NÃO DEIXEMOS MORRER A NOSSA LUSA



Uniformizada da Lusa exige renúncia da diretoria e antecipação da eleição

Com eliminação na Copa Paulista, equipe ficará sem futebol profissional por quase cinco meses



Torcida da Portuguesa (Foto: Ronaldo Barreto/NETLUSA)

Após a campanha desastrosa da Portuguesa na Copa Paulista terminar com a última colocação do grupo, a Leões da Fabulosa, torcida uniformizada da Lusa, expressou seu descontentamento nas redes sociais.
Através de nota oficial, a organizada pede a renúncia da atual diretoria e a antecipação da eleição presidencial, que deve acontecer no fim do ano. Isso porque, mais uma vez, o torcedor ficará sem ver o futebol profissional lusitano por um bom tempo.

Confira o comunicado:

FORA DIRETORIA!

Mais uma vez o ano da Portuguesa se encerra de maneira precoce e trágica. Será duro imaginar ficar mais de cinco meses, sem poder ir ver a nossa maior paixão nos gramados.

Uma campanha, vergonhosa marcada por salários atrasados, briga de técnico com diretor, jogos fora do Canindé e partidas com horários esdrúxulos. 
Conseguimos ser eliminados em um campeonato amador, uma competição que classificava quatro dos seis participantes.

Pedimos renúncia imediata de todos os dirigentes responsáveis por mais um vexame: Fora Alexandre Barros! Fora André Heleno! Fora Du Mato!
Exigimos a renúncia imediata do presidente Alexandre Barros e a convocação de eleições antecipadas. A Portuguesa não tem mais tempo para esperar.
Nos tiraram o futebol, que nunca foi tratado com seriedade pelo gestor. Enquanto isso, festas e mais festas ocorrem em nosso terreno. Quem lucra com isso?

GESTÃO ALEXANDRE BARROS:
CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE D
2017: ELIMINADA NA PRIMEIRA FASE
– CAMPEONATO PAULISTA SÉRIE A2

2017: Não rebaixada por um milagre (13ª Colocação)
2018: Não rebaixada por um milagre (12ª Colocação)
2019: Não rebaixada por um milagre (11ª Colocação)
 OBS: Classificavam oito clubes

– COPA PAULISTA:
2017: Eliminada nas semifinais
2018: Eliminada na primeira fase
2019: Eliminada na primeira fase
OBS: Classificavam quatro clubes de seis participantes.

DESTRUIÇÃO DO PARQUE AQUÁTICO
– DESTRUIÇÃO DO AREIÃO
– DESTRUIÇÃO DAS CHURRASQUEIRAS
– DESTRUIÇÃO DA QUADRA
– SALÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS E ATLETAS ATRASADOS
– CORTES DE LUZ, ÁGUA E INTERNET
– ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO
– NEGOCIAÇÕES OBSCURAS DE ATLETAS DE BASE
– AMEAÇA A TORCEDORES
– AGRESSÃO A CONSELHEIROS

Veja também:
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  • Dida tem rápida recuperação e inicia treinamentos na Portuguesa
  • Guilherme Garutti confirma saída da Portuguesa


Guterres quer reunião para discutir a degradação e incêndios da Amazónia

Fornecido por LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. G7 Summit Biarritz in France

São Paulo, 20 ago 2019 (Lusa) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português Antonio Guterres, abordou hoje a possibilidade de organizar uma reunião à margem da Assembleia Geral que ocorrerá em setembro para tratar dos incêndios e da degradação da Amazónia.

"A situação na Amazónia é, claramente, muito séria", disse Guterres em entrevista coletiva à margem de uma conferência sobre desenvolvimento africano realizada em Yokohama, no Japão.

Na terça-feira, 1044 novos incêndios foram registados em todo o Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No total, mais de 80 mil incêndios florestais foram registrados no país desde o início do ano - o mais alto índice desde 2013 - mais da metade dos quais está na Amazónia.

"Apelamos energicamente à mobilização de recursos e entramos em contato com os países para ver se poderia haver uma reunião dedicada à mobilização de apoio à Amazônia durante a Assembleia Geral [da ONU], programada para 20 de 23 de setembro em Nova York", afirmou Guterres.

O Brasil passou a demonstrar abertura para receber ajuda financeira estrangeira para combater incêndios na Amazónia, desde que o Governo tenha o controlo dos fundos, embora tenda rejeitado uma oferta do G7.

O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro assinou um decreto na quarta-feira que proíbe queimadas agrícolas em todo o Brasil por 60 dias, na tentativa de conter a propagação dos incêndios diante da crescente pressão internacional.

"Penso que a comunidade internacional deve mobilizar-se fortemente para apoiar os países da Amazónia a fim de acabar com os incêndios o mais rápido possível por todos os meios possíveis e, em seguida, levar a cabo uma política abrangente de reflorestamento. Não fizemos o suficiente até agora", avaliou Guterres.

O Peru e a Colômbia propuseram aos países da região amazónica uma reunião de emergência em 6 de setembro para coordenar medidas para proteger a maior floresta tropical do mundo.

A floresta amazónica desempenha um papel vital na regulação dos climas regionais e globais, e sua destruição, mesmo parcial, não aconteceria sem consequências sobre as temperaturas e a biodiversidade.

O número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.

Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.

Pequim rejeitou hoje a proposta norte-americana de negociar um tratado trilateral para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance,



Pro-government and pro-police supporters rally in Tamar Park.© Fornecido por LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A. Pro-government and pro-police supporters rally in Tamar Park.




Pequim, 29 ago 2019 (Lusa) - Pequim rejeitou hoje a proposta norte-americana de negociar um tratado trilateral para a eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcance, que incluiria ainda a Rússia, considerando que não é "justo ou razoável".

Washington decidiu este mês não renovar o Tratado de Armas Nucleares de Médio Alcance com a Rússia, que existia desde 1987, e convidou a China a integrar "uma nova era de controlo da corrida às armas", com a negociação de um acordo entre as três nações.

"A participação da China em negociações trilaterais não é justo nem razoável. Os EUA são o país com o maior arsenal nuclear, devem aceitar a sua responsabilidade no controlo do armamento e criar condições para que outros países participem do desarmamento, em vez de se retirarem dos tratados", afirmou o porta-voz do ministério chinês da Defesa, Ren Guoqiang.

Ren lembrou que "logo após os EUA se retirarem do tratado, começaram a testar mísseis, o que prova que as ações não correspondem às palavras.

Militares norte-americanos testaram, no domingo passado, um míssil de médio alcance na costa da Califórnia - um lançamento que seria ilegal caso o acordo com a Rússia ainda vigorasse.

"Pedimos aos EUA que abandonem a sua mentalidade da Guerra Fria, moderem o desenvolvimento de armamento e façam mais pela estabilidade no mundo", acrescentou.

O porta-voz realçou que "a China segue uma política militar defensiva" e que o seu desenvolvimento de armas nucleares "é muito restrito", mantendo-se num "nível mínimo", para garantir as necessidades de defesa.

Assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachov, então presidentes dos Estados Unidos e da antiga União Soviética, respetivamente, o tratado aboliu o recurso a um conjunto de mísseis de alcance, entre os 500 e os 5 mil quilómetros, e pôs fim à crise desencadeada na década de 1980, com a instalação dos SS-20 soviéticos, visando capitais ocidentais.

Após a retirada do tratado, o secretário de Defesa dos Estados Unidos disse que quer instalar mísseis convencionais de médio alcance na região Ásia-Pacífico, "dentro de alguns meses".

O governo chinês disse então que "não vai ficar de braços cruzados" e que vai tomar contra-medidas, sem avançar mais detalhes.

Em abril de 2017, o então chefe do Comando do Pacífico das forças armadas dos EUA, Harry Harris, afirmou ao Senado norte-americano que a China, que não faz parte de nenhum tratado de desarmamento, possui a "maior e mais diversificada força de mísseis do mundo, com um inventário de mais de 2.000 mísseis balísticos e de cruzeiro".
JPI // ANP
Lusa/Fim

O IMPÉRIO PORTUGUÊS

Emigrantes ligam Luxemburgo e Portugal, de bicicleta, com fins solidários


Dois emigrantes portugueses realizaram uma viagem entre Luxemburgo e Portugal, de bicicleta, com fins solidários.
Victor Costa e Hélder Gonçalves, que formam a equipa VH X-PLOR, realizaram cerca de dois mil quilómetros com o objectivo de recolher fundos para a Fundação para o Autismo do Grão-Ducado.

A etapa desta sexta-feira é simbólica e das mais duras, porque os ciclistas pretendem subir ao Alto da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, para festejar o culminar desta grande viagem.

MÃE HUMANA ALIMENTANDO UM PEQUENO JAVALI


Foto de Eduardo Alves
Na Amazônia, um jornalista capturou esta fotografia que mais tarde o fez ganhar o prêmio Pulizter, um pequeno javali ficou órfão porque sua mãe foi baleada por caçadores furtivos, uma mãe humana o alimenta para viver ... que bela imagem! Vamos tornar isto viral, vamos mostrar o quão lindo é a Amazônia e proteger o melhor que o planeta tem...


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10 escritores portugueses que você precisa conhecer


10 escritores portugueses que você precisa conhecer

45 anos da Revolução dos Cravos
Em 1974, a Revolução dos Cravos derrubou a ditadura Salazarista – vigente desde 1933 -, comandada então por Marcelo Caetano, e abriu as portas para a democracia em Portugal. O início do movimento foi à meia-noite por meio de uma emissora de rádio, e a senha, uma música proibida pela censura, Grândula Vila Morena, de Zeca Afonso. Os militares depuseram Marcelo Caetano, que fugiu para o Brasil, colocando António de Spínola como presidente. Já a população, saiu às ruas para comemorar o fim da ditadura e para distribuir cravos, a flor nacional, aos soldados rebeldes em forma de agradecimento.
Como forma de celebração desta importante data, selecionamos 10 autores portugueses essenciais a todos os leitores. 

Miguel de Souza Tavares
Nasceu no Porto em 1952. Apesar de formado em direito, trabalha, hoje, como jornalista. É autor de várias obras, entre elas os elogiados e sucessos de venda Equador, Rio das Flores e No teu deserto.

miguel de sousa tavares


Margarida Rebelo Pinto

Marcada por sua vasta obra repleta de romantismo, Margarida nasceu em Lisboa em 1965. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Clássica de Lisboa. Autora de sete romances, quatro livros de minificções e dois livros para crianças. Está publicada, além do Brasil, na Espanha, França, Holanda, Alemanha, Bélgica e Itália. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão Diário da tua ausência, O dia em que te esqueci e Não há coincidências.

margarida rebelo pinto


José Saramago

Saramago escrevia numa língua viva. Mais que correção ortográfica ou estruturas formais, ele usava a espontaneidade da tradição oral para contar, através de dialetos e coloquialismos, suas histórias universais. Seu estilo único tomou o mundo da literatura de assalto. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom declarou que José Saramago era “um dos últimos titãs de um gênero literário que se está a desvanecer” e o chamou de “O Mestre”. O autor nasceu em 1922 na província do Ribatejo em Portugal. Seu primeiro livro, Terra do pecado, foi publicado em 1947. A partir de 1976, passou a viver exclusivamente da literatura, primeiro como tradutor, depois como autor. Romancista, teatrólogo e poeta, em 1998 tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Saramago faleceu em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, em 2010. Entres suas mais famosos livros estão Memorial do convento, Ensaio sobre a cegueira e  O evangelho segundo Jesus Cristo.

jose saramago


António Lobo Antunes

Lobo Antunes nasceu em 1942 em Lisboa. Formado em medicina, serviu como médico do exército português em Angola. Autor de uma obra extensa, de repercussão mundial, o escritor recebeu diversos prêmios literários, como o Grande Prêmio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 1999, por Exortação aos crocodilos. Em 2007, recebeu o Prêmio Camões de Literatura, o maior reconhecimento dado a um autor de língua portuguesa vivo; e, em 2008, o Prêmio Juan Rulfo. Alguns de seus títulos de destaque: Memória de elefante, Os cus de Judas e Explicação dos pássaros.

António Lobo Antunes


José Luís Peixoto

Nasceu em 1974 em Galveias, tendo estudado línguas e literaturas modernas na Universidade Nova de Lisboa. É autor de romances, contos, poemas e peças de teatro, e seus livros já foram traduzidos para cerca de vinte idiomas. Entre seus títulos mais conhecidos estão Livro, Uma casa na escuridão e Cemitério de pianos.

jose luis peixoto


Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queiroz nasceu em Póvoa de Varzim no dia 25 de novembro de 1845, e faleceu, em paris, em 1900. É até hoje um dos mais importantes escritores de Portugal. É autor dos incríveis Os Maias e O crime do Padre Amaro – considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

eca de queiros



Fernando Pessoa

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 13 de junho de 1888, e faleceu na mesma cidade no dia 30 de novembro de 1935. Foi poeta, romancista, astrólogo, crítico e tradutor. Enquanto poeta, escreveu sobre diversos heterônimos, como Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. Com uma vasta obra, destacamos Poemas de Álvaro de Campos, Mensagem e O livro do desassossego.

fernando pessoa


Pedro Chagas Freitas

Nascido em Azurém, Pedro Chagas Freitas tem publicados, em Portugal, romances, contos, crônicas, letras de música e textos publicitários. Presença constante nas listas de mais vendidos de seu país natal. No Brasil, lançou Prometo falhar,  um livro que fala do amor dos amantes, do amor dos amigos, do amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, do amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta.

pedro chagas freitas


Luís de Camões

Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa em 1524. É considerado pela crítica e pelo público uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas do Ocidente. Ficou mundialmente conhecido pela obra Os Lusíadas.

luis de camoes


Lídia Jorge

Lídia Guerreiro Jorge nasceu em Loulé, Boliqueime, no dia 18 de junho de 1946. Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo sido professora do Ensino Secundário. Foi nessa condição que passou alguns anos decisivos em Angola e Moçambique, durante o último período da guerra colonial, mas a maior parte da sua carreira docente foi em Portugal. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e integra o Conselho Geral da Universidade do Algarve. Seus trabalhos mais conhecidos são: O vento assobiando nas gruas, Combateremos a sombra e A manta do soldado.


lidia jorge



ZECA AFONSO NO COLISEU

Rússia envia robô para o espaço


Rússia envia robô para o espaço


O FEDOR, o robô russo capaz de conduzir, disparar e executar tarefas domésticas, vai ser enviado para o espaço.

A agência Espacial Federal Russa anunciou que vai enviar, na próxima semana, o androide semiautónomo para a Estação Espacial Internacional.

Em órbita, e durante uma semana, o FEDOR ficará sob o controlo do cosmonauta russo Aleksandr Skvortsov e será testado em tarefas simples de transporte e em trabalhos de precisão em espaço aberto.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, a Rússia espera utilizar humanoides como o FEDOR para ajudar na manutenção de estações espaciais e na construção de bases na Lua.

O FEDOR estará a bordo da missão SOYUZ MS-14 que descola do complexo espacial de Baikonur, no Cazaquistão, no dia 22 de agosto.

MIGRANTES E REFUGIADOS EM BUSCA DE SEGURANÇA


Como políticas migratórias hostis estão privando o direito à saúde e à dignidade de milhões de pessoas em movimento

Por Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem FronteirasNos últimos anos, milhares de pessoas têm decidido entrar em uma embarcação insegura e superlotada para fazer uma travessia de mais de 350 quilômetros pelo mar Mediterrâneo. Elas se submetem à fome, à sede e ao clima, muitas vezes molhadas pela água salgada e com a pele em contato com o combustível do barco, uma combinação que causa dolorosas queimaduras químicas. Cada vez com mais frequência, seus pedidos de ajuda são ignorados por outras embarcações no caminho ou seu barco é interceptado pela guarda costeira de países como a Líbia, que as leva de volta para a costa da África e as mantém arbitrariamente em centros de detenção. Se chegarem à Europa, ainda sofrerão com políticas criadas cada vez mais para fazer com que não sejam acolhidas, desrespeitando legislações internacionais para refugiados e solicitantes de asilo. E isso se não se afogarem no trajeto. Ninguém entraria nesse barco se permanecer em terra não fosse ainda mais insuportável.
Em 2017, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 68,5 milhões de pessoas foram deslocadas de suas casas à força. A maior parte tenta encontrar outro lugar onde viver dentro do mesmo país, mantendo alguma relação com suas raízes e cultura. Porém, 25,4 milhões tiveram que cruzar fronteiras em busca de segurança.

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MIGRAÇÃO PELO MUNDO

Em maior ou menor medida, todos os cinco continentes experimentam as consequências das crises migratórias. Ainda que as longas jornadas ganhem mais visibilidade, são os países vizinhos que normalmente recebem aqueles que fogem de crises humanitárias. É o caso de Uganda, o maior anfitrião de refugiados do continente africano. Em situações complexas, é possível observar que um país ao mesmo tempo recebe refugiados e vê parte de sua população fugir. Foi o caso, no começo de 2019, de Camarões e da Nigéria. Depois de uma onda de violência na cidade de Rann, no nordeste nigeriano, mais de 35 mil pessoas cruzaram, em poucas semanas, a fronteira, acampando a céu aberto no extremo norte de Camarões. No mesmo período, camaroneses fugiam para o estado de Cross River, no sul da Nigéria, levados pela ameaça da violência no oeste de Camarões.
Na América Latina, a crise humanitária na Venezuela provoca o êxodo de milhares de pessoas para países como Colômbia e Brasil. Entre os venezuelanos atendidos por Médicos Sem Fronteiras (MSF) nos países fronteiriços, a escassez de comida e a falta de acesso a cuidados médicos são mencionadas como razão para terem deixado o país. Já da área conhecida como Triângulo Norte da América Central, que compreende El Salvador, Honduras e Guatemala, estima-se que a cada ano saiam meio milhão de pessoas rumo ao norte. São movidas por uma combinação de fatores, como ameaças de gangues, violência sexual e falta de oportunidades. Em seu caminho pelo México, são mais uma vez vítimas de violência e extorsão, caindo frequentemente
Embora a busca de asilo na Europa ganhe mais destaque, a guerra da Síria provocou um enorme êxodo, que foi sentido principalmente por Jordânia, Líbano e Turquia. O Líbano, sozinho, recebeu mais de 1,5 milhão de refugiados sírios, que representam, no momento, uma parcela superior a 25% da população em território libanês. Muitos sírios fugiram ainda para o Iraque, país também em guerra que viu grande parte de sua população deslocar-se internamente e para além de suas fronteiras.
Mais a leste, na Ásia, Bangladesh recebeu, a partir de agosto de 2017, no espaço de poucos meses, mais de 700 mil refugiados da minoria rohingya, que fugiam de uma onda de violência a eles direcionada em Mianmar.
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 Na pequena e isolada ilha de Nauru, país independente da Oceania, pessoas são detidas indefinidamente depois de serem interceptadas em barcos ao tentarem chegar à Austrália. O envio dos migrantes para Nauru é parte da política australiana de exportar a gestão de solicitantes de asilo que tentam chegar a seu território. O número de tentativas de suicídio no local é alarmante. A psiquiatra de MSF Carolyne César relata o que ouviu de seus pacientes, inclusive crianças. “Elas dizem claramente que preferem estar mortas a estar aqui”, contou Carolyne após o encerramento do projeto de MSF em Nauru, em outubro de 2018, por exigência do governo local (assista ao vídeo abaixo).

ATENDENDO PESSOAS EM MOVIMENTO

Como em Nauru, as necessidades de suporte psicossocial são uma constante nos projetos de MSF que atendem migrantes. Muitas das pessoas presenciaram situações violentas e viram familiares serem mortos. Histórias como essas foram ouvidas diversas vezes pelas equipes de saúde mental de MSF nos campos de refugiados em Bangladesh. Em uma pesquisa feita com as pessoas que chegaram ao distrito de Cox’s Bazar, MSF estimou que ao menos 6.700 rohingyas foram mortos em Mianmar entre 25 de agosto e 24 de setembro de 2017. Para ajudá-las a encontrar formas de lidar com suas feridas psicológicas, até 31 de agosto de 2018 MSF havia realizado 10.212 consultas individuais de saúde mental e 18.358 sessões em grupo. A falta de perspectiva também afeta gravemente os migrantes. Na ilha de Lesbos, na Grécia, 9 mil pessoas estão retidas pela política de contenção de solicitantes de asilo. Equipes de MSF observaram, durante atividades de saúde mental com crianças, em 2018, que 25% delas se automutilaram, tentaram se matar ou tiveram pensamentos suicidas.
Uma vez, sequestraram meu filho enquanto ele ia para a escola. Em troca, me pediram tanto dinheiro, que tive que vender todo o meu ouro. Não dá para viver na Líbia. Então, eu decidi fugir de barco. É preciso escolher entre morrer no mar ou morrer por causa de uma bala. Eu preferi o mar.
Aida, 41 anos
Resgatada no mar Mediterrâneo por MSF em dezembro de 2018

Entre pacientes migrantes, MSF também encontra várias sobreviventes de violência sexual. Em um estudo feito pela organização nas rotas migratórias que cruzam o México, 31% das mulheres relatam ter sofrido esse tipo de violência durante a jornada. Além do apoio psicológico, MSF oferece cuidados de profilaxia pós-exposição para evitar doenças sexualmente transmissíveis.
Nos campos de refugiados e deslocados internos, a superlotação e as condições precárias de vida são fatores para o surgimento e o agravamento de doenças, como acontece em Nizi, no nordeste da República Democrática do Congo. “As condições de higiene são muitas vezes deploráveis: as latrinas são insuficientes, faltam mosquiteiros e as pessoas não têm proteção contra as intempéries”, resume o coordenador-geral de MSF na região, Moussa Ousman. As cerca de 10 mil pessoas que vivem no local há um ano sofrem principalmente de malária, diarreia, infecções respiratórias agudas e desnutrição. MSF está em Nizi desde abril de 2018, onde já ofereceu mais de 57 mil consultas.

Outro problema comum é a falta de imunização contra doenças facilmente evitáveis por vacinação. Somada à superlotação de acampamentos de refugiados e deslocados internos, a situação é especialmente propensa à eclosão de surtos de doenças. No campo de refugiados de Kario, no Sudão, onde vivem dezenas de milhares de sul-sudaneses, MSF inaugurou um hospital em julho de 2017 e, em dezembro do mesmo ano, vacinou mais de 19 mil crianças contra o sarampo.
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 E todas as necessidades de cuidados de saúde dos migrantes acabam por sobrecarregar o sistema de saúde do país que os recebe. Por isso, MSF trabalha para absorver parte desse impacto e também oferecer, quando é preciso, os mesmos serviços de saúde para a comunidade anfitriã. No Líbano e na Jordânia, por exemplo, MSF oferece, entre outros serviços, cuidados de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

POLÍTICAS RESTRITIVAS PARA MIGRAÇÕES

No mês de março, completou três anos a assinatura do acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia com o objetivo de conter a entrada de migrantes no continente europeu. Não foi apenas com a Turquia que a UE fez acordos para terceirizar a gestão da crise de refugiados. O bloco também financia a Líbia, que, com sua guarda costeira, faz incursões no mar para evitar que pessoas atravessem o Mediterrâneo rumo à Europa. Esse acordo leva centenas de pessoas a serem presas arbitrariamente em centros de detenção, onde vivem em situação de superlotação e escassez de água e alimento.

Entre as medidas adotadas pela UE está ainda a criminalização da ajuda humanitária no mar Mediterrâneo, o que acabou, depois de uma série de pressões, levando ao encerramento de nossas atividades de busca e salvamento no mar.* Porém, políticas como essas não se limitam à Europa. A cooperação entre Austrália e Nauru, mencionada anteriormente, assim como a exigência de que MSF se retirasse dos centros de detenção nauruenses, onde prestava atendimento de saúde mental, são outros exemplos de políticas que visam isolar os migrantes e puni-los por buscarem segurança em outros países.
“Temos que encarar a realidade: políticas desumanas feitas para deter a migração não impedem as pessoas de se deslocarem. Essas políticas dão força a autoridades corruptas e gangues criminosas, que lucram com a vulnerabilidade das pessoas. Essas políticas criminalizam e jogam as pessoas vulneráveis nas mãos daqueles que as exploram implacavelmente.”  Com essas palavras, a presidente internacional de MSF, Joanne Liu, expôs, no encontro do Pacto Global sobre Migração, o resultado do que a organização vê diariamente em seus projetos de atendimento a migrantes e refugiados. Em outras palavras, as políticas que criminalizam a migração, em última instância, acabam por matar pessoas que arriscaram tudo o que têm para tentar sobreviver.

Refugiados nunca têm uma vida boa. É uma luta para conseguir comida e água. Viver em uma tenda de acampamento acaba com qualquer um. Mas é melhor do que viver com medo em casa, então eu vou ficar neste campo até morrer.
Ramadhani, 26 anos
Refugiado burundinês atendido por MSF na Tanzânia em 2017

QUAL A DIFERENÇA ENTRE REFUGIADOS, SOLICITANTES DE ASILO E MIGRANTES?

Refugiados: apresentam definição específica no direito internacional. São pessoas que saíram de seus países de origem por evidente medo de perseguição, violação de direitos humanos e conflitos armados. Caso retornem, correm o risco de serem mortas. Por isso, recebem proteção internacional e passam a ter acesso à assistência dos países que as acolhem, do ACNUR e de outras organizações.
Solicitantes de asilo: aguardam que as autoridades dos sistemas de proteção e refúgio do país para onde fugiram avaliem seu pedido de serem reconhecidos como refugiados.
Migrantes: não apresentam definição no direito internacional. O termo costuma ser usado de maneira genérica para descrever pessoas que saíram de seus países de forma voluntária ou não. Entretanto, pela experiência de MSF, muitas vezes é difícil definir se o deslocamento é puramente voluntário, pois a busca de melhores oportunidades econômicas pode estar ligada a questões de segurança no país de origem.
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Comentário: Tudo que acabamos de ler poderia ser evitado se os homens do nosso planeta não fossem tão egoístas. Fossem mais humanos e entendessem que suas riquezas nunca poderiam ser adquiridas à custa do sacrifício do sofrimento do seu próximo. Se estes homens fossem mais inteligentes e humanos entenderiam que seus bens materiais estariam mais protegidos se fossem usados para o bem comum de toda a humanidade, sem esse preconceito de que eles são ricos porque se esforçaram mais e que os pobres estão assim porque são indolentes e outras designações pejorativas que os levam ao desânimo e resultam em tudo que hoje assistimos e que pode resultar numa destruição total da sociedade "ocidental capitalista". Falo "ocidental" porque no "oriente socialista" não acontecem estes fenômenos, pois estes países nunca exploraram as riquezas destes povos.   
Agora neste apagar de luzes de mais um império, vamos pedir a Deus, que estes homens maus e gananciosos se convençam de que já não podem mais segurar a ira dos povos a quem sempre exploraram, pois estes povos agora já contam com a ajuda das poderosas armas dos países socialistas e nesta altura, tão poderosas que num confronto militar fica difícil prever um vencedor! Termino deixando aqui uma sugestão a estes senhores do império do "Ter;"usem essa verba gasta com esses mais de 300.000 homens distribuídos em mais de 50 bases militares espalhadas pelos quatro cantos do mundo em investimentos produtivos para melhorias sociais desses migrantes e refugiados, respeitando  sua cultura e soberania!!!     
JPL

LUGARES INCRÍVEIS NO IRÃ

TRIO ALENTEJO

Governo chinês é capaz de conter protestos em Hong Kong e evitar revolução?

Manifestantes com máscaras de gás em Hong Kong

© AP Photo / Kin Cheung
#SputnikExplica

Recentemente, Hong Kong se tornou palco de ininterruptos protestos, com manifestantes pedindo o fim de um projeto de lei de extradição.
A lei permitiria que os suspeitos fossem extraditados e julgados pela justiça da China continental, entretanto, o projeto já foi suspenso pelo governo chinês.
Em meio aos recentes acontecimentos envolvendo a China e Hong Kong, a Sputnik explica os detalhes de toda a situação, como consequências e perspectivas sobre a crise do acordo "um país, dois sistemas".

'Um país, dois sistemas' ou 'dois países com seu próprio sistema'?

A China surgiu há quatro mil anos e se tornou um grande império no século II a.C. No século XIX, a região era explorada pelo Reino Unido, e os conflitos da dominação resultaram nas duas Guerras do Ópio, a primeira entre 1839 e 1842, e segunda entre 1856 e 1860.
O território de Hong Kong, por sua vez, pertenceu à China até 1842, quando o império Qing perdeu a Guerra do Ópio para os britânicos e Hong Kong, então, tornou-se uma colônia britânica.
Posteriormente, Hong Kong foi ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial e devolvida ao governo chinês em 1997, quando se tornou uma Região Administrativa Especial da China, assim como Macau.
Manifestantes usam carrinhos de bagagem para bloquear a passagem para os portões de embarque durante uma demonstração no aeroporto de Hong Kong
© AP Photo / Vincent Yu

Manifestantes usam carrinhos de bagagem para bloquear a passagem para os portões de embarque durante uma demonstração no aeroporto de Hong Kong
No mesmo ano, uma política conhecida como "um país, dois sistemas" foi adotada, onde Hong Kong conquistou o direito de manter diversas características capitalistas.
Hoje, Hong Kong conta com autonomia política, onde os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário se tornaram mais independentes do controle do governo chinês.
Após séculos separados, China e Hong Kong possuem suas próprias características linguística, social e cultural.
O estilo de vida e os hábitos entre Hong Kong e a China continental são muito diferentes, o que causa certo preconceito entre ambos.
Economicamente, o empreendedorismo, energia e investimentos de Hong Kong beneficiaram a China continental, já que a cidade funciona como um centro logístico, servindo de "entrada para a China" ao resto do mundo. Entretanto, a reexportação de produtos chineses, o turismo interno e a demanda pelo varejo da China continental são importantes para a economia de Hong Kong.

Protestos em Hong Kong

Os protestos realizados desde junho em Hong Kong já reuniram dois milhões de pessoas, em uma cidade onde há sete milhões de habitantes.
Além disso, esses protestos já são os maiores desde os protestos de 1989, que ocorreram em Pequim, resultando em um abafamento brutal na Praça Celestial.
Apesar de os protestos atuais serem oficialmente por conta do novo projeto de lei, que já foi suspenso, entretanto, os manifestantes agora exigem a anistia para todos os manifestantes presos, além de um inquérito independente sobre as acusações de abuso de poder policial e sufrágio universal para as eleições do
 chefe do Executivo e do Conselho Legislativo da região.
Homem observa dados financeiros fora de um banco de Hong Kong, foto de 5 de agosto de 2019
© AP Photo / Kin Cheung
Homem observa dados financeiros fora de um Banco de Hong Kong

A situação criada pelos violentos protestos em Hong Kong pode afetar a economia da região, já que Xangai novamente passou a ser um centro internacional de finanças e negócios, ou seja, passou a competir com Hong Kong.

Os atuais protestos são maiores do que os protestos que ocorreram em 2014, que, por sinal, foram muito significativos e duraram três meses, sendo chamados de Revolução do Guarda-Chuva, quando os manifestantes tomaram as ruas de Hong Kong reivindicando por mais democracia.

Repercussão internacional dos protestos

Apesar das proporções dos protestos, até o momento, apenas EUA e Reino Unido se pronunciaram sobre o que está acontecendo em Hong Kong, o que foi classificado por Pequim como uma interferência em seus assuntos internos.

Há alguns dias, a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Morgan Ortagus, afirmou que a China estava agindo como um governo "agressivo" por divulgar informações pessoais de uma diplomata norte-americana, que teria se reunido com líderes pró-democracia em Hong Kong.

Depois disso, o presidente norte-americano, Donald Trump, publicou no Twitter uma mensagem afirmando que Pequim "estava transferindo tropas para a fronteira com Hong Kong".
Mulher passa em frente a casa de câmbio em Hong Kong decorada com notas de yuan e dólar
© AP Photo / Kin Cheung
Casa de câmbio em Hong Kong decorada com notas de yuan e dólar

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores chinês solicitou que os norte-americanos parassem de "meter o nariz" nos assuntos internos do país asiático.

"Não é a primeira vez que expressamos nossa posição sobre esta questão. Hong Kong é um assunto da política interna da China", declarou o Ministério das Relações Exteriores chinês, ressaltando que o país novamente havia solicitado para os EUA "pararem de meter o nariz nos assuntos de Hong Kong".

Vale destacar que as relações entre EUA e China seguem tensas, tanto que os chineses acreditam que a violência durante os protestos em Hong Kong tenha sido organizada pelos EUA, para ser utilizada como pretexto para uma intervenção estrangeira.

Já alguns analistas concordam com a postura oficial chinesa.
Há muitas complexidades na atual situação em Hong Kong, uma situação muito turbulenta, onde há obviedades de interferência dos EUA, bem como de manipuladores nos bastidores dos protestos, comenta à Sputnik China o especialista do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Nanjing, Zheng Na'guang.

Em meio a toda essa tensão, outras nações ocidentais se abstiveram de comentar o assunto, contudo, a ONU recomenda cautela às autoridades ao conterem os protestos.
  Policiais avançam em direção a manifestantes em Hong Kong, China
© REUTERS / Kim Kyung-Hoon
Policiais avançam em direção a manifestantes em Hong Kong, China

"Autoridades podem ser vistas atirando bombas de gás lacrimogêneo em áreas fechadas e lotadas, e diretamente em manifestantes em várias ocasiões, criando um risco considerável de morte ou ferimentos graves", disse a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, em um comunicado em que pedia uma investigação sobre possíveis abusos.

O maior perigo entre as relações exteriores da China estaria relacionado à economia, que poderá sofrer um grande impacto com a erosão do volume comercial. Isso porque o comércio pode sofrer uma queda na ordem de dois dígitos, causada principalmente, pelo afastamento dos potenciais turistas devido à violência dos protestos.

Há algo que Pequim possa fazer para evitar uma revolução?

Para especialistas com postura mais orientada ao Ocidente, atualmente, Pequim parece não ter muitas opções para lidar com os protestos envolvendo Hong Kong. Uma delas, e talvez a mais provável, seria prosseguir com as detenções em massa ao mesmo tempo em que ameaça uma intervenção militar, esperando desistência dos manifestantes, ou seja, utilizaria a intervenção "para tentar assustar os manifestantes", disse à BBC, Ben Bland, pesquisador do Instituto Lowy de Sydney, na Austrália.

Além disso, Dixon Ming Sing, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, afirma também à BBC que a China poderia intervir através de intervenções políticas em Hong Kong, o que pode ser um fator determinante por trás dos protestos, já que o Parlamento de Hong Kong possui uma composição favorável a Pequim.

Porém, há outros cenários de uso de poder brando.
O governo chinês também poderia utilizar o rápido desenvolvimento econômico Shenzhen e Xangai para pressionar a economia de Hong Kong, através do repasse de um investimento maior para as cidades do continente.

O líder chinês provavelmente buscará a forma mais sábia para lidar com a ameaça dos protestos e evitar, assim, uma possível revolução.