VOCÊ SABIA QUE UMA EQUIPE MÉDICA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, PORTUGAL, ACABA DE DESCOBRIR A CURA DO MAL DE PARKINSON EM 86% DOS CASOS? O REMÉDIO PORÉM, SÓ SERÁ COMERCIALIZADO A PARTIR DE FINAL DE 2014 PELO LABORATÓRIO BIAL.
FONTE: - JORNAL DA RTPI
VOCÊ SABIA QUE OS MORCEGOS SE COMUNICAM ATRAVÉS DE GRITOS E RUÍDOS QUE ESTÃO ACIMA DE NOSSA CAPACIDADE AUDITIVA ?
Que eles se alimentam de insetos e frutas e que obtêm grande parte
dos detalhes que precisam por meio da ecolocalização: cliques, ruídos e
gritos emitidos em até 120 decibéis? Para
nosso alívio, a barulheira desses seres é feita em ultrassom, acima do
que a audição humana pode captar.
O eco dos sons
fornece aos morcegos uma quantidade imensa de informação sobre os
arredores. O tempo necessário para que o eco por ele emitido retorne a seu corpo, mostra a
distância entre ele e o objeto visado. Já as mudanças na frequência do som ao refletir em outra pessoa ou criatura, pode revelar a direção e a velocidade do
movimento do animal. É o efeito radar, que lhe permite enxergar à noite. O som por ele emitido, 340m/s, reflete em pessoas ou objetos, voltando para ele, evitando assim possível colisão entre estes e o objeto.
É necessário, antes de tudo, a
definição de poesia contemporânea. O que se chama aqui de contemporânea
é, sobretudo, aquela feita após a terceira fase do modernismo (1945) até
os dias de hoje. A poesia é arte e a função da arte é questionar a
realidade, fazer refletir e desestabilizar, ou seja tirar-nos de nossa
zona de conforto, diferente do entretenimento que acolhe, conforma, faz
esquecer o indesejável da vida e do cotidiano. É a expressão da
subjetividade por meio da linguagem verbal, ou seja, das palavras e tem
o papel de humanizar o ser humano.
A poesia contemporânea é
a reação da sensibilidade ao capitalismo de consumo que tira do homem
moderno o individualismo, o torna anônimo, parte insignificante de uma
grande massa consumidora. Cabe ao poeta dar ao homem comum a importância
de ser único, incomparável e excepcional, oferece um novo olhar para a
realidade, prega um novo comportamento desse homem, uma nova relação
com o seu tempo, com o materialismo exacerbado e marcante em sua vida.
A poesia contemporânea nos possibilita sentir, de forma verdadeira, o
mundo e não apenas fazer parte dele como uma peça dentro de uma grande
engrenagem. Olhar como, pensar como, ser, um outro que não nós, isso
nós dá a sensação de completude e, ao mesmo tempo a percepção de sermos
únicos e incomuns no mundo. A poesia nos liberta das garras e amarras do
real racional e permite a transcendência do nosso corpo individual e
físico para um corpo espiritual e coletivo, a poesia é, como diz Adélia
Prado, uma manifestação religiosa. É, então, um constante exercício de
reaprendizagem de novas possibilidades de ver um mesmo mundo.
Esteticamente,
é quase impossível definir a poesia contemporânea porque ela é
eclética, se apresenta de diferentes formas, pois o mundo hoje é assim,
múltiplo e fragmentado, o homem moderno é, ao mesmo tempo, inúmeros e
também um só em inúmeras partes. Mas dentre as várias vertentes da
poesia contemporânea é possível estabelecer três principais:
A poesia descritiva: Dá ênfase no cenário objetivo, geralmente urbano, o
poeta faz descrições das coisas, das pessoas e dos lugares que o
cercam, talvez em uma busca de localização e inserção no mundo. É o tipo
de poesia muito comum na internet.
A poesia hermética: Dá
voz ao inconsciente, visando dizer aquilo que ninguém sabia que se
precisava dizer, isso está nas entrelinhas no texto. É a mais apreciada
pelos críticos, uma vez que é mais difícil de entendimento por utilizar
metáforas incomuns.
A poesia memorialista: O saudosismo foi
um movimento estético da literatura portuguesa no início do século XX, a
saudade é considerada um traço marcante da alma portuguesa, talvez por
nossa herança esse tipo de poesia é ainda muito prestigiada pelo grande
público. O texto resgata o passado de forma nostálgica, mas com um novo
olhar sobre ele, renega o presente e o futuro, deixando a sensação de
que tudo no passado era melhor.
O que se pode afirmar é que a
matéria da poesia contemporânea é o cotidiano, o comum, o ordinário, é a
desmistificação dos mitos e a mitificação da experiência pessoal. Há
um grande problema na poesia brasileira, é que ela ainda vive em
pequenos grupos de amigos, ainda não chegou ao grande público, há
poucas, mais do que antes é verdade, mas ainda poucas, discussões e
encontros sobre poesia. E as discussões que existem se referem a uma
poesia elitista, cheia de citações e referências apenas compreensível a
um público seleto, letrado e bem alimentado.
Porém a poesia por
seu caráter, edificante e revolucionário, de questionar a realidade tem
que chegar às calçadas, às ruas, aos guetos, enfim a todos, sem
exceção, por que quando questionamos a nossa realidade racional damos
vozes a nossa irracionalidade emocional e inconsciente, que é o que
precisamos para entender que o ser humano necessita de algo bem mais
caro do que o dinheiro pode comprar.
Fabiano Fernandes Garcez
Ferreira Gullar
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ferreira Gullar
Ferreira Gullar em 2009
Nome completo
José Ribamar Ferreira
Nascimento
10 de setembro de 1930 (82 anos)
São Luís
Nacionalidade
Brasileiro
Ocupação
Poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta
Prêmios
Prémio Camões (2010)
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930) é um poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo.
Biografia
Ferreira Gullar nasceu em São Luís, em 10 de setembro de 1930 com o nome de José Ribamar Ferreira, era um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.
Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos
sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e
Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar
Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu
nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de
minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o
Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu
inventei o meu nome".
Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha,
da qual foi um dos fundadores. Muitos o consideram o maior poeta vivo
do Brasil e não seria exagero dizer que, durante suas seis décadas de
produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos
mais importantes da poesia brasileira e participou deles .
Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.
Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco
oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959,
criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valorizava a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo.
Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste
grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do
vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia
engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs .
“
(...) toda sociedade é, por
definição, conservadora, uma vez que, sem princípios e valores
estabelecidos, seria impossível o convívio social. Uma comunidade cujos
princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo,
inviável.
”
— Ferreira Gullar ,
Ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema "O Galo" em 1950. Os prêmios Molière, o Saci e outros prêmios do teatro em 1966 com Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, que é considerada uma obra prima do teatro moderno brasileiro.
Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano. O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal Folha de S. Paulo no ano de 2005. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Foi agraciado com o Prêmio Camões em 2010.
Em 15 de outubro de 2010, foi contemplado com o título de Doutor Honoris causa, na Faculdade de Letras da UFRJ.
Em Imperatriz, ganhou em sua homenagem o teatro Ferreira Gullar.
Em 1999 inaugurada em São Luís, a Avenida Ferreira Gullar
Em 20 de outubro de 2011, ganhou o Prêmio Jabuti com o livro de poesia Em Alguma Parte Alguma, que foi considerado "O Livro do Ano" de ficção.
Bibliografia
Poesia
Um pouco acima do chão, 1949
A luta corporal, 1954
Poemas, 1958
João Boa-Morte, cabra marcado para morrer (cordel), 1962
Quem matou Aparecida? (cordel), 1962
A luta corporal e novos poemas, 1966
História de um valente, (cordel; na clandestinidade, como João Salgueiro), 1966
Por você por mim, 1968
Dentro da noite veloz, 1975
Poema sujo, (onde se localiza a letra de Trenzinho do Caipira) 1976
Na vertigem do dia, 1980
Crime na flora ou Ordem e progresso, 1986
Barulhos, 1987
O formigueiro, 1991
Muitas Vozes, 1999
Um gato chamado gatinho, 2005
Em Alguma Parte Alguma, 2010
Antologias
Antologia poética, 1977
Toda poesia, 1980
Ferreira Gullar - seleção de Beth Brait, 1981
Os melhores poemas de Ferreira Gullar - seleção de Alfredo Bosi, 1983
Poemas escolhidos, 1989
Contos e crônicas
Gamação, 1996
Cidades inventadas, 1997
Resmungos, 2007
Teatro
Um rubi no umbigo, 1979
Crônicas
A estranha vida banal, 1989
O menino e o arco-íris, 2001
Memórias
Rabo de foguete - Os anos de exílio, 1998
Biografia
Nise da Silveira: uma psiquiatra rebelde, 1996
Ensaios
Teoria do não-objeto, 1959
Cultura posta em questão, 1965
Vanguarda e subdesenvolvimento, 1969
Augusto do Anjos ou Vida e morte nordestina, 1977
Tentativa de compreensão: arte concreta, arte neoconcreta - Uma contribuição brasileira, 1977
Uma luz no chão, 1978
Sobre arte, 1983
Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta, 1985
Indagações de hoje, 1989
Argumentação contra a morte da arte, 1993
O Grupo Frente e a reação neoconcreta, 1998
Cultura posta em questão/Vanguarda e subdesenvolvimento, 2002
Rembrandt, 2002
Relâmpagos, 2003
Televisão
Araponga - 1990/1991 (Rede Globo) - colaborador
Dona Flor e Seus Dois Maridos - 1998 (Rede Globo) - colaborador
Irmãos Coragem - 1995 (Rede Globo) - colaborador
TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Gullar
*****************************
Cantiga para não morrer
Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
Ferreira Gullar
**************************
"Dois e Dois são Quatro"
Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.
Ferreira Gullar
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Os participantes do movimento da Inconfidência Mineira 1789 são chamados
de inconfidentes. Não sabemos com exatidão quantos foram os
inconfidentes. Alguns deles são mais conhecidos e a história dos mesmos
acaba sendo confundida com a história do próprio movimento.
Após
a devassa (investigação), vinte e quatro inconfidentes foram
condenados, sendo 12 deles sentenciados à pena de morte. Porém, ao
final, as punições de 11 deles foram alteradas para degredo (exílio) e
apenas um deles, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi morto, fazendo com que principalmente sua história fosse lembrada até hoje.
Reunimos as histórias de outros inconfidentes que valem ser lembrados.
Joaquim Silveira dos Reis Montenegro Leiria Grutes(1755 – 1819) Nasceu em Portugal, e no ano de 1776 começou a
comercializar no Rio de Janeiro com o objetivo de fornecer gado e sal
para regiões mineiras. Em 1777 já estava totalmente estabelecido e em
1782, arrematou um contrato das entradas para o triênio (medida de tempo
equivalente a três anos, no caso de 1782 a 1784). A partir desse
contrato, recebeu um convite do Governo para entrar no levante, já que era o
“homem ideal”: rico, poderoso e tinha motivos para ver-se livre da
opressão do fisco do governo de Portugal. Até que a Real Fazenda o chamou para
“prestar contas”. O único jeito de se safar era contando tudo da conspiração,
sendo assim o primeiro delator. Sem poder continuar em Minas Gerais
(houve ataques contra ele) e sem amigos no Rio de Janeiro, Joaquim
mudou-se para Portugal e no mesmo ano o Príncipe Regente o declarou
Fidalgo da Casa Real e Tesoureiro-mor da Bula, perdoando assim, todas as
suas dividas. Voltou para o Brasil para exercer tal profissão e em 1808
foi mandado para São Luiz do Maranhão onde faleceu em 1819.
Tenente Coronel Francisco de Paula Freire Andrade (1756 – 1809) Nasceu no Rio de Janeiro e era filho do segundo Conde de
Bobodela que governava a capitania de Minas Gerais. Aos 12 anos entrou
como cadete no Regimento da Infantaria do Rio de Janeiro, e aos 24 se
tornou Coronel Do Regimento da Cavalaria de Minas Gerais. Em 1779 criou
laços com Tiradentes, ainda sendo um militar de alta patente. A partir
daí, se envolveu na conspiração, mesmo não concordando em iniciar uma
revolta armada. Após Joaquim Silveira (citado acima) ter feito a
denuncia contra a conspiração, o Coronel decidiu recuar e entregou uma
carta para o governador denunciando a conspiração. Por tais atos, foi
preso e condenado à morte, no qual não ocorreu, passando a ter pena
perpetua no interior de Angola. No final de sua vida, mandou uma carta
para o ministro querendo voltar ao Brasil. Morreu sem receber resposta.
Inácio José de Alvarenga Peixoto (1742-1792), nascido no Rio de Janeiro. Fora enviado a Coimbra em
Portugal pelo pai para estudar direito, onde se formou em 1768 e também
onde começou sua carreira como poeta. Apesar de seu caráter generoso,
Inácio acabou se envolvendo com a conspiração por estar diante de
dividas e altos impostos. Após a descoberta da conspiração Inácio foi
deportado para Angola onde faleceu. Em seus poemas pode-se notar uma
postura insatisfeita em relação à sociedade da época.
José Álvares Maciel
(1760 – 1804), nascido em Vila Rica, formado na Universidade de Coimbra
assim como Inácio José, Álvares Maciel optara por filosofia. Nessa
mesma época em que se formara, passara cerca de um ano e meio estudando
química e mineralogia em Londres, onde teve contato com o Iluminismo. Lá
já pensava em um Brasil independente, e após seu retorno ao Brasil em
1788 acabara entrando para a conspiração, esta que já estava em estado
avançado. Após a descoberta também fora deportado para Angola, passara
por Portugal e encontrava-se em dificuldades antes de falecer.
Luiz Antônio Furtado de Castro do Rio Mendonça(1754 – 1830), nasceu em Lisboa. Era o sexto Visconde de Barbacena,
mais tarde o primeiro conde de Barbacena. Em 1788 seguiu pra o Brasil
junto com a família. Quando chegou em Vila Rica estava ocorrendo a
derrama. Barbacena deixou-se por algum tempo, envolver-se pelas idéias
que dominavam a sociedade em Vila Rica. A situação para ele iria se
tornando delicada em Vila Rica por este motivo tratou de, discretamente,
afastar-se de tão freqüentes debates, já bastante comprometedores,
embora sonhasse aderir a essa causa, desde que ele tivesse chances de se
tornar embaixador da nova republica que iria fundar. A estratégia usada
pelo governador foi extremamente lógica e inteligente, pois ao receber a
denuncia de Joaquim Silvério dos Reis mandou o delator ao Rio de
janeiro para repetir a denuncia ao Vice-rei junto com oficial de sua
confiança para alertar ao vice-rei que o “dedo-duro” conseguiu espionar
os principais envolvidos no golpe, com isto reuniu dados para avaliar as
reais proporções do movimento. Visconde de Barbacena após a devassa
ainda ficou mais oito anos em Minas Gerais, e jamais foi criticado pela
opinião publica e os moradores do Arraial de Capela Nove, quando da
transformação em vila solicitaram o nome para Barbacena.
Padre Luiz Vieira da Silva
(1735 – 1809) nasceu em Soledade. Foi o maior líder da conspiração
republicana mineira de 1785 / 1789, foi um líder intelectual,
coordenador, estrategista e um dos grandes oradores sacros de Minas
Gerais e foi considerado sem contestação, entre os mais sábios
intelectuais de sua geração. Foi preso em 1789, e óbvio que não poderia
estar entre os revolucionários que formariam tropas, nem entre os que
entraria com dinheiro, seu papel era o de organizador, coordenador de
revolta, foi ele que elaborou o modo de rebelião militar e a forma de
consolidá-lo, e em seus discursos revolucionários feitos sem qualquer
temor ele pregava que o Brasil tinha o direito de ser independente e que
poderia ser livre, pois não dependia em nada de Portugal. Denunciado
por Basílio de Brito em Abril de 1789 ele foi preso em 22 de Junho de
1789, depondo pela primeira vez na condição de preso de 1789 na Casa dos
Contos e no dia 8 de Julho de 1789. Quando depôs, foi o mais firme de
todos os inconfidentes, e o mais pressionado, em seus depoimentos quando
negou que soubesse qualquer coisa sabre o levante. Ficou preso na
Fortaleza da ilha das Cobras onde foi interrogado mais quatro vezes e
sempre negando. Ficou um ano incomunicável na prisão, saindo apenas para
ouvir a sua sentença de degredo para a ilha de São Tomé. Saiu do Rio de
Janeiro, chegando a Lisboa ficou preso na Fortaleza de São Julião da
Barra onde ficou quatro anos, e no ano de 1796 o Padre Luiz Vieira da
Silva obteve autorização para deixar a prisão e recolher-se a clausura
do Convento de São Francisco da cidade onde permaneceu mais seis anos, e
nos ano de 1802 obteve parecer favorável no seu processo de indulto
emitido pelo Visconde De Barbacena, regressando ao Brasil aonde veio a
falecer.
Capitão Manoel da Silva Brandão
(sem registro) serviu no regime de Vila Rica. Era considerada figura
chave na conspiração, mas em Março de 1789 foi nomeado Comandante de
Destacamento Diamantino sediado em Vila do Tejuco ao norte de Minas
Gerais, onde continuava a fazer os encontros conspiratórios iniciados em
Vila Rica. Depois da devassa foi encontrado reunido secretamente na
madrugada com o irmão do padre Rolim, foi surpreendido pelo Cadete
Lourenço Orsinio, mas em golpe de sorte e meio que armado, o Capitão
Brandão esquivou-se de modo suspeito deixando que o Padre Rolim
escapa-se, fato que não passou despercebido ao seu comandante o Tenente
Fernando de Vasconcelos que era contra os revolucionários. Por este
motivo ordenou que outro oficial perseguiu-se e prende-se o Padre Rolim,
intimidou Capitão Brandão a apresentarem-se em Vila Rica, quando o
prende tenta intimidá-lo, mas tempos depois solta-o não o incomodando
mais, embora o considerasse muito suspeito.
Tomas Antônio Gonzaga(1744 -1810) nasceu em Portugal na cidade de Porto. Mais tarde foi um
dos mais importantes no movimento dos Inconfidentes de 1789, o
verdadeiro líder da conspiração, moral, intelectual e decisório. Tinha a
tarefa de redigir a Constituição e os documentos legais mais
importantes da institucionalização da nova situação política a ser
criada pelos inconfidentes. Tiradentes admirava-o muito e sabia que, com
o sucesso da revolução, Gonzaga seria o primeiro entre os primeiros.
Quando preso enfrentou seu destino foi interrogado várias vezes,
permaneceu mais de dois anos incomunicável, mas nenhuma vez denunciou
qualquer plano ou parte do plano, nem pessoas envolvidas na revolta.
Assim que foi condenado ao degrado em Moçambique, Tomas Antônio Gonzaga
partiu logo após a sentença no primeiro navio disponível. Logo foi
nomeado como Promotor dos Defuntos e Ausentes exerceu este cargo até
1805 e no ano de 1807 tornou-se procurador da Coroa, mas em 1809 foi
nomeado como Juiz da Alfândega, e pelo fato de ser o único advogado
habilitado em Moçambique e assim permaneceu até ao fim de sua vida.
Por: Allan Lima, Gabriel Luiz, Natalia de Jesus Silva, Nayara Ayello, Paloma Margaritelli
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Pelo que acabamos de ler, a "Independência" do Brasil deve tudo à Lusofonia...
Os inconfidentes, a maioria composta de luso-descendentes, influenciados pelos ventos liberais da elite cultural europeia, que naqueles tempos do século XVIII sopravam forte no velho continente e a população em geral, insatisfeitos com a voracidade tributária do governo de além-mar, que já se afundava em dívidas com a inglaterra, não encontraram outra saída senão conspirar contra o mesmo, fazendo-se passar para os ideais liberais a que chamavam de iluminismo ou poder da razão. Mas, este poder, só ganhou força com o advento da Revolução Industrial, quando os ingleses necessitaram exportar seus produtos industrializados para os países do continente latino - americano. Tarefa bem mais facilitada caso fosse concretizada com os futuros governos republicanos por ela agora apoiados, do que com os velhos e experientes monarcas por ela agora desprezados.
Assim, com o apoio da Inglaterra, dos cristãos-novos, da maçonaria e de outros setores da sociedade, multiplicaram-se os chamados movimentos de libertação por toda esta América, através de O´Higgins, Simon Bolivar, José de San Martin, Antônio José de Sucre, Tiradentes e outros , que, além da libertação política, pregavam também a libertação dos escravos, pois interessava aos ingleses acabar com esta mão de obra escrava para facilitar a venda de seus produtos industrializados, principalmente para a agricultura.
Mas em todos estes movimentos ditos libertadores e iluministas, predominava também o sentimento anti-católico, resultado de velhos atritos com os cristãos novos, não só em Portugal como em toda a Península Ibérica, pois os judeus expulsos daí, em maior número nos séculos XV e XVI, cujos capitais haviam transferido para os países nórdicos, também incentivavam estes movimentos separatistas, anti-católicos e peninsulares, talvez até com certa dose revanchista por tudo aquilo que passaram na Península Ibérica durante a Inquisição.
O SEPARATISMO NO BRASIL
No caso do Brasil, esse separatismo, rotulado de Iluminismo, nada mais representou do que uma mudança da monarquia para a república, sem grandes benefícios para o povo em geral, pois a riqueza produzida agora ficou toda concentrada em mãos liberais do norte europeu, mais precisamente em mãos dos ingleses. Só agora, passados mais de 200 anos é que outras nações, como China, Rússia, Índia, Irã e alguns países da América Latina, incluindo o Brasil, estão conseguindo construir sua verdadeira independência. E sabe-se lá como!
Poder-se-ía mesmo afirmar, que o Brasil e demais países latinos, tiveram um parto prematuro... Nem de longe pensar, que não deveríamos buscar nossa independência! Mas, fazê-la tal como numa família, onde os filhos depois de certa idade, bem orientados pelos pais, vão procurar a sua própria independência, mas sempre preocupados e gratos para com os seus velhinhos.
No caso do Brasil, além da prematuridade do parto, ainda roubaram a criança dos pais para educá-la em outros parâmetros culturais, que acabaram não dando certo. E pior do que isso é que ainda continuam culṕando os pais por tudo de ruim que aconteceu com esta criança!!!
Mas como diz o velho ditado, não há bem que sempre dure, nem mal que sempre perdure, este separatismo perverso está com os dias contados e tal como o filho pródigo, o Brasil voltará à casa da Lusofonia para junto com Portugal e demais países lusófonos expulsar o parteiro separatista e completar a obra inacabada, a obra da "Unidade Nacional"
OBRA DA UNIDADE NACIONAL
A obra da Unidade Nacional, foi uma luta constante contra tudo e todos, pois o separatismo nunca deu tréguas e obrigava a enormes gastos militares, pois contava com poderosos exércitos muitas vezes superiores aos dos luso-brasileiros. Tal como ainda faz nos dias atuais insuflava o ódio contra os portugueses nas comunidades tribais, prejudicando o desenvolvimento.
Os portugueses ao aqui chegarem, encontraram uma sociedade dividida e mergulhada em sangrentas guerras tribais, dividida em milhares de dialetos e até práticas de canibalismo. E se não bastassem os gastos com a pacificação e a edificação de uma nova família, a família luso-brasileira, tiveram ainda que lutar contra os calvinistas franceses e holandeses e toda a sorte de pirataria, que, naquele começo, infernizava o litoral brasileiro.
E o mais fantástico em toda essa obra é o tempo curto em que foi feita! Aproximadamente 250 anos! De 1500 a 1750! Sendo que só não foi ainda maior, porque nos primeiros 50 anos o Brasil foi dividido em capitanias hereditárias, em sua maioria doadas aos cristãos-novos, pois Portugal estava mais voltado para o comércio das especiarias... Achando que aqui não havia ouro e gastando mais do que arrecadavam, os judeus portugueses abandonaram o projeto das capitanias hereditárias e regressaram a Portugal, restando apenas três delas em mãos de cristãos-velhos, que acabaram dando certo.
A OBRA COMEÇOU MESMO FOI EM 1550
Com a chegada de Tomé de Sousa, Nóbrega e mais de mil homens, começou realmente o Brasil. Em menos de um ano construíram a sua primeira capital, Salvador, sendo que o próprio Tomé e Nóbrega chegaram mesmo a pegar na colher de pedreiro. Depois, Anchieta, Mem de Sá, Estácio de Sá, Araribóia, Jerônomo de Albuquerque, Camarão e outros heróis completaram a obra da Unidade Nacional.
Parece milagre, pois, os luso brasileiros, paralelamente à obra que íam executando, ainda tinham que lutar contra poderosos exércitos estrangeiros, que além do poderio bélico que possuiam, ainda instigavam os nativos a combater contra eles.
Mas, mesmo assim, apesar dos enormes gastos com defesa, a metrópole ía bem, mantendo sob controle sua Economia e defendendo o Brasil e suas outras colônias na África e Ásia. Mas, chega o ano de 1580 e um rei, jovem e inexperiente, pôs tudo a perder ao invadir Álcácer Quibir. Foi D. Sebastião, que, guardadas as devidas proporções de tempo e espaço, tal como as aventuras recentes de Bush, destruíu toda a Economia Portuguesa.
Daí em diante, culminando com a vinda de D. João VI para o Brasil, a monarquia portuguesa foi sempre sucunbindo, até à vitória liberal...
Mesmo assim, sobe o domínio de Castela, a quem Portugal ficou subjugado até 1640, mesmo com sua dependência econômica da Inglaterra, mesmo com a fuga de D. João VI para o Brasil em 1806 e com os posteriores movimentos pro-independência, mesmo assim, o Brasil conseguiu manter sua "UnidadeNacional", o que prova a eficiência desta vacina chamada Lusofonia.
Seria interessante também meditar, que, quase todos os líderes desses movimentos eram filhos ou descendentes de espanhóis ou portugueses! Foi o caso de D. Pedro I, que declarou a "Independência do Brasil" e depois foi para Portugal lutar contra seu irmão D. Miguel, que defendia a monarquia. Tiradentes, que era filho de pai português. Tomás Antônio Gonzaga, português do Porto, etc., etc..
Resumindo, a própria "Independência do Brasil", também foi obra da Lusofonia!
Como explicar então este separatismo existente entre dois povos tão parecidos na cultura, no sentimento e na língua?
Existem muitas explicações, mas a principal é sem dúvida a falta de escolaridade, cultura e politização de nosso povo, reforçada pela tendência robótica de nossa classe média.
PRINCIPAIS AGENTES SEPARATISTAS
A grande mídia, os governos daqui e de lá, os currículos escolares, as artes, as Ongs, certos setores religiosos, alguns setores esportivos e pasmem, os vaidosos dirigentes da própria comunidade luso brasileira, que perdidos em fúteis e faustosos almoços de confraternização, fazem também o jogo separatista, deixando de usar o imenso potencial que têm em mãos, como prédios, bibliotecas, clubes, colégios, faculdades, etc., para combater esse perverso separatismo em defesa de nossa cultura-comum.
Como um luso-descendente assumido, fico triste com este separatismo, que não permite, que, as crianças brasileiras e portuguesas se conheçam e assumam seus sobrenomes e valores culturais tão comuns à pátria de seus avós... Talvez esteja aí uma das causas de tantas coisas ruíns que vêm acontecendo numa sociedade copiadora e sem identidade como é a nossa sociedade atual...
Comemoramos tudo nesta ainda Terra de Santa Cruz com enormes gastos para o Tesouro Nacional, só não comemoramos o dia da Lusofonia!
Comemoramos o 21 de abril, mas, ali tão pertinho, não comemoramos o 22 de abril!!! Que ingratidão, que maldade!..
Não comemorar o 22 de abril é comemorar o separatismo, a ingratidão e a destruição da "Unidade Nacional".
A morte de Tiradentes teve requintes de crueldade! Mas é sempre bom frisar, que sua revolta nunca foi contra Portugal, mas sim contra os seus governantes e elites, que diga-se de passagem, tal como hoje, nunca, com algumas exceções, governaram para seu povo!
Tantos massacres se sucederam por aqui, nas denominadas terras do Rio Grande, que fica difícil não nos constrangermos com tantas barbaridades. Esses atos de violência e enorme crueldade que caracterizaram o domínio holandês, aqui nessas terras, começou pelo ataque aos moradores do engenho Ferreiro Torto. desembarcou no local conhecido por Passagem do Potigi.
Depois de terem matado algumas pessoas neste local, seguiram adiante por terra, para o já citado engenho. Hélio Galvão assegura que os " atacantes fugiram e o major Cloppenburch prosseguiu, andando mais três léguas, desde aquele ponto em que ele com os outros companheiros desembarcara. Um trecho pantanoso do caminho, já sendo tarde, impediu que atingissem o engenho, pelo que decidiram regressar à fortaleza" . Ao mesmo tempo corria o boato que forças portuguesas estariam a caminho, vindas da Paraíba, para ajudar os que alí se encontravam. Mas os holandeses não admitiam que se organizassem focos de resistência à sua autoridade. "Convocaram, então, o cacique Janduí, inimigo mortal dos portugueses. Na luta que se travou em ferreiro torto, morreram Francisco Coelho, proprietário do engenho, sua mulher, cinco filhos e sessenta pessoas que estavam lá refugiados".
O Massacre de Cunhaú
Fortaleza dos Reis Magos
O primeiro engenho construído no Rio Grande do Norte, foi palco de uma das mais trágicas páginas da nossa história. " Este engenho era a menina dos olhos dos holandeses por causa da fertilidade das suas terras". O ano era 1634, e nesse fatídico dia, sem que ninguém esperasse, pois foram enganados por Jacob Rabbi, o comandante da tropa de tapuias, potiguares e holandeses que ali chegaram com a ordem de matar todos que ali se encontravam. Esse homem indescritível, aportara por aqui para servir de intérprete entre os holandeses e os tapuias. Mas o ocorrido em Cunhaú, demonstrou que ele foi mais que um simples intérprete.
Diversos historiadores nos relatam que esse engenho foi fundado pelos irmãos Antônio e Matias de Albuquerque, na sesmaria que receberam do seu pai, Jerônimo de Albuquerque. Obedecendo a um pedido de Rabbi para que comparecessem à Igreja para tratar de um certo negócio e prometendo não ferir ninguém, muitas pessoas foram à capelinha, no dia marcado. Mas a intenção de Rabbi era outra. E, quando estavam todos ali reunidos começou a matança iniciada pelos tapuias chefiados por Jererera. Foram de uma crueza e violência sem par. "O oficiante voltou-se para os algozes e lhes disse na língua deles, em que era perito, que se tocassem em sua pessoa ou nos paramentos sagrados seriam castigados. Alguns recuaram outros nem o escutaram e os abateram". "Depois deste massacre, nunca mais os holandeses tiveram paz em Cunhaú, sucessivos atos de vingança foram realizados àquele engenho pelos portugueses".
A chacina desse engenho promoveu uma tomada de consciência, por parte da população portuguesa, fazendo-a empenhar-se , com redobrado vigor, à tarefa de combater e expulsar os dominadores flamengos.
O Massacre na casa forte de João Lostão Navarro
Quem não se refugiou nas fronteiras da Paraíba com o Rio Grande do Norte, dirigiu-se para a casa do sesmeiro João Lostão, situada no desaguadouro da lagoa de papari, barra do camurupim", que era sogro de Joris Garstman, primeiro governador holandês do nosso Estado.
Os holandeses temiam que aquele lugar viesse a se transformar em perigoso núcleo de resistência; trataram de expulsar os pobres colonos. Eles entendiam (os holandeses), que esses colonos estavam se preparando para uma rebelião. Sendo ameaçados e intimidados várias vezes por Rabbi e sua tropa, eles argumentavam que estavam ali para se protegerem, pois temiam por suas vidas, ameaçadas pelos selvagens. Mas o temível, o insaciável Rabbi não aceitou aquele argumento. Comandou e ordenou mais uma vez o ataque, promovendo outra carnificina, que foi realizada pelos Janduís e Potiguares. "Assassinaram de quinze a dezesseis pessoas, e trouxeram preso, para a fortaleza, João Lostão Navarro. Depois da matança de Cunhaú, o pânico tomou conta da população daquela região.
O Massacre de Uruaçu
Espantados com o que aconteceu em Cunhaú e na casa de João Lostão Navarro, alguns colonos "refugiaram-se nas margens do Rio Potengi, três léguas de Natal, erguendo uma defesa murada de madeira rústica" (CASCUDO: 1955, p.83). Depois de passarem por tantos massacres, tanta carnificina, resolveram se defender erguendo essa fortaleza de madeira. E mais uma vez foram enganados. Acreditando na conversa dos holandeses que poderiam sair da fortaleza pois estavam a salvos dos tapuias, os moradores acima citados caíram mais uma vez numa cilada. E foram massacrados assombrosamente pelos brasilianos que os esperavam no lugar em que foram levados pelos holandeses. E estes os ajudaram a matá-los, arrancando os olhos a uns, tirando as línguas de outros, "cortando as partes vergonhosas e metendo-lhes nas bocas" (CALADO: 1945, p. 151-2). Trazendo o restante que tinha ficado na cerca para esse mesmo local, enganando-os também, iniciaram novo massacre, sem deixar nenhum vivo. E foi de uma barbaridade tão grande que "seus membros foram divididos em partes que não se conhecia quais eram os de cada um dos ditos mártires. No mesmo instante foram os mesmos tiranos flamengos, e brasilianos à cerca, aonde somente ficaram as pobres viúvas, e órfãos, e as acabaram de despojar de todos seus bens, deixando-as a muitas nuas e com outros opróbrios, ( humilhações) que passo em silêncio". A morte de Jacob Rabbi
Jacob Rabbi
Não podemos terminar a descrição destes massacres, sem darmos uma notícia sobre o final da vida do seu principal mentor: Jacob Rabbi. Ele, que colecionou tantas mortes na terra Potiguar, morreu assassinado por dois soldados, na madrugada de 5 de abril de 1646, a mando do comandante Joris Garstman, que desta maneira, vingara a morte de João Lostão Navarro, seu sogro.
Joris Garstman
Foi um militar neerlandês(holandês), a serviço da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (WIC), participou da segunda das Invasões holandesas do Brasil, durante todo o conflito (1630-1654).
Na fase inicial, da invasão a Olinda e Recife, participou como capitão em várias missões na região. A partir de 1634 destacou-se como comandante do Forte dos Reis Magos (denominado como Castelo Ceulen ou Keulen pelos neerlandeses). Foi um dos articuladores da aliança entre os Países Baixos e os Tarairius (ditos "Tapuias") na região.
Em 1637 deixou o comando do Rio Grande do Norte para atuar na conquista da Capitania do Ceará, com a ajuda do cacique Algodão. Nesse mesmo ano, em sociedade com o Conselheiro Político Baltasar Wijntges, adquiriu, por 60.000 florins, o Engenho Cunhaú, no Rio Grande. Foi ainda o mandante do assassinato de Jacob Rabe, que teria matado seu sogro, nos massacres ocorridos no Rio Grande em 1645. Faleceu em 1654, a bordo de um navio, logo após a Capitulação do Campo do Taborda naquele ano, que encerrou a dominação neerlandesa na Região Nordeste do Brasil.
A descendência do holandês Joris Garstman
Artigo publicado no ”O jornal de hoje” edição de 6 de Outubro de 2009.
João Felipe da Trindade (hipotenusa@digi.com.br)
Professor da UFRN, sócio do IHGRN e do INRG
No
dia 3 de outubro de 1645,dia do massacre de Uruaçu, comandava a
Fortaleza dos Reis Magos, naquele momento, o holandês Joris Garstman.
No
livro “História da Fortaleza da Barra do Rio Grande”, Hélio Galvão
escreveu: “Na família Lopes Galvão radicada na área de ocupação
flamenga, é corrente a tradição de que certa moça dessa família se casou
com o holandês Garstman, de onde se originou o ramo Grasciman Galvão.
Nossas investigações nos têm conduzido cada vez mais, em aproximações
sucessivas, à convicção de que a tradição familiar vem sendo confirmada
pelos documentos até agora revelados.” Diz mais adiante Hélio Galvão:
“Sabe-se, por outro lado, que o assassínio do sogro de Garstman foi a
razão principal que fez deflagrar a escopeta que matou Jacob Rabe. De
fato, entre os mortos de Uruaçu está Lostau Navarro, precisamente aquele
que a tradição aponta como o sogro do Major Garstman.”
Deduz
Hélio Galvão, por conta da suas exaustivas pesquisas, que Beatriz Lostao
Casa Maior, filha de João Lostau de Navarro, se casou com o Tenente
Coronel Joris Garstman. Afirma, mais ainda, que eles são os pais de
Teodósio de Gracisman e Isabel de Gracisman. Joris Garstman esteve
também no governo da Capitania do Ceará e entregou o forte de São
Sebastião em 20 de maio de 1654, partindo em 1º de julho para as
Antilhas, tendo morrido de morte natural na Martinica, segundo consta do
livro acima. O estranho é que não se encontrou nenhum documento, tanto
no Brasil como na Holanda, que registre o nome da esposa de Joris
Garstman e nem o destino dela. Tampouco se conhece a esposa de João
Lostau de Navarro.
De onde surgiu o sobrenome Galvão?
Será que
não veio da família de Sargento-mor Francisco Lopes que casou com Joana
Dorneles, filha de Maria de Lostao Casa Maior, outra filha de João
Lostau, que casou com Manoel Rodrigues Pimentel? O sobrenome Lopes
Galvão aparece com mais freqüência nos descendentes de Cipriano Lopes
Pimentel, filho de Francisco Lopes e Joana Dorneles. Galvão aparece nos
filhos de Teodósio de Graciman, acredito que por conta de Paula Barbosa,
filha de Francisco Lopes e Joana Dorneles. Há que se juntar ainda
muitos documentos para se ter conclusões mais precisas. A tradição
muitas vezes obscurece a verdade.
Matéria em construção...
Bibliografia
GALVÃO, Hélio. História da Fortaleza da Barra do Rio Grande. Rio de Janeiro: MEC/Conselho Federal de Cultura, 1979.
Referências Bibliográficas
CALADO, Francisco Manuel. O Valoroso Lucídeno e triunfo da liberação. São Paulo: Edições Cultura.
GALV ÃO, Hélio. História da Fortaleza da Barra do Rio Grande. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura.
MEDEIROS FILHO, Olavo. Os holandeses na Capitania do Rio Grande. Natal/RN: Instituto Histórico E Geográfico do Rn, 1998.
SUASSUNA, Luiz Eduardo Brandão; MARIZ, Marlene da Silva. História do Rio Grande do Norte Colonial: 1597/1822. Natal: Natal Editora, 1997.
SOUZA, Itamar de. Diário do Rio Grande do Norte. Projeto ler do diário de natal. Natal: 1999.
GALVÃO, Hélio. História da Fortaleaza da Barra do Rio Grande. Rio de Janeiro, Conselho Federal de Cultura.
CASCUDO, Luiz da Câmara. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1984.
O Deportivo da Corunha, que tem por nome oficial Real Club Deportivo de La Coruña, é um clube de futebol galego fundado em 1906 na cidade da Corunha ao Noroeste da Galiza. Joga actualmente na Primeira divisão da Liga Espanhola de Futebol, depois de ter descido em 2011 e ter sido campeão da Segunda em 2012.
História
O Deportivo da Corunha nasce em 1906, com o nome oficial de Club Deportivo de la Sala Calvet, um dos ginásios que existiam na cidade na época. As primeiras partidas foram jogadas no chamado Corralón da Gaiteira, até a criação do primitivo campo de Riazor em 1909. No mesmo ano, o Rei Afonso XIII aceita a presidência de honra do clube, que passa denominar-se Real.
O Deportivo participa do primeiro campeonato da Liga celebrado em 1929, no primeiro grupo da segunda divisão. Permaneceria nesta categoria até conseguir o acesso a primeira divisão na temporada 1940-1941, ficando em quarto em sua primeira participação nesta categoria, e seu goleiro, Juan Acuña, sendo o goleiro menos vazado da competição.
A inauguração do novo estádio de Riazor, em 1944,
foi o início da queda do clube novamente a Segunda Divisão. Depois de
sucessivas quedas e ascensões, o Deportivo sagra-se vice-campeão da Liga
na temporada 1949-50. Permanece o clube na Primeira Divisão até a temporada 1956-57, quando receberia a fama de equipe elevador por suas contínuas ascensões e quedas.
Desde a temporada 1972-73 até a 1991-92 o Deportivo não soube o que era jogar na Primeira, chegando inclusive a disputar uma temporada da terceira divisão, a 1974-75. Após a constituição em Sociedade Anónima Desportiva (1992), as contratações dos brasileiros Bebeto e Mauro Silva, na temporada 1992-93, supuseram o nascimento do que veio a se chamar Súper Depor, que esteve a ponto de conseguir sua primeira liga na temporada seguinte: um penalti mal sucedido batido pelo sérvio Miroslav Đukić no último minuto da partida que fechava o campeonato deu o título ao FC Barcelona. Não obstante, esta temporada passou a história como a primeira em que o Deportivo jogou um competição continental: a Copa da UEFA.
Na Temporada 1993/1994 , o Deportivo alcança a marca de melhor defesa da história da Liga Espanhola em uma única temporada, quando levou apenas dezoito gols .
O primeiro título, uma Copa do Rei, se conseguiu em Madri, em 1995, numa partido disputada em dois atos devido a uma grande chuva. A equipe era treinada por Arsenio Iglesias, sendo seus jogadores-chaves Cláudio, Aldana, Fran, Mauro Silva e Bebeto. Em três anos, de 1994 a 1996, o clube obteve um vice-campeonato e três terceiros lugares na Liga, além de uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha.
Depois de seis participações na Copa da UEFA e uma na desaparecida Recopa Européia, o Deportivo levanta sua primeira taça de Campeão da Liga Espanhola na temporada 1999-2000, a primeira equipa da Galiza em o conseguir, com Songo'o, Djalminha, Fran, Mauro, Donato, Naybet e Makaay como protagonistas e Javier Irureta como treinador.
O Deportivo jogou a Copa da UEFA em 2008
A partir daí, se passaram cinco anos de grande sucesso na Liga dos Campeões da UEFA, onde time galego ganhou ao Arsenal, Bayern, Juventus, Milan ou Manchester United. O time chegou até as semifinais do torneio após golear 4x0 ao AC Milan de Dida, Cafú, Nesta, Maldini,Rui Costa, Gattuso, Pirlo, Seedorf, Kaká, Shevchenko, Tomasson ou Inzaghi
em uma noite histórica que ficará gravada na memória da torcida
deportivista. O clube consegue também dois novos vice-campeonatos da
Liga e uma nova Copa do Rei em 2002, numa final disputada no Estádio Santiago Bernabéu contra o Real Madrid, no dia em que o clube merengue celebrava seu centenário.