paciência * Portugal- Jesualdo Ferreira * Portugal- Manuel Cajuda * Hungria- Josef Szabo * Espanha- Fernando Castro Santos Claques Organizadas(torcidas organizadas) * Red Boys * Bracara Legion Ver também * Cidade de Braga * Estádio Municipal de Braga * Estádio 1.º de Maio (Braga) * Euro 2004 * António Salvador Depois de várias épocas na Segunda Divisão Nacional, o Sporting de Braga ascende pela primeira vez à Primeira Divisão Nacional ao sagrar-se campeão nacional da Segunda Divisão em 29 de Janeiro de 1947 com uma vitória por 2-0 sobre o "Onze Unidos", no Montijo. Em 1950 foi inaugurado o Estádio 28 de Maio (atualmente denominado Estádio 1º de Maio) e o Braga passou a contar com uma casa com capacidade para cerca de 40.000 espectadores. Nas décadas de 50 e 60, o clube começa a consolidar a sua presença na Primeira Divisão Nacional, alcançando o quinto lugar nas épocas de 1953-1954, 1954-1955 e 1957-1958. Em 1961 cai à Segunda Divisão e só havia de regressar à Primeira Divisão Nacional em 20 de Abril de 1964 ao vencer o Sporting da Covilhã por 4-1 perante 38.000 espectadores [carece de fontes?], naquela que foi a maior enchente do Estádio 28 de Maio após a inauguração. Em 20 de Maio de 1964 o Braga sagrava-se campeão nacional da Segunda Divisão pela segunda vez, ao vencer em Coimbra o Torreense por 2-1. Em 22 de Maio de 1966 o Braga venceu a Taça de Portugal no Estádio do Jamor ao derrotar o Vitória de Setúbal por 1-0, com um golo de Perrichon. Com a vitória na Taça e o consequente acesso à Taça das Taças, estava garantida, pela primeira vez, a participação numa prova internacional de futebol. Após este sucesso, o clube volta a viver dificuldades e acaba por cair na Segunda Divisão na época de 1969-1970. Contudo, em 1974-1975 retorna à Primeira Divisão Nacional onde permanece desde então. O Sporting Clube de Braga, logo depois de Porto, Benfica e Sporting, é o quarto clube há mais anos consecutivos na Primeira Divisão Nacional. Em 1976-1977 vence a Taça Federação Portuguesa de Futebol, prova que apenas contou com uma edição. No presente século, o clube altera radicalmente o modelo de gestão com a eleição de António Salvador e inicia uma era de resultados que o projetam em termos nacionais e internacionais. Também a nível de infraestruturas, o clube passa a utilizar o Estádio Municipal de Braga, construído para o Euro 2004. Desde a época 2003-2004 participa ininterruptamente nas competições europeias, tendo conquistado a Taça Intertoto na época 2008-2009 e atingido os oitavos-de-final da Taça UEFA nas épocas 2006-2007 e 2008-2009. Em 2010, depois de sagrar-se vice-campeão nacional, participa pela primeira vez na Liga dos Campeões. Na temporada 2010-2011, o Braga fez a sua estreia na Liga dos Campeões em casa, numa vitória por 3-0 contra o Celtic, na primeira mão da terceira pré-eliminatória. Apesar de ter perdido a segunda partida fora de casa por 2-1 no Celtic Park, passou para a próxima ronda com um resultado agregado de 4-2. Na quarta ronda de qualificação, venceu o Sevilla FC por 1-0 em casa e 4-3 fora, entrando assim na fase de grupos da Liga dos Campeões pela primeira vez. A 15 de Setembro de 2010, o Braga foi derrotado por 6-0 pelo Arsenal fora de casa, na sua primeira fase de grupos. A 28 de Setembro de 2010, o Braga perdeu por 3-0 contra o Shakhtar Donetsk. A 19 de Outubro de 2010, em Braga venceu por 2-0 contra o Partizan. Duas semanas depois, no dia 3 de Novembro de 2010, o Braga venceu por 1-0 o Partizan, em Belgrado. A 23 de Novembro de 2010, o Braga bateu o Arsenal por 2-0 em casa, mantendo as suas esperanças de se classificar para a fase eliminatória. No entanto, a 9 de Dezembro de 2010, o Braga perdeu por 2-0 com o Shakhtar Donetsk, enquanto o Arsenal FC venceu o Partizan por 3-1. O resultado fez com que o Shakhtar Donetsk e o Arsenal avançassem para a segunda ronda, mas o Braga terminou em terceiro no grupo para se qualificar para a fase eliminatória da Liga Europa, onde viria a eliminar o Lech Poznan (2-1 em agregado), o Liverpool (1-0 em agregado, chegando pela primeira vez aos quartos-de-final da Liga Europa), o Dínamo de Kiev (1-1 em agregado, avançando para as semifinais da Liga Europa pela primeira vez, através da regra dos golos fora de casa) e o Benfica (2-2 em agregado, avançando para a final da Liga Europa pela primeira vez, através da regra dos golos fora de casa). No dia 18 de Maio de 2011, o Braga perdeu com o Porto por 1-0 na final da Liga Europa 2010-2011 no Aviva Stadium(Dublin), acabando o seu sonho europeu. Equipa Feminina de Voleibol do S. C. Braga Conheça a cidade onde nasceu o Sporting Clube de Braga Braga Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Coordenadas: 41° 32' N 08° 25' O Brasão Bandeira Localização de Braga O Distrito de Braga é um distrito português, pertencente à província tradicional do Minho. Limita a norte com o Distrito de Viana do Castelo e com Espanha, a leste com o Distrito de Vila Real, a sul com o Distrito do Porto e a oeste com o oceano Atlântico. Tem uma área de 2 673 km² (15.º maior distrito português) e uma população residente de 866 012 habitantes (2009)[1]. A sede do distrito é a cidade com o mesmo nome. Gentílico: bracarense, bracaraugustano, brácaro, braguês Área: 183,4 km² População: 181 819 hab. (2011[1]) Densidade populacional: 991,38 hab./km² N.º de freguesias: 62 Presidente da Câmara Municipal: Mesquita Machado (PS) Mandato: 2009-2013 Fundação do município (ou foral) Região (NUTS II): Norte Sub-região (NUTS III): Cávado Distrito: Braga Antiga província: Minho Orago: São Geraldo Arcebispo: Primaz de Braga Feriado municipal: 24 de Junho Código postal: 4700 Braga Endereço dos Paços do Concelho: Praça do Município, 4704-514 Braga Sítio oficial http://www.cm-braga.pt Endereço de correio electrónico: municipe@cm-braga.pt Braga é a mais antiga cidade portuguesa e uma das cidades cristãs mais antigas do mundo; fundada no tempo dos romanos como Bracara Augusta, conta com mais de 2 000 anos de História como cidade. Situada no Norte de Portugal, mais propriamente no Vale do Cávado, Braga possui 181 819 habitantes no seu concelho (2011), sendo o centro da região minhota, com mais de um milhão de habitantes (2007). Escolhida pelo Fórum Europeu da Juventude para Capital Europeia da Juventude em 2012, é uma cidade cheia de cultura e tradições, onde a História e a religião vivem lado a lado com a indústria tecnológica e com o ensino universitário. Na gíria popular é conhecida como, a "Cidade dos Arcebispos". Durante séculos, o seu Arcebispo foi o mais importante na Península Ibérica; É ainda detentor do título de Primaz das Espanhas. Também é conhecida como a cidade dos arcebispos. Maiores detalhes sobre a cidade de Braga, clicar em ...Assim Nasceu Braga... Matéria em construção... Sé Catedral de Braga

A HISTÓRIA DO RIO BRANCO ATLÉTICO CLUBE

Rio Branco Atlético Clube Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nome: Rio Branco Atlético Clube Alcunhas: Capa Preta, Brancão, O mais Querido do E.Santo Torcedor/Adepto: Capa-Preta Mascote: Cavaleiro Capa Preta Fundação: 21 de Junho de 1913 (98 anos) Estádio: Brasil Engenheiro Alencar Arararipe Capacidade: 13.410 torcedores Presidente: Brasil Maurício Cézar Duque Treinador: Mauro Rosa Patrocinadores: Brasil BMG Brasil NetService Brasil Unimed Brasil Lupo Brasil 7LAN Material esportivo: Brasil Mitto Sport Competição: Espírito Santo, Campeonato Capixaba Campeonato Brasileiro - Série D Ranking nacional 98º, 102 pontos Uniforme titular Uniforme alternativo O Rio Branco Atlético Clube é uma agremiação esportiva do Espírito Santo, fundada a 21 de junho de 1913. Sua sede administrativa se localiza em Vitória. Também conhecido como "Capa-Preta" e "Brancão", o Rio Branco é o maior detentor de títulos estaduais do Espírito Santo, somando 36 campeonatos. Já disputou as séries A, B, C e D do Campeonato Brasileiro. O "Capa-Preta", segundo pesquisas, tem a maior torcida do Espírito Santo com aproximadamente 30% dos torcedores do estado. O time alvinegro foi o 3º time de futebol profissional fundado no estado. História A 21 de junho de 1913 nascia o clube "Mais Querido do Espírito Santo", criado pelos meninos Antonio Miguez, José Batista Pavão, Edmundo Martins, Nestor Ferreira Lima, Gervásio Pimentel, Cleto Santos entre outros, pois não podiam jogar nos clubes de futebol da época. Portanto, resolveram fundar o Rio Branco Atlético Clube. Nasceu com o nome de Juventude e Vigor, mas em 10 de fevereiro de 1914 resolveram homenagear o então Chanceler José Maria da Silva Paranhos Junior, o Barão de Rio Branco. Depois de uma disputa de influências políticas entre Rio Branco e seu histórico rival o Vitória, o Rio Branco construiu seu segundo estádio em 1934, em Jucutuquara. O Estádio Governador Bley, na época, era o terceiro maior estádio do Brasil, ficando atrás apenas do São Januário, de propriedade do Vasco da Gama e do Estádio das Laranjeiras, pertencente ao Fluminense. O “Bley” foi palco de muitas conquistas da história do Rio Branco, como o hexacampeonato capixaba - 1934/1935/1936/1937/1938/1939. Jogando no Bley, o capa-preta fez uma boa campanha na Copa dos Campeões Estaduais de 1937 – a primeira competição nacional de futebol realizada no Brasil, que o Rio Branco ficou em terceiro lugar. Naquele ano, vitória em cima do Fluminense por 4x3. Devido a administrações pouco comprometidas com o crescimento da entidade ou mesmo com o patrimônio do clube, o estádio foi perdido para o pagamentos de dívidas e hoje pertencente ao Instituto Federal do Espírito Santo (IFES). Anos depois o clube buscou um novo terreno, no município de Cariacica, na Grande Vitória, onde sonhou construir o mais moderno estádio do estado, o Estádio Kleber Andrade (homenagem a um antigo presidente do Clube), o projeto inicialmente previa capacidade para 80.000 pessoas sendo o maior do Espírito Santo. A inauguração foi em 1983 em um amistoso entre Rio Branco e Guarapari vencido pelo time da casa por 3x2. Apesar das grandes pretensões em construir o maior estádio do estado, o Estádio Kleber Andrade nunca teve suas obras finalizadas, mas foi a casa do time por muitos anos e o principal estádio do Espírito Santo. O Rio Branco criou raízes em Campo Grande, bairro que faz parte da RMGV,(Região Metropolitana da Grande Vitória) e que hoje abriga grande parte da torcida Capa-Preta. Em 2008, o estádio foi vendido ao Governo do Estado do Espírito Santo, possibilitando ao clube quitar seus débitos e também poder planejar o inicio da construção do Centro de Treinamento. Ainda neste ano, o Rio Branco Atlético Clube, voltou a ter sede administrativa na cidade de Vitória, mais precisamente na Avenida Nossa Senhora da Penha, 1495, bairro Santa Lúcia, na capital capixaba. Depois de uma série de administrações, que não conseguiram resolver completamente os problemas do clube, restou ao Rio Branco, como patrimônio físico, uma área de aproximadamente 60.000 m² localizada em Portal de Jacaraípe, Região Metropolitana de Vitória, onde será erguido o CT Capa-Preta. Financeiramente o clube tem em torno de R$ 4 milhões depositados em juízo, atualmente está brigando para que as pendências judiciais, aproximadamente 8 ações pendentes, sejam eliminadas o mais rápido possível e assim possa retirar os valores para investir no tão sonhado CT. Enquanto isso, o clube vive com os patrocínios. O papão de títulos Capixabas (1934-1951) Até o ano de 1934, o Rio Branco já havia conquistado dois bi-campeonatos (1918/1919 e 1929/1930) e outros dois estaduais (1921 e 1924), mas foi no período entre 1934 e 1951 que o Capa-Preta ganhou sua maior sequência de títulos; Um hexacampeonato (1934/1935/1936/1937/1938 e 1939), um bi (1941/1942), um tri (1945/1946/1947) e os campeonatos de 1949 e 1951. Anos Dourados (1985-1986) Estádios lotados no Campeonato Brasileiro Depois de ganhar dois estaduais seguidos (1982 e 1983) e ser terceiro lugar em 1984, o Rio Branco conquistou o título de 1985 diante de 27 mil torcedores e garantiu vaga no Brasileiro da série A de 1986, a última vez que por sinal integrou a elite nacional. O Capa-Preta conseguiu boas vitórias naquele campeonato, que foi a última participação do clube na Série A do Brasileirão: duas vitórias sobre o Vasco (2 a 1 em São Januário e 1 a 0 no Kleber Andrade), 2 x 0 sobre o Ceará , 2 x 1 em cima do Internacional, 4 x 0 no Piauí, 2 x 1 no Atlético-GO e 1 x 0 no Náutico no Arruda, o caldeirão pernambucano, além de vitórias sobre times como Operário e Nacional. Era a época em que os clubes de fora temiam jogar no Espírito Santo, pois a pressão da torcida era imensa. Em seus 12 jogos como mandante, o "Capa-preta" levou mais de 157 mil pessoas ao Kleber Andrade e ao Engenheiro Araripe. No jogo contra o Vasco, o público presente foi de 50.000 espectadores como demonstra a Revista Placar daquela época. O renascimento A reestruturação (2003-2006) Durante a década de 1990 até o inicio dos anos 2000, o Rio Branco passou por gestões desorganizadas em sua direção. Nessa época, o time se endividou e viveu um jejum de 24 anos sem títulos. Em outubro de 2003, apaixonados Capa-Pretas começaram a fazer um movimento, na tentativa de salvar o Rio Branco, pois na época estava "em estado terminal na UTI". Estes abnegados iniciaram uma série de reuniões, primeiro entre o Dr. Paulo Marangoni, Rommel Rubim e Notier Menezes. Sem lugar para conversar, improvisaram um "escritório" em um café no Praia Shopping, onde planejaram o que fazer e qual caminho seguir. As idéias eram muitas, mas depois caíram na real e viram como seria difícil tocar o clube, totalmente endividado, sem nenhum crédito e com cobranças enormes vindas de todos os lados. As informações que recebiam era de que os jogadores iam para os jogos de transporte público. Notier foi ver de perto o que acontecia, acompanhou um jogo do "Mais Querido" em Cachoeiro contra o Estrela, pela Copa Espírito Santo e quando viu o ônibus que estava trazendo a delegação ao Sumaré, ficou apavorado. O ônibus tinha emendas por toda a lataria, os pneus totalmente "carecas" e segundo os jogadores, não tinha banheiro. Iniciava aí o grande desafio de reerguer o clube de maior apelo do Espírito Santo, acreditar que era possível, acreditar que sendo sérios o clube poderia ser melhor e voltar a figurar como o principal clube do estado. A volta do Mais Querido do Espírito Santo (2007-2010) Ao passar por uma reestruturação administrativa em 2006, o Rio Branco voltou a ter credibilidade. A venda do seu estádio ao governo, em 2008, levantou verba para pagar suas dívidas e para a construção de um centro de treinamento. Dentro das quatro linhas, essa reestruturação rendeu frutos. O time chegou a quatro finais em 3 anos (Copa Espírito Santo em 2008/2009 e Capixabão em 2009/2010). Na última, o Rio Branco quebrou o jejum e conquistou o título capixaba depois de 24 anos, dando ao torcedor o grito tão esperado de campeão. Títulos Campeonato Capixaba: 36 (1918, 1919, 1921, 1924, 1929, 1930, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1941, 1942, 1945, 1946, 1947, 1949, 1951, 1957, 1958, 1959, 1962, 1963, 1966, 1968, 1969, 1970, 1971, 1973, 1975, 1978, 1982, 1983, 1985, 2010). Campeonato Capixaba - 2ª Divisão: 1 (2005). Taça Cidade de Vitória: 27 (1918, 1919, 1921, 1924, 1929, 1930, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1941, 1942, 1945, 1946, 1947, 1949, 1951, 1957, 1958, 1959, 1964, 1965, 1967, 1969, 1971). Torneio Início: 24 (1918, 1920, 1921, 1924, 1925, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1934, 1935, 1936, 1940, 1942, 1947, 1956, 1957, 1959, 1962, 1964, 1968, 1969, 1970). Outras Conquistas * Espírito Santo (estado) Torneio Centenário de Vitória: 1951 * Espírito Santo (estado) Torneio dos Campeões Capixabas: 2001 * Espírito Santo (estado) Torneio Metropolitano Master de Futebol: 2002 Participações em Campeonatos Brasileiros Campeonato Brasileiro - Séries A, B, C e D Os campeonatos de 1959 à 1970 são as edições da Taça Brasil e Robertão, reconhecidos pela CBF, desde o dia 22/12/2010, como Campeonato Brasileiro. Ano 1959 Pos. 8º Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 Pos. 13º — — 7º 10º — — 12º — — Ano 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 Pos. — — — — — — A 50º — A 71º A 76º Ano 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 Pos. B 56º — — A 42º A 31º — A 20º B 10º B 24º B 44º Ano 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Pos. — — — — — C 8º — C 25º C 50º — Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Pos. Série C — C 49º C 57º — — — — — D 23º Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Pos. D 18º — — — — — — — — — Espírito Santo (estado) Campeonato Capixaba - Séries A e B Ano 1917 1918 1919 1920 Pos. 2º 1º 1º 2º Ano 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929 1930 Pos. 1º Xº Xº 1º 2º Xº Xº 2º 2º 1º Ano 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 Pos. Xº Xº Xº 1º 1º 1º 1º 1º 1º 2º Ano 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 Pos. 1º 1º 3º Xº 1º 1º 1º Xº 1º 3º Ano 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 Pos. 1º Xº Xº Xº 3º 2º 1º 1º 1º 2º Ano 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 Pos. Xº 1º 1º 2º 2º 1º 2º 1º 1º 1º Ano 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 Pos. 1º 2º 1º 2º 1º 2º 2º 1º 3º 3º Ano 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 Pos. Xº 1º 1º 3º 1º 3º 7º 2 X Xº Ano 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Pos. 9º Xº Xº 8º 4º 7º 6º 3º 3º 4º Ano 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Pos. 8º 2º 6º 3º 1ºB 3º 5º 7º 2º 1º Participações na Taça Brasil * 1967 (12º colocado entre 21 times) *1964 ( 9º colocado entre 22 times) * 1963 ( 8º colocado entre 20 times) * 1960 (13º colocado entre 17 times) * 1959 ( 8º colocado entre 16 times) Brasil Participações na Copa do Brasil * 2011 * 2003 * 2000 * 1999 Copa dos Campeões Estaduais * 1937 (terceiro colocado) Curiosidades Curiosidades do Rio Branco em Brasileiros (Série A) * Goleiro com a maior invencibilidade - Rodolfo, 720 minutos (1986) * Melhor ataque em um campeonato - Série A 1986, 20 gols * Pior ataque em um campeonato - Série A 1976, 5 gols * Maior público em casa - 32.328 pagantes/40.000 presentes, Rio Branco 1x0 Vasco (Kleber Andrade, 21/09/1986) * Menor público em casa - 902 pagantes, Rio Branco 1x4 Vila Nova-GO (Engenheiro Araripe 10/05/1978) * Maior sequência de vitórias - 3 vitórias, (1984) * Maior série invicta - 9 jogos, (1986) * Maior sequência de derrotas - 6 jogos, (1976 e 1983) * Maior jejum de vitórias - 7 jogos, (1976) * Maior goleada aplicada - Rio Branco 4x0 Piauí (Engenheiro Araripe, 17/09/1986) * Maior goleada sofrida - Rio Branco 1x5 Cruzeiro (Kleber Andrade, 19/02/1984) * Maior artilheiro - Mazolinha e Jones, 9 gols (1986) Maiores artilheiros 1. Alcy Simões - 213 gols 2. Carlinhos Gabiru - 136 gols 3. João Francisco - 91 gols 4. Cícero - 80 gols 5. Alcenir - 76 gols 6. Baiano - 74 gols 7. Paixão - 70 gols Maiores goleadas 1. Rio Branco 15 a 0 América, 6 de setembro de 1937 2. Rio Branco 14 a 2 Espirito Santo de Anchieta, maio de 2010 3. Rio Branco 12 a 1 Vasco Coutinho, 27 de agosto de 1944 4. Rio Branco 10 a 0 Botafogo, 19 de janeiro de 1964 5. Rio Branco 10 a 0 Vitória, 1913 6. Rio Branco 10 a 0 Vinte e Nove, 20 de junho de 1934 7. Rio Branco 10 a 0 Santa Isabel, 2 de setembro de 1934 8. Rio Branco 9 a 0 Portugal, 3 de dezembro de 1943 9. Rio Branco 9 a 0 União, 7 de março de 1963 10. Rio Branco 10 a 0 Americano, 9 de julho de 1966 Público recorde no Espírito Santo É do Rio Branco a marca de maior público em uma partida de futebol no Espírito Santo. Em 1986, o Rio Branco participava do Campeonato Brasileiro da série A, e no dia 21 de setembro o Capa-preta recebeu o Vasco da Gama no estádio Kleber Andrade. A torcida alvinegra lotou o estádio e acabou com todos os 32.328 ingressos. Devido a grande quantidade de torcedores de fora, os portões foram abertos e estima-se que mais de 40 mil pessoas tenham assistido ao jogo que terminou 1X0 para o Rio Branco. Goleiro com recorde mundial de tempo sem tomar gols Em 1971, o goleiro Jorge Reis atingiu a marca de 1.604 minutos sem levar gols, marca que na época lhe valeu o recorde mundial. Ainda hoje, Jorge Reis é o terceiro goleiro da história do futebol mundial a ficar mais tempo sem levar gols. Elenco Atual Goleiros BrasilWalter BrasilFelipe Defensores Z Brasil Wedson Z Brasil Luciano Z Brasil Nino L Brasil Thayson L Brasil Helder Meio-campistas V Brasil Ygor V Brasil Gil Baiano M Brasil RonicleyCapitão M/A Brasil Eduardo M/A Brasil Thiago Keller M Brasil Caio M Brasil David M Brasil Cadu Atacantes Brasil Evandro Brasil Humberto Brasil Felipe Brasil Bruno Técnico Brasil Mauro Rosa Mascote História O Rio Branco Atlético Clube tem como mascote o Cavaleiro Capa Preta, uma homenagem ao Sr. Lafayette Cardoso de Resende, apaixonado torcedor, que se tornou símbolo da história do clube, pois na década de 1920 era fazendeiro nas proximidades do Monte Moxuara, região mais rural da Grande Vitória, e cavalgava até o antigo Estádio de Zincopara assistir os jogos, sempre com sua Capa de cor preta, para se proteger da poeira e da chuva! Ele ainda se diferenciava dos demais torcedores, por assistir aos jogos do alto do morro, que dava fundos para a trave esquerda do gramado, sem apear-se do cavalo e nem tirar a capa preta. Torcedor apaixonado, o sr. Lafayete Cardoso, ao vibrar com os gols do time alvinegro, às vezes disparava tiros para o alto com seu revólver. Assim se comportando, o sr. Lafayete ficou logo conhecido, e mais que isso, sua presença passou a ser cobrada pelos torcedores alvinegros. E para ele não havia mais do que uma referência: era o Cavaleiro Capa Preta. Foi assim que o fazendeiro tornou-se o legendário Cavaleiro Capa Preta, um símbolo de admiração, de fidelidade e um qualificativo que consagra os torcedores clube até hoje. Atual Desenho Em 2006, um torcedor apaixonado pelo Rio Branco, como não encontrava na internet um mascote do clube "Mais Querido do Espírito Santo", decidiu pagar um profissional da área para fazer um desenho que doaria ao clube como Mascote. Este torcedor, na época, morador da cidade de Santos, procurou um caricaturista que desenhava mascotes dos times de São Paulo para os jornais, A Tribuna de Santos e Folha de São Paulo. Levando o livro Histórias e Conquistas em mãos, solicitou ao caricaturista, que desse um ar mais "agressivo" ao mascote, sem perder a originalidade que tinha em destaque no livro escrito por Oscar. A grande surpresa ocorreu ao mostrar o livro para o desenhista, ele relatou entusiasmado que seu pai era capixaba e também torcedor do Rio Branco, o desenho não poderia ter ficado mais autêntico. O primeiro mascote redesenhado foi inspirado na capa do livro Histórias e Conquistas de Oscar Gomes Filho e que tem um significado muito grande para os torcedores do Rio Branco Atlético Clube, pois demonstra o Cavaleiro e seu inseparável cavalo indo de encontro à Nação Capa-Preta. Já o segundo foi inspirado na página 40 do mesmo livro, onde tem o mascote ao fundo da foto da associação de torcedores, Legião Capa-Preta, criada por Manoel Ferreira, em 1962, enquanto presidente do "Mais Querido do ES". Rivalidade e Clássicos Seu maior rival é a Desportiva Ferroviária e contra ela faz o maior clássico do estado, conhecido como O Clássico Capixaba. Já contra o Vitória Futebol Clube faz o 2º maior clássico do Espírito Santo,o Vi-Rio, que é rodeado de charme e histórias antigas, pois é o mais antigo clássico. Atualmente, na capital, ex-jogadores dos dois clubes se reúnem para jogar o Vi-Rio da Saudade. Estádio Kleber José de Andrade Projeto Original O projeto original previa capacidade para 80 mil espectadores, apesar disso até 2007 havia capacidade para 45 mil e liberação oficial do Corpo de Bombeiros para 25 mil espectadores, sendo o maior do estado. Todavia, a morosidade na construção, somada às crises do clube e às administrações pouco comprometidas, que teve ao longo dos anos, não permitiram a conclusão do estádio, que foi inaugurado em 1983, em um amistoso entre Rio Branco e Guarapari. O maior público registrado, pela mídia inclusive, foi Rio Branco 1 a 0 Vasco da Gama pelo Campeonato Brasileiro da Série A de 1986, com 32.328 pagantes, mas devido à presença de grande público pressionando os portões do estádio, quando já estavam fechados, a Diretoria do Rio Branco ordenou a abertura e a polícia na época estimou o público presente de aproximadamente 60 mil pessoas. Em 2008, o estádio foi vendido por aproximadamente sete milhões de reais para o governo do estado do Espírito Santo, devido ao grande número de dívidas do clube e à impossibilidade do mesmo em administrá-lo. Parte do dinheiro está sendo usado para pagar essas dívidas e o restante será para a reestruturação do clube de maior torcida do estado. Dentre os principais projetos do Rio Branco está a construção de um CT moderno, que atenda às necessidades dos profissionais e da base. O Novo Kleber Andrade O novo Kleber de Andrade terá capacidade para 22.800 mil pessoas devidamente sentadas (podendo ser ampliado para 40 mil) e em shows capacidade aumentada para 50 mil. Terá pista de atletismo, 5 quadras poliesportivas, rampas circulares para deficientes, 2 lanchonetes, refletores e clarabóias para utilização da luz natural e na entrada principal um prédio de 2 pavimentos onde ficarão as bilheterias e um centro de convivência social voltado para a comunidade. Deverá ser usado nas Olimpíadas de 2016. O Governo do Estado publicou, na edição de 25 de fevereiro de 2010 do Diário Oficial do Estado (DOE), o nome da empresa vencedora do processo de licitação para construção e reforma do novo Estádio Estadual Kleber de Andrade. Depois de um longo processo, criteriosamente acompanhado pela Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport) e pelo Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), a Blokos Engenharia Ltda. venceu a concorrência. As obras do estádio Kléber Andrade se iniciaram em 13 de março de 2010 e têm previsão de conclusão em 20 meses. Projeto Craque Capa-Preta Apresentação SINCADES Em 5 de outubro de 2010 o presidente do Rio Branco, Maurício Duque, e o Presidente do Conselho Deliberativo, Rosalvo Trazzi, representaram o Rio Branco no encontro do SINCADES - Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo, realizado no auditório do edifício Palácio do Café em Vitória. Maurício Duque apresentou para um público de mais de 40 empresários capixabas, o Projeto "Craque Capa-Preta", que visa a captação de recursos para as categorias de base (sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20). Aproveitou também para apresentar a marca Rio Branco onde reforçou: "Hoje temos como patrocinadores a Scua, BMG, Unimed e Lupo, que são empresas com atuação nacional. A marca Rio Branco chama a atenção das empresas de fora e, obviamente, dá retorno, isso ficou comprovado com a renovação dos contratos. Esperamos poder contar com o apoio das empresas capixabas". A apresentação foi bastante aplaudida. O SINCADES divulgará o projeto aos empresários e colaboradores que não puderam comparecer através do seu infomativo mensal. Apresentação FINDES Em 14 de outubro de 2010 o presidente do Rio Branco, Maurício Duque, repetiu a apresentação do Projeto "Craque Capa-preta" para outro grupo de empresários capixabas, desta vez, em reunião realizada na FINDES - Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo. Mais de 30 empresários capixabas estavam presentes e puderam conhecer o Projeto "Craque Capa-Preta", que visa a captação de recursos para as categorias de base (sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20). Acompanharam também a apresentação, os jornalistas Rodrigo Ronchi (Rede Vitória), Jorge Félix (TV Gazeta) e Jairo Peçanha (Rádio ES). Duque frisou a importância da formação dos atletas: "Os recursos arrecadados só podem ser utilizados nas categorias de base, porém irão se refletir na categoria profissional, pois aproveitaremos esses atletas para a equipe principal, como já começamos a fazer". A FINDES divulgará o projeto aos empresários e colaboradores que não puderam comparecer através de seu mailing (mala direta). Projeto Sócio Torcedor e Patrimonial Atualmente o Rio Branco Atlético Clube tem aproximadamente 100 sócios proprietários e 900 sócios torcedores. No caso dos sócios torcedores, uma inadimplência média de 40%, o que também é normal em programas deste tipo. Programa Sócio Patrimonial O programa conta com alguns atrativos, já que não possuímos um clube social com as características dos clubes “Ítalo Brasileiro” ou “Álvares Cabral”. Recentemente, fechamos um acordo com o SESC e nossos associados podem usufruir dos benefícios e instalações do SESC em todo o Espírito Santo. E, certamente, no caso do Rio Branco, uma equipe competitiva e a conquista de títulos contribuem sobremaneira para a captação de novos sócios, principalmente o Sócio-Torcedor. Projeto do CT Capa-Preta A construção do Centro de Treinamento ainda não está sendo executada devido a restrição orçamentária. O clube precisa resolver os poucos processos trabalhistas que restam e utilizar os recursos que sobrarão da desapropriação do Estádio Kleber Andrade e da antiga Sede da Ilha de Santa Maria para a construção do CT. Hino Ranking da CBF * Posição: 98º * Pontuação: 102 pontos Desde o inicio do futebol no Espírito Santo, o Rio Branco é o time mais popular do estado. Existem relatos de torcidas organizadas já na década de 1920. Pesquisas na década de 1980 apontavam que o clube tinha cerca de 40% da torcida do estado. Pesquisas mais recentes do Instituto Futura, mostram o Rio Branco na preferência do torcedor capixaba. * Torcida Organizada Comando Alvinegro * Torcida Organizada Força 12 * Torcida Organizada Bola Branca Rio Branco Beach Soccer Em parceria com a Escola de Craques Bruno Malias, o Rio Branco lançou no dia 15 de Março de 2011, o Rio Branco Beach Soccer. A diretoria do Rio Branco foi representada pelo diretor comercial do Clube, Pedro Paulo Bolzani, que frisou a importância do momento para o clube: "Hoje vocês não estão mais sozinhos, estaremos juntos e buscando melhorias e conquistas sempre. Estamos muito felizes em fortalecer com o nome do nosso clube essa modalidade tão importante e respeitada que é o Beach Soccer" No jogo de estréia, em Itapemirim, no sul do Espírito Santo, a equipe do Rio Branco derrotou o Vasco da Gama-RJ, atual campeão do Torneio Rio-SP, por 2 a 1. O Rio Branco contou com jogadores como o goleiro Mão, da Seleção Brasileira, e os tricampeões Brasileiros de Beach Soccer pela Seleção do Espírito Santo, Bruno Malias, Rafinha, Rui e Buru (eleito melhor jogador de Futebol de Areia pela FIFA em 2007) Destaque ESPN Em 02/04/11 o Rio Branco foi destaque no programa Loucos por Futebol da ESPN Brasil, Celso Unzelte exibiu o manto sagrado e destacou o título de 2010 depois de 25 anos de espera e que foram retratados no livro "O Campeão Voltou" escrito pelo Conselho Deliberativo do clube. Parabéns à Diretoria por exibir a imagem do clube, mesmo que em poucos minutos e em um canal fechado, em rede nacional. Referências 1. ↑ Cadastro Nacional de Estádios de Futebol (CNEF) (PDF) (em português). Confederação Brasileira de Futebol (CBF) (15 de setembro de 2009). Página visitada em 6 de junho de 2010. 2. ↑ Histórico no site da Legião Capa Preta 3. ↑ Histórico no site oficial do RBAC 4. ↑ Livro Histórias e Conquistas - Autor: Oscar Gomes Filho 5. ↑ IOPES 6. ↑ Histórico no site oficial do RBAC Torcedor amigo - Conheça um pouquinho da Cidade Onde nasceu Seu Rio Branco Área: 93,381 km² [3] População: 330 526 hab. (ES: 4º) – = Estimativa IBGE/2011[4] Densidade: 3 539,54 hab./km² Altitude: 12 m Clima: tropical Aw Fuso horário: UTC−3 Indicadores: IDH 0,856 (BR: 16º) – elevado PNUD/2000 PIB R$ 22 694 461,310 mil IBGE/2008 PIB per capita R$ 71 407,32 IBGE/2008 Vitória é a capital do estado do Espírito Santo, e uma das três ilhas-capitais do Brasil (as outras são Florianópolis e São Luís). Está localizada na Região Sudeste. Situada a 20º19'09' de latitude sul e 40°20'50' de longitude oeste, Vitória limita-se ao norte com o município da Serra, ao sul com Vila Velha, a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com Cariacica. Com uma população de 325.453 habitantes, segundo estimativas de 2010 do IBGE, a cidade é a quarta mais populosa do estado (atrás dos municípios limítrofes de sua região metropolitana: Vila Velha, Serra e Cariacica) e integra uma área geográfica de grande nível de urbanização denominada Região Metropolitana da Grande Vitória, compreendida pelos municípios de Vitória, Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana e Vila Velha. Vitória é cercada pela Baía de Vitória, é uma ilha de tipo fluviomarinho. Além da ilha principal, Vitória, fazem parte do município outras 34 ilhas (algumas a mais de 1100 km da costa) e uma porção continental, perfazendo um total de 93,381 km². Originalmente eram 50 ilhas, muitas das quais foram agregadas por meio de aterro à ilha maior. Entre as capitais do Brasil, Vitória possui o 3° melhor IDH e o maior PIB per capita. Vitória possui dois grandes portos, o Porto de Vitória e o Porto de Tubarão. Esses portos fazem parte do maior complexo portuário do Brasil, que inclui vários portos do estado, e são considerados os melhores (em qualidade) do Brasil. A cidade administra a Ilha de Trindade e a Ilha de Martim Vaz, a 1100 km da costa, que são importantes bases meteorológicas por causa de sua posição estratégica, em área de dispersão de massas de ar. História Centro histórico de Vitória. Vitória surgiu devido aos constantes ataques indígenas, franceses e holandeses a Vila Velha, que era a capital da capitania do Espírito Santo. Os portugueses decidiram então mudar a capital e escolheram uma ilha próxima ao continente, chamada pelos índios de Ilha de Guanaani. A Vila Nova do Espírito Santo, como era denominada, foi fundada em 8 de setembro de 1551 e posteriormente denominada Vitória, em memória da vitória em uma grande batalha comandada pelo donatário da capitania, Vasco Fernandes Coutinho, contra os Goitacases. Palácio Anchieta Até o século passado, os limites da capital capixaba eram o atual Forte de São João, onde atualmente está localizado o Clube de Regatas Saldanha da Gama, próximo ao centro da cidade, e também o morro onde funciona o atual hospital da Santa Casa de Misericórdia, no bairro Vila Rubim. A cidade foi sendo construída nas partes altas, o que deu origem a diversas ruas estreitas. A parte de baixo foi sujeita a ataques e devido a isso foram construídos vários fortes na beira do mar. Instituto dos Advogados de Vitória. Em 24 de fevereiro de 1823 (17 de março de 1829 ?) a vila de Vitória foi elevada a cidade, mas seu isolamento insular evitava seu desenvolvimento. A partir do ano de 1894, com o ciclo do café, iniciaram-se na ilha diversos aterros nas partes baixas da cidade, alterando a forma da ilha e modernizando-a. Foram construídas após disso diversos bairros, escadarias e foram derrubados casarões. Além disso foi melhorado o saneamento. Em 1941 surgiu o primeiro cais na capital e em 1927 a ponte que ligou a ilha ao continente. O porto se desenvolveu. Em 1949 foram feitos mais aterros e foram construídas amplas avenidas. Depois dessas várias mudanças a cidade tornou-se o maior centro do Espírito Santo. Em 1970 o Porto de Vitória se tornou um dos mais importantes do país, e a capital começou a se industrializar. A modernização da ilha gerou o desaparecimento de quase todos os vestígios da Colônia e do Império na ilha. Mais detalhes sobre a cidade, acessar este blog em ...E ASSIM NASCEU VITÓRIA... Matéria em construção...