A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados".
O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.
O livro de Platão traduzido como "A República" é, no original, intitulado "Πολιτεία" (Politeía).
O homem é um animal político — Aristóteles
ACEPÇÕES BÁSICAS
No sentido comum, vago e às vezes um tanto impreciso, política, como substantivo ou adjetivo, compreende arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido político, pela influência da opinião pública, pela aliciação de eleitores;
Na conceituação erudita, política "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem", segundo Hobbes; ou "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados", para Russel; ou "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo", que é a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe;
Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política social, política do café;
Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil.
Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados";
A política é objeto de estudo da ciência política e da ciência social.
SIGNIFICADO CLÁSSICO E MODERNO
O termo política, se expandiu graças à influência de Aristóteles. Para aquele filósofo categorizava funções e divisão do Estado e as várias formas de Governo, com a significação mais comum de arte ou ciência do Governo; desde a origem ocorreu uma transposição de significado das coisas qualificadas como política para a forma de saber mais ou menos organizado sobre esse mesmo conjunto de coisas.
O termo política foi usado, a seguir, para designar principalmente as obras dedicadas ao estudo daquela esfera de atividades humanas que se refere de algum modo às coisas do Estado: Política methodice digesta, exemplo célebre, é obra com que Johannes Althusius (1603) expôs uma das teorias da consociatio publica (o Estado no sentido moderno da palavra), abrangido em seu seio várias formas de consociationes menores. Na época moderna, o termo perdeu seu significado original, substituído pouco a pouco por outras expressões como ciência do Estado, doutrina do Estado, ciência política, filosofia política, passando a ser comumente usado para indicar a atividade ou conjunto de atividades,que, de alguma maneira, têm como termo de referência a pólis, ou seja, o Estado.
POLÍTICA E PODER
A política, como forma de atividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao de poder. O poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros exercícios de poder, sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido tradicionalmente definido como "consistente nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem" (Hobbes) ou, como "conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados" (Russell).
FORMAS E ORIGENS DO PODER
São várias as formas de exercícios de poder de um indivíduo sobre outro; o poder político é apenas uma delas.
CONCEPÇÃO ARISTOTÉLICA
Para Aristóteles a distinção é baseada no interesse de quem se exerce o poder: o paterno se exerce pelo interesse dos filhos; o despótico, pelo interesse do senhor; o político, pelo interesse de quem governa e de quem é governado. Tratando-se das formas corretas de Governo. Nas demais, o característico é que o poder seja exercido em benefício dos governantes.
CONCEPÇÃO JUSNATURALISTA
O critério que acabou por prevalecer nos tratados do direito natural foi da legitimação, encontrado no cap. XV do Segundo tratado sobre o governo de Locke: o fundamento do poder paterno é a natureza, do poder despótico o castigo por um delito cometido, do poder civil o consenso. Esta justificação do poder corresponde às três fórmulas clássicas do fundamento da obrigação: ex natura, ex delicio, ex contractu.
CARÁTER ESPECÍFICO DO PODER
Os critérios aristotélico ou jusnaturalista não permitem distinguir o caráter específico do poder político.
Os pathy escritores políticos não cessaram nunca de identificar governos paternalistas ou despóticos, ou então governos cuja relação com os governados se assemelhava ora à relação entre pai e filhos, ora à entre senhor e escravos, e que não deixam, por isso, de ser governos, tanto quanto os que agem pelo bem público e se fundam no consenso.
TIPOS DE PODER
O elemento específico do poder político pode ser obtido das várias formas de poder, baseadas nos meios de que se serve o sujeito ativo da relação para determinar o comportamento do sujeito passivo. Assim, podemos distinguir três grandes classes de um conceito amplíssimo do poder.
PODER ECONÔMICO
É o que se vale da posse de certos bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade para controlar aqueles que não os possuem. Consistente também na realização de um certo tipo de trabalho. A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os têm em relação àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de determinar o comportamento de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.
PODER IDEOLÓGICO
O poder ideológico se baseia na influência que as idéias da pessoa investida de autoridade exerce sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento nasce a importância social, daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas, quer os intelectuais ou cientistas das sociedades evoluídas. É por eles, pelos valores que difundem ou pelos conhecimentos que comunicam, que ocorre a de socialização necessária à coesão e integração do grupo. O poder dos intelectuais e cientistas emerge na modernidade quando as ciências ganham um estatuto preponderante na vida política da sociedade, influenciando enormemente o comportamento das pessoas. A ciência se propõe a responder pelos mistérios da vida, o que na Idade Média era "mistério da fé".
PODER POLITICO
O poder político se baseia na posse dos instrumentos com os quais se exerce a força física: é o poder coator no sentido mais estrito da palavra. A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso não significa que, ele seja exercido pelo uso da força; a possibilidade do uso é condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder político. A característica mais notável é que, o poder político, detém a exclusividade do uso da força em relação à totalidade dos grupos sob sua influência.
HOBBES E O PODER NATURAL DO DIREITO
O fundamento da teoria moderna do Estado, segundo Hobbes, é a passagem do Estado de natureza ao Estado civil, ou da anarchía à archia, do Estado apolítico ao Estado político. Essa transição é representada pela renúncia de cada um ao direito de usar cada um a própria força. Existente no estado de natureza e que torna todos os indivíduos iguais entre si, para delegar o direito do exercício da força a uma única pessoa, um único corpo, que será o único autorizado a usar a força contra eles.
TEORIAS MARXISTA E WEBERIANA
A hipótese jusnaturalista abstrata, adquire profundidade histórica na teoria do Estado de Marx e de Engels, segundo a qual a sociedade é dividida em classes antagônicas e as instituições políticas têm a função primordial de permitir à classe dominante manter seu domínio. Mas, este objetivo só pode ser alcançado na estrutura do antagonismo de classes, pelo controle eficaz do monopólio da força; é por isso que, cada Estado é, e não pode deixar de ser uma ditadura. Já é clássica a definição de Max Weber: "Por Estado se há de entender uma empresa institucional de caráter político onde o aparelho administrativo, leva avante, em certa medida e com êxito a pretensão do monopólio da legítima coerção física. Com vistas ao cumprimento das leis".
O FIM DA POLÍTICA
O que a política pretende alcançar pela ação dos políticos, em cada situação, são as prioridades do grupo (ou classe, ou segmento nele dominante): nas convulsões sociais, será a unidade do Estado; em tempos de estabilidade interna e externa, será o bem-estar, a prosperidade; em tempos de opressão, a liberdade, direitos civis e políticos; em tempos de dependência, a independência nacional. A política não tem fins constantes ou um fim que compreenda a todos ou possa ser considerado verdadeiro: "os fins da Política são tantos quantas são as metas, que um grupo organizado se propõe, de acordo com os tempos e circunstâncias". A política se liga ao meio e não sobre o fim, corresponde à opinião rorrente dos teóricos do Estado, que excluem o fim dos seus elementos constitutivos. Para Max Weber: "Não é possível definir um grupo político, nem tampouco o Estado, indicando o alvo da sua ação de grupo. Não há nenhum escopo que os grupos políticos não se hajam alguma vez proposto(…) Só se pode, portanto, definir o caráter político de um grupo social pelo meio(…) que não lhe é certamente exclusivo, mas é, em todo o caso, específico e indispensável à sua essência: o uso da força". Portanto, o fim essencial da política é a aquisição do monopólio da força.
POLÍTICA RELACIONAL
A esfera da política é a da relação amigo-inimigo. Nesse sentido, a origem de aplicação da política é o antagonismo nas relações sociais e sua função se liga à atividade de associar e defender os amigos e de desagregar e combater os inimigos. Há conflitos entre os homens e entre os grupos sociais. Entre esses conflitos, há alguns notáveis pela intensidade, que são os conflitos políticos. As relações entre os grupos, instigadas por esses conflitos, agregando os grupos internamente ou os confrontando entre si, são as relações políticas. O conflito mais amplo, entre grupos consubstanciados em Estados, é a - guerra - nesse sentido tida como a continuação da política por outros meios, no dizer de Clausewitz.
POLÍTICA, MORAL E ÉTICA
A crise política sem fim e sem precedentes sugere algumas reflexões sobre o problema da ética na política. Nenhuma profissão é mais nobre do que a política, porque quem a exerce assume responsabilidades só compatíveis com grandes qualidades morais e de competência. A atividade política só se justifica se o político tiver espírito republicano, ou seja, se suas ações, além de buscarem a conquista do poder, forem dirigidas para o bem público, que não é fácil definir, mas que é preciso sempre buscar. Um bem público que variará de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas o qual se espera que ele busque com prudência e coragem. E nenhuma profissão é mais importante, porque o político, na sua capacidade de ladrão, que destrói instituições, roubando decisões da vida do povo, pode ter uma má influência sobre a vida das pessoas maior do que a de qualquer outra profissão.
A ética da política não pode ser diferente da ética da vida pessoal. E além de observar os princípios gerais, como não matar ou não roubar, o político deve mostrar ao povo que o elegeu sua capacidade de defender o bem comum, e o bem estar de toda a sociedade, sem se preocupar com o simples exercício do poder. Além de não distinguir, de qualquer forma, os demais membros da sociedade, deve ser capaz de mostrar à esses membros que assume a responsabilidade pela consecução deste objetivo. Exerce assim, o que se convencionou chamar da "ética da responsabilidade".
E a ética da responsabilidade leva em consideração as consequências das decisões que o político adota. Em muitas ocasiões, o político pode ser colocado frente a dilemas morais para tomar decisões. Mas, o político ciente, de sua obrigação com a ética da responsabilidade, sabe que não deve subverter seus valores e, muito menos aqueles que apresentou para seus eleitores.
PENSADORES E FORMAS DE GOVERNO
PENSADORES POLÍTICOS
Alberto Pasqualini, Alexis de Tocqueville, Anton Pannekoek, Aristóteles, Adam Smith, Auguste Comte, Baruch de Spinoza, Benjamin Constant, Charles de Montesquieu, Charles Fourier, Confúcio, Cornelius Castoriadis, Emma Goldman, Ernest Gellner, Errico Malatesta, Georges Sorel, Getúlio Vargas, Hannah Arendt, Henry David Thoreau, Isaiah Berlin, Jean Bodin, Jean-Jacques Rousseau, João Bernardo, John Locke, John Rawls, John Stuart Mill, Jürgen Habermas, Karl Marx, Leon Trotsky, Mao Tse-Tung, Max Stirner, Max Weber, Mikhail Bakunin, Nicolau Maquiavel, Noam Chomsky, Norberto Bobbio, Pierre-Joseph Proudhon, Platão, Plínio Salgado Ralph Waldo Emerson, Raymond Aron, Rosa Luxemburgo, Auguste de Saint-Simon, Thomas Hobbes, Thomas More, Vladimir Lenin, Voltaire
FORMAS DE GOVERNO
Anarquismo, Aristocracia, Cleptocracia, Comunismo, Demagogia, Democracia, Integralismo Monarquia, Minarquismo, Nazismo, Oclocracia, Oligarquia, Parlamentarismo, Plutocracia, Presidencialismo, República, Sociocracia, Tecnocracia, Teocracia, Totalitarismo
BIBLIOGRAFIA
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ECONOMIA
Economia, como o próprio nome já diz, significa economizar. Se gastamos mais do que ganhamos, certamente teremos déficit no nosso orçamento doméstico e as consequências serão as mais desagradáveis, resultando num posterior endividamento. Assim é nas famílias e a nível dos governos. Em geral temos vários modelos de economia. Economia Privada, Economia Estatal e Economia Mixta, a que podemos também chamar de "Enonomia Regulamentada" .
A diferença entre a Economia Estatal e a Economia Privada é a seguinte: as estatais pertencem aos governos e não têm como prioridade o lucro, mas tão somente o "interesse popular." Subtendendo-se que pertençam ao povo. Já as companhias privadas pertencem aos particulares nacionais e aos grandes grupos estrangeiros (multinacionais) e têm como princípio a maximização do lucro, sempre muito relacionado com a lei da oferta e da procura, que funciona assim: se um determinado produto, por razões climáticas, ou outras quaisquer razões, tem uma queda na oferta, seu preço logo se eleva e menos pessoas têm condições de adquiri-lo. Já na Economia estatal socialista , esse produto continuará sendo consumido pelo mesmo número de pessoas, sem elevação de preço, mas agora em quantidades menores. Mas isto é claro num sistema socialista! Num sistema capitalista como o nosso, é claro que as estatais também se vêm obrigadas a aumentar seus preços, seguindo o regime de oferta e procura, mas como funcionam como reguladoras da Economia, têm sempre em conta os interesses sociais, pois não pertencem a investidores estrangeiros A verdade é que existe uma grande polêmica neste assunto! Então, qual a mais ideal para os interesses nacionais e do próprio povo? As estatais quase sempre são dirigidas por políticos e se transformam em grandes cabides de empregos. Já as privadas quase sempre são dirigidas por técnicos e executivos mais selecionadas no mercado de trabalho. Entretanto, existem estatais, que são exemplo de eficiência administarativa e de produção. As estatais têm ainda a vantagem de não tranferirem dinheiro para o exterior, facilitarem a propagação das novas tecnologias e recrutarem seus funcionários no mercado interno. Resumindo, poderíamos dizer, que, para o interesse do povo, o ideal seria contar com a participação privada sempre em concorrência com a estatal e outras formas de economia, como por exemplo a economia mixta, as médias e pequenas empresas e outras, que certamente surgirão com o passar dos tempos. A verdade é que esse ranço do capital privado internacional e de seus partidários daqui e lá de fora, contra as estatais e demais companhias "privadas nacionais", só interessa mesmo ao grande capital estrangeiro, pois o Brasil e demais países em desenvolvimento ainda não possuem capital suficiente para enfrentar a concorrência do capital estrangeiro, resultando assim numa total dependência a esse capital, que por sua vez gera todos esses males que debelitam essas sociedades, tais como: miséria, violência, analfabetismo, massificação, domestificação e descrença no futuro...
CONCLUSÂO - contiuamos a procurar um modelo econômico, que integre na sociedade esses milhões de excluídos, que tanta insegurança a ela vem transmitindo. Levando-se em conta a forma geométrica como a população mundial cresce, já beirando os 7 bilhões de almas, esse modelo é cada dia mais urgente.
DE OLHO NO PETRÓLEO DA LÍBIA
A Líbia, país do Norte de África. Banhado pelo mar Mediterrâneo, a norte, faz fronteira com o Egito, a leste, o Sudão, a sudeste, o Chade e o Níger, a sul, a Argélia, a oeste, e a Tunísia, a noroeste. O país tem uma área de 1 759 540 km2. As principais cidades são Trípoli, a capital de facto, com 1 111 900 habitantes (2004), Benghazi, a capital administrativa, com 636 600 habitantes, Misratah (218 100 hab.) e Az-Zawiyah (139 700 hab.).
Clima
O quadro geográfico da Líbia divide-se, basicamente, em duas áreas: uma que corresponde ao deserto do Sara, representando 90% do total do território e cujo clima é desértico quente; e outra, na costa norte do país, com um clima de características mediterrânicas.
Economia
O clima deste país limita a atividade agrícola, já que apenas 1% do território é arável. No entanto, o Governo líbio vem desde há vários anos a desenvolver projetos de irrigação com o objetivo de aumentar a quantidade de terras aráveis (como é exemplo o projeto concebido no oásis de Al-Kufrah), aumentando assim a produção das culturas tradicionais (como os cereais), ao mesmo tempo que incrementa novas culturas, algumas delas introduzidas pelos Italianos em meados do século XX, como a oliveira e o tabaco. A criação de gado ovino é também uma atividade relevante nas áreas semiáridas. Estes projetos têm sido financiados pelos rendimentos adquiridos na extração e exportação do petróleo, que é, aliás, a maior riqueza da Líbia, representando 99% dos lucros na exportação e constituindo 2/3 do rendimento nacional. A indústria petrolífera está totalmente nacionalizada, pois desde a descoberta das jazidas de petróleo, em 1959, o Governo líbio assegurou o controlo da exploração deste recurso energético. O país integra, desde 1962, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Quanto ao setor industrial (que absorve 30% dos ativos, segundo dados de 1995), não se pode afirmar que se encontra desenvolvido, uma vez que se resume a pequenas indústrias de manufatura. Os principais parceiros comerciais da Líbia são a Itália, a Alemanha, a Espanha e a França.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 8,3.
População
Tem uma população de 5 900 754 habitantes (2006), maioritariamente concentrados na costa mediterrânica. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 26,49%o e 3,48%o. A esperança média de vida é de 76,69 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,783 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 8 323 000 habitantes. Os árabes e os berberes líbios representam 97% da população. A língua oficial é o árabe.
História
A Líbia deve a sua identidade histórica à Sanusiyah, uma ordem islâmica, que nasceu no Império Otomano e que pregava um Islamismo puro, ao mesmo tempo que dava assistência educacional e material, contribuindo assim para a origem de um sentimento de unidade, que se propagou à medida que a própria ordem se espalhava pelo território. A Sanusiyah teve, aliás, um papel preponderante durante a colonização do território por parte da Itália, colonização essa que se iniciou em 1911. Desta data até ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Itália deparou com grandes dificuldades para subjugar os líbios. Esta situação alterou-se com a tomada do Poder em Itália por parte dos fascistas, que nomearam de imediato um governador capaz de impor a vontade italiana no território. Tal foi conseguido com algum sucesso, embora a região de Cirenaica, no Nordeste da Líbia, de forte implantação sanusiyah, constituísse um autêntico enclave, que os italianos nunca conseguiram verdadeiramente dominar.
A colonização italiana, que foi reforçada em 1935 por uma colonização demográfica, como a denominou Benito Mussolini, contribuiu para um rápido desenvolvimento a todos os níveis, situação que durou até à Segunda Guerra Mundial, altura em que as campanhas no Norte de África destruíram quase por completo a estrutura económica do país. Mas, no meio deste descalabro, algo de positivo aconteceu, pois, graças ao voluntarismo de forças Sanusi, que lutaram ao lado dos Aliados, nomeadamente ao lado dos Ingleses, a Líbia encontrou apoio suficiente para contrariar a pretensão da Itália de permanecer no país. Esta pretensão foi definitivamente contrariada na sede da Assembleia Geral das Nações Unidas, quando foi votada uma resolução onde se podia ler que a Líbia deveria tornar-se um reino independente até 1 de janeiro de 1952. Assim, em 1950, o líder dos Sanusiyah, o pró-britânico Sidi Muhammad Idris, foi escolhido como rei por uma assembleia nacional. O rei Idris I declarou a independência a 24 de dezembro de 1951, ao mesmo tempo que proibia a existência de partidos políticos, orientando o seu poder por linhas fundamentalistas.
Apesar do apoio ocidental à monarquia líbia, este país nunca conseguiu deixar a situação económica e socialmente precária herdada da Segunda Guerra Mundial, quadro que só foi alterado quando foram descobertas, em 1959, as primeiras de muitas jazidas de petróleo. Dez anos mais tarde, mais precisamente a 1 de setembro, um grupo de jovens militares, chefiado pelo coronel Muhammar Khadaffi, depôs Idris I e tornou a Líbia numa república. A partir de então, a política da Líbia (país que em 1977 adotou o socialismo como ideologia dominante) foi orientada para a procura de uma união entre os países árabes. Esta união, no entanto, nunca foi verdadeiramente conseguida, já que muitos têm sido os governos descontentes com o apoio dado por Khadaffi a vários grupos terroristas e organizações revolucionárias. Tal circunstância tem contribuído ainda para a crescente deterioração nas relações com os países ocidentais, principalmente com os Estados Unidos da América e com a Inglaterra e a França, adversários das pretensões líbias sobre a fronteira com o Chade, uma zona mineralmente muito rica. O contínuo isolamento internacional, agravado pelo embargo económico decretado pelas Nações Unidas na sequência de um atentado de que resultaram 270 mortos, tem contribuído para um declínio económico. Há contudo, sinais de mudança. Embora a Amnistia Internacional continue a criticar a violação dos direitos humanos aqui existente, reconhece, que se registam progressos no sentido de uma maior aproximação com a Comunidade Internacional, desde que Khadaffi renunciou às armas de destruição maciça e reconheceu, com indemnizações, a sua responsabilidade por vários atos terroristas.
Além de sua riqueza petrolífera, a Líbia faz fronteira com o Chade, uma das fronteiras mais ricas em minerais do mundo, o que por si só, explica esses gastos exorbitantes com armamentos dos países mais industrializados, cuja poderosa máquina propagandística é tão ou mais poderosa, que as não menos poderosas armas bélicas. Ficamos perplexos com as declarações dos responsáveis por essas agressões ao povo Líbio. O que esses senhores deveriam dizer a esse povo, é que estão defendendo os seus interesses econômicos naquele país, com a ajuda de uma minoria de exilados bem nutridos, espalhados pelo mundo, que pretendem sejam os representantes de seus interesses após a queda de Kadaffi.
Se Kadaffi fosse realmente inimigo de seu povo, estaria fornecendo armas para esse mesmo povo?
Enfim, virou moda invadir os países mais pobres...Tudo com a complascência dos mais ricos! Cadê a voz da China e da Rússia, países, que pelo seu potencial bélico , poderiam dar um não a essa agressão covarde...
E cadê a Igreja? Nada! Nada! á tive orgulho de pertencer, mas, que agora, embora a ele pertencendo, mais pela minha fé e tradição católica, manifesto minha decepção por todas estas maldades, que vo contra todos esses povos pobres, mas ricos em recursos naturais e cultura, causando-nta dor e sofrimento! Mas é bom dizer a estes povos mártires, que o povo do Ocidente em sua maioria também participa de sua dor, porque também é vítima da ganância desses senhores, sidade com o povo a que se dizem pertencer! O dia em que nossos povos acordarem e souberem escolher seus dirigentes, seremos um só povo, independentemente de religião, raça ou cultura, e, aí sim,teremos a verdadeira paz. E os arsenais bélicos, que tanto lucro dão a estes criminosos de pasta e gravata, irão todos pelos ares...
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