PASTEL DE FEIJÃO




Ingredientes

  • massa pronta para pastel (qualquer tipo)
  • 1/2 kg de feijão tipo carioca cozido
  • meio maço de salsa picada
  • 1 cebola picada
  • 2 dentes de alho
  • sal a gosto
  • pimenta do reino a gosto

Modo de Preparo

Pegue o feijão cozido de preferencia aquele que já está de um dia pro outro, coloque em uma panela um pouquinho de óleo pra refogar a cebola picadinha, o alho bem amassado deixe fritar bem e coloque o feijão sem o caldo só a massa dele inclusive dá uma amassada com a propria colher não precisa desmanchar todos os grãos.
Depois coloque a salsinha picadinha a pimenta do reino a gosto e o sal refoque bem até secar um pouco quase ficando como uma massa pra poder por na massa do pastel sem escorrer fica um recheio bem homogênio.
Abra a massa e coloque uma colher bem cheia como recheio dependendo do tamanho do pastel feche e frite em óleo bem quente.
fica uma delicia ....e é um recheio diferente que não gasta muito pra fazer.

Fonte: Solange Oliveira Campos

...E ASSIM NASCEU TORRES VEDRAS









Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Torres Vedras ComIP (Ordem da Instrução Pública) é uma cidade portuguesa no Distrito de Lisboa, região Centro e sub-região do Oeste, com cerca de 24 600 habitantes.

É sede do maior município do Distrito de Lisboa com 405,89 km² de área e 79 465 habitantes (2011), subdividido em 20 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Lourinhã, a nordeste pelo Cadaval, a leste por Alenquer, a sul por Sobral de Monte Agraço e Mafra e a oeste tem litoral no oceano Atlântico. Torres Vedras foi elevada à categoria de cidade a 2 de Março de 1979. Dista cerca de 41 km a noroeste de Lisboa.

Coordenadas: 39º 05' N 9º 16' O

Torres Vedras
Brasão de Torres Vedras Bandeira de Torres Vedras
Brasão Bandeira
TorresVedras.jpg
Vista panorâmica de Torres Vedras
Localização de Torres Vedras
Gentílico Torreense, Torriense
Área 405,89 km²
População 79 465 hab. (2011)
Densidade populacional 195,78 hab./km²
N.º de freguesias 20
Presidente da
Câmara Municipal
Dr. Carlos Manuel Soares Miguel (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1250
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Oeste
Distrito Lisboa
Antiga província Estremadura
Orago Santa Maria do Castelo e São Gonçalo de Lagos
Feriado municipal 11 de Novembro
Código postal 2560 Torres Vedras
Endereço dos
Paços do Concelho
Avenida 5 de Outubro
2560-270 Torres Vedras
Sítio oficial www.cm-tvedras.pt
Endereço de
correio electrónico
geral@cm-tvedras.pt

População do concelho de Torres Vedras (1801 – 2011)
180118491900193019601981199120012011
17 24415 02135 72647 91758 83765 03967 18572 25079 465



















Freguesias do concelho de Torres Vedras

  • A-dos-Cunhados
  • Campelos
  • Carmões
  • Carvoeira
  • Dois Portos
  • Freiria
  • Maceira
  • Matacães
  • Maxial
  • Monte Redondo
  • Outeiro da Cabeça
  • Ponte do Rol
  • Ramalhal
  • Runa
  • Santa Maria do Castelo e São Miguel
  • São Pedro da Cadeira
  • São Pedro e Santiago
  • Silveira
  • Turcifal
  • Ventosa

Política

O município de Torres Vedras é administrado por uma câmara municipal composta por 9 vereadores. Existe uma assembleia municipal, que é o órgão legislativo do município, constituída por 47 membros da assembleia municipal (dos quais 27 eleitos diretamente).

O cargo de Presidente da Câmara Municipal é atualmente ocupado por Carlos Manuel Soares Miguel, eleito nas eleições autárquicas de 2009 pelo Partido Socialista, tendo maioria absoluta de vereadores na câmara . Existem ainda três vereadores eleitos pela coligação Primeiro as Pessoas (PSD/CDS-PP). Na Assembleia Municipal o partido mais representado é novamente o Partido Socialista com 16 deputados eleitos e 16 presidentes de Juntas de Freguesia (maioria absoluta), seguindo-se a coligação Primeiro as Pessoas (PSD/CDS-PP) (9 - um dos quais do CDS-PP; 2) e a CDU (2; 1). Existe ainda um deputado, Presidente da Junta de Freguesia de Ponte do Rol, eleito por um movimento independente de cidadãos (Juntos por Ponte do Rol). O Presidente da Assembleia Municipal é Alberto Manuel Avelino do PS.
Eleições de 2009
Órgão PS PSD PCP-PEV CDS-PP Juntos por Ponte do Rol
Câmara Municipal 6 3 0 0 0
Assembleia Municipal 32 10 3 1 1
dos quais: eleitos diretamente 16 8 2 1 0

Principais eventos

  • Carnaval de Torres
 

  • Feira de São Pedro
  • Festas da Cidade
  • Carnaval de Verão em Santa Cruz, Silveira

Gastronomia típica

  • Pastel de feijão

Para Saber a receita, clique aqui.
  pasteis_feijao

 

 

Património

  • Aqueduto da Fonte dos Canos












  • Azenha de Santa Cruz
  • Castelo de Torres Vedras
  • Castro do Zambujal
  • Chafariz dos Canos
  • Igreja e Convento da Graça
  • Convento do Barro
  • Convento do Varatojo
  • Forte de S. Vicente
  • Igreja da Misericórdia
  • Igreja de Santiago
  • Igreja de S. Maria
  • Igreja de S. Pedro
Matéria em construção...

...E ASSIM NASCEU MOSSORÓ



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Município de Mossoró
""Capital do Oeste Potiguar"
"Capital Cultural do Rio Grande do Norte"
"Terra de Santa Luzia"
"Capital do semiárido"
"Terra do Sol, do Sal e do Petróleo"
"Terra da Liberdade"
Centro de Mossoró, com a Praça Vigário Antônio Joaquim e, ao fundo, a câmara municipal de vereadores (esquerda) e Catedral de Santa Luzia (direita)

Centro de Mossoró, com a Praça Vigário Antônio Joaquim e, ao fundo, a câmara municipal de vereadores (esquerda) e Catedral de Santa Luzia (direita)




Bandeira de Mossoró
Brasão de Mossoró
Bandeira Brasão

Fundação 15 de março de 1852 (160 anos)
Gentílico mossoroense
Prefeito(a) Maria de Fátima Rosado Nogueira (DEM)
(2009–2012)
Localização
Localização de Mossoró





Localização de Mossoró no Rio Grande do Norte

Mossoró está localizado em: Brasil
Localização de Mossoró no Brasil
05° 11' 16" S 37° 20' 38" O05° 11' 16" S 37° 20' 38" O
Unidade federativa  Rio Grande do Norte
Mesorregião Oeste Potiguar IBGE/2008
Microrregião Mossoró IBGE/2008
Municípios limítrofes Tibau e Grossos (ao norte), Areia Branca (a nordeste), Serra do Mel (a leste), Assu (a sudeste), Upanema e Governador Dix-Sept Rosado (ao sul), Baraúna (a oeste) e Aracati (CE) (a noroeste).
Distância até a capital 285 km
Características geográficas
Área 2 110,207 km² (RN: 1º)
População 263 344 hab. (RN: 2º) –  estimativa IBGE/2011
Densidade 124,8 hab./km²
Altitude 16 m 
Clima semiárido BSh
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,735 (RN: 6°) – médio PNUD/2000
PIB R$ 3 025 815,000 mil IBGE/2008
PIB per capita R$ 12 521,74 IBGE/2008

Mossoró é um município brasileiro no interior do estado do Rio Grande do Norte. Pertence à mesorregião do Oeste Potiguar e à microrregião homônima, localizando-se a uma distância de 285 km a noroeste da capital do estado, Natal. Ocupa uma área de 2 110,207 km² (o maior município do estado em área), sendo que 11,5834 km² estão em perímetro urbano. Em 2011 sua população foi estimada pelo IBGE em 263 344 habitantes, sendo o segundo mais populoso do Rio Grande do Norte (ficando atrás somente da capital) e o 94º de todo o país.
A sede tem uma temperatura média anual de 27,4°C e na vegetação original do município pode-se observar a presença da caatinga hiperxerófila, carnaubal e a vegetação halófica. Com uma taxa de urbanização 91,31 %, o município contava em 2009 com 115 estabelecimentos de saúde. O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,735, considerado médio pelo PNUD e o sexto maior do estado.
Localizada entre Natal e Fortaleza, às quais é ligada pela BR-304, Mossoró é uma das principais cidades do interior nordestino, e atualmente vive um intenso crescimento econômico e de infraestrutura, considerada uma das cidades de médio porte brasileiras mais atraentes para investimentos no país. O município é o maior produtor em terra, de petróleo no país, como também de sal marinho. A fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação, também possui relevância na economia do estado, tendo um dos maiores PIB per capita da região. As festividades realizadas na cidade anualmente, atraem uma enorme quantidade de turistas, como o Mossoró Cidade Junina, um dos maiores arraiás do Brasil, e o Auto da Liberdade, o maior espetáculo brasileiro em palco ao ar livre.

Reduto cultural, o município marca pelo Motim das Mulheres, pelo primeiro voto feminino do país, por ter libertado seus escravos cinco anos antes da Lei Áurea, sem falar da resistência histórica ao bando de Lampião. O município foi desmembrado de Assu em 1852 e tinha o nome de Vila de Santa Luzia de Mossoró. Hoje, conhecida como a "Capital do Oeste" por ter se destacado das demais na região Oeste Potiguar, destaca-se também pelo turismo de negócios.

Etimologia

Não se sabe ao certo a origem do topônimo "Mossoró", mas existem várias versões contadas a respeito desse assunto. Conta-se que o nome provém de "Monxoró", nome atribuído aos primeiras indígenas que habitavam a região. Outros dizem que o nome vem de "Mororó", árvore resistente e flexível.
De acordo com as atuais regras de ortografia da língua portuguesa, a grafia correta é Moçoró pois prescreve-se o uso da letra "ç" para palavras de origem tupi. O nome vem do tupi e quer dizer erosão, corte, ruptura (referindo-se ao Rio Moçoró). Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para mo-so-'roka, mossoró e finalmente para moçoró. Do mesmo vocábulo vem moçoroense, que é o natural do município.

História

Origens e emancipação


Por volta de 1600, por meio de cartas e documentos que faziam referência às salinas existentes na região, acredita-se que, pela primeira vez, o território que hoje corresponde ao município de Mossoró teria sido povoado. De acordo com Luís da Câmara Cascudo, historiador potiguar experiente e notório, os holandeses Gedeon Morris de Jonge e Elbert Smiente extraíam o sal existente na região até meados de 1644.

D. Fernando Martins Mascarenhas, que era governador de Pernambuco, concedeu, em 1701, terras em Paneminha ao Convento do Carmo de Recife, com sesmarias de entrada em volta, que ainda hoje pertencem ao município de Mossoró. Do mesmo modo, foram sendo concedidas mais terras a brasileiros e portugueses. Durante o século XVIII, às margens de um rio, várias fazendas instaladas por proprietários vindos de outras regiões. A população desses lugares era restrita somente aos vaqueiros, criadores e procuradores da fazenda, uma vez que seus donatários moravam geralmente fora de suas propriedades, como em Natal ou em outras províncias vizinhas, como a Paraíba e o Ceará. Acredita-se que as primeiras pessoas a se instalarem de forma definitiva em suas propriedades foram as famílias Gamboa, Guilherme e Ausentes, que habitavam locais situados às margens do Rio Mossoró, e foram se espalhando para outros luguares até chegarem a Apodi.

Ainda no século XVIII, mudou-se para o mesmo lugar o sargento-mor português Antônio de Souza Machado e sua família, em meados de 1760, com anseio de povoar aquele lugar. Ele foi proprietário da fazenda Santa Luzia e mandou construir uma capela de Santa Luzia, um dos marcos fundamentais ao surgimento de Mossoró. A capela foi fundada oficialmente no dia 5 de agosto de 1772.

Em 1842, o pequeno povoado tornou-se uma freguesia, cuja população se restringia a um quadro em frente à capela de Santa Luzia. Em 15 de março de 1852, a lei n° 246 concedeu autonomia ao povoado de Mossoró, que foi elevado à categoria de vila, desmembrando-se de Assu (na época "Princesa") e tornando-se um novo município do Rio Grande do Norte. Dez anos depois, a capela de Santa Luzia foi reconstruída e tornou-se uma matriz. Mais tarde, em 9 de novembro de 1870, a vila de Mossoró foi elevada à categoria de cidade.

Conforme já citado anteriormente, a capela de Santa Luzia foi demolida e reconstruída para se tornar uma igreja matriz, em 1862. Ela foi reconstruída novamente entre os anos de 1878 e 1880. Tempos depois, o povoado de Mossoró foi experimentando um crescimento, quando a viúva do sargento-mor Antônio de Souza Machado doou terras para o povoamento do município. Atos libertários Abolição da escravatura A abolição da escravatura ocorreu em 30 de setembro de 1883, cinco antes da lei áurea. A luta para a libertação dos escravos do intenso trabalho e dos castigos físicos começou muito tempo antes. Mossoró foi, em geral, o primeiro município potiguar a abolir a escravidão. O estado do Rio Grande do Norte não chegou a ser uma unidade da federação dependente da mão de obra escrava para que pudesse ocorrer o desenvolvimento. Em 1º de setembro de 1848, um deputado geral do Rio Grande do Norte fez um discurso geral durante uma assembleia. Em suas palavras, ele destacou e afirmou:

Cquote1.svg Concorda em que o trabalho do escravo não é necessário. No Rio Grande do Norte há poucos escravos, e quase toda a agricultura é feita por braços livres. Conhece muitos senhores de engenho que não têm senão quatro ou cinco escravos, entretanto que têm 20, 25 e 40 trabalhadores livres, e se não os têm em maior número, é pelo pequeno salário que lhes pagão. Disto se convenceu o orador quando ali foi presidente, porque em consequência de elevar o salário a 400 reis por dia, nunca lhe faltarão operários livres para trabalharem na estrada que teve de fazer. Cquote2.svg
Casimiro José de Morais Sarmento


Em 1862, a população total de Mossoró era de 2 493 pessoas, entre os quais 153 eram escravos. Um dos pontos que teria justificado o movimento de abolição do movimento escravista teria sido a grande seca devastadora ocorrida no Brasil de 1877 e 1878, onde milhares de pessoas sofreram, inclusive os donos e proprietários dos escravos. A partir daí, esses donatários começaram a mandar seus escravos para serem vendidos, em municípios litorâneos. Além disso, o comércio escravista também estava sendo estabelecido em Mossoró. Ao todo, várias casas de comércio foram lugares destinados à comercialização dos escravos, como, por exemplo, a Mossoró & Cia, pertencente ao Barão de Ibiapaba. Esses escravos, ao serem vendidos, eram mandados para Fortaleza, capital do Ceará, e depois enviados para províncias do sul. A ideia de abolir a escravidão ocorreu por volta de 1881, na capital cearense.

Finalmente, em 30 de setembro de 1883, o principal objetivo do movimento abolicionista foi alcançado e a escravidão foi oficialmente abolida. Essa data é considerada importante na história de Mossoró e, desde 1913, é considerado como feriado municipal.

 Motim das Mulheres

Denomina-se Motim das Mulheres o movimento que ocorreu a 30 de agosto de 1875, onde cerca de trezentas mulheres saíram pelas ruas da cidade em passeata, com o objetivo de protestar contra a obrigatoriedade do alistamento militar. As mulheres fizeram de refém o escrivão de paz e em praça pública rasgaram o livro e os papéis que recrutavam os homens mossoroenses para lutar na Guerra do Paraguai.

Revoltadas, mulheres nordestinas invadiram repartições públicas e delegacias, armadas com pedras e pedaços de pau, para rasgar documentos que convocavam seus maridos para o Exército ou para a Marinha. O principal palco do motim foi a sede do jornal O Mossoroense. A líder dessa rebelião foi Anna Floriano. Atualmente, o Motim das Mulheres é apresentado em um espetáculo encenado no Auto da Liberdade.

Primeiro voto feminino 

 Celina Guimarães, primeira mulher mossoroense a tirar o título de eleitor, votando onde atualmente funciona a Biblioteca Municipal de Mossoró, em 1928. 

Outro ato libertário considerado importante para toda a história de Mossoró foi o primeiro voto feminino, ocorrido em 1928. Na época, governava o estado do Rio Grande do Norte o senhor Juvenal Lamartine, pioneiro na introdução do voto feminino em todo o estado. Na época, a constituição brasileira, datada de 1891, permitia apenas aos ricos o direito ao voto. As mulheres, escravos, analfabetos e pobres não tinham esse direito. Mais foi em 1928, Celina Guimarães Viana, professora e árbitra de futebol, que obteve o primeiro título eleitoral e o primeiro voto feminino. Isso levou mulheres potiguares e de outros nove estados brasileiros a fazerem um grande movimento nas ruas das cidades para reivindicarem o direito ao voto, que já havia sido conquistado no Rio Grande do Norte. Além do primeiro voto feminino, Celina Guimarães foi também a primeira mulher a ser eleita como deputada estadual pelo Rio Grande do Norte. No Brasil, as mulheres só ganharam o direito ao voto somente seis anos depois, em 1934, durante o governo do presidente Getúlio Vargas. Além de ser um episódio considerado importante na história do município, do estado e do país, o acontecimento também é considerado como de grande revelância no mundo, uma vez que a maioria dos países também proibia o voto feminino.

Resistência ao bando de Lampião

Ficheiro:Lampião em Mossoró (RN), 1927.gifLampião e seu bando em Mossoró, no ano de 1927. 

Mais um importante ato libertário ocorrido em Mossoró, ano de 1927, foi a resistência ao bando do cangaceiro mais famoso do nordeste brasileiro: Virgulino Ferreira da Silva, popularmente conhecido como "Lampião". Nesse mesmo ano, o município experimentava um crescimento tanto no comércio e na indústria. O bando entrou no Rio Grande do Norte pelo município de Luís Gomes, na transição entre os dias 9 de 10 de junho, percorrendo várias cidades do oeste do Rio Grande do Norte, até chegar a uma cidade conhecida até os dias atuais como "a capital do oeste potiguar": Mossoró. Nesse ataque, Lampião e seu bando sofreram sua única derrota desde o seu início da vida como cangaceiro. No dia 12 de junho, o cangaceiro e seus companheiros chegaram ao distrito de São Sebastião, anexado ao município de Mossoró, hoje o município de Governador Dix-Sept Rosado. Lá, ele enviou um telegrama à sede do município de Mossoró, avisando à população sobre o ataque do bando. Isso fez com que Mossoró entrasse em desespero e levou o prefeito a organizar um êxodo, montando trincheiras para conter os invasores.

Já em 13 de junho, Lampião e seu bando chegaram ao Sítio Saco. Lá, ele recebeu um bilhete, que pedia uma quantidade total de 400 réis em dinheiro, para poupar a cidade de Mossoró. Lampião negou e depois recebeu um segundo bilhete ameaçador. O ataque a Mossoró só começou de fato às quatro horas da tarde, quando o líder do bando dividiu seus cangaceiros em três grupos diferentes, cada um com a função de atacar um local diferente: o primeiro grupo atacou a casa do prefeito, que hoje abriga a sede da prefeitura municipal, o segundo grupo atacou a estação ferroviária de Mossoró, enquanto o terceiro teve a função de atacar o cemitério. Um hora depois, o bando recuou, deixando Colchete e Jararaca para trás. Este último foi morto e ferido no peito e encontra-se enterrado no mesmo cemitério que havia sido invadido pelo bando de Lampião, sendo depois um elemento de culto pelos mossoroenses.


Década de 1930 à contemporaneidade

Em 28 de julho de 1934, a igreja de Santa Luzia, que foi construída no século XVIII e reconstruída no século seguinte, foi elevada à categoria de catedral diocesana, com a criação da Diocese de Mossoró. Hoje, a diocese é subordinada à Arquidiocese de Natal e possui uma área total de 18 832 quilômetros quadrados, pouco mais de um terço da área da área do estado do Rio Grande do Norte, além de paróquias instaladas em vários municípios.

 Desde a emancipação política de Mossoró, o município veio experimentando um gradativo crescimento econômico e populacional. A predominância do espaço rural foi sendo substituída pelo urbano, para atender às exigências da expansão urbana, dada pelo aumento das atividades produtivas na cidade (indústria, comércio e serviços) e pelo aumento da demanda habitacional, gerado pela concentração populacional. O limite entre o campo e a cidade está deixando de ser visível e a população do campo vem decrescendo a cada ano.

 Em 1963, o distrito de Sebastianópolis, antes denominado "São Sebastião", foi desmembrado de Mossoró, tornando município potiguar com o nome de Governador Dix-Sept Rosado. Este foi o segunda município a ser emancipado de Mossoró (o primeiro foi Areia Branca em 1892). Em 1981, o distrito de Baraúna, criado em 1953, também se emancipa de Mossoró e é elevado à categoria de município. Sete anos depois, foi criado o município de Serra do Mel, emancipado de Mossoró, Areia Branca, Assu e Carnaubais. Até os dias de hoje, o município de Mossoró é formado apenas pelo distrito sede.

Hoje, o município possui o segundo maior PIB do estado, como também é o segundo mais populoso do Rio Grande do Norte. Faz parte da Microrregião de Mossoró, que reúne, além do próprio município, outros cinco municípios limítrofes: Areia Branca, Baraúna, Grossos, Serra do Mel e Tibau. Em 2010 sua população foi recenseada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 332 697 habitantes em uma área total aproximada de 4 200 quilômetros quadrados. O município também pertence atualmente à Mesorregião do Oeste Potiguar. Entre os dias 28 e 30 de setembro de 2011, o governo do Rio Grande do Norte foi transferido temporariamente de Natal para Mossoró, como forma de homenagear o município no 128º ano de abolição da escravatura. O governo foi instalado no Casarão Lili Duarte, que é atualmente sede da vice-prefeitura de Mossoró.

Geografia


Mossoró e municípios limítrofes:
  Mossoró (RN)
  Rio Grande do Norte
  Ceará

O município de Mossoró está atualmente localizado no estado do Rio Grande do Norte, na Mesorregião do Oeste Potiguar e Microrregião de Mossoró, a uma latitude 06º 12' 43" S, longitude 37º 20' 39" W, e a uma distância de 285 quilômetros da capital do estado. De acordo com a Resolução n° 5 publicada pelo IBGE em 10 de outubro de 2002, a área total do município é de 2 110,207 quilômetros quadrados, sendo então o maior município do estado em termos de extensão terrorial. Toda essa área representa, em geral, 3,3968% do território potiguar, 0,1358% do território nordestino e 0,0248% de todo o território nacional. Sua área urbana compreende 11,5834 km², a terceira maior do estado, atrás somente de Natal e Parnamirim. Mossoró limita-se atualmente com os municípios de Aracati (CE), Tibau e Grossos a norte, Governador Dix-Sept Rosado e Upanema a sul, Areia Branca, Assu e Serra do Mel a leste e Baraúna a oeste.

Relevo e hidrografia 

No município predomina um relevo plano, com uma altitude média de cem metros, cuja formação é composta pela Depressão Sertaneja-São Francisco — que compreende série de terrenos de baixa altitude situada entre partes altas do Planalto da Borborema —, pela Chapada do Apodi - composta por terrenos planos com sedimentos, cortados pelos rios Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu -, por planícies fluviais - terras baixas e planas situadas às margens de rios - e por depressões sublitorâneas - que ocorrem entre o Planalto da Borborema e tabuleiros costeiros, e formados por uma série de terrenos localizados entre duas partes altas.

Os solos predominante são o podzolítico vermelho amarelo equivalente eutrófico (que possui uma alta fertilidade, texturas que variam de média a alta, drenagem bastante acentuada), o cambissolo eutrófico (plano, com textura formada por argila e drenagem moderada) e a rendzina (plano, com drenagem que varia de imperfeita à moderada, nível de fertilidade alto e textura formada a partir de argila). Esse tipo de solo, para o uso agrícola, é recomendado para o cultivo de culturas de ciclo longo, como algodão-arbóreo, caju, coco e sisal. Ainda neste aspecto, o solo mossoroense exige um sistema de manejo que varia entre alta, média e baixa. O cultivo nesse solo é muito dependente da tração animal e de implementos agrícolas.

Ponte leste-oeste sobre o Rio Apodi-Mossoró. 

Mossoró está situado em área de abrangência da Bacia Potiguar e do Grupo Barreiras. Nesses grupos há a predominância de calcarenitos e calcilutitos bioclásticos, com uma coloração que varia de cinza claro a amarelo, nível evaporíticos em sua base, com depósito situado em planícies extensas de marés e plataformas rasas, formadas há cerca de 80 milhões de anos, durante o período da Idade Cretácea. Existe ainda, na porção norte, sedimentos de idade terciária, formados por arenitos inconsolidados, argilitos, conglomerados eerenitos, formadores de solos arenosos e espessos com um tom de coloração que pode ser amarela ou avermelhada. Também são encontrados depósitos aluvionares formados por areias e cascalhos, nos vales do Rio Apodi-Mossoró, e uma área plana formada por uma combinação de vários processos de acumulação fluvial e marinha, na região do estuário.[7] O município de Mossoró encontra-se com 100% do seu território inserido na bacia hidrográfica do rio Apodi/Mossoró. Os principais rios que cortam o território mossoroense são o Rio Apodi, que nasce na Serra da Queimada, em Luís Gomes, e deságua no Oceano Atlântico, após passar pelo município de Areia Branca, onde recebe o nome de rio Ivipani, e o Rio do Carmo, principal manancial do município, cuja nascente se localiza em Patu, percorrendo alguns municípios potiguares e finalmente deságua no Oceano Atlântico, no município de Areia Branca. Os principais riachos mossoroenses são o riacho Bonsucesso, o riacho Cabelo Negro, o riacho São Raimundo e o riacho Pai Antônio. Os principais açudes de Mossoró com capacidade superior a 100 000 m³ são: a barragem Passagem de Pedras, a barragem de Baixo, a barragem Lagoa de Paus e barragem Mossoró (todos eles públicos); a barragem Santana, a barragem dos Pintos e a barragem da Favela (todos comunitários) e o córrego Jerimum.

Clima 

 O clima de Mossoró é semiárido (dos tipos As e BSh segundo Köppen), com estação chuvosa atrasando-se para o outono] e temperatura média anual de 27,4°C, tendo invernos amenos, em comparação ao resto do ano, e verões com predomínio de temperaturas altas. O mês mais quente, janeiro, tem temperatura média de 29°C, sendo a média máxima de 34,4°C e a mínima de 23,6°C. E o mês mais frio, julho, possui média aproximada 27,1°C, sendo 33,8°C e 21,3°C as médias máxima e mínima, respetivamente. O período chuvoso de Mossoró e região, em média, ocorre entre fevereiro e abril. A umidade relativa do ar é de 70% e o tempo de insolação chega a 2 700 horas anuais. A precipitação média anual é de 765,8 mm, sendo outubro o mês mais seco, quando ocorrem 2,3 mm. Em abril, o mês mais chuvoso, a média fica em 195,1 mm. Durante a época das secas e em longos veranicos também são registrados registros de fumaça de queimadas em morros e matagais. No Rio Grande do Norte, assim como em grande parte do país, as principais causas das queimadas são a agricultura e os tocos de cigarro jogados nas estradas. As altas temperaturas e o clima seco contribuem para o aumento desses índices. Durante o período chuvoso costumam ocorrer inundações e deslizamentos de terra em algumas áreas. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a temperatura mínima registrada em Mossoró foi de 8,9°C, ocorrida no dia 21 de julho de 1981. Já a máxima foi de 39,4°C, observada dia 16 de dezembro de 1974. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de 141,0 mm, em 10 de fevereiro de 1964 e 16 de março de 2003.


Nuvola apps kweather.svg Médias meteorológicas para Mossoró (RN) Weather-rain-thunderstorm.svg
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Média alta °F 93 92 91 90 90 90 91 93 94 94 94 94
Média baixa °F 75 74 74 74 73 71 71 70 71 73 74 74
Precipitação polegadas 2.33 4.17 5.94 7.68 4.43 2.03 1.69 0.39 0.26 0.09 0.12 1.01
Média alta °C 34.1 33.3 32.6 32.3 32.3 32.3 32.5 33.8 34.4 34.6 34.6 34.4
Média baixa °C 23.7 23.5 23.3 23.2 22.8 21.9 21.6 21.3 21.9 22.8 23.2 23.6
Precipitação mm 59.2 106 151 195.1 112.5 51.6 42.9 10 6.5 2.3 3 25.7
Fonte: Tempo Agora (período: 1961-1990)


Ecologia e meio ambiente

 Em território mossoroense, podem ser encontrados três tipos de vegetação distintos. São eles: caatinga hiperxerófila, carnaubal e a vegetação halófica. A primeira é caracterizada pela abundância de espécies de plantas com caráter mais seco, como o xiquexique, que apresentam porte espalhado e mais baixo. O segundo se caracteriza por ser uma vegetação onde há a predominância da palmeira, a carnaúba. Já a última é formada por espécies de plantas, geralmente herbáceas e rasteiras, que suportam solos com uma alta concentração de sais. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente é o órgão da prefeitura responsável pela ecologia e pela preservação ambiental na cidade. É ela que organiza atividades e projetos com objetivo de preservar a fauna e flora local. A secretaria também desenvolve várias ações buscando aumentar as áreas verdes e arborizadas no perímetro urbano, com o objetivo de combater as altas temperaturas que são registradas no município.

 Demografia 

Crescimento populacional
Censo Pop.
1970 97 245






1980 145 981
50,1%
1991 192 267
31,7%
2000 213 841
11,2%
2010 259 815
21,5%






Censos demográficos
do IBGE (1970-2010)


Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 259 815 habitantes, sendo o segundo mais populoso do estado (depois de Natal) e apresentando uma densidade populacional de 123,76 habitantes por km². Neste ano, 125 747 habitantes eram homens e 134 068 eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 237 241 habitantes viviam na zona urbana e 22 574 na zona rural. Já em 2011 a população total estimada pelo IBGE é de 263 344 habitantes, o que ainda classifica Mossoró como segundo mais populoso do estado do Rio Grande do Norte.

Entretanto, Mossoró poderá futuramente cair da segunda para a terceira posição a nível estadual no ranking populacional, devido principalmente à rápida expansão e à elevada taxa anual de crescimento do município de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Mossoró era considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no ano de 2000. Nesse ano, o valor era de 0,735. No ranking, Mossoró aparece na sexta posição (em 166 municípios), depois de São José do Seridó (na quinta colocação) e antes de Pau dos Ferros (que se encontra na sétima posição). Já na lista geral de todos os municípios brasileiros, o município aparece na 2 300 ª posição. Considerando-se o índice de educação, o valor é de 0,827, o índice de longevidade é 0,739 e o de renda é 0,639.

 Pobreza e desigualdade 

O crescimento da população de Mossoró nos séculos XIX e XX, aliado à falta de planejamento, resultou numa diferenciação espacial intraurbana, com várias áreas demarcadas por focos de pobreza. Em comparação a anos anteriores, Mossoró teve uma redução na taxa de pobreza. Em 2010, a porcentagem da população que vivia abaixo da linha de indigência era de 11,1%, enquanto que 25,6% encontravam-se entre as linhas de pobreza e indigência e os demais (63,4%) viviam acima da linha de pobreza. Em duas décadas, encolheu 50% a taxa de pessoas que recebiam até metade de um salário mínimo, entretanto o município ainda apresenta grandes marcas de desigualdades sociais: os ricos eram responsáveis pelo acúmulo de 62,8% de toda a renda mossoroense, enquanto que os mais pobres detinham apenas 2,3%, segundo o IBGE.

O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,53, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 40,86%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 27,71%, o superior é 54,02% e a subjetiva é 39,94%.

Religião

Mossoró está localizada no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009, ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico. Tal qual a variedade cultural verificável em Mossoró, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos mossoroenses declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do umbandismo, espiritismo, entre outras. Também são consideráveis as comunidades mórmon e as religiões afro-brasileiras. De acordo com dados do censo de 2000 realizado pelo IBGE, a população mossoroense está composta por: católicos (80,02%), protestantes (12,87%), pessoas sem religião (5,52%), espíritas (0,28%), religiões orientais (0,02%) e 0,45% com religião indeterminada.

Igreja Católica Apostólica Romana 

Catedral de Santa Luzia de Mossoró, sede da Diocese de Mossoró. 

De acordo com a atual divisão feita pela Igreja Católica, o município está situado na Arquidiocese de Natal e na Diocese de Mossoró. Desde a década de 1930, Mossoró é sede dessa diocese, que foi criada como em 28 de julho de 1934, desmembrando-se da Diocese de Natal e que atualmente conta com área de 18 832 km². Desde a sua criação, seis pessoas já foram nomeadas como bispos dessa diocese, sendo o mais recente e atual Dom Mariano Manzana, que foi ordenado bispo dessa diocese em 5 de setembro de 2004, após a renúncia de Dom José Freire de Oliveira Neto. Essa mesma diocese é formada por cerca de 31 paróquias instaladas em vários municípios. A sede da diocese de Mossoró é a Catedral de Santa Luzia, que está localizada no Centro, foi construída no século XVIII, por volta de 1772 e 1773 e reconstruída no século XIX, sendo inaugurada em 1830 e elevada à categoria de matriz no ano de 1842. As atuais torres da igreja foram construídas no início do século XX, quando o Pedro Paulino Duarte da Silva, que era vigário geral da igreja na época, fez uma campanha para que suas torres pudessem ser concluídas. E assim aconteceu: a população atendeu ao pedido e o desejo de concluir as torres foi realizado. Em 1934, quando da criação da Diocese de Mossoró, o Pio XI elevou a igreja à categoria de catedral diocesana. Isso permanece até os dias de hoje. Denominações evangélicas e cristãs Mossoró possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana, as igrejas batistas, a Igrejas Assembleias de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Congregação Cristã no Brasil, entre outras. Como citado acima, de acordo com o IBGE, em 2000 12,87% da população era protestante. Desse total, 9,27% são das igrejas evangélicas de origem pentecostal; 3,27% são das evangélicas de missão; 0,22% são das evangélicas sem vínculo institucional; e 0,12% pertencem a outras religiões evangélicas.

 Na cidade existem também cristãos de várias outras denominações, tais como as Testemunhas de Jeová (que representam 0,48% dos habitantes) e os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,20%), também conhecida como Igreja Mórmon. Etnias De acordo com o censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano de 2010, a população mossoroense era formada por: pardos (50,17%), brancos (42,18%), pretos (5,91%), amarelos (1,37%) e indígenas (0,07%).

 A população mossoroense não é formada apenas por pessoas naturais do próprio município, como também de pessoas nascidas em vários municípios vizinhos e até mesmo de outros estados, como, por exemplo, os paraibanos, que são a maioria entre os povos imigrantes residentes no Rio Grande do Norte. O crescimento populacional em Mossoró, como do estado, fez com que o município fosse considerado como o que mais atrai imigrantes em território potiguar. Isso também se deve aos bons indicadores sociais do estado e do município.

Política 

Palácio da Resistência, sede da prefeitura municipal e do poder executivo. 

De acordo com a Constituição de 1988, Mossoró está localizada em uma república federativa presidencialista. Foi inspirada no modelo estadunidense, no entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição romano-germânica do Direito positivo. A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.

O poder executivo do município de Mossoró é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal. Em vários mandatos, diversas pessoas já passaram pela prefeitura, sendo a mais recente delas Maria de Fátima Rosado Nogueira, conhecida como "Fafá". Ela foi eleita para o cargo de prefeita mossoroense nas eleições municipais realizadas em todo o Brasil no ano de 2004, com 57 904 votos (49,063%), derrotando os candidatos Larissa Daniela da Escóssia Rosado (que obteve 34,758% dos votos válidos), Francisco José Lima Silveira (21,258%) e Joaquim Crispiniano Neto (4,099%).[60] Seu primeiro mandato foi marcado principalmente por importantes realizações e por um notório desenvolvimento no município, o que fez com que, em 2008, ela conseguisse ser reeleita para mais um mandato, obtendo 53,01% de todos os votos válidos (65 329 no total).

 Palácio Rodolfo Fernandes, sede da câmara municipal e do poder legislativo. 

O poder legislativo é representado pela câmara municipal, composta por treze vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição) e está composta da seguinte forma: três cadeiras do Democratas (DEM), três do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), duas do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), duas do Partido Social Liberal (PSL), uma do Partido Socialista Brasileiro (PSB), uma do Partido da República (PR) e uma do Partido da Mobilização Nacional.

 Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica. Conquanto seja o poder de veto assegurado ao prefeito, o processo de votação das leis que se lhe opõem costuma gerar conflitos entre Executivo e Legislativo. O poder judiciário, cuja instância máxima é o Supremo Tribunal Federal, por sua vez é responsável por interpretar a Constituição Federal. O município de Mossoró, não possui assim, constituição própria, em vez disso possui lei orgânica, publicada em 3 de abril de 1990.

 Fórum Dr. Silveira Martins, sede da Comarca de Mossoró

 Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também uma série de conselhos municipais, cada um deles versando sobre temas diferentes, compostos obrigatoriamente por representantes dos vários setores da sociedade civil organizada. A atuação e representatividade efetivas de tais conselhos, porém, são por vezes questionadas. Os seguintes conselhos municipais estão atualmente em atividade: Conselho de Defesa do Meio Ambiente; dos Direitos da Mulher; de Desenvolvimento Econômico Sustentável; de Assistência Social; de Educação; de Saúde; do Trabalho Comunitário; do FUNDEF; de Turismo; Conselho de Antidrogas; do FUMAC; Conselho Tutelar e da Cultura.[7] De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o município de Mossoró possuía, em dezembro de 2011, 159 345 eleitores, o que representa 7,1% dos eleitores do Rio Grande do Norte.[65] Esse número, por ser inferior a duzentos mil, faz com que não haja segundo turno no município (apenas quando a eleição é para prefeito).

Economia

 Praça Rodolfo Fernandes em 2005, no centro de Mossoró. O Produto Interno Bruto (PIB) de Mossoró é o segundo maior do estado do Rio Grande do Norte e o maior de todo o Oeste Potiguar. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2008, o PIB do município era de R$ 3 025 815,000 mil. 348 641 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 12 521 74 e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda é de 0,639, sendo que o do Brasil é de 0,723.

 De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2009, 5 324 unidades locais, sendo que 5 064 dessas empresas e estabelecimentos comerciais eram atuantes e havia um total de 106 597 trabalhadores, sendo 56 442 eram do tipo "pessoal ocupado total" e 360 210 do tipo "ocupado assalariado". Salários juntamente com outras remunerações somavam 804 869 reais e o salário médio mensal de todo município era de 2,8 salários mínimos.

 A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. Em seguida, destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte. De acordo com o IBGE, Mossoró teve o maior crescimento do PIB entre os municípios do interior do Nordeste, que foi de 24,83%, seguida pelos municípios de Campina Grande, na Paraíba (cujo PIB cresceu 22,46%); Arapiraca, em Alagoas (18,27%); Caruaru, em Pernambuco (16,34%); Juazeiro, na Bahia (15,63%) e Juazeiro do Norte, no Ceará (11,62%).

 Setor primário

 Mossoró, seguido pelos municípios de Quixeré, Baraúna e Icapuí, é o maior produtor de melão do Brasil.

 A agricultura é o setor menos relevante da economia de Mossoró. De todo o PIB municipal 57 761 mil reais são o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2009, o município contava com uma rebanho total de 25 683 bovinos, 14 820 caprinos, 8 976 ovinos, 6 517 suínos, 1 204 asininos, 1 182 equinos, 481 muares e 860 070 aves (entre 494 816 galos, frangas, frangos e pintos e 365 254 galinhas), além de 11 060 vacas ordenhadas, 22 968 codornas e 581 coelhos. No mesmo ano, Mossoró produziu um total de 11 288 litros de leite, 7 085 mil dúzias de ovos de galinha, 32 482 quilos de mel de abelha e 136 mil dúzias de ovos de codorna. Na lavoura permanente foram produzidos, também no ano de 2009, coco-da-baía (38 mil frutos), castanha de caju (2 472 toneladas), mamão (500 toneladas), banana (110 toneladas) e manga (88 toneladas). Já na lavoura temporária, produzem-se melão (168 mil toneladas), melancia (42 mil toneladas), milho (duas mil toneladas), sorgo (2 600 toneladas), girassol (360 toneladas), feijão (240 toneladas), algodão herbáceo (175 toneladas) e mandioca (120 toneladas).

 Vale-se salientar que Mossoró, junto com os municípios vizinhos Assu e Baraúna, forma o Polo Mossoró/Baraúna/Assu (ou Polo Mossoró/Baraúna/Açu), o maior produtor de melão do Brasil, seguido pelo região do Médio Jaguaribe, já no vizinho estado do Ceará. O polo chegou, no ano de 2007, a produzir um total aproximado em 254 mil toneladas da fruta, sendo cinquenta mil vendidos para o mercado interno brasileiro e aproximadamente 204 mil toneladas foram exportadas para o mercado externo de outros países.

Outro destaque no setor primário do município é a fruticultura irrigada. A região polarizada por Mossoró é, desde 1990, conhecida pelo Ministério da Agricultura como a região da "Mosca da Fruta", ou "Área Livre da praga Anastrepha Grandis". Essa condição proporciona e facilita a entrada de produtos em outros mercados consumidores, como, por exemplo, os Estados Unidos, o Japão e o bloco da União Europeia.

 Setor secundário

 Extração de petróleo em
território mossoroense.

O município é o maior produtor de petróleo em terra do país. Este é o segundo setor que mais rende na economia mossoroense: cerca de um terço do Produto Interno Bruto do município (189 840 mil reais) está voltada para o setor secundário.

 Mossoró, junto com Natal, concentra os principais setores industriais do Rio Grande do Norte. Há nesses municípios uma grande concentração de indústrias têxteis, de confecção e de artigos essencialmente voltados ao turismo. Além disso, destacam-se ainda a produção de sal e petróleo, este último principalmente, devido ao fato de Mossoró ser o maior produtor de petróleo (em terra) do país, com uma produção diária de 47 mil barris e mais de 3 500 poços. Na produção de sal, o município é responsável por cerca da produção salineira de todo o Brasil.

 Além do sal e do petróleo, o município também destaca como sendo pela sua produção de cimento e de cerâmica. Em Mossoró podem ser encontradas várias filiais de empresas de grande porte, como, por exemplo, a empresa catarinense Itagres Revestimentos Cerâmicos, a Cerâmica Porto Rico e várias fábricas de cimento, como a Itapetinga.

Setor terciário

Filial do Hiper Bompreço em Mossoró.

A prestação de serviços rende 1 429 934 mil reais ao PIB municipal.O setor terciário atualmente é a maior fonte geradora do PIB mossoroense, destacando-se principalmente na área do comércio. A cidade possui diversos centros comerciais e centros de compras, como o Mossoró West Shopping (o primeiro shopping center do município), o Atacadão e o Hiper Bompreço. Também destacam-se as micro e pequenas empresas. Também há no município o Mercado Público de Mossoró, que, segundo versões, começou a ser construído em 1875 e teve seu acabamento final dois anos depois, sendo reconstruído três décadas depois. Nos últimos anos, a construção civil também ganhando força na economia de Mossoró. O comércio mossoroense é um dos mais dinâmicos do estado do Rio Grande do Norte.


Cultura

Teatro Municipal Dix-Huit Rosado
Museu Municipal Jornalista Lauro da Escóssia
É notório que, apesar de ser um polo cultural, a cidade ainda não possua um centro histórico definido. A ONG Salv'Art - Instituto de Serviço e Apoio a Arte, Cultura, Cidadania e Meio Ambiente - tem buscado apoio junto aos poderes públicos para que ele se instale na antiga praça da Redenção, hoje praça Dorian Jorge Freire, visto que ali se encontram ainda intactos muito da arquitetura antiga na cidade.

Espaços culturais e pontos turísticos

O Teatro Municipal Dix-Huit Rosado, construído em 2003 pela prefeitura em conjunto com a parceria da Petrobras, possui capacidade para 740 lugares e é o principal teatro da cidade. Neste teatro, ocorrem diversos tipos de eventos, como danças, assembleias, encenações de peças teatrais e folclore. Também há o Teatro Lauro Monte Filho, com capacidade para seiscentas pessoas, mas que se encontra fechado devido a problemas estruturais.
Mossoró conta com alguns museus. O Memorial da Resistência Mossoroense possui exposições que destacam o tema do cangaço e a resistência ao bando de Lampião durante sua invasão em 1927. A Estação das Artes Elizeu Ventania, antiga estação ferroviária, abriga o Museu do Petróleo, com uma exposição diversa de materiais sobre a história do petróleo em Mossoró e no Rio Grande do Norte. O Museu Municipal Jornalista Lauro Escócia já abrigou uma antiga cadeia pública e foi criado em 1948, sendo hoje um dos monumentos pertencentes ao centro cultural do município, abrangendo exposições referentes à sua história, além de documentos históricos. O Museu de Paleontologia Vingt-Un Rosado, por sua vez, reúne espécies de fósseis da antiga ESAM (Escola Superior de Agricultura de Mossoró), hoje UFERSA.
Mossoró também conta com alguns pontos turísticos, além dos espaços culturais, entre os quais a Capela de São Vicente, a Catedral de Santa Luzia, o Cemitério São Sebastião, o Mercado Municipal e o Mercado do Bode. Principal cidade do Polo Costa Branca, Mossoró é um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Norte.
Estação das Artes Elizeu Ventania, onde tradicionalmente acontecem os principais eventos de Mossoró.

Atrativos culturais

Espetáculo "Chuva de Bala no País de Mossoró",
realizado dentro do Mossoró Cidade Junina.
O Mossoró Cidade Junina, uma das maiores festas juninas do Nordeste brasileiro, chegando a atrair mais de um milhão de turistas, acontece desde 1996 na estação das artes, ao longo do mês de junho. Conta com apresentações de quadrilhas e apresentações musicais, além de barracas com comidas típicas e projetos culturais. Durante o evento acontece um espetáculo teatral, a Chuva de Bala no País de Mossoró, que lembra a trajetória do cangaceiro Lampião e seu bando na cidade (1927), é realizado desde 2003 em frente à capela de São Vicente, local dos confrontos entre o bando e a população local.
A festa da padroeira Santa Luzia é um dos principais eventos religiosos do Rio Grande do Norte e acontece no mês de dezembro, em frente à catedral, começando no dia 3 com a missa de abertura e prosseguindo durante nove noites de novena. Ao longo da festa acontece o Oratório de Santa Luzia, uma encenação teatral que conta a história de Santa Luzia e acontece logo após o término das novenas. Também realizados diversos outros eventos, como a cavalgada de Santa Luzia, a pedalada da Luz e a Moto Romaria da Luz, além de apresentações musicais. Os festejos se encerram no dia 13 de dezembro com missas e a tradicional procissão, chegando a atrair até cem mil fiéis de Mossoró e outros lugares. Através da lei estadual 10 114, de 7 de outubro de 2016, a festa passou a ser considerada patrimônio cultural, histórico e imaterial do Rio Grande do Norte.
Outros eventos importantes do calendário cultural de Mossoró são: a Festa do Bode, realizada no Parque de Exposição Armando Buá pelo governo do Rio Grande do Norte, em parceria com a prefeitura municipal e associações locais, cuja programação inclui exposições de bovinos, caprinos, ovinos e suínos, bem como de produtos artesanais, além de um festival gastronômico, apresentações artísticas, entre outras atrações; a Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO), que acontece desde 1987 e é promovida pela Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM); a Feira do Livro de Mossoró, evento de incentivo à leitura que ocorre desde 2005, com exposições de livros e uma vasta programação; a Feira Internacional de Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit), o principal evento da fruticultura irrigada do Brasil, contando com a participação de diversas empresas nacionais e internacionais e o Auto da Liberdade, principal espetáculo teatral realizado dentro da Festa de Liberdade, no final de setembro, que recorda três dos quatro atos libertários de Mossoró: o motim das mulheres (1875), a abolição da escravidão (1883) e o primeiro voto feminino (1927), contando também desfiles e apresentações musicais.


Esporte 

 Assim como em grande parte do Brasil, o futebol é o esporte mais popular em Mossoró. Este esporte foi introduzido pela primeira vez no município com a criação do Humaitá Futebol Clube, no final da década de 1920 (14 de outubro de 1919). O município conta com o Estádio Leonardo Nogueira, conhecido popularmente como Nogueirão, criado em 25 de janeiro de 1922 em parceria de Hemetério Fernandes, Luiz Teotônio e o Humaitá Futebol Clube, que é um dos doze estádios que sediam jogos oficiais no Rio Grande do Norte. Alguns dos clubes de futebol com sede em Mossoró são o Mossoró Esporte Clube, a Associação Cultural Esporte Clube Baraúnas, a Associação Cultural e Desportiva Potiguar (também conhecida como Potiguar de Mossoró, entre outros.

 A prefeitura, junto com a secretaria de esportes, organiza diversos projetos organizados ao esporte, como o Projeto Craque do Futuro e os Jogos Escolares Municipais (JEM's). Além do futebol, Mossoró também vem se destacando em outras modalidades esportivas, como o basquete e o voleibol, entre outros. Todos esses esportes são praticados nos Jogos Escolares Municipais, projeto organizado e criado pela prefeitura na gestão da prefeita Fafá Rosado, com o objetivo de contribuir cada vez na formação dos cidadãos mossoroenses e promover mais a integração escolar.

 Feriados municipais 

 Segundo a Associação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (AMPERN), em Mossoró há dois feriados municipais. São eles o dia 30 de setembro, que comemora a libertação dos escravos, e o dia 13 de dezembro, dia de festa da padroeira Santa Luzia.

 O dia em que Mossoró foi elevado à categoria de cidade, 9 de novembro, é considerado como ponto facultativo. Outra proposta pretende colocar o dia 15 de março, dia que o município se desmembrou de Assu, como feriado. De acordo com a lei federal n.º 9.093, aprovada em 12 de setembro de 1995, os municípios podem ter no máximo quatro feriados municipais, já incluída a Sexta-Feira Santa.